Buscar

Hanseníase: Doença Infecciosa e Curável

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Centro Universitário Uninovafapi
Prof.ª Fª Cecilia Viana Rocha
Hanseníase
Acadêmica
Camila dos S. Silva 
 A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença crônica, infecciosa, curável e de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante
 Atinge principalmente a pele e os nervos periféricos (localizados na face, pescoço, terço médio do braço e abaixo do cotovelo e dos joelhos), e pode afetar os olhos e órgãos internos (mucosas, testículos, ossos, baço, fígado..)
Pode causar incapacidades ou deformidades quando não tratada ou tratada tardiamente 
AGENTE ETIOLÓGICO
A hanseníase é causada por um micro-organismo, denominado Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen). 
Foi descoberta em 1874 pelo médico norueguês, Armauer Hansen. 
O tempo de incubação de multiplicação do bacilo é de 02 a 07 anos
CLASSIFICAÇÃO DA HANSENÍASE  
PAUCIBACILAR: poucos bacilos, geralmente, manchas na pele, forma menos grave. Até 5 lesões
MULTIBACILAR: muitos bacilos, forma mais grave, várias lesões na pele, nos nervos e em outros órgãos Mais de 5 lesões
FORMA CLÍNICA 
INDETERMINADA: estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural.
TUBERCULOIDE: manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido. Podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo).
 DIMORFA: manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordos às vezes bem ou pouco definidos, com comprometimento de dois ou mais nervos.
VIRCHOWIANA: forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, com comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Ocorrência nódulos na pele.
DADOS EPIDEMIOLOGICOS 
A magnitude e o alto poder incapacitante mantêm a doença como um problema de saúde pública.
 Em 2016, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 143 países reportaram 214.783 casos novos de hanseníase, o que representa uma taxa de detecção de 2,9 casos por 100 mil habitantes. 
No Brasil, no mesmo ano, foram notificados 25.218 casos novos, perfazendo uma taxa de detecção de 12,2/100 mil hab.
 Esses parâmetros classificam o país como de alta carga para a doença, sendo o segundo com o maior número de casos novos registrados no mundo
TRANSMISSÃO 
A doença é transmitida, principalmente, pelo convívio com doentes multibacilares sem tratamento. 
 vias aéreas superiores (tosse ou espirro)
Nos utensílios domésticos
No aperto de mão 
Beijando e abraçando
Pela gravidez
No momento do parto 
No leite materno
Nas roupas ou toalha
Usando o mesmo banheiro
SINAIS 
As manchas na pele podem ser:
esbranquiçadas, avermelhadas, ferruginosas 
planas ou elevadas (pápulas, tubérculos, nódulos, placas) 
uma só, poucas ou muitas 
em qualquer área do corpo: preferencialmente em áreas frias como orelhas, rosto, cotovelos, nádegas e pés 
a principal característica das manchas é a diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, dor ou tato. 
Demoram de 2 a 5 anos para aparecerem 
Dermatológicos: pele 
É uma doença silenciosa porque não dói 
As principais queixas são: formigamento em mão ou pé, choques, fisgadas, manchas esbranquiçadas, queda de pêlos (sobrancelha, cílios), diminuição do suor 
Dor e/ou espessamento de nervos periféricos;
SINAIS E SINTOMAS 
A principal diferença entre a hanseníase e outras doenças dermatológicas é que as lesões de pele da hanseníase sempre apresentam alteração de sensibilidade. As demais doenças não apresentam essa alteração.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é clínico e geralmente se faz na Unidade Básica de Saúde, através do exame físico onde procede-se uma avaliação dermatoneurológica.
O roteiro do diagnóstico clínico constitui-se das seguintes avaliações: 
• Anamnese 
• Avaliação dermatológica 
• Avaliação neurológica 
• Diagnóstico dos estados reacionais
• Diagnóstico laboratorial 
ANAMNESE 
DIAGNÓSTICO
A anamnese deve ser realizada conversando com o paciente sobre os sinais e sintomas da doença.
É fundamental que sejam identificadas as seguintes questões: alguma alteração na pele - manchas, placas, infiltrações, tubérculos, nódulos, e há quanto tempo eles apareceram; possíveis alterações de sensibilidade em alguma área do corpo; presença de dores nos nervos. 
DIAGNÓSTICO
AVALIAÇÃO DERMATOLÓGICA
Visa identificar as lesões de pele próprias da hanseníase, pesquisando a sensibilidade.
As áreas onde as lesões ocorrem com maior freqüência são: face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas, mas elas podem ocorrer, também, na mucosa nasal. 
Devem ser realizadas as seguintes pesquisas de sensibilidade nas lesões de pele: térmica, dolorosa, e tátil.
DIAGNÓSTICO
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
O processo inflamatório dos nervos (neurite) é um aspecto importante da hanseníase. A neurite pode ser silenciosa, sem sinais ou sintomas, ou pode ser evidente, aguda, acompanhada de dor intensa, hipersensibilidade, edema, perda de sensibilidade e paralisia dos músculos.
Por isso é muito importante que a avaliação neurológica do portador da hanseníase seja feita com frequência para que possam ser tomadas as medidas adequadas de prevenção e tratamento de incapacidades físicas.
PRINCIPAIS NERVOS PERIFÉRICOS ACOMETIDOS NA HANSENÍASE
É constituída pela inspeção dos olhos, nariz, mãos e pés, palpação dos troncos nervosos periféricos, avaliação da força muscular e avaliação de sensibilidade nos olhos, membros superiores e membros inferiores 
DIAGNÓSTICO
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
INSPEÇÃO DOS OLHOS, NARIZ, MÃOS E PÉS
PALPAÇÃO DOS TRONCOS NERVOSOS PERIFÉRICOS
Deve-se verificar:
queixa de dor espontânea no trajeto do nervo;
Se há queixa de choque ou de dor nos nervos durante a palpação; 
Se há simetria do nervo palpado com o nervo correspondente, no lado oposto; 
Se há espessamento do nervo;
 Se há alteração na consistência do nervo: se há endurecimento; 
Se há alteração na forma do nervo: se existem abcessos e nódulos; 
 se o nervo apresenta aderência aos planos profundos.
21
 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
Tem o objetivo de verificar se existe comprometimento funcional dos músculos inervados pelos nervos que passam pela face, mãos e pés.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
A baciloscopia é o exame microscópico onde se observa o Mycobacterium leprae, diretamente nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansênicas.
O diagnóstico da hanseníase é clínico. Quando a baciloscopia estiver disponível e for realizada, não se deve esperar o resultado para iniciar o tratamento do paciente.
após o diagnóstico de hanseníase e a classificação do paciente em pauci ou multibacilar baseado no número de lesões de pele.
NOTIFICAÇÃO DO CASO
A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. 
 Concluído o diagnóstico da doença, o caso deve ser notificado ao órgão de vigilância epidemiológica hierarquicamente superior, através de uma ficha de notificação/investigação do Sistema de Informações de Agravo de Notificação (SINAN).
As informações relativas ao acompanhamento dos casos devem ser registradas nas unidades de saúde e enviadas ao órgão de vigilância epidemiológica através de um relatório de acompanhamento e atualizadas no mínimo em 6 meses.
TRATAMENTO
A poliquimioterapia (PQT-OMS), é disponível em qualquer unidade de saúde de forma gratuita.
O indivíduo após ter o diagnóstico, deve, mensalmente, ser visto pela equipe de saúde para avaliação e para receber a medicação. 
É constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada.
Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre com freqüência quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença. 
A medicação é administrada através de esquema-padrão, de acordo com a classificação operacional do doente emPauci ou Multibacilar. 
Para crianças a dose dos medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de acordo com a sua idade
ESQUEMA PAUCIBACILAR (PB)
ADULTO
Os dois medicamentos são acondicionados numa cartela, para administração mensal (de 28 em 28 dias)
Duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina. 
Critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses
Rifampicina: uma dosemensal de 600mg (02 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada.
Dapsona:dose mensal de 100mg supervisionada e dose diária de 100mgautoadministrada.
ESQUEMA MULTIBACILAR (MB)
ADULTO
• Duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de Rifampicina 
• Critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses
Rifampicina:dose mensal de 600mg (02 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada.
Dapsona:dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária de 100mgautoadministrada.
Clofazimina:dose mensal de 300mg (03 cápsulas de 100mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50mgautoadministrada
ESQUEMAS DE TRATAMENTO PARA CRIANÇAS
(PAUCIBACILAR)
29
ESQUEMA DE TRATAMENTO PARA CRIANÇAS
(MULTIBACILAR)
30
ESQUEMA ALTERNATIVO
É conhecido como ROM (Rifampicina, Ofloxacina e Minociclina) deve ser usado exclusivamente para tratar pacientes Paucibacilar com lesão única, sem envolvimento de troncos nervosos. 
31
REFERÊNCIAS 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. guia prático sobre a hanseníase. Brasília, 2017
BRASIL. Hanseníase: Protocolo de Atendimento – Brasília, 2007.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de atenção básica. Vigilância em Saúde. Brasília, 2007.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de Atenção Básica. Vigilância em Saúde. Brasília, 2008.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico. V. 49 N. 4. Brasília, 2018

Continue navegando

Outros materiais