Buscar

PEÇA PRATICA PENAL 15

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO, DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA DE TERESINA - PI
Processo nº: ___________
Willian Vonner da Silva, já qualificado nos autos às folhas (), por meio de seu advogado e procurador que a este subscreve, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão de folhas (  ), interpor tempestivamente,  recurso de
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
Com fundamento no artigo 197 da Lei de Execução Penal, afim de requerer a realização do Juízo de Retratação, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal, em sendo mantida a decisão atacada, que seja o presente recurso encaminhado para segunda instância para devido processamento e julgamento. 
Termos em que,
Pede-se deferimento.
Teresina - PI,22/05/2016
Advogado – Tallis Nathan Araújo Coelho 
OAB/PI N°1234
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO
Recorrente: Willian Vonner da Silva
Recorrido: Ministério Público do Estado
Processo nº: ______
Egrégio Tribunal Colenda Câmara Douto Julgadores
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
I- DOS FATOS
O Willian Vonner da Silva, foi condenado por incorrer nas sanções previstas no artigo 121, parágrafo segundo, inciso I do Código Penal Brasileiro. Na sentença condenatória a pena privativa de liberdade cominada foi de 12 anos de reclusão a ser cumprida em regime inicial fechado.
O recorrente foi recolhido ao presídio em 01 de fevereiro de 2014, data na qual iniciou o cumprimento da pena. Neste período, o recorrente sempre ostentou bom comportamento na casa carcerária, trabalhando cinco dias por semana, desde junho de 2015, no setor administrativo do presídio. 
Diante disso, como forma de direito e justiça, foi peticionado ao juízo da execução, em 02 de maio de 2016, requerendo a progressão de regime do recorrente. Ocorreu o Juiz da Vara da Execução Penal negou o pedido de progressão de regime às folhas (  ), com o argumento de que muito embora estejam presentes os requisitos subjetivos, o apenado não adimpliu o requisito objetivo indispensável, eis que condenado por crime hediondo. 
II - DO MÉRITO 
Não procede a respeitável decisão proferida pelo Juiz da Vara de Execução Penal, uma vez que o recorrente apresenta todos os elementos objetivos e subjetivos para concessão do benefício de progressão para regime semiaberto, eis que cumpre todos os requisitos do artigo 112 da Lei de Execução Penal, uma vez que posssui bom comportamento carcerário e cumpriu 2/5 da pena.
Segundo documentos (folhas) juntado nos autos, o recorrente desde do início do cumprimento de sua pena, manifesta um comportamento exemplar, sendo que trabalha diariamente no setor administrativo do estabelecimento prisional, nutrindo respeito pelos demais internos, pelas regras institucionais e pelos agentes penitenciários. Estando, desta forma, presentes os elementos subjetivos para concessão do benefício.
Quanto aos elementos objetivos para concessão da progressão de regime, também se demonstram presentes, uma vez que o recorrente trabalhou, cinco dias por semana entre o período de 01.06.20015 a maio de 2016, tendo remido no cumprimento de sua pena 220 dias, ou seja, 11 meses (artigo 126, §1º da Lei de Execução Penal). 
Somando-se os 11 meses remidos por trabalho, com os 2 anos e 04 meses e 15 dias de cumprimento da pena privativa de liberdade em regime fechado, há que se ressaltar que o recorrente cumpriu 02 anos, 4 meses e 15 dias de sua pena, tendo assim, cumprido mais de 1/6 de sua pena, nos termos do artigo 112 da Lei de Execução Penal.  
De outro, modo a vedação de aplicação do instituto da progressão de regime e livramento condiciona, previstas na Lei dos Crimes Hediondos, artigos 1ª e 2º, foi declarada inconstitucional pelo Superior Tribunal Federal, sendo conhecido que reeducando tem direito aos benefícios desde que cumprido 1/6 da pena e presentes demais requisitos subjetivos.
Desta forma, a progressão para regime semiaberto é medida de direito e justiça que se impõe, já que o recorrente cumpre todos os requisitos para sua concessão. 
JURISPRUDÊNCIA:
TJ-RS - Agravo AGV 70056232341 RS (TJ-RS) Data de publicação: 18/10/2013
Ementa: EXECUÇÃO. PROGRESSÃO DE REGIME DO FECHADO PARA O SEMI-ABERTO. BENEFÍCIO MANTIDO. Mantém-se a decisão de beneficiar o agravado com a progressão de regime do fechado para o semi-aberto, porque o Magistrado, além de outros argumentos, com propriedade chamou à atenção para as seguintes situações e que são determinantes na concessão do benefício: & quot ;Ainda, destaco derradeiramente que o sentenciado tem pouco mais de 2 anos de pena a cumprir ainda do total das penas que lhe foram impostas, e que está recolhido no regime fechado desde março de 2010 sem ter tido nova oportunidade de demonstrar qualquer evolução com relação as perdas decorrentes do encarceramento. Desta forma, entendo que é chegado o momento de se oportunizar ao sentenciado o abrandamento da sua pena, para que a este seja possibilitada a chance de mostrar as evoluções decorrentes do aprisionamento até o presente momento. " DECISÃO: Agravo ministerial desprovido. Unânime. (Agravo Nº 70056232341, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio Baptista Neto, Julgado em 25/09/2013)
Encontrado em: Primeira Câmara Criminal Diário da Justiça do dia 18/10/2013 - 18/10/2013 Agravo AGV 70056232341 RS
III PEDIDO
Diante do exposto, requer de Vossa Excelência que seja conhecido o presente recurso e reformada a respeitável decisão de folhas (  ), para assim ser declarada a progressão do recorrido para regime Semiaberto, nos termos do artigo 112, da Lei de Execução Penal, determinando-se ao Meritíssimo Juízo a expedição do alvará de soltura, por ser de direito e de justiça.
Termos em que 
Pede deferimento.
Teresina - PI,22/05/2016
Advogado – Tallis Nathan Araújo Coelho 
OAB/PI N°1234

Continue navegando