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FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 1 FAINAS A BORDO I - CAV CAPÍTULO 2 - A ORGANIZAÇÃO DO CAV 2.1 - CONCEITOS - Alguns conceitos: - Função - papel definido desempenhado por militar dentro de uma Estação de acordo com a Organização de Combate (OC) do navio. - Tarefa - ação que um militar tem a executar determinada em documentos, manuais de procedimentos ou publicações. - Atribuições - conjunto de tarefas específicas diretamente relacionadas com a função que um militar ou estação exercem. Atribuições podem também ser relacionadas ao Comando e aos Controles. - Grupo - conjunto de militares com funções administrativas diversas, mas cujas atribuições convergem para a consecução de objetivos comuns, dentro da Organização Administrativa (OA) do Navio. Ex.: Grupo de CAv de serviço. - Equipe - conjunto de militares que possuem funções e tarefas distintas na estrutura de combate, mas cujas atribuições convergem para a consecução de objetivos comuns. Ex.: Equipe de Manobra e Equipe de Crache. - Turma - conjunto de militares com a mesma função dentro da estrutura de combate do navio e cujas atribuições convergem para objetivos comuns. Guarnecem os mesmos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Ex.: Turma de Suporte A. 2.2 - ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE COMANDO E CONTROLE DE BORDO - Para obter o grau máximo de eficácia e eficiência em combate os navios devem possuir uma estrutura definida de Comando e Controle que lhes permitam otimizar recursos materiais e de pessoal disponíveis a bordo. Para tal, são estabelecidas Estações que se agrupam de maneira lógica em Controles, sob direção do Comando. O Comando é exercido pelo Comandante, que tem como tarefa planejar, supervisionar, orientar e coordenar a ação dos Controles. O Comando é exercido de um local físico específico denominado Estação de Comando. Ao navio, deverá ser sempre disseminado o local da Estação de Comando para que a coordenação com os Controles possa ser mantida de forma eficaz. Os Controles têm atribuições de combate específicas, possuindo as seguintes tarefas: - coordenar as Estações sob sua responsabilidade; - manter o Comando informado sobre as ações em andamento em seus setores; - assessorar o Comando nas tomadas de decisão; - coordenar ações que possuam interferência com demais Controles; e - executar as determinações do Comando. O Controle é exercido de um local físico específico denominado Estação Primária de Controle. As Estações são locais físicos configurados especialmente para desenvolver atribuições operativas específicas sendo coordenadas pelos respectivos Controles. As Estações capacitadas a substituir eventualmente a Estação Primária são denominadas Estações Secundárias de Controle. As demais estações do Controle são denominadas Estações Componentes. As Estações possuem as seguintes tarefas: - manter comunicação com a Estação Primária de Controle; - utilizar todos os recursos materiais e pessoais disponíveis para exercer suas atribuições com máxima eficácia; - manter coordenação com as demais Estações Componentes nas ações que possuam interferência mútua; e - assessorar as Estações de Controle Primárias nas decisões atinentes ao Controle específico. O local do navio onde se encontram diferentes Estações é denominado Centro. Exemplos notáveis são o Centro de Operações de Combate (COC) e o Centro de Controle da Máquina (CCM). 2.2.1 - Atribuições, Prioridades do Comando e Guarnecimento a) Atribuições do Comando - O Comandante é o responsável por todas as ações do navio e suas responsabilidades podem ser sintetizadas pelas seguintes atribuições: - manutenção do navio nas melhores condições de operação; - correto emprego tático do navio; - preservação da segurança física do navio e de sua tripulação; - decisão sobre emprego de armamento do navio; e - decisão sobre abandono do navio. O Comando toma as decisões das ações assessorado pelos Controles. A Estação de Comando deve ser dotada de recursos que permitam ao Comandante avaliar continuamente o quadro tático, as condições materiais dos sistemas do navio e estabelecer prioridades com respeito às capacidades de Combater, Navegar e Flutuar. b) Prioridades do Comando - Assim que for determinado o guarnecimento da condição máxima de prontidão (Condição I e IA) no navio, o Comandante deverá estabelecer as Prioridades do Comando e elas deverão ser disseminadas para todos os Controles e Estações. As Prioridades do Comando dependerão da situação tática do navio, da sua capacidade operativa e da sua missão e serão atualizadas a cada mudança dessas condicionantes. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 2 Em princípio, as Prioridades do Comando são: Combater – quando combater for a prioridade 1. Todas as ações deverão convergir para que a máxima capacidade de combate e ataque do navio seja mantida no grau máximo, mesmo que em detrimento das capacidades de navegar e flutuar do navio. Navegar – quando navegar for a prioridade 1. Todas as ações deverão convergir para que as condições de navegabilidade do navio sejam mantidas, mesmo que em detrimento das capacidades de combater e flutuar. Flutuar – quando Flutuar for a prioridade 1. Todas as ações do navio devem convergir para que as condições de flutuabilidade do navio sejam mantidas, mesmo que em detrimento das capacidades de combater e navegar. c) Guarnecimento – “A Postos” x “Pronto e Guarnecido” - Com a alteração da condição de prontidão, o primeiro militar que guarnecer uma Estação não permanentemente guarnecida informará pelo circuito interno adequado “Estação a Postos” ao Controle que estiver subordinado. Este procedimento tem o propósito de informar que, embora a Estação já possua comunicações confiáveis com o seu Controle, ainda não tem condições de desempenhar plenamente as tarefas a ela atribuídas. Sempre que for elevada a condição de prontidão, assim que o mais antigo presente avaliar que sua Estação está apta a atender às prioridades estabelecidas pelo Comando com o pessoal presente no local, deverá informar “Estação Pronta e Guarnecida” ao seu respectivo Controle, mesmo que haja eventuais faltas de pessoal. De maneira análoga, à medida que os Controles receberem o “Pronto e Guarnecido” de suas Estações subordinadas e avaliarem que estão aptos a desempenhar suas tarefas de acordo com as Prioridades do Comando, informarão o “Pronto e Guarnecido” ao Controle da Manobra. Este, então, informará o “Pronto e Guarnecido” do navio ao Comando. 2.2.2 - Os Controles - Os controles manterão um inter- relacionamento e assessorarão o Comando em todas as ações a tomar dependendo da situação tática, das condições de operação dos sistemas e das prioridades do comando. Os principais Controles que podemos encontrar em navios da MB são: - Controle da Manobra; - Controle de Operações; - Controle de Armamento; - Controle da Máquina; - Controle da Aviação; - Controle de Avarias Eletrônicas (CAv-ET); - Controle de Avarias Operacionais; e - Controle de Avarias (CAv). Dependendo da classe de navios alguns, os Controles listados acima poderão não existir, assim como outros não mencionados poderão constar das respectivas OC. Neste capítulo abordaremos alguns aspectos dos Controles do navio para depois nos aprofundarmos em considerações sobre o Controle de Avarias, alvo principal desta publicação. a) Controle da Manobra - O Controle da Manobra terá como principais atribuições: - Manter a navegação e direção dos movimentos do navio em segurança, por meio de ordens de rumo e velocidade; - Coordenar e controlar operações aéreas com hangar e convoo; - Operar as comunicações táticas da Estação Primária da manobra; - Manter as estações componentes da Manobra informadas das manobras atuais e previstas; - Coordenar ações e manobras em andamento e previstascom outros Controles para evitar interferência mútua; e - Monitorar a situação tática e condição operativa dos equipamentos de bordo. Atribuições específicas quanto ao Controle da Manobra das classes dos navios deverão constar nas respectivas OC e nos Manuais de Procedimentos Operativos (MPO). b) Controle de Operações - O Controle de Operações terá como principais atribuições: - Manter o Comando informado da situação tática; - Exercer supervisão do uso dos sensores de bordo; - Manter as estações componentes do Controle de Operações informadas das ações em andamento e previstas; - Supervisionar ações no ambiente de guerra em que o navio é capaz de atuar; - Guarnecer e operar linhas de comunicação; - Planejar e coordenar operações aéreas e controlar aeronaves; e - Prover análise, avaliação e disseminação das informações de combate. Atribuições específicas quanto ao Controle de Operações das classes dos navios deverão constar nas respectivas OC e nos MPO. c) Controle do Armamento - O Controle do Armamento terá como principais atribuições: - Manter o Comando informado sobre a situação do armamento do navio, suas capacidades e limitações; - Coordenar o emprego de armamento específico quando determinado pelo Comando; e - Manter as estações componentes do Controle do Armamento informadas das ações em andamento e previstas. Atribuições específicas quanto ao Controle do Armamento das classes dos navios deverão contar nas respectivas OC e nos MPO. d) Controle da Máquina - O Controle da Máquina terá como principais atribuições: - Coordenar e controlar a operação e a manutenção das plantas principais de propulsão e auxiliares; - Coordenar e controlar a geração e distribuição de energia; e - Manter o Comando e o Controle da Manobra informados da situação da propulsão e auxiliares, suas capacidades e limitações. Atribuições específicas quanto ao Controle da Máquina das classes dos navios deverão constar nas respectivas OC e nos MPO. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 3 e) Controle da Aviação - O Controle da Aviação terá como principais atribuições: - Planejar e coordenar o emprego das aeronaves orgânicas; - Preparar, lançar, recolher e zelar pela segurança das aeronaves de bordo; - Controlar tráfego aéreo na zona de aeródromo; - Manobrar e aprestar aeronaves no hangar; - Controlar avarias no âmbito da aviação e combater craches no convoo; e - Prover serviços e facilidades de manutenção das aeronaves. Este controle é mais comumente encontrado em navios aeródromos e as atribuições específicas quanto ao Controle da Aviação das classes dos navios deverão constar nas respectivas OC e nos MPO. f) Controle de Avarias Eletrônicas - O Controle de Avarias Eletrônicas (CAv-ET) terá como principais atribuições: - Coordenar e controlar avarias eletrônicas; - Manter o Comando informado da situação dos sensores; e - Executar ações de emergência que permitam reduzir degradações nas condições de equipamentos eletrônicos. Atribuições específicas quanto ao Controle de Avarias Eletrônicas das classes dos navios deverão constar nas respectivas OC e nos MPO. g) Controle de Avarias Operacionais - O Controle de Avarias Operacionais terá como principais atribuições: - Compilar todas as avarias das Estações Componentes dos Controles da Máquina, Operações e Armamento; e - Analisar o quadro de avarias operacionais a cada instante e manter o Comando informado da segurança do navio e das reduções das capacidades operativas. Atribuições específicas quanto ao Controle de Avarias Operacionais das classes dos navios deverão constar nas respectivas OC e nos MPO. h) Controle de Avarias (CAv) - O Controle de Avarias (CAv) é o conjunto de recursos (humanos e materiais) necessários para a preservação ou restabelecimento da capacidade de manobra, poder combatente do navio, estanqueidade e estabilidade. Além disto, deve ser capaz de controlar a banda e o trim e prover adequada proteção contra incêndios, bem como limitar a propagação e/ou remover contaminação provocada por agentes químicos, biológicos ou radioativos, prevenir e conter agressões ao meio ambiente, e prover cuidados ao pessoal ferido. Da mesma maneira que os sistemas de combate comandam o espaço de batalha externa ao navio, o objetivo do controle de avarias é dominar os sinistros internos ao navio. A seguir, passará a ser discutido o Controle de Avarias a bordo dos navios, a começar pela sua organização. O CAv está organizado de duas formas, que se relacionam, a Organização de Combate e a Organização Administrativa. 2.3 - ORGANIZAÇÃO DE COMBATE DO CAv 2.3.1 - Propósito do CAv - O propósito do CAv, em uma organização de combate, é manter ao máximo o poder combatente do navio. Com as definições já apresentadas neste capítulo, podemos dizer que cada militar de bordo possui uma função estabelecida pela respectiva Organização de Combate (OC), na qual são definidas algumas atribuições, que se concretizarão em tarefas a executar durante o combate. A designação de cada militar para uma determinada função no CAv é responsabilidade do navio. 2.3.2 - Atribuições do CAv - O Encarregado do CAv é o responsável perante o Comandante pelas atribuições de planejar, preparar, e executar as fainas específicas do CAv antes e após a ocorrência do sinistro. Essas atribuições podem ser classificadas em: - medidas preliminares; e - medidas após sofrer avarias. a) Medidas preliminares - Medidas preliminares são adotadas no porto; antes de suspender; antes de navegar em área com mau tempo; e, principalmente, antes do combate. Essas medidas são: - fiscalizar o cumprimento da condição de fechamento do material em todo o navio, bem como zelar pela sua manutenção; - manter, nas melhores condições possíveis, os recursos de CAv; - manter a estabilidade e a reserva de flutuabilidade do navio; - manter o adestramento das equipes bem como fazer cumprir a manutenção planejada do material de CAv; - reduzir os riscos de incêndio; e - conservar e distribuir os equipamentos de emergência. b) Medidas após sofrer avarias - São as medidas adotadas para localizar avarias sofridas, bem como para corrigi-las ou reduzir os efeitos indesejáveis delas decorrentes. Esses cuidados são: - combater incêndios; - controlar alagamentos; - recuperar a estanqueidade e a flutuabilidade por meios de reparos de emergência na estrutura e/ou nos sistemas avariados; - manter operando os equipamentos elétricos vitais, através do sistema de força em avaria; - socorrer o pessoal ferido; e - coordenar as ações, a seu nível, das seguintes fainas: - alijamento de pesos; - socorro externo; - incêndio; - colisão; - abandono; - salvamento ou destruição; e - descontaminação NBQ. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 4 A Figura 2.1 a seguir representa, de uma maneira bem simplificada, como se encontra organizado em combate o CAv de uma classe de navios da Esquadra. Esta organização pode variar, dependendo do tamanho, do tipo e da missão do navio. Entretanto, princípios básicos se aplicam a todas as organizações de combate de CAv. Esses princípios são: assegurar que todo o pessoal dentro da organização esteja altamente adestrado no CAv, incluindo os aspectos técnicos de sua especialidade para assessoria na limitação dos danos; descentralizar a organização em unidades autossuficientes, com comunicação entre elas, com capacidade de tomar ações positivas para controlar os vários tipos de danos; e ter uma estação central única, que recebe informações de todas as unidades de controle de avarias. Essa estação central avalia e dissemina as ordens necessárias para ações corretivas. Essa estação também informa e recebe ordens da estação de Comando (Controle do Comando). Figura 2.1 – Organização do Controle de Avarias – Fragata Classe “Greenhalgh” 2.3.3 - Estações do CAv - O Controlede Avarias é, basicamente, subdividido em Estação Central e Estação de Reparo. Dependendo do tamanho e tipo de navio, podem existir variações. Em uma fragata, o CAv é composto pela Estação Central do CAv (ECCAV), Estações de Reparo, Enfermaria de Combate e CICE, visando permitir uma melhor distribuição do material e uma atuação descentralizada do pessoal. Passaremos a discorrer sobre cada uma dessas estações. a) Estação Central do Controle de Avarias - O Encarregado do Controle de Avarias coordena os militares da ECCAv para o cumprimento das seguintes atribuições: I) receber dos reparos as avarias e informar ao Comando. A Estação de Comando deve receber as seguintes informações: - incêndios, tipo, localização e sob ou fora de controle; - a presença de fumaça densa, os limites de fumaça e quando esta for removida; - alagamento, localização, vazão, altura, a causa, comprometimento da estanqueidade e sob ou fora de controle; - avarias estruturais, tipo, localização e o andamento da execução do escoramento; - a perda de energia principal e alternativa para os equipamentos, passagem e energização de cabos de força em avaria; e - acidentes com pessoal. II) solicitar ao Comando autorização para executar as seguintes fainas: - alteração na condição de fechamento do material; - alagamento de paióis de munição; - utilização de sistemas fixos de agentes extintores (HALON, CO2); - lastro e deslastro; - energizar cabos de força em avaria; - contra-alagamento; e - alijamento de pesos. III) manter atualizados na ECCAv os recursos: - planos e diagramas isométricos que apresentem a compartimentagem e os diversos sistemas do navio; - um quadro de plotagem de avarias, para o registro das avarias sofridas pelo navio e das medidas corretivas em andamento, conforme as informações fornecidas pelos encarregados dos reparos. A simbologia padrão de plotagem das avarias deverá ser usada pela ECCAv e pelos reparos; - um quadro de estabilidade fixado, apresentando a carga líquida, os limites de alagamento, os efeitos de banda e trim causados por compartimentos alagados e a ação corretiva adotada para preservar a estabilidade. Os diagramas de carga líquida e de efeitos de alagamento podem ser usados com este propósito; - quadros para plotagem das ações adotadas no controle de avarias de sistemas elétricos; - uma tabela com o registro de fechamento do material; e - tabelas e informações diversas, específicas do navio. IV) sugerir o abandono e coordenar o Grupo de Salvamento e Destruição (GSD). b) Estações de Reparo I) Áreas de Responsabilidade - As áreas de responsabilidade dos Reparos são estabelecidas em função de sua localização e dos recursos disponíveis para o combate e são definidas pela Organização Administrativa (OA) dos navios. Os Reparos permitem ao Controle de Avarias atender aos requisitos de descentralização, rapidez e continuidade no combate às avarias. Deverá constar da OC uma Estação de Reparo como sendo a Estação de CAv Secundária. Esta estação deverá estar capacitada a estabelecer comunicações com todos os reparos e manter um acompanhamento do combate às avarias no navio informando à Estação de Comando. II) Requisitos de Pessoal dos Reparos - O pessoal que guarnecerá as diversas estações do CAv deverá ser selecionado em função das atribuições de cada estação e dentro da disponibilidade de lotação e efetivo do navio. As limitações quantitativas e qualitativas de pessoal, apesar de indesejáveis, poderão ocorrer, devendo ser contornadas com o adestramento, desenvolvimento de espírito de equipe, motivação e capacidade de improvisação. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 5 É recomendável haver em todos os reparos um certo número de militares do Departamento de Máquinas, especialmente artífices. Da mesma forma, é recomendável também a existência de eletricistas, os quais, entre outras tarefas, terão por encargo alimentar ou desalimentar ventilações e extrações, conduzir reparos elétricos de emergência no local da avaria, dirigir a passagem dos cabos elétricos de força em avaria, restabelecer circuitos elétricos vitais e fornecer ao encarregado de CAv, informações sobre a extensão de avarias elétricas. Deverá também haver em cada grupo de Reparo um telefonista adestrado que anote e plote as mensagens recebidas e transmitidas, permitindo assim ao encarregado da estação estar permanentemente informado sobre as condições existentes em todo o navio. É ainda recomendável haver, em cada grupo de Reparo em cuja área existam paióis, ao menos um paioleiro familiarizado com o conteúdo destes paióis. III) Atribuições e tarefas - As seguintes atribuições são comuns a todos os Reparos: - controlar e extinguir todas as classes de incêndios; - avaliar e informar corretamente a extensão das avarias em sua área; - executar reparos elétricos e em circuitos de comunicações interiores; e - prestar primeiros socorros e transportar o pessoal acidentado para as enfermarias de combate (sem redução sensível da sua capacidade de controlar as avarias); Para este fim, os Reparos serão dotados com recursos de: - comunicações (circuitos principal e alternativo com a ECCAv); - planos de CAv abrangendo os conveses e compartimentos da sua área de atuação; - recursos para controlar e combater incêndios; - recursos para controlar e reparar avarias estruturais; - recursos para prestar primeiros socorros a feridos; e - ferramentas e equipamentos específicos para cada atividade, localizados no armário do reparo ou nos cabides próprios situados na área sob sua responsabilidade. Os Reparos devem possuir a capacidade de executar as seguintes tarefas: I) Manutenção da flutuabilidade - Para exercer essa função, os reparos deverão atender aos seguintes requisitos: - Reparar avarias de estruturas e de acessórios designados para manter a estanqueidade, através de escoramento, bujonamento, tamponamento, solda, cimento em anteparas e conveses, reparos em válvulas e percintagem ou bujonamento em redes em todos os compartimentos estanques do navio na sua área de responsabilidade; e - Sondar, drenar, esgotar com bombas, lastrar ou transferir líquidos em tanques, espaços vazios e outros compartimentos e estar completamente familiarizados com a localização e uso de todos os equipamentos, bem como métodos empregados. Para a avaliação precisa das avarias abaixo da linha d'água, devem ser mantidos dois quadros. Um quadro de estabilidade (ou diagrama de efeito de alagamento), onde são plotados todos os alagamentos, limites de alagamentos, medidas adotadas e efeitos de banda e trim. O outro é o diagrama de carga líquida, que é mantido para mostrar a situação atualizada de todos os tanques de água e óleo, com suas respectivas sondagens. II) Manutenção da integridade estrutural e da manobrabilidade do navio - Para exercer essa função os reparos deverão atender aos seguintes requisitos: - reparar os sistemas primários e secundários de governo; - clarear conveses de escombros que interfiram com a operação do armamento, do navio ou do CAv, ou que prejudiquem o leme, os hélices ou o costado do navio, e extinguir todas as classes de incêndios; - manter e executar reparos de emergência em sistemas vitais ao combate tais como os de alimentação do armamento, de ventilação, os de ar comprimido de altas e baixas pressões, de comunicações, elétricos e de água de resfriamento; - prover energia em emergência para equipamentos elétricos, usando cabos de força em avarias; - auxiliar a Equipe de Crache quando solicitado; - recolher sobreviventes do mar e auxiliar outros navios; - reparar avarias acima da linha d'água, que poderiam causar alagamento no caso de novos danos; e - manobrar e recolher equipamentos de varredura e minagem em postos de combate. III) Manutenção da propulsão do navio - Para atender a esta funçãoo reparo deverá ser capaz de: - manter, executar reparos ou limitar avarias nas máquinas principais de propulsão; - operar, reparar, isolar e alterar a segregação de sistemas vitais; - auxiliar na manutenção e reparo dos sistemas de comunicação; - auxiliar na operação e no reparo dos sistemas de controle de governo; e - manter um quadro de plotagem de avarias de máquinas, mostrando a condição de prontidão das máquinas principais e auxiliares. c) Enfermaria de Combate - As Enfermarias de Combate são ativadas por ocasião do guarnecimento em Postos de Combate. A estação primária continua sendo a enfermaria e a secundária é normalmente um local de refeição a bordo (Praça D´Armas, por exemplo). Os navios com tripulação acima de 300 militares devem possuir um mínimo de duas Enfermarias de Combate com capacidade de atender, em emergência, acidentes com pessoal em combate. Navios com tripulação abaixo de 300 militares devem possuir uma enfermaria de combate. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 6 Além das enfermarias de combate, deverão existir caixas de primeiros socorros para o pessoal nas estações de combate, cabendo à Divisão de Saúde prover o material necessário a elas, assim como sua manutenção. d) Centro de Inventário e Controle de Estoque (CICE) - Em Condição I, a tarefa da Estação CICE é prover os sobressalentes necessários para reparos dos equipamentos de bordo avariados durante o combate, de forma a restabelecer as capacidades do navio. Para o cumprimento dessa tarefa, o CICE deverá possuir comunicações confiáveis com a ECCAv e a ECCAv-ET, controle de chaves dos paióis de armazenamento, além de um banco de dados de sobressalentes (tipo e localização) devidamente atualizado. A Figura 2.2 a seguir representa, de uma maneira bem simplificada, como se encontram estruturadas, em Condição I, as relações de subordinação e coordenação entre os Controles e Estações afetos ao CAv. Figura 2.2 - Relações de subordinação e coordenação 2.3.4 - Composição do Reparo – Turmas de Reparo - As principais funções e turmas existentes em um reparo de CAv são: - Encarregado; - Turma de Ataque; - Mensageiro; - Investigador; - Líder da turma de Incêndio (suporte “A” ou “B”); - Turma de Máscaras; - Turmas de Incêndio (turmas de suporte “A” e “B”); - Eletricista; - Telefonista / plotador do Quadro de Avarias; - Turma de Escoramento; - Turma de Primeiros Socorros; - Turma de Bujonamento; - Líder do Reparo ou Líder da Cena de Ação; - Turma de Sondagem; - Turma de Contenção; - Turma de Percintagem; - Turma de Bombas; - Turma de Serviços Gerais; e - Turma de Rescaldo. a) Encarregado do Reparo - Função exercida por um oficial, suboficial ou sargento, o qual supervisiona a atuação do Reparo, sendo o responsável por todo pessoal e material designado para a área do Reparo e armário de CAv. Deve estar qualificado a assumir, com o seu Reparo, as funções da Central de CAv em caso de necessidade. O curso do CAAML que capacita o militar a exercer esta função é o C-EXP-FICAV. O Encarregado deverá ainda: - certificar-se de que todos os limites de Incêndio e Fumaça (primários e secundários) estão estabelecidos e mantidos, com particular atenção dada ao potencial da propagação vertical do fogo; - certificar-se de que os isolamentos mecânico e elétrico estão estabelecidos para a situação; - prover apoio logístico (pessoal e material) para a cena de ação, se necessário com coordenação através da ECCAv; - certificar-se de que o pessoal da turma de incêndio está com a roupa de proteção corretamente vestida; - certificar-se de que os controladores de máscaras estão cumprindo suas funções corretamente, sem colocar em risco a vida dos militares com máscaras; - certificar-se da manutenção de uma plotagem acurada no Quadro de Avarias, prestando à ECCAv todas as informações necessárias; e - ter um papel ativo no adestramento do pessoal, bem como conhecer profundamente as deficiências logísticas (pessoal e material) na área de responsabilidade do seu Reparo. b) Telefonista e Plotador do quadro de Avarias - Os telefonistas deverão: - estabelecer comunicações entre os Reparos e a Central pelos circuitos do CAv (2JZ, 4JZ, 5JZ), ou circuitos de emergência, telefone auto excitado, emergency back-up, se necessário; e - fazer a plotagem das avarias no quadro de avarias do Reparo. O Curso do CAAML que capacita os militares a exercerem esta função é o C-EXP-TEL. c) Mensageiro - Os mensageiros deverão: - estabelecer a troca de informações entre o Líder na Cena de Ação e o Encarregado do Reparo, movimentando-se entre os locais. Pode, também, guarnecer qualquer circuito (que esteja livre ou sem utilização), telefone, ou um transceptor UHF/VHF, para que as mensagens sejam enviadas o mais rápido possível ao Reparo; e - utilizar bloco de mensagens para manter as comunicações requeridas, quando necessário. d) Líder do Reparo ou Líder da Cena de Ação - O Líder da Cena de Ação é o Líder do Reparo, responsável pelas ações na área do sinistro, já em Postos de Combate. O Curso do CAAML que capacita os militares a exercerem esta função é o C-EXP-CBINC. Quando é soado o alarme devido à ocorrência de um incêndio, o Líder da Cena de Ação vai para o local e, junto com a sua turma (Turma de Ataque), inicia o combate ao incêndio. Ele deve procurar, assim que possível e pelos meios disponíveis no local, informar à ECCAv, a situação no local. Após ser rendido pela turma de incêndio (Suporte A) ele deve recuar para uma posição de controle, de preferência fora dos limites primários de fumaça, a partir da qual efetuaria o controle das ações de combate ao incêndio informando ao EncRep essa nova posição. Ele receberá as mensagens da turma de incêndio, informações do investigador em relação às contenções e dará as devidas determinações, correções e alterações necessárias, a fim de melhor controlar a avaria, reportando ao EncRep constantemente todas as ações em andamento. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 7 O líder na cena deverá: - se no local do incêndio, determinar qual o agente extintor recomendado e o método e a direção do ataque ao fogo; - ao escolher a posição de controle da faina, posicionar- se no melhor local para tal, considerando a presença da fumaça, facilidade de acesso do pessoal do Reparo a este ponto, existência de comunicações com o Reparo, etc.; - imediatamente estabelecer os limites de incêndio e determinar a realização de contenções, junto aos EncRep; - determinar os limites de fumaça e seu estabelecimento; - estar vestido com Equipamento de Proteção Individual (EPI); e - ter pronta para uso uma máscara autônoma (equipada com amplificador de voz, onde disponível). e) Líder da Turma de Incêndio (Suporte A ou B) - O líder da turma de incêndio citado na composição das turmas de incêndio não deve ser confundido com o Líder da Cena de Ação (Líder do Reparo). Sua função é melhor entendida nos navios que possuem Câmara de Imagem Térmica, pois é o militar encarregado de sua operação. O Curso do CAAML que capacita os militares a exercerem esta função é o C-EXP-CBINC. Ele deve orientar as ações da turma no local, dirigindo o emprego do agente extintor sobre o fogo ou os pontos quentes, através da utilização da Câmara de Imagem Térmica. Nos navios que não possuem tal equipamento, será o militar que possuir mais experiência em Controle de Avarias, ou o que melhor conhecer a área sinistrada, dentre os componentes da turma de incêndio. f) Turma de Ataque - A Turma de Ataque é composta pelo líder do reparo, um eletricista e mais duas praças. O Curso do CAAML que capacita os militares a exercerem esta função é o C-EXPCBINC. Em condição normal de viagem ou no porto, deve chegar à área da avaria, no menor tempo, vestido de EPI básico (capuz e luva antiexposição), portando extintores, em casode incêndio e adequados ao combate a classe do mesmo, rendendo o(s) descobridor(es), tendo a responsabilidade de investigar a origem e a natureza do sinistro, tomando as ações corretivas necessárias, tais como limitar alagamentos, alimentar edutores ou isolar compartimentos, preparar a montagem das linhas de mangueiras, caso não seja possível extinguir com o uso de extintores, se já não tiver sido feito pelos descobridores, para iniciar o combate ao incêndio com água ou espuma (conforme a classe do incêndio e os recursos disponíveis). O eletricista é o encarregado de providenciar o isolamento dos circuitos elétricos, 440V inicialmente, a parada dos Sistemas de Ventilação da área, em caso de incêndio, e também os demais circuitos em caso de alagamento. Devem ser militares altamente treinados em Controle de Avarias, pois a ação inicial eficaz é fundamental, buscando eliminar ou limitar os problemas existentes. Caso o navio já esteja em Postos de Combate ou em Postos de CAv, a Turma de Ataque passa a ser composta pelos patrulhas dos reparos (2 militares), que efetuam inspeção sistemática em toda a área de responsabilidade do Reparo mais o eletricista do reparo. O pessoal deve estar com EPI completo e, caso disponível pelo menos um transceptor de UHF/VHF. Após a ação inicial, são rendidos pela turma apropriada e se dispensados pelo líder, dirigem-se ao Reparo, compondo geralmente a turma de serviços gerais. g) Turma de Incêndio - Turmas de Suporte “A” e “B” - São as turmas que efetivamente dão o combate ao incêndio. O Curso do CAAML que capacita os militares a exercerem esta função é o C-EXP-CBINC. Nos navios que possuem roupas apropriadas para o combate ao incêndio, do tipo Fearnought (Marinha Inglesa) ou Firefighting Coverall (Marinha Norte-Americana), quando em Condição III ou no porto, torna-se necessário existirem Turmas de Suporte “A” e “B”, devido à demora na preparação destes militares para vestirem essas roupas. Assim, a diferença entre elas é que a Turma de Suporte “A” é composta por, pelo menos, três militares vestidos apenas com macacão, capuz e luvas antiexposição e máscara de combate a incêndio, portando extintores de incêndio da classe adequada para combater o sinistro. A Turma de Suporte “B” é composta por, pelo menos, quatro militares com roupa para combate a incêndio, botas, capuz antiexposição, luvas para CBINC, capacete, lanterna de combate e máscara de combate a incêndio. Na situação em que o navio já se encontrar em Condição I ou IA1, não está dispensada a necessidade da turma de Suporte “A” no local, pois a turma de Suporte “B” não possui agilidade para, com rapidez, chegar à cena de ação e efetuar uma montagem de linhas de mangueira para combate. Na sequência normal das ações, evoluindo para Condição I ou IA, a Turma de Suporte “A” rende a Turma de Ataque no local do incêndio, em até três minutos. Nessa situação, é possível manter um ataque contínuo com uso das linhas de mangueira, montadas pela Turma de Ataque, mesmo na presença de fumaça excessiva, pois esses militares já estão usando máscara, enquanto os militares da Suporte “B” estão se preparando. A Turma de Suporte “B” deve se apresentar ao Líder, logo que pronta, em um tempo máximo de 8 minutos. A determinação do número de militares para compor as turmas de incêndio vai depender da quantidade de militares necessários para o guarnecimento dos esguichos e manuseio das linhas de mangueira. Geralmente, cada seção de mangueira vai necessitar de dois militares, além do militar no esguicho, se estiver no visual dos mesmos. Curvas, escadas e outros obstáculos vão tornar necessário mais militares por seção de mangueira. O militar com esguicho é quem terá um trabalho mais intenso, e o revezamento com os demais militares vai estender o tempo de permanência da equipe na cena de ação. 1 Condição IA ou Postos de CAv ou Emergência. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 8 h) Investigador - O investigador guarnece equipamento autônomo de respiração (equipado com amplificador de voz, se disponível) e EPI, cabendo a ele: - coordenar as atividades dos militares das contenções, controlando a situação dos compartimentos adjacentes ao avariado e estabelecendo os Limites de Incêndio conforme ordenado; - supervisionar o cumprimento do fechamento do material; - estabelecer um elo entre o EncRep e o Líder da Cena de Ação, se necessário, para melhor coordenação das fainas; - realizar busca a feridos nos compartimentos adjacentes ao sinistro, especialmente se for numa área habitável; e - fazer relatos sobre o andamento das ações para o Encarregado do Reparo e Líder da Cena de Ação, de modo apropriado, usando os meios de comunicação disponíveis ou pessoalmente. i) Turma de Contenção - A turma de contenção deverá: - sob as ordens do investigador, controlar a situação dos compartimentos adjacentes ao avariado, cumprindo os Limites de Incêndio conforme ordenado; - resfriar os limites primários de incêndio; proteger equipamentos elétricos e eletrônicos (desalimentando, retirando cartões, cobrindo com plástico para proteger da água da contenção, etc.); e - remover/reposicionar os inflamáveis como requerido. j) Turma de Máscaras - Constituída por, pelo menos, três militares, o Controlador de Máscaras e mais dois ajudantes. O Controlador controla o tempo de uso das máscaras de seu Reparo, com a limitação de controlar no máximo oito militares, para a segurança dos utilizadores. Os outros dois militares trazem para um local de concentração, fora do limite primário de fumaça, as demais máscaras e ampolas, checam a quantidade existente, providenciam a recarga das ampolas vazias, providenciam máscaras adicionais de outros reparos e verificam, junto com o controlador, o uso correto das máscaras pelos utilizadores. No caso de um incêndio em Condição III, o controlador lança a hora do início da faina (hora do alarme de incêndio) como a hora do início da utilização das máscaras pelos militares da Turma de Suporte “A”. Para as máscaras de ar comprimido, considera ainda a pressão de suas máscaras como 90% da normalmente utilizada, como precaução de segurança, independente da hora de início e da pressão real. Para os demais militares lança a hora de início de uso da mesma, e a pressão real da máscara se de ar comprimido. As máscaras dispõem de um alarme, que pode ser uma campainha ou apito de advertência, que começam a soar a partir de determinado tempo de uso ou determinada pressão do cilindro, indicando que o ar está no final e que o militar deve iniciar o abandono da área. Para evitar a perda de continuidade na faina, os militares devem ser rendidos até o momento do alarme. No caso de necessidade de apoio de outro Reparo, enviando militares com máscaras, o respectivo Controlador acompanha esses militares, se apresentam ao Encarregado do Reparo e logo que determinado os envia ao líder na posição de controle da faina. k) Turma de Bombas - A turma de bombas deve estar pronta a instalar e empregar as bombas portáteis e os equipamentos de esgoto ou sistemas de esgoto quando determinado. l) Turma de Rescaldo - A turma de rescaldo começará a ser empregada após o incêndio ser extinto fazendo o “rescaldo” da área. Com o auxílio de machado de CAv, ancinho de CAv, etc., deverá verificar a presença de pontos quentes, brasa e focos de incêndio, completando totalmente a faina de extinção do incêndio. Estes militares devem: - usar equipamentos autonomos de respiração (equipado com amplificador de voz, onde disponível); - roupas de proteção adequadas; - trabalhar junto com o(s) elemento(s) de vigilância designado(s) para resfriar pontos quentes; e - resfriar os pontos de ignição em potencial. O rescaldo poderá ser realizado pelos próprios militares da turma de incêndio que extinguiu o sinistro, desde quepossuam condições físicas apropriadas. m) Eletricista - Os eletricistas fazem o isolamento elétrico dos compartimentos, quando determinado, se ainda não foi realizado pelo eletricista da Turma de Ataque. Usam equipamento autônomo de respiração caso seja necessário trabalhar dentro dos Limites Primários de Fumaça. No caso de se utilizar bombas ou sirocos elétricos, a presença do eletricista é recomendável. As fainas de Controle de Fumaça, que incluem a limitação do espalhamento da fumaça e sua remoção, são de responsabilidade dos eletricistas, sob coordenação da Central de CAv El. O fechamento de tampas de ventilação e flaps de extrações, a parada de motores de Sistemas de Ventilação ou de ares-condicionados (CRASH STOP), assim como o restabelecimento desses sistemas quando fora dos limites primários de fumaça, são procedimentos do Controle de Fumaça necessários para limitar a fumaça dentro do navio. A remoção de fumaça é feita por eletricistas escalados, que deverão manobrar com os sistemas de ventilação conforme já previsto no navio, dependendo da área tomada pela fumaça. n) Turma de Primeiros Socorros - Todo o pessoal designado para a turma de primeiros socorros deve ser qualificado para aplicar primeiros socorros no local do sinistro, de modo a prover um tratamento de emergência até que os feridos possam ser transportados para a enfermaria. O Curso do CAAML que capacita os militares a exercerem esta função é o C-EXP-PRISOC. o) Turma de Serviços Gerais - Tem como tarefas suplementar as demais turmas, conduzir fainas não especificadas, guarnecer os sistemas de borrifo dos paióis, quando não houver pessoal do armamento ou da turma de contenções designado para isto e realizar reparos estruturais, escoramentos, bujonamentos e percintagens. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 9 Para a realização de faina de controle de alagamento, os componentes da Turma de Serviços Gerais devem portar botas de borracha de cano longo, capacetes de aba total, luvas de raspa e óculos de proteção. Devem estar qualificados para realizar fainas de percintagem, escoramento e tamponamento/bujonamento. p) Turma de Sondagem - Tem como tarefas a sondagem de tanques e compartimentos, transferência de carga líquida (óleo, aguada, reserva etc.) e manobras de sistema de esgoto e lastro. 2.3.5 - Distribuição básica do pessoal por funções de um Reparo de CAv - A Tabela a seguir apresenta uma sugestão de distribuição de militares pelas diversas turmas componentes de um Reparo de CAv, tendo por base a quantidade de militares disponíveis nos Reparos, de acordo com a OC de cada classe de navio. O acúmulo de funções, assim como o pedido de apoio de pessoal de outros reparos, deve ser avaliado pelo Encarregado do Reparo, de acordo com a evolução do sinistro, com conhecimento do Enc. CAv. Tabela 2.1 – composição mínima de um reparo de CAv (*) A Turma de Rescaldo não foi computada no total de quantitativo de militares do Reparo, tendo em vista que a mesma pode ser composta pelos militares da turma de incêndio que extinguiu o sinistro. (1) Turma de Ataque é composta por, no mínimo, 04 militares, sendo 01 líder, 01 eletricista e 02 militares. (2) Caso não haja pessoal disponível para o guarnecimento da função de Mensageiro, a mesma poderá ser dispensada, desde que sejam estabelecidas comunicações confiáveis entre as estações por circuitos internos ou transceptores portáteis. (3) Caso os navios possuam quantitativos acima do mínimo estabelecido para composição dos Reparos de CAv, deverão distribuí-los, preferencialmente, pela Turma de Primeiros Socorros, Turma de Serviços Gerais, Turma de Contenção e Mensageiro. (4) Caso os navios não contem com militares em quantidade suficiente para o guarnecimento de todas as funções descritas (por exemplo, o Reparo#1 das FCN), deverão priorizar o guarnecimento das Turmas de Incêndio em detrimento das Turmas de Serviços Gerais e Turmas de Bombas. 2.3.6 - Turma de Ataque Rápido no mar (TAR) - Na fase inicial de um sinistro, estando o navio em regime de viagem, o combate inicial poderá ser realizado por uma “Turma de Ataque Rápido no Mar”, enquanto não for julgado necessário, de acordo com a evolução da situação, o guarnecimento de Postos de Combate ou Postos de CAv. O propósito da TAR é dar ao navio a capacidade de responder rapidamente à sinistros e determinar a extensão de danos. Os Comandantes de Força/Esquadrão poderão determinar nas suas classes de navio, a existência dessa TAR como organização permanente, detalhada em quartos de serviço ou como parte de um detalhe organizado para manobras especiais, tais como fainas de transferência de carga leve ou pesada, fainas de transferência de óleo no mar, operações aéreas, manobras restritas ou fainas de reboque. Possuir turmas fixas para o ataque inicial a qualquer avaria, compostas por militares em serviço permanente ou em serviço por quartos, oferece as seguintes vantagens: - atender imediatamente a um alarme de incêndio ou alagamento quando os reparos não estiverem guarnecidos; - a melhor qualidade da ação inicial (pois esses militares são constantemente adestrados para realizar todas as tarefas); - não interromper outras operações do navio devido a um princípio de incêndio ou alagamento; - controlar incêndios ou alagamentos enquanto estiverem sendo executadas manobras ou fainas críticas, até que terminem e os Postos de Combate possam ser guarnecidos; - não causar atrasos no ataque inicial a uma avaria, devido às rendições de serviço; - não causar modificações na tabela de lotação e efetivo do navio, pois as funções na TAR poderão ser acumuladas com outras funções já desempenhadas por seus componentes; e - maior rapidez na chegada ao local do alarme, por não sofrerem atrasos devido ao estabelecimento da condição ZULU de fechamento por ocasião dos Postos de Combate ou Postos de CAv. Caso a TAR seja organizada somente como parte de um detalhe para manobras especiais, como em DEM, por exemplo, por razões de insuficiência de pessoal para compô-la em serviço permanente ou em serviço por quartos, esta, quando formada, permanecerá no local da avaria até ser rendida pelo pessoal Reparo, guarnecido em Condição I/IA. Se for organizada em serviço permanente ou em serviço por quartos, responderá por todas as avarias no mar quando o navio estiver numa condição diferente da Condição I/IA. Havendo a necessidade de se guarnecer a máxima condição de prontidão, devido à gravidade da avaria, a TAR permanecerá combatendo a avaria até a chegada do Grupo de Reparo. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 10 A TAR será composta pelo pessoal citado na tabela abaixo. Os Comandantes de Força/Esquadrões, poderão autorizar alterações, de acordo com as necessidades de cada classe de navio. O Encarregado do CAv é o responsável pela organização da TAR e pela qualificação e adestramento do pessoal que a compõe. A TAR poderá ser incorporada inteira na organização do CAv durante a Condição I/IA, em um ou mais Grupos de Reparo. Tabela 2.2 – Composição básica da Turma de Ataque Rápido (TAR) no mar. 2.4 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CAv - Considerando a Organização Administrativa, o Controle de Avarias possui como tarefas a instrução e o adestramento dos militares do navio, a manutenção do material e a execução de serviços de manutenção corretiva. 2.4.1 - Encarregado do CAv - O Encarregado do CAv, administrativamente subordinado ao Chefe do Departamento de Máquinas, é o responsável no porto pela coordenação da manutenção do material, realizada pelos Encarregados de Divisões, e pela instrução e o adestramento de toda a tripulação. O Encarregado do CAv possui, também, as seguintes responsabilidades: - manter atualizadas as normas e os procedimentos para os serviços relacionados aoControle de Avarias; - elaborar ou manter atualizado um programa de adestramentos, incluindo avaliação, para ser ministrado para toda a tripulação assim como preparar instrutores para pôr em prática estes adestramentos; - conduzir inspeções periódicas no material de CAv dos reparos do navio; - manter atualizado o livro de CAv conforme as alterações feitas no navio; - manter todas as listas de verificação atualizadas; - manter informado o Chefe do Departamento de Máquinas de qualquer situação ou prática que diminua o grau de prontidão do Controle de Avarias do navio; - fiscalizar a adoção das medidas de segurança necessárias à entrada de pessoal em compartimentos fechados ou espaços vazios; e - autorizar os trabalhos de corte e solda a bordo e, como responsável pelos testes de atmosfera, pela liberação de compartimentos ou tanques com gases tóxicos ou explosivos, após serem desgaseificados. 2.4.2 - Imediato - Ao Imediato compete: - manter o Comandante informado do estado de prontidão do CAv do navio, tanto em termos de material quanto em termos de pessoal; - fazer cumprir as decisões do Comandante, no que diz respeito à instrução e ao adestramento; - estar familiarizado com os procedimentos do CAv no porto e no mar; - manter a supervisão geral de todas as ações relacionadas ao CAv, incluindo os exercícios, sob um ponto de vista específico e discriminado; - prover material e pessoal de outros controles para o auxílio do CAv, nos casos de grandes avarias, obedecendo as prioridades do Comando; e - em casos mais graves e, se a situação tática assim permitir, se posicionar no CCM ou o mais próximo das avarias para assessorar o Comandante em tempo real. O Imediato deve atentar para uma necessidade de prover suplementos alimentares e água para o pessoal envolvido em ações de emergência. Em caso de grandes sinistros, pelo risco potencial de indisponibilidade de água potável e dificuldade de acesso às cobertas de rancho e cozinha, isso pode exigir um elevado esforço de coordenação. 2.4.3 - Fiel de CAv do navio - É o auxiliar direto do Encarregado do CAv. O curso do CAAML que capacita o militar para o exercício da função é o C-EXP-FICAV. Possui como tarefas principais: - a coordenação dos Fiéis de Avarias das Divisões na manutenção dos equipamentos de CAv; - o treinamento do pessoal de bordo nos assuntos do CAv; e - a prevenção e o combate a incêndios e alagamentos. O fiel de CAv do navio deve conduzir inspeções diárias pelo navio, devendo dar atenção especial a: - redução dos riscos de incêndio – armazenagem de lixos, combustíveis e inflamáveis; - equipamentos de combate a incêndio, estações de espuma, estações de HALON, sistema fixo de CO2 ou PKP – Itens faltando; condições das válvulas, mangueiras, chaves e esguichos; e instruções de operação devidamente afixadas e atualizadas; - precauções de segurança – adequadamente fixadas, atualizadas e completas; - líquidos Inflamáveis – armazenagem e proteção adequada (CO2, PKP); - fumo – cumprimento das regras de comportamento estabelecidas; - corte e Solda – testes de gases ou fornecimento de autorização para corte e solda (data e hora); vigias qualificados; maçaricos de corte e solda ou mangueiras de oxiacetileno protegidas e passando por caminhos adequados; ventilação adequada; e oficial de serviço informado; FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 11 - armazenagem de gases comprimidos - vazamentos pelas conexões; tampa protetora das válvulas instalada; e local de armazenagem ventilado e coberto; e - condição de fechamento do material – corretamente cumprida e mantida. 2.4.4 - Encarregado de Divisão - É atribuição dos Encarregados de Divisão a adoção de medidas preventivas, em suas áreas de responsabilidade, tais como a manutenção da estanqueidade à água e aos gases, a prevenção de incêndios, a peiação do material e a manutenção dos equipamentos de emergência. Para alcançar esses propósitos, os Encarregados de Divisão deverão assegurar-se de que todos os equipamentos, acessórios, marcações e listas de verificação sob sua responsabilidade sejam mantidos nas melhores condições possíveis. Isto deve ser feito por meio de inspeções periódicas, do cumprimento das rotinas de manutenção pelos fiéis de CAv e do adestramento dos militares de sua divisão. 2.4.5 - Fiel de CAv da Divisão - Cada Divisão deverá ter uma praça qualificada para exercer a função de Fiel de CAv da Divisão. O Curso do CAAML que capacita os militares a exercerem esta função é o C-EXP- ELCAV. Os Fiéis de CAv das Divisões têm as seguintes atribuições: - familiarizar-se com todas as fases dos procedimentos de controle de avarias, combate a incêndios; - auxiliar no adestramento dos militares de sua Divisão no que se refere ao controle de avarias, combate a incêndios, escape em emergência; - auxiliar na preparação e atualização das listas de verificação de todos os compartimentos sob sua responsabilidade; - supervisionar o estabelecimento das condições de fechamento do material na área da sua divisão; - pesar os extintores portáteis de CO2, inspecionar e testar o equipamento de CAv e combate a incêndio e cumprir as demais rotinas estabelecidas, prestando as informações necessárias ao encarregado da Divisão de acordo com o estabelecido no SMP do navio ou normas do Encarregado do CAv; - assegurar-se de que todas as lanternas de antepara, tubos de força, chaves de mangueiras e outros equipamentos de CAv estejam nos seus respectivos locais e em perfeitas condições de uso, em toda a área da Divisão; - assegurar-se de que todos os compartimentos, redes, cabos elétricos e equipamentos de CAv e combate a incêndios estejam corretamente marcados com os símbolos e cores apropriados; - assegurar-se de que as instruções de operação e as precauções de segurança dos equipamentos instalados na área de sua divisão estejam afixadas nos locais apropriados; - realizar inspeções diárias nas incumbências da Divisão para eliminar riscos de incêndios; e - cumprir outras determinações feitas pelo Encarregado do CAv, Encarregado da Divisão ou Fiel de Avarias do navio, no que se refere ao Controle de Avarias e à manutenção dos equipamentos e acessórios de CAv. 2.4.6 - Oficial de Serviço (no porto com a guarnição licenciada) - O Oficial de serviço nos navios em que não haja oficial de serviço no Departamento de Máquinas será o responsável pela segurança do navio e deverá atuar como se fosse o encarregado do controle de avarias nas fainas, supervisionando o grupo de CAv de serviço. Nos navios em que haja oficial de serviço no Departamento de Máquinas, caberá a este Oficial a coordenação das fainas de emergência. 2.4.7 - Grupo de CAv de serviço - Deve ser adotado o procedimento de guarnecer com o quarto de serviço em qualquer ocasião com o navio no porto, concentrando os militares não pertencentes ao quarto de serviço em local pré-determinado pela Organização Administrativa (OA), sendo utilizados para reforço por ocasião do combate ao sinistro. O Grupo de CAv de Serviço deve ter suas turmas detalhadas em número e composição semelhante a um Reparo em Postos de Combate. O Oficial de Serviço assume o controle das ações de controle de avarias na Estação Central de CAv. Caso o Oficial de CAv do navio esteja a bordo, este poderá ser chamado para auxiliar na condução das fainas. O Imediato, estando a bordo, deverá manter comunicação com a ECCAv para fornecimento de material e apoio de pessoal do navio ou dos Grupos de Socorro Externo. a) Oficial de Serviço no Porto - O Oficial de Serviço deve estar intimamente familiarizado com o navio, a condição de prontidão do material e com os procedimentos de emergência. Para isso deve estar preparado para analisar a situação e adotar, pronta e corretamente, os procedimentos iniciais para auxiliar ou controlar incêndios ou avarias. A capacidadepara reagir correta e prontamente será diretamente proporcional ao conhecimento que tem dos procedimentos de CAv e dos equipamentos disponíveis e ao seu adequado treinamento. b) Patrulha de CAv - O Patrulha de CAv é um serviço designado para detecção e prevenção de incêndios, alagamento, ou outras irregularidades que afetem a segurança física do navio. O patrulha de CAv deve ser qualificado de acordo com instruções do navio e tem as seguintes atribuições: - manter uma patrulha contínua e irregular em todo o navio de acordo com uma lista de verificação; - estar continuamente alerta para a evidência de fogo e alagamento; e - fazer inspeções periódicas de acessórios de CAv, verificar a condição de fechamento de material em vigor, incluindo o escurecimento do navio, informando qualquer discrepância. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 12 CAPÍTULO 3 - CONDIÇÕES DE PRONTIDÃO PARA AÇÃO E DE FECHAMENTO DO MATERIAL 3.1 - CONDIÇÕES DE PRONTIDÃO 3.1.1 - Preparação do navio para o combate - Em uma maneira mais ampla, a preparação do navio para o combate é executada em três etapas (passagem da situação de Paz para a situação de Guerra, preparação para o Cruzeiro de Guerra e preparação para a ação). Essas três etapas descritas a seguir, têm como propósito incrementar a prontidão do navio para o combate, em termos de material e procedimentos. a) Passagem da situação de Paz para a situação de Guerra - Na preparação para a guerra são executados: - a retirada de objetos, materiais e equipamentos não essenciais à vida de bordo e que possam aumentar o risco de incêndios ou danos ao pessoal e ao material; - o recebimento de suprimentos constantes das dotações de guerra; e - o remanejamento e a distribuição de diversos itens a bordo. b) Preparação para o Cruzeiro de Guerra - Inclui a preparação para o mar, que é uma rotina cumprida em tempo de paz ou de guerra como estabelecido na Organização Administrativa. No que diz respeito ao controle de avarias, as principais considerações são quanto à condição de fechamento do material, peiação do material volante, estanqueidade e estabilidade. Na preparação para o mar a verificação da condição de fechamento do material e a peiação do material volante são responsabilidades dos Chefes de Departamento nas áreas sob suas responsabilidades. O Imediato, auxiliado pelo Encarregado do CAV, exercerá a supervisão da preparação recebendo o pronto dos Departamentos. A manutenção da estabilidade é responsabilidade do Chefe do Departamento de Máquinas, a quem compete adotar as seguintes providências: - manter os porões limpos e esgotados; - manobrar com carga líquida de modo a atestar os tanques e eliminar o efeito de superfície livre e manter o navio a prumo; - admitir lastro, quando necessário; - distribuir o material de Controle de Avarias; e - distribuição, pelo médico, do material cirúrgico e de primeiros socorros. c) Preparação para a ação - É composta por uma série de medidas especiais, adotadas na iminência do combate e destinadas, principalmente, a aumentar a probabilidade de sobrevivência, caso o navio sofra danos. São exemplos de procedimentos que devem ser relembrados quando o navios estiver entrando nessa etapa de preparação para o combate: - Procedimento de Abandono, Salvamento e Destruição do Navio; - Operações Aéreas; - Plano de Emergência de Aviação; - Rancho em Postos de Combate; - Rendição em Postos de Combate; - Rendição dos Quartos de Serviço; - Carregamento dos mísseis nos lançadores; - Colocação de mísseis ou munição em praça de municiamento; e - Preparação para o combate. 3.1.2 - As quatro condições de prontidão - Condições de Prontidão são níveis de guarnecimento das estações, postos e serviços para a reação a ameaças ou para o desempenho de tarefas específicas. a) Condição I - Postos de Combate - Na CONDIÇÃO I, o navio tem a máxima capacitação para o combate, estando com: - todo o armamento, sensores e estações de comando e controle em operação e guarnecidos; - a melhor capacidade de manobra, de máquinas, de operação de aeronaves; e - alerta completo do Controle de Avarias. b) Condição IA – Postos de Controle de Avarias - Na CONDIÇÃO IA, o navio tem a máxima capacitação para o Controle de Avarias, estando com: - todas as estações do Controle da Manobra e do Controle da Máquina do navio guarnecidas; - todas as estações afetas ao Controle de Avarias e Controle de Avarias Eletrônicas, inclusive a Enfermaria, guarnecidas e reforçadas; e - tripulação não envolvida com as ações descritas anteriormente formada em local pré-determinado pelo navio à disposição do Controle de Avarias. c) Condição II - Na CONDIÇÃO II, apesar do navio não possuir capacitação máxima para o combate, terá todas as Estações primárias e secundárias de controle guarnecidas. Todos os sensores e estações estarão guarnecidos, mesmo que alguns parcialmente. Esta condição será usada em situações especiais em que um elevado grau de prontidão faz-se necessário apesar de não haver situação de combate iminente. Será estabelecida a condição ZULU de fechamento do material do convés principal para baixo e no mínimo a condição YANKEE de fechamento nos demais conveses a critério do Comando. Máxima duração esperada: 72 horas. d) Condição III - Cruzeiro de Guerra - Na CONDIÇÃO III, o navio estará com: - capacitação elevada de vigilância sobre a área de interesse tático e de reação imediata a qualquer ameaça; - o armamento, sensores e estações de comando e controle parcialmente em operação e guarnecidos; - boa capacidade de manobra e de máquinas; - capacidade completa de operação com aeronaves; e - patrulhamento de CAV nas áreas não frequentadas de bordo e suscetíveis a avarias. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 13 3.2 - CONDIÇÕES DE FECHAMENTO - Todo navio de guerra deve prever uma situação, tanto para o pessoal como para o material, que o coloque nas melhores condições possíveis para a ação. A condição de prontidão mais rigorosa é aquela em que estão totalmente guarnecidos os diversos postos e estações de controle do navio, podendo a unidade empregar o seu máximo poder ofensivo, ter disponível sua máxima velocidade, coletar e analisar com a máxima antecedência possível as informações referentes ao inimigo, estando o pessoal do Controle de Avarias a postos. A condição de fechamento do material assegura o máximo grau de estanqueidade do navio à água, ao fogo, ao ar (gases em geral) e ao óleo, durante o combate. A fim de permitir a habitabilidade do navio e repouso ao pessoal, são estabelecidas condições de fechamento intermediárias, que poderão ser estabelecidas quando o navio não estiver em iminência de uma ação. Do mesmo modo, para o pessoal, são estabelecidas condições intermediárias de prontidão para a ação que permitem o guarnecimento parcial dos controles de bordo. Para tal fim, são adotadas três condições básicas de fechamento do material XRAY, YANKEE e ZULU acrescidas de três variantes YANKEE MODIFICADA, ZULU MODIFICADA e ZULU-NBQR. Os navios de origem francesa adotam o sistema “Arlequim”, conforme descrito no item 3.5. Os navios adotarão cada uma dessas condições de acordo com a situação tática, com a maior ou menor probabilidade de entrar em ação, perigos de colisão, etc. Não há correspondência rígida entre as condições de fechamento do material e as de prontidão. A condição de fechamento do material refere-se ao grau de estanqueidade e à segregação necessária para limitar a extensão de avarias no navio. A condição de fechamento será determinada pelo Comandante, baseado no conhecimento da situação existente e antecipando-se aos possíveis eventos. As três condições básicas de fechamento do material são a seguir, definidas: 3.2.1 - Condição XRAY - Proporciona o mínimo de proteção. É aplicada quando o navio estátotalmente fora de perigo, não se esperando qualquer tipo ataque, como por exemplo: navio atracado à sua base, durante o expediente normal. Quando a condição de fechamento do material for X, todos os acessórios marcados com X devem estar fechados. 3.2.2 - Condição YANKEE - É a condição estabelecida normalmente no mar, no porto em tempo de guerra ou quando fundeado em porto protegido ou atracado à sua base, após o expediente normal. Quando a condição de fechamento do material for Y, os acessórios marcados com X e Y devem estar fechados. Alguns navios utilizam-se da condição YANKEE modificada (Y-l). Essa condição modificada significa o fechamento de todos os acessórios marcados X e Y abaixo do convés principal, mas permite a abertura dos acessórios classificados como Y acima do convés principal, para possibilitar o aumento da ventilação e melhorar as condições de habitabilidade. A condição YANKEE modificada é adotada, algumas vezes navegando escoteiro, com boa visibilidade e mar calmo e no porto, após o expediente, em tempo de paz. 3.2.3 - Condição ZULU - Provê o mais alto grau de estanqueidade e segregação no navio. É estabelecida quando se deseja obter a máxima prontidão para os sistemas de sobrevivência do navio. A condição ZULU é estabelecida nos seguintes casos: - quando é tocado postos de combate, imediata e automaticamente; - quando entrando e saindo do porto em tempo de guerra; - para localizar avaria, controlar incêndios e alagamento quando a tripulação não está em postos de combate; e - quando o Comandante desejar a capacidade máxima de sobrevivência do navio. Quando a condição ZULU é estabelecida, todos acessórios marcados com X, Y e Z são fechados. A condição ZULU modificada é uma variante da condição ZULU que possibilita um maior grau de sobrevivência do que a condição YANKEE. Essa condição é menos restrita que a condição ZULU e permite um melhor acompanhamento dos requisitos operacionais dos equipamentos. A condição ZULU modificada pode ser empregada nas seguintes situações: - Reabastecimento no mar; - Entrada e saída de porto em tempo de paz; - Reabastecimento vertical; - Operações aéreas; - Operações anfíbias; e - Trânsito em área de perigo à navegação. A condição ZULU admite ainda como variante a condição ZULU-NBQR, a qual destina-se a prover maior grau de proteção contra contaminação nuclear, biológica ou química. Nessa situação, serão fechados, também, os acessórios classificados com R e W envolvidos por um círculo. 3.3 - CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL ESTANQUE - A fim de facilitar o estabelecimento da condição de fechamento do material determinada a bordo, todos os acessórios estanques são classificados com as letras X, Y, Z ou W, sozinhas ou com um sinal envolvente. Os significados dessas marcas são: A classificação X (marcada com X preto) é aplicada aos acessórios estanques que devem estar sempre fechados, em qualquer condição de fechamento do material. Estes acessórios somente poderão ser abertos em ocasiões de reparo, saída ou entrada de material, limpeza, isto é, quando a sua abertura se tornar necessária e durante pequenos períodos de tempo, devendo ser obtida permissão da ECCAv para tal abertura. Caso possível, em compartimentos limitados por portas ou escotilhas classificadas X, não devem existir acessórios com outra classificação. Se esse procedimento torna-se inevitável, o fato deverá ser claramente indicado por uma informação na própria porta ou na antepara vizinha: “acessório Y ou Z no interior”, conforme o caso. A classificação Y (marcada com Y preto) é aplicada aos acessórios estanques que devem permanecer fechados nas condições YANKEE e ZULU. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 14 A classificação Z (marcada com Z vermelho) é aplicada aos acessórios estanques que devem ficar normalmente abertos para o serviço no navio, acesso aos postos de combate e melhorar as condições de habitabilidade, mas que devem ser fechados quando for estabelecida a condição de fechamento do material ZULU. A classificação W (marcada com W preto) é aplicada aos acessórios estanques que devem permanecer sempre abertos, em qualquer condição de fechamento. Convém notar que os acessórios W devem ser restritos ao mínimo possível e que as portas e escotilhas estanques não poderão nunca ser classificadas W. Aplica-se às válvulas de aspiração de condensadores principais, bombas de incêndio, aspiração de motores etc. Aplica-se também a válvulas vitais que, se fechadas, prejudicam a mobilidade e a proteção contra incêndio do navio. Tais acessórios são fechados apenas quando necessário para combater avarias ou contaminação (condição ZULU-NBQR), ou para efetuar reparos nas unidades a que estão afetos. Círculo envolvendo X (X preto dentro do círculo preto) - Fechado durante as condições XRAY, YANKEE e ZULU. Círculo envolvendo Y (Y preto dentro do círculo preto) - Fechado nas condições YANKEE e ZULU. Essas duas classificações são aplicadas a portas, escotilhas e escotilhões que podem ser abertos sem autorização especial, quando assumindo postos, para permitir transferência de munição ou operação de sistemas vitais. Esses acessórios são abertos somente quando efetivamente necessário, e devem ser fechados imediatamente após encerrada à faina que motivou sua abertura. Círculo envolvendo Z (Z vermelho dentro do círculo vermelho) - Fechado durante a condição ZULU. Aplica-se a acessórios que poderão ser abertos quando a condição ZULU for prolongada, para permitir confecção e distribuição de rancho de combate, facilidades sanitárias, ventilar determinados compartimentos e proporcionar acesso às salas de reunião ou convés de vôo. Quando abertos, tais acessórios devem estar prontos a serem fechados imediatamente. Letra D envolvendo Z (D preto envolvendo Z vermelho) - São fechados quando determinada a condição ZULU de fechamento do material ou quando determinado o escurecimento do navio, neste caso independentemente da condição de fechamento do material estabelecida. Tais acessórios evitam a saída de luzes do interior do navio. Círculo envolvendo W (W preto envolvido por círculo preto) - Designa acessórios sempre abertos, mas que devem ser fechados para defesa contra ataques NBQR. Classificação R (marcada com R preto) - é incluída em aditamento à classificação acima exposta. É aplicada exclusivamente a válvulas e "flaps" de sistemas de ventilação e suspiros de tanques, que não são abertos ou fechados por força da classificação, mas apenas estabelecem comunicação alternativa para o ambiente interior (fazendo recirculação do ar, por exemplo) ou exterior (renovação de ar e suspiro para atmosfera), conforme haja ou não, respectivamente, estabelecimento da condição ZULU-NBQR. Marcação A (marcada com A laranja) - Indica os acessórios que deverão ser fechados, adicionalmente aos da condição ZULU, para a completa estanqueidade de gases por ocasião do estabelecimento da condição ZULU-NBQR. Marcação M (marcada com M laranja) - Indica os sistemas necessários a condução das máquinas. Sua abertura e fechamento são controlados pelo CCM durante a manutenção da condição ZULU-NBQR. 3.4 - RESPONSABILIDADE PELO FECHAMENTO - O estabelecimento da condição de fechamento do material para os acessórios classificados com X ou Y é de responsabilidade das respectivas divisões de bordo. Os acessórios classificados em R, W ou Z ficam a cargo do reparo de CAv em cuja área se situem. Essa atribuição de competência é indicada nas listas de verificação dos compartimentos, o que não exime os demais membros da tripulação da responsabilidade individual de manter a condição de fechamento do material determinada, sempre que seja detectada uma situação irregular. Os militares responsáveis pelo fechamento dos acessórios deverão observar as precauções de segurança quanto ao fechamento de escotilhões (o militar deverá fecharo acessório a partir do convés em que está localizado o acessório e não a partir do convés abaixo do escotilhão). Embora o estabelecimento da condição de fechamento deva ser efetuado com presteza, é importante que, ao ser determinado o guarnecimento de postos de combate, não sejam criados obstáculos ao rápido deslocamento do pessoal em direção a seus postos. Assim, aquelas passagens de maior trânsito devem ser deixadas para o fim. Nenhum acessório, porta, escotilha, ou válvula que se encontre fechado (ou aberto), por determinação da condição de fechamento em vigor, poderá ter sua situação alterada sem autorização do Comandante do navio que, nos navios grandes, é concedida através do Oficial de Quarto na Estação Central do Controle de Avarias e, nos de menor porte, através do Oficial de Quarto no Passadiço. Na Estação Central deverá ser escriturado o livro de controle da condição do fechamento do material onde se anotam quaisquer alterações, incluindo o motivo, o horário da alteração e quem a solicitou. Cada navio deverá estipular os acessórios estanques (classificados como X ou Y) que poderão ser abertos simultaneamente, tendo como base informações do Livro de CAv do navio. Deverão ser usadas plaquetas com avisos “ABERTURA AUTORIZADA PELA ECCAv” nos acessórios abertos e registrados no livro de controle. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 15 Tabela 3.1 - Classificação do material Estanque 3.5 - A CONDIÇÃO DE FECHAMENTO DO MATERIAL NOS NAVIOS DE ORIGEM FRANCESA - Adota-se um método baseado em números e cores para estabelecer as Condições de Fechamento do Material. Também conhecido como “Arlequim”. (Fig 3.1) - Números: 0 – Ataque NBQR 1 – Postos de Combate 2 – Não utilizado na MB 3 – Navegação em condição III 4 – Não utilizado na MB 5 – Navio atracado ou fundeado - Cores: cor encarnada – O acessório estanque deverá ser mantido fechado, só sendo permitida a sua abertura mediante autorização da ECCAv. cor amarela – O acessório estanque deverá estar fechado, sendo autorizada a passagem sem permissão da ECCAv, porém, o mesmo deverá ser fechado logo após a passagem do militar. cor verde – O acessório poderá estar aberto ou fechado. Exemplo: o quadro abaixo está fixado no acesso a uma porta estanque. O militar olhando para o quadro, ciente da condição de fechamento do material em vigor no navio, adotará o seguinte procedimento após passar pelo acessório. - Postos de Combate – Nº1 em um campo vermelho indica que o acessório deverá permanecer fechado só sendo permitida a abertura com autorização da ECCAV. - Navegação em condição III – Nº3 em um campo amarelo o acessório estanque deverá estar fechado, sendo autorizada a passagem sem permissão da ECCAV, pois o mesmo deverá ser fechado logo após a passagem do militar. - Navio atracado ou fundeado – Nº5 em um campo verde o acessório poderá estar aberto ou fechado. Observação: A distribuição de cores dentro do quadro poderá variar dependendo do tipo de acessório estanque e do uso que se faz dele em cada condição de fechamento do material no mar e atracado. Figura 3.1 – Exemplo de Arlequim CAPÍTULO 6 - MANUTENÇÃO DA ESTANQUEIDADE 6.1 - GRAUS DE ESTANQUEIDADE - Todo navio de guerra é subdividido pelos conveses e anteparas, tanto acima como abaixo da linha d'água, em um grande número de compartimentos estanques. Quanto maior for essa subdivisão, tanto mais resistência oferecerá o navio à progressão de alagamentos e, consequentemente, ao afundamento. Cada um dos compartimentos de bordo, de acordo com o fim a que se destina e a sua localização, terá um determinado grau de estanqueidade. Naturalmente, todos os acessórios estanques e válvulas neles situados deverão possuir, no mínimo, o mesmo grau de estanqueidade. Os diversos graus de estanqueidade exigidos a bordo de navios de guerra são: 6.1.1 - Estanqueidade ao óleo - É a que não permite nenhum vazamento de óleo (derivados de petróleo), quando sob a pressão de uma coluna de óleo equivalente à altura do compartimento. Essa estanqueidade é exigida em todos os limites dos tanques de combustíveis e lubrificantes a bordo. 6.1.2 - Estanqueidade à água - É a que não permite nenhum vazamento d'água, quando sob a pressão de uma coluna d'água igual à altura do compartimento. É exigida nas chapas do costado e limites de tanques de água, estruturas e acessórios de fechamento que possam ter necessidade de suportar um alagamento no caso de uma avaria no casco. Como a estanqueidade ao óleo, constitui também uma barreira contra a difusão dos agentes NBQR. Torna-se, assim, importantíssimo que seja rigorosamente mantida a estanqueidade desses compartimentos, para o que deverá ser feito um exame periódico do local, dando-se especial atenção aos resultados obtidos. Em geral, ao nos referirmos à estanqueidade de um compartimento, mencionaremos a estanqueidade à água. 6.1.3 - Estanqueidade ao ar - É a capacidade que apresenta o compartimento, quando submetido a uma determinada pressão de ar, de garantir que a queda de pressão em um dado tempo não ultrapassará a percentagem especificada. É exigida nos limites de espaços que não são estanques à água, mas onde é necessário estabelecer uma proteção do pessoal contra ataques NBQR. É também estabelecida em compartimentos que trabalham com pressão superior à da atmosfera. FAINAS A BORDO I - CAV CURSO ASCENSÃO EA-HSG - EAD CURSOASCENSAO.COM.BR 16 6.1.4 - Estanqueidade à fumaça - É aquela obtida quando não se permite qualquer abertura visível. É exigida nos limites de locais que devem ser protegidos da contaminação direta pelo espargimento de agentes químicos, ou onde sua concentração deva ser reduzida ao mínimo compatível com as condições de habitabilidade. 6.1.5 - Estanqueidade às chamas - É a que não permite nenhuma passagem de chamas. As aberturas existentes recebem telas com malha de dimensão máxima igual a 1/100 da polegada. É exigida onde se deseja impedir a propagação das chamas que possam normalmente existir nestes compartimentos, em virtude dos trabalhos ali realizados. 6.2 - TESTES E INSPEÇÕES DE ESTANQUEIDADE - Durante a construção do navio, antes de sua incorporação, o arsenal construtor executa, em cada compartimento, dois tipos de teste: o teste de resistência e estanqueidade e o teste final. A natureza de cada um desses testes depende da localização do compartimento e do fim a que este se destina. Esses testes poderão ser realizados utilizando-se a pressão hidrostática com água doce (equivalente à coluna d'água da especificação do projeto), pressão de ar, ou ainda em simples jato de ar comprimido. Os dados e instruções sobre esses testes são fornecidos ao navio no Plano Para Teste dos Compartimentos e no Diagrama para Testes dos Compartimentos. Uma vez incorporado o navio, a estanqueidade obtida pelo arsenal construtor poderá vir a ser degradada por várias causas. Torna-se imprescindível, portanto, que seja verificada periodicamente, a estanqueidade dos diversos compartimentos do navio. Essa verificação é feita pelos testes e inspeções conduzidos a bordo, que são, normalmente, os seguintes: 6.2.1 - Inspeções Semanais - Todos os compartimentos do navio (com exceção dos tanques de óleo, água, outros líquidos ou gases inertes, espaços classificados como vazios, duplos fundos e cóferdãs) devem ser inspecionados semanalmente. Normalmente, essas inspeções são realizadas pelo próprio Encarregado da Divisão responsável pelo compartimento. Inspeções realizadas pelo Comandante, Imediato e Chefes de Departamentos, nos diversos setores do navio, valorizam essas inspeções. 6.2.2 - Testes e Inspeções Periódicas - Em todos os navios (exceto submarinos ou outros determinados) deverão ser conduzidos testes e inspeções periódicas para verificação da sua estanqueidade, de acordo com o plano que lhe é próprio. Esse plano relaciona todos os compartimentos
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