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PRATICA III - PEÇA 07 - AGRAVO EM EXECUÇÃO

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EXCLENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____, VARA DE EXECUÇÃO CRIMINAL DA COMARCA DE _____, ESTADO _____.
PROCESSO Nº XXXXXXXXX.
WILLIAN VONNER DA SILVA, brasileiro, solteiro, 40 anos de idade, profissão xxxx, portador da cédula de identidade nº xxxxxxxxxxx, portador do cadastro de pessoa física nº xxx.xxx.xxx.xx, residente e domiciliado bairro xxxx, rua xxxx, nº xxxx, cidade xxxx, estado xxxx, vem respeitosamente por intermédio de seu advogado legalmente constituído inscrito na oab nº xxxx, com procuração em anexo (doc.xx) interpor AGRAVO EM EXECURÇÃO, com fundamento no artigo 197º da lei 7.210/84 – lei de execução penal.
Requer a realização do juízo de retratação nos termos do artigo 589º do código de processo penal, em que seja mantida a decisão atacada, que seja o presente recurso encaminhado para a segunda estância para o devido processamento e julgamento.
Nestes termos.
Pede deferimento.
ADVOGADO/OAB
RAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO
Recorrente: Willian Vonner da silva.
Recorrido: ministério público do estado xxx.
Processo nº xxxx.
Egrégio tribunal.
Colenda câmara.
Doutor julgadores. 
Willian Vonner da silva, já qualificado nos autos, vem respeitosamente a presença de vossa excelência por intermédio de seu advogado legalmente constituído inscrito na oab nº xxxx, com procuração anexa, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO, pela inconformidade da respeitosa decisão do juízo da vara de execução penal da comarca de xxxx, com fundamentação no artigo 197º da lei 7.210/84 lei de execução penal, pelos motivos de fatos e de direito que passo a expor.
FATOS.
O recorrente foi condenado por homicídio qualificado previsto no artigo 121º §2º inciso I do Código penal, apenado há doze anos de pena cumprimento inicialmente regime fechado.
O recorrente iniciou o comprimento de sua pena em regime fechado no dia 01 de fevereiro de 2014, este sempre ostentou bom comportamento na casa carcerária, trabalhando cinco dias por semana, desde junho de 2015, no setor administrativo do presídio. 
O recorrente pleiteia o direito que lhe assiste, usufruir da progressão de regime, desta forma peticiona ao juízo da execução no dia dois de maio 2017, requerendo a progressão de regime, na qual lhe foi negado pelo magistrado em 17 de maio de 2018, sobe o argumento que, mesmo presente os requisitos subjetivos, o requerente não adimpliu o requisito objetivo indispensável para progredir o regime, previstos no artigo 2º §2º da lei 8.072/90, uma vez que foi condenado por crime hediondo.
Segundo o entendimento Cezar Roberto Bitencourt, parte geral 2010 pg.525, preleciona que, os regimes de cumprimento da pena direcionam-se para maior ou menos intensidade de restrição liberdade do condenado, sempre produto de uma sentença penal condenatória, a sanção aplicada possibilita o apenado progredir ou regredir nos regimes mais gravosos para o menos gravoso como forma de ressocialização do réu frente a sociedade.
O infrator que iniciará seu cumprimento de pena em regime mais gravoso, terá o direito de passar para outro de natureza mais tênue atendendo os requisitos objetivos e subjetivos da progressão, recuperando aos poucos a sua liberdade e, contudo, adquirindo aptidões para um melhor convívio social, assim preleciona Rogério Greco, parte geral 2015, pg. 561
DIREITO.
O requerente já detém todos os requisitos objetivos e subjetivos para usufruir do benefício de progressão para o regime do fecha para o semiaberto, tendo este já cumpriu 2/5 de sua pena no regime fechado, que é equivalente a 4 anos 9 meses e 18 dias e também detém o bom comportamento carcerário, desta forma com a aplicação do princípio da atividade, não é cabível a negativa de progressão de regime proferida pelo magistrado da vara de execução, em conformidade com artigo 112º da lei 7.210/84 – lei de execução penal.
Os critérios objetivos necessários para usufruir do direito da progressão de regime estão presentes nesta solicitação, pois este trabalhou cinco dias por semana desde o mês de junho de 2015 no setor administrativo do presidio, em decorrência disto remiu do cumprimento de sua pena 570 dias, conforme critérios do artigo 126º da lei de execução penal.
O requerente já cumpriu o critério objetivo de 2/5 de sua pena em regime inicialmente em regime fechado e o critério subjetivo, ostenta o bom comportamento na casa carcerária, desta forma faz jus ao direito de progredir de regime de acordo com artigo 112º da lei de execução penal. Desta forma é vedado ao magistrado negar tal benefício, tendo em vista o cumprimento dos critérios objetivos e subjetivos, com fundamentos na Súmula vinculante nº 26 e entendimentos jurisprudenciais dos tribunais superiores.
JURISPRUDÊNCIA
Os Ministros Eros Grau, Marco Aurélio, Nelson Jobim, Sepúlveda Pertence, Carlos Velloso, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Gilmar Mendes defenderam a tese de inconstitucionalidade, definindo o fim do cumprimento integral de pena em regime fechado para condenados por crime hediondo. 
Dessa forma foi, finalmente, declarado inconstitucional o dispositivo do § 1º do art. 2º da Lei de Crimes Hediondos. Abaixa consta a ementa do HC 82959.
PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO - PROGRESSÃO - RAZÃO DE SER. A progressão no regime de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semiaberto e aberto, tem como razão maior a ressocialização do preso que, mais dia ou menos dia, voltará ao convívio social. PENA - CRIMES HEDIONDOS - REGIME DE CUMPRIMENTO - PROGRESSÃO - ÓBICE - ARTIGO 2º, § 1º, DA LEI Nº8.072/90 - INCONSTITUCIONALIDADE - EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. Conflita com a garantia da individualização da pena - artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal - a imposição, mediante norma, do cumprimento da pena em regime integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da individualização da pena, em evolução jurisprudencial, assentada a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90.
TJ - RS - A gravo AGV 700562 3234 1 RS (TJ - RS) Data de publicação: 18/10/2013 Ementa: EXECUÇÃO. PROGRESSÃO DE REGIME DO FECHADO PA RA O SEMI -A BERTO. BENEFÍCIO MANTIDO. Mantém-se a decisão de beneficiar o agravado com a progressão de regime do fechado para o semiaberto, porque o Magistrado, além de outros argumentos, com propriedade chamou à atenção para as seguintes situações e que são de terminantes na concessão do benefício: & quot; Ainda, destaco derradeiramente que o sentenciado tem pouco mais de 2 anos de pena a cumprir ainda do total das penas que lhe foram impostas, e que es tá recolhido no regime fechado desde março de 2010 sem ter tido nova oportunidade de demonstrar qualquer evolução com relação as perdas de correntes do encarceramento . Desta forma, entendo que é chegado o momento de se oportunizar ao sentenciado o abrandamento da sua pena, para que a este se j a possibilitada a chance de mostrar as evoluções de correntes do aprisionamento até o presente momento. & quot; DECISÃO: Agravo ministerial desprovido. Unânime. 
Agravo Nº 7005 623 23 41, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio Baptista Neto, Julgado e m 25/ 09/20 13) encontrado em: Primeira Câmara Criminal Diário da Justiça do dia 18/10/ 2013 - 18/ 10/2 013 A gravo AGV 7005623234 1 RS. 
 
HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. CRIME HEDIONDO. PROGRESSÃO DO REGIME FECHADO PARA O SEMIABERTO. REQUISITO OBJETIVO CUMPRIDO. ART. 112 DA LEP. INDEFERIMENTO DO PEDIDO COM BASE NA LONGEVIDADE DA PENA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. Declarada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, na sessão de 23/2/06 (HC 987.76/RJ), a inconstitucionalidade incidental do art.2º,§1º, da Lei 8.072/90, que veda a progressão de regime nos casos de 
Crimes hediondos e a eles equiparados, afastado restou o óbice à execução progressiva da pena. 2. A redação do art. 112º da LEP, dada pela Lei 10.792/03, estabelece que, para a progressão de regime de cumprimento de pena, basta quese satisfaçam dois pressupostos: o primeiro, de caráter objetivo, que depende do cumprimento de pelo menos 1/6 da pena; o segundo, de caráter subjetivo, relativo ao seu bom comportamento carcerário, que deve ser atestado pelo diretor do estabelecimento prisional. 3.Configura constrangimento ilegal a exigência de lapso temporal de cumprimento de pena maior do que o previsto pela legislação de regência. 4. Assim, o fundamento de que, diante da extensão da pena imposta, o preenchimento do requisito temporal previsto na lei de regência (2/5 da pena) seria insuficiente para a progressão de regime, porque representaria estímulo à evasão, não se mostra idôneo a ensejar o indeferimento do benefício legal. 5. Ordem parcialmente concedida para, anulando a decisão proferida pelo Juízo da execução, determinar o exame dos requisitos para a obtenção do benefício da progressão de regime (art. 112º da LEP) - (STJ - HC: 114426 SP 2008/0190277-0), 
RELATOR: Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, Data de Julgamento: 24/11/2 008, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: > DJe 19/12/2008).
PEDIDOS.
Requer que seja reconhecido o direito em progredir de regime fechado para o regime semiaberto, em conformidade com artigo 112º da lei de execução penal.
Requer que seja reconhecido o princípio da legalidade e princípio da dignidade da pessoa humana na concessão do direito de progressão de regime do apenado.
Requer que seja reconhecido e contabilizado o tempo trabalhado do apenado no setor administrativo do presidio como preenchimento do critério subjetivo, e o cumprimento 2/5 da pena em regime fechado com critério objetivo, para usufruir do direito de progredir de regime.
Nestes termos.
Pede deferimento.
ADVOGADO/OAB

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