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Sistema Complemento Prof. Dr. Ronni Rômulo Novaes e Brito É um dos principais mecanismos efetores das imunidades HUMORAL e INATA Sistema Complemento Sistema Complemento Adicionou soro fresco 37ºC – temperatura fisiológica X X X X X Bactérias eram lisadas Experimento de Jules Bordet 1890 cultura de bactérias Sistema Complemento Adicionou soro aquecido 56ºC Bactérias permaneciam vivas Experimento de Jules Bordet cultura de bactérias Com esse experimento, Bordet percebeu que no soro havia um “COMPLEMENTO”, além dos anticorpos, que lisava as bactérias Sistema Complemento Proteínas séricas circulantes, quando ativas, ropem as membranas dos micro-organismos ou facilitam sua depuração. Fatores solúveis Fatores solúveis Sistema Complemento Sistema Complemento – Funções • Lise direta • Opsonização, que promove a fagocitose de antígenos; • Ativação das respostas imunes (inflamação e amplificação das respostas imunes) • Remoção dos complexos imunes da circulação Sistema Complemento – Funções Sistema Complemento – Funções Sistema Complemento – Funções Sistema Complemento – Funções Funções do complemento Complexos imunes Ativação do complemento Hemácia Figado e Baço Sistema Complemento Ativação do complemento Via clássica Via alternativa Via da lectina No processo de ativação do complemento há clivagem sequencial de proteínas as quais irão dar origem a complexos enzimáticos com atividade proteolítica Sistema Complemento Via Clássica Via Clássica Inicia pela ligação da proteína C1 do complemento a anticorpos da classe IgG ou IgM que se ligaram ao antígeno C1 é uma proteína grande composta por: C1q, C1r e C1s C1q – liga ao anticorpo C1r e C1s – são proteases eletrônica cabeças Tripla-hélice Domínio de Ligação ao AC Haste C1 C1q – liga ao AC A C1 liga especificamente às regiões Fc das cadeias pesadas µ e Ƴ da imunoglobulina C µ - IgM Ƴ - IgG C1r C1s Via Clássica C1q liga a IgG ou IgM que se ligaram ao antígeno Micro-organismos Via Clássica Estrutura de C1 C1r C1s Proteases com Atividade enzimática Via Clássica C4a estimula inflamação Clivagem de C4 pelas C1r e C1s em: C4b e C4a C4b liga no antígeno e aos anticorpos Ligação C1 aos anticorpos Ligação de anticorpos ao antígeno Ligação de C4 a C1q associado ao anticorpos Via Clássica Ligação da C3 em C3 convertase Clivagem do C3 em C3b e C3a C3a estimula inflamação Efeito – uma única molécula de C3 convertase pode levar à deposição de centenas de moléculas de C3b na superfície celular Ligação de C3b à superfície antigênica e ao complexo C4b2b Formando a C5 convertase Possui a capacidade de se ligar e clivar C3 Ligação de C2 a C4b Clivagem de C2 Formando C4b2b Via Clássica Formação da C5 convertase C4b2b3b Cliva C5 e inicia as últimas etapas da ativação do complemento C5a estimula inflamação C2 C4 C4b2b3b C2a C4a C3 C4b C3 convertase C2b C3b C3b C5 convertase de via Clássica C3a Via Alternativa Via Alternativa Inicia pela clivagem de C3 e na ligação estável de seu produto (C3b) às superfícies microbianas, sem a presença de anticorpos Maneira independente de anticorpo de gerar C5 convertase Via Alternativa C3 intacto – pontes tioéster inacessível Clivagem espontânea Domínio tioéster se abre Expondo ponte tioéster Fator B liga a C3b Fator B sofre ação do fator D gerando C3bBb Via Alternativa C3bBb é a C3 convertase da via alternativa Haverá mais clivagem de C3, montando, assim, uma sequencia de amplificação Clivagem do fator B pelos Fator D e geração de Bb sequencia de amplificação C C3 convertase C3b+Bb+C3b = C5 convertase C5 convertase Cliva C5 e inicia as últimas etapas da ativação do complemento Via Alternaiva C3 B C3b D C3 convertase de Via Alternativa C3b C5 convertase de Via Alternativa C3a C3b Bb C3b C3 Ba Bb C3b Via Alternativa Via da lectina Via da Lectina Ativada independente de anticorpo Lectina ligadora de manose (MBL) = proteína plasmática que se liga a manose na superfície dos micro-organismos. Após a ligação das proteases (MASPs) na MBL, o complexo apresenta a mesma atividade de C1. (MBL) Lectina Ligadora de Manose é estruturalmente similar ao C1 da via clássica Via da Lectina C3a / C5a / C4a Pequenos produtos da clivagem do complemento atuam sobre vasos sanguíneos: Aumentando a permeabilidade celular e as moléculas de adesão Consequência: Migração leucocitária Etapas tardias da ativação do complemento As C5 convertases geradas ativam os últimos componentes do complemento que levarão à formação do Complexo de Ataque à Membrana (MAC). Formação do MAC Formação do MAC C5 convertase C5a C5 C6 C7 C5b C6 C5b,6,7 C7 Formação do MAC Formação do MAC C5b,6,7 C8 C9 C5b,6,7,8 MAC Formação do MAC Sistema complemento Mecanismos de ação: Opsonização e fagocitose Estimulação das reações inflamatórias Citólise mediada pelo complemento Ligação do C3b ao microrganismo Reconhecimento pelo Receptor de C3b do fagócito Fagocitose do microrganismo Opsonização e fagocitose Mecanismos de ação Complemento Ligação do C3b ao microrganismo, liberação de C3a e C5a Reconhecimento e ativação de leucócitos por esses fragmentos Destruição de microrganismos pelos leucócitos Estimulação das reações inflamatórias Mecanismos de ação Complemento Ligação do C3b ao microrganismo, ativação de outros fatores Formação do complexo De ataque a membrana (MAC) Lise osmótica do microrganismo Citólise mediada pelo complemento Mecanismos de ação Complemento DOIS modos gerais: O Sistema Complemento na Doença • Deficiência de quaisquer dos componentes proteicos – ativação deficiente do complemento • Sistema complemento intacto – estímulos anormais – micro-organismos persistentes ou complexos imunes depositados DOIS modos gerais: O Sistema Complemento na Doença • Deficiências do Complemento • Sistema complemento Normal • Mais de 50% de indivíduos com deficiência de C2 e C4, desenvolvem lúpus – razão desconhecida – pode ocorrer falhas na remoção de imunocomplexos circulantes. • Surpreendentemente deficiência em C2 e C4 não estão geralmente associadas à suscetibilidade aumentada a infecções (uso da via ALTERNATIVA). Deficiências do Complemento Sistema Complemento Normal Deficiências do Complemento Deficiências do Complemento • Indivíduos com deficiência de C3 – infecções bacterianas frequentemente graves – podem ser fatais. • Deficiência em C5, C6, C7, C8 e C9 – interessantemente, único problema clínico consistente é a propensão para infecções disseminadas por Neisseria meningitidis e Neisseria gonorrhoeae. Sistema complemento Normal • Estímulos anormais – complexos imunes depositados – doenças autoimunes
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