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APOSTILA MÓDULO II - Segurança do Trabalho

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“O Conhecimento Mais Perto de Voc”
ROTEIRO PARA UMA INVESTIGAƒ„O DE ACIDENTE DE TRABALHO
DIRETRIZES E PRINC…PIOS
O acidente constitui um evento particular que inicia um ciclo indesejado em 
segurança no trabalho: acaba momentaneamente o bem estar da prevenção e uma 
sensação de derrota envolve a equipe do SESMT. 
Chegou à hora de zerar a estatistica de acidentes e começar a pensar o que foi 
esquecido ou negligenciado para que o evento ocorresse. Como em todos os eventos em 
que há uma perda, de certa maneira todos se perguntam o que poderia ter feito 
pessoalmente para ter evitado a situação que muitas vezes incapacita temporária ou 
definitivamente um companheiro.
Inúmeros manuais e livros falam 
sobre o acidente. Você já deve ter lido 
diversos Relatórios e Recomendações. O 
artigo abaixo é bastante abrangente, pois 
introduz muito mais questões do que 
respostas, em relação ao acidente de 
trabalho. As diversas seções dos textos 
nos ajudam a fazer uma reflexão sobre a 
prevenção no dia a dia e nos levam às 
perguntas essenciais que todos tentamos 
evitar.
Tradução livre de uma publicação 
do Canadian Centre for Occupational Health & Safety
1. que † um acidente e porque deve ser investigado?
2. Quem deve investigar o acidente?
3. O supervisor imediato do setor onde ocorreu o acidente deve fazer parte da 
investiga‡ˆo? Porque?
4. Quais as etapas envolvidas na investiga‡ˆo de um acidente?
5. O que deve ser verificado como a causa de um acidente?
6. Como os fatos devem ser coletados?
7. O que eu devo saber quando realizar as an‰lises e conclusŠes
8. Como as recomenda‡Šes devem ser feitas
9. O que deve ser feito quando a investiga‡ˆo revela erro humano
10. Como devem ser compartilhadas as informa‡Šes da investiga‡ˆo
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DEFINIƒ‹ES
O termo incidente refere-se a um evento imprevisível que não causa lesão ou 
dano naquele momento mas tinha o potencial da causá-lo. O acidente pode ser definido 
como um evento não planejado que interrompe o cumprimento de uma atividade e pode 
ou não incluir lesão ou dano patrimonial. Razões para investigar um acidente de 
trabalho:
a) Encontrar a causa do acidente e prevenir acidentes similares no 
futuro;
b) Para cumprir determinação legal;
c) Para determinar o custo do acidente;
d) Para determinar o nível de conformidade legal da empresa com as 
NRs
e) Para processar reclamações trabalhistas
INVESTIGAƒ„O
Quando um acidente é investigado a ênfase deve se concentrar em achar a causa 
primária (raiz). Quando a causa primária é determinada, geralmente encontram-se 
diversos eventos que eram previsíveis e poderiam ter sido prevenidos se as ações 
corretas tivessem sido adotadas. O objetivo principal é encontrar fatos que levaram a 
precipitar o acidente e não culpa. Sempre pesquisar as causas mais profundas. Não 
adianta simplesmente registrar as etapas que levaram ao evento.
De forma ideal, a investigação deve ser 
conduzida por alguem experiente em causas de 
acidentes, em técnicas de investigação e totalmente 
inteirado dos processos de trabalho, procedimentos, 
pessoas e o ambiente das relações industriais naquela 
situação particular. Em alguns países existem 
regulamentos que exigem uma investigação conjunta, 
entre os representantes da gerencia e dos trabalhadores 
da empresa. No Brasil, é o caso da NR-5 (CIPA):
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando: 205.064-1 / I3
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação 
de medidas corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
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c) houver solicita€o expressa de uma das representa€‚es.
Na maioria dos casos, o supervisor deve ajudar na investiga€o do evento. 
Outros membros de uma equpe de investiga€o de acidente, pode incluir:
a) Trabalhadores com conhecimento do trabalho;
b) Tecnico de Seguran€a;
c) CIPA;
d) Representante sindical;
e) Empregados com experiƒncia em investiga€o;
f) Perito externo;
g) Representante do governo (Auditor Fiscal);
A vantagem do Supervisor na investiga€o „ que ele provavelmente „ o mais 
inteirado do trabalho e das pessoas envolvidas nessas condi€‚es. Posteriormente, o 
supervisor pode tomar a€‚es corretivas. A desvantagem „ que o supervisor pode tentar 
encobrir as deficiƒncias do pessoal subordinado. Essa situa€o pode no ocorrer se o 
acidente „ investigado por uma equipe e se o representante dos trabalhadores e os 
membros revisarem a fundo o relat…rio da investiga€o do acidente.
PORQUE OLHAR PARA A RAIZ DO PROBLEMA?
Um investigador que acredita que o acidente „ causado por condi€‚es inseguras 
ir† provavelmente tentar descobrir as causas e condi€‚es. Por outro lado, aquele que 
acredita que o acidente „ causado por atos inseguros, ir† tentar encontrar erros humanos 
no evento. Entretanto, „ necess†rio examinar fatores subjacentes em uma cadeia de 
eventos que acaba no acidente. Mesmo no mais simples acidente, raramente, se no 
sempre, no h† somente uma simples causa. Por exemplo, se uma investiga€o que 
conclue que um acidente foi devido a um ato inseguro e no vai adiante, falhar† em 
buscar respostas para algumas importantes perguntas:
a) O trabalhador estava distraŒdo? Em caso positivo, porque?
b) Os procedimentos de seguran‡a foram adotados? Se nˆo, porque nˆo?
c) Os equipamentos de seguran‡a estavam em ordem? Se nˆo, porque?
d) O trabalhado recebeu treinamento? Se nˆo, porque?
Uma investiga€o que responde essas e outras quest‚es relacionadas 
provavelmente ir† revelar as condi€‚es mais prop‡cias de corre€o do que uma tentativa 
de prevenir “ato inseguro”.
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ETAPAS ENVOLVIDAS NA INVESTIGAƒ„O DE UM 
ACIDENTE
a) informar o acidente a uma pessoa designada dentro da 
organiza‡ˆo
b) providenciar primeiros socorros e assistencia m†dica 
a pessoas acidentadas e prevenir futras lesŠes
c) investigar
d) identificar as causas
e) elaborar um Relatrio
f) desenvolver um plano para a‡Šes corretivas
g) implementar este plano
h) avaliar a efetividade das a‡Šes corretivas;
i) desenvolver mudan‡as para contŒnuas melhorias;
Um intervalo de tempo deve ser empregado entre o momento do acidente e o 
início da investigação. Dessa forma, será possível observar as condições exatamente 
como elas estavam ao tempo do acidente, prevenir a perda de evidencias e indícios e 
identificar as testemunhas. Algumas ferramentas podem ser necessárias para a equipe de 
investigação, incluindo câmeras e gravadores, para não se permitir perda de tempo.
MODELOS DE CAUSAS DE ACIDENTES
Vários modelos de causas de acidentes têm sido propostos, 
desde a teoria do domino até á Arvore de Causas.
Essas causas podem ser agrupadas em cinco categorias: 
tarefa, material ambiente, pessoal e gestão.
TAREFA
1. Foi utilizado procedimentos de seguran‡a?
2. Houve mudan‡as nas condi‡Šes que pudessem 
tornar os procedimentos inseguros?
3. As ferramentas e materiais apropriadas estavam 
disponŒveis?
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4. Os equipamentos de seguran‡a estavam funcionando de forma apropriada?
5. Os empregados foram obrigados a trabalhar de forma insegura?
6. Para a maioria das questŠes, acrescente: se nˆo, porque?”
MATERIAL
1. Algum equipamento falhou?
2. O que causou a falha?
3. Os equipamentos tm um design ergonŽmico?
4. Haviam substancias perigosas envolvidas?
5. Havia uma substanciamenos perigosa disponŒvel?
6. A mat†ria-prima estava fora dos padrŠes?
7. Os EPI estavam sendo utilizados?
8. O uso dos EPIS foi precedido de treinamento?
9. Para todas as perguntas, “se nˆo, por que?”
AMBIENTE DO TRABALHO
Quais as condi‡Šes do ambiente: ruido, calor, frio, ilumina‡ˆo, gases, 
poeiras fumos?
PESSOAL
1. Os trabalhadores eram experientes no trabalho?
2. Eles estavam adequadamente treinados?
3. Eles podiam fisicamente fazer o trabalho?
4. Qual a situa‡ˆo de sade deles?
5. Eles estariam apresentando fadiga?
6. Eles estariam submetidos a stress (do trabalho ou pessoal?)
GEST„O
1. As normas de seguran‡a foram comunicadas e entendidas por todos os 
trabalhadores?
2. Haviam procedimentos por escrito?
3. Havia adequada supervisˆo?
4. Os trabalhadores haviam sido treinados?
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5. Os riscos haviam sido previamente identificados?
6. Os equipamentos estavam em regular estado de manuten‡ˆo?
7. Haviam inspe‡Šes de seguran‡a regulares?
COLETA DE DADOS
As etapas de uma investiga‡ˆo de acidentes sˆo simples: os investigadores 
renem e analisam informa‡Šes, desenham conclusŠes e fazem recomenda‡Šes. 
Embora esses procedimentos sejam objetivos, cada etapa pode ser as suas falhas.  
necess‰rio uma mente aberta: no‡Šes preconceituosas pode resultar em algumas 
dire‡Šes erradas quando se deixa alguns fatos relevantes encobertos. 
Todas as possiveis causas devem ser consideradas. Elaborar id†ias e 
anota‡Šes enquanto ocorrem † uma boa pr‰tica mas conclusŠes nˆo devem ser 
tomadas antes que todas as informa‡Šes tenham sido colhidas. As tarefas imediatas 
mais importantes - opera‡Šes de resgate, tratamento m†dico das lesŠes e preven‡ˆo 
de lesŠes subsequentes – tem prioridade e nˆo devem sofrer interferncias com 
essas atividades. Quando essas situa‡Šes estiveram sob controle, os investigadores 
entˆo come‡am seus trabalhos.
EVID’NCIAS
Antes de tentar reunir informa‡Šes, o local deve ser examinado por uma 
r‰pida inspe‡ˆo geral e identifica‡ˆo de 
todas as testemunhas. Em alguns paises, um 
local de acidente nˆo pode ser perturbado 
sem uma aprova‡ˆo posterior de autoridades 
oficiais. As evidencias fŒsicas (indŒcios e
vestŒgios) sˆo as informa‡Šes disponŒveis 
menos controversas. Estas evidencias sˆo 
tambem sujeitas a uma r‰pida mudan‡a ou 
desaparecimento; entretanto, deve ser a 
primeira a ser registrada, al†m de:
a) Posi‡ˆo dos trabalhadores acidentados
b) Equipamentos que estavam sendo utilizadas
c) Materiais ou produtos quŒmicos em uso
d) Dispositivos de seguran‡a
e) Posi‡ˆo de conten‡Šes
f) Posi‡ˆo de controles das m‰quinas
g) Defeitos nos equipamentos
h) Limpeza e higiene da ‰rea
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i) Condi‡Šes ambientais, incluindo o hor‰rio em que ocorreu
O local deve ser fotografado antes de qualquer coisa ser movida, ambas a 
‰rea em geral e os itens especŒficos. Um estudo posterior cuidadoso desses 
materiais pode revelar condi‡Šes ou observa‡Šes que possam ter sido omitidos. 
Desenhos da cena do acidente baseados em medidas podem tambem ajudar em 
an‰lises subsequentes e poder auxiliar em relatrios escritos. Equipamentos 
danificados, carca‡as e amostras de material envolvidos podem ser removidos para 
an‰lises posteriores por peritos. Mesmo tendo sido realizadas fotos, devem ser 
preparadas anota‡Šes no local do acidente.
NR-05
TITULO
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA
(107.000-2)
RESUMO
Estabelece parâmetros para o dimensionamento
de equipe dos empregados corresponsável pela gestão
dos riscos nos ambientes de trabalho
IMPOSIÇÕES
Eleição e escolha de representantes dos empregados e do 
empregador; registro na DRT; Relatórios de Reuniões 
regulares; elaboração do Mapa de Riscos, colaborar na 
elaboração dos Programas (PCMSO, PPRA), promover 
Campanhas (SIPAT)
INFRAÇÕES
Até 6.000 UFIR
(calculadas para empresas de médio porte - 50/100 
trabalhadores)
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MTODO ARVORE DAS CAUSAS
ASPECTOS HIST“RICOS
O método ADC foi desenvolvido na França no início dos anos 70, a partir de 
demandas concretas, oriundas da constatação de que a incidência dos acidentes do 
trabalho, que vinha decrescendo nos 20 
anos precedentes, começava
a apresentar indesejável estagnação 
(22, 23). 
Por outro lado, importantes 
estudos vinham sendo desenvolvidos 
na década de 60 com financiamento da 
Comunidade Européia do Carvão e do 
Aço, dentre os quais se destacam os de 
FAVERGE (11) e de LEPLAT (19), 
estudos estes que passaram a 
incorporar a noção de sistema na 
análise dos acidentes do trabalho: 
O acidente começa então a ser considerado como manifestação aparente do mau 
funcionamento de um sistema sócio-técnico aberto, organizado em função de 
determinado fim - produção de bens ou serviços (11). Cabe ressaltar também a 
incorporação da noção de multicausalidade na origem dos AT, que já vinha sendo 
desenvolvida nos anos 50, em relação a estes fenômenos. 
É de autoria de CUNY e KRAWSKY (9) a publicação de 1970 que apresenta os 
fundamentos iniciais do método que será progressivamente desenvolvido por 
pesquisadores do INRS nos anos subseqüentes e que tem, como ponto de partida, 
segundo os próprios autores, os trabalhos de Faverge2 e de Herbst3. 
Aspecto extremamente interessante diz respeito ao fato de CUNY e KRAWSKY 
(9) terem desenvolvido os fundamentos iniciais do método, atualmente conhecido como 
método INRS ou método ADC, a partir das descrições de 184 acidentes, feitas por 
contramestres e pessoal do serviço de segurança de uma mesma usina siderúrgica, 
ocorridos entre 1965 e 1968. 
Em outras palavras, os autores tiveram à sua disposição registros de AT cuja 
qualidade em termos de clareza, precisão e riqueza de detalhes propiciaram o início do 
desenvolvimento de um método, atualmente conhecido internacionalmente, 
principalmente a partir de sua inclusão, em 1983, na Enciclopédia da Organização 
Internacional do Trabalho (34). 
Três publicações merecem menção em relação ao método ADC, por tratar-se dos 
estudos que deram continuidade à investigação de CUNY e KRAWSKY (9), 
completando e aprofundando os enunciados iniciais. Trata-se de um estudo de 
KRAWSKY, CUNY e MONTEAU, de 1972 (17), um segundo estudo, de MONTEAU 
9
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(32) datado de 1974 (re-editado em 1977 pelo “Office des Publications Officielles des 
Communaut„s Europeenes”) e, finalmente um texto de 1975 de MERIC, MONTEAU e 
SZEKELY (23). 
Do ponto de vista do contexto francƒs dos anos 70, trata-se de pa‡s que, tendo 
apresentado per‡odo de decr„scimo de incidƒncia dos acidentes de trabalho em fun€o 
da ado€o de medidas t„cnicas (seguran€a de m†quinas, melhoria de postos de trabalho,
etc) e de controle de ambientes e de condi€‚es de trabalho (por meio de todo um aparato 
jur‡dico-institucional adequadamente preparado e estruturado), come€a a apresentar 
estagna€o da taxa de frequƒncia destes fenŠmenos. 
Tal situa€o, levando ‹ busca de novos instrumentos para 
enfrentamento do problema representado pelos acidentes, acaba por dar nascimento ao 
m„todo INRS (sigla da institui€o que o desenvolveu), atualmente conhecido como 
M„todo de Œrvore de Causas ou, simplesmente, m„todo ADC. 
ASPECTOS TE“RICOS E METODOL“GICOS
O m„todo ADC parte de dois princ‡pios b†sicos: o de que o acidente do trabalho 
„ um fenŠmeno multicausal e que ocorre no interior de um sistema s…cio-t„cnico aberto, 
configurando sinal ou sintoma de disfuncionamento deste, de acordo com a an†lisede 
FAVERGE (11). 
De maneira simplificada pode-se dizer que o m„todo ADC comp‚e-se de um 
conjunto de princ‡pios e de regras que permitem, a partir do acidente (e tamb„m do 
quase-acidente, do incidente e do desgaste material), identificar progressivamente os 
fatores envolvidos em sua gƒnese, inicialmente pr…ximos ao AT e sucessivamente ‹ 
montante do mesmo. 
Como unidade ou categoria de an†lise o m„todo utiliza a atividade que, por sua 
vez, „ formada por quatro componentes: indiv‡duo (em seus aspectos f‡sicos e 
psicol…gicos); tarefa, representada pelo conjunto de a€‚es executadas pelo indiv‡duo 
enquanto participante da produ€o (de bens ou servi€os, direta ou indiretamente); 
material, entendido como todos os meios t„cnicos para que o indiv‡duo possa executar 
sua tarefa e meio de trabalho, isto „, o ambiente f‡sico e social no qual o indiv‡duo 
executa sua tarefa (9, 17, 32). 
Como conceito fundamental ao seu desenvolvimento, o m„todo utiliza o 
conceito de varia€o, o que significa que, em rela€o ao desenrolar habitual da 
atividade, ou seja, sem ocorrƒncia de acidente, alguma coisa se passou de forma no 
habitual e a isto denomina-se varia€o. Cabe ressaltar que a varia€o „ identificada em 
rela€o ao trabalho real e no ao trabalho prescrito. (23, 32) Isto significa que, se na 
investiga€o de um acidente, depara-se com uma situa€o na qual uma prescri€o no „ 
cumprida sistematicamente, este fato no constitui uma varia€o mas um fato habitual 
ou um antecedente habitual ou permanente, conceito este desenvolvido por oposi€o ao 
de varia€o. 
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A compreenso exata do conceito de varia€o, estabelecido por compara€o a 
uma situa€o permanente ou habitual, „ imprescind‡vel ‹ utiliza€o do m„todo ADC. 
Assim, precisa ficar claro que, se a atividade se desenvolve de forma habitual, sem 
ocorrƒncia de nenhuma altera€o - varia€o - no haver† acidente. O contr†rio, 
entretanto no „ verdadeiro, isto „, pode haver varia€o em rela€o ‹ atividade normal, 
sem que sobrevenha um acidente (9, 17, 32). Por exemplo, a designa€o de um 
trabalhador para outro posto de trabalho que no o seu constitui uma varia€o e, 
entretanto, em grande parte das vezes em que isto ocorre, no sobrevƒm acidentes. 
Outro aspecto que precisa ficar claro em rela€o ao conceito de varia€o diz respeito ao 
no cumprimento sistem†tico de normas ou regras de seguran€a. Se uma norma ou regra 
no „ jamais cumprida, isto constitui um fato habitual e, por si s…, no explica a 
ocorrƒncia do acidente, para o que „ imprescind‡vel a existƒncia de pelo menos uma 
varia€o (32). 
Como princ‡pios fundamentais, destacam-se: 
1” ) ampliar, a partir do acidente (ou do quase-AT, ou incidente ou desgaste de 
material) a investiga€o das varia€‚es e dos fatos habituais que participaram da gƒnese 
do mesmo, de maneira sistem†tica em rela€o aos quatro componentes da atividade: 
indiv‡duo (I), tarefa (T), material (M) e meio de trabalho (MT). Esta investiga€o deve 
retroceder at„ o ponto em que fatos remotos em rela€o ao acidente ca‡ram no 
esquecimento, ou quando os investigadores j† 
obtiveram todas as respostas ‹s quest‚es sucessivamente formuladas. A aplica€o deste 
princ‡pio traz como conseqƒncia a amplia€o do campo de investiga€o do AT 
permitindo tanto a explora€o de fatores remotos em rela€o ‹ sua ocorrƒncia como, 
particularmente, a evidencia€o de fatores organizacionais relacionados ‹ gƒnese do 
mesmo. (9, 17, 32) 
2”) ater-se, na investiga€o mencionada acima, exclusivamente a fatos ocorridos, quer 
se trate de varia€‚es ou de fatos habituais, descrevendo-os de forma clara e concisa, de 
modo a impedir emisso de ju‡zo de valor, vedada em todas as fases de aplica€o do 
m„todo e interpreta€‚es, vedadas nas fases de coleta e organiza€o de informa€‚es 
(fatos) e de constru€o da †rvore (17, 22, 32). A obediƒncia a estas diretrizes faz 
desaparecer das descri€‚es de acidentes termos 
como “negligƒncia”, “descuido”, “imprudƒncia”, etc., substitu‡dos pela descri€o 
factual. 
Finalmente, os especialistas franceses (23) recomendam que se dƒ preferƒncia ao 
emprego do m„todo em acidentes de pequena gravidade, dado as implica€‚es legais 
existentes nos acidentes graves, que podem levar ‹ omisso de informa€‚es importantes 
o que, como ser† abordado ‹ frente, no coincide com nossa experiƒncia no Brasil. 
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ETAPAS DO MTODO
O uso adequado e duradouro do M„todo ADC, segundo a experiƒncia francesa 
(39), requer que a empresa adote-o como um dos instrumentos de sua pol‡tica de 
preven€o de acidentes. Apenas nesta situa€o todas as etapas descritas a seguir tero 
condi€‚es de serem desenvolvidas. 
COLETA DE INFORMAƒ‹ES
A coleta de informa€‚es deve ser realizada no pr…prio local de ocorrƒncia do 
acidente, de modo a viabilizar a observa€o de aspectos gerais do ambiente de trabalho 
(‘lay-out”, ilumina€o, ru‡do, organiza€o, limpeza, etc.); caracter‡sticas de m†quinas 
(sistemas de acionamento, zona de opera€o, 
etc), de ferramentas, de mat„rias-primas, 
etc.; caracter‡sticas do posto de trabalho; 
forma de execu€o da tarefa cujo 
desenvolvimento culminou com o acidente. 
Enfim a vistoria do local de 
ocorrƒncia do acidente, com elabora€o de 
esquemas e realiza€o de fotografias, 
complementadas com entrevistas de trabalhadores dever† permitir a reconstitui€o mais 
fiel poss‡vel de como o acidente que est† sendo investigado ocorreu. 
Em rela€o a esta etapa podemos colocar as seguintes quest‚es: 
QUEM? 
ONDE? 
QUANDO? 
COMO? 
POR QUE? 
Assim, come€ando a respondƒ-las, podemos dizer que, para as condi€‚es de 
utiliza€o do m„todo previstas por seus autores, isto „, pelo pessoal das empresas, a 
coleta de dados deve ser feita por profissional conhecedor da maneira habitual de 
realiza€o da atividade em cujo desenrolar sobreveio o AT. 
Acidentado, colegas de trabalho, supervisores ou contra-mestres, quadros 
hier†rquicos superiores etc., devero todos responder ‹s quest‚es formuladas ‹ partir da 
leso provocada pelo AT, objetivando identificar o maior nmero poss‡vel de fatores 
envolvidos na gƒnese do mesmo. 
A coleta de informa€‚es deve contar com a participa€o de profissionais 
adequadamente treinados na utiliza€o do m„todo. O treinamento adequado „ 
considerado indispens†vel (14, 16, 25, 32, 40, 41). A coleta de dados, como j† foi dito, 
realizada no pr…prio local de ocorrƒncia do AT, dever† ser efetuada o mais cedo 
poss‡vel ap…s a ocorrƒncia do AT. 
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No existe question†rio formulado “a priori” para coleta de informa€‚es, 
balizando-se a investiga€o pela hist…ria do desenrolar da atividade, tendo os 
componentes da atividade - indiv‡duo, tarefa, material e meio de trabalho como pontos 
de referƒncia para a condu€o da investiga€o. 
 da maior import‘ncia que apenas fatos - habituais ou varia€‚es - sejam 
registrados nesta fase.  imprescind‡vel que se obtenha uma descri€o clara, precisa, 
desprovida de interpreta€‚es e de emisso de ju‡zos de valor.
A observ‘ncia desta exigƒncia requer, por um lado, certo dom‡nio na linguagem 
falada e escrita e, por outro lado, treinamento apropriado ao uso do m„todo. 
No momento da coleta de dados „ fundamental a participa€o dos diferentes 
atores, direta ou indiretamente envolvidos no AT, para que se obtenham todas as 
informa€‚es poss‡veis sobre os fatos que efetivamente ocorreram. 
ORGANIZAƒ„O DAS INFORMAƒ‹ES OU FATOS
Os fatos que constam da descri€o do acidente devem ser organizados (listados) 
levando-se em considera€o tratar-se de varia€o oufato habitual e segundo 
componente da atividade a que perten€a: indiv‡duo (I), tarefa (T), material (M) ou meio 
de trabalho (MT). 
A deciso de apresentar de modo pr†tico esta etapa, por meio da descri€o de um 
acidente do trabalho a partir do qual ser† constru‡da a ADC4, coloca j† dois aspectos 
que merecem ser explicitados: por um lado o da complexidade do fenŠmeno em si e, por 
outro lado, o da indica€o do uso do m„todo, isto „, para casos ocorridos em condi€‚es 
nas quais os problemas mais graves, relativos ‹ falta de seguran€a de m†quinas, ‹ 
concep€o inadequada de postos de trabalho e ‹ existƒncia de modos operat…rios 
perigosos, j† foram solucionados. Nestas circunst‘ncias, aspectos 
organizacionais envolvidos na gƒnese dos AT e evidenciados com o uso do m„todo 
ADC adquirem grande import‘ncia para a preven€o destes fenŠmenos como poder† ser 
constatado no exemplo apresentado a seguir. 
Resumo do acidente: 
Sr L, 28 anos, trabalhador no especializado. 
A empresa funcionava excepcionalmente ‹ noite a fim de dar vazo a um 
excedente de estoque de mat„ria-prima. Por esta razo o nmero de trabalhadores era 
reduzido pois, ap…s a jornada normal, apenas uma parte do efetivo continuava 
trabalhando . O Sr. L., 28 anos, oper†rio no especializado, trabalhava h† v†rios anos 
com o Sr. A. no triturador. 
A tarefa dos dois consistia em abastecer o triturador com a mat„ria-prima, 
recolher o produto triturado em sacos e estoc†-los por meio de “palette” transportado 
manualmente para local ao lado do triturador. 
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Normalmente o trabalho era realizado sob responsabilidade de um chefe de 
equipe cuja presença havia sido julgada dispensável à noite e o controle do trabalho dos 
Srs. A. e L. haviam sido confiados diretamente ao responsável por outro setor, o qual 
deveria ser chamado apenas em caso de dificuldade. 
Dado que o número de trabalhadores estava reduzido em relação à jornada 
normal, uma empilhadeira utilizada para outra tarefa encontrava-se disponível. Por sua 
própria iniciativa o Sr. L., que não possuía habilitação para operar a empilhadeira, 
começou a utilizá-la pois a chave da mesma encontrava-se sobre o painel. 
Segundo os Srs. A. e L., perto de meia-noite e meia, isto é, três horas e meia 
após o término da jornada normal, estando ambos cansados, pensaram em utilizar a 
empilhadeira para economizar seus esforços e ganhar tempo na estocagem dos sacos. 
Quando o Sr. L. efetuava uma curva em marcha-ré para mudar a posição do 
veículo, este tombou, prensando-o entre o solo e a coluna direita do teto de segurança, 
causando-lhe traumatismos múltiplos. 
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Adaptação de acidente do trabalho discutido durante Curso sobre o Método de 
Árvore de Causas, ministrado por Michel Meric de 14 a 18 de abril de 1994 no Centro 
de Formação do INRS - Paris
Analisando-se a organiza€o dos fatos, evidencia-se que a cada um deles 
corresponde uma frase composta de sujeito, verbo e, conforme o caso, complemento. A 
empilhadeira (sujeito) tomba (verbo). O chefe da equipe (sujeito) „ (verbo) um 
substituto provis…rio (complemento). As frases so formuladas de maneira clara, 
objetiva, de preferƒncia com o verbo no presente do indicativo, sem emprego de 
palavras que, por seu pr…prio sentido, impliquem em interpreta€o ou emisso de ju‡zo 
de valor. Nesse sentido, cabe referir 
que o fato “os Srs. A. e L. querem ganhar tempo” foi registrado face ‹s circunst‘ncias 
isto „, trabalho noturno ultrapassando em 3h30 a jornada normal e por haver sido 
expresso pelos dois trabalhadores. 
Outro aspecto importante diz respeito a no elaborar frases contendo dois (ou 
mais) fatos distintos do tipo “banco tomba e prensa p„ direito”, pois os fatos 
antecedentes ao tombamento do banco no so os mesmos da prensagem do p„. 
No exemplo dado, os dois fatos constituem varia€o do componente tarefa. 
Entretanto, algumas vezes cometem-se falhas, agrupando-se fatos pertencentes a 
componentes diferentes, configurando desrespeito ‹s regras do m„todo. Isto geralmente 
ocasiona a perda de coerƒncia do esquema (†rvore), podendo invalidar o uso do 
m„todo. Portanto, al„m do dom‡nio da linguagem, ainda mais fundamental „ o dom‡nio 
dos princ‡pios e regras do m„todo. 
CONSTRUƒ„O DA •RVORE
Organizados os fatos, para se construir a †rvore a partir da leso sofrida pelo 
acidentado, elaboram-se quest‚es como: 
- o que foi necess†rio acontecer para que o Sr. L sofresse traumatismos 
mltiplos? (recomenda-se evitar formula€o do tipo “porque Y aconteceu?”, pois tende 
a provocar resposta simplificada, no induzindo ao racioc‡nio). 
No caso, a resposta „: foi necess†rio que o Sr. L tivesse sido prensado entre a 
coluna da empilhadeira e o solo. 
A indaga€o seguinte „: este fato (ser 
prensado...) „ suficiente para explicar as 
les‚es sofridas pelo Sr. L.? No caso, a 
resposta „ afirmativa, levando ‹ constru€o do 
esquema apresentado a seguir. 
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A esta representação gráfica denomina-se encadeamento e significa que o 
fato de ter sido prensado entre a coluna da empilhadeira e o solo constituiu condição 
necessária e suficiente para produzir traumatismos múltiplos no Sr. L. 
A questão que se coloca a seguir é: o que foi necessário acontecer para que o Sr. 
L. fosse prensado entre a coluna da empilhadeira e o solo? A primeira resposta é: que a 
empilhadeira tenha tombado. Em seguida: este fato (tombamento da empilhadeira) foi 
suficiente para prensar o Sr. L. ou houve necessidade da presença de algum outro fato? 
No caso, a resposta é que o tombamento foi necessário, mas não suficiente, pois uma 
característica da empilhadeira, isto é, a coluna do teto teve participação. 
À representação gráfica apresentada a seguir, dá-se o nome de conjunção e, no 
caso, significa que o tombamento da empilhadeira, somado à existência e posição da 
coluna, foram fatos necessários e suficientes para que o Sr. L. fosse prensado.
Neste ponto podemos refletir sobre a vantagem ou não de continuar o 
questionamento acerca de uma característica do material (posição da coluna da 
empilhadeira) ou nos determos neste ponto. A continuidade deste questionamento nos 
levará a aspectos relativos à concepção da máquina (no caso, empilhadeira) que muitas 
vezes se reveste de grande importância. No caso, optou-se por não continuar 
investigando este fato habitual (também denominado antecedente-estado ou 
permanente). 
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Repetindo o mesmo tipo de questionamento podemos chegar à figura 1
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DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
O que † e para que serve ?
O diagrama de Causa e Efeito é a representação gráfica das causas de um fenômeno. 
É um instrumento muito usado para estudar:
1. Os fatores que determinam resultados que desejamos obter (processo, 
desempenho, oportunidade);
2. As causas de problemas que precisamos evitar (defeitos, falhas, variabilidade). 
Exemplos de diagramas de causa e efeito
Os dois exemplos a seguir ilustram os dois tipos de diagrama de causa e efeito. 
O primeiro diagrama (Causa e Efeito: Desempenho Desejado) refere-se a algo 
que desejamos, isto é, um bom restaurante. Os fatores que determinam um bom 
restaurante são: instalações, comida, localização e atendimento. Para que a comida seja 
boa, precisamos ter higiene, bom paladar e variedade. A higiene, por sua vez, depende 
dosingredientes (saudáveis, bem conservados) e do preparo (receita, cuidado, etc). O 
diagrama é detalhado colocando as causas do efeito desejado, depois adicionando as 
causas destas e assim por diante até que fique bem claro como obter o objetivo visado. 
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O segundo diagrama (Diagrama Causa e Efeito: Problema) refere-se a um efeito 
indesejado, o consumo excessivo de combustível por um automóvel. 
Como fazer o diagrama de causa e efeito
1. Defina o problema a ser estudado e o que se deseja obter (o que deve acontecer 
ou o que deve ser evitado). 
2. Procure conhecer e entender o processo: observe, documente, fale com pessoas 
envolvidas, leia. 
3. Reuna um grupo para discutir o problema, apresente os fatos conhecidos, 
incentive as pessoas a dar suas opiniões, faça um brainstorming. 
4. Organize as informações obtidas, estabeleça as causas principais, secundárias, 
terciárias, etc. (hierarquia das causas), elimine informações irrelevantes, monte o 
diagrama, confira, discuta com os envolvidos. 
5. Assinale os fatores mais importantes para obtenção do objetivo visado (fatores 
chave, fatores de desempenho, fatores críticos). 
Para organizar o diagrama de causa e efeito, você pode usar as seguintes 
classificações de causas: 
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Os M’s:
1. Mão de obra 
2. Método 
3. Material 
4. Máquina 
5. Meio ambiente 
6. Medição 
7. "Management" (gestão) 
4Ps:
1. políticas 
2. Procedimentos 
3. Pessoal 
4. Planta 
Algumas regras b‰sicas:
1. defina o problema que você pretende investigar de forma precisa, isto é, evite 
termos abstratos e idéias muito genéricas.
2. identifique as causas do problema sob investigação em reuniões ou em sessões 
de brainstorm. Convide para a reunião todas as pessoas envolvidas no processo. 
3. resuma sugestões em poucas palavras
4. concentre-se nas causas passíveis de serem sanadas. Afinal, se as causas de um 
problema não podem ser removidas, o diagrama de causa e efeito será simples 
exercício intelectual, sem qualquer aplicação prática.
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EQUIPAMENTOS DE PROTEƒ„O INDIVIDUAL
São dispositivos de uso pessoal, destinados a proteção da saúde e integridade física do 
trabalhador. O uso dos EPI no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora 
NR-6 da Portaria 3214 de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego. As instituições 
de saúde devem adquirir e oferecer EPI novos e em condições de uso aos trabalhadores 
sem nenhuma cobrança por seu uso. Igualmente, devem proporcionar capacitação para o 
uso correto dos mesmos e, caso o trabalhador se recuse a utilizá-los poderá exigir a 
assinatura de um documento no qual dará ciência e especificará detalhadamente os 
riscos aos quais o trabalhador estará exposto (SKRABA, 2004). Os EPI deverão ser 
cuidados, desconta minados e higienizados para prolongar sua vida útil, quando forem 
descartáveis não deverão ser reaproveitados. Os EPI não podem provocar alergias ou 
irritações, devem ser confortáveis e atóxicos. 
EQUIPAMENTOS DE PROTEƒ„O INDIVIDUAL/EPI UTILIZADO EM 
SERVIƒOS DE SA–DE E LABORT•ORIOS
JALECOS 
Protegem a parte superior e inferior do corpo, isto é os braços, tronco, abdômen e parte 
superior das pernas. Devem ser de mangas longas, usadas sempre fechados sobre as 
vestimentas pessoais (não usá-lo diretamente sobre o corpo), confeccionados em tecido 
de algodão (mistura poliéster-algodão é inflamável), impermeabilizados ou não, devem 
ser descontaminados antes de serem lavados. Os jalecos descartáveis devem ser 
resistentes e impermeáveis. Auxiliam na prevenção da contaminação de origem 
biológica, química e radioativa, além da exposição direta a 
sangue, fluídos corpóreos, borrifos, salpicos e derramamentos 
de origens diversas (LIMA E SILVA, 1998). 
AVENTAIS 
Os aventais podem ser usados sobre ou sob os jalecos. 
Quando usados nos trabalhos que envolvem produtos químicos 
são confeccionados em Cloreto de Polivinila (PVC), em 
Kevler® quando utilizados com altos níveis de calor, de 
borracha onde há manipulação de grandes volumes de soluções 
e durante lavagem e limpeza de vidrarias, equipamentos e 
instalações (GUIMARÃES, 2005). 
MACAC„O E TRAJE PRESS„O POSITIVA 
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O macacão em peça única, confeccionado em tecido resistente e descartável, deve ser 
usado em laboratórios de Nível de Biossegurança 3/NB-3 e Nível de Biossegurança 
Animal 3/ NB-A3. No laboratório Nível de Biossegurança 4/ NB-4 e no Nível de 
Biossegurança Animal 4/NB-A4 que utiliza Cabine de Segurança Biológica Classe II, 
deve ser usado o traje de pressão positiva em PVC constituído de macacão em peça 
única impermeável, com visor acoplado ao macacão, sistema de sustentação de vida, 
cujo ar é filtrado, por filtro absoluto (HEPA) e, inclui ainda compressores de respiração 
de ar, alarme e tanque de ar de emergência. (LIMA e SILVA, 2004) 
Nos serviços de saúde e laboratórios também podem ser usados: uniformes de algodão 
composto de calça e blusa, avental cirúrgico de algodão ou descartável, macacão de 
algodão ou descartável e, outras vestimentas que protejam os trabalhadores e o 
ambiente onde estes exercem suas atividades. 
LUVAS 
São utilizadas como barreira de proteção, prevenindo a contaminação das mãos do 
trabalhador de serviços de saúde e de laboratório ao manipular material contaminado. 
As luvas reduzem a possibilidade dos microorganismos presentes nas mãos do 
trabalhador sejam transmitidas aos pacientes durante procedimentos invasivos ou 
quando pele não intacta, tecidos e mucosas possam ser tocadas. Diminuem o risco de 
que mãos contaminadas por 
microorganismos de um paciente ou 
fomite contaminem outros pacientes, o 
trabalho executado, equipamentos e 
instalações. A utilização de luvas não 
exclui o ato da lavagem das mãos 
(LIMA e SILVA, 1998). 
LUVAS DE L•TEX 
Protegem o trabalhador dos materiais potencialmente infectantes como: sangue, 
secreções, excreções, culturas de microrganismos, animais de laboratório etc. são 
divididas em estéreis as luvas cirúrgicas e não estéreis as luvas de procedimento, 
descartáveis ou não. 
LUVAS PARA O MANUSEIO DE PRODUTOS QU…MICOS 
Podem ser confeccionadas em: borracha natural (Látex), Butíl, Neoprene®, Cloreto de 
Polivinila (PVC), Acetato de Polivinila (PVA), Viton® (MC GILL, 2005). O tipo de 
luva usado durante o processo de trabalho deverá corresponder à substância química a 
ser manipulada, por exemplo, luvas de PVC para o manuseio de drogas citostáticas 
(LIMA e SILVA, 1998). 
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LUVAS DE PROTEƒ„O AO CALOR 
Para os trabalhos com autoclaves, fornos e muflas recomendam-se o uso de luvas de lã 
ou tecido resistente revestida de material isolante térmico. Para trabalhos que envolvem 
o manuseio a altas temperaturas, por exemplo, acima de 350o C luvas Zetex®; abaixo 
de 350º C luvas Kevlar® ; acima de 100º C luvas de couro curtido com sais de cromo 
(MC GILL, 2005). 
LUVAS DE PROTEƒ„O AO FRIO 
Na manipulação de artefatos e componentes em baixa temperatura utilizam-se luvas de 
algodão, lã, couro, náilon impermeabilizado, borracha revestida internamente com 
fibras naturais ou sintéticas. Deve ter cano longo para maior proteção. 
“CULOS DE SEGURANƒA 
Protegem os olhos do trabalhador de borrifos, salpicos, gotas e impactos decorrentesda 
manipulação de substâncias que causam risco químico (irritantes, corrosivas etc.), risco 
biológico (sangue, material infectante etc.) e, risco físico (radiações UV e infravermelho 
etc.). Podem ter vedação lateral, hastes ajustáveis, cinta de fixação. As lentes devem ser 
confeccionadas em material transparente, resistente e que não provoque distorção, 
podem ser de policarbonato, resina orgânica, cristal de vidro, além de receber 
tratamento com substâncias anti-embaçantes, anti-risco e, resistentes aos produtos 
químicos (SKRABA, 2004). 
M•SCARAS FACIAIS OU PROTETORES FACIAIS 
Utilizados como proteção da face e dos 
olhos em relação aos riscos de impacto 
de fragmentos sólidos, partículas 
quentes ou frias, poeiras, líquidos e 
vapores, assim como radiações não 
ionizantes. Resguardam a face dos 
respingos de substâncias de risco 
químico como, por exemplo, 
substâncias corrosivas, irritantes e 
tóxicas; gotículas de culturas de 
microorganismos ou outros materiais biológicos. Protegem contra estilhaços de metal e 
vidro ou outro tipo de projeteis. São confeccionadas em materiais como: propionato, 
acetato e policarbonato simples ou recobertos com substâncias metalizadas para 
absorção de radiações. (SKRABA, 2004)
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EQUIPAMENTO DE PROTEƒ„O 
RESPIRAT“RIA (RESPIRADORES OU 
M•SCARAS) 
São utilizados quando se manipula substâncias de 
risco químico ou biológico, em emergências 
(derramamentos e fugas de gases). Podem ser 
descartáveis ou exigir manutenção. Os 
respiradores mais utilizados são: de adução de ar 
(fornecem ar ao usuário independente do ar 
ambiente), purificador de ar (purificam o ar 
ambiente antes de ser inalado pelo usuário); 
respiradores semifaciais (máscaras descartáveis, respiradores com ou sem válvulas para 
poeiras, fumos e névoas), respiradores semi faciais com manutenção (com cartucho 
químico ou filtro mecânico), respiradores faciais de peça inteira (protegem o sistema 
respiratório, os olhos e a face do usuário) (MC GILL, 2005). Em serviços de saúde e
laboratórios onde se manipula microrganismos de classe de risco biológico 3 como, por 
exemplo, o M. tuberculosis recomenda-se o uso de respirador purificador de ar 
semifacial N-95 (com eficiência mínima de filtração de 95% de partículas de até 0,3 
µm) ou respiradores purificadores de ar motorizados com filtros de alta eficiência 
(filtros HEPA). Na preparação de drogas citotóxicas, quando não há disponibilidade da 
Cabine de Segurança Biológica/CSB, deve-se utilizar respirador para proteção contra 
material particulado (pó ou névoa) do tipo que utiliza filtro mecânico P2 ou P3 
(classificação brasileiro-européia) ou respirador purificador de ar semifacial N-95. 
(BOLETIM, s/d) Existem máscaras de fuga utilizadas para evasão de ambientes onde 
possa ocorrer fuga de contaminantes tóxicos, vapores e gases combinados ou não com 
aerossóis. 
PROTEƒ„O AURICULAR 
Os protetores auriculares são do tipo concha ou de inserção. A sua utilização está 
indicada em situações onde o ruído excessivo pode causar perda da audição do 
trabalhador.Os controles dos níveis de ruído em laboratório são regidos pela NBR nº 
10152/ABNT, que estabelece limite de 60 decibéis para uma condição de conforto 
durante a jornada de trabalho. As normas estabelecidas pela OSHA nos EUA, o nível de 
ruído é de 85 decibéis por uma jornada de trabalho de oito horas. (GUIMARÃES, 2005) 
TOUCAS OU GORROS 
Nos ambientes de serviços de saúde, laboratoriais e biotérios, os cabelos, 
principalmente, os longos devem permanecer presos para evitar acidentes e 
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contaminações por microorganismos, poeiras e ectoparasitos em suspensão. Os cabelos 
dos trabalhadores, também podem contaminar ambientes limpos ou estéreis ou 
contaminar pacientes e o produto do trabalho, por este motivo as toucas ou gorros 
devem ser usados. Devem ser confeccionados em tecido que permita a aeração dos 
cabelos e do couro cabeludo. Podem ser descartáveis ou reutilizáveis. 
PROTETORES PARA OS MEMBROS INFERIORES 
Os membros inferiores devem estar 
protegidos por calçados fechados durante o 
trabalho em serviços de saúde e 
laboratórios. Evitam acidentes que 
envolvem derramamento e salpicos de 
substâncias de risco químicos e biológicos, 
impactos, perfuro cortantes, queimaduras, 
choques, calor, frio, eletricidade etc. Os 
trabalhadores não devem expor os artelhos, 
o uso de sandálias ou sapatos de tecido é proibido na área de trabalho. O calçado deverá 
ser ajustado ao tipo de atividade desenvolvida como: botas de segurança em couro, 
botas de PVC, botinas e outros calçados de cano curto ou longo, com biqueira de 
reforço e solado antiderrapante. Sapatilhas ou pró-pés descartáveis ou reutilizáveis são, 
geralmente, usadas em áreas estéreis tanto em hospitais, laboratórios, biotérios e na 
indústria. 
DISPOSITIVOS DE PIPETAGEM 
São dispositivos de borracha (pêra de 
borracha), pipetadores automáticos e 
elétricos, etc. Evita o risco de acidente 
através da ingestão de substâncias 
contendo agentes de risco biológico, 
químico ou radioativo, visto que a ação 
de pipetar com a boca é um risco a 
integridade física e a saúde do 
trabalhador. (LIMA e SILVA, 1998) 
DOSIMETRO PARA RADIAƒ„O IONIZANTE 
É utilizado como proteção para os trabalhadores que 
manipulam substâncias com radiações ionizantes. São 
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usados como crachá, pulseira, anel ou gargantilha dependendo do tipo e emissão da 
radiação. Deve ser enviado para o serviço de monitoramento da Comissão Nacional de 
Energia Nuclear/CNEN para avaliação (LIMA e SILVA, 1998). 
EQUIPAMENTOS DE PROTEƒ„O COLETIVA 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva EPC auxiliam na segurança do trabalhador dos 
serviços de saúde e laboratórios, na proteção ambiental e também na proteção do 
produto ou pesquisa desenvolvida. A correta seleção, uso e manutenção do equipamento 
de segurança permitem ao trabalhador da área de saúde a contenção apropriada contra 
os inúmeros riscos aos quais está envolvido no seu dia a dia. 
AUTOCLAVES 
Gera a esterilização de equipamentos 
termorresistentes e insumos através de 
calor úmido (vapor) e pressão. Sua 
instalação é obrigatória no interior dos 
laboratórios NB-3 e NB-4, sendo que no 
laboratório NB-4 é obrigatório à 
instalação de autoclave de porta dupla. 
Nos laboratórios NB-2 e NB-1 e serviços 
de saúde é obrigatório que a autoclave 
esteja no edifício onde os mesmos estão 
instalados. O monitoramento deve ser feito com registro de pressão e temperatura a cada 
ciclo de esterilização, testes biológicos com o Bacillus stearothermophylus, fita 
termorresistente em todos os materiais. (LIMA e SILVA, in press) 
FORNO PASTEUR 
Opera em superfícies que não são penetradas pelo calor 
úmido. É um processo demorado pode ser usado em vidraria, 
metal, etc. O monitoramento exige registro de temperatura nas 
esterilizações, testes biológicos com o Bacillus 
stearothermophylus, fita termorresistente em todos os 
materiais. (LIMA e SILVA, in press) 
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CHUVEIRO DE EMERG’NCIA 
Chuveiro de aproximadamente 30cm de diâmetro, acionado por 
alavancas de mão, cotovelo ou pé. A localização deve ser de fácil 
acesso e ter um programa de manutenção constante. (LIMA e 
SILVA, 1998) 
LAVA OLHOS 
Dispositivo formado por dois pequenos 
chuveiros de média pressão acoplados a uma 
bacia metálica. O angulo do jato de água deve 
ser corretamentedirecionamento para a lavagem 
ocular. Pode ser acoplado ao chuveiro de 
emergência ou ser do tipo frasco de lavagem 
ocular (LIMA e SILVA, 1998). 
MICROINCINERADORES 
Dispositivo elétrico ou a gás utilizado para flambar alças microbiológicas ou 
instrumento perfuro cortante no interior da Cabine de Segurança Biológica (LIMA e 
SILVA, 1998). 
CAIXAS OU CONTAINERS DE AƒO 
Devem ter alças laterais e tampa, 
confeccionados em aço inoxidável, auto
claváveis, à prova de vazamento, usados para 
acondicionar e transportar material 
contaminado por agentes de risco biológico 
para esterilização em autoclave. (LIMA e 
SILVA, in press) 
CAIXA DESCART•VEL PARA 
PERFUROCORTANTE 
Usada para descartar os resíduos perfuro cortantes como: 
seringas hipodérmicas, agulhas de sutura, bisturis, dentre 
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outros. (Recomenda-se que seja auto clavada antes do descarte final). (LIMA e SILVA, 
in press) 
AGITADORES E MISTURADORES 
Devem possuir sistema de isolamento que contenham 
os aerossóis formados durante sua utilização. Utilizá-
los no interior da Cabine de Segurança Biológica caso 
não possuam sistema de isolamento (LIMA e SILVA, 
1998). 
CENTRIFUGAS 
Devem possuir sistema que permita a abertura somente 
após o ciclo completo de centrifugação, copos de segurança e sistema de alarme quando 
ocorra quebra de tubos. (LIMA e SILVA, in press) 
SINALIZAƒ„O LABORATORIAL 
É um conjunto de símbolos com formas e cores 
diferenciados que indicam sinalização de: aviso, 
interdição, obrigação, segurança e prevenção de incêndio.
CABINE DE SEGURANƒA QU…MICA 
Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa 
turbulências e correntes, assim reduzindo o 
perigo de inalação e contaminação do operador e 
do ambiente quando da manipulação de 
substâncias químicas que liberam vapore e gases 
tóxicos, irritantes, corrosivos etc. O duto de 
exaustão deve ser projetado de maneira a 
conduzir os vapores para parte externa da 
instalação, preferencialmente, no telhado. Deve 
ter filtro químico acoplado a saída do duto 
(LIMA e SILVA, 1998). 
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CABINES DE SEGURANƒA BIOL“GICA (CSB) 
O princ‡pio fundamental „ a prote€o do operador, do ambiente 
e do experimento atrav„s de fluxo laminar de ar, filtrado por 
filtro absoluto ou filtro HEPA. As Cabines de Seguran€a 
Biol…gica esto dividas em: Classe I, Classe II (divididas em A 
ou A1, B1, B2 e B3 ou A2 -) e Classe III (SANTO
S, 2004). 
Legisla‡ˆo e Jurisprudncia
A responsabilidade do empregador encontra-se definida na legisla€o citada a 
seguir, aclarada por sua vez pela jurisprudƒncia que segue a ela.
CONSTITUI’“O FEDERAL/1988 - Cap‡tulo II - Dos Direitos Sociais
“Art. 7” - So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, al„m de outros que visem a 
melhoria de sua
condi€o social:
I -
.............................................................................................................................................
...........................
XXII - redu€o dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e 
seguran€a;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a 
indeniza€o a que
este est† obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;”
C•DIGO CIVIL BRASILEIRO/1916
“Art. 159 - Aquele que, por a€o ou omisso volunt†ria, negligƒncia, ou imprudƒncia, 
violar direito, ou causar preju‡zo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”.
A verifica€o da culpa e a avalia€o da responsabilidade regula-se pelo disposto 
nesse C…digo, nos artigos 1518 a 1532 e 1537 a 1553.154 a 201 da CLT, para que 
sirvam de balizamento, de par‘metro t„cnico, ‹s pessoas/empresas que devem manter 
aos ditames legais e que, tamb„m, devem observar o pactuado nas Conven€‚es/Acordos 
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Coletivos de Trabalho de cada categoria e nas Conven€‚es Coletivas sobre Preven€o 
de Acidentes em Indstrias de M†quinas Injetoras de Pl†stico; Indstrias de Prensas 
Mec‘nicas; Indstrias de Prote€o, Tratamento e Transforma€o de Superf‡cies no 
Estado de So Paulo.
Considerando-se que as vinte e 
oito normas existentes tƒm uma inter-
rela€o entre si, o prop…sito „ o de 
indicar efetivamente essa ocorrƒncia, 
demonstrando na pr†tica 
prevencionista, que muito pouco 
adianta atender uma Norma 
Regulamentadora sem levar em 
considera€o a outra.
Nosso intuito „ que os
interessados tenham uma no€o de 
todas as Normas Regulamentadoras e 
que as empresas possam adequar-se ‹s 
suas necessidades e peculiaridades.
As NRs podero ser obtidas, na 
‡ntegra, pelo site www.mpas.gov.br, Departamento de Seguran€a e Sadeno Trabalho,
al„m de publica€‚es de inmeros autores e de diversas editoras.
RESUMO NRs
NR1 - DISPOSI’–ES GERAIS
NR2 - INSPE’“O PRVIA
NR3 - EMBARGO OU INTERDI’“O
NR4 - SERVI’OS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURAN’A E EM 
MEDICINA DO TRABALHO – SESMT
NR5 - COMISS“O INTERNA DE PREVEN’“O DE ACIDENTES – CIPA
NR6 - EQUIPAMENTO DE PROTE’“O INDIVIDUAL – EPI
NR7 - PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SA˜DE OCUPACIONAL –
PCMSO
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NR8 – EDIFICA’–ES
NR9 - PROGRAMA DE PREVEN’“O DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA
NR10 - INSTALA’–ES E SERVI’OS EM ELETRICIDADE
NR11 - TRANSPORTE, MOVIMENTA’“O, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE 
MATERIAIS
NR12 - MŒQUINAS E EQUIPAMENTOS
NR13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESS“O
NR14 – FORNOS
NR15 - ATIVIDADES E OPERA’–ES INSALUBRES
NR16 - ATIVIDADES E OPERA’–ES PERIGOSAS
NR17 – ERGONOMIA
NR18 - CONDI’–ES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA IND˜STRIA DA 
CONSTRU’“O
NR19 – EXPLOSIVOS
NR20 - L™QUIDOS COMBUST™VEIS E INFLAMŒVEIS
NR21 - TRABALHO A CU ABERTO
NR22 - TRABALHOS SUBTERRšNEOS
NR23 - PROTE’“O CONTRA INC›NDIOS
NR24 - CONDI’–ES SANITŒRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE 
TRABALHO
NR25 - RES™DUOS INDUSTRIAIS
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NR26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
NR27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
NR28- FISCALIZAÇÃOE PENALIDADES
NORMAS REGULAMENTADORAS
Portaria Nº 3.214/78, SSST - Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, atualmente, 
DSST - Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho e 
Emprego
NR1 - Disposi‡Šes Gerais
Determina que as normas regulamentadoras, relativas à segurança e medicina do 
trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e 
públicas, desde que possuam empregados celetistas.
Determina, também, que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho é o 
órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades 
inerentes.
Dá competência às DRTs regionais, determina as responsabilidades do 
empregador e a responsabilidade dos empregados.
NR2 - Inspe‡ˆo Pr†via
Determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprovação de suas 
instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o CAI -
Certificado de Aprovação de Instalações,por 
meio de modelo pré-estabelecido.
NR3 - Embargo ou Interdi‡ˆo
A DRT poderá interditar/embargar o 
estabelecimento, as máquinas, setor de serviços 
se os mesmos demonstrarem grave e iminente 
risco para o trabalhador, mediante laudo técnico, 
e/ou exigir providênciasa serem adotadas para 
prevenção de acidentes do trabalho e doençasprofissionais.
Caso haja interdição ou embargo em um 
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determinado setor, os empregados receberão os salários como se estivessem 
trabalhando.
NR4 - Servi‡os Especializados em Engenharia de Seguran‡a e em Medicina do 
Trabalho - SESMT
A implantação do SESMT depende da gradação do risco da atividade principal 
da empresa (Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE) e do número 
total de empregados do estabelecimento (Quadro2).Dependendo desses elementos o 
SESMT deverá ser composto por um Engenheiro de Segurança doTrabalho, um Médico 
do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Técnico
de Segurança do Trabalho, todos empregados da empresa.
Atualmente, esta Norma está sendo revista pela Comissão Tripartite Paritária 
Permanente. A nova NR4 - Sistema Integrado de Prevenção de Riscos do Trabalho, pela 
Portaria nº 10, de 6 de abril de 2000. As novidades são os serviços terceirizados, o 
SEST próprio, o SEST coletivo e a obrigatoriedade de todoestabelecimento, mesmo 
com um empregado, ser obrigado a participar do programa.
NR5 - Comissˆo Interna de Preven‡ˆo de Acidentes - CIPA
Todas as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, 
instituições beneficentes, cooperativas, clubes, desde que possuam empregados 
celetistas, dependendo do grau de risco da empresa e do número mínimo de 20 
empregados são obrigadas a manter a CIPA. Este dimensionamento depende da 
Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, que remete a outra listagem 
de número de empregados.
Seu objetivo é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, 
tornando compatível o trabalho com a preservação da saúde do trabalhador.
A CIPA é composta de um representante da empresa - Presidente (designado) e 
representantes dos empregados, eleitos em escrutínio secreto, com mandato de um ano e 
direito a uma reeleição e mais um ano de estabilidade.
NR6 - Equipamentos de Prote‡ˆo Individual - EPIs
As empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados equipamentos de 
proteção individual, destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
Todo equipamento deve ter o CA - Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho 
e Emprego e a empresa que importa EPIs também deverão ser registrados junto ao 
Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, existindo para esse fim todo um 
processo administrativo.
NR7 - Programa de Controle M†dico de Sade Ocupacional - PCMSO
Trata dos exames médicos obrigatórios para as empresas.
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São eles exame Admissional, exame periódico, de retorno ao trabalho, de 
mudança de função, demissional e exames complementares, dependendo do grau de 
risco da empresa, ou empresas que trabalhem com agentes químicos, ruídos, radiações 
ionizantes, benzeno, etc., à critério do médico do trabalho independendo dos quadros na 
própria NR7 , bem como, na NR15, existirão exames específicos para cada risco que o 
trabalho possa gerar.
NR8 - Edifica‡Šes
Esta norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção 
contra a chuva, insolação excessiva ou falta de insolação. Devem-se observar as 
legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.
NR9 - Programa de Preven‡ˆo de Riscos Ambientais - PPRA
Esta norma objetiva a preservação da saúde e integridade do trabalhador, através 
da antecipação, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes, ou que venham a 
existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção ao MEIO AMBIENTE e 
RECURSOS NATURAIS.
Levam-se em conta os Agentes FÍSICOS, QUÍMICOS e BIOLÓGICOS. Além 
desses agentes, destacamos também, os Riscos Ergonômicos e os Riscos Mecânicos.
É importante manter esses dados no PPRA, a fim de as empresas não sofrerem 
ações de natureza civil por danos causados ao trabalhador, mantendo-se atualizados os 
Laudos Técnicos e o Perfil Profissiográfico Previdenciário.
NR10 - Instala‡Šes e Servi‡os de Eletricidade
Trata das condições mínimas para 
garantir a segurança daqueles que trabalham em 
instalações elétricas, em suas diversas etapas,
incluindo projeto, execução, operação, 
manutenção, reforma e ampliação, incluindo 
terceiros e usuários.
Esta Norma encontra-se sob consulta 
pública para a sua revisão.
NR11 - Transporte, Movimenta‡ˆo,Armazenagem e Manuseio de Materiais
Destina-se a Operação de Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais e 
Máquinas Transportadoras.
NR12 - M‰quinas e Equipamentos
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Determina as instalações e áreas de trabalho; distâncias mínimas entre as 
máquinas e os equipamentos; dispositivos de acionamento, partida e parada das 
máquinas e equipamentos.
Contém Anexos para o uso de Motosserras, Cilindros de Massa, etc.
No Estado de São Paulo, as empresas devem observar a Convenção Coletiva 
para Melhoria das Condições de Trabalho em Prensas e Equipamentos Similares, 
Injetoras de Plásticos e Tratamento Galvânico de Superfícies nas Indústrias 
Metalúrgicas no Estado de São Paulo, assinada em 29.11.02, em vigência a partir de 
28.01.03. 
NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressˆo.
É de competência do engenheiro especializado nas atividades referentes a 
projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e 
supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão.
Norma que exige treinamento específico para os seus operadores, contendo 
várias classificações e categorias, nas especialidades, devido, principalmente, ao seu 
elevado grau de risco.
NR14 - Fornos
Define os parâmetros para a instalação de fornos; cuidados com gases, chamas, 
líquidos. Devem-se observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e 
municipal.
NR15 - Atividades e Opera‡Šes Insalubres
Considerada atividade insalubre, a exemplo da NR16-Atividades Perigosas, 
quando ocorre além dos limites de tolerância, isto é intensidade, natureza e tempo de 
exposição ao agente, que não causará dano asaúde do trabalhador, durante a sua vida 
laboral.
As atividades insalubres estão contidas nos anexos da Norma e são considerados 
os agentes: Ruído contínuo ou permanente; Ruído de Impacto; Tolerância para
Exposição ao Calor; Radiações Ionizantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais.
Tanto a NR15 quanto a NR16 dependem de perícia, a cargo do médico ou do 
engenheiro do trabalho, devidamente credenciado junto ao Ministério do Trabalho e 
Emprego.
NR16 - Atividades e Opera‡Šes Perigosas
Também considerada quando ocorre além dos limites de tolerância.
São as atividades perigosas aquelas ligadas a Explosivos, Inflamáveis e Energia 
Elétrica.
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NR17 - Ergonomia
Esta norma estabelece os parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas, máquinas, ambiente, comunicações dos 
elementos do sistema, informações, processamento, tomada de decisões, organização e 
conseqüências do trabalho.
Observe-se que as LER - Lesões por Esforços Repetitivos, hoje denominada 
DORT - Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho constituem o principal grupo 
de problemas à saúde, reconhecidos pela sua relação laboral. O termo DORT é muito 
mais abrangente que o termo LER, constante hoje das relações de doenças profissionais 
da Previdência.
NR18 - Condi‡Šes e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Constru‡ˆo -
PCMAT
O PCMAT é o PPRA da Construção civil.
Resume-se no elenco de providências a serem executadas, em função docronograma de uma obra, levando-se em conta os riscos de acidentes e doenças do 
trabalho e as suas respectivas medidas de segurança.
NR19 - Explosivos
Determina parâmetros para o depósito, 
manuseio e armazenagem de explosivos.
NR20 - LŒquidos CombustŒveis e Inflam‰veis
Define os parâmetros para o 
armazenamento de combustíveis e inflamáveis.
NR21 - Trabalho a c†u aberto
Define o tipo de proteção aos trabalhadores que trabalham sem abrigo, contra 
intempéries (insolação, condições sanitárias, água, etc).
NR22 - Trabalhos subterr—neos
Destina-se aos trabalhos em minerações subterrâneas ou a céu aberto, garimpos, 
beneficiamento de minerais e pesquisa mineral.
Nesses trabalhos é necessário ter um médico especialista em condições 
hiperbáricas. Esta atividade possui várias outras legislações complementares.
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NR23 - Prote‡ˆo contra Incndios
Todas as empresas devem possuir proteção contra incêndio; saídas para retirada 
de pessoal em serviço e/ou público; pessoal treinado e equipamentos. As empresas 
devem observar as normas do Corpo de Bombeiros sobre o assunto.
NR24 - Condi‡Šes Sanit‰rias e de Conforto nos Locais do Trabalho
Todo estabelecimento deve atender as denominações desta norma, que o próprio 
nome contempla. E, cabe a CIPA e/ou ao SESMT, se houver, a observância desta 
norma. Deve-se observar, também, nas Convenções Coletivas de Trabalho de sua 
categoria se existe algum item sobre o assunto.
NR25 - ResŒduos Industriais
Trata da eliminação dos resíduos gasosos, sólidos, líquidos de alta toxidade, 
periculosidade, risco biológico, radioativo, a exemplo do césio em Goiás. Remete às 
disposições contidas na NR15 e legislações pertinentesnos níveis federal, estadual e 
municipal.
NR26 - Sinaliza‡ˆo de Seguran‡a
Determina as cores na segurança do trabalho como forma de prevenção evitando 
a distração, confusão e fadiga do trabalhador, bem como cuidados especiais quanto a 
produtos e locais perigosos.
NR27 - Registro Profissional do T†cnico de Seguran‡a no Minist†rio do Trabalho e 
Emprego
Todo técnico de segurança deve ser portador de certificado de conclusão do 2º 
grau de Técnico de Segurança
e Saúde no Trabalho, com currículo do Ministério do Trabalho e Emprego, 
devidamente registrado através das DRTs regionais.
NR28 - Fiscaliza‡ˆo e Penalidades
Toda norma regulamentadora possui uma gradação de multas, para cada item das 
normas. Estas gradações são divididas por número de empregados, risco na segurança e 
risco em medicina do trabalho.
O agente da fiscalização, baseado em critérios técnicos, autua o estabelecimento, 
faz a notificação, concede prazo para a regularização e/ou defesa.
Quando constatar situações graves e/ou iminentes ao risco à saúde e à 
integridade física do trabalhador propõe à autoridade regional a imediata interdição do 
estabelecimento.
ULTIMAS NRs
Norma Regulamentadora – NR 29
Segurana e Sa‚de no Trabalho Portuƒrio - Regular a prote„o obrigat…ria contra acidentes e doenas
profissionais, facilitar os primeiros-socorros a acidentados e alcanar as melhores condi†es poss‡veis de
segurana e sa‚de aos trabalhadores portuƒrios. 
Norma Regulamentadora – NR 30
Segurana e Sa‚de no Trabalho Aquaviƒrio - Regular a prote„o obrigat…ria contra acidentes e doenas
profissionais, facilitar os primeiros-socorros a acidentados e alcanar as melhores condi†es poss‡veis de
segurana e sa‚de aos trabalhadores aquaviƒrio
Norma Regulamentadora – NR 31 
Segurana e Sa‚de no Trabalho na Agricultura, Pecuƒria, Silvicultura, Explora„o Florestal e Aqˆicultura.
Norma Regulamentadora – NR 32 
Segurana e Sa‚de dos Profissionais da ‰rea de Sa‚de. A Segurana e Sa‚de no Trabalho em 
Estabelecimentos de Sa‚de. Esta Norma Regulamentadora tem por finalidade estabelecer as diretrizes
bƒsicas para a implementa„o de medidas de prote„o Š segurana e Š sa‚de dos trabalhadores em
estabelecimentos de assist‹ncia Š sa‚de, bem como daqueles que exercem atividades de promo„o e
assist‹ncia Š sa‚de em geral.
Norma Regulamentadora – NR 33
Estabelece as diretrizes para a promo„o da segurana e sa‚de nos espaos n„o projetados para ocupa„o
humana cont‡nua, com limita†es de ventila„o, remo„o de contaminantes e de entrada e sa‡da de pessoas
Norma Regulamentadora – NR 34
Condi†es e meio ambiente de trabalho na industria da constru„o e repara„o naval
Estabelece os requisitos m‡nimos e as medidas de prote„o Š segurana, Š sa‚de e ao meio ambiente de
trabalho nas atividades da ind‚stria de constru„o e repara„o naval.
Norma Regulamentadora – NR 35
Trabalho em altura
Estabelece os requisitos m‡nimos e as medidas de prote„o para o trabalho em altura, envolvendo o
planejamento, a organiza„o e a execu„o, de forma a garantir a segurana e a sa‚de dosenvolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade.
Norma Regulamentadora – NR 36
Segurana e sa‚de no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados
Estabelece os requisitos m‡nimos para avalia„o, controle e monitoramento dos riscos nas atividades
desenvolvidas na ind‚stria de abate e processamento de carne e derivados, enfatizando os aspectos
ergonŒmicos para a prote„o dos trabalhadores.
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SINDICATOS TRABALHISTA
Os sindicatos trabalhistas são organizações coletivas cujo objetivo primário é 
melhorar as condições financeiras e 
não-financeiras de seus membros. Os 
sindicatos podem ter efeitos positivos e 
negativos dependendo da conjuntura 
econômica e do ambiente legislativo 
com o qual se defrontam. Nos anos 90, 
a desestruturação do mercado de 
trabalho caracterizado pela incerteza 
quanto ao futuro do emprego e pela 
insegurança na renda tende, cada vez 
mais, a colocar os sindicatos na 
defensiva, enfraquecendo suas práticas 
reivindicativas de conflito e 
negociação e estagnando os níveis de sindicalização no Brasil. 
O tema "O papel defensivo dos sindicatos no Brasil nos anos 90" justifica-se 
neste trabalho pelo fato dos sindicatos mudarem a sua postura de ofensiva, também 
chamado de novo sindicalismo, na década de 80 (com realização de greves, negociações 
morosas e intransigentes) para assumir um papel defensivo com discussões mais 
abrangentes na década de 90. 
O objetivo deste trabalho é analisar o papel defensivo do sindicalismo no Brasil 
nos 90, enfocando uma avaliação do papel econômico dos sindicatos de trabalhadores, 
mostrando a importância da CUT e apresentar os fatores preponderantes que levaram os 
sindicatos a terem uma postura defensiva. 
Este trabalho conclui que o aumento do desemprego estrutural, a aceitação de 
verbas públicas e discussões envolvendo corte de encargos para manter empregos foram 
fatores fundamentais para que os sindicatos assumissem uma postura defensiva.
Os sindicatos trabalhistas são organizações coletivas cujo objetivo primário é 
melhorar as condições financeiras e não-financeiras de seus membros. Os sindicatos 
podem ser classificados em dois tipos: um sindicato industrial representa a maioria ou 
todos os trabalhadores de um setor econômico ou empresa quaisquer que sejam suas 
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profissões, e um sindicato profissional que representa os trabalhadores de um único 
grupo profissional.
Os sindicatos representam os trabalhadores e, assim, afetam primordialmente as 
curvas de oferta para o mercado de trabalho de duas formas: acertando contratos de 
negociações coletivas e limitando a oferta de mão-de-obra.
Os sindicatos podem ter efeitos positivos e negativos dependendo da conjuntura 
econômica e do ambientelegislativo com o qual se defrontam.
De acordo com Standing (1992) e Freeman & Medoff (1984), os sindicatos 
podem ter efeitos positivos no mercado de trabalho, tais como:
(a) Aumento da produtividade;
(b) Menor discriminação; 
(c) Maior igualdade.
Mas para Ehrenberg & Smith (2000), os sindicatos podem ter efeitos 
econômicos negativos, como: (a) Poder monopolista; (b) Oposição à reforma.
No final da década de 70, ressurgiu no território brasileiro o movimento sindical 
(ou novo sindicalismo) depois do fechamento de suas atividades durante os anos de 
chumbo (fase mais repressiva do regime militar).
Na década de 80, observou-se na economia brasileira uma estagnação das 
atividades econômicas e altas taxas de inflação que comprometia o rendimento médio 
dos trabalhadores e isso modificou a atuação sindical. Nesse período, utilizaram-se os 
principais instrumentos agressivos de negociações: 
(a) Greves por tempo indeterminado; 
(b) Paralisações temporárias;
(c) Acordos demorados e intransigentes.
Assim, Mattoso (1995) identificou uma série de características que 
determinaram o desempenho do sindicalismo brasileiro, nos anos 80:
(a) Sindicalização de funcionários públicos; 
(b) Ampliação do direito de greve; 
(c) Maior liberdade sindical; 
(d) Verticalização da estrutura sindical segundo categoria profissional; 
(e) Presença da Justiça do Trabalho; 
(f) Descentralização das negociações coletivas; 
(g) Fracionamento das organizações sindicais; 
(h) Surgimento de novos sindicatos; 
(i) Menor tendência corporativa; 
(j) Atuação assistencialista.
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Conforme Mattoso (1995), nos anos 90, a desestruturação do mercado de 
trabalho caracterizado pela incerteza quanto ao futuro do emprego e pela insegurança na 
renda tende, cada vez mais, a colocar os sindicatos na defensiva, enfraquecendo suas 
práticas reivindicativas de conflito e negociação e estagnando os níveis de 
sindicalização no Brasil.
Além disso, em conformidade com os estudos de Antunes (1997), a ação 
sindical brasileira nos anos 90, aproximou-se meramente nos limites da reivindicação 
profissional, intensificando a fragmentação da força de trabalho em vez de procurar 
novas formas de organização que articulem amplos e diferenciados setores que compõe 
a classe trabalhadora.
Uma das instituições corporativistas que se destacam no sindicalismo brasileiro 
é a Central Única dos Trabalhadores (CUT), criada em 1983, que pode ser considerada 
um exemplo das ações sindicais brasileiras nos anos 80 (na fase do sindicalismo 
ofensivo ou novo sindicalismo) e nos anos 90 (na fase do sindicalismo defensivo).
Durante os anos 90, ganha força a teoria de Claus Offe depois de seus estudos 
sobre a fragmentação da classe trabalhadora e a baixa tendência à sindicalização da 
nova classe operária.
Rodrigues (1992) enumera uma série de fatores econômicos que explicam o 
novo papel (defensivo) do sindicalismo no Brasil nos anos 90:
a) Uso de novas tecnologias poupadoras de mão-de-obra;
b) Aumento da taxa de desemprego;
c) Fim da tendência de grandes concentrações de trabalhadores;
d) Terceirização do emprego.
Os trabalhadores poderiam procurar o 
nível desejado de segurança no local de 
trabalho mudando de emprego. Mas para 
encontrar uma ocupação cujas condições os 
satisfazem ocasiona uma alta rotatividade de 
pessoal e toma-se ineficiente devido aos 
custos tanto para os empregadores como 
para a mão-de-obra. Esses custos podem ser 
evitados por um sindicato capaz de 
comunicar com eficiência as preferências dos trabalhadores.
De acordo com Standing (1992), os sindicatos têm importância como apoiadores
na melhora da eficiência e da produtividade em quatro pontos básicos:
a) Prática de rotação de tarefas;
b) Reorganização do trabalho;
c) Adaptação para mudanças tecnológicas;
d) Ampliação da linha de produtos.
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Outro aspecto positivo dos sindicatos é que eles buscam maior igualdade salarial 
para os seus membros. Quando estes são do sexo feminino ou pertencem a minorias 
étnicas, os sindicatos lutam contra a discriminação. Embora às vezes conveniente, a 
compressão das diferenças salariais resultantes da atividade sindical poderá reduzir a 
eficiência, dando aos trabalhadores indicações errôneas a respeito das habilidades que 
são mais necessárias e das industrias e ocupações que tem maior produtividade.
Ehrenberg & Smith (2000) acreditam que os sindicatos podem ter efeitos 
negativos, pois quando eles realizam acordos de negociações coletivas, os empregadores
contratam toda a mão-de-obra que os sindicatos controlam quais e quantos membros 
aceita. 
O poder monopolista de restringir os membros e de requerer que os 
empregadores contratem apenas membros sindicalizados permite a central sindical 
estabelecer o nível de oferta de mão-de-obra para o mercado colocando salários mais 
altos e impondo uma barreira à entrada dos desempregados e dos trabalhadores não 
sindicalizados.
Auxilio-doen‡a
Benefício concedido ao segurado impedido 
de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15 
dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com 
carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos 
pelo empregador, exceto o doméstico, e a 
Previdência Social paga a partir do 16º dia de 
afastamento do trabalho. Para os demais segurados 
inclusive o doméstico, a Previdência paga o auxílio 
desde o início da incapacidade e enquanto a mesma 
perdurar. Em ambos os casos, deverá ter ocorrido o 
requerimento do benefício.
Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade 
em exame realizado pela perícia médica da Previdência Social.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência 
Social por, no mínimo, 12 meses (carência). Esse prazo não será exigido em caso de 
acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) ou de 
doença profissional ou do trabalho.
Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de 
contribuição e desde que tenha qualidade de segurado quando do início da 
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incapacidade, o trabalhador acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação 
mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia 
grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de 
Paget em estágio avançado (osteíte deformante), síndrome da imunodeficiência 
adquirida (AIDS), contaminação por radiação (comprovada em laudo médico) ou 
hepatopatia grave.
Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à Previdência Social, já 
tiver doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resulta 
do agravamento da enfermidade.
O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico 
periódico e, se constatado que não poderá retornar para sua atividade habitual, deverá 
participar do programa de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, 
prescrito e custeado pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso.
Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuições 
anteriores só serão consideradas para concessão do auxílio-doença se, após nova filiação 
à Previdência Social, houver pelo menos quatro contribuições que, somadas às 
anteriores, totalizem, no mínimo, a carência exigida (12 meses).
O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e 
retorna ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
A empresa poderá requerer o benefício de

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