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Clonagem Definição: produção de indivíduos idênticos (clones). É feita por bipartição de embriões e separação dos blastômeros nos estágios iniciais de desenvolvimento. A capacidade de se desenvolver dos blastômeros bipartidos era de até 16 células, que formam os embriões. Acima de 16, o blastômero perdia sua capacidade. Em 1989, foi descoberta a técnica de células do botão embrionário (stem cells) = fonte ilimitada de núcleos para produção de clones. Até esse momento, só eram clonados embriões. Depois, o cientista fez clonagem de célula germinativa primordial (oogônia), de vacas entre o 50-70 dias de gestação – clonagem do feto. Depois, nos anos 90, foi feita clonagem a partir de uma célula somática fetal, não mais indiferenciada – célula: fibroblasto de um feto de 26 dias. Ele fez com que uma célula diferenciada se tornasse uma célula indiferenciada - reprogramação. Em 1997, o Wilmut fez um clone a partir de células somáticas adultas (fibroblasto mamário) da ovelha Dolly, e foi o primeiro clone criado a partir de um animal vivo. É feita para fins de melhoramento genético, pesquisa fundamental, clonagem de espécies em extinção (mas não tira a espécie da extinção, pois a clonagem reproduz animais homozigotos – mesma família – e para tirar de extinção devem ser heterozigotos), e animais transgênicos. Técnica resumida: Há 4 formas de tirar o núcleo do oócito (que já deve estar maduro em metáfase 2): Colorir o núcleo: destaca o núcleo e facilita a retirada da célula, porém, não é boa para o oócito. Expor o oócito em meio democolcina: essa substância faz com que o núcleo se desloque para a periferia do oócito e forme um “calombo” – pseudo corpúsculo polar. Também não é a maneira ideal. Separação do oócito pela metade e retirada da parte com o corpúsculo polar (pois o núcleo provavelmente estará próximo). É bem agressiva. Exposição o oócito a soluções de cálcio: o cálcio induz a ativação da anáfase e telófase e libera o segundo corpúsculo polar, então, pipetou a região próxima ao segundo corpúsculo solar, pois o núcleo deve estar próximo. Oócito sem núcleo vai servir para ser fusionado com a célula responsável pela clonagem (geralmente é uma célula da pele ou do embrião – célula 2n). Preparação da célula a ser clonada – doadora de núcleo: Embriões no estádio de mórula compacta no dia 5 ou 6 após fecundação. Retirada da zona pelúcida (Pronase3mg/ml), desagregação das células-15min em PBS sem cálcio e magnésio, aspiração por várias vezes com pipeta fina. Células somáticas: solução de tripsina 0,1% e EDTA 0,02% para separação das células com lavagem em SFB. Reconstrução dos embriões = fusão da célula doadora com oócito receptor. Eletrofusão: em meio de baixa condutância elétrica para evitar produção e dispersão de calor (sol. Manitol ou meio Zimmerman). Corrente alternada alinha as membranas a serem fundidas paralela aos eletrodos e corrente direta induz formação de poros nas membranas, o que leva a fusão entre as células. Aplicações: Clones interespécies Clonagem de animais transgênicos Clonagem de animais valiosos ou de estimação Clonagem terapêutica – cultura de células tronco para tratamento de lesões de medula. Fatores que interferem na clonagem: Núcleos vindos de células embrionárias possuem maior potencial de desenvolvimento (sobrevivem mais) do que os derivados de células mais diferenciadas (mais adultas). Taxa de mortalidade embrionária, fetal e perinatal é maior nos embriões oriundos de células somáticas. Problemas: Anomalias cromossômicas Altas taxas de mortalidade, por muitos problemas de placenta, irrigação sanguínea insuficiente, redução do número e aumento do tamanho dos placentomas (carúnculos e cotilédones). Aumento do peso ao nascer. Problemas respiratórios – diminuição do cortisol fetal (tratada com injeção de cortisol para aliviar os pulmões e permitir a respiração).
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