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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE	Comment by ubirathan soares: Oi!! Fiquem muito a vontade para aceitarem as observações ou não! Já tive uma boa impressão do resumo!! Este já podem enviar!!! Sigo a disposição!!p.s. preciso perguntar: Não tem nada que foi copiado e não foi citada a fonte, né???? abraços
Celinny Priscila Feitosa de Medeiros, Rillary Letícia de Morais[1: Graduanda em Direito pela UFRN/CERES. E-mail: celinnypriscilla@hotmail.com][2: Graduanda em Direito pela UFRN/CERES. E-mail: rillary305@gmail.com ]
Orientador: Ubirathan Rogerio Soares[3: Orientador/pesquisador do Curso de Direito do CERES – UFRN. E-mail: ursoares1@hotmail.com ]
ASSISTÊNCIA OFERECIDA ÀS MULHERES ENCARCERADAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DA OBRA “PRESOS QUE MENSTRUAM” DA ESCRITORA E JORNALISTA NANA QUEIROZ
RESUMO	Comment by ubirathan soares: Vocês estão de parabéns!! Tem motivos para comemorarem!!! O resumo está perfeito. Simples. Claro e objetivo! Estou orgulhoso!!!rsrs
 O presente trabalho tem como objetivo averiguar a realidade em que as mulheres vivem na prisão e a precária assistência que possuem, sob a condição do ser mulher diante do olhar dos Direitos Humanos e da Dignidade da Pessoa Humana. Para analisar a assistência oferecida será feito um estudo sobre o contexto histórico, no qual foram implementadas as primeiras tentativas de codificar as sanções pelo judiciário a partir da Lei de Execução Penal (LEP). Concomitantemente, serão abordados os relatos que a escritora e jornalista Nana Queiroz traz em sua obra intitulada “Presos que Menstruam”. Nessa perspectiva, o estudo busca trazer à tona a forma que a mulher encarcerada é tratada nos presídios, tanto mistos quanto femininos, do Brasil: como vivem, suas angústias e medos, relatos de uma vida diária de repressões, sofrimentos tanto físicos como psíquicos e o descaso dos agentes penitenciários. Diante das pesquisas, notou-se que ainda existem falhas no cumprimento da Lei de Execução Penal (LEP) e do princípio da Dignidade Humana fundamentado na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5°. Pois, as mulheres encarceradas não possuem acesso aos seus direitos mais básicos, como atendimento médico ginecológico e acesso a kits de higiene; além da existência de penitenciárias mistas, ambiente propício a tornar as mulheres expostas à violência.  Além disso, são constatados o abandono e o descaso com a ressocialização dessas mulheres em meio a um sistema penitenciário nitidamente construído e pensado para os homens. Portanto, é absolutamente clara a necessidade de implementação de ações que revertam tal situação desumana, fazendo com que as funções do Estado sejam de fato cumpridas, respeitando os direitos previstos e inerentes que são atribuídos a essas mulheres.
PALAVRAS-CHAVE: Assistência. Mulher no Cárcere. Direitos Humanos. Estado. Lei de Execução Penal.
ABSTRACT
The present study aims to ascertain the reality in which women live in prison and the precarious assistance they have, under the condition of being a woman in the face of Human Rights and the Dignity of the Human Person. In order to analyze the assistance offered, a study will be carried out on the historical context in which the first attempts to codify judicial sanctions under the Criminal Execution Law (LEP) were implemented. Concomitantly, the reports that the writer and journalist Nana Queiroz brings in her work titled "Prisoners that Menstruam" will be approached. In this perspective, the study seeks to bring to the fore the form that the incarcerated woman is treated in the prisons, both mixed and feminine, of Brazil: how they live, their anguishes and fears, reports of a daily life of repression, physical and psychic suffering and the disregard of penitentiary agents. In view of the research, it was noted that there are still failures to comply with the Criminal Enforcement Law (LEP) and the principle of Human Dignity based on the Federal Constitution of 1988, in its article 5. For incarcerated women do not have access to their most basic rights, such as gynecological medical care and access to hygiene kits; in addition to the existence of mixed penitentiaries, an environment conducive to making women exposed to violence. In addition, the abandonment and neglect with the resocialization of these women in the midst of a penitentiary system clearly constructed and thought for the men, are verified. Therefore, it is absolutely clear the need to implement actions that reverse this inhumane situation, making the functions of the State are actually fulfilled, respecting the expected and inherent rights that are assigned to these women.
KEYWORDS: Assistance. Woman in the Jail. Human Rights. State. Law of Criminal Execution.
INTRODUÇÃO 
As diferenças de gênero acometidas pela sociedade patriarcal trouxeram uma série de consequências à vida das mulheres como desigualdade de salários e de oportunidade de emprego, violência doméstica e feminicídio. A essa lógica também se deu no sistema penitenciário brasileiro, o qual revela aspectos de um Estado que pensou tardiamente em uma estrutura punitiva que fosse destinada a mulheres para que as comportasse de maneira humana e digna sob suas condições específicas.	Comment by ubirathan soares: Tem algum problema com esta expressão!! Olhem no dicionário!!! Procurem outra palavra!!! Podia ser presente nas sociedades patriarcais...	Comment by ubirathan soares: Condições específicas??? Como assim???rsrsrs seguinte: É sábado, o resumo de vocês está muito bom!!! Vou relaxar e tomar um vinho!!! Vocês vão ler, se possível juntas ou para alguém, buscando os erros de construção, de concordância, de uso de virgulas..etc....!! Ok? Leiam em voz alta que os erros gritam!!!!!!!rsrsrsrsr Vamos falando!!! Bjs e bom findi!!!!!
Por outro lado, o baixo índice de criminalidade cometido por mulheres contribuiu decisivamente para o descaso do Estado quanto a medidas que se preocupassem com a situação das infratoras. Pois, só é a partir de 1920 que o Estado passa a exercer uma maior autoridade sobre as mulheres presas, devido ao aumento do número de crimes cometidos por elas.[4: FREITAS, C. R. M. Cárcere feminino: do surgimento às recentes modificações introduzidas pela lei de execução penal. Revista da Faculdade de Direito Padre Arnaldo Janssen, v. 4, p. 1-21, 2012.]
Por isso, é clara a importância de revelar as condições em que as mulheres encarceradas se encontram hoje, no Brasil, indicando quais os principais problemas que elas enfrentam nesses ambientes, muitas vezes hostis. Além disso, a preocupação também se deve voltar para o modo que essas mulheres são ressocializadas, tendo em vista novamente a interferência da desigualdade de gênero na concretização desse processo. 
A priori, é válido ressaltar a implementação da Lei de Execução Penal aprovada em 1984, a qual assegura às mulheres, dentre outros direitos comuns a qualquer detento, independentemente do sexo, a conquista do direito ao alojamento em celas individuais e salubres, sendo as mulheres recolhidas em ambientes próprios e adequados a sua condição pessoal. Além disso, em 2009, houveram duas modificações inseridas na Lei de Execução Penal, pelas Leis nº​ 11.942/09 e nº 12.121/09, que trouxeram significativas conquistas às mulheres encarceradas. Dentre as garantias contempladas, está a que determina que os estabelecimentos penais destinados às mulheres possuam, exclusivamente, agentes do sexo feminino e sejam dotados de berçário e creche, onde possam, respectivamente, cuidar de seus filhos, amamentando-os até, no mínimo, seis meses e, ainda, abrigá-los até os sete anos de idade.[5: FREITAS, C. R. M. Cárcere feminino: do surgimento às recentes modificações introduzidas pela lei de execução penal. Revista da Faculdade de Direito Padre Arnaldo Janssen, v. 4, p. 1-21, 2012.]
A posteriori, será abordado a forma que a mulher encarcerada é tratada nos presídios do país de acordo com a análise da obra “Presos que Menstruam” da escritora e jornalista Nana Queiroz.Os depoimentos contidos nesse livro servirão como base para legitimar as condições sub-humanas a que são submetidas as mulheres no sistema carcerário brasileiro, bem como as várias formas de violação dos Direitos Humanos e da Lei de Execução Penal no sistema penitenciário feminino. 
Sendo assim, o objetivo deste trabalho é, portanto, evidenciar a realidade vivenciada pelas mulheres no cárcere e maximizar a compreensão do sistema penitenciário brasileiro, trazendo à tona questões sobre as diferenças de gênero, uma vez que este sistema foi construído e pensado especificamente para os homens. 
METODOLOGIA
Para a realização do presente trabalho utilizou-se o método de abordagem indutivo, pelo qual foi possível obter conclusões mais amplas a partir de casos concretos. Ademais, como técnica de pesquisa trabalhou-se com o método indireto, ou seja, fontes as quais não há o contato direto entre o pesquisador e o objeto, mas, sim, através de pesquisas bibliográficas, fontes secundárias (artigos eletrônicos e dados estatísticos) e doutrina no que diz respeito ao sistema carcerário. 
RESULTADOS
 	Identificou-se que, ainda hoje, existem falhas no cumprimento da Lei de Execução Penal (LEP) e do princípio da Dignidade Humana fundamentado na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5°. A qual, segundo a Constituição, é algo intrínseco ao ser humano, sendo inalienável e irrenunciável, pois conceitua o ser humano como tal não podendo ser separada, já que existe em cada ser humano como algo que lhe é próprio. [6: GRINCHPUM, Ana Paula Lemos; MARTINS, Vera Lúcia. SISTEMA PRISONAL BRASILEIRO: o contexto vivenciado pelas mulheres no meio carcerário. Santa Maria: 2016.]
Dessa maneira, o Estado e as Instituições Legislativas e Judiciárias não estariam cumprindo seu papel de reconhecer a dignidade humana com eficácia. Assim como diz Costa e Dias:
Dessa maneira, ao debruçar-se sobre a expressão “direitos humanos”, a proposta em tela, conduz-se a um conjunto de valores superiores compreendidos como elementos intrínsecos ao indivíduo humano e, portanto, pretéritos quando em comparação ao Estado, o qual não estaria concedendo algo, mas tão somente reconhecendo, sendo por seu caráter indispensável à vida humana, ou pela visão de universalidade, o relevante é a sua imposição e respeito por todos, onde quer que se encontrem (COSTA e DIAS, 2013, p. 68).
Para confirmar o descuido com o que afirma a Lei de Execução Penal e outras, dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias do ano de 2016 mostram que a maior parte dos estabelecimentos penais foram projetados para o público masculino. Essa pesquisa põe em pauta que 74% das unidades prisionais destinam-se aos homens, 7% ao público feminino e outros 17% são caracterizados como mistos, o que significa que podem contar com alas ou celas específicas para o aprisionamento de mulheres dentro de um estabelecimento originalmente masculino. 
Nesse sentido, as mulheres estão mais propícias a se tornarem vítimas de abusos, sexuais e psicológicos, por estarem em contato com presos do sexo masculino. Essa violência é contribuída também pelo descaso dos agentes que não são exclusivamente do sexo feminino, corroborando ainda mais para o descumprimento das leis. 
De acordo com os relatos contidos na obra escrita por Nana Queiroz em seu livro “Presos que Menstruam”, as presas não possuem assistência ginecológica, psicológica nem obstétrica. Além disso, nem todas as penitenciárias oferecem possibilidades de ressocialização, fazendo com que fiquem à margem da sociedade: 
[...] Quando terminam de cumprir a pena, elas têm que pedir a guarda dos filhos de volta à Justiça. Nem todas conseguem. Para provar-se capaz de criar uma criança, é preciso ter comprovante de endereço e de emprego. Esse é um salto muito mais difícil de ser dado pelas mulheres com antecedentes criminais. Quando um homem é preso, comumente sua família continua em casa, aguardando seu regresso. Quando uma mulher é presa, a história corriqueira é: ela perde o marido e a casa, os filhos são distribuídos entre familiares e abrigos. Enquanto o homem volta para um mundo que já o espera, ela sai e tem que reconstruir o seu (QUEIROZ, 2015, p.77). 
Ainda segundo o livro de Nana Queiroz, existem relatos que mostram a dificuldade das mulheres que chegam grávidas aos presídios e não têm acesso a pré-natais, produtos básicos de higiene ou, até mesmo, não têm oportunidade de permanecerem com seus filhos pelos seis meses previstos por lei:
[...] Algumas, já no fim da gestação, nunca passaram por um obstetra, pois eram pobres e desinformadas demais. Como em todo o país só existem 39 unidades de saúde e 288 leitos para gestantes e lactantes privadas de liberdade, na maioria dos presídios e cadeias públicas, elas ficam misturadas com a população carcerária e, quando chega a hora do parto, geralmente alguém leva para o hospital. Já nasceu muita criança dentro do presídio porque a viatura não chegou a tempo ou porque a polícia se recusou a levar a gestante ao hospital, já que, provavelmente, não acreditou ou não se importou que ela estava com dores de parto. Aconteceu, em alguns casos, de as próprias presas fazerem o parto ou a enfermeira do presídio (QUEIROZ, 2015, p. 74).
Diante desses fatores e da rigidez vivenciada nos presídios, que provocam a institucionalização da pessoa, onde as vidas das presas ficam tão regradas à prisão, que a incorpora e, muitas vezes, não conseguem sair disso, se auto boicotando e prolongando suas penas, segundo Queiroz (2015). E, ainda, da desumanização dos agentes penitenciários e da própria sociedade, as mulheres, além de serem atingidas fisicamente, findam com seu psicológico afetado. 
Conforme Queiroz: 
É preciso não se deixar enganar pela bela unidade de saúde, os corredores ventilados e celas limpas [...]. O que predomina ali é um tipo bem sofisticado de crueldade: a psicologia. [...] em caso de faltas graves, são isoladas em solitárias por até dez dias. Ali, são comuns os casos de pânico, transtornos de ansiedade, depressão e até episódios de psicose (QUEIROZ, 2015, p. 175).
De acordo com as informações supracitadas, encontra-se as condições degradantes a que são submetidas as presidiárias, onde há um evidente desrespeito ao princípio da dignidade humana e, ainda, aos direitos humanos.
CONCLUSÃO 
			Pelo que foi abordado durante a pesquisa e a construção do trabalho, tem-se que o tema é relevante e que é necessário atribuir-lhe importância. Pois, uma vez que o Estado não garante os direitos inerentes às mulheres com base no princípio da Dignidade Humana, é visto que suas funções não estão sendo cumpridas. Dessa maneira, se faz necessário a aplicação de políticas públicas para que seja inserida uma justa medida que reduza essas atrocidades, uma vez que as encarceradas não podem ter o devido acesso ou conhecimento sobre os direitos básicos como acesso à justiça e a saúde, extirpados enquanto cumprem suas penas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DIAS, Felipe da Veiga; COSTA, Marli Marlene Moraes da. Sistema Punitivo e Gênero: Uma abordagem alternativa a partir dos direitos humanos.- 1.Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013. 
FREITAS, C. R. M. Cárcere feminino: do surgimento às recentes modificações introduzidas pela lei de execução penal. Revista da Faculdade de Direito Padre Arnaldo Janssen, v. 4, p. 1-21, 2012. Disponível em: <http://revistapensar.com.br/direito/pasta_upload/artigos/a187.pdf>. Acesso em 10/04/2019.
GRINCHPUM, Ana Paula Lemos; MARTINS, Vera Lúcia. SISTEMA PRISONAL BRASILEIRO: o contexto vivenciado pelas mulheres no meio carcerário. Santa Maria: 2016. Disponível em: <http://fames.edu.br/jornada-de-direito/anais/9a-jornada-de-pesquisa-e-8a-jornada-em-extensao-do-curso-de-direito/artigos/ciencias-criminais-constituicao-e-democracia-aspectos-contemporaneos/e4-11.pdf>. Acesso em 10/04/2019. 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA. Levantamento Nacional de Informações penitenciárias: INFOPEN. Atualização – Junho de 2016. Brasília – DF: 2017. Disponível em: <http://depen.gov.br/DEPEN/noticias-1/noticias/infopen-levantamento-nacional-de-informacoes-penitenciarias-2016/relatorio_2016_22111.pdf>.Acesso em: 10/04/2019. 
QUEIROZ, Nana. Presos que menstruam. 4ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2015.

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