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Controle de Constitucionalidade - Parte II

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DIREITO CONSTITUCIONAL
INICIAIS – PARTE II. CONTROLE DE CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE
Livro Eletrônico
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Iniciais – Parte II. Controle de Controle de Constitucionalidade
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Iniciais – Parte II. Controle de Controle de Constitucionalidade .......................................... 4
1. Mandado de Injunção ................................................................................................................. 4
2. Reclamação Constitucional .................................................................................................... 10
3.Ação de Impugnação de Mandato Eletivo ............................................................................. 17
4. Parecer Jurídico ..........................................................................................................................21
5.Habeas Corpus ............................................................................................................................ 22
6. Controle de Constitucionalidade ........................................................................................... 27
7. Ações do Controle Concentrado............................................................................................. 33
1. Ação Direta de Inconstitucionalidade ................................................................................... 33
2. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ...................................44
3. Ação Declaratória de Constitucionalidade .......................................................................... 50
4. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão .......................................................... 53
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Iniciais – Parte II. Controle de Controle de Constitucionalidade
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Ana Paula Blazute
ApresentAção
Olá, caros alunos.
Na aula de hoje, daremos continuidade a aula anterior e estudaremos as demais ini-
ciais cobradas.
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Iniciais – Parte II. Controle de Controle de Constitucionalidade
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute
INICIAIS – PARTE II. CONTROLE DE CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE
1. MAndAdo de Injunção
O mandado de injunção é um remédio constitucional que tem por finalidade tornar viável 
(concretizar) direitos, liberdades constitucionais ou prerrogativas inerentes à nacionalidade, 
soberania ou cidadania, que não são exercitáveis pela inexistência de norma regulamentadora.
Resumindo: O mandado de injunção tutela de direitos subjetivos constitucionais, cujo exer-
cício esteja impedido pela ausência de norma reguladora.
Previsão Constitucional: Art. 5º LXXI
Previsão Legal: Lei 13.300/16
Art. 5º LXXI CRFB - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamenta-
dora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes 
à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Art. 2º da lei 13.300/16 Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas edi-
tadas pelo órgão legislador competente.
Especificidades do Mandado de Injunção:
1) Modalidades:
Mandado de injunção individual: Impetrado por pessoa natural ou jurídica.
Art. 3º da 13.300/16 São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas 
naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas re-
feridos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a 
norma regulamentadora.
Mandado de injunção coletivo: Ministério Público, Partido Político com representação no 
Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente cons-
tituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, ou pela Defensoria Pública.
Art. 12 Lei 13.300/16 O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:
I – pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da 
ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis;
II – por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de 
direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária;
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III – por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcio-
namento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogati-
vas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos 
e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial;
IV – pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promo-
ção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma 
do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal .
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção 
coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou 
determinada por grupo, classe ou categoria.
2) Legitimidade Passiva do Mandado de Injunção:
Art. 4º A petição inicial deverá preencher os requisitos 
estabelecidos pela lei processual e indicará, além do órgão 
impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou aquela a que está 
vinculado.
Autoridade Competência
•Presidente da República
•Congresso Nacional
•Câmara dos Deputados
•Senado Federal
•TCU
•Tribunais superiores
•STF
STF- Art.102,I, “q” CF
Órgão ou entidade federal, da 
administração direta ou indireta, 
exceto os casos de competência do 
STF, Justiça Militar, Justiça Eleitoral, 
Justiça do Trabalho e Justiça Federal
STJ – Art.105,I,”H” CF
Governador, Prefeito de Capital, 
Secretário de Estado, Mesa da 
Assembleia legislativa. TJ
3. Requerimentos a serem formulados no mandado de injunção:
Art. 5º Recebida a petição inicial, será ordenada:
I – a notificação do impetrado sobre o conteúdo da petição inicial, devendo-lhe ser enviada a se-
gunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, 
preste informações;
II – a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica inte-
ressada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, ingresse no feito.
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Art. 6º A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for manifestamente incabí-
vel ou manifestamente improcedente.
Parágrafo único. Da decisão de relator que indeferir a petição inicial, caberá agravo, em 5 (cinco) 
dias, para o órgão colegiado competente para o julgamento da impetração.
Art. 7º Findo o prazo para apresentação das informações, será ouvido o Ministério Público, que 
opinará em 10 (dez) dias, após o que, com ou sem parecer, os autos serão conclusos para decisão.
Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para:
I – determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;
II – estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prer-
rogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação 
própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado.
4. Eficácia do Mandado de Injunção:
Regra: Inter Partes
Exceção: se for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerro-
gativa objeto da impetração poderá ser conferida a eficácia ultra partes ou erga omnes.
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da nor-
ma regulamentadora.
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou 
indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por 
decisão monocrática do relator.
VAMOS TREINAR A PEÇA PROCESSUAL?
001. (EXAME XXII) Servidores públicos do Estado Beta, que trabalham no período da noite, pro-
curam o Sindicato ao qual são filiados, inconformados por não receberem adicional noturno do 
Estado, que se recusa a pagar o referido benefício em razão da inexistência de lei estadual que 
regulamente as normas constitucionais que asseguram o seu pagamento. O Sindicato resolve, 
então, contratar escritório de advocacia para ingressar com o adequado remédio judicial, a fim 
de viabilizar o exercício em concreto, por seus filiados, da supramencionada prerrogativa cons-
titucional, sabendo que há a previsão do valor de vinte por cento, a título de adicional noturno, 
no Art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho. Considerando os dados acima, na condição 
de advogado(a) contratado(a) pelo Sindicato, utilizando o instrumento constitucional adequa-
do, elabore a medida judicial cabível. (Valor: 5,00)
Fundamentação constitucional: o enunciado acima indica o cabimento de um Mandado de 
Injunção Coletivo ajuizado pelo Sindicato, na medida em que visa à defesa dos interesses dos 
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seus filiados na proteção do direito ao adicional noturno, conforme o disposto no Art. 5º, inciso 
LXXI, da CRFB/88 (“conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regula-
mentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogati-
vas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.”)
Fundamentação legal: Lei n. 13.300, de 23 de junho de 2016.
As partes:
O impetrante será o Sindicato, na forma do Art. 12, inciso III, da Lei n. 13.300/16, dispensada a 
autorização dos filiados.
O impetrado será o governador do Estado Beta, pois é a parte legítima para integrar o polo pas-
sivo da presente ação constitucional, haja vista que, no processo legislativo estadual, é quem 
detém competência privativa para iniciar o processo legislativo no presente caso, vez que as 
regras constitucionais estaduais de competência devem observar, por simetria, o que determi-
na a CRFB/88. No caso, o Art. 61, § 1º, II, alínea ´a´, da CRFB/88.
Competência:
Do Tribunal de Justiça do Estado Beta, uma vez que a Constituição da República Federativa do 
Brasil repartiu a competência para julgamento com base na fonte de onde deveria ter emanado 
a norma faltante e procurou concentrar a competência para processamento e julgamento do 
Mandado de Injunção nos Tribunais Superiores, sendo que no plano estadual, a competência 
do Mandado de Injunção pode ser definida pelas Constituições dos Estados (Art. 125, § 1º, da 
CRFB/88), observando-se o princípio da simetria entre os entes federativos.
Fundamentos da mora legislativa:
O direito ao benefício de adicional noturno é concedido aos servidores públicos que exercem 
atividade laboral noturna e é garantido em razão de previsão constitucional contida no Art. 7º, 
inciso IX, e no Art. 39, § 3º, ambos da CRFB/88, devendo cada ente federativo regulamentar o 
referido benefício por meio de lei.
Pedidos:
Os pedidos devem ser de reconhecimento da omissão e do estado de mora legislativa, a fim de 
que seja concedida a ordem de injunção coletiva para:
(i) ser determinado prazo razoável para que o Governador promova a edição da norma regu-
lamentadora;
(ii) seja suprida a omissão normativa garantindo-se a efetividade do direito à percepção do 
adicional noturno no percentual de 20% em relação à hora normal de trabalho, conforme dispo-
sições, aplicáveis por analogia, contidas no Art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho, com 
eficácia para todos os servidores estaduais no exercício de atividade laboral noturna, caso não 
seja suprida a mora legislativa no prazo determinado (Art. 8º, incisos I e II, e Art. 13, ambos da 
Lei 13.300/16.
• Peça passo a passo:
AO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO BETA
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Ana Paula Blazute
(10 LINHAS)
SINDICATO, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ, com sede, por seu advogado, procuração 
em anexo, com escritório…, com fundamento no art.5º LXXI da CRFB/88 e na lei 13.300/16, 
vem impetrar MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO em face de ato omissivo do Governador do 
Estado Beta, estabelecido na… autoridade vinculada ao Estado Beta, pessoa jurídica de direito 
público interno, pelos fatos e fundamentos a seguir:
DO CABIMENTO:
De acordo com art. 5º, LXXI, da CRFB/88, o mandado de injunção é o remédio constitucional 
cabível sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício 
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à sobe-
rania e à cidadania, previsto também no art. 2º da Lei 13.300/16.
O sindicato visa à defesa dos interesses dos seus filiados na proteção do direito ao adicional 
noturno, em razão de omissão legislativa
FATOS:
...
LEGITIMIDADE:
O Sindicato possui legitimidade ativa para defender os interesses da categoria, dispensada 
autorização especial dos filiados, na forma do Art. 12, inciso III, da Lei 13.300/16, e art. 5º, LXX, 
“b” da CF/88.
O Governadorpossui legitimidade passiva na medida em que as regras constitucionais esta-
duais de competência devem observar, por simetria, o que determina o Art. 61, § 1º, II, alínea 
´a´, da CRFB/88.
DO DIREITO // DA OMISSÃO
O direito ao benefício de adicional noturno é concedido aos servidores públicos que exercem 
atividade laboral noturna, e é garantido em razão da previsão constitucional contida no art 7º 
IX e no art 39§3, ambos da CRFB, devendo cada ente regulamentar o referido benefício por lei.
O Art. 7º,IX, da Constituição Federal prevê que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição social a remuneração do trabalho notur-
no superior à do diurno;
Por sua vez, o Art 39 § 3º dispõe que se aplica aos servidores ocupantes de cargo público o 
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei 
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Dessa forma, o mandado de injunção é o remédio constitucional adequado para a defesa em 
juízo de direito fundamental previsto na Constituição ainda pendente de regulamentação.
Além disso, compete ao Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente o mandado de 
injunção, quando a elaboração da norma for de iniciativa do Governador do Estado, observan-
do a simetria, de acordo com o art.125§1º da CF/88.
V – DOS PEDIDOS
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Ante todo o exposto, requer-se:
a) a notificação do Governador sobre o conteúdo da petição inicial, devendo-lhe ser enviada a 
segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) 
dias, preste informações; (copiar art. 5º, I, da Lei 13.300/16);
b) a ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica, de acordo com o art. 5º, II, 
da Lei 13.300/16;
c) a intimação do Representante do Ministério Público, na forma do art. 7º, da Lei 13.300/16;
d) a condenação do impetrado em custas processuais;
e) que seja reconhecida a omissão e o estado de mora legislativa, a fim de que seja concedida 
a ordem de injunção coletiva, segundo o art. 8º, da Lei 13.300/16;
f) que seja determinado prazo razoável para que o Governador promova a edição da norma 
regulamentadora,
consoante o art. 8º, I, da Lei 13.300/16;
g) que seja suprida a omissão normativa, garantindo-se a efetividade do direito à percepção 
do adicional noturno no percentual de 20% conforme disposições contidas no art. 73 da CLT;
h) a juntada de documentos, de acordo com o art. 320, do CPC.
Valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local... e data...
Advogado...
OAB n.º ...
Espelho de pontuação:
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2. reclAMAção constItucIonAl
A Reclamação Constitucional é utilizada para a preservação da competência do Tribunal e 
a garantia da autoridade de suas decisões.
Previsão Constitucional: Art. 102,I,l, Art.103-A§3º e Art 105,I,F da Constituição Federal.
Constituição Federal:
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de 
dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar sú-
mula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos de-
mais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, 
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em 
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004) (Vide Lei n. 11.417, de 2006).
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, 
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração 
pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre ques-
tão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de 
súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
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Ana Paula Blazute
Veja o artigo 103 da CF e o art. 3ª da Lei 11.417/06
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamen-
te a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o 
ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida 
com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, 
de 2004)
Lei 11.417/06
Art. 3º São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula 
vinculante:
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI – o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
X – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI – os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, 
os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleito-
rais e os Tribunais Militares.
Obs.: � A competência para provocar o STF para propor a edição, a revisão ou o cancelamento 
de enunciado de súmula vinculante (Art.103 e Art.3º da Lei 11.417/06) não se confun-
de com a competência para propor a Reclamação constitucional (art.988 CPC).
Previsão Legal: Art. 988, 989 CPC
• Art. 988 CPC. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
I – preservar a competência do tribunal;
Ver art. 102,I,alínea “l” – Exemplo MS contra ato do Presidente da República, impetrado na Justiça 
federal – caberá Reclamação.
II – garantir a autoridade das decisões do tribunal;
Art. 102, I, “l”
Se o STF em MS, por exemplo, profere determinada decisão, e outro juízo ou autoridade desrespeitam, 
dará ensejo ao ajuizamento da reclamação;
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal 
Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
ART. 103-A§3º - descumprimento de Súmula Vinculante.
• Procedimento da Reclamação Constitucional
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Art. 989 CPC - Ao despachar a reclamação, o relator:
I – requisitará informações da autoridade a quem for imputada a prática do ato impugnado, que as 
prestará no prazo de 10 (dez) dias;
III – determinará a citação do beneficiário da decisão impugnada, que terá prazo de 15 (quinze) dias 
para apresentar a sua contestação.
• Tutela de urgência
Art. 989 II CPC - se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar 
dano irreparável;
• Súmula 734 do STF:
JURISPRUDÊNCIA
Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega 
tenha desrespeitado decisão do supremo tribunal federal.
• Art. 103-A § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula apli-
cável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal 
que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial 
reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, 
conforme o caso.
• Competência:
JURISPRUDÊNCIA
STF (art. 102, I, L e art 103§3º) - l) a reclamação para a preservação de sua competência 
e garantia da autoridade de suas decisões;
STJ (art. 105, I, F) - f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da 
autoridade de suas decisões;
Como fazer uma Reclamação Constitucional?!
002. (INÉDITA/2021) Mila, brasileira, solteira, sempre se dedicou muito aos estudos, pois ti-
nha um grande sonho de fazer direito, e se tornar uma grande advogada. Infelizmente seus pais 
nunca tiveram condições de pagar uma faculdade particular, nem mesmo um curso preparató-
rio para vestibular. Após três anos estudando por conta própria Mila foi aprovada em 1º lugar 
em uma Universidade Pública de São Paulo.
Ao se matricular, a secretaria da universidade, condicionou a sua matricula ao pagamento de 
taxa no valor de 2.000 (dois mil reais). Toda a família juntou as economias, mas infelizmente 
ainda precisava de 1.000( mil reais) para completar o pagamento.
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Mila recorreu até a última instância administrativa, e não obteve êxito algum, sustentando a 
existência da Súmula Vinculante 12, cuja a redação afirma que a cobrança de taxa de matrícula 
por universidade pública é inconstitucional.
Mila, procura você, pois faltam poucos dias para encerrar o processo de matrícula, e manifesta 
que quer propor a medida judicial cabível adequada para apresentar o caso diretamente à aná-
lise do Supremo Tribunal Federal visando defender o enunciado vinculante.
AO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
(10 LINHAS)
Mila, brasileira, solteira, estudante, RG, CPF, endereço eletrônico, residente e domiciliada na... 
por seu advogado, procuração em anexo, com escritório na..., vem perante Vossa Excelência, 
com fundamento no art.103-A§3º da Constituição Federal e no artigo 988,III do CPC/15 propor 
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL, com pedido de LIMINAR, em face da UNIVERSIDADE PÚBLI-
CA... CNPJ, com sede... Pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir:
DO CABIMENTO:
De acordo com o art. 103-A §3º da CF e Art. 7º da lei 11.417/06, da decisão judicial ou do ato 
administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo 
indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou 
outros meios admissíveis de impugnação.
DO FATOS:
...
DO DIREITO
A educação é um direito social prevista no artigo 6º e 205 da Constituição Federal, sendo um 
direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada com a colabora-
ção da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício 
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O Estado tem o dever de promover políticas públicas de acesso à educação com base no prin-
cípio da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, conforme o artigo 206, IV 
da CRFB/88.
Segundo a súmula vinculante 12 do STF a cobrança de taxa de matrícula nas universidades 
públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.
De acordo com o art. Art. 7º da lei 11.417/06, da decisão judicial ou do ato administrativo 
que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente 
caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios 
admissíveis de impugnação.
Além disso, foi preenchido o requisito do art. 7º § 1º da lei 11.417/06 que dispõe que contra 
omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgota-
mento das vias administrativas.
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Assim, é necessária a intervenção do judiciário, visto que a decisão administrativa viola frontal-
mente a decisão do STF de natureza vinculativa.
DA LIMINAR
O artigo 989,II do CPC/15 autoriza a concessão da liminar para suspender o ato impugnado 
para, assim, evitar dano irreparável.
A fumaça do bom direito reside nos argumentos fáticos e jurídicos acima expostos, pois houve 
violação da súmula vinculante 12 do STF.
O perigo de dano também está presente, pois faltam poucos dias para encerrar o processo de 
matrícula, podendo a reclamante sofrer prejuízos por essa falha administrativa, qual seja, ser 
impedida de matricular-se para o curso de Direito que foi aprovada.
Assim, requer a concessão da liminar para determinar a Universidade Pública que matricule a 
reclamante independentemente de taxa de matrícula.
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer:
a) Que seja deferida a liminar para determinar a Universidade Pública que matricule a recla-
mante independentemente de taxa de matrícula.
b) Que seja notificada a autoridade reclamada para, no prazo de 10 dias prestar informações 
que entender necessárias.
c) a oitiva do Procurador-Geral da República.
d) que seja cassada a decisão administrativa que condicionou a matrícula da reclamante ao 
pagamento de taxa, para fins de preservação da súmula vinculante 12.
e) A juntada dos documentos em anexo.
Dá-se a causa o valor de...
Pede deferimento,
Local... Data...
Advogado...
OAB ...
Veja a Reclamação Constitucional que foi cobrada no Exame XXXII:
003. (EXAME XXXII) Após regular aprovação em concurso público de provas e títulos, João da 
Silva foi nomeado e empossado no cargo de técnico administrativo de nível médio, vinculado 
ao Poder Executivo do Município Alfa. Exerceu suas funções com grande dedicação por mais 
de uma década. Durante esse período, também teve oportunidade de concluir o curso de Ad-
ministração de Empresas. Assim que João concluiu a faculdade, foi editada a Lei Municipal n. 
123/18, que permitia aos ocupantes do cargo de provimento efetivo de técnico administrativo 
de nível médio, desde que preenchessem os requisitos exigidos, optarem pela transposição 
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para o cargo de auditor administrativo de nível superior, passando a integrar a respectiva car-
reira. Poucos dias após a promulgação da Lei Municipal n. 123/18, um ocupante do cargo de 
auditor administrativo de nível superior faleceu e, com a vacância, João formulou o requeri-
mento de transposição, o qual foi imediatamente deferido pela Administração Pública. Com 
isso, Mário, único candidato aprovado no concurso público destinado ao provimento do cargo 
de auditor administrativo de nível superior, que ainda não fora nomeado, foi preterido. Mário, 
irresignado com a situação, interpôs recurso, que foi apreciado por todas as instâncias admi-
nistrativas, não tendo sido acolhida a tese de que a Lei Municipal n. 123/18 afrontava o teor 
de Súmula Vinculante. Acresça-se que a validade do concurso iria exaurir-se no fim do mês 
seguinte, e Mário estava desempregado. À luz desse quadro, como advogado(a), redija a peça 
processual mais adequada, perante o Supremo Tribunal Federal, para combater a nomeação 
de João para o cargo de auditor administrativo de nível superior. (Valor: 5,00)
A peça processual a ser apresentada é a reclamação OU reclamação constitucional (Art. 103-
A, § 3º, da CRFB/88, ou Art. 988, inciso III, e § 4º, do CPC, ou Art. 7º da Lei n. 11.417/06).
O processamento e o julgamento da Reclamação são de competência do Supremo Tribunal Fe-
deral, na forma do Art. 103-A, § 3º, da CRFB/88. A Reclamação é dirigida ao Ministro Presidente 
do Supremo Tribunal Federal (Art. 988, § 2º, do CPC).
A Reclamação será proposta por Mário (dispõe o Art. 988, caput, do CPC, que “caberá reclama-
ção da parte interessada ou do Ministério Público”).
O polo passivo será composto pelo Prefeito do Município Alfa, autor do ato e por João, benefi-
ciado pela aplicação da Lei Municipal n. 123/18 em sede administrativa.
De acordo com o Art. 989 do CPC, “ao despachar a reclamação, o relator:
I – requisitará informações da autoridade a quem for imputada a prática do ato impugnado, 
que as prestará no prazo de 10 (dez) dias;
[...] III - determinará a citação do beneficiário da decisão impugnada, que terá prazo de 15 (quin-
ze) dias para apresentar a sua contestação.”
Embora existam decisões do STF anteriores ao CPC no sentido de que seria facultativa a inter-
venção do interessado no processo de reclamação (Agravo Regimental na Reclamação 8.478/
RS e Agravo Regimental na Reclamação 3.375/PI), a previsão de citação trazida no CPC atrai a 
legitimidade do beneficiário.
Ressaltar que a reclamação é cabível em razão do esgotamento das vias administrativas, nos 
termos do Art. 7º, § 1º, da Lei n. 11.417/06.
Quanto ao mérito, deve ser afirmado que, ao deferir o requerimento administrativo, o Prefeito 
Municipal aplicou a Lei Municipal n. 123/18 em detrimento da Constituição da República.
Com isso, ofendeu a Súmula Vinculante 43 do STF, segundo a qual “é inconstitucional toda 
modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em con-
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curso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual ante-
riormente investido.”
Prevalece, nesse caso, o entendimento de que a transposição ofende a exigência de prévia 
aprovação em concurso público para a investidura em cargo público e o princípio da Legalida-
de, nos termos do Art. 37, caput ou Art. 37, inciso II, ambos da CRFB/88.
Como João já foi nomeado para ocupar o cargo vago, o que acarreta a correlata lesão ao direi-
to de Mário à nomeação, deve ser formulado pedido de tutela de urgência (perigo de dano irre-
parável) ou tutela de evidência (afronta à súmula vinculante) para suspender os efeitos do ato 
de nomeação, consistente no desempenho de uma função pública por quem não preencheu o 
principal requisito constitucional exigido, ou seja, a aprovação em concurso público, conforme 
dispõem o Art. 300, o Art. 311, inciso II e o Art. 989, inciso II, todos do CPC.
Deverá ser formulado pedido de anulação do ato administrativo que deferiu a transposição do 
cargo de técnico administrativo de nível médio para o de auditor administrativo de nível superior.
Deve ser formulado requerimento de juntada dos documentos anexos, já que a reclamação 
formará autos autônomos, devendo ser instruída, de modo a subsidiar a decisão do Tribunal.
Deverá, ainda, ser formulado requerimento de gratuidade de justiça, citação do beneficiário e 
indicado o valor da causa.
Espelho de correção:
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3.Ação de IMpugnAção de MAndAto eletIvo
1) Objetivo: Impugnar o mandato eletivo com abuso de poder econômico, corrupção e fraude.
• Art. 14§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral 
no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas 
de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
2) Legitimados ativos:
LC 64/90 – Legitimados: Partidos, coligações, candidatos e Ministério Público
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Art. 3º LC 64/90 Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público, 
no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato, impugná-lo 
em petição fundamentada.
Obs.: � Não há legitimidade ativa do cidadão para propor a ação de impugnação de manda-
to eletivo.
3) Competência:
Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições de inelegibilidade. Parágrafo 
único. A argüição de inelegibilidade será feita perante:
I – o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da 
República;
II – os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vi-
ce-Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado 
Distrital;
III – os Juízes Eleitorais, quando se tratar de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.
Resumindo:
ORGÃO AUTORIDADE ENDEREÇAMENTO
TSE
PRESIDENTE
VICE-PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA
AO MINISTRO 
PRESIDENTE DO 
TRIBUNAL SUPERIOR 
ELEITORAL
TRE
GOVERNADORES E 
VICE
DEPUTADOS: 
FEDERAIS, ESTADUAIS, 
DISTRITAL
AO JUÍZO ELEITORAL 
DO TRIBUNAL 
REGIONAL ELEITORAL 
DA... REGIÃO
JUNTA ELEITORAL
PREFEITOS E VICE-
PREFEITOS;
VEREADORES
AO JUÍZO ELEITORAL 
DA... ZONA ELEITORAL 
DA COMARCA DE...
4) Sigilo
Art. 14º
§ 11. Aação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na 
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
5) Prazo
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Art. 14§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze 
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrup-
ção ou fraude.
6) Prova pré-constituída
Art. 14§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze 
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrup-
ção ou fraude.
004. (INÉDITA/2021) Pedro foi eleito prefeito do Município ALFA, no Estado BETA, e por meio 
do seu Comitê de Campanha, fez diversas promessas ao cidadão que votasse nele, inclusive 
com o pagamento imediato de conta de energia de quem prometesse tal voto. Além disso, o 
Comitê de campanha recolheu, no dia anterior a eleições, o título de eleitor de pessoas já fale-
cidas, distribuindo a pessoas contratadas no Município Z, vizinho ao município ALFA. No dia 
seguinte à diplomação de Pedro, João, também candidato ao cargo, mas não eleito, resolve 
ingressar com uma ação para invalidar a diplomação de Pedro.
Como fazer uma ação de impugnação de mandato eletivo?
AO JUÍZO ELEITORAL DA ZONA ELEITORAL DE ALFA NO ESTADO BETA
(10 LINHAS)
JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF, RG, endereço eletrônico..., residente e domi-
ciliado...vem, por seu advogado, procuração anexa, com escritório, com fundamento no art. 14, 
§10, da CRFB/88, ajuizar a presente AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO em face 
de Pedro, prefeito, diplomado no dia... pelos motivos que a seguir exposto:
DA TEMPESTIVIDADE
A presente impugnação é tempestiva, pois foi ajuizada dentro do prazo constitucional de 15 
(quinze) dias contados da diplomação, segundo prevê o art. 14, § 10, da CRFB/88.
DA LEGITIMIDADE ATIVA
O autor tem legitimidade para a propositura da ação de impugnação de mandato eletivo, pois 
foi candidato ao cargo de prefeito no respectivo pleito, conforme o art 3º da Lei Complemen-
tar n.64/90.
DOS FATOS
...
DO DIREITO
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A Constituição Federal prevê no art 14§10 que o mandato eletivo poderá ser impugnado ante a 
Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas 
de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Não há dúvidas que no caso em análise houve ocorrência de abuso de poder econômico, cor-
rupção e fraude.
O pagamento imediato de conta de energia de quem prometesse tal voto em Pedro, configura 
abuso de poder econômico e corrupção.
O Comitê de campanha recolheu, no dia anterior a eleições, o título de eleitor de pessoas já 
falecidas, distribuindo a pessoas contratadas no Município Z, vizinho ao município Alfa, confi-
gurando claramente fraude.
Além disso, o art.41-A da lei 9.504/97 veda o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao 
eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive 
emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição.
Mas não é só, o Código eleitoral (lei 4.737/65) no art. 237 dispõe que a interferência do poder 
econômico e o desvio ou abuso de poder de autoridade, em desfavor da liberdade de voto, se-
rão coibidos e punidos.
Por fim, o artigo 232 do Código Eleitoral estabelece ser também anulável a votação, quando 
viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o art. 237, ou emprego de pro-
cesso de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei.
Assim, não restam dúvidas sobre a flagrante ocorrência de abuso de poder econômico, corrup-
ção e fraude na campanha de Pedro.
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer:
a) a procedência do pedido para invalidar o diploma eleitoral obtido com abuso de poder eco-
nômico, fraude e corrupção.
b) a citação do réu, Pedro, para apresentar a defesa no prazo de sete dias, conforme dispõe o 
art. 4º da Lei Complementar 64/90.
c) a intimação do Ministério Público.
d) a juntada de documentos
e) a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.
Dá-se à causa o valor de...
Pede deferimento,
Local... Data...
Advogado...
OAB..
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4. pArecer jurídIco
O Parecer Jurídico apresenta uma maior simplicidade quanto a sua estruturação de elabo-
ração, isso significa dizer que não existe formalidade técnica a ser seguida.
Deve-se elaborar um parecer quando for expressamente solicitado pela banca. A sua estru-
tura é feita de forma simples com uma ementa, resumindo os pontos essenciais, introdução, 
fundamentação e a conclusão.
005. (INÉDITA/2021) O partido político X, que possui apenas três representantes na Câmara 
dos Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o procura para que, na 
qualidade de advogado especialista em Direito Constitucional, se posicione sobre a possibili-
dade de ser obtida alguma medida judicial em face da Lei Municipal 1.516/2015 que dispôs 
sobre a proibição da utilização em escolas públicas municipais de material didático que con-
tenha “ideologia de gênero”. No Art. 1º a lei prevê que fica proibida a divulgação de material 
com referência a ideologia de gênero nas escolas municipais de Novo Gama-GO.Art. 2º Todos 
os materiais didáticos deverão ser analisados antes de serem distribuídos nas escolas muni-
cipais de Novo Gama-GO. Art. 3º Não poderão fazer parte do material didático nas escolas em 
Novo Gama-GO materiais que fazem menção ou influenciem ao aluno sobre a ideologia de gê-
nero. Art. 4º Materiais que foram recebidos mesmo que por doação com referência a ideologia 
de gênero deverão ser substituídos por materiais sem referência a mesma.
Elabore um parecer sobre a hipótese acima.
• Como elaborar um parecer jurídico?!
PARECER JURÍDICO
INTERESSADO: PARTIDO POLÍTICO “X”
EMENTA: Inconstitucionalidade forma e material. Legitimidade do Partido Político. ADPF. Compe-
tência do STF. Educação. Ideologia de gênero
Trata-se de consulta formulada pelo partido político “x”, acerca da possibilidade de ser obtida 
alguma medida judicial em face da Lei Municipal 1.516/2015 que dispôs sobre a proibição 
da utilização em escolas públicas municipais de material didático que contenha “ideologia 
de gênero”.
Informa, ainda, o Consulente, que o mesmo possui apenas três representantes na Câmara dos 
Deputados.
É o relatório.
Passo a opinar.
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A Constituição Federal prevê no art. 22, XXIV que a União possui competência privativa para fi-
xar as diretrizes e bases da educação nacional, logo os Municípios não possuem competência 
para editar lei proibindo a divulgação de material com referência a “ideologia de gênero” nas 
escolas municipais. Logo, a Lei municipal 1.516/2015 é formalmente inconstitucional.
Além disso, essa lei municipal é materialmente inconstitucional porque viola dois princípios 
relacionados com o ensino a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamen-
to, a arte e o saber (art. 206, II, CF/88); e o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas 
(art. 206, III, CF/88).
Essa lei contraria ainda um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que 
é a promoção do bem de todos sem preconceitos (art. 3º, IV, CF/88).
Por fim, a lei não cumpre com o dever estatal de promover políticas de inclusão e de igualdade, 
contribuindo para a manutenção da discriminação com base na orientação sexual e identidade 
de gênero.
Será possível ajuizar uma arguição de descumprimento de preceito fundamental para a rea-
lização do controle concentrado de constitucionalidade da Lei Municipal, perante o Supremo 
Tribunal Federal.
Quanto a legitimidade, o partido político “X” é legitimado ativo para propor a arguição de des-
cumprimento de preceito fundamental, visto que está devidamente representado no Congres-
so Nacional, de acordo com o art. 103, VIII, da CRFB e art 2º, VIII, da lei 9.868/99, bastando a 
represente em pelo menos uma das Casas legislativas.
CONCLUSÃO
Em face do exposto, opino pela inconstitucionalidade da lei municipal “x” e a possibilidade de 
ser ajuizada a arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o Supremo Tribu-
nal Federal.
É o parecer, S.M.J
Local... Data....
Advogado...
OAB...
5.HAbeAs corpus
• Art. 5º LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalida-
de ou abuso de poder;
− Legitimado ativo:
 ◦ Nacional
 ◦ Estrangeiro
 ◦ Seja em benefício próprio ou alheio.
 ◦ Ministério Público
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Obs.: � Somente pessoas físicas podem ser pacientes no HC, mas as pessoas jurídicas podem 
impetrar o remédio constitucional, caso seja em benefício de terceiros.
• É necessária capacidade postulatória? Não!
• É gratuito? Sim!
Art. 5º LXXVII - são gratuitas as ações de habeas-corpus e habeas-data, e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da cidadania.
• A ação é dirigida contra a autoridade coatora! De forma excepcional é possível que o 
remédio seja impetrado em face de particular, exemplo: clínicas médicas, manicômios.
• Admite dilação probatória? Não!
− Súmula 693 STF
JURISPRUDÊNCIA
Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a pro-
cesso em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.
− Súmula 694 STF.
JURISPRUDÊNCIA
Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda 
de patente ou de função pública.
− Súmula 695 STF
Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.
• Quanto à competência:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, caben-
do-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores:
Presidente da República
Vice-Presidente
Membros do CN
Ministros do STF
PGR
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Ministros de Estado
Comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército
Membros dos Tribunais superiores
Membros do TCU
Chefes de missão diplomática de caráter permanente.
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for au-
toridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal 
Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
• Art. 102, II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção de-
cididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
Art. 105 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – processar e julgar, originariamente:
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea 
“a”, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da 
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
• Governadores dos Estados e do Distrito Federal
• desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal
• os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal,
• dos Tribunais Regionais Federais,
• dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho,
• os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e
• os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
Se os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército forem co-
atores: STJ
Se os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército forem pa-
cientes: STF
Art. 105 CF: Competência do STJ
II – julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou 
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I – processar e julgar, originariamente:
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;
Obs.: � Se for juiz estadual a competência será do TJ!
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Iniciais – Parte II. Controle de Controle de Constitucionalidade
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute
006. (OAB/2007.1) Maria adquiriu um veículo popular por meio de contrato de arrendamento 
mercantil (leasing), em 60 prestações de R$ 800,00. A partir da 24.ª prestação, Maria começou 
a ter dificuldades financeiras e resolveu vender o veículo a Pedro, o qual se comprometeu a 
pagar as prestações vincendas e vencidas. Tal fato não foi comunicado ao agente financeiro, 
já que havia o risco de o valor da prestação ser majorado. Pedro deixou de pagar mais de cinco 
prestações, o que suscitaria rescisão contratual. O agente financeiro houve por bem propor 
ação de busca e apreensão do veículo, tentativa essa que restou frustrada em face de Maria 
não possuir o veículo em seu poder, já que o alienara a Pedro. O agente financeiro pediu a trans-
formação, nos mesmos autos, da ação debusca e apreensão em ação de depósito e requereu 
a prisão de Maria, por ser depositária infiel do referido veículo. O juiz competente determinou 
a prisão civil de Maria até que ela devolvesse o referido veículo ou pagasse as prestações em 
atraso. Maria não tem mais o veículo em seu poder e perdeu o seu emprego em virtude da 
prisão civil. Dois dias depois da efetivação da prisão, o advogado contratado interpôs, inicial-
mente, recurso de agravo de instrumento contra aquela decisão judicial, o qual não foi conhe-
cido pelo tribunal, diante da ausência de documento imprescindível ao seu processamento. 
Ingressou com ação de rito ordinário contra Pedro, com pedido de tutela antecipada, contra 
Pedro, com pedido de tutela antecipada, visando receber as prestações em atraso, ação essa 
que foi extinta sem julgamento de mérito. Ingressou, ainda, com ação de rito ordinário contra 
o arrendador discutindo algumas cláusulas do contrato de arrendamento, ação essa que con-
tinua em curso, sem sentença.
Maria continua presa. Por ter perdido a confiança nesse advogado, ao qual pagou os honorá-
rios devidos e do qual recebeu o devido substabelecimento, sem reservas de poderes, Maria 
resolveu contratar os serviços de outro advogado. Diante da situação hipotética apresentada, 
na condição de atual advogado de Maria, redija um texto que contenha a peça judicial mais 
apropriada ao caso, a ser apresentada ao órgão judicial competente, com os argumentos que 
reputar pertinentes.
Como fazer um Habeas Corpus?
AO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
(10 LINHAS)
Maria, nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço eletrônico, residente e domici-
liada na..., por seu advogado, procuração anexa, vem perante a Vossa Excelência, com funda-
mento no art. 5º LXVIII da CF/88 e art. 647 do CPP, impetrar HABEAS CORPUS REPRESSIVO 
com pedido de liminar em favor de sua liberdade, que está sendo impedida por decisão judicial, 
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
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Iniciais – Parte II. Controle de Controle de Constitucionalidade
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute
DO CABIMENTO:
É cabível o presente remédio constitucional, visto que há violação à liberdade de locomoção de 
Maria, encontrando-se amparo no art. 5 LXVIII da CF: conceder-se-á “habeas-corpus” sempre 
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
DOS FATOS
...
DO DIREITO
O ordenamento jurídico pátrio prevê no art. 5, XV, da CRFB/88 é livre a locomoção no território 
nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permane-
cer ou dele sair com seus bens;
O art. 5º LXVII da CRFB/88 dispõe que não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsá-
vel pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário 
infiel. Ocorre que o STF decidiu que o Pacto de San José da Costa Rica, por possuir natureza 
supralegal, revogou a legislação ordinária que versava sobre o tema, não sendo mais aplicável 
o art. 5. LXVII da CRFB.
Além disso, a Súmula Vinculante 25 dispõe ser ilícita a prisão civil de depositário infiel, qual-
quer que seja a modalidade do depósito.
DA LIMINAR
Os art. 649 e 660§2º do CPP fundamentam a liminar em sede de Habeas Corpus.
A Fumaça do bom direito está presente de acordo com os fatos e fundamentos jurídi-
cos expostos.
O perigo na demora também resta presente, visto que há violação ao direito fundamental de ir 
e vir de Maria diante da prisão manifestamente ilegal.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a V.Exa que:
a) Determine a notificação da autoridade coatora.
b) A intimação do Ministério Público
c) A concessão da liminar para determinar a expedição do alvará de soltura.
d) Conceder em definitivo a ordem no presente remédio constitucional.
e) Juntada dos documentos em anexo.
Dá-se à causa o valor de...
Pede deferimento,
Local... Data...
Advogado... OAB...
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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6. controle de constItucIonAlIdAde
Antes de iniciarmos a confecção das peças processuais no controle de constitucionalida-
de apresento a vocês um resumo teórico para facilitar a identificar as peças processuais.
CF:
Cláusula de Reserva de Plenário: Art 97 CF
ADI, ADC: 102, I, a , 102, “p”
102§2º
Legitimados controle concentrado: Art 103
103§1º§2º§3º
125§2
129,IV.
CPC: 949
Lei 9868/99
Lei 9.882/99
Súmula vinculante: 10
1) Inconstitucionalidade:
a) Formal (Nomodinâmica): Vício decorre da inobservância do processo legislativo.
a) Subjetiva: Vício na iniciativa.
Exemplo: O Deputado XY apresentou um projeto de lei sobre aumento da remuneração dos 
servidores públicos.
A competência é do Presidente da República, logo inconstitucionalidade formal subjetiva.
b) Objetiva: Vício no Quórum
Exemplo: Uma lei complementar foi aprovada por maioria simples.
Lei complementar deve ser aprovada por maioria absoluta – Art 69 CF.
c) Orgânica: Vício na competência
Exemplo: Estado legislando sobre direito penal. Competência privativa da União. Art 22, I CF.
d) Material (Nomoestática): O conteúdo da norma é contrário ao conteúdo constitucional. 
Exemplo: Uma lei dando autonomia ao Território.
Território é descentralização da União, não é considerado ente, nem possui autonomia. 
Art 18§2 CF.
2) No Brasil existe inconstitucionalidade superveniente?
Não. A incompatibilidade superveniente não gera a inconstitucionalidade, mas sim a não 
recepção ou revogação.
3) A inconstitucionalidade pode ser parcial?
Sim, inclusive pode recair sobre palavras ou expressões isoladas, é o chamado princípio da 
parcelaridade.
4) O que é inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento?
Ocorre quando há dependência entre duas normas, sendo que a declaração de inconstitu-
cionalidade da principal enseja a declaração de inconstitucionalidade da acessória.
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Exemplo: A lei x foi regulamentada pelo decreto y. Se a lei x for inconstitucional o decreto 
por ser dependente também será inconstitucional por arrastamento.
5) Parâmetro para a declaração de (in) constitucionalidade
Parte permanente (art 1º ao 250)
Parte transitória (ADCT) – enquanto tiverem eficácia.
6) O preâmbulo serve de parâmetro para o Controle de Constitucionalidade?
Não, pois não é considerado norma jurídica, logo não é de observância obrigatória em âm-
bito estadual.
6.1) ADCT (ATOS DE DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS) servem como 
parâmetro?
Podem servir como parâmetro para o controle de constitucionalidade de leis e atos 
normativos.
6.2) As normas constitucionais originárias se submetem ao controle de constitu-
cionalidade?
Não. O STF entende que as normas inseridas originalmente no texto da constituição gozam 
de uma chamada “presunção absoluta de Constitucionalidade”.Não confunda com a EMENDA 
que é norma derivada, que possui presunção relativa de Constitucionalidade, e pode ser objeto 
de controle.
7) a) Controle preventivo-político:
É feito pelo poder legislativo através das Comissões de Constituição e justiça, e pelo poder 
executivo através do veto jurídico – Art. 66§1 CRFB
b) Controle Repressivo- político:
Exemplo:
1) Art.49, V CRFB Congresso Nacional sustando os atos normativos do poder executivo 
quando este extrapolar os limites da delegação legislativa.
2) O poder legislativo rejeitando uma Medida Provisória sob o argumento de que é incons-
titucional.
c) Controle Preventivo- judicial:
É feito de forma excepcional.
Esse controle só pode ser exercido pelo Poder Judiciário ( STF) quando um parlamentar ( 
só o parlamentar), por meio de um Mandado de Segurança, argumenta a violação ao devido 
processo legislativo, exemplo:( Violação as cláusulas pétreas)
A perda superveniente da condição de parlamentar ocasiona a extinção do Mandado de 
segurança.
d) Controle Repressivo – judicial:
É a regra: Poder judiciário controlando as leis já em vigor.
8)
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CONTROLE DIFUSO (concreto) CONTROLE CONCENTRADO (abstrato)
É realizado por qualquer juiz ou 
tribunal *
Constituição Federal - STF
Constituição Estadual – TJ
* ADI, ADC, ADPF, ADO
Efeitos Inter partes*
Obs.: se a decisão for proferida pelo 
STF: erga omnes.
A atuação do Senado – Art 52,X 
apenas para fins de publicidade à 
decisão.
Efeitos Erga omnes
Efeitos Ex tunc ( retroativos)
* É possível a modulação dos efeitos 
temporais da sentença, quando 
causar risco à segurança jurídica ou 
ao interesse social.
(atuação de 2/3 do STF – para dar 
efeitos EX NUNC)
Efeitos Ex tunc ( retroativos)
* É possível a modulação dos efeitos 
temporais da sentença, quando 
causar risco à segurança jurídica ou 
ao interesse social.
(atuação de 2/3 do STF – para dar 
efeitos EX NUNC)
Efeitos vinculantes – Exceto o próprio 
STF e a função legislativa.
Legitimidade ampla Legitimados – 103 CF
9) O que é a cláusula de reserva de plenário?
Art. 97 CRFB – Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros 
do órgão especial é que a inconstitucionalidade pode ser declarada.
10) Órgãos fracionários (turmas, seções, câmaras) declara a inconstitucionalidade?
948 CPC - Como regra os órgãos fracionários não podem declarar a inconstitucionalidade, 
devendo remeter ao pleno ou órgão especial.
• Cuidado: O órgão fracionário não pode afastar a aplicação da norma ao invés de subme-
ter a questão ao pleno ou órgão especial, pois isso resultaria na violação da cláusula de 
reserva de plenário – SV 10.
949 CPC – Mitigando a cláusula de reserva de plenário o art 949 estabelece que depois que 
o pleno, órgão especial do tribunal ou STF já tiver decidido o incidente de inconstitucionalidade, 
não será mais necessário que os órgãos fracionários, remetam ao pleno ou ao órgão especial.
Obs.: � O órgão fracionário pode declarar a CONSTITUCIONALIDADE de uma lei.
11) A cláusula de reserva de plenário não se aplica:
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Ana Paula Blazute
• Aos juízes singulares; às turmas recursais dos juizados especiais
12) Sobre o controle concentrado:
ADI ADC ADO ADPF
Art. 103 CF Art. 103 CF Art. 103 CF Art. 103 CF
Objeto:
Emendas 
constitucionais
Leis e atos 
normativos 
Federais e 
Estaduais
Pós- 
Constitucionais
Objeto:
Leis e demais atos 
normativos federais.
-Pós-Constitucionais.
É um não fazer 
estatal, que gera a 
inconstitucionalidade.
É subsidiário
Objeto:
Leis e atos 
normativos 
Municipais.
Pré-
Constitucionais.
Não podem ser 
objeto de ADI:
•Proposta 
de Emenda 
Constitucional ou 
Projeto de Lei;
•normas 
constitucionais 
originárias;
•normas pré-
constitucionais;
•Súmulas 
Vinculantes
Aspectos 
procedimentais:
Deve haver relevante 
controvérsia judicial.
•Princípio da presunção 
de constitucionalidade 
das leis.
Serão ouvidos 
sucessivamente: 
AGU e PGR 
que deverão 
manifestar no 
prazo de 15 dias.
Ausência de prazo 
para a prestação 
de informações 
pelas autoridades, 
inexistência de menção 
à participação do AGU.
Deve haver a 
participação do PGR
Manifestação do AGU 
logo após do PGR.
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Ana Paula Blazute
ADI ADC ADO ADPF
Não é possível 
a intervenção 
de terceiros, 
mas admite-se o 
amicus curiae.
A decisão que 
admite ou 
inadmite o 
amicus curiae é 
irrecorrível.
Não é possível a 
intervenção de 
terceiros, mas admite-
se o amicus curiae.
A decisão que admite 
ou inadmite o amicus 
curiae é irrecorrível.
Não é possível a 
intervenção de 
terceiros, mas admite-
se o amicus curiae.
A decisão que admite 
ou inadmite o amicus 
curiae é irrecorrível.
Não é possível 
a intervenção 
de terceiros, 
mas admite-se o 
amicus curiae.
A decisão que 
admite ou 
inadmite o 
amicus curiae é 
irrecorrível.
Medida Cautelar:
102, I, “P” e art 10 
e 11 da 9868/99
É admita 
mediante 
MAIORIA 
ABSOLUTA DO 
STF, eficácia:
erga omnes e 
vinculante;
não retroativos, 
EX NUNC.
Medida Cautelar:
É admita mediante 
MAIORIA ABSOLUTA DO 
STF.
Medida Cautelar:
É admita mediante 
MAIORIA ABSOLUTA 
DO STF.
Medida Cautelar:
É admita 
mediante 
MAIORIA 
ABSOLUTA DO 
STF.
Decisão definitiva:
ERGA OMNES 
(exceção art 27 
9868/99)
EX 
TUNC(retroativos) 
podendo ser 
modulado para 
EX NUNC.
Decisão definitiva:
ERGA OMNES (exceção 
art 27 9868/99)
EX TUNC(retroativos) 
podendo ser modulado 
para EX NUNC.
Decisão definitiva:
ERGA OMNES (exceção 
art. 27 9868/99)
EX TUNC(retroativos) 
podendo ser modulado 
para EX NUNC.
Decisão definitiva:
ERGA OMNES 
(exceção art 27 
9868/99)
EX 
TUNC(retroativos) 
podendo ser 
modulado para 
EX NUNC.
13) Art. 103 CF
* Legitimados Universais (U)
* Legitimados Especiais (E) – devem demonstrar pertinência temática
Quem precisa de Advogado (A)?
3 pessoas 3 mesas 3 entidades
Presidente da República 
(U) Mesa do SF (U)
Conselho federal da 
OAB(U)
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3 pessoas 3 mesas 3 entidades
Procurador Geral da 
República (U) Mesa da CD(U)
Partido político com 
representação no 
Congresso Nacional(U)
(A)
Governador (E)
Mesa das assembleias 
legislativas ou câmara 
distrital (E)
Confederação Sindical 
ou entidade de classe 
de âmbito Nacional (E)
(A)Obs.: � 1) O governador pode impugnar normas editadas em outras entidades da federação, 
exemplo: o governador de Goiás propõe ADI para impugnar norma editada no Estado 
do Acre, a partir da demonstração que a proposição da norma ofende, de alguma 
forma, os interesses do Estado no qual ele exerce a governança.
 � 2) Os partidos políticos devem estar representados no Congresso Nacional, o que 
exige que possuam, ao menos, um membro que integre a Câmara dos Deputados ou o 
Senado Federal. Basta um único representante.
 � A perda de representação do partido político no Congresso Nacional, após o ajuiza-
mento da ADI, não descaracteriza a legitimidade para o prosseguimento da ação. A 
aferição da legitimidade dever ser feita na PROPOSITURA da ação.
 � 3) O partido político deve estar representado por seu diretório nacional.
 � 4) A legitimidade se afere na propositura da ação, logo se o parlamentar perder a repre-
sentação posteriormente o partido político permanece no polo ativo.
 � 5) A entidade só é considerada de âmbito nacional se estiver presente em pelo menos 
9 Estados da federação, salvo em virtude de relevância nacional da atividade.
 � 6) A entidade integrada apenas por um segmento de classe que representam não têm 
legitimidade para ajuizar ADI.
 � Exemplo: Associação dos professores do ensino médio ajuizou as ações no STF. Isso 
representa apenas parte da categoria profissional, logo a ADI deve ser extinta.
 � 7) Não tem legitimidade para ADI as federações sindicais e os sindicatos nacionais;
 � 8) Efeito Repristinatório da declaração de inconstitucionalidade – Art 11§2 da lei 
9.868/99:
 � É um efeito tácito. Segundo a norma, salvo expressa manifestação contrária, a conces-
são de medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente.
 � 9) No Brasil adotamos a teoria da nulidade, pois a declaração de inconstitucionalidade 
afeta o plano de validade. Caso seja declarada inconstitucional é nula desde o nasci-
mento.
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Obs.: � A teoria da nulidade foi flexibilizada, logo é possível a modulação dos efeitos tempo-
rais da sentença.
 � 10) As decisões no controle concentrado não vinculam o legislativo e o próprio STF.
7. Ações do controle concentrAdo
1. Ação dIretA de InconstItucIonAlIdAde
Obs.: � Processo Objetivo - os requerentes são figurantes processuais, não são partes propria-
mente ditas.
 � Legitimados do Controle Concentrado: Art.103 CF. Rol Taxativo
Não possuem Capacidade Postulatória:
− Partido Político com representação no CN
− Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito Nacional
• Legitimados especiais: (pertinência temática) – Sob pena da ação não ser conhecida 
por ausência de legitimidade ad causam.
− Mesa da Assembleia Legislativa ou Câmara Distrital
− Governador
− Confederação sindical ou Entidade de Classe de âmbito nacional.
Obs.: � Lei 9.868/99
Art. 3º A petição indicará:
I – o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em 
relação a cada uma das impugnações;
II – o pedido, com suas especificações.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita 
por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo 
impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
Art. 6º O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato 
normativo impugnado.
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento 
do pedido.
Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
Art. 8º Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da 
União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze 
dias.
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Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão 
da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência 
dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pro-
nunciar-se no prazo de cinco dias.
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo 
somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segu-
rança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de 
dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha 
eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Obs.: � Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constitui-
ção, cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declara-
tória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
• A mesa do CN não é legitimada do controle concentrado.
• Os partidos políticos devem estar representados no CN. Basta um único membro da CD 
ou do SF.
• Deve estar representado por seu Diretório Nacional
(Ilegitimidade ativa ad causam de Diretório Regional).
A entidade de classe só será considerada de âmbito nacional se estiver presente em pelo 
menos 9 Estados da Federação (1/3 da Federação), salvo em virtude da relevância nacional da 
atividade.
Entidades representas apenas por um segmento da classe não tem legitimidade para 
ajuizar ADI!
As federações sindicais e os sindicatos nacionais não podem ajuizar ADI.
Obs.: � OBJETO
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Podem ser impugnados por ADI:
Leis e atos normativos federais e 
estaduais.
Emendas Constitucionais
Leis Ordinárias/ Complementares
Leis delegada
Medidas provisórias
Decretos Legislativos
Decretos Autônomos
Tratados e convenções 
internacionais.
Não podem ser impugnados por 
ADI:
PEC ou PL
Normas Constitucionais originárias
Leis e atos normativos editados 
anteriormente à norma 
constitucional invocada como 
parâmetro.
Súmulas e Súmulas Vinculantes.
Respostas a consultas no TSE
Atos normativos secundários
Sentenças normativas e convenções 
coletivas
Leis e outros atos normativos 
revogados
MODELO
007. (EXAME XXVI) Com o objetivo de zelar pelo primado da ética, a Assembleia Legislativa 
do Estado Alfa aprovou e o Governador do Estado sancionou uma minirreforma política, que 
direcionaria as eleições seguintes para os cargos de Deputado Estadual do

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