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Psicanálise - Prática e Ciência Carol e Keli

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FACULDADE ANHANGUERA SOROCABA
CAROLINE CRISTINA MOREIRA – 348587412103 – 1 SEMESTRE
KELI RODRIGUEZ – RA 355401412103 – 1 SEMESTRE
PERÍODO MANHÃ
A Psicanálise no Âmbito da Assistência Social 
Sorocaba
2019
Introdução
Este artigo tem como objetivo refletir sobre as contribuições da psicanálise desenvolvidas dentro de uma instituição denominada CREAS, instituição pública de assistência social. 
Entende-se que existem poucos artigos e conteúdos publicados a este respeito, pois atualmente não se tem muitos trabalhos sobre a prática da psicanálise no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS).
O CREAS é uma unidade pública estatal, de vigor municipal ou regional, referencia para a oferta de trabalho social e famílias em situações de risco pessoal e social, por violação de direitos, que exigem intervenções especializadas no âmbito do SUAS (BRASIL, 2011).
A psicanálise não é focada apenas a situações de tratamentos psicanalíticos, mas também na abordagem do procedimento da ética e das concepções da psicanalise de problemáticas que envolvem uma pratica psicanalítica, que aponta o individuo nos fenômenos sociais e políticos.
 Freud estabeleceu este tipo de pesquisa sendo ela a psicanálise aplicada.
A psicanálise é também utilizada de referencial ético e teórico para muitas intervenções que podem ser coordenadas no campo social, pois não é somente uma ferramenta na área clinica e em consultórios.
 A psicanálise apresenta-se atuante em diversas instituições como escolas, empresas, hospitais, e tendo também a possibilidade de estar atuante em campos como a Medicina, o Direito, a Arte e tantos mais (MAURANO, 2010).
As Contribuições da Psicanálise
Freud (1919[1918]) dizia que a psicanálise poderia ter outros campos de atuação, além da clinica. E atualmente a psicanálise tem contribuído muito para o trabalho na assistência social, especificamente no CREAS. 
Freud se preocupou para que a psicanálise tivesse seu lugar na sociedade, ele manifestou a preocupação entre a psicanálise e a assistência social, sendo as neuroses como problema de saúde publica, e o mesmo para a necessidade que o de classe baixa de receber assistência psicológica.
 Sendo assim, o mesmo compreende a necessidade de juntar a psicanálise aos serviços disponíveis pelo Estado.
Desde o seu surgimento, a psicanálise permanece em constantes estudos e aprimoramento. Tem se expandido bastante não somente no contexto da clinica e seus formatos tradicionais (MANONNI, 1981).
 E uma das áreas onde a psicanálise tem se expandindo é o da politica publica de assistência social.
Nos dias de hoje é constatado que as palavras de Freud (1919[1918]), sobre a assistência psicológica como direito do individuo atravessa os limites dos serviços de saúde, tornando-se também para a assistência social.
 Até mesmo a necessidade de explorar os conceitos teóricos da psicanalise para além de consultórios vem também da atualidade de seu pensamento. 
Para Freud (1926), os processos conscientes são poucos expressivos em relação aos processos inconscientes, pois para ele o entendimento da psicanálise é todo voltado para o inconsciente. 
A psicanálise tem como ponto de intervenção principal as neuroses mais brandas como a histeria, estados obsessivos, fobias, nas más formações do caráter, anormalidades sexuais.
 É um método usado por meio de escuta e da abertura para a singularidade do outro, assim falando de seu sofrimento e assim trás um pedido de ajuda. Sendo assim pode ter melhoria nos sintomas ou até mesmo a total recuperação.
A psicanálise é indicada para tratar todo tipo de doença, sendo que o profissional não trata a doença em si, mas o individuo que nela esta envolvida, ou seja, o individuo que faz da doença um sintoma que chamamos de analítico (MAURANO, 2010).
O CREAS dispõe de vários casos de direitos violados. Entre elas estão à violência domestica, violência sexual, trabalho infantil e tantas outras.
 Os profissionais da psicanálise podem atuar nessa instituição através dos atendimentos em grupos e individuais, dando a elas orientação e suporte para as famílias para que reflitam suas formas de educação, cuidados com os filhos, trabalho, cuidados com a saúde, para que entendam suas fases como seres humanos e a forma como as crianças e adolescentes se posicionam no mundo.
 Faz parte destes profissionais que trabalham nessa unidade dar autonomia as mães, pais e familiares. (GUERRA e MOREIRA; SANTOS, 2010).
A psicanálise de acordo com Rosa (2004) foi dada importância voltada para o sujeito e sua relação com fenômenos socioculturais e políticos. Dando evidencia a importância de uma pratica voltada a escuta do individuo, afirmando que:
O relato em si não basta, dado que pode ser apenas a repetição automática que se detém em atualizar o traumático. Também não me refiro ao relato que parece feito para saciar a curiosidade do outro, que passa mais por uma exposição do sofrimento para o deleite do outro, ou da exibição pelo grotesco, como se vê, frequentemente, na televisão. A escuta psicanalítica supõe, retomo aqui, a presença do outro desejaste, em tudo o que ela implica de resistência do analista, usada também como um contorno, uma borda organizadora do gozo sem limites (p. 344).
Nesta perspectiva psicanalítica apontamos uma grande importância ao método da escuta, levando também em consideração a subjetividade e os recursos simbólicos dos que buscam ajuda na assistência social especializada.
Sendo assim, nessa unidade o profissional da psicanalise, não terá que criar ou alterar uma politica para os indivíduos. Mas sim, escutar o indivíduo em sua articulação com o significante fazendo vir a tona a verdade do individuo.
 Mais do que interrogar e usar todos seus métodos e pratica, ele será um profissional de métodos simples, discutindo as dificuldades e direcionamentos frente a pratica, sem que se pratique a psicoterapia propriamente dita.
 Conclusão
Através do conteúdo desse trabalho, foi possível abrir um leque de reflexões das pesquisas sobre a Psicanálise no social. Cada vez mais a Psicologia vai tomando espaço e contribuindo efetivamente tanto para a saúde mental dos indivíduos, quanto para projetos sociais.
Acredita-se que a Psicanálise não será a única solução e mais efetiva para lidar com problemas como a violência, porém podemos saber do quanto é eficaz a prática dessa ciência. Assim, melhorando a qualidade e condições de vida dos indivíduos, incluindo aqueles que já tiveram seus direitos violados. 
O objetivo da Psicanálise não é modificar ou criar uma política para as pessoas, e sim, escutar com atenção e entender como são articuladas as palavras do sujeito, para ser significante e poder emergir a verdade do mesmo. Ajudando o indivíduo a se entender e se colocar no meio social novamente, proporcionando a sua autonomia como direito, dando ênfase na prática da escuta.
Também é usada como método para intervenções nos casos de neuroses, histerias, fobias, na anormalidade sexual, no caráter e em estados obsessivos. Por isso é tão importante a escuta nesse campo, pois é levado em consideração a subjetividade e outros recursos simbólicos a todos que procuram ajuda. Pois é um campo que é feito o entendimento através do inconsciente e seus processos psicológicos.
Considera-se que a Psicanálise não é um benefício exclusivo e somente para certas áreas da Psicologia Clínica, e sim, contribui em muitas outras áreas, servindo também como referência ética e teórica para outros campos sociais.
Referências 
ALMEIDA, Bruna Elizabeth Carvalho de. A Psicanálise no Âmbito da Assistência Social. Psicologado. Edição 08/2018. Disponível em:
< https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/a-psicanalise-no-ambito-da-assistencia-social >. Acesso em: 4 Junho 2019.
BRASIL. Ministério do desenvolvimento social e combate à fome. Orientações técnicas: centro de referência especializado de assistência social. 2011. Brasília [On-line].Disponível em: http://aplicacoes.mds.gov.br/snas/documentos/04-caderno-creas-final-dez..pdf. Acesso em: 20 Maio 2019.
CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS. Referências técnicas para a prática de psicólogas (os) no centro de referência especializado da assistência social-CRE AS. Brasília, 2012. [On-line]. Disponível em: <http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/artes-graficas/arquivos/2013-CREPOP- CREAS.pdf>. Acesso em: 20 Maio 2019. P. 20-61.
FREUD, S. (1919[1918]). Linhas de progresso na terapia psicanalítica. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud vol. XVII. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
FREUD, S. (1926). Psicanálise. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud vol. XX. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
GUERRA, A. M. C.; MOREIRA, J. O. A psicanálise nas instituições públicas: saúde mental, assistência e defesa social. 1. Ed. Curitiba: Editora CRV, 2010.
MANNONI, M. A primeira entrevista em psicanálise. Rio de Janeiro: Campus, 1981.
MAURANO, D. Para que serve a psicanálise. 3. Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010.
ROSA, M.D. A pesquisa psicanalítica dos fenômenos sociais e políticos: metodologia e fundamentação teórica. Revista mal-estar e subjetividade, 2004. Quatro (2), 329-348. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v4n2/08.pdf Acesso em: 12 Abril 2019.
SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL. As crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual e suas famílias: referências para a atuação do psicólogo. Brasília, 2009. [On-line]. Disponível em: < http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/10/CREPOP_Servico_Exploracao_Sexual.pdf> Acesso em: 12 Maio 2019.

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