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Risco no Trânsito: Causas e Consequências

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RISCO NO TRÂNSITO
PROFA. JANAINA SILVA OLIVEIRA
Mestre em Linguística 
Neuropsicóloga
Especialista em Preceptoria no SUS 
1
TRÂNSITO
No caso do Brasil, o trânsito é considerado um dos piores e mais perigosos do mundo. 
O Brasil aparece em 5° lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, atrás da Índia, China, EUA e Rússia.
CONSEQUÊNCIAS DO FLUXO CRESCENTE VEÍCULOS 
Acidente de Trânsito, 
Aumento significativo na poluição do ar,
Aumento no índice de ruídos 
Transformação degradante da paisagem urbana. 
O excesso de gases liberados pelos motores dos automóveis  doenças respiratórias.
ACIDENTES DE TRÂNSITO  considerado um problema social.
Em 2015 registrou 38.651 mortes, em 2016 foram 34.850 vítimas.
O número de internações em decorrência de ferimentos aumentou 14%. 
Em 2017 ainda foram 434.246 indenizações pagas para acidentados (invalidez permanente e gastos com despesas médicas).
É apenas um problema social?
Em 2017: Acidente de trânsito passa a integrar lista de doenças de notificação compulsória.
As lesões por acidentes de trânsito constituem um crescente problema de saúde pública.
O QUE É ACIDENTE DE TRÂNSITO?
É um evento inesperado;
Ocorre: em uma via envolvendo veículos ou entre veículos e pedestres, ou ainda, entre veículo e qualquer obstáculo.
Tipos de Acidentes de trânsito
Colisão 
(batida em movimento na mesma direção/contrária)
Abalroamento 
(batida na lateral, cruzamento)
Tombamento 
Capotagem 
Atropelamento
Choque com objeto fixo
Boletim de acidente de Trânsito
O BAT é o documento no qual a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registra alguns acidentes que ocorreram nas rodovias federais;
Como acidentes que deixaram vítimas (lesionadas ou mortas), acidentes envolvendo produto perigoso, acidentes que causem danos ao meio ambiente, entre outros.
QUEM SÃO AS VÍTIMAS DOS AT?
Pedestres, ciclistas e motociclistas;
Além de representarem metade dos óbitos por acidentes de trânsito no mundo.
CAUSAS ASSOCIADAS COM ACIDENTES DE TRÂNSITO
Separadas em três grupos: O HOMEM, O VEÍCULO E O MEIO (LINDAU, 1997). 
No entanto, Montoro, Alonso, Esteban e Toledo (2000) estimam que 90% dos acidentes de trânsito tenham causas decorrentes de fatores humanos (comportamento infrator).
Apenas 10% têm suas causas relacionadas às condições ambientais, condições da via ou condições do veículo (ROZESTRATEN; DOTTA, 1996).
COMPORTAMENTO DE RISCO NO TRÂNSITO
É a resposta do organismo a exposição as exigências do ambiente e que produz um resultado negativo para si mesmo ou para os outros.
Reduzir os riscos  ampliar o repertório do indivíduo na adoção de comportamentos protetivos/seguros. 
COMPORTAMENTO DE RISCO E LEGISLAÇÃO
No Brasil, os comportamentos de risco são previstos na legislação e considerados infrações de trânsito.
POR EXEMPLO:
“Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
 I – sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;
 Infração – gravíssima;
 Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – Recolhimento do documento de habilitação;”
FATORES RELACIONADOS COM AT
O aumento da mortalidade por AT e a gravidade das lesões, começaram a ser destacados pelos pesquisadores de países desenvolvidos a partir da década de 60. 
Hakkinen (1976, apud KAISER, 1979), por sua vez, observou que, em todas as faixas etárias, a frequência de acidentes é uma vez e meia maior nos três primeiros anos em que o motorista adquire sua carteira (licença) para dirigir, do que nos anos subsequentes. 
Juventude  pouca prática na condução de veículos e falta de adaptação geral no trânsito estão fortemente associadas ao maior risco de AT (KAISER, 1979),
Wilde (2005) comenta que acidentes são associados a tudo, desde deficiência de visão, tendências antissociais, vias estreitas, álcool, idade, condições do tempo, estado civil, etc. 
FATOR PERSONALIDADE
O DSM-IV (1995) inclui o “dirigir imprudente” na categoria de desordens de personalidade antissociais;
Considerando-o como um sinal indicativo desta classe de desordens;
Juntamente com a falta de sentimento de culpa, o não-pagamento de dívidas e o comportamento criminal (WEST et al., 1993b). 
Evans et al. (1987) em estudo com motoristas de ônibus na Índia e nos EUA;
Encontraram que os de comportamento hiperativo, agitado e nervoso (denominados de tipo A), em ambos países, apresentavam taxas de acidente mais elevadas que os de comportamento passivo, controlado e calmo (denominados de tipo B). 
Na Índia, também foi observado que os motoristas de personalidade tipo A brecavam, ultrapassavam e tocavam a buzina com maior frequência. 
FATOR AGRESSIVIDADE
Vários estudos verificam uma forte conexão entre agressividade e trânsito, principalmente entre a população jovem e adolescente. 
Para Denker (1966), a frustração provoca diferentes reações, sendo a agressividade uma delas. 
Desejo de segurança, novas experiências, compreensão, reconhecimento e justiça, quando não satisfeitos, podem, no adolescente, levar à frustração que, por sua vez, pode levá-lo a comportamentos antissociais.
FATOR TOMADA DE DECISÃO
Kaiser (1979) dá importância especial à tomada de decisão no trânsito, a qual sofre intervenção de percepção, juízos, motivações e outras atividades psíquicas. 
As situações de trânsito obrigam o indivíduo a tomar decisões em frações de segundos;
 Desse modo, pode-se tomar uma decisão inadequada em razão de uma perturbação transitória, como nos casos de fadiga, estresse, sobrecarga emotiva ou embriaguez. 
O envolvimento em acidente pode ter mais relação com o modo como as pessoas fazem julgamentos e tomam decisões, do que com sua habilidade para controlar o carro. 
Exemplos de tomadas de decisão no trânsito incluem a ultrapassagem, a mudança de pista, estacionar o veículo numa brecha de tamanho determinado, entre outras.
FATOR VELOCIDADE
 A velocidade que o carro permite atingir oferece ao condutor a oportunidade de experimentar sentimentos de grandeza e fantasia de onipotência; 
Além disso, música no carro favorece a sensação de isolamento e, assim, aumenta a sensação de grande independência. 
Influência da publicidade sobre o comportamento e formação de valores. Ainda segundo a OMS (WHO, 1976), frequentemente veiculam-se anúncios que associam carros velozes e altas velocidades com virilidade. 
Esses anúncios podem ter grande influência no grupo de risco de jovens motoristas, em razão da vulnerabilidade destes, determinada pela própria condição de transformação da personalidade. 
Erros no julgamento de distância ou de tempo e fatos inesperados, como buracos ou chão escorregadio, convertem-se em acidentes por causa do excesso de velocidade. 
Os comportamentos de exceder o limite de velocidade da via e beber e dirigir  colocam em risco, além dos ocupantes do veículo, outros indivíduos sequer relacionados ao condutor infrator.
FATOR SONO
Embora o sono seja um elemento dos mais importantes na causa de AT, 
 pouco estudado, principalmente pela dificuldade de se pesquisar essa variável após a ocorrência de um acidente. 
O sub-registro da sonolência existe por diversos motivos: 
Os envolvidos não desejam referir nem aos policiais, nem amigos ou familiares, que eles dormiram na direção, porque isso significa admitir responsabilidade pelo acidente.
Atribui o acidente a outras causas, como a má condição climática ou o estado insuficiente de preservação da rodovia. 
MODELOS – 3E E TEORIA DE HOMEOSTASE DO RISCO
Rozestraten (1988, p. 8) mencionou como sendo “3E - engenharia, educação, fiscalização ”, abordagem que, segundo o autor, é conhecida nos Estados Unidos como o fator 3E.
O trânsito funcione de modo seguro há três condições de segurança  3E.
Tripé do trânsito organizado; 
Esse tripé vem se mostrando instrumento analíticoimportante no estudo do comportamento no trânsito.
Construir vias e veículos seguros (engenharia), elaborar e fiscalizar leis de comportamentos seguros (fiscalização) e educar os usuários a se comportarem de maneira segura (educação). 
 Rozestraten (1998) parece sugerir única e exclusivamente três marcos ou lugares-referências, mas que para cada um deles uma série de subsistemas podem ser acionados. 
Por exemplo, o próprio autor relaciona a “educação para o trânsito, no lar e na escola e mais especificamente para os condutores” (ROZESTRATEN, 1998, p.08).
A Teoria de Homeostase do Risco
Wilde foi buscar na homeostase um modelo para o trânsito. 
A partir do conceito de homeostase, Wilde (2005) desenvolveu a THR para o trânsito  “nível aceito de risco”
É uma espécie de meta que seria determinada por quatro fatores de motivação humana:
As vantagens arriscadas: ganhar tempo fazendo manobras arriscadas ou indo mais rápido.
Custos esperados de alternativas arriscadas: despesas de seguro por estar errado num acidente.
Benefícios esperados de alternativas comportamentais seguras: desconto de seguro por dirigir sem acidentes;
Os custos esperados: usar cinto de segurança não confortável.
O termo “meta”, esclarece Wilde (2005, p. 56), é entendido como sinônimo “preferido, desejado, aceito, tolerado e subjetivamente ótimo”.
Para esse autor, existem condutores que têm um nível alto de risco e, portanto, uma probabilidade maior de acidente como meta a ser atingida, dirigindo na busca de riscos e na busca de sensações 
Wilde argumenta que para as intervenções de segurança serem efetivas em reduzir acidentes é necessário reduzir a vontade das pessoas de arriscar suas vidas 
o que, em outros termos significa reduzir o nível aceito de risco.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
Letícia Marín; Marcos S. Queiroz. A atualidade dos acidentes de trânsito na era da velocidade: uma visão geral. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(1):7-21, jan-mar, 2000. Http://www.scielo.br/pdf/csp/v16n1/1560.pdf.

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