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Apresentação CRR- Eixo 32

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Curso de atualização sobre drogas para profissionais atuantes nas políticas de assistência social, educação e saúde da 2ª gerência regional de saúde de Pernambuco
 
 Centro Regional de Referência sobre Drogas - CRR Drogas UFPE 
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Eixo 3
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Território, grupos populacionais e políticas setoriais de saúde, educação e de assistência social para a construção do cuidado integral aos usuários com problemas relacionados às drogas. 
Conteúdo
Políticas setoriais de saúde, assistência social e educação
Políticas sobre drogas e suas interfaces com grupos específicos (mulheres, crianças e adolescentes, população em situação de rua, indígenas e quilombolas) 
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Politicas Setoriais 
Objetivo: discutir as interfaces das políticas de saúde, de assistência social e de educação com o consumo de drogas, para potencializar a promoção do cuidado integral, considerando os grupos populacionais específicos dos distintos territórios.
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Fluxograma do SUS
Sistema Único de Saúde 
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Fluxograma do SUAS
Sistema Único de Assistência Social 
Proteção Social 
Básica 
Especial 
Média Complexidade 
Alta
Complexidade 
Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) 
Centros de Referência Especializado da Assistência Social 
Centros de Referência para População em Situação de Rua
Serviços de acolhimento Institucional
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Educação 
Programa Saúde na Escola 
Educação de Jovens e Adultos – EJA 
1 eixo: avaliação das condições de saúde das crianças, adolescentes e
jovens que estão na escola pública, 
(estado nutricional, saúde bucal, acuidade visual e auditiva, incidência de hipertensão e diabetes, e, ainda, avaliação psicológica).
2 eixo: promoção da saúde e de atividades de prevenção. 
 cultura de paz e ações às diferentes expressões de violência e ao consumo de álcool, tabaco e outras drogas, educação sexual e reprodutiva, estímulo à atividade física e às práticas corporais.
3 eixo: educação permanente e capacitação dos profissionais da Educação e da Saúde de Jovens.
4 e 5 eixos: monitoramento e avaliação da saúde dos estudantes do programa
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Contextos de vulnerabilidade
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Grupos específicos 
 
Mulheres
Crianças e adolescentes
Indígenas e quilombolas
Pessoas em situação de Rua
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Mulheres 
 As mulheres usuárias de drogas representam um grupo mais difícil de ser acessado
Discriminação de parte dos homens que fazem uso abusivo e dependentes de drogas, presentes nas mesmas cenas de uso que elas:
 “droga é coisa pra homem”
Auto-estigmatização – obstáculo central à busca de auxílio profissional e reinserção social.
Necessidades específicas ignoradas – metabolização diferencial do álcool e outras drogas, inter-relação entre consumo de drogas, vida familiar e profissional.
O uso de drogas ilícitas pode interferir na saúde sexual e saúde reprodutiva, e consequências mobimortalidade materno-fetal e infantil.
A maioria das mulheres usuárias de crack e/ou similares referiu atividade sexual nos últimos 30 dias, 48,36% relatou ter recebido dinheiro ou drogas em troca de sexo, contra 13,00% dos homens usuários
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Mulheres
Mais de 70% das mulheres referiu ter tido sexo sem utilização de preservativo. 
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A proporção de mulheres que relataram ter sofrido violência sexual foi 6 vezes a relatada pelos homens.
A prevalência para a infecção HIV entre as mulheres usuárias de drogas foi de 8,17% superior a taxa observada entre os homens de 4,01% , sendo 10 vezes a evidenciada pela população feminina em geral. 
 
Cerca de 8 em cada 10 mulheres usuárias de crack no país relataram interesse em fazer tratamento para o uso de drogas.
Não há diferenças estaticamente significativas entre usuárias de capitais e não capitais 
50% das mulheres grávidas referiram ter procurado serviço de saúde, mas chama a atenção a baixa frequência ou ausência de acompanhamento pré-natal.
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Crianças e adolescentes 
Segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), criança toda pessoa até 18 anos de idade. Pois, adota-se a palavra criança para nomear a fase infantojuvenil.
Já o Estatuto da Criança e do Adolescente considera criança a pessoa até 12 anos incompletos e adolescente aquele entre 12 e 18 anos.3
O Ministério da Saúde segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo as quais criança é a pessoa que tem entre 0 e 9 anos de idade completos e adolescente aquela entre 10 e 19 anos completos.
Essa divisão tem sentido a partir das especificidades de saúde de cada público específico, alinhada ao perfil epidemiológico de cada grupo populacional.
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Crianças e adolescentes: sujeitos de direitos
ECA - reconhece a criança e o adolescente como sujeitos de direitos e não meros objetos de intervenção estatal.
As respostas devem priorizar, tanto quanto possível, opções de cuidado no território, valorizando os mecanismos de organização e autonomia que os sistemas possuem.
A proteção integral, não invalida ou desqualifica a compreensão de crianças e adolescentes como sujeitos autônomos, capazes de estabelecer suas próprias regras (BRASIL, 2014, p.14).
Resguardar os direitos de sigilo, privacidade, acolhimento e atenção independentemente de consentimento familiar e/ou dos responsáveis, entre outras garantias éticas, a fim de prover atenção adequada às suas singularidades”(BRASIL, 2014, p.15)
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Reitera-se que a saúde não apenas perpassa o acesso a bens e serviços, mas, também a equidade e o respeito às adversidades étnica, racial, cultural e afetiva.
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Crianças e adolescentes e o consumo de drogas 
No conjunto da população que abusa de crack, os adolescentes são um grupo proporcionalmente menor, dentre estes os mais vulneráveis parece ter um consumo mais frequente e está estreitamente associado a riscos e danos.
O estudo da Fiocruz (2013) observou que dos 0,81% da população que se estimou ser consumidora regular de crack e/ou similares, 0,11% eram crianças e adolescentes; O,70% eram maiores de idade. 
Ou seja, dos 370 mil usuários regulares de crack , cerca de 50 mil (14%), são crianças e adolescentes que fazem uso destas substâncias nas capitais do pais.
Destas crianças e adolescentes, a maioria, cerca de 28 mil estão nas capitais da região NE.
O tráfico de drogas vem crescendo como fundamento legal para aplicação de medida de internação de adolescentes.
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Crianças e adolescentes na rede de saúde 
Linhas de cuidado na infância estão associadas aos indicadores de morbimortalidade de cada fase do desenvolvimento. 
Já os adolescentes e jovens enquanto um ciclo de vida “particularmente saudável” em grande medida, vão concentra-se nos hábitos e comportamentos, que em determinadas conjunturas, geram vulnerabilidade e os expõem à situações de violência e adoecimento.
Destaca-se as ações voltadas para educação em saúde; promoção do crescimento e desenvolvimento saudáveis; da saúde sexual e reprodutiva, da saúde mental, e aquelas estratégias voltada para a prevenção do consumo do álcool e outras drogas e a redução da morbimortalidade por violências e acidentes.
O conceito de autonomia, estabelecimento de vínculos, estímulo as relações interpessoais e fortalecimento de rede de apoio (aos diferentes grupos) torna-se fundamentais para produção de saúde, organização social e de exercício de cidadania.
Crianças e adolescentes 
 
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 Diretrizes da Politica de Saúde Mental infantojuvenil 
A criança e o adolescente são sujeitos e, como tal, são responsáveis por sua demanda e seu sintoma.
 É preciso reconhecer voz e escuta de cada criança e adolescente:
Mesmo na ausência dos pais ou responsáveis, crianças e adolescentes tem direito ao atendimento eventual e não eventual (Brasil, 2014, p.24).Cr
B) Acolhimento Universal 
C) Encaminhamento implicado e corresponsável
D)
Construção permanente da rede e da intersetorialidade
E) Trabalho no território
F) Avaliação das demandas e construção compartilhada das necessidades de saúde mental.
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 O papel Estratégico da Educação 
As escolas são ambientes privilegiados para o desenvolvimento de crianças e adolescentes e suas famílias tanto na promoção de fatores protetivos quanto na detecção de riscos e na redução de danos e de agravos psicossociais.
Não são atribuições da comunidade escolar a identificação e o diagnóstico de patologias ou transtornos mentais.
De forma complementar, nem todo uso de drogas é sinal da existência de patologias. Por isso, a indicação de tratamento para usuários de substâncias psicoativas deve ser discutida com os profissionais de saúde e de saúde mental.
A escola deve promover ambientes, ações e situações que visem ao desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes, de acolhida, e aceitação, bem como de espaços reflexivos e críticos sob os problemas identificados.
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 Acolhimento Institucional – SUAS 
A organização deste serviço deverá garantir a privacidade e o respeito aos costumes, às tradições e à diversidade de ciclos de vida; arranjos familiares; raça/etnia; religião; gênero; e orientação sexual (CNAS, 2009).
Princípios - acolhimento de crianças e adolescentes
da excepcionalidade;
da provisoriedade;
da preservação e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários;
 da garantia de acesso e do respeito à diversidade e à não discriminação;
 da oferta de atendimento personalizado e individualizado;
da garantia de liberdade de crença e religião; do respeito à autonomia da criança, do adolescente e do jovem.
* Articulação CRAS/CREAS e demais políticas setoriais
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A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS): Crianças e adolescentes 
 
Instituída pela Portaria MS/GM nº 3.088, de 23/12/2011, a Raps prevê a criação, a ampliação e a articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas no âmbito do SUS.
Promover cuidado em saúde especialmente dos grupos mais vulneráveis... 
Prevenir o consumo e a dependência do álcool e outras drogas e reduzir os danos causados pelo consumo
Promover a reabilitação e reinserção das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas(..)
Produzir e ofertar informações sobre direitos, medidas de prevenção e cuidado e sobre a rede 
Regularizar e organizar as demandas e os fluxos
Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços mediante indicadores de efetividade e resolutividade da atenção.
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População em Situação de Rua 
Grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares fragilizados ou rompidos e a inexistência de moradia convencional regular. 
Caracteriza-se pela utilização de logradouros públicos e de áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como das unidades de serviços de acolhimento para pernoite temporário ou moradia provisória. 
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População em Situação de Rua 
Pesquisa Nacional sobre População em Situação de Rua (PSR) 
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População em Situação de Rua 
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População em Situação de Rua 
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População em Situação de Rua 
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População em Situação de Rua 
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População em Situação de Rua 
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População em Situação de Rua 
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População quilombola
 Comunidade Negra Rural Quilombola de Leitão/Umbuzeiro de Afogados da Ingazeira
De acordo com o Decreto n° 4887, de 20 de novembro de 2003, em seu artigo 2°, consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto atribuição com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida (CNAS, 2007)
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População indígena e quilombola
A maioria (mais de 95% dessa população) possui renda inferior a ½ salário mínimo. 
Trata-se de um número significativo de pessoas pertencentes a comunidades tradicionais que estão em situação de pobreza e extrema pobreza.
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População indígena e quilombola
 O quadro acima destaca que mais de 75% dos povos indígenas e população quilombola, inscritos no CadÚnico, possuem renda per capita abaixo de 70,00. 
importância ações e estratégias de busca ativa que potencialize o acesso desse público as políticas públicas, bem como o atendimento especializado através de equipamentos específicos para esses povos tradicional
Portaria GM 341/2008 que considera estas populações como prioritárias para inclusão no referido programa Bolsa Família.
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População indígena e quilombola
 Conforme cita o Boletim nº 02 da Vigilância Socioassistencial do MDS, “de acordo com a Resolução da CIT nº 6/11, um dos objetivos da Equipe Volante é “prestar serviços de Proteção Social Básica em territórios extensos, isolados, áreas rurais e de difícil acesso” (BRASIL apud BOLETIM nº 2, 2014; p. 1).
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Rede e o foco na busca ativa 
CREAS
CENTRO POP
Consultório
na / de Rua 
 CRAS
Unidade de Saúde
 CRAS
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A territorialidade é um aspecto fundamental: é no território que acontece a vida, individual e coletiva, com suas inter-relações, seu ambiente social, cultural e em suas condições físicas espaciais. 
A noção de território extrapola, portanto, a noção geográfica, um espaço simbólico, de bens não materiais. 
É inserido no contexto existencial da vida cotidiana, territorializado, de um determinado grupo, que os profissionais podem observar o seu modo de viver em sua intensidade, sua dinâmica própria e os problemas vivenciados pelas pessoas e seus subgrupos. 
TERRITORIALIDADE 
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Se por um lado fala-se da ação territorializada nos espaços geográficos “onde a vida acontece”, por outro, essa nova modalidade das ações em saúde desloca o setting dos seus espaços típicos até então, como os hospitais, ambulatórios e consultórios institucionais, forçando sua desterritorialização. 
DESTERRITORIALIZAÇÃO
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