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3.3.1 - FAINAS I - CAV - APOSTILA

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FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO 
EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 1
 
FAINAS A BORDO I - CAV 
 
CAPÍTULO 2 - A ORGANIZAÇÃO DO CAV 
2.1 - CONCEITOS - Alguns conceitos: 
- Função - papel definido desempenhado por militar 
dentro de uma Estação de acordo com a Organização de 
Combate (OC) do navio. 
- Tarefa - ação que um militar tem a executar 
determinada em documentos, manuais de procedimentos 
ou publicações. 
- Atribuições - conjunto de tarefas específicas 
diretamente relacionadas com a função que um militar 
ou estação exercem. Atribuições podem também ser 
relacionadas ao Comando e aos Controles. 
- Grupo - conjunto de militares com funções 
administrativas diversas, mas cujas atribuições 
convergem para a consecução de objetivos comuns, 
dentro da Organização Administrativa (OA) do Navio. 
Ex.: Grupo de CAv de serviço. 
- Equipe - conjunto de militares que possuem funções e 
tarefas distintas na estrutura de combate, mas cujas 
atribuições convergem para a consecução de objetivos 
comuns. Ex.: Equipe de Manobra e Equipe de Crache. 
- Turma - conjunto de militares com a mesma função 
dentro da estrutura de combate do navio e cujas 
atribuições convergem para objetivos comuns. 
Guarnecem os mesmos Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI). Ex.: Turma de Suporte A. 
2.2 - ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE 
COMANDO E CONTROLE DE BORDO - Para obter 
o grau máximo de eficácia e eficiência em combate os 
navios devem possuir uma estrutura definida de 
Comando e Controle que lhes permitam otimizar 
recursos materiais e de pessoal disponíveis a bordo. Para 
tal, são estabelecidas Estações que se agrupam de 
maneira lógica em Controles, sob direção do Comando. 
 O Comando é exercido pelo Comandante, que tem 
como tarefa planejar, supervisionar, orientar e coordenar 
a ação dos Controles. O Comando é exercido de um 
local físico específico denominado Estação de Comando. 
Ao navio, deverá ser sempre disseminado o local da 
Estação de Comando para que a coordenação com os 
Controles possa ser mantida de forma eficaz. 
 Os Controles têm atribuições de combate específicas, 
possuindo as seguintes tarefas: 
- coordenar as Estações sob sua responsabilidade; 
- manter o Comando informado sobre as ações em 
andamento em seus setores; 
- assessorar o Comando nas tomadas de decisão; 
- coordenar ações que possuam interferência com demais 
Controles; e 
- executar as determinações do Comando. 
 O Controle é exercido de um local físico específico 
denominado Estação Primária de Controle. 
 As Estações são locais físicos configurados 
especialmente para desenvolver atribuições operativas 
específicas sendo coordenadas pelos respectivos 
Controles. As Estações capacitadas a substituir 
eventualmente a Estação Primária são denominadas 
Estações Secundárias de Controle. As demais estações 
do Controle são denominadas Estações Componentes. 
 As Estações possuem as seguintes tarefas: 
- manter comunicação com a Estação Primária de 
Controle; 
- utilizar todos os recursos materiais e pessoais 
disponíveis para exercer suas atribuições com máxima 
eficácia; 
- manter coordenação com as demais Estações 
Componentes nas ações que possuam interferência 
mútua; e 
- assessorar as Estações de Controle Primárias nas 
decisões atinentes ao Controle específico. 
 O local do navio onde se encontram diferentes 
Estações é denominado Centro. Exemplos notáveis são o 
Centro de Operações de Combate (COC) e o Centro de 
Controle da Máquina (CCM). 
2.2.1 - Atribuições, Prioridades do Comando e 
Guarnecimento 
a) Atribuições do Comando - O Comandante é o 
responsável por todas as ações do navio e suas 
responsabilidades podem ser sintetizadas pelas seguintes 
atribuições: 
- manutenção do navio nas melhores condições de 
operação; 
- correto emprego tático do navio; 
- preservação da segurança física do navio e de sua 
tripulação; 
- decisão sobre emprego de armamento do navio; e 
- decisão sobre abandono do navio. 
 O Comando toma as decisões das ações assessorado 
pelos Controles. 
 A Estação de Comando deve ser dotada de recursos 
que permitam ao Comandante avaliar continuamente o 
quadro tático, as condições materiais dos sistemas do 
navio e estabelecer prioridades com respeito às 
capacidades de Combater, Navegar e Flutuar. 
b) Prioridades do Comando - Assim que for determinado 
o guarnecimento da condição máxima de prontidão 
(Condição I e IA) no navio, o Comandante deverá 
estabelecer as Prioridades do Comando e elas deverão 
ser disseminadas para todos os Controles e Estações. As 
Prioridades do Comando dependerão da situação tática 
do navio, da sua capacidade operativa e da sua missão e 
serão atualizadas a cada mudança dessas condicionantes. 
 
 
FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO 
EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 2
 Em princípio, as Prioridades do Comando são: 
Combater – quando combater for a prioridade 1. Todas 
as ações deverão convergir para que a máxima 
capacidade de combate e ataque do navio seja mantida 
no grau máximo, mesmo que em detrimento das 
capacidades de navegar e flutuar do navio. 
Navegar – quando navegar for a prioridade 1. Todas as 
ações deverão convergir para que as condições de 
navegabilidade do navio sejam mantidas, mesmo que em 
detrimento das capacidades de combater e flutuar. 
Flutuar – quando Flutuar for a prioridade 1. Todas as 
ações do navio devem convergir para que as condições 
de flutuabilidade do navio sejam mantidas, mesmo que 
em detrimento das capacidades de combater e navegar. 
c) Guarnecimento – “A Postos” x “Pronto e Guarnecido” 
- Com a alteração da condição de prontidão, o primeiro 
militar que guarnecer uma Estação não 
permanentemente guarnecida informará pelo circuito 
interno adequado “Estação a Postos” ao Controle que 
estiver subordinado. Este procedimento tem o propósito 
de informar que, embora a Estação já possua 
comunicações confiáveis com o seu Controle, ainda não 
tem condições de desempenhar plenamente as tarefas a 
ela atribuídas. 
 Sempre que for elevada a condição de prontidão, 
assim que o mais antigo presente avaliar que sua Estação 
está apta a atender às prioridades estabelecidas pelo 
Comando com o pessoal presente no local, deverá 
informar “Estação Pronta e Guarnecida” ao seu 
respectivo Controle, mesmo que haja eventuais faltas de 
pessoal. 
 De maneira análoga, à medida que os Controles 
receberem o “Pronto e Guarnecido” de suas Estações 
subordinadas e avaliarem que estão aptos a desempenhar 
suas tarefas de acordo com as Prioridades do Comando, 
informarão o “Pronto e Guarnecido” ao Controle da 
Manobra. Este, então, informará o “Pronto e 
Guarnecido” do navio ao Comando. 
2.2.2 - Os Controles - Os controles manterão um inter-
relacionamento e assessorarão o Comando em todas as 
ações a tomar dependendo da situação tática, das 
condições de operação dos sistemas e das prioridades do 
comando. 
 Os principais Controles que podemos encontrar em 
navios da MB são: 
- Controle da Manobra; 
- Controle de Operações; 
- Controle de Armamento; 
- Controle da Máquina; 
- Controle da Aviação; 
- Controle de Avarias Eletrônicas (CAv-ET); 
- Controle de Avarias Operacionais; e 
- Controle de Avarias (CAv). 
 Dependendo da classe de navios alguns, os Controles 
listados acima poderão não existir, assim como outros 
não mencionados poderão constar das respectivas OC. 
Neste capítulo abordaremos alguns aspectos dos 
Controles do navio para depois nos aprofundarmos em 
considerações sobre o Controle de Avarias, alvo 
principal desta publicação. 
a) Controle da Manobra - O Controle da Manobra terá 
como principais atribuições: 
- Manter a navegação e direção dos movimentos do 
navio em segurança, por meio de ordens de rumo e 
velocidade; 
- Coordenar e controlar operações aéreas com hangar e 
convoo; 
- Operar as comunicações táticas da Estação Primária da 
manobra; 
- Manter as estações componentes da Manobra 
informadas das manobras atuais e previstas; 
- Coordenar ações e manobras em andamento e previstascom outros Controles para evitar interferência mútua; e 
- Monitorar a situação tática e condição operativa dos 
equipamentos de bordo. 
 Atribuições específicas quanto ao Controle da 
Manobra das classes dos navios deverão constar nas 
respectivas OC e nos Manuais de Procedimentos 
Operativos (MPO). 
b) Controle de Operações - O Controle de Operações 
terá como principais atribuições: 
- Manter o Comando informado da situação tática; 
- Exercer supervisão do uso dos sensores de bordo; 
- Manter as estações componentes do Controle de 
Operações informadas das ações em andamento e 
previstas; 
- Supervisionar ações no ambiente de guerra em que o 
navio é capaz de atuar; 
- Guarnecer e operar linhas de comunicação; 
- Planejar e coordenar operações aéreas e controlar 
aeronaves; e 
- Prover análise, avaliação e disseminação das 
informações de combate. 
 Atribuições específicas quanto ao Controle de 
Operações das classes dos navios deverão constar nas 
respectivas OC e nos MPO. 
c) Controle do Armamento - O Controle do Armamento 
terá como principais atribuições: 
- Manter o Comando informado sobre a situação do 
armamento do navio, suas capacidades e limitações; 
- Coordenar o emprego de armamento específico quando 
determinado pelo Comando; e 
- Manter as estações componentes do Controle do 
Armamento informadas das ações em andamento e 
previstas. 
 Atribuições específicas quanto ao Controle do 
Armamento das classes dos navios deverão contar nas 
respectivas OC e nos MPO. 
d) Controle da Máquina - O Controle da Máquina terá 
como principais atribuições: 
- Coordenar e controlar a operação e a manutenção das 
plantas principais de propulsão e auxiliares; 
- Coordenar e controlar a geração e distribuição de 
energia; e 
- Manter o Comando e o Controle da Manobra 
informados da situação da propulsão e auxiliares, suas 
capacidades e limitações. 
 Atribuições específicas quanto ao Controle da 
Máquina das classes dos navios deverão constar nas 
respectivas OC e nos MPO. 
FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO 
EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 3
e) Controle da Aviação - O Controle da Aviação terá 
como principais atribuições: 
- Planejar e coordenar o emprego das aeronaves 
orgânicas; 
- Preparar, lançar, recolher e zelar pela segurança das 
aeronaves de bordo; 
- Controlar tráfego aéreo na zona de aeródromo; 
- Manobrar e aprestar aeronaves no hangar; 
- Controlar avarias no âmbito da aviação e combater 
craches no convoo; e 
- Prover serviços e facilidades de manutenção das 
aeronaves. 
 Este controle é mais comumente encontrado em 
navios aeródromos e as atribuições específicas quanto ao 
Controle da Aviação das classes dos navios deverão 
constar nas respectivas OC e nos MPO. 
f) Controle de Avarias Eletrônicas - O Controle de 
Avarias Eletrônicas (CAv-ET) terá como principais 
atribuições: 
- Coordenar e controlar avarias eletrônicas; 
- Manter o Comando informado da situação dos 
sensores; e 
- Executar ações de emergência que permitam reduzir 
degradações nas condições de equipamentos eletrônicos. 
 Atribuições específicas quanto ao Controle de 
Avarias Eletrônicas das classes dos navios deverão 
constar nas respectivas OC e nos MPO. 
g) Controle de Avarias Operacionais - O Controle de 
Avarias Operacionais terá como principais atribuições: 
- Compilar todas as avarias das Estações Componentes 
dos Controles da Máquina, Operações e Armamento; e 
- Analisar o quadro de avarias operacionais a cada 
instante e manter o Comando informado da segurança do 
navio e das reduções das capacidades operativas. 
 Atribuições específicas quanto ao Controle de 
Avarias Operacionais das classes dos navios deverão 
constar nas respectivas OC e nos MPO. 
h) Controle de Avarias (CAv) - O Controle de Avarias 
(CAv) é o conjunto de recursos (humanos e materiais) 
necessários para a preservação ou restabelecimento da 
capacidade de manobra, poder combatente do navio, 
estanqueidade e estabilidade. Além disto, deve ser capaz 
de controlar a banda e o trim e prover adequada proteção 
contra incêndios, bem como limitar a propagação e/ou 
remover contaminação provocada por agentes químicos, 
biológicos ou radioativos, prevenir e conter agressões ao 
meio ambiente, e prover cuidados ao pessoal ferido. 
 Da mesma maneira que os sistemas de combate 
comandam o espaço de batalha externa ao navio, o 
objetivo do controle de avarias é dominar os sinistros 
internos ao navio. 
 A seguir, passará a ser discutido o Controle de 
Avarias a bordo dos navios, a começar pela sua 
organização. O CAv está organizado de duas formas, 
que se relacionam, a Organização de Combate e a 
Organização Administrativa. 
 
2.3 - ORGANIZAÇÃO DE COMBATE DO CAv 
2.3.1 - Propósito do CAv - O propósito do CAv, em 
uma organização de combate, é manter ao máximo o 
poder combatente do navio. 
 Com as definições já apresentadas neste capítulo, 
podemos dizer que cada militar de bordo possui uma 
função estabelecida pela respectiva Organização de 
Combate (OC), na qual são definidas algumas 
atribuições, que se concretizarão em tarefas a executar 
durante o combate. A designação de cada militar para 
uma determinada função no CAv é responsabilidade do 
navio. 
2.3.2 - Atribuições do CAv - O Encarregado do CAv é 
o responsável perante o Comandante pelas atribuições de 
planejar, preparar, e executar as fainas específicas do 
CAv antes e após a ocorrência do sinistro. 
 Essas atribuições podem ser classificadas em: 
- medidas preliminares; e 
- medidas após sofrer avarias. 
a) Medidas preliminares - Medidas preliminares são 
adotadas no porto; antes de suspender; antes de navegar 
em área com mau tempo; e, principalmente, antes do 
combate. 
 Essas medidas são: 
- fiscalizar o cumprimento da condição de fechamento 
do material em todo o navio, bem como zelar pela sua 
manutenção; 
- manter, nas melhores condições possíveis, os recursos 
de CAv; 
- manter a estabilidade e a reserva de flutuabilidade do 
navio; 
- manter o adestramento das equipes bem como fazer 
cumprir a manutenção planejada do material de CAv; 
- reduzir os riscos de incêndio; e 
- conservar e distribuir os equipamentos de emergência. 
b) Medidas após sofrer avarias - São as medidas 
adotadas para localizar avarias sofridas, bem como para 
corrigi-las ou reduzir os efeitos indesejáveis delas 
decorrentes. 
 Esses cuidados são: 
- combater incêndios; 
- controlar alagamentos; 
- recuperar a estanqueidade e a flutuabilidade por meios 
de reparos de emergência na estrutura e/ou nos sistemas 
avariados; 
- manter operando os equipamentos elétricos vitais, 
através do sistema de força em avaria; 
- socorrer o pessoal ferido; e 
- coordenar as ações, a seu nível, das seguintes fainas: 
- alijamento de pesos; 
- socorro externo; 
- incêndio; 
- colisão; 
- abandono; 
- salvamento ou destruição; e 
- descontaminação NBQ. 
FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO 
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 A Figura 2.1 a seguir representa, de uma maneira bem 
simplificada, como se encontra organizado em combate 
o CAv de uma classe de navios da Esquadra. Esta 
organização pode variar, dependendo do tamanho, do 
tipo e da missão do navio. Entretanto, princípios básicos 
se aplicam a todas as organizações de combate de CAv. 
Esses princípios são: assegurar que todo o pessoal dentro 
da organização esteja altamente adestrado no CAv, 
incluindo os aspectos técnicos de sua especialidade para 
assessoria na limitação dos danos; descentralizar a 
organização em unidades autossuficientes, com 
comunicação entre elas, com capacidade de tomar ações 
positivas para controlar os vários tipos de danos; e ter 
uma estação central única, que recebe informações de 
todas as unidades de controle de avarias. Essa estação 
central avalia e dissemina as ordens necessárias para 
ações corretivas. Essa estação também informa e recebe 
ordens da estação de Comando (Controle do Comando). 
 
Figura 2.1 – Organização do Controle de Avarias – Fragata Classe “Greenhalgh” 
2.3.3 - Estações do CAv - O Controlede Avarias é, 
basicamente, subdividido em Estação Central e Estação 
de Reparo. Dependendo do tamanho e tipo de navio, 
podem existir variações. Em uma fragata, o CAv é 
composto pela Estação Central do CAv (ECCAV), 
Estações de Reparo, Enfermaria de Combate e CICE, 
visando permitir uma melhor distribuição do material e 
uma atuação descentralizada do pessoal. 
 Passaremos a discorrer sobre cada uma dessas 
estações. 
a) Estação Central do Controle de Avarias - O 
Encarregado do Controle de Avarias coordena os 
militares da ECCAv para o cumprimento das seguintes 
atribuições: 
I) receber dos reparos as avarias e informar ao Comando. 
A Estação de Comando deve receber as seguintes 
informações: 
- incêndios, tipo, localização e sob ou fora de controle; 
- a presença de fumaça densa, os limites de fumaça e 
quando esta for removida; 
- alagamento, localização, vazão, altura, a causa, 
comprometimento da estanqueidade e sob ou fora de 
controle; 
- avarias estruturais, tipo, localização e o andamento da 
execução do escoramento; 
- a perda de energia principal e alternativa para os 
equipamentos, passagem e energização de cabos de força 
em avaria; e 
- acidentes com pessoal. 
II) solicitar ao Comando autorização para executar as 
seguintes fainas: 
- alteração na condição de fechamento do material; 
- alagamento de paióis de munição; 
- utilização de sistemas fixos de agentes extintores 
(HALON, CO2); 
- lastro e deslastro; 
- energizar cabos de força em avaria; 
- contra-alagamento; e 
- alijamento de pesos. 
III) manter atualizados na ECCAv os recursos: 
- planos e diagramas isométricos que apresentem a 
compartimentagem e os diversos sistemas do navio; 
- um quadro de plotagem de avarias, para o registro das 
avarias sofridas pelo navio e das medidas corretivas em 
andamento, conforme as informações fornecidas pelos 
encarregados dos reparos. A simbologia padrão de 
plotagem das avarias deverá ser usada pela ECCAv e 
pelos reparos; 
- um quadro de estabilidade fixado, apresentando a carga 
líquida, os limites de alagamento, os efeitos de banda e 
trim causados por compartimentos alagados e a ação 
corretiva adotada para preservar a estabilidade. Os 
diagramas de carga líquida e de efeitos de alagamento 
podem ser usados com este propósito; 
- quadros para plotagem das ações adotadas no controle 
de avarias de sistemas elétricos; 
- uma tabela com o registro de fechamento do material; e 
- tabelas e informações diversas, específicas do navio. 
IV) sugerir o abandono e coordenar o Grupo de 
Salvamento e Destruição (GSD). 
b) Estações de Reparo 
I) Áreas de Responsabilidade - As áreas de 
responsabilidade dos Reparos são estabelecidas em 
função de sua localização e dos recursos disponíveis 
para o combate e são definidas pela Organização 
Administrativa (OA) dos navios. Os Reparos permitem 
ao Controle de Avarias atender aos requisitos de 
descentralização, rapidez e continuidade no combate às 
avarias. Deverá constar da OC uma Estação de Reparo 
como sendo a Estação de CAv Secundária. Esta estação 
deverá estar capacitada a estabelecer comunicações com 
todos os reparos e manter um acompanhamento do 
combate às avarias no navio informando à Estação de 
Comando. 
II) Requisitos de Pessoal dos Reparos - O pessoal que 
guarnecerá as diversas estações do CAv deverá ser 
selecionado em função das atribuições de cada estação e 
dentro da disponibilidade de lotação e efetivo do navio. 
As limitações quantitativas e qualitativas de pessoal, 
apesar de indesejáveis, poderão ocorrer, devendo ser 
contornadas com o adestramento, desenvolvimento de 
espírito de equipe, motivação e capacidade de 
improvisação. 
FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO 
EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 5
 É recomendável haver em todos os reparos um certo 
número de militares do Departamento de Máquinas, 
especialmente artífices. 
 Da mesma forma, é recomendável também a 
existência de eletricistas, os quais, entre outras tarefas, 
terão por encargo alimentar ou desalimentar ventilações 
e extrações, conduzir reparos elétricos de emergência no 
local da avaria, dirigir a passagem dos cabos elétricos de 
força em avaria, restabelecer circuitos elétricos vitais e 
fornecer ao encarregado de CAv, informações sobre a 
extensão de avarias elétricas. 
 Deverá também haver em cada grupo de Reparo um 
telefonista adestrado que anote e plote as mensagens 
recebidas e transmitidas, permitindo assim ao 
encarregado da estação estar permanentemente 
informado sobre as condições existentes em todo o 
navio. 
 É ainda recomendável haver, em cada grupo de 
Reparo em cuja área existam paióis, ao menos um 
paioleiro familiarizado com o conteúdo destes paióis. 
III) Atribuições e tarefas - As seguintes atribuições são 
comuns a todos os Reparos: 
- controlar e extinguir todas as classes de incêndios; 
- avaliar e informar corretamente a extensão das avarias 
em sua área; 
- executar reparos elétricos e em circuitos de 
comunicações interiores; e 
- prestar primeiros socorros e transportar o pessoal 
acidentado para as enfermarias de combate (sem redução 
sensível da sua capacidade de controlar as avarias); 
 Para este fim, os Reparos serão dotados com recursos 
de: 
- comunicações (circuitos principal e alternativo com a 
ECCAv); 
- planos de CAv abrangendo os conveses e 
compartimentos da sua área de atuação; 
- recursos para controlar e combater incêndios; 
- recursos para controlar e reparar avarias estruturais; 
- recursos para prestar primeiros socorros a feridos; e 
- ferramentas e equipamentos específicos para cada 
atividade, localizados no armário do reparo ou nos 
cabides próprios situados na área sob sua 
responsabilidade. 
 Os Reparos devem possuir a capacidade de executar 
as seguintes tarefas: 
I) Manutenção da flutuabilidade - Para exercer essa 
função, os reparos deverão atender aos seguintes 
requisitos: 
- Reparar avarias de estruturas e de acessórios 
designados para manter a estanqueidade, através de 
escoramento, bujonamento, tamponamento, solda, 
cimento em anteparas e conveses, reparos em válvulas e 
percintagem ou bujonamento em redes em todos os 
compartimentos estanques do navio na sua área de 
responsabilidade; e 
- Sondar, drenar, esgotar com bombas, lastrar ou 
transferir líquidos em tanques, espaços vazios e outros 
compartimentos e estar completamente familiarizados 
com a localização e uso de todos os equipamentos, bem 
como métodos empregados. 
 Para a avaliação precisa das avarias abaixo da linha 
d'água, devem ser mantidos dois quadros. Um quadro de 
estabilidade (ou diagrama de efeito de alagamento), onde 
são plotados todos os alagamentos, limites de 
alagamentos, medidas adotadas e efeitos de banda e trim. 
O outro é o diagrama de carga líquida, que é mantido 
para mostrar a situação atualizada de todos os tanques de 
água e óleo, com suas respectivas sondagens. 
II) Manutenção da integridade estrutural e da 
manobrabilidade do navio - Para exercer essa função os 
reparos deverão atender aos seguintes requisitos: 
- reparar os sistemas primários e secundários de 
governo; 
- clarear conveses de escombros que interfiram com a 
operação do armamento, do navio ou do CAv, ou que 
prejudiquem o leme, os hélices ou o costado do navio, e 
extinguir todas as classes de incêndios; 
- manter e executar reparos de emergência em sistemas 
vitais ao combate tais como os de alimentação do 
armamento, de ventilação, os de ar comprimido de altas 
e baixas pressões, de comunicações, elétricos e de água 
de resfriamento; 
- prover energia em emergência para equipamentos 
elétricos, usando cabos de força em avarias; 
- auxiliar a Equipe de Crache quando solicitado; 
- recolher sobreviventes do mar e auxiliar outros navios; 
- reparar avarias acima da linha d'água, que poderiam 
causar alagamento no caso de novos danos; e 
- manobrar e recolher equipamentos de varredura e 
minagem em postos de combate. 
III) Manutenção da propulsão do navio - Para atender a 
esta funçãoo reparo deverá ser capaz de: 
- manter, executar reparos ou limitar avarias nas 
máquinas principais de propulsão; 
- operar, reparar, isolar e alterar a segregação de sistemas 
vitais; 
- auxiliar na manutenção e reparo dos sistemas de 
comunicação; 
- auxiliar na operação e no reparo dos sistemas de 
controle de governo; e 
- manter um quadro de plotagem de avarias de máquinas, 
mostrando a condição de prontidão das máquinas 
principais e auxiliares. 
c) Enfermaria de Combate - As Enfermarias de Combate 
são ativadas por ocasião do guarnecimento em Postos de 
Combate. A estação primária continua sendo a 
enfermaria e a secundária é normalmente um local de 
refeição a bordo (Praça D´Armas, por exemplo). Os 
navios com tripulação acima de 300 militares devem 
possuir um mínimo de duas Enfermarias de Combate 
com capacidade de atender, em emergência, acidentes 
com pessoal em combate. Navios com tripulação abaixo 
de 300 militares devem possuir uma enfermaria de 
combate. 
FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO 
EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 6
 Além das enfermarias de combate, deverão existir 
caixas de primeiros socorros para o pessoal nas estações 
de combate, cabendo à Divisão de Saúde prover o 
material necessário a elas, assim como sua manutenção. 
d) Centro de Inventário e Controle de Estoque (CICE) - 
Em Condição I, a tarefa da Estação CICE é prover os 
sobressalentes necessários para reparos dos 
equipamentos de bordo avariados durante o combate, de 
forma a restabelecer as capacidades do navio. 
 Para o cumprimento dessa tarefa, o CICE deverá 
possuir comunicações confiáveis com a ECCAv e a 
ECCAv-ET, controle de chaves dos paióis de 
armazenamento, além de um banco de dados de 
sobressalentes (tipo e localização) devidamente 
atualizado. 
 A Figura 2.2 a seguir representa, de uma maneira bem 
simplificada, como se encontram estruturadas, em 
Condição I, as relações de subordinação e coordenação 
entre os Controles e Estações afetos ao CAv. 
 
Figura 2.2 - Relações de subordinação e coordenação 
2.3.4 - Composição do Reparo – Turmas de Reparo - 
As principais funções e turmas existentes em um reparo 
de CAv são: - Encarregado; - Turma de Ataque; - 
Mensageiro; - Investigador; - Líder da turma de Incêndio 
(suporte “A” ou “B”); - Turma de Máscaras; - Turmas de 
Incêndio (turmas de suporte “A” e “B”); - Eletricista; -
Telefonista / plotador do Quadro de Avarias; - Turma de 
Escoramento; - Turma de Primeiros Socorros; - Turma 
de Bujonamento; - Líder do Reparo ou Líder da Cena de 
Ação; - Turma de Sondagem; - Turma de Contenção; - 
Turma de Percintagem; - Turma de Bombas; - Turma de 
Serviços Gerais; e - Turma de Rescaldo. 
a) Encarregado do Reparo - Função exercida por um 
oficial, suboficial ou sargento, o qual supervisiona a 
atuação do Reparo, sendo o responsável por todo pessoal 
e material designado para a área do Reparo e armário de 
CAv. Deve estar qualificado a assumir, com o seu 
Reparo, as funções da Central de CAv em caso de 
necessidade. O curso do CAAML que capacita o militar 
a exercer esta função é o C-EXP-FICAV. 
 O Encarregado deverá ainda: 
- certificar-se de que todos os limites de Incêndio e 
Fumaça (primários e secundários) estão estabelecidos e 
mantidos, com particular atenção dada ao potencial da 
propagação vertical do fogo; 
- certificar-se de que os isolamentos mecânico e elétrico 
estão estabelecidos para a situação; 
- prover apoio logístico (pessoal e material) para a cena 
de ação, se necessário com coordenação através da 
ECCAv; 
- certificar-se de que o pessoal da turma de incêndio está 
com a roupa de proteção corretamente vestida; 
- certificar-se de que os controladores de máscaras estão 
cumprindo suas funções corretamente, sem colocar em 
risco a vida dos militares com máscaras; 
- certificar-se da manutenção de uma plotagem acurada 
no Quadro de Avarias, prestando à ECCAv todas as 
informações necessárias; e 
- ter um papel ativo no adestramento do pessoal, bem 
como conhecer profundamente as deficiências logísticas 
(pessoal e material) na área de responsabilidade do seu 
Reparo. 
b) Telefonista e Plotador do quadro de Avarias - Os 
telefonistas deverão: 
- estabelecer comunicações entre os Reparos e a Central 
pelos circuitos do CAv (2JZ, 4JZ, 5JZ), ou circuitos de 
emergência, telefone auto excitado, emergency back-up, 
se necessário; e 
- fazer a plotagem das avarias no quadro de avarias do 
Reparo. 
 O Curso do CAAML que capacita os militares a 
exercerem esta função é o C-EXP-TEL. 
c) Mensageiro - Os mensageiros deverão: 
- estabelecer a troca de informações entre o Líder na 
Cena de Ação e o Encarregado do Reparo, 
movimentando-se entre os locais. Pode, também, 
guarnecer qualquer circuito (que esteja livre ou sem 
utilização), telefone, ou um transceptor UHF/VHF, para 
que as mensagens sejam enviadas o mais rápido possível 
ao Reparo; e 
- utilizar bloco de mensagens para manter as 
comunicações requeridas, quando necessário. 
d) Líder do Reparo ou Líder da Cena de Ação - O 
Líder da Cena de Ação é o Líder do Reparo, responsável 
pelas ações na área do sinistro, já em Postos de 
Combate. O Curso do CAAML que capacita os militares 
a exercerem esta função é o C-EXP-CBINC. 
 Quando é soado o alarme devido à ocorrência de um 
incêndio, o Líder da Cena de Ação vai para o local e, 
junto com a sua turma (Turma de Ataque), inicia o 
combate ao incêndio. Ele deve procurar, assim que 
possível e pelos meios disponíveis no local, informar à 
ECCAv, a situação no local. Após ser rendido pela turma 
de incêndio (Suporte A) ele deve recuar para uma 
posição de controle, de preferência fora dos limites 
primários de fumaça, a partir da qual efetuaria o controle 
das ações de combate ao incêndio informando ao 
EncRep essa nova posição. 
 Ele receberá as mensagens da turma de incêndio, 
informações do investigador em relação às contenções e 
dará as devidas determinações, correções e alterações 
necessárias, a fim de melhor controlar a avaria, 
reportando ao EncRep constantemente todas as ações em 
andamento. 
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 O líder na cena deverá: 
- se no local do incêndio, determinar qual o agente 
extintor recomendado e o método e a direção do ataque 
ao fogo; 
- ao escolher a posição de controle da faina, posicionar-
se no melhor local para tal, considerando a presença da 
fumaça, facilidade de acesso do pessoal do Reparo a este 
ponto, existência de comunicações com o Reparo, etc.; 
- imediatamente estabelecer os limites de incêndio e 
determinar a realização de contenções, junto aos 
EncRep; 
- determinar os limites de fumaça e seu estabelecimento; 
- estar vestido com Equipamento de Proteção Individual 
(EPI); e 
- ter pronta para uso uma máscara autônoma (equipada 
com amplificador de voz, onde disponível). 
e) Líder da Turma de Incêndio (Suporte A ou B) - O 
líder da turma de incêndio citado na composição das 
turmas de incêndio não deve ser confundido com o Líder 
da Cena de Ação (Líder do Reparo). Sua função é 
melhor entendida nos navios que possuem Câmara de 
Imagem Térmica, pois é o militar encarregado de sua 
operação. O Curso do CAAML que capacita os militares 
a exercerem esta função é o C-EXP-CBINC. 
 Ele deve orientar as ações da turma no local, 
dirigindo o emprego do agente extintor sobre o fogo ou 
os pontos quentes, através da utilização da Câmara de 
Imagem Térmica. Nos navios que não possuem tal 
equipamento, será o militar que possuir mais experiência 
em Controle de Avarias, ou o que melhor conhecer a 
área sinistrada, dentre os componentes da turma de 
incêndio. 
f) Turma de Ataque - A Turma de Ataque é composta 
pelo líder do reparo, um eletricista e mais duas praças. O 
Curso do CAAML que capacita os militares a exercerem 
esta função é o C-EXPCBINC. 
 Em condição normal de viagem ou no porto, deve 
chegar à área da avaria, no menor tempo, vestido de EPI 
básico (capuz e luva antiexposição), portando extintores, 
em casode incêndio e adequados ao combate a classe do 
mesmo, rendendo o(s) descobridor(es), tendo a 
responsabilidade de investigar a origem e a natureza do 
sinistro, tomando as ações corretivas necessárias, tais 
como limitar alagamentos, alimentar edutores ou isolar 
compartimentos, preparar a montagem das linhas de 
mangueiras, caso não seja possível extinguir com o uso 
de extintores, se já não tiver sido feito pelos 
descobridores, para iniciar o combate ao incêndio com 
água ou espuma (conforme a classe do incêndio e os 
recursos disponíveis). 
 O eletricista é o encarregado de providenciar o 
isolamento dos circuitos elétricos, 440V inicialmente, a 
parada dos Sistemas de Ventilação da área, em caso de 
incêndio, e também os demais circuitos em caso de 
alagamento. 
 Devem ser militares altamente treinados em Controle 
de Avarias, pois a ação inicial eficaz é fundamental, 
buscando eliminar ou limitar os problemas existentes. 
Caso o navio já esteja em Postos de Combate ou em 
Postos de CAv, a Turma de Ataque passa a ser composta 
pelos patrulhas dos reparos (2 militares), que efetuam 
inspeção sistemática em toda a área de responsabilidade 
do Reparo mais o eletricista do reparo. O pessoal deve 
estar com EPI completo e, caso disponível pelo menos 
um transceptor de UHF/VHF. Após a ação inicial, são 
rendidos pela turma apropriada e se dispensados pelo 
líder, dirigem-se ao Reparo, compondo geralmente a 
turma de serviços gerais. 
g) Turma de Incêndio - Turmas de Suporte “A” e “B” - 
São as turmas que efetivamente dão o combate ao 
incêndio. O Curso do CAAML que capacita os militares 
a exercerem esta função é o C-EXP-CBINC. Nos navios 
que possuem roupas apropriadas para o combate ao 
incêndio, do tipo Fearnought (Marinha Inglesa) ou 
Firefighting Coverall (Marinha Norte-Americana), 
quando em Condição III ou no porto, torna-se necessário 
existirem Turmas de Suporte “A” e “B”, devido à 
demora na preparação destes militares para vestirem 
essas roupas. Assim, a diferença entre elas é que a 
Turma de Suporte “A” é composta por, pelo menos, três 
militares vestidos apenas com macacão, capuz e luvas 
antiexposição e máscara de combate a incêndio, 
portando extintores de incêndio da classe adequada para 
combater o sinistro. A Turma de Suporte “B” é 
composta por, pelo menos, quatro militares com roupa 
para combate a incêndio, botas, capuz antiexposição, 
luvas para CBINC, capacete, lanterna de combate e 
máscara de combate a incêndio. 
 Na situação em que o navio já se encontrar em 
Condição I ou IA1, não está dispensada a necessidade da 
turma de Suporte “A” no local, pois a turma de Suporte 
“B” não possui agilidade para, com rapidez, chegar à 
cena de ação e efetuar uma montagem de linhas de 
mangueira para combate. 
 Na sequência normal das ações, evoluindo para 
Condição I ou IA, a Turma de Suporte “A” rende a 
Turma de Ataque no local do incêndio, em até três 
minutos. Nessa situação, é possível manter um ataque 
contínuo com uso das linhas de mangueira, montadas 
pela Turma de Ataque, mesmo na presença de fumaça 
excessiva, pois esses militares já estão usando máscara, 
enquanto os militares da Suporte “B” estão se 
preparando. A Turma de Suporte “B” deve se apresentar 
ao Líder, logo que pronta, em um tempo máximo de 8 
minutos. 
 A determinação do número de militares para compor 
as turmas de incêndio vai depender da quantidade de 
militares necessários para o guarnecimento dos 
esguichos e manuseio das linhas de mangueira. 
Geralmente, cada seção de mangueira vai necessitar de 
dois militares, além do militar no esguicho, se estiver no 
visual dos mesmos. Curvas, escadas e outros obstáculos 
vão tornar necessário mais militares por seção de 
mangueira. O militar com esguicho é quem terá um 
trabalho mais intenso, e o revezamento com os demais 
militares vai estender o tempo de permanência da equipe 
na cena de ação. 
 
1 Condição IA ou Postos de CAv ou Emergência. 
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h) Investigador - O investigador guarnece equipamento 
autônomo de respiração (equipado com amplificador de 
voz, se disponível) e EPI, cabendo a ele: 
- coordenar as atividades dos militares das contenções, 
controlando a situação dos compartimentos adjacentes 
ao avariado e estabelecendo os Limites de Incêndio 
conforme ordenado; 
- supervisionar o cumprimento do fechamento do 
material; 
- estabelecer um elo entre o EncRep e o Líder da Cena 
de Ação, se necessário, para melhor coordenação das 
fainas; 
- realizar busca a feridos nos compartimentos adjacentes 
ao sinistro, especialmente se for numa área habitável; e 
- fazer relatos sobre o andamento das ações para o 
Encarregado do Reparo e Líder da Cena de Ação, de 
modo apropriado, usando os meios de comunicação 
disponíveis ou pessoalmente. 
i) Turma de Contenção - A turma de contenção deverá: 
- sob as ordens do investigador, controlar a situação dos 
compartimentos adjacentes ao avariado, cumprindo os 
Limites de Incêndio conforme ordenado; 
- resfriar os limites primários de incêndio; proteger 
equipamentos elétricos e eletrônicos (desalimentando, 
retirando cartões, cobrindo com plástico para proteger da 
água da contenção, etc.); e 
- remover/reposicionar os inflamáveis como requerido. 
j) Turma de Máscaras - Constituída por, pelo menos, 
três militares, o Controlador de Máscaras e mais dois 
ajudantes. O Controlador controla o tempo de uso das 
máscaras de seu Reparo, com a limitação de controlar no 
máximo oito militares, para a segurança dos utilizadores. 
 Os outros dois militares trazem para um local de 
concentração, fora do limite primário de fumaça, as 
demais máscaras e ampolas, checam a quantidade 
existente, providenciam a recarga das ampolas vazias, 
providenciam máscaras adicionais de outros reparos e 
verificam, junto com o controlador, o uso correto das 
máscaras pelos utilizadores. 
 No caso de um incêndio em Condição III, o 
controlador lança a hora do início da faina (hora do 
alarme de incêndio) como a hora do início da utilização 
das máscaras pelos militares da Turma de Suporte “A”. 
Para as máscaras de ar comprimido, considera ainda a 
pressão de suas máscaras como 90% da normalmente 
utilizada, como precaução de segurança, independente 
da hora de início e da pressão real. Para os demais 
militares lança a hora de início de uso da mesma, e a 
pressão real da máscara se de ar comprimido. 
 As máscaras dispõem de um alarme, que pode ser 
uma campainha ou apito de advertência, que começam a 
soar a partir de determinado tempo de uso ou 
determinada pressão do cilindro, indicando que o ar está 
no final e que o militar deve iniciar o abandono da área. 
Para evitar a perda de continuidade na faina, os militares 
devem ser rendidos até o momento do alarme. 
 No caso de necessidade de apoio de outro Reparo, 
enviando militares com máscaras, o respectivo 
Controlador acompanha esses militares, se apresentam 
ao Encarregado do Reparo e logo que determinado os 
envia ao líder na posição de controle da faina. 
k) Turma de Bombas - A turma de bombas deve estar 
pronta a instalar e empregar as bombas portáteis e os 
equipamentos de esgoto ou sistemas de esgoto quando 
determinado. 
l) Turma de Rescaldo - A turma de rescaldo começará a 
ser empregada após o incêndio ser extinto fazendo o 
“rescaldo” da área. Com o auxílio de machado de CAv, 
ancinho de CAv, etc., deverá verificar a presença de 
pontos quentes, brasa e focos de incêndio, completando 
totalmente a faina de extinção do incêndio. 
 Estes militares devem: 
- usar equipamentos autonomos de respiração (equipado 
com amplificador de voz, onde disponível); 
- roupas de proteção adequadas; 
- trabalhar junto com o(s) elemento(s) de vigilância 
designado(s) para resfriar pontos quentes; e 
- resfriar os pontos de ignição em potencial. 
 O rescaldo poderá ser realizado pelos próprios 
militares da turma de incêndio que extinguiu o sinistro, 
desde quepossuam condições físicas apropriadas. 
m) Eletricista - Os eletricistas fazem o isolamento 
elétrico dos compartimentos, quando determinado, se 
ainda não foi realizado pelo eletricista da Turma de 
Ataque. Usam equipamento autônomo de respiração 
caso seja necessário trabalhar dentro dos Limites 
Primários de Fumaça. No caso de se utilizar bombas ou 
sirocos elétricos, a presença do eletricista é 
recomendável. 
 As fainas de Controle de Fumaça, que incluem a 
limitação do espalhamento da fumaça e sua remoção, são 
de responsabilidade dos eletricistas, sob coordenação da 
Central de CAv El. O fechamento de tampas de 
ventilação e flaps de extrações, a parada de motores de 
Sistemas de Ventilação ou de ares-condicionados 
(CRASH STOP), assim como o restabelecimento desses 
sistemas quando fora dos limites primários de fumaça, 
são procedimentos do Controle de Fumaça necessários 
para limitar a fumaça dentro do navio. A remoção de 
fumaça é feita por eletricistas escalados, que deverão 
manobrar com os sistemas de ventilação conforme já 
previsto no navio, dependendo da área tomada pela 
fumaça. 
n) Turma de Primeiros Socorros - Todo o pessoal 
designado para a turma de primeiros socorros deve ser 
qualificado para aplicar primeiros socorros no local do 
sinistro, de modo a prover um tratamento de emergência 
até que os feridos possam ser transportados para a 
enfermaria. O Curso do CAAML que capacita os 
militares a exercerem esta função é o C-EXP-PRISOC. 
o) Turma de Serviços Gerais - Tem como tarefas 
suplementar as demais turmas, conduzir fainas não 
especificadas, guarnecer os sistemas de borrifo dos 
paióis, quando não houver pessoal do armamento ou da 
turma de contenções designado para isto e realizar 
reparos estruturais, escoramentos, bujonamentos e 
percintagens. 
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 Para a realização de faina de controle de alagamento, 
os componentes da Turma de Serviços Gerais devem 
portar botas de borracha de cano longo, capacetes de aba 
total, luvas de raspa e óculos de proteção. Devem estar 
qualificados para realizar fainas de percintagem, 
escoramento e tamponamento/bujonamento. 
p) Turma de Sondagem - Tem como tarefas a 
sondagem de tanques e compartimentos, transferência de 
carga líquida (óleo, aguada, reserva etc.) e manobras de 
sistema de esgoto e lastro. 
2.3.5 - Distribuição básica do pessoal por funções de 
um Reparo de CAv - A Tabela a seguir apresenta uma 
sugestão de distribuição de militares pelas diversas 
turmas componentes de um Reparo de CAv, tendo por 
base a quantidade de militares disponíveis nos Reparos, 
de acordo com a OC de cada classe de navio. 
 O acúmulo de funções, assim como o pedido de apoio 
de pessoal de outros reparos, deve ser avaliado pelo 
Encarregado do Reparo, de acordo com a evolução do 
sinistro, com conhecimento do Enc. CAv. 
 
Tabela 2.1 – composição mínima de um reparo de CAv 
 (*) A Turma de Rescaldo não foi computada no total 
de quantitativo de militares do Reparo, tendo em vista 
que a mesma pode ser composta pelos militares da turma 
de incêndio que extinguiu o sinistro. 
 (1) Turma de Ataque é composta por, no mínimo, 04 
militares, sendo 01 líder, 01 eletricista e 02 militares. 
 (2) Caso não haja pessoal disponível para o 
guarnecimento da função de Mensageiro, a mesma 
poderá ser dispensada, desde que sejam estabelecidas 
comunicações confiáveis entre as estações por circuitos 
internos ou transceptores portáteis. 
 (3) Caso os navios possuam quantitativos acima do 
mínimo estabelecido para composição dos Reparos de 
CAv, deverão distribuí-los, preferencialmente, pela 
Turma de Primeiros Socorros, Turma de Serviços 
Gerais, Turma de Contenção e Mensageiro. 
 (4) Caso os navios não contem com militares em 
quantidade suficiente para o guarnecimento de todas as 
funções descritas (por exemplo, o Reparo#1 das FCN), 
deverão priorizar o guarnecimento das Turmas de 
Incêndio em detrimento das Turmas de Serviços Gerais e 
Turmas de Bombas. 
 
 
2.3.6 - Turma de Ataque Rápido no mar (TAR) - Na 
fase inicial de um sinistro, estando o navio em regime de 
viagem, o combate inicial poderá ser realizado por uma 
“Turma de Ataque Rápido no Mar”, enquanto não for 
julgado necessário, de acordo com a evolução da 
situação, o guarnecimento de Postos de Combate ou 
Postos de CAv. O propósito da TAR é dar ao navio a 
capacidade de responder rapidamente à sinistros e 
determinar a extensão de danos. Os Comandantes de 
Força/Esquadrão poderão determinar nas suas classes de 
navio, a existência dessa TAR como organização 
permanente, detalhada em quartos de serviço ou como 
parte de um detalhe organizado para manobras especiais, 
tais como fainas de transferência de carga leve ou 
pesada, fainas de transferência de óleo no mar, 
operações aéreas, manobras restritas ou fainas de 
reboque. 
 Possuir turmas fixas para o ataque inicial a qualquer 
avaria, compostas por militares em serviço permanente 
ou em serviço por quartos, oferece as seguintes 
vantagens: 
- atender imediatamente a um alarme de incêndio ou 
alagamento quando os reparos não estiverem 
guarnecidos; 
- a melhor qualidade da ação inicial (pois esses militares 
são constantemente adestrados para realizar todas as 
tarefas); 
- não interromper outras operações do navio devido a um 
princípio de incêndio ou alagamento; 
- controlar incêndios ou alagamentos enquanto estiverem 
sendo executadas manobras ou fainas críticas, até que 
terminem e os Postos de Combate possam ser 
guarnecidos; 
- não causar atrasos no ataque inicial a uma avaria, 
devido às rendições de serviço; 
- não causar modificações na tabela de lotação e efetivo 
do navio, pois as funções na TAR poderão ser 
acumuladas com outras funções já desempenhadas por 
seus componentes; e 
- maior rapidez na chegada ao local do alarme, por não 
sofrerem atrasos devido ao estabelecimento da condição 
ZULU de fechamento por ocasião dos Postos de 
Combate ou Postos de CAv. 
 Caso a TAR seja organizada somente como parte de 
um detalhe para manobras especiais, como em DEM, por 
exemplo, por razões de insuficiência de pessoal para 
compô-la em serviço permanente ou em serviço por 
quartos, esta, quando formada, permanecerá no local da 
avaria até ser rendida pelo pessoal Reparo, guarnecido 
em Condição I/IA. 
 Se for organizada em serviço permanente ou em 
serviço por quartos, responderá por todas as avarias no 
mar quando o navio estiver numa condição diferente da 
Condição I/IA. Havendo a necessidade de se guarnecer a 
máxima condição de prontidão, devido à gravidade da 
avaria, a TAR permanecerá combatendo a avaria até a 
chegada do Grupo de Reparo. 
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 A TAR será composta pelo pessoal citado na tabela 
abaixo. Os Comandantes de Força/Esquadrões, poderão 
autorizar alterações, de acordo com as necessidades de 
cada classe de navio. 
 O Encarregado do CAv é o responsável pela 
organização da TAR e pela qualificação e adestramento 
do pessoal que a compõe. 
 A TAR poderá ser incorporada inteira na organização 
do CAv durante a Condição I/IA, em um ou mais Grupos 
de Reparo. 
 
Tabela 2.2 – Composição básica da Turma de Ataque Rápido (TAR) no mar. 
2.4 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO 
CAv - Considerando a Organização Administrativa, o 
Controle de Avarias possui como tarefas a instrução e o 
adestramento dos militares do navio, a manutenção do 
material e a execução de serviços de manutenção 
corretiva. 
2.4.1 - Encarregado do CAv - O Encarregado do CAv, 
administrativamente subordinado ao Chefe do 
Departamento 
de Máquinas, é o responsável no porto pela coordenação 
da manutenção do material, realizada pelos 
Encarregados de Divisões, e pela instrução e o 
adestramento de toda a tripulação. 
 O Encarregado do CAv possui, também, as seguintes 
responsabilidades: 
- manter atualizadas as normas e os procedimentos para 
os serviços relacionados aoControle de Avarias; 
- elaborar ou manter atualizado um programa de 
adestramentos, incluindo avaliação, para ser ministrado 
para toda a tripulação assim como preparar instrutores 
para pôr em prática estes adestramentos; 
- conduzir inspeções periódicas no material de CAv dos 
reparos do navio; 
- manter atualizado o livro de CAv conforme as 
alterações feitas no navio; 
- manter todas as listas de verificação atualizadas; 
- manter informado o Chefe do Departamento de 
Máquinas de qualquer situação ou prática que diminua o 
grau de prontidão do Controle de Avarias do navio; 
- fiscalizar a adoção das medidas de segurança 
necessárias à entrada de pessoal em compartimentos 
fechados ou espaços vazios; e 
- autorizar os trabalhos de corte e solda a bordo e, como 
responsável pelos testes de atmosfera, pela liberação de 
compartimentos ou tanques com gases tóxicos ou 
explosivos, após serem desgaseificados. 
2.4.2 - Imediato - Ao Imediato compete: 
- manter o Comandante informado do estado de 
prontidão do CAv do navio, tanto em termos de material 
quanto em termos de pessoal; 
- fazer cumprir as decisões do Comandante, no que diz 
respeito à instrução e ao adestramento; 
- estar familiarizado com os procedimentos do CAv no 
porto e no mar; 
- manter a supervisão geral de todas as ações 
relacionadas ao CAv, incluindo os exercícios, sob um 
ponto de vista específico e discriminado; 
- prover material e pessoal de outros controles para o 
auxílio do CAv, nos casos de grandes avarias, 
obedecendo as prioridades do Comando; e 
- em casos mais graves e, se a situação tática assim 
permitir, se posicionar no CCM ou o mais próximo das 
avarias para assessorar o Comandante em tempo real. 
 O Imediato deve atentar para uma necessidade de 
prover suplementos alimentares e água para o pessoal 
envolvido em ações de emergência. Em caso de grandes 
sinistros, pelo risco potencial de indisponibilidade de 
água potável e dificuldade de acesso às cobertas de 
rancho e cozinha, isso pode exigir um elevado esforço de 
coordenação. 
2.4.3 - Fiel de CAv do navio - É o auxiliar direto do 
Encarregado do CAv. O curso do CAAML que capacita 
o militar para o exercício da função é o C-EXP-FICAV. 
 Possui como tarefas principais: 
- a coordenação dos Fiéis de Avarias das Divisões na 
manutenção dos equipamentos de CAv; 
- o treinamento do pessoal de bordo nos assuntos do 
CAv; e 
- a prevenção e o combate a incêndios e alagamentos. 
 O fiel de CAv do navio deve conduzir inspeções 
diárias pelo navio, devendo dar atenção especial a: 
- redução dos riscos de incêndio – armazenagem de 
lixos, combustíveis e inflamáveis; 
- equipamentos de combate a incêndio, estações de 
espuma, estações de HALON, sistema fixo de CO2 ou 
PKP – Itens faltando; condições das válvulas, 
mangueiras, chaves e esguichos; e instruções de 
operação devidamente afixadas e atualizadas; 
- precauções de segurança – adequadamente fixadas, 
atualizadas e completas; 
- líquidos Inflamáveis – armazenagem e proteção 
adequada (CO2, PKP); 
- fumo – cumprimento das regras de comportamento 
estabelecidas; 
- corte e Solda – testes de gases ou fornecimento de 
autorização para corte e solda (data e hora); vigias 
qualificados; maçaricos de corte e solda ou mangueiras 
de oxiacetileno protegidas e passando por caminhos 
adequados; ventilação adequada; e oficial de serviço 
informado; 
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- armazenagem de gases comprimidos - vazamentos 
pelas conexões; tampa protetora das válvulas instalada; e 
local de armazenagem ventilado e coberto; e 
- condição de fechamento do material – corretamente 
cumprida e mantida. 
2.4.4 - Encarregado de Divisão - É atribuição dos 
Encarregados de Divisão a adoção de medidas 
preventivas, em suas áreas de responsabilidade, tais 
como a manutenção da estanqueidade à água e aos gases, 
a prevenção de incêndios, a peiação do material e a 
manutenção dos equipamentos de emergência. 
 Para alcançar esses propósitos, os Encarregados de 
Divisão deverão assegurar-se de que todos os 
equipamentos, acessórios, marcações e listas de 
verificação sob sua responsabilidade sejam mantidos nas 
melhores condições possíveis. Isto deve ser feito por 
meio de inspeções periódicas, do cumprimento das 
rotinas de manutenção pelos fiéis de CAv e do 
adestramento dos militares de sua divisão. 
2.4.5 - Fiel de CAv da Divisão - Cada Divisão deverá 
ter uma praça qualificada para exercer a função de Fiel 
de CAv da Divisão. O Curso do CAAML que capacita 
os militares a exercerem esta função é o C-EXP-
ELCAV. Os Fiéis de CAv das Divisões têm as seguintes 
atribuições: 
- familiarizar-se com todas as fases dos procedimentos 
de controle de avarias, combate a incêndios; 
- auxiliar no adestramento dos militares de sua Divisão 
no que se refere ao controle de avarias, combate a 
incêndios, escape em emergência; 
- auxiliar na preparação e atualização das listas de 
verificação de todos os compartimentos sob sua 
responsabilidade; 
- supervisionar o estabelecimento das condições de 
fechamento do material na área da sua divisão; 
- pesar os extintores portáteis de CO2, inspecionar e 
testar o equipamento de CAv e combate a incêndio e 
cumprir as demais rotinas estabelecidas, prestando as 
informações necessárias ao encarregado da Divisão de 
acordo com o estabelecido no SMP do navio ou normas 
do Encarregado do CAv; 
- assegurar-se de que todas as lanternas de antepara, 
tubos de força, chaves de mangueiras e outros 
equipamentos de CAv estejam nos seus respectivos 
locais e em perfeitas condições de uso, em toda a área da 
Divisão; 
- assegurar-se de que todos os compartimentos, redes, 
cabos elétricos e equipamentos de CAv e combate a 
incêndios estejam corretamente marcados com os 
símbolos e cores apropriados; 
- assegurar-se de que as instruções de operação e as 
precauções de segurança dos equipamentos instalados na 
área de sua divisão estejam afixadas nos locais 
apropriados; 
- realizar inspeções diárias nas incumbências da Divisão 
para eliminar riscos de incêndios; e 
- cumprir outras determinações feitas pelo Encarregado 
do CAv, Encarregado da Divisão ou Fiel de Avarias do 
navio, no que se refere ao Controle de Avarias e à 
manutenção dos equipamentos e acessórios de CAv. 
2.4.6 - Oficial de Serviço (no porto com a guarnição 
licenciada) - O Oficial de serviço nos navios em que não 
haja oficial de serviço no Departamento de Máquinas 
será o responsável pela segurança do navio e deverá 
atuar como se fosse o encarregado do controle de avarias 
nas fainas, supervisionando o grupo de CAv de serviço. 
 Nos navios em que haja oficial de serviço no 
Departamento de Máquinas, caberá a este Oficial a 
coordenação das fainas de emergência. 
2.4.7 - Grupo de CAv de serviço - Deve ser adotado o 
procedimento de guarnecer com o quarto de serviço em 
qualquer ocasião com o navio no porto, concentrando os 
militares não pertencentes ao quarto de serviço em local 
pré-determinado pela Organização Administrativa (OA), 
sendo utilizados para reforço por ocasião do combate ao 
sinistro. O Grupo de CAv de Serviço deve ter suas 
turmas detalhadas em número e composição semelhante 
a um Reparo em Postos de Combate. O Oficial de 
Serviço assume o controle das ações de controle de 
avarias na Estação Central de CAv. Caso o Oficial de 
CAv do navio esteja a bordo, este poderá ser chamado 
para auxiliar na condução das fainas. O Imediato, 
estando a bordo, deverá manter comunicação com a 
ECCAv para fornecimento de material e apoio de 
pessoal do navio ou dos Grupos de Socorro Externo. 
a) Oficial de Serviço no Porto - O Oficial de Serviço 
deve estar intimamente familiarizado com o navio, a 
condição de prontidão do material e com os 
procedimentos de emergência. Para isso deve estar 
preparado para analisar a situação e adotar, pronta e 
corretamente, os procedimentos iniciais para auxiliar ou 
controlar incêndios ou avarias. A capacidadepara reagir 
correta e prontamente será diretamente proporcional ao 
conhecimento que tem dos procedimentos de CAv e dos 
equipamentos disponíveis e ao seu adequado 
treinamento. 
b) Patrulha de CAv - O Patrulha de CAv é um serviço 
designado para detecção e prevenção de incêndios, 
alagamento, ou outras irregularidades que afetem a 
segurança física do navio. O patrulha de CAv deve ser 
qualificado de acordo com instruções do navio e tem as 
seguintes atribuições: 
- manter uma patrulha contínua e irregular em todo o 
navio de acordo com uma lista de verificação; 
- estar continuamente alerta para a evidência de fogo e 
alagamento; e 
- fazer inspeções periódicas de acessórios de CAv, 
verificar a condição de fechamento de material em vigor, 
incluindo o escurecimento do navio, informando 
qualquer discrepância. 
 
 
 
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CAPÍTULO 3 - CONDIÇÕES DE PRONTIDÃO 
PARA AÇÃO E DE FECHAMENTO DO 
MATERIAL 
3.1 - CONDIÇÕES DE PRONTIDÃO 
3.1.1 - Preparação do navio para o combate - Em uma 
maneira mais ampla, a preparação do navio para o 
combate é executada em três etapas (passagem da 
situação de Paz para a situação de Guerra, preparação 
para o Cruzeiro de Guerra e preparação para a ação). 
Essas três etapas descritas a seguir, têm como propósito 
incrementar a prontidão do navio para o combate, em 
termos de material e procedimentos. 
a) Passagem da situação de Paz para a situação de 
Guerra - Na preparação para a guerra são executados: 
- a retirada de objetos, materiais e equipamentos não 
essenciais à vida de bordo e que possam aumentar o 
risco de incêndios ou danos ao pessoal e ao material; 
- o recebimento de suprimentos constantes das dotações 
de guerra; e 
- o remanejamento e a distribuição de diversos itens a 
bordo. 
b) Preparação para o Cruzeiro de Guerra - Inclui a 
preparação para o mar, que é uma rotina cumprida em 
tempo de paz ou de guerra como estabelecido na 
Organização Administrativa. 
 No que diz respeito ao controle de avarias, as 
principais considerações são quanto à condição de 
fechamento do material, peiação do material volante, 
estanqueidade e estabilidade. 
 Na preparação para o mar a verificação da condição 
de fechamento do material e a peiação do material 
volante são responsabilidades dos Chefes de 
Departamento nas áreas sob suas responsabilidades. 
 O Imediato, auxiliado pelo Encarregado do CAV, 
exercerá a supervisão da preparação recebendo o pronto 
dos Departamentos. 
 A manutenção da estabilidade é responsabilidade do 
Chefe do Departamento de Máquinas, a quem compete 
adotar as seguintes providências: 
- manter os porões limpos e esgotados; 
- manobrar com carga líquida de modo a atestar os 
tanques e eliminar o efeito de superfície livre e manter o 
navio a prumo; 
- admitir lastro, quando necessário; 
- distribuir o material de Controle de Avarias; e 
- distribuição, pelo médico, do material cirúrgico e de 
primeiros socorros. 
c) Preparação para a ação - É composta por uma série de 
medidas especiais, adotadas na iminência do combate e 
destinadas, principalmente, a aumentar a probabilidade 
de sobrevivência, caso o navio sofra danos. 
 São exemplos de procedimentos que devem ser 
relembrados quando o navios estiver entrando nessa 
etapa de preparação para o combate: 
- Procedimento de Abandono, Salvamento e Destruição 
do Navio; 
- Operações Aéreas; 
- Plano de Emergência de Aviação; 
- Rancho em Postos de Combate; 
- Rendição em Postos de Combate; 
- Rendição dos Quartos de Serviço; 
- Carregamento dos mísseis nos lançadores; 
- Colocação de mísseis ou munição em praça de 
municiamento; e 
- Preparação para o combate. 
3.1.2 - As quatro condições de prontidão - Condições 
de Prontidão são níveis de guarnecimento das estações, 
postos e serviços para a reação a ameaças ou para o 
desempenho de tarefas específicas. 
a) Condição I - Postos de Combate - Na CONDIÇÃO I, 
o navio tem a máxima capacitação para o combate, 
estando com: 
- todo o armamento, sensores e estações de comando e 
controle em operação e guarnecidos; 
- a melhor capacidade de manobra, de máquinas, de 
operação de aeronaves; e 
- alerta completo do Controle de Avarias. 
b) Condição IA – Postos de Controle de Avarias - Na 
CONDIÇÃO IA, o navio tem a máxima capacitação para 
o Controle de Avarias, estando com: 
- todas as estações do Controle da Manobra e do 
Controle da Máquina do navio guarnecidas; 
- todas as estações afetas ao Controle de Avarias e 
Controle de Avarias Eletrônicas, inclusive a Enfermaria, 
guarnecidas e reforçadas; e 
- tripulação não envolvida com as ações descritas 
anteriormente formada em local pré-determinado pelo 
navio à disposição do Controle de Avarias. 
c) Condição II - Na CONDIÇÃO II, apesar do navio não 
possuir capacitação máxima para o combate, terá todas 
as Estações primárias e secundárias de controle 
guarnecidas. Todos os sensores e estações estarão 
guarnecidos, mesmo que alguns parcialmente. Esta 
condição será usada em situações especiais em que um 
elevado grau de prontidão faz-se necessário apesar de 
não haver situação de combate iminente. Será 
estabelecida a condição ZULU de fechamento do 
material do convés principal para baixo e no mínimo a 
condição YANKEE de fechamento nos demais conveses 
a critério do Comando. Máxima duração esperada: 72 
horas. 
d) Condição III - Cruzeiro de Guerra - Na CONDIÇÃO 
III, o navio estará com: 
- capacitação elevada de vigilância sobre a área de 
interesse tático e de reação imediata a qualquer ameaça; 
- o armamento, sensores e estações de comando e 
controle parcialmente em operação e guarnecidos; 
- boa capacidade de manobra e de máquinas; 
- capacidade completa de operação com aeronaves; e 
- patrulhamento de CAV nas áreas não frequentadas de 
bordo e suscetíveis a avarias. 
 
 
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3.2 - CONDIÇÕES DE FECHAMENTO - Todo navio 
de guerra deve prever uma situação, tanto para o pessoal 
como para o material, que o coloque nas melhores 
condições possíveis para a ação. 
 A condição de prontidão mais rigorosa é aquela em que 
estão totalmente guarnecidos os diversos postos e estações 
de controle do navio, podendo a unidade empregar o seu 
máximo poder ofensivo, ter disponível sua máxima 
velocidade, coletar e analisar com a máxima antecedência 
possível as informações referentes ao inimigo, estando o 
pessoal do Controle de Avarias a postos. 
 A condição de fechamento do material assegura o 
máximo grau de estanqueidade do navio à água, ao fogo, 
ao ar (gases em geral) e ao óleo, durante o combate. 
 A fim de permitir a habitabilidade do navio e repouso 
ao pessoal, são estabelecidas condições de fechamento 
intermediárias, que poderão ser estabelecidas quando o 
navio não estiver em iminência de uma ação. 
 Do mesmo modo, para o pessoal, são estabelecidas 
condições intermediárias de prontidão para a ação que 
permitem o guarnecimento parcial dos controles de 
bordo. 
 Para tal fim, são adotadas três condições básicas de 
fechamento do material XRAY, YANKEE e ZULU 
acrescidas de três variantes YANKEE MODIFICADA, 
ZULU MODIFICADA e ZULU-NBQR. 
 Os navios de origem francesa adotam o sistema 
“Arlequim”, conforme descrito no item 3.5. 
 Os navios adotarão cada uma dessas condições de 
acordo com a situação tática, com a maior ou menor 
probabilidade de entrar em ação, perigos de colisão, etc. 
Não há correspondência rígida entre as condições de 
fechamento do material e as de prontidão. 
 A condição de fechamento do material refere-se ao 
grau de estanqueidade e à segregação necessária para 
limitar a extensão de avarias no navio. 
 A condição de fechamento será determinada pelo 
Comandante, baseado no conhecimento da situação 
existente e antecipando-se aos possíveis eventos. As três 
condições básicas de fechamento do material são a 
seguir, definidas: 
3.2.1 - Condição XRAY - Proporciona o mínimo de 
proteção. É aplicada quando o navio estátotalmente fora 
de perigo, não se esperando qualquer tipo ataque, como 
por exemplo: navio atracado à sua base, durante o 
expediente normal. Quando a condição de fechamento 
do material for X, todos os acessórios marcados com X 
devem estar fechados. 
3.2.2 - Condição YANKEE - É a condição estabelecida 
normalmente no mar, no porto em tempo de guerra ou 
quando fundeado em porto protegido ou atracado à sua 
base, após o expediente normal. Quando a condição 
de fechamento do material for Y, os acessórios marcados 
com X e Y devem estar fechados. 
 Alguns navios utilizam-se da condição YANKEE 
modificada (Y-l). Essa condição modificada significa o 
fechamento de todos os acessórios marcados X e Y 
abaixo do convés principal, mas permite a abertura dos 
acessórios classificados como Y acima do convés 
principal, para possibilitar o aumento da ventilação e 
melhorar as condições de habitabilidade. 
 A condição YANKEE modificada é adotada, algumas 
vezes navegando escoteiro, com boa visibilidade e mar 
calmo e no porto, após o expediente, em tempo de paz. 
3.2.3 - Condição ZULU - Provê o mais alto grau de 
estanqueidade e segregação no navio. É estabelecida 
quando se deseja obter a máxima prontidão para os 
sistemas de sobrevivência do navio. A condição ZULU é 
estabelecida nos seguintes casos: 
- quando é tocado postos de combate, imediata e 
automaticamente; 
- quando entrando e saindo do porto em tempo de guerra; 
- para localizar avaria, controlar incêndios e alagamento 
quando a tripulação não está em postos de combate; e 
- quando o Comandante desejar a capacidade máxima de 
sobrevivência do navio. 
 Quando a condição ZULU é estabelecida, todos 
acessórios marcados com X, Y e Z são fechados. 
 A condição ZULU modificada é uma variante da 
condição ZULU que possibilita um maior grau de 
sobrevivência do que a condição YANKEE. Essa condição 
é menos restrita que a condição ZULU e permite um 
melhor acompanhamento dos requisitos operacionais dos 
equipamentos. A condição ZULU modificada pode ser 
empregada nas seguintes situações: 
- Reabastecimento no mar; 
- Entrada e saída de porto em tempo de paz; 
- Reabastecimento vertical; 
- Operações aéreas; 
- Operações anfíbias; e 
- Trânsito em área de perigo à navegação. 
 A condição ZULU admite ainda como variante a 
condição ZULU-NBQR, a qual destina-se a prover maior 
grau de proteção contra contaminação nuclear, biológica ou 
química. Nessa situação, serão fechados, também, os 
acessórios classificados com R e W envolvidos por um 
círculo. 
3.3 - CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL ESTANQUE 
- A fim de facilitar o estabelecimento da condição de 
fechamento do material determinada a bordo, todos os 
acessórios estanques são classificados com as letras X, Y, 
Z ou W, sozinhas ou com um sinal envolvente. Os 
significados dessas marcas são: 
 A classificação X (marcada com X preto) é aplicada 
aos acessórios estanques que devem estar sempre fechados, 
em qualquer condição de fechamento do material. Estes 
acessórios somente poderão ser abertos em ocasiões de 
reparo, saída ou entrada de material, limpeza, isto é, 
quando a sua abertura se tornar necessária e durante 
pequenos períodos de tempo, devendo ser obtida permissão 
da ECCAv para tal abertura. Caso possível, em 
compartimentos limitados por portas ou escotilhas 
classificadas X, não devem existir acessórios com outra 
classificação. Se esse procedimento torna-se inevitável, o 
fato deverá ser claramente indicado por uma informação na 
própria porta ou na antepara vizinha: “acessório Y ou Z no 
interior”, conforme o caso. 
 A classificação Y (marcada com Y preto) é aplicada 
aos acessórios estanques que devem permanecer 
fechados nas condições YANKEE e ZULU. 
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 A classificação Z (marcada com Z vermelho) é 
aplicada aos acessórios estanques que devem ficar 
normalmente abertos para o serviço no navio, acesso aos 
postos de combate e melhorar as condições de 
habitabilidade, mas que devem ser fechados quando for 
estabelecida a condição de fechamento do material 
ZULU. 
 A classificação W (marcada com W preto) é 
aplicada aos acessórios estanques que devem 
permanecer sempre abertos, em qualquer condição de 
fechamento. Convém notar que os acessórios W devem 
ser restritos ao mínimo possível e que as portas e 
escotilhas estanques não poderão nunca ser classificadas 
W. Aplica-se às válvulas de aspiração de condensadores 
principais, bombas de incêndio, aspiração de motores 
etc. Aplica-se também a válvulas vitais que, se fechadas, 
prejudicam a mobilidade e a proteção contra incêndio do 
navio. Tais acessórios são fechados apenas quando 
necessário para combater avarias ou contaminação 
(condição ZULU-NBQR), ou para efetuar reparos nas 
unidades a que estão afetos. 
 Círculo envolvendo X (X preto dentro do círculo 
preto) - Fechado durante as condições XRAY, 
YANKEE e ZULU. 
 Círculo envolvendo Y (Y preto dentro do círculo 
preto) - Fechado nas condições YANKEE e ZULU. 
Essas duas classificações são aplicadas a portas, 
escotilhas e escotilhões que podem ser abertos sem 
autorização especial, quando assumindo postos, para 
permitir transferência de munição ou operação de 
sistemas vitais. Esses acessórios são abertos somente 
quando efetivamente necessário, e devem ser fechados 
imediatamente após encerrada à faina que motivou sua 
abertura. 
 Círculo envolvendo Z (Z vermelho dentro do 
círculo vermelho) - Fechado durante a condição ZULU. 
Aplica-se a acessórios que poderão ser abertos quando a 
condição ZULU for prolongada, para permitir confecção 
e distribuição de rancho de combate, facilidades 
sanitárias, ventilar determinados compartimentos e 
proporcionar acesso às salas de reunião ou convés de 
vôo. Quando abertos, tais acessórios devem estar prontos 
a serem fechados imediatamente. 
 Letra D envolvendo Z (D preto envolvendo Z 
vermelho) - São fechados quando determinada a 
condição ZULU de fechamento do material ou quando 
determinado o escurecimento do navio, neste caso 
independentemente da condição de fechamento do 
material estabelecida. Tais acessórios evitam a saída de 
luzes do interior do navio. 
 Círculo envolvendo W (W preto envolvido por 
círculo preto) - Designa acessórios sempre abertos, mas 
que devem ser fechados para defesa contra ataques 
NBQR. 
 
 Classificação R (marcada com R preto) - é incluída 
em aditamento à classificação acima exposta. É aplicada 
exclusivamente a válvulas e "flaps" de sistemas de 
ventilação e suspiros de tanques, que não são abertos ou 
fechados por força da classificação, mas apenas 
estabelecem comunicação alternativa para o ambiente 
interior (fazendo recirculação do ar, por exemplo) ou 
exterior (renovação de ar e suspiro para atmosfera), 
conforme haja ou não, respectivamente, estabelecimento da 
condição ZULU-NBQR. 
 Marcação A (marcada com A laranja) - Indica os 
acessórios que deverão ser fechados, adicionalmente aos da 
condição ZULU, para a completa estanqueidade de gases 
por ocasião do estabelecimento da condição ZULU-NBQR. 
 Marcação M (marcada com M laranja) - Indica os 
sistemas necessários a condução das máquinas. Sua 
abertura e fechamento são controlados pelo CCM durante a 
manutenção da condição ZULU-NBQR. 
3.4 - RESPONSABILIDADE PELO FECHAMENTO - 
O estabelecimento da condição de fechamento do material 
para os acessórios classificados com X ou Y é de 
responsabilidade das respectivas divisões de bordo. Os 
acessórios classificados em R, W ou Z ficam a cargo do 
reparo de CAv em cuja área se situem. 
 Essa atribuição de competência é indicada nas listas de 
verificação dos compartimentos, o que não exime os 
demais membros da tripulação da responsabilidade 
individual de manter a condição de fechamento do material 
determinada, sempre que seja detectada uma situação 
irregular. 
 Os militares responsáveis pelo fechamento dos 
acessórios deverão observar as precauções de segurança 
quanto ao fechamento de escotilhões (o militar deverá 
fecharo acessório a partir do convés em que está 
localizado o acessório e não a partir do convés abaixo do 
escotilhão). 
 Embora o estabelecimento da condição de fechamento 
deva ser efetuado com presteza, é importante que, ao ser 
determinado o guarnecimento de postos de combate, não 
sejam criados obstáculos ao rápido deslocamento do 
pessoal em direção a seus postos. Assim, aquelas passagens 
de maior trânsito devem ser deixadas para o fim. 
 Nenhum acessório, porta, escotilha, ou válvula que se 
encontre fechado (ou aberto), por determinação da 
condição de fechamento em vigor, poderá ter sua situação 
alterada sem autorização do Comandante do navio que, nos 
navios grandes, é concedida através do Oficial de Quarto 
na Estação Central do Controle de Avarias e, nos de menor 
porte, através do Oficial de Quarto no Passadiço. 
 Na Estação Central deverá ser escriturado o livro de 
controle da condição do fechamento do material onde se 
anotam quaisquer alterações, incluindo o motivo, o horário 
da alteração e quem a solicitou. Cada navio deverá 
estipular os acessórios estanques (classificados como X ou 
Y) que poderão ser abertos simultaneamente, tendo como 
base informações do Livro de CAv do navio. Deverão ser 
usadas plaquetas com avisos “ABERTURA 
AUTORIZADA PELA ECCAv” nos acessórios abertos e 
registrados no livro de controle. 
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Tabela 3.1 - Classificação do material Estanque 
3.5 - A CONDIÇÃO DE FECHAMENTO DO 
MATERIAL NOS NAVIOS DE ORIGEM 
FRANCESA - Adota-se um método baseado em 
números e cores para estabelecer as Condições de 
Fechamento do Material. Também conhecido como 
“Arlequim”. (Fig 3.1) 
- Números: 
0 – Ataque NBQR 
1 – Postos de Combate 
2 – Não utilizado na MB 
3 – Navegação em condição III 
4 – Não utilizado na MB 
5 – Navio atracado ou fundeado 
- Cores: 
cor encarnada – O acessório estanque deverá ser 
mantido fechado, só sendo permitida a sua abertura 
mediante autorização da ECCAv. 
cor amarela – O acessório estanque deverá estar 
fechado, sendo autorizada a passagem sem permissão da 
ECCAv, porém, o mesmo deverá ser fechado logo após a 
passagem do militar. 
cor verde – O acessório poderá estar aberto ou fechado. 
 Exemplo: o quadro abaixo está fixado no acesso a 
uma porta estanque. O militar olhando para o quadro, 
ciente da condição de fechamento do material em vigor 
no navio, adotará o seguinte procedimento após passar 
pelo acessório. 
- Postos de Combate – Nº1 em um campo vermelho 
indica que o acessório deverá permanecer fechado só 
sendo permitida a abertura com autorização da ECCAV. 
- Navegação em condição III – Nº3 em um campo 
amarelo o acessório estanque deverá estar fechado, 
sendo autorizada a passagem sem permissão da ECCAV, 
pois o mesmo deverá ser fechado logo após a passagem 
do militar. 
- Navio atracado ou fundeado – Nº5 em um campo verde 
o acessório poderá estar aberto ou fechado. 
 Observação: A distribuição de cores dentro do quadro 
poderá variar dependendo do tipo de acessório estanque 
e do uso que se faz dele em cada condição de 
fechamento do material no mar e atracado. 
 
Figura 3.1 – Exemplo de Arlequim 
 
CAPÍTULO 6 - MANUTENÇÃO DA ESTANQUEIDADE 
6.1 - GRAUS DE ESTANQUEIDADE - Todo navio de 
guerra é subdividido pelos conveses e anteparas, tanto 
acima como abaixo da linha d'água, em um grande 
número de compartimentos estanques. Quanto maior for 
essa subdivisão, tanto mais resistência oferecerá o navio 
à progressão de alagamentos e, consequentemente, ao 
afundamento. 
 Cada um dos compartimentos de bordo, de acordo 
com o fim a que se destina e a sua localização, terá um 
determinado grau de estanqueidade. Naturalmente, todos 
os acessórios estanques e válvulas neles situados deverão 
possuir, no mínimo, o mesmo grau de estanqueidade. 
 Os diversos graus de estanqueidade exigidos a bordo 
de navios de guerra são: 
6.1.1 - Estanqueidade ao óleo - É a que não permite 
nenhum vazamento de óleo (derivados de petróleo), 
quando sob a pressão de uma coluna de óleo equivalente 
à altura do compartimento. Essa estanqueidade é exigida 
em todos os limites dos tanques de combustíveis e 
lubrificantes a bordo. 
6.1.2 - Estanqueidade à água - É a que não permite 
nenhum vazamento d'água, quando sob a pressão de uma 
coluna d'água igual à altura do compartimento. 
 É exigida nas chapas do costado e limites de tanques 
de água, estruturas e acessórios de fechamento que 
possam ter necessidade de suportar um alagamento no 
caso de uma avaria no casco. Como a estanqueidade ao 
óleo, constitui também uma barreira contra a difusão dos 
agentes NBQR. Torna-se, assim, importantíssimo que 
seja rigorosamente mantida a estanqueidade desses 
compartimentos, para o que deverá ser feito um exame 
periódico do local, dando-se especial atenção aos 
resultados obtidos. 
 Em geral, ao nos referirmos à estanqueidade de um 
compartimento, mencionaremos a estanqueidade à água. 
6.1.3 - Estanqueidade ao ar - É a capacidade que 
apresenta o compartimento, quando submetido a uma 
determinada pressão de ar, de garantir que a queda de 
pressão em um dado tempo não ultrapassará a 
percentagem especificada. É exigida nos limites de 
espaços que não são estanques à água, mas onde é 
necessário estabelecer uma proteção do pessoal contra 
ataques NBQR. É também estabelecida em 
compartimentos que trabalham com pressão superior à 
da atmosfera. 
 
 
 
 
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6.1.4 - Estanqueidade à fumaça - É aquela obtida 
quando não se permite qualquer abertura visível. É 
exigida nos limites de locais que devem ser protegidos 
da contaminação direta pelo espargimento de agentes 
químicos, ou onde sua concentração deva ser reduzida ao 
mínimo compatível com as condições de habitabilidade. 
6.1.5 - Estanqueidade às chamas - É a que não permite 
nenhuma passagem de chamas. As aberturas existentes 
recebem telas com malha de dimensão máxima igual a 
1/100 da polegada. É exigida onde se deseja impedir a 
propagação das chamas que possam normalmente existir 
nestes compartimentos, em virtude dos trabalhos ali 
realizados. 
6.2 - TESTES E INSPEÇÕES DE 
ESTANQUEIDADE - Durante a construção do navio, 
antes de sua incorporação, o arsenal construtor executa, 
em cada compartimento, dois tipos de teste: o teste de 
resistência e estanqueidade e o teste final. A natureza de 
cada um desses testes depende da localização do 
compartimento e do fim a que este se destina. Esses 
testes poderão ser realizados utilizando-se a pressão 
hidrostática com água doce (equivalente à coluna d'água 
da especificação do projeto), pressão de ar, ou ainda em 
simples jato de ar comprimido. Os dados e instruções 
sobre esses testes são fornecidos ao navio no Plano Para 
Teste dos Compartimentos e no Diagrama para Testes 
dos Compartimentos. 
 Uma vez incorporado o navio, a estanqueidade obtida 
pelo arsenal construtor poderá vir a ser degradada por 
várias causas. Torna-se imprescindível, portanto, que 
seja verificada periodicamente, a estanqueidade dos 
diversos compartimentos do navio. 
 Essa verificação é feita pelos testes e inspeções 
conduzidos a bordo, que são, normalmente, os seguintes: 
6.2.1 - Inspeções Semanais - Todos os compartimentos 
do navio (com exceção dos tanques de óleo, água, outros 
líquidos ou gases inertes, espaços classificados como 
vazios, duplos fundos e cóferdãs) devem ser 
inspecionados semanalmente. Normalmente, essas 
inspeções são realizadas pelo próprio Encarregado da 
Divisão responsável pelo compartimento. 
 Inspeções realizadas pelo Comandante, Imediato e 
Chefes de Departamentos, nos diversos setores do navio, 
valorizam essas inspeções. 
6.2.2 - Testes e Inspeções Periódicas - Em todos os 
navios (exceto submarinos ou outros determinados) 
deverão ser conduzidos testes e inspeções periódicas 
para verificação da sua estanqueidade, de acordo com o 
plano que lhe é próprio. Esse plano relaciona todos os 
compartimentos

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