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Apostila_Historia_Direito_Fleury

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SUMÁRIO 
 
 
01. HISTÓRIA DO DIREITO 4 
 
02. FORMAS DE GOVERNO 7 
 
03. DIREITO BABILÔNICO 13 
 
04. DIREITO EGIPCIO 17 
 
05. DIREITO HEBREU 19 
 
06. DIREITO HINDU 21 
 
07. DIREITO ÁRABE 24 
 
08. DIREITO GREGO 25 
 
09. DIREITO ROMANO 29 
 
10. THE COMMON LAW 39 
 
11. A CARTA MAGNA 40 
 
12. PETIÇÃO DE DIREITOS 41 
 
13. REVOLUÇÃO GLORIOSA 42 
 
14. DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS EUA 43 
 
15. REVOLUÇÃO FRANCESA 44 
 
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UMC | História do Direito - Prof. Dr. Quintino Luís Assumpção Fleury - 2016 
UMC | História do Direito 
 
1. HISTÓRIA DO DIREITO 
1.1. CONCEITO 
É o estudo das experiências jurídicas do passado para que possamos entender as suas origens 
e a sua aplicação no presente, possibilitando planejar o futuro de nossa sociedade. 
 
1.2. FONTES DO DIREITO 
Direito são os meios pelos quais se formam as regras jurídicas, suas origens. Possuem diversas 
classificações, porém para a história do direito. A divisão mais importante é: 
 
a) Fontes diretas ou imediata 
São aquelas que por si só pela sua força geram as regras jurídicas. 
Exemplo: Leis e Costumes 
 
b) Fontes indiretas ou mediatas 
São aquelas que não tem força por si só de gerar regra jurídica, mas nos mostram 
o caminho, um destino. 
Exemplo: Doutrinas e Jurisprudência. 
 
1.2.1. Leis e Costumes 
 
 Forma de reparação. Cada sociedade existe de uma forma diferente. 
 Costume tem que ser sempre o mesmo, continuo/constante (mesma situação) como 
por exemplo temos a fila. 
 Quando algo não acontece sempre do mesmo jeito não é costume. 
 Costume tem que ser moral. Tem que ser obrigatório – afetar toda a população/ não é 
facultado entre as partes. 
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1.2.2. Doutrinas e Jurisprudência 
 
 Doutrina 
Estudo de um jurista. Um parecer. Um escrito sobre direito. 
 
 Jurisprudência 
 
Nada mais é do que decisões re-inteiradas em tribunal. Uma sequência de sentenças 
de um tribunal de forma igual. 
Algumas vezes uma jurisprudência vira lei. 
Constituição federal Art 5 – Sobre estabilidade de emprego. 
 
 
1.3. ESPÉCIES DE HISTÓRIA DO DIREITO 
 
a) História externa 
Estuda as fontes do direito e qual papel elas desempenharam na formação de 
cada direito. 
Exemplo: A história de formação do direito romano. 
 
b) História Interna 
É a história das instituições. 
Ela estuda as regras do direito dentro de cada instituição. 
Exemplo: Família, Contratos, Comercio, Propriedade. 
 
 
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1.4. TEMPOS PRIMITIVOS 
 
 O homem era nômade 
 Explorava a terra 
 Estávamos no meio da cadeia alimentar 
 A evolução foi muito rápida perto da evolução natural. 
 No princípio os grupos de homens eram formados por famílias (clãs). 
 Foram formando aglomerados de pessoas a partir do sedentarismo. 
 Dessa forma formou-se as cidades, posterior as nações. 
 Para conseguir viver em grupo foram criadas leis. 
 Sem leis não há existência de sociedade. 
 O Estado foi criado para garantir que as nações tivessem garantissem o bem estar das 
pessoas. 
 A característica básica de direito nos tempos primitivos, é que o direito era 
simplesmente uma forma de se manterem vivos, de um aceitar o outro. 
 
1.5. O DIREITO DAS PRIMEIRAS GRANDES CULTURAS 
 A característica comum (Hindus, Hebreus, Árabes, Gregos etc) é que o direito era 
totalmente ligado a religião. Quem detinha o podem eram os religiosos / sacerdotes. 
Todos eram obrigados a seguir. 
 A lei é dura. Pesada. “Dura lex sede Lex”. Penas Draconianas. Extremamente forte e 
agressivas. Penas desumanas. 
 O nome Draconianas veio de um legislador de Atenas Dracon. Sua grande importância 
foi que esse foi o primeiro grego a colocar as leis no papel e ele era extremamente 
agressivo. 
 
 
 
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2. FORMAS DE GOVERNO 
 
2.1. INTRODUÇÃO 
 
As formas de governo é a maneira com que os órgãos fundamentais do Estado se formam, 
assim como seus poderes e relações; ou seja, designa a organização política do Estado ou 
conjunto de indivíduos a quem é confiado o exercício dos poderes públicos. A palavra 
governo é vulgarmente conhecida como Poder Executivo, ele pode ser subdividido em: 
 
A) Quanto a sua origem 
 
 Governo de Direito 
É aquele que foi constituído de acordo com a lei fundamental do Estado, sendo, por 
isso, considerado como legítimo perante a consciência jurídica da nação. 
 
 Governo de Fato 
É aquele implantado ou mantido por via de fraude ou violência 
 
 
B) Quanto ao seu desenvolvimento 
 
 Governo Legal 
É aquele que seja qual for sua origem se desenvolve em estrita conformidade com as 
normas vigentes de Direito Positivo, subordina-se ele próprio aos preceitos jurídicos, 
como condição de harmonia e equilíbrio social. 
 
 Governo Despótico 
Ao contrário do governo legal, é constituído por interesses pessoais, uma vez que se 
conduz pelo arbítrio dos detentores eventuais do poder. 
 
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C) Quanto a extensão do poder 
 
 Governo Constitucional 
É aquele formado pela Constituição e assegura aos cidadãos os seus direitos. 
 
 Governo Absolutista 
É aquele que concentra todos os poderes em um só órgão. O regime absolutista tem 
suas raízes nas Monarquias de Direito Divino e se explicam pela máxima do 
cesarismo romano, em que a vontade do príncipe era fonte de lei. Esse assunto 
mereceu a atenção de diversos estudiosos, entre eles temos inicialmente Platão em 
sua obra República, onde faz referência ao tema e também podemos perceber sua 
abordagem na famosa Classificação de Aristóteles. Com o passar dos anos, 
houveram inúmeras classificações quanto as formas de governo, que destacaremos a 
seguir no tópico de desenvolvimento. 
 
 
2.2. DESENVOLVIMENTO DAS FORMAS DE GOVERNO 
 
A) Classificação de Aristóteles 
É a primeira de todas as classificações, sendo recordada por muitos estudiosos até hoje. 
Com base em observações quanto a organização dos Estados Gregos e inspirada em um 
conceito ético e político, Aristóteles divide em três formas: 
 
1) Monarquia 
Poder centrado em uma pessoa física. 
 
2) Aristocracia 
Poder onde o Estado é governado por um pequeno grupo de pessoas físicas 
 
3) Democracia ou Politéia 
Governo de uma maioria. 
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Essas três formas eram consideradas puras, perfeitas ou normais, por Aristóteles, porque 
visam o bem de uma coletividade; entretanto, a Democracia, em particular, era tida por ele 
como a melhor forma de governo, uma vez que a população possui uma participação mais 
ativa. Em oposição as formas puras de governo, temos as formas impuras, corruptas ou 
imperfeitas, por serem distorções das formas perfeitas, já que seu objetivo é primeiramente 
os interesses dos governantes em detrimento dos anseios de todos os demais, são chamadas 
portanto de: 
 
 Tirania 
Forma distorcida de Monarquia. 
 
 Oligarquia 
Forma impura de Aristocracia. 
 
 Demagogia ou Olocracia 
Que é a corrupção Democracia. 
 
 
B) Classificação mista de Políbio 
Baseada em estudos das instituiçõespolíticas da Roma Republicana, Políbio, criou uma nova 
classificação das formas de governo onde funde as três hipóteses aristotélicas. Segundo ele, 
era essa fusão harmônica da Monarquia representada pelos cônsules, Aristocracia pelo 
Senado e a Democracia pelo tribuno, é que resultava no equilíbrio político-administrativo do 
povo romano. 
 
Entre os seguidores dessa teoria estão: Cícero, Tácito e Dante que acreditavam em um só 
Estado unido politicamente, porém dando liberdade a comunidade. 
 
Até o momento as classificações, eram distorções ou modificações da teoria aristotélica, 
quando a doutrina moderna passa a ganhar movimento com Nicolau Maquiavel em sua 
consagrada obra “O Príncipe”. 
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C) Classificação de Maquiavel 
Seguindo uma linha de pensamento diferente dos outros filósofos, a dicotomia de seu conceito 
se aproxima mais da realidade. Sua teoria se divide em: 
 
1. República: 
Caracterizada pela temporalidade do poder e seu exercício é atribuído ao povo. 
Outra característica marcante é que ninguém ocupa o maior cargo de uma 
República se não for através de eleições, portanto está intrinsecamente ligada 
a um partido ou a uma coligação de partidos políticos. 
 
A República pode ser subdividida em: 
 
 República Direta 
Onde a população exerce diretamente as funções do Estado. 
Exemplo: Catões da Suíça onde a população se reúne em assembleia 
ou indiretamente em que a comunidade elege seus representantes. 
 
 República Presidencial 
Onde o presidente ocupa a função de Chefe de Estado e Chefe de 
Governo. 
 
 República Parlamentar 
Em que as funções são divididas, ficando o presidente com a função 
de Chefe de Estado e o Conselho de Ministros com a chefia de 
governo. 
 
2. Monarquia 
Que é marcada pela vitaliciedade do poder, que é confiado a uma pessoa física, 
no caso monarca ou rei, que está no cargo não pelo consenso da coletividade, 
mas por razões históricas tradicionais, por esse motivo o monarca está 
 
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desvinculado de partidos ou coligações políticas. A Monarquia pode ser 
subdividida em: 
 
 Monarquia Absoluta 
O poder está centrado nas mãos do rei e sujeito a suas arbitrariedades. 
 
 Monarquia de Estamentos (ou de Braços) 
É aquela em que o rei descentraliza certas funções que são delegadas 
a elementos da nobreza reunidos em Cortes, ou órgãos semelhantes 
que funcionam como desdobramentos do poder real. Forma de 
governo antiga típica da Monarquia feudal. 
Exemplo: Suécia até 1918. 
 
 Monarquia Constitucional 
É aquela em que o rei só exerce função do Poder Executivo ao lado 
dos Poderes Legislativos e Judiciário, nos termos de uma 
Constituição escrita. 
Exemplo: Bélgica, Holanda, Suécia, Brasil Império. 
 
 Monarquia Parlamentar 
É aquela em que o rei não exerce função de governo – o rei reina mas 
não governa – segundo a fórmula dos ingleses o Poder Executivo é 
exercido por um Conselho de Ministros responsável perante o 
Parlamento, ao rei se atribui um quarto poder – Poder Moderador – 
com ascendência moral sobre o povo e sobre os próprios órgãos 
governamentais, um símbolo vivo da nação, porém sem participação 
no funcionamento da máquina estatal. 
 
 
D) Classificação de Kelsen 
Para Kelsen as formas de governo podem ser divididas em: 
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1. Governos Democráticos 
Caracterizados pela participação do povo na formação e criação das normas de 
direito. 
 
2. Governos Autocráticos 
É caracterizado pela falta de participação popular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. DIREITO BABILÔNICO 
 
 Código de Hamurábi (Hammurabi) 
Oferecido ao povo da Babilônia pelo Deus Samas (Deus da Justiça), por intermédio do 
Rei Hammurabi (1.694 a.C), esculpido em um bloco pedra negra, possuía 282 artigos; 
 
 Forte prevalência de direito comercial no código; 
 Presença marcante da “Lei de Talião”; 
 
3.1. CÓDIGO DE HAMURÁBI OU CÓDIGO ESTRELA 
 Características do seu código 
 Rigor no apenamento 
 Instituição do bem de família 
 Proibição de compra e venda entre pais e filhos 
 Força maior 
 Direito de família 
 Talião 
 
 
3.2. ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE 
 Homens Livres (Awilum) 
 Homens Subalternos (liberdade limitada) e estrangeiros (Muskênum) 
 Escravos (wardum – escravo / Amtum – escrava) 
 
 
3.3. FAMÍLIA (SISTEMA MONOGÂMICO E PATRIARCAL) 
 Mulher é dotada de personalidade; É proprietária de seu dote mesmo após o casamento; 
Liberdade na gestão de bens; 
 É facultado o repúdio recíproco, em caso de má-conduta; 
 
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 Limitações ao poder de dispor do patrimônio, em caso de sucessão, se isso representar 
prejuízo a um dos filhos sobreviventes 
 
 
3.4. DIREITO PENAL 
 Penas extremamente rígidas; 
 Há 34 indicações de pena capital; 
 
3.5. DIREITO CIVIL 
 Contratos de compra e venda; venda a crédito; 
 Arrendamento; 
 Depósito; 
 Empréstimo a juros; 
 Funcionários e Sacerdotes auxiliavam o monarca na aplicação do direito; 
 
 
3.6. CÓDIGO DE HAMURABI 
No Direito de Família, o Código estabelecia o rigor absoluto da autoridade do chefe da 
família, que tinha um certo caráter sagrado: 
 Art. 195 – Se um filho espancar seu pai, dever-se-lhe-á decepar as mãos. 
 
No Direito que pune os delitos, aplicava-se o Talião: 
 Art. 196 – Olho por olho, dente por dente, braço por braço, pé por pé, vida por vida. 
 Art. 197 – Se ele quebrar o osso a um outro, se lhe deverá quebrar o osso também 
Se a pessoa ofendida era de classe inferior, a pena era de MULTA PECUNIÁRIA. 
 
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 Art. 198 – Se ele arrancar o olho de um liberto, deverá pagar uma mina (pena 
pecuniária em razão da pessoa ofendida) 
 
Pena pelo falso testemunho 
 Art. 3 – Se alguém em um processo se apresentar como testemunha de acusação, e não 
provar o que disse, se o processo importar perda de vida, ele deverá ser morto 
 
Punição para crimes contra o patrimônio 
 Art. 6 – Se alguém furtar bens de Deus ou da Corte, deverá ser morto; e mais quem 
recebeu dele a coisa furtada também deverá ser morto 
 Art. 8 – Se alguém roubar um boi ou uma ovelha ou um asno ou um porco ou um 
barco, se a coisa pertencer a Deus ou à Corte, ele deverá dar trinta vezes tanto; se 
pertencer a um liberto, deverá dar dez vezes tanto; se o ladrão não tiver nada para 
dar, deverá ser morto. 
 
Casos curiosos de substituição da pessoa do ofensor por outra que lhe fosse muito cara 
 Art. 209 – Se alguém bater numa mulher livre e a fizer abortar, deverá pagar dez siclos 
pelo feto 
 Art. 210 – Se a mulher morrer, se deverá matar o filho dele. 
 
Sobre um arquiteto 
 Se um arquiteto construir para alguém e não o fizer solidamente e a casa que construiu 
cair e ferir de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto. 
 Se ferir de morte o filho do proprietário, deverá ser morto o filho do arquiteto. 
 
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3.7. LEI DE TALIÃO 
 Equilíbrio – Equivalência 
 Talião vem do Latim Talium – equivalência 
 Exemplo Retaliação 
 
3.7.1. Lei de Talião 
 Ideia de equivalência (como olho por olho, dente por dente) não era uma lei, era uma 
ideia que indicava que a pena de um delito deveria ser equivalente ao dano causado – 
proporcionalidade. 
 Falso testemunho era penalizado com a mesma pena que seria para o acusado 
 Família patriarcal monogâmica, porém o marido podia ter concubina (sistema 
patriarcal) 
 Casamento com contrato de comunhão de bens 
 Ambos podiam pedir divorcio 
 Homem podia pedir divorcio por má conduta, negligencia ou recusa nos deveres de 
esposa e dona de casa. 
 Mulher podia pedir divorcio por má conduta do marido, mas neste caso ela tinha que 
ser absolutamente correta e ilibada. 
 Adultério Somente a mulher casada com homem casado ou solteiro. 
 O homem podia deitar-se com uma mulher solteira sem ser considerado adultério. 
 O amante não comete adultério, é cúmplice do mesmo. 
 A pena era amarrar os dois e jogar no rio para se afogarem. O marido podia perdoar a 
mulher, porém o amante também seria solto. 
 Herança era dividida entre todos os filhos. O primogênito tinha a primaria na escolha 
e as mulheres recebem sua parte como dote, dos pais, ou na falta dele, dos irmãos. 
 Julgamento: por sacerdotes, leigos e julgamento de Deus, que era força da natureza. 
 
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4. DIREITO EGÍPCIO 
 
 É um estado teocrático; sociedade no sistema de castas. 
 O faraó era um deus encarnado, com poderes absolutos. Era a um só tempo, 
governante, sacerdote, juiz e guerreiro. 
 Todas as terras eram do faraó e para sua utilização era necessário pagar tributos. 
 Os juízes (sacerdotes) julgavam em nome do faraó e ao serem empossados juravam 
não obedecer ao faraó todas as vezes que ele ordenasse alguma coisa injusta. 
 Os atos jurídicos eram realizados por formulários pré-estabelecidos. Os atos solenes 
eram realizados com a utilização de escribas perante testemunhas autenticados com 
selo estatal. 
 
 
4.1. DIREITOS 
 
 Casamento 
 Era possível casamento por contrato, onde a mulher mantinha propriedade de seus 
bens. 
 Irmãos podiam se casar 
 
 Adultério 
 O homem adultero levava 1000 açoites 
 A mulher adultera tinha seu nariz decepado 
 
 Falso testemunho 
 Cumpria a pena do acusado falsamente 
 
 Homicídio 
 Mesmo de um escravo, era punido com a morte 
 
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 Omissão de socorro 
 Equiparasse ao homicídio 
 
 
4.2. PENAS MAIS UTILIZADAS NO EGITO 
 Bastonadas 
 Chibatadas 
 Exílio 
 Mutilações 
 Lançamento a fogueira 
 
 
 
4.3. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
Acredita-se que o Direito Internacional Público teve seu início com a assinatura de um tratado 
de aliança e paz entre o Faraó Ramsés II e o Rei hitita, Hattusibis III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. DIREITO HEBREU 
 
 O Direito Hebreu uniu a missão religiosa à missão política. 
 Introduziu a monolatria. 
 O Direito Hebreu ou Lei Mosaica encontra-se condensado na Torah. 
 A Lei Mosaica é um “conjunto orgânico indissociável” 
 Tinha por objetivo proteger o povo eleito, por isso proibiu o casamento com 
estrangeiros e empréstimos a juros para compatriotas. 
 Previa o Levirato 
 A lei do levirato (em hebraico: yibum) obriga o irmão a se casar com a 
viúva de seu irmão falecido sem filhos, com o filho primogênito sendo 
tratado como do irmão falecido, que torna a criança seu herdeiro e não 
herdeiro do pai genético. 
 
Há uma outra cláusula conhecida como chalitsá, que explica que se um 
homem se recusa a realizar este "dever", a mulher deve cuspir em seu 
rosto e tomar um de seus sapatos, sendo que os outros na cidade devem 
sempre chamar-lhe de "o sem um sapato" (forma de repúdio). 
 
 Abrandou a Lei do Talião no caso de homicídio culposo e da legítima defesa. 
 A Torah previa a pena de Lapidação (apedrejamento). 
 Não havia distinção entre ricos e pobres. 
 
 Guarda relação com o Direito Brasileiro nos seguintes pontos: 
 Princípio do devido processo legal. 
 Princípio da isonomia. 
 Princípio da inocência presumida. 
 Subordinação do juiz à lei. 
 
 
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 Pena de Morte 
 
 Existiam 36 crimes punidos com a morte, como por exemplo: 
 Estupro 
 Prostituição 
 Blasfêmia 
 Latrocínio 
 Roubo 
 Furto 
 Feitiçaria 
 Profanação do leito paterno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. DIREITO HINDU 
 
 Sociedade formada por castas. 
 Grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho. O 
grupo é endógamo, isto é, cada integrante só pode casar-se com pessoas do seu próprio 
grupo. Os grupos são: 
 
a) Bramanes 
Sábios e Sacerdotes (nasceram da cabeça de Brahma) 
 
b) Xatrias 
Guerreiros e Magistrados (nasceram dos braços de Brahma) 
 
c) Vaxias 
Negociantes, artistas e artesãos (nasceram das pernas de Brahma) 
 
d) Sudras 
Servos das outras três castas (nasceram dos pés de Brahma) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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À margem dessa estrutura social havia os cordeiros, que vieram da poeira debaixo do pé de 
Brahma. Mais conhecidos como párias, sem casta, eram considerados os mais atraídos por 
todas as castas. Hoje são chamados de haridchens, haryens, dalit, ou intocaveis. 
 
 Todo conhecimento Hindu é concentrado em três grandes setores: 
 
1. Dharma-Sastra – Lei antiga 
 
2. Artha-Sastra – Economia 
 
3. Kama-Sutra – Prazer 
 
 
 Dentro do Dharma-Sastra encontra-se o Código de Manu que se divide em: 
 
1. Religião 
 
2. Moral 
 
3. Leis Civis 
 
O Dharma não reconhece direitos, mas apenas deveres. 
 
 
 Como prova admitia-se o Ordálio 
 Ordálio ou ordália é um tipo de prova judiciária usada para determinar 
a culpa ou a inocência do acusado por meio da participação de 
elementos da natureza e cujo resultado é interpretado como um Juízo 
Divino. Também é conhecido como juízo de Deus (judicium Dei, 
em latim). 
 
 
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 A mulher era venerada, mas a sua posição social era sempre subordinada ao 
homem. 
1. Solteira – ao pai 
2. Casada – ao marido 
3. Viúva – ao filho mais velho 
 
 Consta do Código de Manu a seguinte determinação: 
 “Não se bate em uma mulher nem mesmo com uma flor, qualquer que 
seja a falta por ela cometida. ” 
 
 
 Divórcio 
Algumas razões para o marido pedir divórcio: 
1. Esterilidade da mulher 
2. Doença incurável 
3. Mulher que só consegue ter filhas mulheres 
4. Embriaguez 
5. Prodigalidade (gasta de forma excessiva) 
6. Tagarelice Metempsicose (do grego: meta: mudança + en: em + psiquê: alma) 
É o termo genérico para transmigração da alma, de um corpo para outro, seja este do 
mesmo tipo de ser vivo ou não. Essa crença não se restringe à reencarnação humana, 
mas abrange a possibilidade da alma humana encarnar em animais ou vegetais. 
 
Metempsicose/Transmigração da alma é uma doutrina filosófica de origem indiana, 
transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os 
discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de um 
período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de 
homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar 
à fonte da vida. 
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7. DIREITO ÁRABE 
 
 É um direito extremamente machista. 
 Maior exemplo de religião “grudada” nas leis. 
 É direito/lei de uma comunidade religiosa. 
 Não tem fronteiras. 
 A lei está no Alcorão junto com a Suna. 
 Alá (Allah) é o único Deus. 
 É criação do direito árabe o conceito jurídico de pessoa não corpórea (Pessoa Jurídica) 
 Quem viola o Alcorão não comete só um pecado, como também infringe ordem legal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. DIREITO GREGO 
 O Direito Público Ocidental nasceu em Atenas. 
 Em Atenas todos os habitantes livres eram cidadãos. 
 
 
8.1. GRANDES PENSADORES/FILÓSOFOS ATENIENSES 
 Sócrates 
 Platão 
 Aristóteles 
 
 
8.2. GRANDES PENSADORES/FILÓSOFOS ESPARTANOS 
 Desconhecidos. Não há registros. 
 
 
8.3. GRANDES JURISTAS DE ESPARTA 
 
 Licurgo 
Suas leis eram orais e visavam perpetuar o direito da classe dominante. 
 
 
8.4. GRANDES JURISTAS DE ATENAS 
 
 Dracon 
Positivou as leis (escreveu) que antes eram orais, transferindo o poder de justiça das 
mãos da classe dominante para o estado, ou seja, as leis passavam teoricamente para 
o conhecimento de todos. 
 
Por fim as leis de Dracon eram muito duas e severas (leis Draconianas). 
 
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 Sólon 
Reformou as leis tornando-as mais equilibradas e brandas, procurando atender 
igualmente todos os cidadãos. 
 
 
8.5. DIVISÕES DA SOCIEDADE ESPARTANA 
Em Esparta a sociedade era estamental, ou seja, dividida em camadas sociais onde havia 
pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma: 
 
a) Esparciatas 
 Filhos de pais espartanos 
 Únicos com direitos políticos, constituindo o corpo de cidadãos 
 Dedicavam a vida inteira ao estado espartano, permanecendo à disposição do exército 
nos negócios públicos 
 Não podiam exercer comércio 
 
b) Periecos 
 Habitantes das cidades da periferia de Esparta 
 Integrados à cidade de Esparta à quem recolhiam impostos, porém não tinham direitos 
políticos 
 Eram obrigados a participar das guerras 
 Podiam exercer o comércio e a indústria artesanal 
 
c) Hilotas 
 Servos do estado espartano 
 Trabalhavam na terra a vida inteira, mas não podiam ser expulsos dela 
 Sofriam violência e humilhações diárias 
 
 
 
 
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8.6. SOCIEDADE ATENIENSE 
 
a) Heupatridas 
 Nobres, grandes proprietários de terra 
 
b) Georgoi 
 Pequenos e médios proprietários de terras 
 
c) Demiourgoi 
 Artesãos / Comerciantes 
 
d) Thetas 
 Trabalhadores assalariados 
 
 
 
8.7. OS ÁRBITROS 
 
a) Árbitros Privados 
 Escolhidos pelas partes, pessoa de confiança de ambas 
 Não cabia apelação de suas decisões. 
 
b) Árbitros Públicos 
 Escolhidos por sorteio (estado). 
 Cabendo apelação de suas decisões (não é de confiança de ambas as partes) 
 
 
8.8. LEIS GREGAS 
 Não teve Deus, não teve rei ou sacerdote, as leis foram criadas pela Eclésia (pelo povo). 
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8.9. O DIREITO 
 A Mulher era incapaz e analfabeta sempre subordinadas ao homem 
 O casamento era monogâmico, mas o homem podia ter cortesãs 
 A mulher adultera era punida severamente mas o homem pagava uma indenização 
marido traído 
 O homem podia pedir divórcio por qualquer motivo e a mulher somente se o homem 
fosse impotente 
 
 
8.10. CONCLUSÃO 
Os gregos lançaram as bases do Direito Público e também da Democracia e o princípio do 
primado da lei, onde a lei era aplicada igualmente sobre governantes e governados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. DIREITO ROMANO 
 
É o grande divisor entre os direitos antigos e sagrados, de conhecimento dos anciãos, 
sacerdotes e o direito ciência. 
 
9.1. PERÍODO DA REALEZA (753 aC à 510 aC) 
 
A) Classes Sociais de Roma 
1. Patrícios 
 Cidadãos romanos com poderes políticos e civis. 
 Homens livres fundadores da cidade e seus descendentes agrupados em clãs 
familiares patriarcais (Gentes). 
 
2. Clientes 
 Dependentes de uma família patrícia, onde ofereciam seus bens, sua força de 
trabalho em troca de proteção e assistência. 
 Eram os vencidos em guerra e até escravos libertos. 
 
3. Plebeus 
 Até o reinado de Sérvio Túlio, nãos faziam parte do povo romano, somente após 
as mudanças deste reino é que os plebeus ganharam cidadania. 
 Eram cidadãos de cidades latinas vizinhas a Roma e seus descendentes. 
 Viviam sob a proteção do rei. 
 
4. Escravos 
 Não eram pessoas, eram coisas, mas eram a mão de obra responsáveis por 
praticamente toda economia de Roma. 
 Viviam sob às ordens de um chefe de família patrícia. 
 Podiam surgir por meio das perdas dos direitos civis, por nascimento ou 
prisioneiros de guerra. 
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B) A Família Romana 
 A família patrícia era organizada como um apequena sociedade, com seu governo 
chefiado unicamente pelo Pater. 
 
 Dentro de sua casa ele tinha poderes ilimitados de pai, esposo, administrador, sacerdote 
e de juiz, de cujas decisões ninguém poderia reclamar. 
 
 
 
C) A Religião 
 Tinha como base duas classes de deuses, uma inspirada na família romana, chamada 
deuses domésticos que eram ancestrais (Paters) e à eles era feito culto doméstico. 
 
 A outra classe era inspirada em fenômenos naturais e emoções humanas, chamados 
deuses superiores. 
 
 
 
D) Instituições Políticas 
1. O rei 
 Era o supremo sacerdote, chefe do exército, juiz soberano e protetor da plebe. 
 Seu poder era absoluto e irresponsável. 
 
2. Senado 
 Formado por Paters indicados pelo rei, sendo que à ele tinham posição 
subordinada. 
 É um órgão consultivo sendo que o rei não era obrigado a seguir seus conselhos. 
 
3. Comícios 
 Eram assembleias convocadas pelo rei, onde o povo exercia seu direito votando 
em questões específicas. 
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E) O DireitoTemos duas fontes do direito nessa época: 
1. Os costumes (fonte principal) 
2. A lei (fonte secundária) 
 
Sendo que o Direito nesta época era extremamente influenciado pela religião. 
 
 
 
9.2. PERÍODO DA REPÚBLICA (510 aC à 27 aC) 
 
A) Institutos 
 
 
 
 
1. Substituição do rei por dois cônsules 
 
Um administrando 
 Alternadamente 
Um com poder de veto 
 
 
2. Senado 
 Passa a ser centro o poder de Roma 
 Nesse momento os cônsules passam a respeitar o senado em suas decisões 
 Essa obediência era em função do medo que os cônsules tinham de serem 
criminalizados por suas decisões pelo senado. 
 
 
3. Os Pretores 
 Magistrados judiciais que organizavam os processos 
 Administravam a justiça 
 Designavam os juízes. 
 
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4. Assembleias 
Eram múltiplas sendo as mais importantes: a) Centuriata Comitia 
 
b) Concilia Plebis 
 
c) Tributa Comitia 
 
 
 
9.2.1. FONTES DO DIREITO 
 
a) Os costumes 
 
b) As leis 
 
c) Leis das Doze Tábuas 
 
d) Senatos Consultos 
 Consultas que se faziam ao Senado. 
 Era a consulta que o Senado respondia após convocação. 
 
e) Edito dos Magistrados 
 A forma em que a justiça iria ser aplicada, como o processo iria funcionar. 
 Era um conjunto de clausulas que funcionavam como normas, expondo como as 
leis seriam aplicadas para os casos que fossem apresentados. 
 
f) Jurisprudência 
 Em Roma no período republicano é o que hoje chamamos de Doutrina. 
 Funcionava como nossa Doutrina Jurídica contendo interpretações a adaptações à 
lei para preencher lacunas. 
 
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9.2.2. OUTRAS LEIS 
 
a) Lex Canuleia 
 Permitia o casamento entre patrícios e plebeus. 
 
b) Leges Licinae Sextiae 
 Determinava que um dos cônsules fosse plebeu. 
 
c) Lex Olgunia 
 Autorizava os plebeus à ocupar cargos sacerdotais. 
 
d) Lex Hortensia 
 Todas as decisões das assembleias plebiais passavam a valer para todo o povo. 
 
e) Lex Aquilia 
 Regulava a responsabilidade civil. 
 
 
 
9.2.3. CONCLUSÃO 
A maior contribuição de Roma à cultura jurídica ocidental foi o surgimento de uma classe de 
juristas profissionais e da criação da ciência jurídica. 
 
 
 
9.3. ALTO IMPÉRIO OU PRINCIPADO (27 Ac à 284 dC) 
 
Nesse tempo por conta dos poderes acumulados pelo imperador, o senado volta a ser um 
simples órgão consultivo que aprova tudo que o príncipe pede em total subserviência, sem 
qualquer discussão. 
 
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9.3.1. FONTES DO DIREITO 
 
a) Édito dos Magistrados 
 Durante o império, os pretores (administradores da justiça) passaram a repetir eitos 
anteriores até que foram codificados como editos perpétuos. 
 
b) Senatus Consultos 
 No império perdeu sua força passando a votar de acordo com os interesses do 
imperador. 
 
c) Constituições Imperiais 
 Apesar de não poder criar leis e normas o imperador criava na forma das 
Constituições Imperiais, as quais tinham a mesma autoridade da lei. 
 
Podiam ser de quatro tipos: 
 
I. Edicta 
 Normas gerais aplicáveis à todo império. 
 
II. Mandata 
 Instruções que o príncipe passava aos funcionários imperiais. 
 
III. Rescripta 
 Resposta que o imperador dava sobre questões judiciais à 
particulares ou à magistrados. 
 
IV. Decreta 
 Sentenças prolatadas pelo imperador em processos à ele 
submetidos. 
 
 
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d) Resposta dos Prudentes 
 Eram sentenças e opiniões dos juristas. Remodelaram o Direito e criaram a Ciência 
Jurídica. 
 
Podemos destacar os seguintes juristas: 
 
I. Gaius (Gaio) 
 Príncipe dos jurisconsultos 
 Era o mais importante jurista clássico 
 Deixou perto de 600 fragmentos cheios de sabedoria jurídica 
 No caso de empate era o seu parecer que prevalecia 
 
II. Ulpianus (Ulpiano) 
 Autor da clássica divisão do Direito em Público e Privado 
 Tinha importância logo abaixo de Gaio (Gaius) 
 
III. Paulus (Paulo) 
 Remodelou o Direito Romano pelos seus comentários e textos 
resolvendo lacunas do Direito. 
 
IV. Modestino 
 Autor de várias obras 
 Foi o último dos juristas clássicos 
 
 
O que faziam (funções): 
 
 Proferiam pareceres a pedido de particulares e aconselhavam os 
magistrados 
 
 
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Conceitos e Instituições Jurídicas desenvolvidas pelos juristas 
clássicos estão preservados em nossa legislação até hoje. 
Exemplo: Os juristas romanos separavam o direito de usar uma coisa 
(propriedade) da habilidade de usá-la e manipulá-la (posse) 
 
 Também distinguiam obrigações e responsabilidades contratuais 
oriundas de ilícitos. 
 
 Criaram também os contratos nominados. 
Exemplos: Contrato de locação, Prestação de serviços, etc... 
 
 
 
 
9.4. BAIXO IMPÉRIO OU PERÍODO DO DOMINATO (284 Dc à 565 dC) 
 
 Dura até a morte de Justiniano 
 O imperador já não é mais o Príncipe, mas sim o DOMINUS, ou seja, senhor de todo 
o Império. Seu poder passa a ser absoluto e divinizado. 
 
 Por conta do tamanho do Império o mesmo foi dividido em dois: 
 Império Romano do Ocidente – Capital Roma 
 Império Romano do Oriente – Capital Constantinopla (antiga Bizâncio) 
 
 Em 313 d.C., Constantino assinou o Édito de Milão permitindo a liberdade de culto 
aos Cristãos. 
 Em 380 d.C., O Imperador Teodósio se converte ao cristianismo. 
 Em 391 d.C., O Cristianismo passa a ser a religião oficial do Império. 
 Em 476 d.C., O império romano ocidental é invadido pelos Bárbaros e cai. 
 Em 1453, Constantinopla é invadida pelos Turcos Otomanos e cai. 
 
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9.4.1. FONTES DO DIREITO NO BAIXO IMPÉRIO 
 Somente as Constituições Imperiais 
 Os costumes são apenas para preencher lacunas das Constituições 
 Não temos mais grandes juristas, sendo que a obra dos quatro juristas clássicos 
somente era utilizada se houvesse uma maioria em concordância. 
 
 
9.4.2. JUSTINIANO 
 Governou Constantinopla de 527 d.C. a 565 d.C. sendo o último imperador do Baixo 
Império e o primeiro dos Imperadores Bizantinos. 
 
 No século VI o estudo do Direito volta a florescer em Constantinopla e Justiniano 
reúne todas as leis em uma obra denominada CORPUS JURI CIVILIS que era dividida 
em quatro partes: 
1. Digesto 
Compilação dando força de lei aos escritos dos quatro juristas 
clássicos. 
 
2. Institutas 
Manual de direito privado Romano, destinado ao ensino do Direito 
em Constantinopla, tendo por modelo os comentários de Gaius. 
 
3. Código 
Compilação das Leis. 
 
4. Novelas 
As novas constituições publicadas pelos novos Imperadores. 
 
 
 
 
 
 
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9.4.3. DIREITO GERMANICO (+/- 500 d.C. à 700 d.C.) 
 
 Passou a ser a fonte do direito na falta do direito Romano. 
 Para organizar o território os bárbaroscriaram leis para utilização nos territórios 
ocupados. Como exemplo citamos duas: 1. Lex Romana Visigothorum 
2. Lex Romana Burgundionum 
. 
 Tais leis trouxeram grande retrocesso ao Direito, pois previam como forma de 
solucionar conflitos a Lei de Talião, o Ordálio, Duelos e a Faida 
 
 
 
9.4.4. DIREITO NA IDADE MÉDIA 
 
 O Império Carolíngio 
 
 Com a morte do Rei Francês Pepino o Breve, seu filho Carlos Magno passou 
a reinar em 768 d.C. 
 
 Todos os anos no mês de maio Carlos Magno convocava os nobres para ouvir 
suas queixas e ponderações, além de efetuar consultas jurídicas, era a denominada 
“Assembleia dos Grandes do Império Carolíngio”. 
 
 O resultado das consultas formava um conjunto de leis denominadas 
CAPITULARES. Foram as primeiras leis escritas da Idade Média. 
 
 As leis CAPITULARES eram decretadas na medida da necessidade e não 
como modernamente para prever casos futuros. Suas maiores contribuições ao 
Direito foi a criação de juízes profissionais, a possibilidade de Recurso ao 
Tribunal do Palácio e o fortalecimento da prova testemunhal. 
 
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10. THE COMMON LAW 
 Em 1154 Henrique II da Inglaterra oficializou a common law ao criar um sistema 
jurídico comum a todo reino e que incorporava o costume local ao nível nacional. 
 
 Surgiu a regra do precedente segundo a qual o Juiz estava obrigado a seguir a decisão 
pretérita de um juiz anterior e adotar a interpretação jurídica e os mesmos princípios 
usados pelo juiz anterior quando dois casos apresentassem fatos semelhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. CARTA MAGNA (1215 d.C.) 
 
Exigências mais importantes da Magna Carta: 
 
1. Nenhum imposto poderia ser criado sem aprovação da nobreza 
 
2. Nenhum cidadão livre poderia ser preso sem a demonstração das razões de 
sua prisão investigadas 
 
3. Estabelecimento de privilégios para a nobreza que nem o rei, o papa podiam 
revogar 
 
Observação: 
 
1. A Carta Magna trouxe liberdades e direitos aos nobres, mas nenhum benefício 
para os pobres. 
 
2. Apesar disso, o documento de importância histórica, um verdadeiro marco no 
estudo do Direito Constitucional do que se refere as limitações do poder do 
Estado e na origem dos direitos do cidadão. 
 
 
 
 
 
 
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12. PETIÇÃO DE DIREITOS (1628 d.C.) 
 
 O Parlamento Inglês enviou ao Rei Carlos I uma petição solicitando os seguintes 
princípios: 
 
1. Nenhum tributo poderia ser criado sem aprovação do parlamento 
 
2. Nenhum súdito poderia ser preso sem motivo demostrado e teria 
direito a um julgamento justo em curto espaço de tempo 
 
3. Nenhum soldado poderia ser aquartelado (preso) na casa do cidadão 
 
4. Lei marcial não poderia ser usada em tempo de paz 
 
 Observação 
Essa petição tornou-se uma das leis fundamentais de todos os sistemas legais 
democráticos. 
 
 O rei Carlos assinou, mas não cumpriu, dissolvendo o parlamento 
 Foi derrubado por Oliver Cronwell o qual foi sucedido posteriormente por Carlos II 
 Carlos II foi obrigado em 1679 a assinar a Lei do Habeas Corpus a qual prescrevia que 
uma detenção poderia ser suspensa mediante o pagamento de fiança e no prazo de três 
dias o juiz deveria examinar em audiência os motivos da prisão. 
 
 
 
 
 
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13. REVOLUÇÃO GLORIOSA (1688 d.C.) 
 
 Por tal revolução demonstrou não ser necessário a eliminação da figura do rei, desde 
que este aceite se submeter as decisões do parlamento. 
 Representa a transição política de uma monarquia absolutista para uma monarquia 
parlamentarista. 
 
 
13.1. ATUAL POLÍTICA INGLESA 
 
 Assumiu o rei as seguintes condições: 
 
1. Os reis não poderiam mais cancelar as leis do parlamento 
2. O parlamento decidiria a sucessão do trono 
3. As contas reais seriam controladas por inspetores 
4. O parlamento passou a votar o orçamento anual do rei 
5. O tesouro real seria dirigido por funcionários do parcelamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14. DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA 
DOS ESTADOS UNIDOS (1776) 
 
 A independência dos EUA apresentou para a humanidade dois temas: 
 1. Direitos Individuais 
 2. Direito de Revolução 
 
 
14.1. CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 
 
 É a mais antiga constituição nacional escrita ainda em vigor 
 
 Ela define os órgãos de governo, suas jurisdições e os direitos básicos do cidadão 
 
 Declaração dos direitos (1791) 
a) São as dez primeiras emendas da constituição, limitando o poder do 
estado para proteger os direitos de todos os cidadãos residentes e visitantes 
do território dos EUA. 
b) Protege a liberdade de expressão, a liberdade de religião, liberdade de ter 
e usar armas, liberdade de assembleia e liberdade de petição. 
c) Proíbe:  Qualquer castigo cruel, insólito 
 Qualquer limitação a liberdade individual 
 
 
 
 
 
 
 
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15. REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 d.C) 
 
 Declaração dos direitos do homem e do cidadão

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