Buscar

Art02-15-27

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

7” SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
15
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS DE COLHEITA
FLORESTAL EM PEQUENA, MÉDIA E GRANDE
ESCALAS
Equipe TØcnica da International Paper do Brasil
RESUMO: Buscando trazer um retrato fiel, da atual realidade da aplicaçªo
de sistemas de colheita florestal, quanto as alternativas tecnológicas de colheita
florestal; a International Paper do Brasil baseia-se na experiŒncia da sua
unidade de Mogi-Guaçu, Estado de Sªo Paulo.
Uma das principais características desta unidade Ø a nªo auto-suficiŒncia de
matØria-prima, madeira de eucalipto. Sua cadeia de suprimento Ø composta
por maciços florestais próprios, por Æreas florestais de terceiros, procedentes
do seu programa de parceria e fomento florestal e outra parte, oriunda
basicamente da madeira de mercado propriamente dito, a chamada madeira
posta-fÆbrica.
Diante deste quadro de abastecimento, a International Paper de Mogi-Guaçu,
atravØs da sua Ærea de suprimento de madeira, buscou alternativas tecnológicas
de colheita florestal para contemplar estas particularidades, equalizando cada
sistema de colheita desenvolvido, com altos níveis de produtividade, alØm de
custos extremamente competitivos; interagindo na sua totalidade com seus
princípios de segurança e contínuo respeito ao meio ambiente, fatores estes
que sempre retrataram a metodologia de trabalho do grupo International Paper
do Brasil.
1. INTRODU˙ˆO
A fÆbrica de papel e celulose da International Paper de Mogi-Guaçu,
teve início com suas atividades no ano de 1960, tendo portanto aproxi-
madamente 45 anos de operaçıes no país, o grupo tem expressiva par-
ticipaçªo no mercado brasileiro de papØis revestidos e nªo revestidos,
tendo considerÆvel parcela nas exportaçıes de papel no Brasil. A princi-
pal linha de papØis produzida nesta unidade Ø a linha Chamex, sendo a
œnica multiescolha, oferecendo um papel para cada tipo de impressªo;
os papØis Chamex, Chamequino e Chambril sªo produzidos na
International Paper de Mogi-Guaçu.
16
7” SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
A madeira utilizada para a produçªo de celulose branqueada Ø 100%
de eucalipto; atualmente esta unidade produz em torno de 442 mil tone-
ladas anuais de papel branco para imprimir e escrever, onde Ø líder no
mercado de papel cortado e ocupa lugar de destaque no ranking brasi-
leiro de produtores.
No Estado de Sªo Paulo, a base florestal própria da International
Paper ocupa atualmente uma Ærea total de aproximadamente 49.000ha,
sendo deste total de Æreas plantÆveis destinadas para eucalipto 36.000ha.
Esta base esta distribuída em trŒs maciços florestais; próximo à fÆbrica
tendo um raio mØdio de distância de aproximadamente 30 Km temos a
Regiªo I, na sequŒncia outra grande concentraçªo de florestas esta no
município de Brotas chamada de Regiªo II e finalmente a Regiªo III,
localizada no município de Sªo Simªo, ambas com aproximadamente
150Km de distância da Unidade Fabril. Toda esta base florestal própria
localizada no Estado de Sªo Paulo tŒm a certificaçªo conforme as nor-
mas ISO 14001.
Figura 1 – Mapa de localização das áreas florestais da International Paper no
Estado de São Paulo
Equipe Técnica da International Paper do Brasil
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
17Alternativas tecnológicas de colheita florestal em pequena, …
2. CARACERÍSTICAS DE SUPRIMENTO
Conforme exposto, um dos principais aspectos da fábrica de Mogi-
Guaçu está na sua não auto-suficiência de matéria-prima, arremetendo a
estruturação do suprimento de madeira para atender a atual demanda
desta fábrica, hoje na casa de aproximadamente 1.800.000m3 de ma-
deira, sendo 1.400.000m3 de madeira destinada para celulose e outros
400.000m3 de madeira destinada para energia (produção de vapor nas
caldeiras da fábrica), através de 03 diferentes caminhos ou modalida-
des:
ü Madeira própria: Caracterizamos a procedência “madeira pró-
pria” toda madeira oriunda das florestas próprias da International Paper,
neste caso representada pela sua subsidiária, a Chamflora Mogi-Guaçu
Agroflorestal Ltda, com as suas três grandes bases florestais, demons-
tradas na figura anterior. Esta parcela de suprimento representa 65% do
consumo atual da fábrica, na ordem de 1.170.000m3 de madeira/ano.
ü Madeira terceiros: Caracterizamos a procedência “madeira de
terceiros” toda madeira oriunda do programa de parceria e fomento
florestal da Companhia, bem como, toda área florestal que é comprada
em pé ou na forma de um ativo florestal. Esta parcela de suprimento
representa 20% do consumo atual da fábrica, na ordem de 360.000m3
de madeira/ano.
Quadro 01 – Estruturação do Suprimento de Madeira da International
Paper no Estado de São Paulo
18
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
ü Madeira posta-fábrica: Caracterizamos a procedência “posta-
fábrica” toda madeira oriunda efetivamente de mercado. Nesta situa-
ção, a Companhia compra esta madeira colocada no portão da sua fá-
brica, através de um contrato de fornecimento do produto. Esta parcela
de suprimento representa algo em torno de 15% do consumo atual da
fábrica, na ordem de 270.000m3 de madeira/ano.
3. ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
Vários fatores da mesma forma, caracterizam esta sedimentação para
suprimento da fábrica, representada pelas três modalidades exemplificadas
“madeira própria, terceiros e posta- fábrica”. Visando oferecer um
sistema de colheita florestal para atender e garantir os padrões de quali-
dade exigidos pela Unidade Fabril, processo regido pela norma de
certificação ISO 9001, e fomentar estes sistemas com altos índices de
produtividade, custos competitivos, atividades desenvolvidas com segu-
rança e respeito ao meio ambiente, a Companhia introduziu com um for-
te apelo tecnológico, alternativas de colheita florestal, respeitando esca-
las de produção, que cada situação apresentava, em determinada moda-
lidade.
Avaliando-se estas disponibilidades de madeira, co-relacionadas com
o volume a ser colhido, a International Paper de São Paulo desenvolveu
sistemas de colheita florestal para atendimento destas necessidades, res-
peitando suas características e sazonalidades, de tal forma que numa
situação de grande escala emprega-se o melhor sistema, suportado pe-
los aspectos de produtividade, custo, segurança e ambiental, migrando
com as mesmas diretrizes para situações extremas, de baixa escala,
logicamente não conseguindo os mesmos números, principalmente nos
custos operacionais de colheita, mas sobre tudo, que acompanhasse esta
tendência; pois acima de tudo, é um fato inerente aos processos estuda-
dos e desenvolvidos, haja visto que a Companhia não é auto-suficiente
em relação ao volume de madeira consumido e têm-se como definição
estratégica adotada pela direção da empresa, a manutenção deste qua-
dro de abastecimento.
Partiu-se então para definição dos índices de escala de produção,
para na sequência optar-se quais seriam os sistemas de colheita mais
Equipe Técnica da International Paper do Brasil
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
19
competitivos, respeitando os aspectos preconizados pela Companhia para
atender cada escala apresentada. Sabia-se que o processo de colheita
florestal mecanizada própria, então definido pela International Paper,
formatado pelo aspecto de módulos de colheita, tinha como capacidade
nominal de produção 45.000m3/mês; este sem dúvida, foi um referencial
importante usado para fragmentar as escalas de produção, como tam-
bém para determinar o adequado sistema de colheita.
4. DEFINIÇÕES DE ESCALA DE PRODUÇÃO
Como primeiro passo, buscou-se e estudou-se os índices de escala
de produção, que alicerçou-se num volume mínimo mensal, para garantir
um boa sustentabilidade técnico-financeira, sendo então considerados
alguns aspectos, conforme abaixo:* Número adequado de funcionários;
* Capacidade de produção de 01 módulo mecanizado de colheita
florestal;
* Situações topográficas;
* Distância média de transporte até à fábrica;
* Capacidade de produção dos prestadores de serviço;
* Tamanho do maciço florestal;
* Tempo mínimo de colheita em uma frente de serviço;
* Número de mudanças tanto das máquinas próprias de colheita
como do prestador de serviço.
Após definidos estes parâmetros, em função de todos os apectos
elegidos e considerados relevantes para conclusão da proposta, a Com-
panhia parametrizou as seguintes margens de escala:
ü Grande escala: Maciços florestais que apresentassem um volu-
me mínimo de 45.000m3 a ser colhido, que é a capacidade mínima do
módulo de colheita florestal mecanizado, o que lhe garantiria uma opera-
ção de pelo menos 01 mês, sem necessidade de mudança das máquinas
de colheita, além de manter as operações num ritmo constante, traba-
lhando 24h/dia, durante todo o mês. Outra importante consideração está
Alternativas tecnológicas de colheita florestal em pequena, …
20
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
ligada às condições de topografia; necessariamente deveria ser um área
com declividade baixa, condição básica para operação das máquinas de
colheita florestal.
ü Média escala: Maciços florestais que apresentassem um volume
máximo a ser colhido de 45.000m3 de madeira e um mínimo de 5.000m3.
Nesta situação a topografia do local não teria tanta influência, pois o
modelo de colheita teria mais flexibilidade. As florestas nesta situação já
se apresentam mais pulverizadas, porém com um tamanho mínimo e
consequentemente um volume de madeira que permite ocupar adequa-
damente a performance dos prestadores de serviço, regularmente man-
tidos com contrato da Companhia.
ü Pequena escala: Maciços florestais que apresentassem um vo-
lume inferior a 5.000m3 de madeira a ser colhido. Nesta situação as
florestas são extremamente pulverizadas, distribuídas de forma
desordenada e muitas vezes em locais onde não foi possível o aproveita-
mento daquela extensão de terra para utilização com outras culturas. A
aplicação de um sistema mecanizado fica totalmente descaracterizada
em função das constantes mudanças de equipamentos e baixo volume;
nesta situação aplica-se a figura do fornecedor de madeira, que
disponibiliza o produto no portão da fábrica.
5. DEFINIÇÕES DE SISTEMAS DE COLHEITA
FLORESTAL EM FUNÇÃO DA ESCALA DE
PRODUÇÃO
Com as definições de escala de produção concluídas, partiu-se en-
tão para escolha do sistema de colheita florestal mais apropriado para
atender aquela determinada escala de produção de madeira a ser colhi-
da. Novamente, alguns aspectos foram considerados e respeitados para
Colheita Florestal – Escala
Pequena Média Grande
Volume (m3) Menor 5.000 Entre 5.000 até 45.000 Maior 45.000
Quadro 02 – Definições de escala de produção da International Paper no Estado de São Paulo
Equipe Técnica da International Paper do Brasil
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
21
obenção de um processo competitivo: produtividade e custo; porém que
fossem desempenhados com segurança e respeitassem todos os proces-
sos ambientais envolvidos na operação:
* Processo mecanizado ou manual;
* Alta produtividade e baixo custo, independente do sistema utilizado;
* Logística adequada, distâncias até a fábrica, sede dos prestadores
de serviço, local das áreas florestais;
* Tamanho do maciço florestal;
* Tempo mínimo de colheita em uma frente de serviço;
* Número de mudanças tanto das máquinas de colheita própria como
do prestador de serviço.
A partir dos estudos de cada um dos aspectos citados acima, a Com-
panhia definiu qual seria a melhor alternativa tecnológica de colheita flo-
restal em pequena, média e grande escalas, atrelada também à distribui-
ção das suas áreas florestais próprias, de parceria, fomento, potencial
de compra e posta fábrica.
6. SISTEMAS DE COLHEITA FLORESTAL
UTILIZADOS
Com a conclusão da definição do sistema de colheita florestal para
cada escala apresentada, manual, misto e ou mecanizado, aplicou-se os
mesmos, conforme abaixo:
ü Sistema de Colheita Mecanizado – Grande Escala: Baseado em
quatro operações; a primeira atividade de derrubada, executada por uni-
dades de Feller Bunchers, na sequência temos a atividade de arraste,
que é então realizada por tratores florestais skidders e finalmente temos
Escala Sistema de Colheita Florestal
Pequena 100% manual
Média Misto (manual e mecanizado)
Grande 100% mecanizado
Quadro 03 – Definições de sistema de colheita florestal em função da escala de produção da
International Paper no Estado de São Paulo
Alternativas tecnológicas de colheita florestal em pequena, …
22
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
o traçamento mecânico das árvores no comprimento determinado, ope-
ração esta, realizada por máquinas denominadas traçadores mecânicos
de madeira.
Vale destacar que este processo de colheita mecanizado foi elegído
em função do atendimento das características da unidade fabril da
International Paper de Mogi-Guaçu, não podendo ser entendido como
um processo de aplicação generalizada, visto as diferenciações existen-
tes entre os sistemas de produção das várias unidades distribuídas no
Brasil.
Figura 02 – Sistema de Colheita Mecanizada Utilizado em Grande Escala
Feller Buncher na operação de derrubada
Skidder na operação de arraste
Traçador mecânico operação seccionamento
da madeira
Equipe Técnica da International Paper do Brasil
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
23
ü Sistema de Colheita Misto Manual/Mecanizado – Média Escala:
Consideramos este sistema como misto, pois temos conceitualmente uma
sistemática manual, isto nas atividades de derrubada, desgalhamento,
traçamento e formação das pilhas de madeira e na sequência uma siste-
mática com forte apelo mecanizado, que são as operações de baldeio/
esplanagem, com uso da figura de forwarders, máquinas projetadas e
equalizadas para atendimento de processos específicos florestais, fugin-
do da tradicional adaptabilidade de máquinas agrícolas para uso dentro
do segmento florestal, propiciando um regime intenso de trabalho, opera-
ção 24h/dia, com uma boa resposta em questão de custo desta atividade.
Figura 03 – Sistema de Colheita Misto Manua/Mecanizado Utilizado em Média
Escala
Operação corte/arranjo da madeira realizada
manualmente
Operação baldeio/esplanagem realizada
mecanicamente
Opção sistema misto com passagem da carga
p/ caminhão
Alternativas tecnológicas de colheita florestal em pequena, …
24
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
ü Sistema de Colheita Manual – Pequena Escala: Notadamente
neste sistema têm-se um processo basicamente manual em todas as ope-
rações que o compõem. Nas operações de derrubada, desgalhamento,
traçamento e formação das pilhas de madeira, utiliza-se a figura humana
para suas respectivas realizações e nas tarefas de baldeio/esplanagem, é
introduzida então a figura de pequenos tratores agrícolas acoplados com
carretas ou similares, onde para ocorrer a sequência da operação utili-
za-se pequenos carregadores florestais, isto em função da baixa escala
do volume de madeira a ser colhida, inviabilizando o uso de equipamen-
tos de maior porte, trabalhos restritos a regimes menos intensos e basi-
camente a operação pode ser realizada no período diurno, o que ficaria
evidente custos impraticáveis para sua execução.
Figura 04 – Sistema de Colheita Manua Utilizado em Pequena Escala.
Operação de colheita manualmente realizada
Arranjo da madeira forma manual Operação de baldeio processo adaptável
Equipe Técnica da International Paper do Brasil
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTEFLORESTAL - SIF
25
7. CONSIDERAÇÕES
Como as variáveis apresentadas de colheita florestal em pequena,
média e grande escalas formataram-se dentro da International Paper do
Brasil – Unidade Mogi-Guaçu/SP, por uma das suas grandes caracteríticas
que é a sua não auto-suficiência. Com isto, temos dentro das suas áreas
próprias os grandes maciços florestais, e paralelamente, a mesma apli-
cou fortemente as modalidades de parceria e fomento florestal, espelha-
se para esta situações pequenas bases florestais, onde a utilização com-
binada da sistemática “parcialmente mecanizada” tornou-se extremamente
atrativa; e finalmente em áreas extremamente pulverizadas apesar do grau
de dificuldade inerente destes blocos florestais, a empresa mostra inte-
resse em ter este produto, pois é uma peça fundamental na equalização
do seu Programa de Abastecimento; destacamos nesta situação o traba-
lho atual da Companhia, que é o desenvolvimento do produtor florestal
rural, como fornecedor da sua própria madeira, tendo como pano de
fundo deste processo a preocupação social da International Paper, em
manter e desenvolver oportunidades de trabalho junto às suas comuni-
dades de atuação.
Com efeito, um fator que não foi deixado de lado, é o custo destes
processos, algo que foi profundamente debatido, para que, respeitando
estas situações de escala, obtivéssemos um custo competitivo e atraen-
te, e que tal forma, fosse compensador para realização, adotando-se
uma sistemática ora mecanizada, mista ou na sua totalidade manual.
Conforme pode ser observado, é significativa a diferença de custo
na colheita 100% mecanizada em relação ao sistema misto manual/me-
canizado, algo que evidencia-se justamente em função da
proporcionalidade no tipo de escala que a International Paper pratica
TIPO DE ESCALA TIPO DE COLHEITA COLHEITA – R$/M3
Grande 100% Mecanizada 8,00
Média Mista Manual/Mecanizada 13,00
Pequena 100% Manual 18,00
Quadro 04 – Valores médio de colheita florestal em função das escalas de
produção
Alternativas tecnológicas de colheita florestal em pequena, …
26
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
pelas características amplamente discutidas e que são o retrato da mes-
ma, quando analisamos seu programa de abastecimento anual, e mais
ainda se acentua na colheita 100% manual, porém na sua relação custo/
benefício, torna-se perfeitamente adequada.
8. CONCLUSÕES
F As Alternativas Tecnólogicas de colheita florestal em pequena,
média e grandes escalas dentro da International Paper do Brasil foram
desenvolvidas atreladas às características do modelo de abastecimento
da fábrica;
F Os sistemas de colheita florestal utilizados estão alicerçados pelo
volume de madeira disponibilizados através da determinação das esca-
las de produção a ser colhido;
F Para cada escala de produção, a International Paper do Brasil
determinou a utilização de sistemas de colheita 100% manual, misto ma-
nual/mecanizado e 100% mecanizado;
F Além dos aspectos logísticos para colheita do volume de madeira
em função da escala, os custos da colheita florestal propriamente ditos,
foram também determinantes para definição destes processos;
F Estrategicamente, a International Paper não pretende no curto
prazo efetuar alterações na sitemática atual para abastecimento da sua
unidade fabril, mantendo os percentuais atuais dividos entre madeira pró-
pria, madeira de terceiros e madeira posta-fábrica;
F Outro aspecto estratégico, está no incremento para desenvolver
os produtores florestais rurais da Companhia, para tornarem-se futuros
fornecedores de madeira, tendo como outro ponto positivo o cárater
social desta medida;
F A International Paper tem como proposta de desenvolvimento
condicionar alguns dos seus atuais prestadores de serviço de colheita
florestal, utilizados na madeira de terceiros à mecanização total, inclusi-
ve na operação da colheita propriamente dita;
Equipe Técnica da International Paper do Brasil
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF
27
F Estes atuais processos de colheita florestal utilizados pela
International Paper são aplicáveis para atendimento das características
da Unidade de São Paulo, podendo não serem aplicáveis para as de-
mais.
9. BIBLIOGRAFIA
GONZAGA, L.; OYOLA, R.; POSSAMAI, E.; Desafios Tecnológicos na Atividade
de Colheita Florestal. IN: SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E
TRANSPORTE FLORESTAL, 5, Belo Horizonte, Minas Gerais, 2003. Anais... Viçosa,
MG: Editora Genesis Inforservice Ltda, 2003. p. 23-31.
EQUIPE TÉCNICA DA INTERNATIONAL PAPER DO BRASIL. Fatores a se
considerar para a integração da colheita com novos plantios florestais. In:
SEMINÁRIO DE ATUALIZAÇÃO SOBRE SISTEMAS DE COLHEITA DE
MADEIRA E TRANSPORTE FLORESTAL, 10, Curitiba, Paraná, 2004. Anais...
Curitiba, PR: UFPR/SCA/Departamento de Silvicultura e Manejo FUPEF, 2004. P.67-75.
Alternativas tecnológicas de colheita florestal em pequena, …
28
7º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE COLHEITA E TRANSPORTE FLORESTAL - SIF

Outros materiais