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15/08/2018
1
DIREITO CONSTITUCIONAL
CURSO INTENSIVO - 2ª FASE EXAME OAB
PROF. DIEGO CERQUEIRA
MANDADO DE SEGURANÇA
Direito Constitucional
Prof. Prof. Diego Cerqueira
Aspectos Gerais
Art. 5º, LXIX, CRFB/88
(...)
“conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público”
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
2
Natureza jurídica
ü Plano Constitucional: visa proteger direitos fundamentais
subjetivos do autor contra certos comportamentos da
Administração Pública ou de agente de pessoa privada no
exercício de atribuição do Poder Público.
ü Plano infraconstitucional: ação civil de maior celeridade; possui
meio próprio de impugnação, sendo disciplinado pela Lei.
12.016/09 (art. 20). Atos comissivos ou omissivos.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Requisitos
Ato coator
Direito líquido e certo
Desnecessidade de dilação probatória
Tempestividade 
Ação residual (Princípio da Subsidiariedade)
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Requisitos
Ø A prova pré-constituída é sobre os fatos: (art. 6º da Lei.
12.016/09). O fato devidamente comprovado é que precisa ser
líquido e certo e não o direito.
Súmula 625 do STF: "controvérsia sobre matéria de direito não impede 
concessão de mandado de segurança”.
Ø Provas futuras cabe MS? Os fatos alegados devem ser
comprovados documentalmente na inicial. (art. 6º, §1º, da Lei.
12.016/09)
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Há prazo para MS?
Art. 23, Lei. 12.016/09
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança 
extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados 
da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
Súmula 632 do STF: “É constitucional lei que fixa o 
prazo de decadência para a impetração de mandado 
de segurança”.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
3
Modalidades
• Preventivo: É a chamada tutela jurisdicional inibitória. A
sentença profere mandamento jurisdicional inibitório e busca
evitar lesão ao direito. (conteúdo declaratório)
• Repressivo: A lesão já ocorreu. Busca-se é reprimir o ato coator
praticado. Trata-se de tutela jurisdicional desconstitutiva. Há
prazo decadencial de 120 dias. (art. 23, da Lei 12.016/09).
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Pedido de Tutela Provisória e da concessão de 
Medida Liminar
Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
(...) (Lei. 12.016/09)
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando 
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder 
resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, 
sendo facultado exigir da impetrante caução, fiança ou 
depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à 
pessoa jurídica.
• Abrir um tópico específico para falar do cabimento da liminar e do 
cumprimento dos requisitos legais.
Requisitos da medida liminar
Ø A tutela de urgência se caracteriza com dois requisitos
clássicos: o fumus boni iuris e o Periculum in mora.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Requisitos da medida liminar
Ø Medida de contracautela: (art. 7º, III. ) “sendo facultado exigir
da impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de
assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica”.
Fazer pedido para que a liminar seja concedida: 
“independentemente de fiança, caução, ou depósito, nos 
termos do art. 7º, inciso III”.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
4
Requisitos da medida liminar
“Prof... e quando não cabe medida liminar?”
Art. 7º, § 2º, da Lei. 12.016/09:
Ø A compensação de créditos tributários;
Ø A entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior;
Ø A reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de
aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Competência para julgamento
Ø Em razão da Autoridade Coatora:
Ø STF:
Art. 102, I, d, CRFB/88
(…)
d) (...) o mandado de segurança e o habeas data contra 
atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da 
União, do Procurador-Geral da República e do próprio 
Supremo Tribunal Federal;
Obs*) Atos do CNJ, CNMP também são de competência do STF.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Competência para julgamento
Ø STJ:
Art. 105, I, b, CRFB/88
(…)
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato 
de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Competência para julgamento
Ø TRF:
Art. 108, I, c, CRFB/88
(…)
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do 
próprio Tribunal ou de juiz federal;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
5
Competência para julgamento
Ø Juízes Federais:
Art. 109, VIII, CRFB/88
(…)
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de 
autoridade federal, excetuados os casos de competência dos 
tribunais federais;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Ø Autoridade coatora por equiparação legal:
Lei. 12.016/09: 
Art. 2º: Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as 
consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual 
se requer o mandado houverem de ser suportadas pela 
União ou entidade por ela controlada.
Exemplo: Estado cobrando tributo de empresa pública Federal – esse ato patrimonial 
atingiu entidade controlada pela União. 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Competência para julgamento
Ø TJ ou Juiz Estadual:
Art. 125,§ 1º, CRFB/88 
(...) 
A competência dos tribunais será definida na Constituição do 
Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do 
Tribunal de Justiça. 
Ø Macete:
Ato de autoridade de comando (secretários da
estado, Prefeito capital e Governador), além da
além da Mesa da Assembleia legislativa e atos do
TJ a competência será do Tribunal de Justiça.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Não Cabimento do MS
Ø Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial da qual caiba
recurso com efeito suspensivo (art. 5º, II e III, Lei. 12.016/09);
Ø Não cabe mandado de segurança contra ato administrativo do qual
caiba recurso com efeito suspensivo. (art. 5º, I, Lei. 12.016/09) → Atos
comissivos
Súmula nº. 429/STF “a existência de recurso administrativo com efeito
suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão de
autoridade”.
Ø Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada 
em julgado (art. 5º, II e III, Lei. 12.016/09);
15/08/2018
6
Não Cabimento do MS
Ø Contra lei em tese, exceto se produtora de efeitos concretos;
Ø Contra ato de natureza jurisdicional, salvo situação excepcional,
quando a decisão for equivocada, seja por manifesta ilegalidade,
seja por abuso de poder;
Ø Contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia
mista e de concessionárias de serviço público. (§ 2o, art. 1º)
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Marcação do Código
Ø Súmula nº 266 - Não cabe Mandado de Segurança contra lei em tese.
Ø Súmula nº 267 - Não cabe mandado de segurança contra ato judicial
passível de recurso ou correição. (art. 5º, II, Lei. MS)
Ø Súmula nº 268 - Não cabe mandado de segurança contra decisão
judicial com trânsito em julgado.
Ø Súmula nº 269 - O mandado de segurança não é substitutivo de ação
de cobrança.
Ø Súmula nº 429 - A existência de recurso administrativo com efeitosuspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra
omissão de autoridade.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Marcação do Código
Ø Súmula nº 430 – Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe
o prazo para mandado de segurança.
Ø Súmula nº 510 - Praticado ato por autoridade, no exercício de competência
delegada, contra ela cabe mandado de segurança ou a medida judicial.
Ø Súmula nº 512 - Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de
mandado de segurança. (cabe custas processuais - art. 25 Lei MS)
Ø Súmula nº 623 – Não gera por si só a competência originária do STF para
conhecer mandado de segurança com base no art. 102, I, n, da Constituição,
dirigir-se o pedido contra deliberação administrativa do Tribunal de origem, da
qual haja participado a maioria ou a totalidade de seus membros.
Ø Súmula nº 624 – Não compete ao STF conhecer originariamente de mandado de
segurança contra atos de outros tribunais
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Marcação do Código
Ø Súmula nº 625 - Controvérsia sobre matéria de direito não impede
concessão de mandado de segurança.
Ø Súmula nº 629 - A impetração de mandado de segurança coletivo por
entidade de classe em favor dos associados independe da autorização
destes.
Ø Súmula nº 630 - A entidade de classe tem legitimação para o mandado de
segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma
parte da respectiva categoria.
Ø Súmula nº 632 - É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a
impetração de mandado de segurança.
Ø Súmula 333 – STJ - Cabe mandado de segurança contra ato praticado em
licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
7
Do pedido e requerimento
1) Pedido de notificação da autoridade coatora: “notificação 
para esclarecer o ato praticado” (art. 7º, I, Lei. 12.016/09)
2) Ciência da Procuradoria: como órgão de representação 
judicial da pessoa jurídica interessada, nos termos do art. 7º, 
II, da Lei. 12.016/09.
3) Intimação do Ministério Público: para que o parquet possa 
emitir sua opinião. (art. 12, Lei. 12.016/09)
4) Não cabe honorários sucumbenciais: (Súmula 512 do STF). 
Entretanto, há o cabimento de custas processuais, art. 25, Lei. 
12.016/09. Muito cuidado, se o impetrante for beneficiário 
da gratuidade de justiça (art. 98 e 99, NCPC). 
Modelo
Mandado 
de Segurança
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL
MERITÍSSIMO JUÍZO COMPETENTE
X
IMPETRANTE, nacionalidade..., estado civil (ou existência de união
estável)..., profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº..., endereço
eletrônico..., residente e domiciliado ..., nesta cidade, por meio de seu
advogado constituído, conforme procuração anexa, qualificações e
endereços que indica para os fins do art. 77, inciso V e art. 105, §2º do CPC,
vem, perante V.Exa., nos termos do art. 319, CPC, art. 5º LXIX e art. 102, I, d,
CRFB/88, bem como com fundamento da Lei. 12.016/09, art, 1º, 6º e 7º, 12 e
23, impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR
em face de ato coator... praticado pelo... (Excelentíssimo Senhor Presidente
da República, autoridade chefe do Poder Executivo da União), para proteger
direito líquido e certo não amparável por Habeas Corpus e Habeas Data,
diante dos fatos e fundamentos a seguir expostos.
X
Modelo
Mandado 
de Segurança
I – DOS FATOS, DO ATO COATOR, DA AUTORIDADE COATORA E DA PESSOA
JURÍDICA QUE A INTEGRA (Procure descrever objetivamente os fatos apresentados no enunciado. Não
tente copiar nem inventar absolutamente nada! Descreva o ato coator que cerceou o direito do autor e a autoridade que
praticou o ato. (art. 6º Lei. MS)
“No caso em exame, tem-se ato coator... viciado por ilegalidade/abuso
de poder que atinge de forma clara direito líquido e certo não amparado por
Habeas Corpus e Habeas Data de titularidade do impetrante.
A autoridade responsável pelo ato coator é.... chefe do Poder
...Executivo da União”
X
II – DO CABIMENTO: DA TEMPESTIVIDADE
(Descrever a tempestividade do MS e que foi impetrado dentro do prazo legal, cumprindo o requisito temporal de
admissibilidade. Citar art. 23 Lei. do MS (que o prazo corre 120d da ciência do ato coator) + a jurisprudência 632 STF (que
declara a constitucionalidade do prazo).
“Considera-se a presente ação tempestiva tendo sido ajuizada no prazo
de 120 dias contados ciência do ato coator, em obediência à disposição do
art. 23 da Lei. 12.016/09 e entendimento da súmula 632 do Supremo
Tribunal”
Modelo
Mandado 
de Segurança
X
III – DO CABIMENTO: DA DESNECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA E DA
PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA (Descrever que está apresentando todos os documentos que comprovam que o
ato coator aconteceu, e não há necessidade de dilação probatória).
“No presente caso, o impetrante ressalta a desnecessidade de dilação
probatória, de modo que segue em anexo os documentos que comprovam a
materialidade do ato coator e que viola direito líquido e certo do impetrante.
Tem-se, no caso em exame, que a prova é pré-constituída”
X
IV – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO NÃO AMPARÁVEL POR HABEAS CORPUS E
HABEAS DATA (Procure ser claro já no 1º parágrafo; não enrole. Apresente a fundamentação Constitucional aqui
no ato. Depois você pode desenvolver melhor. Mas, seja direto. Use o primeiro parágrafo para afirmar o direito do
impetrante. Nos parágrafos seguinte, procure desenvolver a peça, trabalhando o direito constitucional violado, os aspectos
de materiais envolvidos, questões processuais e jurisprudência relacionada).
X
15/08/2018
8
Modelo
Mandado 
de Segurança V – DO PEDIDO LIMINAR OU DA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR Trabalhar a tutela provisória em 7 tópicos, a seguir:
(1) Afirmar o pedido de tutela provisória, requerendo medida liminar com base no art. 7º, III Lei 12.016/09;
(2) (2) Falar da fumaça do bom direito, e dizer que o que se alega é plausível o seu provimento;
(3) (3) Descrever qual é o dano envolvido;
(4) (4) Falar do perigo da demora e que existe risco da medida se tornar ineficaz; ou com dano de difícil e incerta
reparação;
(5) (5) Indicar a finalidade da medida - suspender o ato coator e todos os efeitos decorrentes;
(6) (6) Conceder a medida liminar sem necessidade de garantia - fiança, caução ou depósito;
(7) (7) Reafirmar o pedido e que a tutela provisória possa ser mantida até o final e ser convertida com a concessão da
segurança.
"O impetrante requer a concessão de tutela provisória de imediato, já
todos os requisitos para o deferimento da liminar estão satisfeitos, de acordo
com o art. 7º, III, da Lei. 12.016/09.
O fumus boni iuris ou fumaça do bom direito está presente no caso,
visto ser é possível identificar a relevância e plausibilidade do fundamento
jurídico apresentado....
O periculum in mora ou perigo da demora também resta caracterizado,
sobretudo porque há risco evidente da medida ineficaz somente deferida ao
final do processo, o que em termos práticos pode gerar dano de difícil e
incerta reparação.
Modelo
Mandado 
de Segurança
V – DO PEDIDO LIMINAR OU DA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR 
(...)
O dano mencionado é...conforme documentos juntados em anexo. Não
menos importante, a finalidade da tutela provisória é a de suspender de
imediato o ato coator, bem como reverter todos os efeitos concretizados.
Nesse sentido, requer que possa ser deferida a tutela provisória
independentemente de prestação de garantia (fiança, caução ou depósito).
Com efeito, reafirma-se o pedido de deferimento de medida liminar e
que a mesma seja mantida ao final, sendo confirmada como definitiva com a
procedência da ação.
Modelo
Mandado 
de Segurança VI – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer a V.Exa:
1) A notificação da autoridade coatora para assim sendo prestar
esclarecimentos no prazo de 10 dias nos termos do art. 7º, inciso I, da
Lei. 12.016/09;
2) Seja dada ciência ao órgão de representação judicialda pessoa jurídica
interessada, considerando-se a mesma citada para que ingresse no feito,
conforme art. 7º, II, da Lei. 12.016/09;
3) Seja realizada a intimação do Ministério Público, conforme o art. 12 da
Lei 12.016/09;
4) A condenação da impetrada ao pagamento de custas processuais;
5) Juntada dos documentos anexos;
6) Reafirma pedido liminar... nos termos art. 7º, III, Lei. 12.016/09 e sua
manutenção até o final do julgamento do mérito;
7) Seja a ação judicial julgada procedente no mérito e concedida a
segurança em definitivo, invalidando o ato coator, revertendo os efeitos
indevidamente concretizados...
Atribui-se à causa o
valor de R$...
X
Nestes termos, pede
deferimento.
Local...e Data...
Advogado
OAB
MANDADO DE SEGURANÇA 
COLETIVO
Direito Constitucional
Prof. Prof. Diego Cerqueira
15/08/2018
9
Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado 
por:
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Legitimidade
Ø A exigência de um ano de constituição e funcionamento
aplica-se apenas às associações.
Ø Posição STF: nem mesmo os entes da federação podem
impetrar mandado de segurança coletivo, em favor dos
interesses de sua população.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Cabimento
Ø Visa a proteção de direitos coletivos e individuais e
homogêneos contra ato, omissão ou abuso de poder por
parte de autoridade.
Ø Não cabe MS coletivo para proteger direitos difusos: estes já
são amparados por outros instrumentos processuais, como,
por exemplo, a ação civil pública.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Cabimento
Lei. 12.016/09, art. 21
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança 
coletivo podem ser:
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou 
categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma 
relação jurídica básica;
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, 
os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica 
da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
10
Situações Especiais
Ø Substituição processual
Ø Sem necessidade de autorização expressa
(...)
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por 
partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa 
de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade 
partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo 
menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da 
totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos 
seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, 
para tanto, autorização especial.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Situações Especiais
Ø Súmula 629 STF - A impetração de mandado de segurança 
coletivo por entidade de classe em favor dos associados 
independe da autorização destes.
Ø Súmula 630 STF - A entidade de classe tem legitimação 
para o mandado de segurança ainda quando a pretensão 
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva 
categoria. 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Aspectos pontuais da petição
Ø Qualificação: partido político tem seus atos constitutivos inscritos
no TSE.
ü PARTIDO POLÍTICO: pessoa jurídica de direito privado, com 
CNPJ nº..., inscrito no TSE sob nº..., com sede funcional...
ü SINDICATO ou ENTIDADE DE CLASSE OU ASSOCIAÇÃO, 
pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ... e com sede 
funcional...
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Aspectos pontuais da Petição
Ø Se estivermos diante de MS coletivo, importante escrever o nome
da peça “MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO”.
Ø Abrir um tópico específico para trabalhar o tema da legitimidade
ativa. Dizer quem são os legitimados para a propositura da
medida + citação dos dispositivos legais.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
11
AÇÃO DE PROCEDIMENTO 
COMUM (AÇÃO ORDINÁRIA)
Direito Constitucional
Prof. Prof. Diego Cerqueira
Noções Gerais
Ø Trata-se de uma ação genérica que visa tutelar direitos (objeto
amplo).
Ø Nasceu como uma ação inominada (inespecífica), mas pelo fato
do seu procedimento ser o ordinário no antigo CPC,
convencionalmente passou a ser chamada de Ação Ordinária.
Ø NCPC: em verdade não há mais a distinção dentro do processo
comum entre “procedimento ordinário e procedimento sumário”.
Hoje, temos um único procedimento no âmbito do processo de
conhecimento, que é o procedimento comum. (art. 318 NCPC)
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
MS
• Sem dilação probatória - Prova
préconstituída
• Com indicação de autoridade
coatora
• Ms não é remédio para ação de
cobrança.
• Com prazo específico. 120d no
repressivo
• Com prerrogativa de foro
APC/AO
• Com dilação probatória
• Sem indicação de autoridade
coatora
• Admitida a ação de cobrança
• Sem prazo específico para
ajuizamento
• Sem prerrogativa de foro
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Elaboração da inicial
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a 
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a 
residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou 
de mediação.Direito ConstitucionalProf. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
12
Definição de Competência
Ø Juízo de 1º grau (juiz singular): não há prerrogativa de foro.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou 
empresa pública federal forem interessadas na condição de 
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça 
Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Definição de Competência
Ø A hipótese do inciso I, art. 109, não contempla a Sociedade de
Economia Mista. Ao ingressar com uma ação ordinária contra
uma SEC, seja ela estadual ou federal, a competência será da
Justiça Estadual.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Tutela Provisória 
Provisória
Urgência
Antecipada Cautelar
Evidência
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Tutela Provisória de Urgência 
Ø Natureza antecipada: visa antecipar a tutela definitiva; o objeto dela é
igual ao objeto da definitiva. (natureza satisfativa). Ex: Mandado de
Segurança para fornecimento de Certidão
Ø Natureza cautelar: há diferença entre o que se pede provisoriamente
e a tutela definitiva; o objetivo é assegurar o resultado útil do
processo; garantir a eficácia da sentença ao final do processo. (medida
protetiva, assecurativa). Ex: Processo de conhecimento - Obrigação de pagar certa
quantia em dinheiro com medida cautelar de arresto ou obrigação de entregar a coisa
com medida cautelar de sequestro.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
13
Tutela Provisória 
Ø Para fins de prova....Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver 
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo 
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
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Modelo
Ação Ordinária
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...VARA...DA
COMARCA...DO ESTADO…
MERITÍSSIMO JUÍZO COMPETENTE
X
AUTOR, nacionalidade..., estado civil (ou existência de união estável)...,
profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº ... , endereço eletrônico...,
residente e domiciliado ..., nesta cidade, por meio de seu advogado
constituído, conforme procuração anexa, qualificações e endereços que
indica para os fins do art. 77, inciso V e art. 105, §2º do CPC, vem, perante
V.Exa, nos termos do art...., ajuizar
AÇÃO ORDINÁRIA (ou Ação de Procedimento Comum com base no NCPC)
(Se a questão indicar tutela provisória, coloque “AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA...)
em face do Réu, nacionalidade..., estado civil (ou existência de união estável)...,
profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e
domiciliado ..., nos termos que seguem:
(se tiver mais de um Réu, mencionar todos eles)
X
I – DOS FATOS (Descrever objetivamente os fatos.... reproduzir os dados da questão, mas com as suas
palavras (não invente nada; não copie)
Modelo
Ação Ordinária
II – DOS FUNDAMENTO JURÍDICOS
(Comece o texto afirmando a existência do direito do autor / Apresente o artigo da CRFB/88 que fundamenta tal direito /
Desenvolva a violação ao direito material / Caso haja alguma legislação infraconstitucional você deve citar / Também
havendo, deve trazer o dispositivo processual / Mencionar jurisprudência e Súmula para embasar o mérito, caso existente /
Ao final, enfatizar novamente direito do autor, deixando claro que decisão contrária desrespeitará a CRFB/88).
X
III – DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA (Usar se houver necessidade)
“O art. 300 do CPC estabelece que para o deferimento da tutela
provisória de urgência é necessária a demonstração da probabilidade do
direito e do perigo de dano ou o risco ao resultado útil ao processo.
Na situação em questão, a probabilidade do direito de …. está
presente....
Por sua vez, já o perigo de dano a ser causado a parte pode ser
comprovado…
Nesse sentido, requer a concessão de tutela provisória visando...”
X
IV – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a V.Exa:
a) a concessão da tutela de urgência para determinar ….. (indicar o que deve ser
feito para que a tutela de urgência seja efetiva)
Modelo
Ação Ordinária
b) a citação do Réu, para contestar a ação.
c) a produção de todos os meios de provas em direito admitidas.
d) o registro da opção (ou não) de audiência de conciliação ou
mediação
e) a procedência da ação para fins de… (caso haja, solicitar também a condenação do réu
ao pagamento de indenização pelos danos morais e materiais causados ao autor)
f) que o Réu seja condenado a pagar custas processuais e honorários
advocatícios.
g) a juntada dos documentos.
h) a intimação do Ministério Público.
X
Atribui-se à causa o valor de R$...
X
Nestes Termos, pede deferimento.
Local... e Data...
Advogado
OAB
15/08/2018
14
FIM...
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HABEAS DATA
Direito Constitucional
Prof. Prof. Diego Cerqueira
Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88:
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas 
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos 
de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-
lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
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Aspectos Gerais
Ø No plano Constitucional: Remédio Constitucional personalíssimo;
Ø No plano infraconstitucional: Ação civil com celeridade (art. 19 da lei n°.
9.507/97);
Art. 19. Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos 
judiciais, exceto habeas-corpus e mandado de segurança. Na instância 
superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se 
seguir à data em que, feita a distribuição, forem conclusos ao relator.
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15/08/2018
15
Finalidades
1) Garantir acesso a informações relativas à pessoa do impetrante:
constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público (Art. 5º, LVXXII, alínea a, da CF/88 e
art. 7°, I, da Lei n°. 9.507/07);
2) Retificação de dados: constantes de banco de dados de caráter
público, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo(art. 5°, LVXII, alínea b, da CF/88 e art. 7°, II, da lei n° 9507/07);
3) Para anotação nos assentamentos do interessado, de contestação
ou explicação: sobre dado verdadeiro, mas justificável que esteja
sob pendência judicial ou amigável (art. 7°, III, da Lei 9.507/07).
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Ø Direito à Certidão. Cabe MS ou HD?
Ø O HD é utilizado quando não se tem acesso a informações
pessoais do impetrante ou quando se deseja retificá-las.
Ø Quando alguém solicita uma certidão, já tem acesso às
informações; o que se quer é apenas receber um documento
formal do Poder Público que ateste a veracidade das informações.
Portanto, é incabível o habeas data.
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Legitimidade Ativa
Ø Ação personalíssima: é o próprio titular do dado, podendo ser
ajuizado por qualquer pessoa, física ou jurídica, brasileira ou
estrangeira.
Ø Situação do “De cujus”: decisão antiga do extinto Tribunal Federal
de Recursos, que ainda é aplicada. Ex: um herdeiro pode fazer uso do “HD” para
acessar informações a respeito do falecido (conhecer, retificar ou complementar informações);
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Legitimidade Ativa
Ø RE 673.707/MG:
“o habeas data é a garantia constitucional adequada para a
obtenção, pelo próprio contribuinte, dos dados
concernentes ao pagamento de tributos constantes de
sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos
administração fazendária dos entes estatais”. (RE
673.707/MG. Rel. Min. Luiz Fux. 17.06.2015.)
Contribuinte tem direito de conhecer informações que lhe
digam respeito e que constem de bancos de dados público
ou de caráter público, em razão do direito de preservar o
status do seu nome, seu planejamento empresarial, sua
estratégia de investimento e principalmente a recuperação
de tributos pagos indevidamente.
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Legitimidade Passiva
Ø Autoridade: pode ser da Administração Pública, direta ou
indireta; de qualquer dos poderes ou órgãos destes.
Ø Pode banco de caráter Privado? O “habeas data” não pode ser
usado para que se tenha acesso a banco de dados de caráter
privado. (art. LXXII, do art. 5°, da CRFB/88)
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Conceito de Caráter Público
Art. 1º. Lei. 9.507/97
(...)
Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados 
contendo informações que sejam ou que possam ser 
transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do 
órgão ou entidade produtora ou depositária das informações.
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Ø Ficha cadastral de empregado de empresa privada não pode ser
conhecida por meio de Habeas Data.
Ø E o SPC e o SERASA? São bancos de dados privados de caráter
público, pois recolhem informações para distribuir a terceiros.
Podem ser conhecidos via Habeas Data.
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Recusa para prestar informações
Ø Requisito indispensável: comprovação da negativa da autoridade
administrativa de garantir o acesso aos dados relativos.
“jurisdição condicionada”
Lei. 9.507/97, art. 8° (...)
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decursode mais de dez dias sem 
decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, 
sem decisão; ou
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do 
decurso de mais de quinze dias sem decisão.
15/08/2018
17
Recusa para prestar informações
Ø “habeas data” pressupõe, dentre outras
condições de admissibilidade, a existência do
interesse de agir. A prova do anterior
indeferimento do pedido de informações de
dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo,
constitui requisito indispensável à
concretização do interesse de agir. (...) (STF, HD 75;
DF, DJU de 19.10.2006)
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Recusa para prestar informações
Ø Súmula nº 2 do STJ: “Não cabe o habeas data se não houve
recusa de informações por parte da autoridade
administrativa”.
Ø Exceção ao princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário.
Participação do Ministério Público
Ø A atuação como fiscal da lei (custos legis), sendo obrigatória a
sua participação (art. 12 da Lei n°. 9.507/97):
(...)
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o art. 9°, e ouvido o 
representante do Ministério Público dentro de cinco dias, os 
autos serão conclusos ao juiz para decisão a ser proferida 
em cinco dias.
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Gratuidade
Art. 5° LXXVII,CRFB/88 
(...)
“são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, 
na forma da lei, os atos necessários ao exercício da 
cidadania”.
Não há na petição o pedido de condenação em honorários advocatícios nem
custas processuais.Mas precisa de Advogado!!!
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15/08/2018
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Não Cabimento de HD
Ø Quando se busca ter acesso a dados públicos (cabe MS)
Ø Obtenção de certidões (ação cabível é o “MS”).
Ø Acesso a provas de concurso ou a nova correção de provas de
concurso (prova é dado público, ou seja, é cabível o MS). ATENÇÃO! Em relação
a informação sobre o psicoteste ou informação social cabe o HD.
Ø Quando se busca ter acesso a processo administrativo
denegado (remédio próprio é o MS)
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Não Cabimento de HD
Ø Quando se quer ter acesso a dados sobre terceiros: o habeas data
é o remédio da intimidade, vida privada.
Ø Quando se deseja ter acesso à autoria do denunciante: já caiu em
questão discursiva na OAB. Essa informação não é um dado
pessoal. O que foi denegado, na verdade, foi a ampla defesa e o
contraditório. O remédio era o MS.
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Competência
Ø Determinada em razão da Autoridade Coatora:
Ø STF:
Art. 102, I, d, CRFB/88
(…)
d) (...) o mandado de segurança e o habeas data contra 
atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da 
União, do Procurador-Geral da República e do próprio 
Supremo Tribunal Federal;
Atos do CNJ, CNMP também são de competência do STF.
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Competência
Ø STJ:
Art. 105, I, b, CRFB/88
(…)
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato 
de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
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15/08/2018
19
Competência
Ø TRF:
Art. 108, I, c, CRFB/88
(…)
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do 
próprio Tribunal ou de juiz federal;
Ø Juízes Federais:
Art. 109, VIII, CRFB/88
(…)
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de 
autoridade federal, excetuados os casos de competência dos 
tribunais federais;
Competência
Ø TJ ou Juiz Estadual:
Art. 125,§ 1º, CRFB/88 
(...) 
A competência dos tribunais será definida na Constituição do 
Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do 
Tribunal de Justiça. 
Ato de autoridade de comando estadual
(secretários, Prefeito capital, Governador), além
da além da Mesa da Assembleia legislativa e atos
do TJ a competência será do Tribunal de Justiça.
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Pedido de Tutela provisória
Ø A Lei 9.507/97 não traz expressamente. Mas, é admitida a
utilização do NCPC de forma subsidiária (art. 300 do NCPC/15).
Ø Requisitos: probabilidade do direito e o perigo do dano ou o
risco ao resultado útil do processo.
Ø Agora, veja bem! Utilize este mecanismo no HD caso a banca
deixe claro a presença dos requisitos.
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Dos Pedidos e dos Requerimentos
Art. 13, Lei. 9.507/97 (...)
Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará data e 
horário para que o coator:
I - apresente ao impetrante as informações a seu respeito, 
constantes de registros ou bancos de dadas; ou
II - apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação 
feita nos assentamentos do impetrante.
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15/08/2018
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Modelo
Habeas Data
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL...
MERITÍSSIMO JUÍZO COMPETENTE
X
X
IMPETRANTE, nacionalidade..., estado civil (ou existência de união
estável)..., profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº..., endereço
eletrônico..., residente e domiciliado..., nesta cidade, por meio de seu
advogado constituído, conforme procuração anexa, qualificações e
endereços que indica para os fins do art. 77, inciso V e art. 105, §2º do CPC,
perante V.Exa, de acordo com o art. 5º, LXXVII da CRFB/88 e na Lei. 9.507/97
impetrar
HABEAS DATA
contra ato de autoridade coatora..., com sede funcional…, nos termos que
segue:
X
I – DOS FATOS
(Descrever os fatos, em síntese (com as suas palavras). Cuidado para não inventar fatos)
X
Modelo
Habeas Data
II – DA RECUSA ADMINISTRATIVA
“Como apresentado, ao impetrante foi negado o direito de retificar informação
pessoal administrativamente, de acordo com documento comprobatório em
anexo. Documento este que tem a finalidade de comprovar requisito legal
instituído conforme o art. 8º da Lei n°. 9507/97, sendo essencial para a
propositura do Habeas Data”.
X
III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS (Iniciar com base argumentativa afirmando o direito / Depois
informar dispositivo constitucional - art. 5º XXXIII (direito à informação) + LVXXII / Explicar entendimento desses
dispositivos / apresentar direito material / jurisprudência / Mencionar a violação ao direito)
A recusa de retificação de dados pessoais constantes em órgão público é uma
violação direta a um direito fundamental pela Constituição. O art. 5º XXXIII da
CF/88 assegura, o direito de receber dos órgãos públicos informações....
No caso em exame, a autoridade coatora negou esse direito ao impetrante em
flagrante violação à ordem constitucional, pois não foi permitido a retificação de
dados relativos a sua pessoa. Nesse sentido, a Constituição em seu art. 5º, LXXII,
alínea b, estabeleceu o presente remédio constitucional e o seu cabimento.
Não menos importante, a Lei. 9.507/97 também assim assevera...
Isto posto, cumpre destacar que no caso há de ser julgado procedente o Habeas
data, promovendo a tutela jurisdicional e a satisfação do direito do impetrante.
Modelo
Habeas Data
IV – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a V.Exa:
a) a procedência para fins de designar data e horário para que autoridade
coatora retifique as informações a respeito do impetrante (art. 13, Lei.
9507/97);
b) a notificação da autoridade coatora para prestar informações, nos termos
do art. 9, Lei. 9.507/97;
c) a manifestação do representante do Ministério Público (art. 12, Lei.
9.507/97);
d) a juntada dos documentos em anexo, conforme art. 8º, Lei. 9.507/97.
X
Atribui-se à causa o valor de R$ …
X
Termos em que, pede deferimento.
Local... e Data…
Advogado
OAB
MANDADO DE INJUNÇÃO
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15/08/2018
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Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXXI- conceder-se-á mandado de injunção sempre que a 
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício 
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
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Aspectos Gerais
Ø Objetivo: combater a inefetividade das normas Constitucionais.
Tutelar direitos subjetivos previstos na CF/88 pendentes de
regulamentação.
Ø O MI é cabível para processos subjetivos. Trata-se de mecanismo
de controle da omissão inconstitucional.
Ø Incidência nas normas constitucionais não autoaplicáveis, aquelas
denominadas como normas de eficácia limitada.
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Aspectos Gerais
Ø Cabimento: Omissões totais e parciais (ADI 1484 DF, DJ
28/08/2001, STF)
Ø Novidade: regulamentação via Lei. 13.300/2016
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Natureza Jurídica
Ø Plano Constitucional: Ação Constitucional. (art. 5º, LXXI, CRFB/88) 
Ø Plano infraconstitucional: Ação civil de maior celeridade.
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22
Requisitos
Falta de norma que regulamente uma norma constitucional
programática propriamente dita ou que defina princípios institutivos ou
organizativos de natureza impositiva;
Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de
exercício de um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa
inerente à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora
(retardamento abusivo na regulamentação legislativa).
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Não cabimento do MI
Ø Já há norma regulamentadora do direito constitucional,
mesmo que esta seja defeituosa.
Ø Se faltar norma regulamentadora de direito
infraconstitucional.
Ø Falta de regulamentação de medida provisória ainda não
convertida em lei pelo Congresso Nacional.
Ø Quando há apenas faculdade de regulamentação do direito
constitucional.
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Mandado de Injunção X Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão
Processo subjetivo. 
Defender direitos 
fundamentais
dependentes de 
regulamentação
Controle difuso
Legitimado: 
Qualquer pessoa, 
seja ela natural ou 
jurídica, nacional ou 
estrangeira
MI Processo Objetivo. 
Defender normas 
constitucionais
dependentes de 
regulamentação.
Controle 
Concentrado
Art. 103 I a IX da 
CF/88 “sPresidente
da República; a 
Mesa do Senado 
Federal (...).” 
ADO
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Legitimidade Ativa
Ø MI Individual: qualquer pessoa física ou pessoa jurídica que está
inviabilizado de exercer o seu direito diante da falta de norma
regulamentadora (art. 3º da lei n° 13.300/16)
Ø MI Coletivo: (art. 12, Lei. 13.300/2016)
ü Partido político com representação Congresso
ü Defensoria Pública
ü Ministério Público
ü Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano
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Legitimidade Ativa
Lei. 13.300/2016
(...)
Art. 3o São legitimados para o mandado de injunção, como 
impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam 
titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas 
referidos no art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a 
autoridade com atribuição para editar a norma 
regulamentadora.
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Legitimidade Passiva
Ø Na elaboração dos pedidos: indicar e requerer a notificação
do impetrado, além de indicar o órgão de representação
judicial da pessoa jurídica interessada e requerer que seja
dado sua ciência (art. 5° da Lei n° 13.300/16).
Ø Muitas vezes o impetrado é o Congresso Nacional. Agora,
caso a norma seja de iniciativa privativa, o impetrado será
aquele que deveria ter oferecido o projeto de lei (art. 61 §1° da CF/88)
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Competência
Ø STF :
Art. 102, I, alínea q, CRFB/88
(...)
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do 
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal 
de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do 
próprio Supremo Tribunal Federal;
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Competência
Ø Determinada em razão do Impetrado:
ü A competência será o STF ...
ü Presidente da República
ü Congresso Nacional
ü Câmara dos Deputados + Senado Federal
ü das Mesas de qualquer das Casas Legislativas
ü Tribunal de Contas da União
ü Qualquer dos Tribunais Superiores ou do próprio STF
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Competência
Ø STJ:
Art. 105, I, alínea h, CF/88
(...)
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou 
autoridade federal, da administração direta ou indireta, 
excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal 
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da 
Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
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Da eficácia das decisões no MI
Ø Posição anterior: Não concretista. 
q Apenas se declarava a mora do poder omisso. Não
aplicava por analogia lei existente e tão pouco fixava um
prazo para o legislador legislar. Não havia efeitos práticos.
Ø Posição atual: Concretista. 
q Cumprimento do papel do legislador omisso, com o
objetivo de dar exequibilidade às normas constitucionais.
Possibilidade de aplicação analógica.
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Situações especiais
Ø Greve serviço público: aplicação analógica da lei que rege a greve
de empregado de empresa privada. Os seus efeitos foram
estendidos a todos os servidores públicos (efeito subjetivo erga
omnes). (MI’s nºs. 670/708/712)
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Situações especiais
Ø Aposentadoria Especial: (...) os termos definidos em leis
complementares, os casos de servidores (...) I cujas atividades
sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física”. (art. 40, § 4º, III e exigência de Lei Complementar).
Súmula Vinculante nº 33: “Aplicam-se ao servidor 
público, no que couber, as regras do regime geral 
da previdência social sobre aposentadoria especial 
de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da 
Constituição Federal, até a edição de lei 
complementar específica”.
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Da eficácia das decisões no MI
Lei. 13.300/2016
(...)
Art. 8° Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para:
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a 
edição da norma regulamentadora;
(...)
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Da eficácia das decisões no MI
Lei. 13.300/2016
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, 
das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover ação própria visando 
a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo 
determinado.
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o 
inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de 
atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para 
a edição da norma. 
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Alcance subjetivo da decisão
Ø Teoria Concretista Individual:
Lei. 13.300/2016
Art. 9o A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e 
produzirá efeitos até o adventoda norma regulamentadora.
§ 1o Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à 
decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do 
direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.
§ 2o Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser 
estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator.
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Alcance temporal da decisão
(...)
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá 
efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por decisão transitada 
em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais 
favorável.
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma 
regulamentadora for editada antes da decisão, caso em que o 
processo será extinto sem resolução de mérito.
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Tutela Provisória
Ø É cabível a medida Liminar? Não há previsão expressa na legislação.
Ø Posição do STF: Não é cabível medida liminar em mandado de
injunção, pois Poder Judiciário jamais poderia resolver
liminarmente o caso concreto, agindo como poder legislativo.
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Requisitos da inicial 
Ø Regra: art. 4º da Lei 13.300/2016 + art. 319 NCPC/15
1. Indicação do órgão impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou
que esteja vinculado.
2. Não precisa fazer o pedido do inciso VII: “a opção do autor pela
realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação”
3. Há documento em posse de terceiro? Abrir pedido próprio para
requisição deste documento (§2° do art. 4° da lei n° 13.300/16).
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Questões pontuais
Ø Requerer na petição inicial a participação do ministério
público. (art. 7º da Lei n°. 13.300/16)
Ø Não há pedido de condenação em honorários advocatícios.
Apenas custas processuais. (aplicação analógica do art. 25 da
Lei do MS 12.016/09)
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Modelo
Habeas Data
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL
MERITÍSSIMO JUÍZO COMPETENTE
X
IMPETRANTE, nacionalidade..., estado civil (ou existência de união
estável)..., profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº ... , endereço
eletrônico..., residente e domiciliado ..., nesta cidade, por meio de seu
advogado constituído, conforme procuração anexa, qualificações e
endereços que indica para os fins do art. 77, inciso V e art. 105, §2º do CPC,
vem, perante V.Exa, com fundamento no art. 5º, LXXI da Constituição
Federal, e nos termos da Lei. 13.300/2016, impetrar
MANDADO DE INJUNÇÃO
em virtude da omissão do Presidente do Senado Federal, agente público que
poderá ser encontrado na sede funcional, que está impedindo o exercício de
direito previsto no art. … , nos termos que seguem:
X
I – DOS FATOS E DO IMPETRADO
(Descrever objetivamente os fatos narrados na questão, deixando claro qual a autoridade cometeu a omissão legislativa.
Cuidado para não inventar matéria de fato não fornecida pela banca. Isso pode caracterizar identificação de peça, ok?)
No caso do MI coletivo, 
escrever MANDADO DE 
INJUNÇÃO COLETIVO + 
abrir tópico 
“LEGITIMIDADE ATIVA” e 
fundamentar com base 
art. 12 da Lei. 13.300/16
15/08/2018
27
Modelo
Habeas Data
II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
(lembrar da estratégia de argumentação)
A omissão do Presidente do Senado Federal está inviabilizando o exercício de
direito previsto no art. ... da CRFB/88, devendo ser afastada pelo Poder
Judiciário. (Traga mais de um dispositivo constitucional, se houver. Não copie apenas. Você precisa argumentar o
porquê da sua aplicabilidade no caso)
O preceito constitucional é uma norma de eficácia limitada, não
autoaplicável, sendo assim para que possa ter a sua aplicabilidade integral é
necessária a edição de norma infraconstitucional. (importante dizer que é de norma eficácia
limitada, pois demonstra maior conhecimento sobre matéria e a banca irá pontuar)
Além disto, a Lei n° 13.300/16, que rege o Mandado de Injunção, em seu
art... estabelece que...
Importante mencionar que até o presente momento não houve edição de
norma regulamentando o dispositivo constitucional. Por conta disto, o
impetrante não pode exercitar um direito constitucionalmente previsto.
Aqui fica evidente a necessidade da aplicação da lei n°…., conforme tem
aplicado a Corte, permitindo o exercício do direito, cuja ausência da lei
regulamentadora acaba por inviabilizar. Esta aplicação deve permanecer até
que a omissão inconstitucional seja suprida.
Modelo
Habeas Data
III - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer a V.Exa:
a) a notificação da autoridade omissa, no endereço fornecido na inicial, para
que, querendo, preste as informações que entender pertinentes;
b) que seja dado ciência do ajuizamento desta ação ao órgão de
representação judicial da pessoa jurídica interessada;
c) a intimação do Ministério Público;
d) que o pedido seja ao final julgado procedente, para fins de viabilizar o
exercício de direito …, constitucionalmente assegurado; (explicar o direito certinho)
e) a juntada de documentos em anexo.
f) a condenação ao pagamento de custas processuais.
X
Dá-se à causa o valor de R$…
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB
FIM...
@profdiegocerqueira
@profdiegocerqueira
HABEAS CORPUS
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15/08/2018
28
Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, 
por ilegalidade ou abuso de poder
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Aspectos Gerais
Ø Conceito: trata-se de Remédio Constitucional que visa a
proteção da liberdade de locomoção. Sua finalidade é fazer
cessar a ameaça ou coação à liberdade de locomoção do
indivíduo.
Ø Natureza Jurídica: Plano Constitucional: É ação constitucional,
decorrente das chamadas “tutelas constitucionais de
liberdade”. Plano infraconstitucional: Ação penal não
condenatória, cujo rito é sumário, cuidando da liberdade de ir e
vir, da denominada “liberdade ambulatorial”. (CPP arts. 647 a 667).
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Aspectos Gerais
Ø HC preventivo: para evitar a consumação da lesão à liberdade de
locomoção, hipótese na qual é concedido o “salvo-conduto”;
Ø HC repressivo, suspensivo ou liberatório: propósito de liberar o
paciente quando já consumada a coação ilegal/abusiva ou a
violência à sua liberdade de ir e vir. O pedido é o alvará de soltura.
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Sujeitos Processuais 
1) Paciente:
Ø É aquele que está com a sua liberdade de locomoção cerceada ou
sob a ameaça de cerceamento.
Ø O paciente deve necessariamente ser uma pessoa física.
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15/08/2018
29
Sujeitos Processuais 
2) Impetrante:
Ø É o autor do habeas corpus; é aquele que impetra a ação. Ele pode
ser o paciente, mas não necessariamente.
Ø Possui Legitimidade Ativa Universal – Princípio da Universalidade –
art. 654 CPP.
Ø Pode ser concedida de ofício pelo próprio Juiz, afastando inclusive
ato não indicado na inicial.
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Sujeitos 
Processuais 
1) Há necessidade de advogado?
2) Precisa de outorga de mandato judicial 
para autorizar o Impetrante?
3) O HC pode ser impetrado em favor de
pessoa jurídica?
4) PJ não pode ser paciente de um HC. Agora,
pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus,
mas sempre a favor de pessoa física.
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Sujeitos Processuais 
3) Coator (Polo Passivo):
Ø É o responsável pelo cerceamento ou ameaça de cerceamento da
liberdade do paciente.
Ø Em regra, é a autoridade pública (Juiz, Desembargador, Delegado, Promotor,
inclusivepor um Presidente da CPI), mas já se entende, na jurisprudência que
é possível o coator ser um particular. Ex: O Particular também: diretor de
Hospital ou Clínica Médica, de umManicômio...
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Situações Especiais
Ø Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI´s
Ø É cabível HC?
ü É cabível sim o Habeas corpus contra ato de Comissão
Parlamentar de Inquérito que indiretamente ofenda o
direito de locomoção.
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Situações Especiais
1) Não permissão pela CPI do acompanhamento de Advogado para
investigado e testemunha. (Obs: pode o advogado buscar garantir o seu
direito de participar da CPI. Contudo, aqui o remédio cabível é o mandado
de segurança e não o habeas corpus).
2) É cabível o Habeas Corpus para garantir que o investigado não seja
ouvido como investigado, pois ele é apenas uma testemunha no âmbito da
CPI;
3) Garantir direito ao silêncio da testemunha via HC preventivo. Evitar a
auto incriminação.
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Situações Especiais
Ø Prisão administrativa de Militares e falta disciplinares:
Ø É cabível HC? É situação de mérito?
Art. 142, §2º, da CRFB/88
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a 
punições disciplinares militares.
Ø E se for ilegalidade?
Em caso de ilegalidade, ou seja, de prisão disciplinar ilegal
(art. 5º, inciso XXXV), o Poder Judiciário pode apreciar a
lesão ou ameaça de lesão por meio do HC.
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Tutela de Urgência
Ø É possível? SIM!!!
Como a tutela de urgência tem natureza cautelar, é necessária a
comprovação do fumus boni iuris (prova inequívoca da
verossimilhança, ou seja, os indícios de que o direito existe) e
periculum in mora (o perigo da demora da decisão judicial).
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Tutela de Urgência
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, 
fará passar imediatamente a ordem impetrada, nos casos em que 
tenha cabimento, seja qual for a autoridade coatora.
(...)
Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente, o juiz 
decidirá, fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 1o Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em 
liberdade, salvo se por outro motivo dever ser mantido na prisão.
§ 2o Se os documentos que instruírem a petição evidenciarem a 
ilegalidade da coação, o juiz ou o tribunal ordenará que cesse 
imediatamente o constrangimento.
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31
Gratuidade
Art. 5° LXXVII,CRFB/88 
(...)
“são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, 
na forma da lei, os atos necessários ao exercício da 
cidadania”.
Não há na petição o pedido de condenação em honorários advocatícios nem
custas processuais.
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Produção de provas
Ø HC é rito sumário.
Ø Não cabe dilação probatória. 
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Fundamentação do HC
Ø Demonstrar a ilegalidade ou o abuso de poder.
Ø Demonstrar a clara violação à CRFB/88 ou à legislação
infraconstitucional.
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CRFB/88 (...)
Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, 
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, 
permanecer ou dele sair com seus bens; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente; 
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CRFB/88 (...)
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, 
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela 
autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a 
lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável 
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia e a do depositário infiel;
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(...)
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável 
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia e a do depositário infiel;
Ø Pacto San José Costa Rica suspendeu eficácia legislação
infraconstitucional
Ø Caráter “supralegalidade e efeito paralisante”
Ø Súmula Vinculante n° 25 STF: “é ilícita a prisão civil de
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito”.
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Ø Código de Processo Penal:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina 
a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para 
fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em 
que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
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Competência para o Julgamento do HC
Ø A competência é determinada em função da autoridade coatora 
ou do paciente. 
Ø Análise em ordem decrescente (STF, STJ, TRF´s...)
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Competência para o Julgamento do HC
Ø STF:
Art. 102, I, alínea d, da CRFB/88:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
(d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas 
referidas nas alíneas anteriores; (...)
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Competência para o Julgamento do HC
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-
Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros 
e o Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os 
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos 
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de 
missão diplomática de caráter permanente;
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Competência para o Julgamento do HC
Ø STF:
Art. 102, I, alínea “i”, da CRFB/88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, 
a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
(...)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou 
quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário
cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo 
Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição 
em uma única instância; 
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Competência para o Julgamento do HC
Ø STJ:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes 
e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos 
Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e 
do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos TribunaisRegionais 
Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
(...)
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das 
pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for 
tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante 
da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a 
competência da Justiça Eleitoral; 
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15/08/2018
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Competência para o Julgamento do HC
Ø TRF:
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;
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Competência para o Julgamento do HC
Ø Justiça Federal:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
(...)
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência 
ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos 
não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
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Competência para o Julgamento do HC
TJ
• Juiz Estadual
• Membro MP 
Estadual
Juiz Estadual 
1º Grau
• Delegado 
responsável 
pelo 
Inquérito
Turma 
Recursal
• Juiz ou 
Promotor no 
âmbito do 
JECRIM
TJ ou TRF
• Ato de Turma 
Recursal
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Competência para o Julgamento do HC
Ø Autoridade coatora e CPI:
Se estivermos diante de CPI no plano federal....
•Nos moldes do art. 102, I, alínea d e i, da CF/88, a
competência para julgar o habeas corpus será do
Supremo Tribunal Federal - STF
Se estivermos diante de CPI no plano estadual...
•A competência para julgamento do habeas corpus será
do TJ do Estado respectivo.
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15/08/2018
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Não cabimento do HC
Ø Não cabe “habeas corpus” para impugnar decisões do STF (Plenário
ou Turmas). *Decorre do princípio da “superioridade de grau”;
somente a autoridade imediatamente superior à autoridade coatora
é que teria competência para conhecer e decidir sobre ação. Nenhum
juiz pode conceder “habeas corpus” contra ato do próprio juízo.
Ø Não cabe “habeas corpus” para impugnar determinação de
suspensão dos direitos políticos.
Ø Não cabe “habeas corpus” para impugnar pena em processo
administrativo disciplinar: advertência, suspensão, demissão etc.
Ø Não cabe “habeas corpus” para impugnar pena de multa ou relativa a
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a
única cominada. (Súmula STF nº 693), já que não resultam em
cerceamento da liberdade de locomoção.
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Não cabimento do HC
Ø Não cabe “habeas corpus” para impugnar quebra de sigilo
bancário, fiscal ou telefônico, se dela não puder resultar
condenação à pena privativa de liberdade.
Ø Não cabe “habeas corpus” quando já extinta a pena privativa de
liberdade. (Súmula STF nº 695)
Ø Não cabe “habeas corpus” para discutir o mérito de punições
disciplinares militares (art. 142, § 2º, CF).
Ø Não cabe “habeas corpus” contra a imposição de pena de
exclusão de militar ou de perda de patente ou de função
pública. (Súmula 694 STF)
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Modelo
Habeas Corpus
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DE ...
MERITÍSSIMO JUÍZO COMPETENTE
X
AUTOR, nacionalidade..., estado civil (ou existência de união estável)...,
profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº ..., endereço eletrônico...,
residente e domiciliado..., nesta cidade, por meio de seu advogado
constituído, conforme procuração anexa, qualificações e endereços que
indica para os fins do art. 77, inciso V e art. 105, §2º do CPC, vem, perante
V.Exa, com fundamento no art. 5°, LXVIII, da CF/88 e no art. 647 do CPP,
impetrar a presente ordem de
HABEAS CORPUS REPRESSIVO COM PEDIDO LIMINAR
Em face de FULANO, nacionalidade, estado civil, profissão (ou existência de
união estável), profissão, portador do RG n°… e do CPF n°…, endereço
eletrônico, residente e domiciliado..., na cidade de…, pelos motivos que a
seguir expõe.
(Importante aqui no HC já indicar em favor de quem será impetrado)
X
Modelo
Habeas Corpus I - DOS FATOS
O paciente encontra-se detido desde ..., sob a alegação de que...
(aqui vamos resumir o que o enunciado da questão traz, mas com todas as informações importantes e com as suas
palavras)
X
II - DA CONCESSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA URGÊNCIA (OU DA MEDIDA
CAUTELAR)
(Aqui o aluno deve fazer referência ao art. 649 e art. 660, §2º do CPP, indicando que, jurisprudencialmente, esta possui
natureza cautelar). (Lembre-se de demonstrar a caracterização do fumus boni iuris e do periculum in mora)
X
III - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O ato ora impugnado é flagrantemente ilegal, atentando contra o
direito de ir vir do paciente, de modo que deve ser afastado pelo Poder
Judiciário.
Isto porque, a Constituição, em seu art. 5° LXVIII, estabelece...
Nessa seara, o Código de Processo Penal, no art. 647, dispõe que...
De acordo com o presente caso…
X
15/08/2018
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Modelo
Habeas Corpus
IV - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Com efeito, requer a V.Exa:
a) a notificação da autoridade coatora; 
b) a concessão do pedido liminar para que seja determinada a 
expedição do alvará de soltura, e a posterior confirmação do pedido com a 
concessão, em definitivo, da ordem; 
c) a juntada dos documentos em anexo; 
d) a intimação do representante do Ministério Público.
X
Atribui-se à causa o valor de R$ ... 
X
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
Advogado
OAB
ACÃO POPULAR
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Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico 
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento 
de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
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Aspectos Gerais
Ø Plano Constitucional:
ü Remédio de natureza coletiva.
ü Processo subjetivo que tem por fim anular ato lesivo ao
patrimônio público, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
ü Trata-se de participação direta do povo no controle dos
atos do Poder Público (Soberania popular).
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15/08/2018
37
Aspectos Gerais
Ø Plano infraconstitucional:
Ø Ação de rito ordinário destinada a promover tutela do
patrimônio (seja ele público, cultural, histórico ou ambiental),
entendido em seu sentido amplo
Ø O bem jurídico tutelado é material ou imaterial.
Ø Está disciplinada pela Lei n°. 4.717/65.
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Conceito de Patrimônio
Lei n°. 4.717/65
Art. 1°, §1°: 
(...)
“consideram-se patrimônio público para os fins referidos 
neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, 
artístico, estético, histórico ou turístico”.
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Situações Especiais
Ø Prática de nepotismo: ocorre a partir da nomeação de parentes para
cargos públicos, em violação aos princípios constitucionais. Nesse caso,
é perfeitamente possível uma ação popular, visando discutir a
moralidade administrativa. (Súmula Vinculante n°. 13).
Ø Contexto religioso ou aspecto cultural: as Igrejas Católicas de Salvador
que se localizam no Pelourinho. Estas fazem parte da história do país e
por isto são mais do que símbolo de uma religião, tornando-se
verdadeiro patrimônio histórico-cultural. (tombamento)
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Legitimidade Ativa
Ø É o cidadão, que possuicondição jurídica de eleitor e está no 
pleno gozo dos seus direitos políticos. 
Art. 1º Lei. 4717/65.
(...)
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será 
feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele 
corresponda.
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15/08/2018
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Legitimidade Ativa
Ø Abrir um tópico próprio para falar da legitimidade ativa
no ajuizamento da ação. “DA LEGITIMIDADE ATIVA”
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Legitimidade Passiva
Ø Todos que tenham de alguma forma contribuído ou se beneficiado
com o ato lesivo ao patrimônio público, seja pessoa física ou jurídica.
Art. 6° da lei 4717/65.
(...)
A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as 
entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários 
ou administradores que houverem autorizado, aprovado, 
ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, 
tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários 
diretos do mesmo.
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Competência para Julgamento
Ø Hierárquico:
ü Regra Geral: é o direcionamento da ação popular será
para o juízo de primeiro grau, de modo que a autoridade
que se encontra no polo passivo da ação popular não
interfere na competência para o julgamento da ação.
ü Exceção: é possível o cidadão ingressar com ação popular
diretamente no STF. (102, I, CRFB/88)
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Competência para Julgamento
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o 
Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas 
entidades da administração indireta; (pacto federativo)
(....)
n) “ a ação em que todos os membros da magistratura sejam 
direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da 
metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou 
sejam direta ou indiretamente interessados”.
Direito Constitucional
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15/08/2018
39
Ø Se a ação for da competência do STF devemos abrir um
tópico próprio demonstrando a competência do
Supremo (o art. 102, I, alínea “f” ou alínea “n” da CRFB/88). Este tópico pode ser
aberto logo depois dos fatos (Da Competência do STF)
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Competência para Julgamento
Ø Material:
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente 
para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de 
acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for 
para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, 
ao Estado ou ao Município.
§ 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e 
a qualquer outra pessoas ou entidade, será competente o 
juiz das causas da União, se houver; quando interessar 
simultaneamente ao Estado e ao Município, será 
competente o juiz das causas do Estado, se houver.
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Competência para Julgamento
ØMaterial:
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Juiz 
Federal
Interesse da União
lesão ocorrida atinja 
um bem jurídico que 
integra o patrimônio da 
União ou de um ente 
federal
Juiz 
Estadual
Não houver interesse 
da União 
SEC não são abarcadas 
pela competência da 
justiça federal 
Participação Ministério Público
Art. 6°, §4° da lei 4717/65 
“o Ministério Público acompanhará a ação cabendo-lhe 
apressar a produção da prova e promover a 
responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, 
sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa 
do ato impugnado ou dos seus autores”.
(c/cc art. 7º I, alíne b)
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40
Pedido Liminar
Art. 5, Lei. 4.717/65
§ 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão 
liminar do ato lesivo impugnado.
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Pedido principal
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação 
popular, decretar a invalidade do ato impugnado, 
condenará ao pagamento de perdas e danos os 
responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, 
ressalvada a ação regressiva contra os funcionários 
causadores de dano, quando incorrerem em culpa.
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Pedido principal
Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenação dos 
réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, 
judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a 
ação e comprovadas, bem como o dos honorários de 
advogado.
ü Requerer que a sentença inclua na condenação as custas 
processuais e demais despesas diretamente relacionadas 
com a ação
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Cuidado!!!!
Ø A improcedência de ação popular não gera para o autor, salvo
comprovada má fé, a obrigação de pagar custas judiciais e o
ônus da sucumbência (pagamento dos honorários
advocatícios da outra parte)
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
15/08/2018
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Entendimentos jurisprudenciais
Ø Não se exige a comprovação de efetivo dano material,
pecuniário. O STF entende que a lesividade decorre da
ilegalidade: basta que se configure o dano;
Ø Não cabe ação popular contra ato de conteúdo jurisdicional,
praticado por membro do Poder Judiciário no desempenho
de sua função típica (decisões judiciais). A ação popular só
incide sobre a atuação administrativa do Poder Público
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Modelo
Ação Popular
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...VARA...DA
COMARCA...DO ESTADO…
MERITÍSSIMO JUÍZO COMPETENTE
X
Autor, nacionalidade..., estado civil (ou existência de união estável)...,
profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº ... , endereço eletrônico...,
residente e domiciliado ..., nesta cidade, por meio de seu advogado
constituído, conforme procuração anexa, qualificações e endereços que
indica para os fins do art. 77, inciso V e art. 105, §2º do CPC, vem, perante
Vossa Excelência, com fundamento no art. 5°, LXXIII da CRFB/88 e na Lei n°.
4717/65, propor
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO LIMINAR
contra RÉU...pessoa jurídica de direito privado (se for, U, E, M, e DF – são
pessoas jurídicas de direito público interno), inscrita no CNPJ sob o nº...,
endereço eletrônico..., com sede…, RÉU…,nacionalidade..., estado civil (ou
existência de união estável)..., profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº
... , endereço eletrônico..., residente e domiciliado ..., nos termos que se
seguem: (indicar e qualificar todos os réus da ação)
X
Modelo
Ação Popular I - DOS FATOSDescrever de forma objetiva os fatos....reproduzindo com suas palavras o
teor do enunciado (sem copiar ou inventar dados)
X
II - DO ATO LESIVO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO
(De fato este já deve ter sido mencionado nos fatos, mas por precaução abra
um tópico específico para deixar em destaque qual foi o ato objeto da ação)
“O ato lesivo ao patrimônio público ora impugnado é (aqui é necessário dizer
expressamente qual o ato está sendo impugnado).
X
III - DA LEGITIMIDADE ATIVA
(Aqui deve ser registrada a condição de cidadão do autor da ação.)
Cumpre destacar que o autor é cidadão, pois é eleitor no pleno gozo
dos direitos políticos, como claramente comprovado por meio do título de
eleitor em anexo, na forma do art. 1° §3° da lei 4717/65. Assim sendo, possui
legitimidade para propor a ação popular.
X
Modelo
Ação Popular
IV - DO PEDIDO LIMINAR
Conforme o art. 5° §4° da lei 4717/65, na defesa do patrimônio público,
caberá a suspensão liminar do ato impugnado.
Por se encontrar demonstrada a lesividade do ato, a urgência em
suspender o ato é evidente, de modo a não comprometer ainda mais o
patrimônio público.
Assim, pede seja deferida

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