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Slides de historia do direito

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Prévia do material em texto

Prof. Dr. Fernando Oliveira 
UNIDADE I
História do Direito 
 Por que estudar a história do Direito?
 São áreas interdisciplinares? 
 História x Direito. 
 De que tratam? 
 O que estuda a história? 
 O que estuda o Direito? 
 BITTAR, Eduardo C. B. História do Direito Brasileiro. São Paulo: Atlas, 2017.
 PALMA, Rodrigo Freitas. História do Direito. São Paulo: Saraiva, 2017.
História do Direito: uma visão panorâmica 
Nossa disciplina tem como objetivos:
a) Promover a compreensão e a importância da História do Direito a fim de 
proporcionar aos alunos os instrumentos teóricos necessários para uma releitura 
desmistificadora das instituições jurídicas brasileiras.
b) Examinar a problemática das instituições jurídicas ocidentais a partir de suas 
raízes históricas geradas pelo legado cultural greco-romano cristão.
c) Discutir criticamente a historicidade das instituições jurídicas no Brasil nos 
aspectos social, ético, cultural e político.
d) Compreender o sistema normativo por meio de sua 
evolução histórica.
Objetivos da História do Direito
a) Grécia.
b) Roma.
c) Idade Média.
d) Direito inglês.
e) Estado moderno.
f) Estados Unidos e França 
no século XVIII.
g) Brasil. 
Conteúdo da disciplina História do Direito 
Fonte: https://www.estudopratico.com.br/reinos-barbaros-historia-e-organizacao/
História
 Conceito: “A história é a memória da humanidade [...]”.[1]
 Objeto: “O ser humano e a sucessão temporal de seus atos”.[2]
Direito
 Conceito: Dis + Rectum = muito reto, justo, significa o que é muito justo. Pode-se 
dizer que o Direito é um complexo de normas destinado à solução de conflitos, 
realizando-se, dessa forma, a justiça.
 As regras se destinam a disciplinar a vida em sociedade, 
portanto, o Direito é feito pelo homem para o homem.
[1] EHRARDE PALMADE apud CHAUNU, Pierre. A história como ciência social. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1976, p. 23.
[2] CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e Brasil. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 
2006, p. 2.
História do Direito: conceito e normas 
História do Direito
 Conceito: produção cultural/científica decorrente das exigências de uma dada 
sociedade.
 Objetivo: auxílio na compreensão das conexões que existem entre a sociedade, 
suas características e sua produção em Direito.
 Direitos dos povos antigos – Mesopotâmia. 
 Direito natural = Jusnaturalismo. 
 Direito romano.
 Direito canônico = Direito da Igreja (Idade Média).
 Direito positivado.
História do Direito 
 História jurídica: a exemplo do que ocorria nas primeiras civilizações, a tradição 
das normas se baseava na revelação divina. A primeira “legislação” significativa na 
Mesopotâmia foi o chamado Código de Hamurabi (1754 a.C.). 
 Hamurabi foi, antes de tudo, excelente administrador e estrategista. Havia em seu 
território (Babilônia) uma heterogeneidade de pessoas, povos diferentes com 
línguas, culturas e raças diferentes. Para alcançar a unificação, Hamurabi utilizou 
três elementos: a língua, a religião e o Direito.
Direito dos povos antigos: Mesopotâmia 
 O Código era composto por 282 artigos que tratavam, dentre outros assuntos, de: 
organização social (estratificação da sociedade entre homens livres, subalternos e 
escravos); Direito de Família (a mulher era dotada de personalidade jurídica, 
mantendo-se proprietária do seu dote mesmo após o casamento, podendo repudiar 
o marido e retornar para a família). 
 Regra da monogamia, porém, se da relação conjugal não resultassem filhos, havia 
a possibilidade da inserção de uma segunda mulher – não esposa. (Instituíram 
regras de sucessão e adoção); domínio econômico (estabelecimento de salários 
e preços); Direito Penal (fusão de elementos sobrenaturais, princípios de autotutela 
e retaliação – Lei de Talião e penas ligadas à mutilação e a 
castigos físicos); Direito Privado (previsão de várias 
modalidades de contratos e negócios jurídicos, tais como 
compra, venda, depósitos e empréstimos.
Código de Hamurabi: Direito dos povos antigos 
 História jurídica: tem-se notícias de que o Egito produziu grande história jurídica 
com o Direito escrito, que era promulgado pelos faraós, como Ramsés. No 
entanto, a falta de documentação a respeito deixou somente como provas as 
inscrições funerárias e papiros (3000 a.C.), os quais demonstravam atos jurídicos, 
decisões da corte real e alguns direitos. 
 Desenvolveu-se parte do Direito privado pela descoberta da existência de 
contratos que eram feitos por escrito, chamados de “documentos da casa”. 
 No Direito Penal, ultrapassada a fase da vingança 
privada, havia previsão de penas cruéis, tais como: 
chicotadas, abandono dos delinquentes aos crocodilos, 
trabalhos forçados e mutilações eram castigos 
normalmente aplicados.
Direito do Egito: Direito dos povos antigos 
Assinale a alternativa que aponta o Direito voltado ao ordenamento dos povos 
antigos em suas culturas e religião: 
a) Direito natural.
b) Direito positivado.
c) Direito canônico.
d) Direito romano.
e) Direito medieval.
Interatividade
Assinale a alternativa que aponta o Direito voltado ao ordenamento dos povos 
antigos em suas culturas e religião: 
a) Direito natural.
b) Direito positivado.
c) Direito canônico.
d) Direito romano.
e) Direito medieval.
Resposta
 Direito dos povos – Direito hebraico
Hebreu = ?
 Israel no Velho Testamento / Direito Natural. 
 História jurídica: a legislação dos hebreus teria sido formada durante os quarenta 
anos passados no deserto quando do êxodo do Egito sob a liderança de Moisés 
(1250 a.C.). Legislação mosaica – Pentateuco, formado pelos cinco primeiros 
livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; com forte 
base moral no Decálogo.
Unidade 1
 Deuteronômio: tratou de diversos aspectos das normas dos hebreus, dentre eles: 
justiça (imparcialidade dos juízes); Pena de Talião (aplicada com limites, tendo em 
vista a individualização da pena); Pena de Lapidação (apedrejamento para 
feiticeiros, filhos rebeldes e adúlteras); homicídio (diferenciação entre homicídio 
voluntário e involuntário); testemunha (grande valor dado à prova testemunhal. 
Exigência de duas ou três testemunhas); adultério (punido com pena capital para 
os dois); herança e primogenitura (o primogênito era beneficiado em detrimento de 
outros filhos).
 Aplicação do Direito: juízes em cada cidade.
Unidade 1 
“Juízes e oficiais porás em todas as tuas cidades que o Senhor teu Deus te der 
entre as tuas tribos, para que julguem o povo com juízo de justiça.
Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem receberás suborno; 
porquanto o suborno cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras 
dos justos. A justiça, somente a justiça seguirás; para que vivas, e possuas 
em herança a terra que te dará o Senhor teu Deus.”
Deuteronômio 16:18-20 (Bíblia Sagrada)
Direito hebraico 
Índia
 História jurídica: as leis de Manu representam historicamente uma primeira 
organização geral da sociedade, sob forte motivação religiosa e política. 
Legislação conhecida como Código de Manu, personagem mítico considerado filho 
de Brahma e pai dos homens.
 É possível verificar no Código uma série de ideias sobre valores como 
verdade, justiça e respeito. Os dados processuais que se baseiam sobre 
credibilidade dos testemunhos atribuem diferente validade à palavra dos homens 
conforme a casta a que pertencem.
Direito da Índia: Código de Manu 
Índia
 A mulher apresentava uma posição de inferioridade, de total subordinação. A 
honra das pessoas e a sua situação dentro da aplicação do Direito dependiam da 
condição da casta. O Código continha artigos que cuidavam de questões de 
Direito Civil, Direito Penal, Comercial e até Laboral.
 Aplicação do Direito: as penas eram ordenadas pelo rei.
Direito da Índia: Código de Manu 
Índia
 Política: a sociedade indiana era estratificada em castas, quatro no total: casta
superior (brâmanes),considerada a mais pura (administradores, médicos, líderes 
espirituais); casta dos guerreiros, casta dos comerciantes e casta inferior 
(empregados em geral). Era proibida a mistura de castas. Quem não 
pertencesse a nenhuma casta era considerado impuro, o qual realizava as tarefas 
também impuras, tais como limpa-fossa, curtidor etc.
 Sistema da Monarquia com a figura dos reis, que, em 
geral, saíam da casta dos guerreiros, porém os brâmanes 
podiam mais do que o rei (deus Brahma).
Direito da Índia: Código de Manu 
 Cada regra consta de dois versos cuja metrificação, segundo os indianos, teria 
sido inventada por um santo eremita chamado Valmiki, em torno do ano 1500 a.C.
 Existem estudos indicando que, originalmente, o Código era composto por mais de 
cem mil dísticos (grupo de dois versos) e que, por meio de manipulações e cortes 
feitos em épocas diferentes, tenham sido reduzidos para tornar menos cansativa a 
leitura integral do texto. Nas edições hoje conhecidas constam 2.685 dísticos 
distribuídos em doze livros.
Direito da Índia: Código de Manu 
Índia
 Manu, progênie de Brahma, pode ser considerado o mais antigo legislador do 
mundo; a data de promulgação de seu código não é certa, alguns estudiosos 
calculam que seja, aproximadamente, entre os anos 1300 e 800 a.C.
 Lembramos que o Código de Hamurabi, mais antigo que o de Manu em pelo 
menos 1500 anos, não se trata de um verdadeiro código no sentido técnico da 
palavra, mas de uma coletânea de normas que abrange vários 
assuntos e preceitos.
 Redigido em forma poética e imaginosa, as regras no 
Código de Manu são expostas em versos.
Direito da Índia: Código de Manu 
 O povo grego caminhou da fase mitológica para a racional (filosofia), 
passando da explicação mítica da origem das coisas ao raciocínio lógico e 
racional. Os gregos adoravam vários deuses, entre eles: Zeus (deus dos deuses), 
Afrodite (deusa da beleza) e Thêmis (deusa da justiça), simbolizada por uma 
mulher com venda nos olhos, para não se deixar impressionar com as aparências 
dos contendores, decidindo, dessa forma, sempre com imparcialidade.
 A balança simbolizava o equilíbrio nas decisões tomadas e a espada 
simbolizava a força da justiça, caso necessário.
 Cidades-estados.
 As Cidades-estados mais significativas foram 
Esparta e Atenas.
Direito grego 
Esparta
 Foi uma das primeiras Cidades-estados a surgir na Grécia, fundada por invasores 
dórios. História jurídica de Esparta: vigorava nas Cidades-estados gregas um 
conjunto de tradições, costumes e estatutos que, reunido, formava o que os gregos 
entendiam como sendo a “constituição”. 
Sociedade: Esparta apresentava sua sociedade em três camadas sociais:
a) Espartíatas (eram os dórios, guerreiros que recebiam educação militar especial);
b) Periecos (eram os aqueus, possuíam boas condições 
materiais de vida, mas não possuíam direitos políticos);
c) Hilotas (eram os escravos de propriedade do Estado).
Direito grego 
 Política: a organização espartana idealizada por Licurgo era formada por: 2 reis 
(duas famílias reais que não podiam se unir em matrimônio), 5 éforos 
(magistrados com mandato de um ano, eleitos para aconselhar os reis e cuidar da 
educação das crianças espartíatas) e 1 gerúsia (equivalente a um Senado, 
composta por 28 anciãos chamados gerontes, com mais de 60/65 anos, escolhidos 
pela Assembleia (composta exclusivamente pelos espartíatas).
 Aplicação do Direito: a aplicação do Direito ficava a cargo dos éforos 
(magistrados), responsáveis pelos aconselhamentos dos reis, pela educação das 
crianças espartíatas, pela fiscalização da vida pública e 
pelo julgamento dos processos civis.
Direito grego: Esparta 
Sociedade: a sociedade ateniense estava estruturada da seguinte forma:
a) Eupátridas: proprietários das melhores terras, cidadãos, possuíam verdadeiros 
latifúndios cultivados por escravos.
b) Georgóis: pequenos proprietários, sem direitos políticos, que possuíam terras 
junto às montanhas.
c) Thetas: camponeses, sem direitos políticos.
d) Demiurgos: comerciantes (lutas por direitos políticos).
e) Metecos: estrangeiros, sem direitos políticos.
f) Escravos: atuavam em todos os ofícios.
Direito grego: Atenas 
 História jurídica: dois legisladores foram os responsáveis pelas reformas 
que refletiam as lutas entre as classes sociais e o crescimento da cidade 
e do comércio.
 Drácon (621 a.C.): por meio de normas escritas e extremamente severas, 
manteve, na verdade, os privilégios dos eupátridas, acabando, porém, com o 
arbítrio. As leis de Drácon não atingiram o problema econômico-social e, 
consequentemente, o político. Desta forma, em poucos anos, o Partido Popular 
voltou a exigir reformas.
Direito grego: Atenas 
 Sólon (594 a.C.) foi escolhido para editar as novas leis, tinha a vantagem de ser 
aristocrata de nascimento e comerciante de profissão, e foi como comerciante que 
legislou. Acabou com a escravidão por dívidas e dividiu a sociedade 
censitariamente (timocracia e não aristocracia).
 Limitou o direito de herança dos primogênitos, aumentou o acesso à justiça por 
meio dos Tribunais dos Efetas (1ª instância) e do Tribunal dos Heliastas (Heliaia), 
para recursos, composto por cidadãos com mais de 30 anos.
Direito grego: Atenas 
Ao estudarmos o Direito Natural dos povos antigos, identificamos povos que trazem 
sobre si uma sociedade dividida em castas, criando um código de leis e regras 
jurídicas. Estamos nos referindo a:
a) Israel e Direito hebraico. 
b) Atenas e Sólon.
c) Índia e Direito canônico.
d) Índia e Código de Manu.
e) Roma e Direito romano.
Interatividade 
Ao estudarmos o Direito Natural dos povos antigos, identificamos povos que trazem 
sobre si uma sociedade dividida em castas, criando um código de leis e regras 
jurídicas. Estamos nos referindo a:
a) Israel e Direito hebraico. 
b) Atenas e Sólon.
c) Índia e Direito canônico.
d) Índia e Código de Manu.
e) Roma e Direito romano.
Resposta 
Direito romano
 Direito romano: podemos conceituar o Direito romano como o conjunto de normas 
vigentes em Roma da sua fundação até Justiniano. O Direito tinha como 
pressuposto “viver honestamente, não lesar ninguém e dar a cada um o que é seu” 
(Ulpiano). O Direito romano passou por três fases ou períodos distintos: Arcaico, 
Clássico e Pós-clássico.
Unidade 1 
Período Arcaico ou Pré-clássico (753 a.C. a 27 a.C.)
 Durante o período arcaico, a família era o centro de tudo. Cada cidadão romano 
era visto como parte integrante de uma unidade familiar. Nesse período surge 
a Lei das XII Tábuas (451-450 a.C.) como uma resposta a uma das revoltas da 
plebe, que lutou durante séculos por igualdade civil e política com os patrícios.
 O Direito aplicado era consuetudinário e favorecia os patrícios na aplicação 
das normas. Os plebeus, na verdade, exigiram que as 
normas jurídicas fossem positivadas.
Direito romano: Período Arcaico 
 Tábua I – do chamamento ao juízo.
Tábua II – dos julgamentos e dos furtos.
Tábua III – dos direitos de crédito. 
Tábua IV – do pátrio poder e do casamento.
Tábua V – das heranças e das tutelas.
Tábua VI – do direito de propriedade e da posse.
Tábua VII – dos delitos.
Tábua VIII – dos direitos prediais.
Tábua IX – do direito público.
Tábua X – do direito sacro.
Tábua XI – sem título (genérica)
Tábua XII – sem título (genérica).
Direito romano: a Lei das XII Tábuas 
 Muitos dispositivos da Lei das XII Tábuas são utilizados em nosso 
ordenamento jurídico. Exemplos: Itens 10 e 11, da Tábua I:
 “10 – Depois do meio dia, se apenas uma parte comparece, o Pretor decida a favor 
da que está presente.
 11 – O pôr-do-sol será o termo final da audiência.”
 O disposto no item 10 se refere ao instituto da revelia, previsto no artigo 344, do 
NCPC: “Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão 
verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor”.
 O disposto no item11 se refere ao horário dos atos 
processuais, previsto em nosso ordenamento no artigo 
212, do NCPC: “os atos processuais serão realizados em 
dias úteis, das 6 às 20 horas”.
Direito romano: a Lei das XII Tábuas 
Período Clássico (27 a.C. a 284 d.C. – Alto Império Romano)
 Considerado o período áureo do Direito romano. São marcantes as figuras dos 
pretores e dos jurisconsultos (estudiosos do Direito que interpretavam a lei e 
tinham reconhecimento de todos como sendo a expressão exata na norma). Os 
jurisconsultos eram considerados a aristocracia intelectual, devido à inteligência e 
aos conhecimentos técnicos. Os jurisconsultos também eram conhecidos 
como prudentes.
 Os jurisconsultos poderiam resolver as hipóteses concretas que lhe eram 
submetidas (respondere), podiam orientar os particulares nas atividades negociais 
que envolviam questões jurídicas (cavere), podiam, em 
caso de litígios, aconselhar as partes (agere). Muito do 
Direito privado, principalmente o Direito Civil, 
desenvolveu-se nessa fase.
Direito romano: Período Clássico 
Período Pós-clássico (284 d.C. a 565/566 d.C. – Baixo Império Romano) 
 Período de declínio do Direito romano. Poucas inovações foram introduzidas no 
Direito, vivendo-se mais da fase áurea. O Direito formular deixou de ser aplicado, 
dando lugar às Constituições Imperiais (providências legislativas do imperador), 
que podiam se apresentar nas seguintes formas: edicta, mandata, decreta ou 
rescripta.
 Edicta: deliberações de ordem geral com duração indefinida.
 Mandata: deliberações de caráter administrativo aos 
funcionários do Império e governadores de províncias.
Direito romano: Período Pós-clássico 
 Decreta: decisões proferidas no âmbito do poder jurisdicional do imperador 
(jurisdictio).
 Rescripta: respostas dadas pelo imperador a respeito de casos jurídicos a ele 
submetidos por magistrados e/ou particulares.
Direito romano: Período Pós-clássico 
Assinale a alternativa que designa o termo do Direito romano responsável pelas 
deliberações de caráter administrativo aos funcionários do Império e governadores 
de províncias:
a) Edicta.
b) Mandata.
c) Decreta.
d) Rescripta.
e) Jurisprudência.
Interatividade 
Assinale a alternativa que designa o termo do Direito romano responsável pelas 
deliberações de caráter administrativo aos funcionários do Império e governadores 
de províncias:
a) Edicta.
b) Mandata.
c) Decreta.
d) Rescripta.
e) Jurisprudência.
Resposta
 Em 395 d.C., o Império Romano é dividido em dois, ficando a primeira sede 
em Milão e a capital do segundo no Bizâncio; depois foi trocado o nome para 
Constantinopla, pelo imperador Constantino. Atualmente, diz respeito à região 
de Istambul, na Turquia.
 O imperador do Oriente Justinianus (527-565 d.C.) enxergou a necessidade de 
reerguer o Direito Romano, que se apresentava como condição indispensável para 
estruturar seu império. Convocou uma comissão dos maiores jurisconsultos 
de sua época para criar o Corpus Iuris Civilis, composto por 
quatro obras: o Codex, o Digesto, as Institutas 
e as Novelas.
Unidade 1 
 Codex: do latim caudex, quer dizer tronco de árvore, diz respeito ao suporte do 
sistema legal. Compilação das Constituições Imperiais para que os romanos 
conhecessem todas as leis que vigoravam.
Dividido em doze livros da seguinte forma:
 Livro I (Direito eclesiástico, fontes do Direito e das funções dos servidores 
públicos);
 Livros II-VIII (Direito privado);
 Livro IX (delitos); 
 Livros X-XII (regras administrativas).
Unidade 1 
 Digesto: destinou-se à reunião de pareceres e escritos dos jurisconsultos, no total 
de cinquenta livros. Muito se aproveitou dessa obra no tocante aos critérios de 
interpretação das leis.
 Institutas: considerado uma espécie de manual de Direito para os estudantes. 
Declaradas de uso obrigatório, tiveram força de lei. Divididas em quatro livros.
 Novelas: regras do próprio Justiniano que se faziam necessárias no próprio 
cotidiano, tendo o poder de derrogar as regras dos livros anteriores que se 
chocassem com o novo Direito. Praticamente todas as 
escritas eram em grego, já que se destinavam às 
populações do Império do Oriente.
Unidade 1 
Idade Média
 Período: século V d.C. até século XV na Europa (476-1453), sendo Alta Idade 
Média (séculos V-IX) e Baixa Idade Média (séculos IX-XV).
 Alta Idade Média: período marcado pela desconstrução e pela construção, ou 
seja, pelo fim do mundo romano com a construção de um novo mundo, tendo 
como elementos centrais a cultura germânica e a Igreja Católica.
Idade Média: Direito canônico
Idade Média
 Baixa Idade Média: passado o momento de integração entre os dois mundos 
(romano e germânico), encontramos a consolidação da instituição 
considerada como símbolo da Idade Média, o feudalismo.
 Feudalismo: teve como característica marcante a fragmentação do poder, uma 
vez que o poder acabou sendo dividido entre os grandes senhores feudais ou 
proprietários de terras. Surgem as figuras dos vassalos e dos servos.
Idade Média: Direito canônico
 Justiça: era praticada pelo senhor feudal que detinha o poder de jurisdição em 
toda a sua propriedade, bem como nos feudos que tinham sido dados em 
benefício.
 Essa jurisdição, no início única, passou a ser exercida juntamente com os 
Conselhos de Vassalos (Consilium), constituindo uma assembleia deliberativa 
presidida pelo senhor feudal com capacidade para julgamento das questões 
submetidas ao Conselho.
Idade Média: Direito canônico
 Direitos da Idade Média: como a Idade Média nasceu da união do que restou do 
Império Romano, mais os povos germânicos que invadiram a Europa romana, 
mais a Igreja Católica que sobreviveu à queda do Império Romano e se fortaleceu 
durante o período medieval, o Direito na Idade Média não poderia ser composto 
por outros elementos que não os descritos anteriormente.
 Assim, compondo o Direito medieval como um todo, podem ser vistos os 
Direitos romano, germânico e canônico (relativo à Igreja).
Idade Média: Direito medieval 
Qual alternativa não condiz com o período medieval no que tange ao Direito 
existente nesse contexto histórico (Idade Média)? 
a) Direito canônico.
b) Direito romano.
c) Direito germânico.
d) Direito natural.
e) Direito hebraico. 
Interatividade 
Qual alternativa não condiz com o período medieval no que tange ao Direito 
existente nesse contexto histórico (Idade Média)? 
a) Direito canônico.
b) Direito romano.
c) Direito germânico.
d) Direito natural.
e) Direito hebraico. 
Resposta 
ATÉ A PRÓXIMA!

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