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_CASO CONCRETO 15 (Agravo em Execução)

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Willian Vonner da Silva, brasileiro, solteiro, com 40 anos de idade foi condenado por incorrer nas sanções previstas no artigo 121, parágrafo segundo, inciso I do Código Penal Brasileiro, por crime ocorrido em 28 de janeiro de 2007, sendo certo que o acusado respondeu ao processo em liberdade.
Na sentença condenatória a pena privativa de liberdade aplicada foi de 12 anos de reclusão a ser cumprida em regime inicial fechado. Willian foi recolhido ao presídio em 01 de fevereiro de 2014, data na qual iniciou o cumprimento da pena. 
O apenado sempre ostentou bom comportamento na casa carcerária, trabalhando cinco dias por semana, desde junho de 2015, no setor administrativo do presídio.
Diante desse panorama você, mediante procuração, peticionou ao juízo da execução em 02 de maio de 2016, requerendo a progressão de regime. Em 17 de maio de 2016 foi publicada no Diário Oficial a seguinte decisão: Vistos. Nego o pedido de progressão de fls. pois muito embora estejam presentes os requisitos subjetivos o apenado não adimpliu o requisito objetivo indispensável, previsto no art. 2º, §2º da Lei 8.072/90, uma vez que foi condenado por crime hediondo. Publique-se. Registre-se.
Intime-se. Pelotas, 17 de maio de 2016.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO
Processo n º: XXXXXXXXXXXX
WILLIAN VONNER DA SILVA, já qualificado nos autos às folhas (XX), por meio de seu advogado e procurador que a este subscreve, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência , inconformado com a respeitável decisão de folhas (XX), interpor tempestivamente, recurso de 
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Com fundamento no artigo 197 da Lei de Execução Penal, afim de requerer a realização do Juízo de Retratação, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal, em sendo mantida a decisão atacada, que seja o presente recurso encaminhado para segunda instância para o devido processamento e julgamento. 
Termos em que, 
 Pede-se deferimento.
Rio de Janeiro, (DATA)
Advogado / OAB
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO
Recorrente: WILLIAN VONNER DA SILVA
Recorrido: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO 
Processo n º: XXXXXXXXX
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara ,
Doutor Julgadores,
I- DOS FATOS: 
WILLIAN VONNER DA SILVA foi condenado por incorrer no crime previsto no artigo 121 §2º, I do Código Penal Brasileiro. Na sentença condenatória a pena prevista de liberdade cominada foi de 12 anos de reclusão. Ser cumprida em regime inicial fechado. O recorrente foi recolhido ao presídio em 01 de fevereiro de 2014, data na qual iniciou o cumprimento da pena. 
Neste período, o recorrente apresentou excelente comportamento na casa carcerária, trabalhando cinco dias por semana, desde junho de 2015 no setor administrativo do presídio. Diante disso, como forma de direito e justiça, foi peticionado ao Juízo da Execução, em 02 de maio de 2016, requerendo-se a progressão do regime do recorrente. 
Ocorre que o Juiz da Vara de Execução Penal negou o pedido de progressão de regime às folhas (XX), com o argumento de que muito embora estejam presentes os requisitos subjetivos, o apenado não adimpliu o requisito objetivo indispensável, eis que condeno do por crime hediondo.
Assim, em que pese a respeitável decisão proferia pelo juiz da Vara de Execução penal, não merecem prosperar seus argumentos pelos fundamentos infracitados.
II - DO MÉRITO:
Uma vez que o recorrente apresenta todos os elementos objetivos e subjetivos para concessão do benefício da progressão do regime fechado para o semiaberto, eis que conforme art. 112 da Lei de Execução Penal, possui bom comportamento carcerário e já cumpriu a fração de 1/6 da pena imposta, este terá o direito de beneficiar-se do beneplácito penal. Colaciona-se abaixo o artigo citado:
“Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.”
É importante observa-se que em função da irretroatividade do regime de progressão de pena mais severo, fica inaplicável a Lei de Crime Hediondos, já que a exigência do cumprimento da fração de 2/5 da pena será apenas aplicada aos crimes praticados após 29 de março de 2007. Valido ressaltar que o crime foi praticado no dia 28 de janeiro de 2007, ficando assim inaplicável o contido no artigo seguinte: 
“§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)”
Dessarte, comprova-se que o recorrente cumpre todos os requisitos legais a seguir.
Segundo os documentos acostado às folhas (XX), o recorrente desde do início do cumprimento de sua pena, manifesta um comportamento exemplar, sendo que trabalha diariamente no setor administrativo do estabelecimento prisional demonstrando respeito aos demais internos, agentes penitenciários e regras vigentes na instituição. Estando, desta forma, presente o elemento subjetivo citados para concessão do favor penal. 
Quanto ao elemento objetivo necessário para concessão do benefício em questão, também demonstra-se presente, uma vez que o recorrente trabalhou cinco dias por semana entre o período de 01.06.2015 a maio de 2016, tendo remido no cumprimento de sua pena a quantidade de 220 dias, ou seja, 11 meses, conforme artigo 126, §1º, inciso II da Lei de Execução Penal.
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. 
§ 1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à razão de 1 (um) dia de pena por 3 (três) de trabalho.
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.
Somando-se os 11 meses remidos por sua labuta com os 2 anos, 4 meses e 15 dias de cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado o recorrente cumpriu mais do que a fração de 1/6, nos termos do art. 112 da Lei de Execução Penal.
De outro modo, a vedação da aplicação do instituto da progressão de regime e livramento condicional previstas na Lei dos Crimes hediondos em seus artigos 1º e §1º foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, sendo conhecido que o recorrente tem direito ao benefício, desde que cumprido 1/6 da pena – e não 2/5 – desde que presente os demais requisitos subjetivos. 
Desta forma, a progressão para regime semiaberto é medida de direito e justiça que se impões, já que o recorrente cumpre todos os requisitos para a sua concessão, conforme já decidiu este tribunal:
EXECUÇÃO. PROGRESSÃO DE REGIME DO FECHADO PARA O SEMI-ABERTO. BENEFÍCIO MANTIDO. Mantém-se a decisão de beneficiar o agravado com a progressão de regime do fechado para o semi-aberto, porque o Magistrado, além de outros argumentos, com propriedade chamou à atenção para as seguintes situações e que são determinantes na concessão do benefício: "Ainda, destaco derradeiramente que o sentenciado tem pouco mais de 2 anos de pena a cumprir ainda do total das penas que lhe foram impostas, e que está recolhido no regime fechado desde março de 2010 sem ter tido nova oportunidade de demonstrar qualquer evolução com relação as perdas decorrentes do encarceramento. Desta forma, entendo que é chegado o momento de se oportunizar ao sentenciado o abrandamento da sua pena, para que a este seja possibilitada a chance de mostrar as evoluções decorrentes do aprisionamento até o presente momento." DECISÃO: Agravo ministerial desprovido. Unânime. (Agravo Nº 70056232341, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio Baptista Neto, Julgado em 25/09/2013)
(TJ-RS - AGV: 70056232341 RS,Relator: Sylvio Baptista Neto, Data de Julgamento: 25/09/2013, Primeira Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 18/10/2013)
III – PEDIDO:
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que seja conhecido o presente recurso e reforma a respeitável decisão de folhas (XX), para assim ser declarada a progressão do recorrido para o regime semiaberto, nos termos do artigo 112 da Lei de Execução Penal, determinando -se ao Meritíssimo Juízo da Execução a expedição do alvará de soltura, por ser de direito e de justiça .Termos em que Pede deferimento. 
 
Rio de Janeiro, (DATA)
Advogado/OAB

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