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Aula 11_Interações alélicas e gênicas

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INTERAÇÕES ALÉLICAS E 
NÃO ALÉLICAS 
• MONOGÊNICA: quando um caráter 
(característica fenotípica) é controlado por 
apenas um gene. 
 
• POLIGÊNICA: quando um caráter é controlado 
por dois ou mais genes. 
 
TIPOS DE HERANÇA 
• ALÉLICAS: 
DEFINIÇÃO: Ação combinada dos alelos de um gene, que resultam na expressão 
do fenótipo. Dependendo do modo de ação entre os alelos, a interação pode ser 
de: 
– Dominância completa 
– Dominância incompleta 
– Codominância 
– Sobredominância 
Obs: O procedimento para a identificação do modo de interação alélica, consiste 
em comparar o fenótipo do heterozigoto com os fenótipos dos homozigotos. 
 
• NÃO ALÉLICAS OU GÊNICAS: 
 
DEFINIÇÃO: Ação combinada de dois ou mais genes que participam da expressão 
de um caráter. Válido para caráter poligênico. 
 
INTERAÇÕES 
INTERAÇÕES ALÉLICAS 
INTERAÇÕES ALÉLICAS 
• Um alelo completamente dominante será expresso quando existir 
apenas uma cópia, como no heterozigoto, enquanto o alelo 
alternativo será totalmente recessivo. 
• Na dominância completa, o homozigoto dominante (AA) não pode 
ser diferenciado do heterozigoto (Aa) 
• Obs: apenas um alelo funcional 
 
 Dominância completa 
AA Aa aa 
HOMOZIGOTO HETEROZIGOTO 
A = Alelo dominante 
a = Alelo recessivo 
 Dominância incompleta 
Definição: o fenótipo do 
heterozigoto situa-se no intervalo 
estabelecido pelos fenótipos dos 
homozigotos para os dois alelos em 
consideração. 
 
Obs: apenas um alelo funcional 
AA 
Aa 
aa 
Codominância 
Definição: O fenótipo do heterozigoto apresenta-se como uma mistura dos 
fenótipos de seus genitores homozigóticos. 
 
Obs: os dois alelos são funcionais 
Genótipo Tipo sanguíneo 
IA/IA, IA/i A 
IB/IB, IB/i B 
IA/IB AB 
i/i O 
Grupos sanguíneos: sistema ABO (1 gene; 3 alelos) 
Sistema ABO 
Sobredominância 
Definição: O fenótipo do heterozigoto situa-se fora do intervalo estabelecido pelos 
fenótipos dos homozigotos. Em geral, o fenótipo do heterozigoto é superior ao 
fenótipo do homozigoto de maior valor. 
 
Em geral não é comum este tipo de interação alélica em caracteres monogênicos. 
Linhagem B73 (esquerda), linhagem Mo17 (centro) e híbrido B73 x Mo17 
(direita). (University of Nebraska-Lincoln, 2004). 
 Genes Letais 
Amarelos 
AyA 
x Normais 
AA 
½ AyA 
amarelos 
½ AA 
normais 
Amarelos 
AyA 
x Amarelos 
AyA 
¼ AyAy 
morrem 
½ AyA 
amarelos 
¼ AA 
normais 
Definição: São genes que, quando apresentam o alelo letal em homozigose, 
causam a morte dos indivíduos que os possuem. Geralmente o alelo letal é 
recessivo. 
Resultados obtidos por Cuenot para os cruzamentos entre ratos de pelagem 
amarela e pelagem normal. 
INTERAÇÕES NÃO 
ALÉLICAS 
INTERAÇÕES NÃO ALÉLICAS 
• FATO: A maioria dos caracteres são governadas por 
mais de um gene! 
 
• INTERAÇÃO GÊNICA: Ação combinada de diferentes 
genes. 
 
 
 
SEM EPISTASIA (2 genes com 2 alelos) 
- Segregação independente 
- Segunda Lei de Mendel 
- Não há interação gênica 
Proporção fenotípica: 
9: A_B_: amarelo liso 
3: A_bb: amarelo enrugado 
3: aaB_: verde liso 
1: aabb: verde enrugado 
EPISTASIA 
• DEFINIÇÃO: Um gene é epistático quando ele inibe a 
expressão de outro gene. 
 
• EXEMPLOS DE EPISTASIA 
Bloqueio de um passo metabólico: 
Quando em uma rota metabólica a ausência de um produto 
evita a formação de outros produtos. 
 
 
Substrato Produto A Produto B 
Enzima A 
Gene A 
Enzima B 
Gene B 
X 
X X 
Branco Branco 
X 
X 
EPISTASIA(2 genes com dois alelos) 
 BLOQUEIO DE UM PASSO METABÓLICO 
Fonte: Griffith et., 9ª Edição. 
Introdução à Genética 
AUTOFECUNDAÇÃO DA F1 GERA A 
PROPORÇÃO NA F2 DE 9:7, 
conforme demonstrado no 
exemplo a seguir. 
Ex: Cor da flor do feijoeiro 
EPISTASIA 
 A PROPORÇÃO 9:7 
EPISTASIA 
 A PROPORÇÃO 9:7 
EPISTASIA RECESSIVA 
Fonte: Griffith et., 9ª Edição. 
Introdução à Genética 
 EPISTASIA RECESSIVA 
PROPORÇÃO 9:3:4 
EPISTASIA RECESSIVA 
EXEMPLOS: 
- Cor da pelagem em labrador (fig. 6.20), pg. 205 (Int. à Gen.) 
 Ex.: as cores preta, marrom e dourada em cães Labradores são controlados 
geneticamente por dois genes B e D. 
O gene D apresenta dois alelos: (D) produz melanina preta; (d) produz 
melanina marrom. 
O alelo “b” é epistático em relação aos 
alelos do gene B, resultando numa cor de 
pelagem dourada 
O gene B controla a deposição de pigmentos dos pelos. Alelo “B” permite a 
deposição de cor na pelagem e o alelo “b” não permite (EPISTÁTICO 
RECESSIVO). 
B_D_ B_dd 
bbD_ 
ou 
bbdd 
EPISTASIA RECESSIVA 
EPISTASIA RECESSIVA 
EPISTASIA RECESSIVA 
EPISTASIA DOMINANTE 
 EPISTASIA DOMINANTE A PROPORÇÃO 12:3:1: 
O caráter é governado por dois genes: A e B 
Gene A 
Responsável pela cor alaranjada 
A: dominante (produz pigmento) 
a: recessivo (não produz pigmento) 
Gene B 
B: dominante (bloqueia a formação de clorofila no fruto) 
b: recessivo (não bloqueia a formação de clorofila no 
fruto) 
Ex: Cor do fruto em abóboras 
A cor pode ser amarela, alaranjada e verde. 
EPISTASIA DOMINANTE 
P: Genótipos AA bb x aa BB 
Fenótipos Alaranjado Amarelo 
F1: Genótipos Aa Bb 
Fenótipos Amarelo 
F2: Genótipos A_ B_, aa B_ A_ bb aa bb 
Fenótipos 12/16 amarelo 3/16 alaranjado 1/16 verde escuro 
Gene A 
Responsável pela cor alaranjada 
A: dominante (produz pigmento) 
a: recessivo (não produz pigmento e o 
fruto fica verde escuro) 
Gene B 
B: dominante (bloqueia a formação de clorofila no fruto, 
impedindo a expressão de A e a) (EPISTÁTICO 
DOMINANTE) 
b: recessivo (não bloqueia a formação de clorofila no 
fruto) 
ALELISMO MÚLTIPLO 
ALELISMO MÚLTIPLO 
DEFINIÇÃO: Um gene possui vários alelos (mais de dois) 
Ex.: Cor de pelagem em coelho (4 alelos) 
 
C: Selvagem 
cch: Chinchila 
ch: Himalaia 
c: Albino 
C > cch > ch > c 
Genótipos Fenótipos 
CC , Ccch, Cch , Cc Selvagem 
cchcch, cchch, cchc Chinchila 
chch, chc Himalaia 
cc Albino 
 Mecanismos: 
 polén não germina sobre o estigma; 
 crescimento do tubo polínico inibido no estilete; 
 tubo polínico não penetra no saco embrionário; 
 gameta masculino penetra no saco embrionário, mas não no óvulo 
INCOMPATILIBIDADE GENÉTICA 
 Base genética: 
 a incapacidade de autopolinização é explicada pela presença de 
uma série alélica, simbolizada pela letra S (self-incompatibility = auto-
incompatibilidade) 
 Cada alelo produz uma glicoproteina específica que é acumulada 
principalmente no estigma da flor. 
ALELISMO MÚLTIPLO 
 A incompatibilidade pode ser: 
 
 1 Gametofítica: é determinada pelo genótipo (alelos) do 
próprio pólen; 
 
 2 Esporofítica: é determinada pelo genótipo materno do 
pólen 
 
ALELISMO MÚLTIPLO 
1. Incompatibilidade gametofítica: 
 O fenótipo do pólen, para a 
reação de incompatibilidade, é 
determinado pelo alelo S que ele 
possui. 
Fonte: Ramalho et al., 2008 
 Genótipos homozigóticos para o 
alelo S nunca são formados em 
condições naturais. 
ALELISMO MÚLTIPLO 
Fonte: Ramalho et al., 2008 
Fonte: Ramalho et al., 2008 
2 Incompatibilidade esporofítica: 
 O fenótipo do pólen, para a 
reação de incompatibilidade, é 
determinado pelo genótipo da 
célula mãe do pólen (diplóide), em 
vez de seu próprio alelo S. 
 Genótipos homozigóticos para o 
alelo S podem ser formados em 
condições naturais. 
 Há a possibilidade de auto-
fecundação (planta heterozigótica, 
com inversão de dominância nas 
floresmasculinas e femininas). 
 A dominância é um evento 
comum. 
ALELISMO MÚLTIPLO 
Fonte: Ramalho et al., 2008 
ALELISMO MÚLTIPLO 
1. Número de genótipos diferentes: 
 
NGD = 
𝑚 (𝑚+1)
2
 
2. Número de homozigotos: igual ao número de alelos 
 
3. Número de heterozigotos: 
 
NGH = 
𝑚 (𝑚 −1)
2
 
m = número de alelos

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