Buscar

Atividade avaliativa 3 literatura

Prévia do material em texto

Pergunta 1
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Observe o trecho a seguir, pois, nele, Lobato critica as  traduções de fábulas de La Fontaine.  
“As fábulas em português que conheço, em geral traduções de La Fontaine, são pequenas moitas de amora-do-mato – espinhentas e impenetráveis. Que é que nossas crianças podem ler? Não vejo nada [...] É de tal pobreza e tão besta a nossa literatura infantil que nada acho para a iniciação dos meus filhos”. (LOBATO, 2010, p. 370). 
  
LOBATO, Monteiro. A Barca de Gleyre. São Paulo: Globo, 2010. 
  
Apesar da crítica, em vários momentos de sua obra Lobato trará referências às Fábulas. O fato de primeiro Lobato criticar as fábulas, para depois utilizá-las em suas obras cria uma incoerência?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	
Não, pois Lobato aplica em sua obra exatamente o que disse no trecho destacado: transforma as fábulas, que antes eram espinhentas e impenetráveis, em textos sedutores e encantadores.
	Resposta Correta:
	
Não, pois Lobato aplica em sua obra exatamente o que disse no trecho destacado: transforma as fábulas, que antes eram espinhentas e impenetráveis, em textos sedutores e encantadores.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta. As assertivas apresentam algumas inverdades: 1- Lobato adapta tanto fábulas de Esopo quanto de La Fontaine, fábulas são narrativas adequadas para crianças, já que os animais falantes criam um encantamento e identificação e nas versões de lobato não há total substituição dos protagonistas animais: a maioria delas continua sendo vivida pelos bichinhos. Em suma, não há incoerência entre o trecho destacado de Lobato com o que ele fez com as fábulas em sua obra, pois na sua obra ele criou versões contestadoras, encantadoras e instigantes das fábulas.
	
	
	
Pergunta 2
0 em 0,25 pontos
	
	
	
	Observe a citação a seguir: 
  
“Alinhando-se, pois, à cultura de massa, a literatura infantil não funciona como veículo disseminador de uma cultura diversificada, autenticamente brasileira, expressa em linguajar próprio. O processo, contudo, avança positivamente, porque a grande quantidade de criações abre um espaço no mercado editorial para investimentos no gênero, e se firma como produto com consumo garantido. Por outro lado, quanto maior o número de obras, mais chances há de surgirem textos novos, de qualidade estética. É desse período, por exemplo, o livro de poemas Ou isto ou aquilo (1964), de Cecília Meireles, que representa um marco na poesia infantil brasileira, ao aliar esmero formal a uma visão lúdica do mundo infantil, quando sons, ritmos e imagens mimetizam a brincadeira”. 
  
MARTHA, Alice Áurea. Tópicos de literatura infantil e juvenil. Maringá: Eduem, 2011. 
  
Considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados no texto-base, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
  
I – Na segunda metade do século XX, a literatura Infantil passou atender ao mercado e assim obras com poucas qualidades estéticas passaram a ser produzidas. Entretanto, isso não é todo ruim, pois com o incentivo à produção das crianças podem surgir obras de qualidade estética como foi nos anos 60, quando a obra infantil de Cecília Meireles foi publicada. 
PORQUE 
II-  A obra de Cecília Meireles teve destaque pois criou uma poesia que valorizava a experiência da criança. Integrava a forma (sonoridade, ritmo e rimas) com conteúdo temático que encantava e trazia a criança para dentro de um universo simbólico. 
  
 Agora, assinale  a alternativa correta:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
As asserções I e II são proposições falsas.
	Resposta Correta:
	 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	Feedback da resposta:
	Sua resposta está incorreta. A alternativa está incorreta, já que ambas as assertivas são verdadeiras. A primeira descreve o panorama da literatura infantil no Brasil após lobato: muitas obras sendo produzidas, mas quase todas apenas atendendo exigências do mercado de massa. Mas isso não é ruim, pois no meio de tantas obras esquecíveis, houve espaço para obras de muita qualidade estética, como foi a obra de Cecília Meireles. A segunda asserção aponta o porquê a obra de Meirelles ser tão importante nesse contexto.
	
	
	
Pergunta 3
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Uma das características da obra de Monteiro Lobato é o encantamento provocado pela linguagem: neologismos e termos inventados vão criando uma moldura de encantamento. Em relação a isso, observe o texto a seguir: 
  
“Narizinho correu os olhos pela assistência. Não podia haver nada mais curioso. Besourinhos de fraque e flores na lapela conversavam com baratinhas de mantilha e miosótis nos cabelos.  Abelhas douradas, verdes e azuis, falavam mal das vespas de cintura fina – achando que era exagero usarem coletes tão apertados. Sardinhas aos centos criticavam os cuidados excessivos que as borboletas de toucados de gaze tinham com o pó das suas asas. Mamangavas de ferrões amarrados para não morderem. E canários cantando, e beija-flores beijando flores, e camarões camaronando, e caranguejos caranguejando, tudo que é pequenino e não morde, pequeninando e não mordendo.” 
  
LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1947, p.18. 
  
Após interpretar o trecho, analise as assertivas a seguir: 
  
I-             Insetos e animais marinhos comportando-se como humanos são uma concessão à fantasia; 
II-            Peixes e insetos ocupam o mesmo espaço físico provocando uma improbabilidade biológica: como borboletas estariam no fundo do mar? Isso torna a narrativa inverossímil. 
III-           Termos como “camaronando”, “caranguejando” e “pequeninando” são neologismos facilmente compreensíveis no contexto da narrativa. 
IV-          Narizinho, por ser criança, cria imediatamente um vínculo de identificação com seu leitor, pois como toda criança é curiosa o que gera uma forte identificação em seus leitores. 
  
Assinale as alternativas que apontam as assertivas verdadeiras:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
São verdadeiras apenas as assertivas I, III e IV.
	Resposta Correta:
	 
São verdadeiras apenas as assertivas I, III e IV.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta. A assertiva I é verdadeira: a fantasia constitui a o Sítio do Pica-pau amarelo. Também são verdadeiras a III, já que os neologismos criam efeitos de humor e são compreensíveis no trecho, e a IV, já que personagens infantis criam identificação imediata com leitores crianças. Porém, a II é falsa. Isso porque apesar de borboletas, abelhas e besouros habitarem o fundo do mar é algo improvável no mundo real, é possível no mundo da fantasia, e é nesse universo que se insere o Sítio do Pica-pau amarelo e seus personagens. Portanto, a narrativa não fica inverossímil.
	
	
	
Pergunta 4
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Monteiro Lobato trouxe inovações e reformulou a literatura infantil no Brasil. Após esse impulso inovador, apenas na década 1970, surgiram outros autores que trouxeram mais camadas de complexidade e encantamento. Uma dessas autoras foi Clarice Lispector. Em relação a suas obras, observe o trecho a seguir: 
  
“Sobre os contos infantis de Clarice Lispector é também importante destacar que eles se afastam do modelo de conto infantil com o seu tradicional “era uma vez”, que remetia o leitor a um tempo e a um espaço distanciado fundamentando a omnisciência de seu narrador. A autora se dizia incapaz de tal construção por já saber que seus textos não se enquadravam nas estórias convencionais com seus enredos lineares povoados de “fatos necessários a uma história”. 
  
DINIS, Nilson Fernandes. Pedagogia e literatura: crianças e bichos na literatura infantil de Clarice Lispector. Educar em Revista, v. 19, n. 21, p. 271-286, 2003. 
  
Pensando especialmente em obras como A vida Íntima de Laura, A mulher que matou os peixes e Coelho Pensante, assinale a alternativa que define corretamente como é onarrador das obras de Clarice Lispector:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	
O narrador da obra infantil de Clarice Lispector é provocador e fica dialogando com seu leitor o tempo todo, criando uma cumplicidade e ao mesmo tempo não dá respostas prontas.
	Resposta Correta:
	
O narrador da obra infantil de Clarice Lispector é provocador e fica dialogando com seu leitor o tempo todo, criando uma cumplicidade e ao mesmo tempo não dá respostas prontas.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta. O narrador das obras de Clarice Lispector para crianças, de forma geral, não é onisciente como quem conta um conto de fadas, não é protetor, não é idêntico ao narrador de sua obra adulta e nem é identificado como criança. O narrador fala diretamente com seu leitor, o provoca, e instiga, o torna cúmplice, fala com ele, faz pedidos, o torna próximo de sua história. Essa é uma das inovações da escrita infantil de Clarice Lispector: a forma com que o narrador envolve o seu leitor.
	
	
	
Pergunta 5
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir:  
“Somente com a publicação dos poemas de Cecília Meireles, reunidos em Ou isto ou aquilo 
(1964), e com a produção para crianças, de Vinícius de Moraes, em 1970, no livro A arca de Noé, a poesia infantil, firma-se estética e tematicamente, representando a infância a partir de uma visão lúdica. Os poemas de Cecília Meireles compõem, através dos jogos sonoros, do aproveitamento do espaço da página, da musicalidade, da recuperação do folclore, do ilogismo e da simplificação da sintaxe, entre outros aspectos, uma síntese poética da percepção do mundo infantil. Com a obra, a autora propõe uma lírica infantil que se nutre do melhor da poesia de língua portuguesa de todos os tempos e de múltiplas referências intelectuais, com o propósito único de sensibilizar os pequenos leitores com a beleza, cultivar sua inteligência e criatividade, revelando-lhes, em todas as possibilidades, os jogos sonoros da língua [...]”. 
  
MARTHA, Alice Áurea. Tópicos de literatura infantil e juvenil. Maringá: Eduem, 2011, p. 45. 
  
A partir das características da boa poesia infantil que vimos no texto base e na citação apresentada, responda à pergunta: quais as características da poesia infantil de qualidade?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	
A poesia infantil de qualidade é aquela que envolve as crianças por meio da forma (jogos sonoros, rimas, musicalidade, referências) e do conteúdo (elementos que fazem parte de seu cotidiano, a brincadeira, a fantasia, o jogo).
	Resposta Correta:
	
A poesia infantil de qualidade é aquela que envolve as crianças por meio da forma (jogos sonoros, rimas, musicalidade, referências) e do conteúdo (elementos que fazem parte de seu cotidiano, a brincadeira, a fantasia, o jogo).
	Feedback da resposta:
	Resposta correta. Não há receitas óbvias para a boa literatura, para a boa poesia infantil. Mas no caso da poesia para as crianças o fundamental é trazer o universo da criança para dentro do texto e dialogar com ele, seja pela forma (rimas, musicalidade, ritmo, metáforas compreensíveis capazes de encantar crianças) ou pelo conteúdo (animais, brincadeiras, sonhos, magia, enfim, elementos que fazem parte do universo ou do cotidiano de uma criança.).
	
	
	
Pergunta 6
0 em 0,25 pontos
	
	
	
	Poderíamos elencar muitas características que fazem da obra de José Bento Monteiro Lobato muito marcante e importante para a História da Literatura Infantil. Entre elas, destacamos especialmente uma, que foi citada no texto a seguir. Observe: 
  
“Narizinho, Pedrinho e Emília são os protagonistas da história. Sua voz ecoa por todo o texto; personagens determinadas, não se submetem à vontade do adulto e não se deixam dominar. A voz da criança, antes abafada, começa a despontar e se faz ouvir. Há um pacto de leitura estabelecido entre o narrador e seus leitores, que muitas vezes se identificam com as personagens graças ao humor, às brincadeiras das crianças e à irreverência da boneca. Desta forma, a produção literária de Monteiro Lobato, dirigida ao leitor infantil, permanece atual. Tendo em vista as razões expostas, podemos afirmar que Monteiro Lobato é um contemporâneo”. 
  
BECKER, Nilza de Campos. A contemporaneidade de Monteiro Lobato. 
Revista FronteiraZ, São Paulo, n. 6, abril de 2011. 
  
A partir da citação apresentada, qual característica de Lobato que tornou sua obra atemporal e marcante? 
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
A intertextualidade – a obra de Lobato explorava relação es intertextuais com cinema, quadrinhos, contos de fadas, folclore brasileiro.
	Resposta Correta:
	 
O protagonismo da criança – a criança tem autonomia de pensar, de agir, de construir o seu conhecimento.
	Feedback da resposta:
	Sua resposta está incorreta. A alternativa está incorreta, já que todas as características listadas na questão estão presentes e constituem a literatura infantil de Lobato. Porém somente uma é citada e está presente na citação: a emancipação da criança, a sua centralidade e protagonismo. Na obra de Lobato as crianças tomam as próprias decisões, têm voz própria e fazem as próprias descobertas. É essa a característica descrita no texto citado no enunciado da questão.
	
	
	
Pergunta 7
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Um ponto de encantamento e um grande diferencial da obra infantil de Lobato está na construção de seus personagens. Emília, Visconde, Rabicó, Pedrinho, Narizinho são personagens muito bem construídos que encantam e desafiam a Lógica infantil. 
  
Em relação às personagens infantis de Lobato, analise as afirmações a seguir: 
  
I-             Tia Nastácia é a avó de Pedrinho e Narizinho e representa a sabedoria popular brasileira. 
II-            Quindim é um porco atrapalhado e metido muito comilão que é obrigado a casa com Emília. 
III-           Emília é uma boneca de pano falante, atrevida, contestadora, metida. Considerada o alter ego do autor. 
IV-          Visconde de Sabugosa é um sabugo de milho falante, atrevido, esperto, corajoso, gosta de viver aventuras e vive enfrentando a autoridade dos adultos e das convenções. 
  
Assinale a alternativa que aponta as assertivas verdadeiras:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
É verdadeira apenas a assertiva  III.
	Resposta Correta:
	 
É verdadeira apenas a assertiva  III.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta. Dona Benta que é avó de Pedrinho e Narizinho e não tia Nastácia.
	
	
	
Pergunta 8
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Emília é uma das personagens mais fascinantes da literatura brasileira, não apenas considerando a literatura infantil e sim a literatura como um todo. Isso porque sua construção é complexa e ela une fantasia e irreverência em apenas uma personagem. Com esse olhar crítico em relação a personagem, analise o trecho literário a seguir: 
  
“Emília tinha ideias de verdadeira louca. 
– Vou lá – dizia ela – e agarro nas orelhas de dona Carocha e dou um pontapé naquele nariz de papagaio e pego o Polegada pelas pelas botas e venho correndo. 
Narizinho ria-se, ria-se… 
– Vai lá onde, Emília? 
– Lá onde mora a velha. 
– E onde mora a velha? 
A boneca não sabia, mas não se atrapalhava na resposta. Emília nunca se atrapalhou nas suas respostas. Dizia as maiores asneiras do mundo, mas respondia. 
– A velha mora com o Pequeno Polegada. 
– Polegar, Emília! 
– PO-LE-GA-DA. 
Era teimosa como ela só. Nunca disse doutor Caramujo. Era sempre doutor Cara de Coruja. E nunca quis dizer Polegar. Era sempre Polegada”. 
  
LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. v.2. Ilustrações Paulo Borges. São Paulo: Globo, 2007. 
  
Considerando a citação apresentada e os conteúdos abordados no texto-base, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
  
I-          Emília é um personagem que ao mesmo tempo é um alívio cômico na obra de Lobato é também o personagem teimoso e confrontador servindo quase como alter ego dasideias de Lobato. 
PORQUE 
II-         A atuação da boneca Emília nas obras do Sítio do Pica-Pau Amarelo subverte a lógica, flerta com o absurdo e com a fantasia, e a personagem pode fazer isso pois sua própria existência é um elemento insólito: é uma boneca falante.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	Resposta Correta:
	 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta. As duas asserções são verdadeiras: elucidam alguns aspectos importantes na construção da personagem Emília. A primeira asserção destaca a irreverência de Emília e com o fato dela representar um alter ego do autor. E a segunda asserção destaca o aspecto insólito e fantástico na construção da personagem. Apesar de ambas verdadeiras, não há uma relação de causa e independência entre as asserções.
	
	
	
Pergunta 9
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Analise o trecho literário a seguir: 
  
“Essa mulher que matou os peixes infelizmente sou eu. Mas juro a vocês que foi sem querer. Logo eu! Que não tenho coragem de matar uma coisa viva! Até deixo de matar uma barata ou outra. Dou minha palavra de honra que sou pessoa de confiança e meu coração é doce: perto de mim nunca deixo criança ou bicho sofrer. Pois logo eu matei dois peixinhos vermelhos que não fazem mal a ninguém e que não são ambiciosos: só querem mesmo é viver. Pessoas também querem viver, mas infelizmente também aproveitar a vida para fazer alguma coisa de bom. Não tenho coragem ainda de contar agora mesmo como aconteceu. Mas prometo que no fim deste livro contarei a vocês, que vão ler essa história triste, me perdoarão ou não. 
Vocês hão de perguntar: por que só no fim do livro? 
E eu respondo: 
- É porque no começo e no meio vou contar algumas histórias de bichos que eu tive, só para vocês verem que eu só poderia ter matado os peixinhos sem querer”. 
  
LISPECTOR, Clarice. A mulher que Matou os peixes. São Paulo: Francisco Alves Editora, 1975, p. 3 
  
Quais as características de uma literatura infantil de qualidade são observáveis no trecho apresentado? Indique a alternativa que apresenta características POSSÍVEIS DE serem percebidas no trecho selecionado:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	
Um narrador que conversa com o leitor e o envolve, há foco em animais, seres que despertam o encanto de crianças, além de ser um  texto desprovido de utilitarismo.
	Resposta Correta:
	
Um narrador que conversa com o leitor e o envolve, há foco em animais, seres que despertam o encanto de crianças, além de ser um  texto desprovido de utilitarismo.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta. O trecho selecionado não apresenta elementos de fantasia, nem nada de moralizante ou utilitarismo. Tampouco apresenta crianças como protagonistas. Porém, é uma obra de muita qualidade para crianças, pois as trata como seres pensantes. O seu narrador instiga o tempo todo o leitor, fazendo que a criança vá criando hipóteses de leitura. Além disso, há um foco em animais, e animais costumam ser um elemento que quebra a assimetria de um ponto de vista adulta, já que despertam o interesse da criança.
	
	
	
Pergunta 10
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Em um já clássico artigo Marisa Lajolo evidência de que maneira um excelente texto literário pode ser diluído na escola. No caso analisado, a escola acaba prestando um "desserviço" à poesia. A autora afirma: 
  
Como os contatos mais sistemáticos que as crianças têm com a poesia são mediados pela escola (e não se tem como fugir a isso) e como é frequente que os textos mesmos bons sejam seguidos de maus exercícios, é bem provável que a escola esteja, se não desensinando, ao menos prestando um desserviço à poesia”. (LAJOLO, 1985, p. 51). 
  
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1997, p. 51 
  
Podemos relacionar a citação apresentada com a obra infantil de Cecília Meireles que vimos no texto base. De nada adianta uma obra belíssima como a da autora ser trabalhada na escola, se não for trabalhada de forma correta. Aponte a alternativa que apontar a forma correta de trabalhar poesia infantil na escola.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	
A poesia não pode ser utilizada de forma utilitarista, e sim devem ser valorizados a construção poética, os recursos formais que o poeta mobiliza para construir sentidos. A criança precisa brincar com a poesia, entrar no jogo de palavras criado por ela.
	Resposta Correta:
	
A poesia não pode ser utilizada de forma utilitarista, e sim devem ser valorizados a construção poética, os recursos formais que o poeta mobiliza para construir sentidos. A criança precisa brincar com a poesia, entrar no jogo de palavras criado por ela.
	Feedback da resposta:
	Resposta correta. Está correta apenas a alternativa que a poesia deve ser trabalhada de forma lúdica, divertida, sem nenhum utilitarismo. Ou seja, a poesia não deve servir para ensinar conteúdos formais, como utilizar um poema para aprender hábitos de higiene. A poesia precisa ser ensinada como uma brincadeira ordenada de sentidos, como um desafio mental e subjetivo. A criança precisa aprender a jogar com os sentidos, com as palavras e a poesia permite essa brincadeira, além de uma consciência mais profunda acerca da língua e da cultura.

Continue navegando