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Zoologia Aquática - Ambientes Aquáticos, Cnidária, Poríferas

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Zoologia Aquática – Revisão
1 -Classificação dos Seres Vivos
Taxonomia ou Sistemática – Ramo das ciências naturais que se ocupa na classificação dos organismos.
Sistemática – estudo das relações de parentescos entre organismos. Ex: comparação morfológica, molecular. Não é uma área estática da biologia podendo alterar-se com novas descobertas.
Taxonomia – diz respeito às regras de nomenclatura, tais como: dar nomes às espécies, gênero e famílias.
Classificação – refere-se a prática de agrupar os táxons em categorias hierárquicas como: filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. O trabalho classificatório processa-se em 2 etapas:
	1 – Trabalho analítico -> Descrição do organismo.
	2 – Trabalho sintético -> Formação de grupos mais amplos.
Por que classificar os organismos?
Alta biodiversidade existente no planeta leva à necessidade de classificar e de denominar as espécies.
Classificação de Whittaker (1969)
5 Reinos: Baseado nas características morfológicas e fisiológicas (M.E)
Reinos:
Monera: Procariotos;
Protistas: Eucariotos unicelulares, protozoários sem parede celular e algas com parede celular;
Fungi: Eucariotos aclorofilados;
Plantae: Eucariotos clorofilados (vegetais);
Animalia: Eucariotos (animais).
Novo sistema de classificação
C. Woese (1977): baseado nos aspectos evolutivos (filogenética), 2 tipos de células procariotas e 1 de célula eucariotica.
Propôs elevar os 3 tipos de células para um nível acima de Reino, Domínios: 
Archaea – procariotos que não possuem peptideoglicana na parede celular e vivem em ambientes extremos e possuem processos metabólicos incomuns como, metanógeno, halófilos extremos e hipertermófilos.
Bactéria – procariotos que possuem peptideoglicano na parede celular, todos procariotos patogênicos e outros não patogênicos, encontrados na água ou no solo e são autotróficos.
Eukarya – Reino Protista (algas clorofiladas e outros pigmentos (solo e água), protozoários apigmentados, móveis, sem parede celular, nutrição por ingestão; reino fungi (fungos aclorofilados com parede celular, nutrição por absorção), reino plantae (metaphyta, plantas multicelulares, vasculares, inclui alguns tipos de algas – as briófitas) e reino animalia (metazoa, animais multicelulares com 34 filos).
Características gerais dos animais:
Simetria – Assimetria, esférica, radial e bilateral.
Segmentação – Repetição de partes do corpo do animal (metameria).
Desenvolvimento embrionário – Clivagens do zigoto – inicio da multicelularidade – animais metazoários, clivagens podem ser radial (Deuterostôsmios – blastóporo origina o ânus) ou espiral (Protostômios – blastóporo origina a boca).
Organização das células em tecidos embrionários darão origem a partes específicas no indivíduo adulto:
	Ectoderme – revestimento externo.
	Endoderme – revestimento interno da cavidade gástrica.
	Mesoderme – células organizadas em tecidos e órgãos.
Animais diblásticos – ecto e endoderme (poríferos e cnidários).
Animais triblásticos – 3 folhetos germinativos, demais grupos de animais pluricelulares, classificados quanto a cavidade do corpo: acelomados (sem espaço além daquele do trato digestivo; mesênquima e músculos preenchem a região entre o trato digestivo e a epiderme), blastocelomados (pseudocelomado) (com blastocele subsistente entre o trato digestivo e parede celular), celomados (com celoma verdadeiro – cavidade mesodérmica).
Formação do celoma:
- Esquizocélica – anelídeos, artrópodes e moluscos. Celoma se forma a partir de fendas internas surgidas nas massas mesodérmicas do embrião.
- Enterocélica – equinodermos e cordados. Celoma se forma a partir de bolsas que brotam do teto do intestino primitivo.
2 – Ambientes Aquáticos
Biomas – áreas com ecossistemas específicos – são grandes ecossistemas.
Biomas aquáticas – límnicos (água doce, ex: rios, lagoas, lagos e represas, características variáveis: temperatura, turbidez, movimento das águas, gases - O2 e CO2 - e sais minerais dissolvidos – nutrientes; podem ser lênticos – águas paradas, mas com renovação, podem ser de água salina, doce, em ambiente continental ou costeiro, sendo estes totalmente ou parcialmente circundados por terra firme, em grandes lagos: zona litorânea, zona límnica e zona profunda - ou lóticos – águas correntes, em constante movimento, grande oxigenação, rico em nutrientes inorgânicos – erosão das margens -, plâncton não é definido e seres adaptados à correnteza), talássicos (água salgado) e estuarinos (água salobra).
Classificação dos organismos:
Plâncton: Organismos flutuantes que se deixam transportar pelas correntes. Dividem-se em fitoplâncton (algas unicelulares) e zooplâncton (pequenos animais).
Nécton: Organismos que vivem em plena água, que são capazes de se deslocar ativamente contra as correntes (peixes, tartarugas).
Bentos – Organismos que vivem fixos no fundo, sobre outros organismos ou dentro do lodo do fundo (vermes).
Classificação dos ecossistemas lênticos:
1 - Quantidade de Nutrientes:
Refere-se ao estado nutricional de um lago ou reservatório. Os principais são:
Oligotrófico: águas claras; baixo enriquecimento com nutrientes; pouco desenvolvimento planctônico; baixa produtivivdade; poucas plantas aquáticas; areia ou rochas ao longo da maior parte da costa; peixes de água fria e elevado teor de oxigênio dissolvido.
Mesotrófico: moderado enriquecimento com nutrientes; moderado crescimento planctônico; alguma acumulação de sedimentos na maior parte do fundo; e , em geral, suporta espécies de peixes de águas mais quentes.
Eutróficos: elevado enriquecimentode nutrientes; muito crescimento planctônico (alta produtivivdade); extensa área coberta com plantas aquáticas; muita acumulação de sedimentos no fundo; e contém apenas espécies de peixes de águas quentes. Eutrofização – desastre ambiental – após enchentes catastróficas assoreamento ou rompimento de dique, o enriquecimento com nutrientes (P, N, C) das águas conduz a uma proliferação exagerada da flora aquática, ao ponto de prejudicar a fauna, obstruir condutos e impedir a navegação.
Hipertrófico – enriquecimento máximo de nutrientes; número excessivo de algas e plantas aquáticas (ao ponto de impedir ou dificultar a navegação). Exige intervenção do homem.
2- Temperatura:
As águas superfícies são mais quentes e menos densas do que as águas profundas – menor quantidades de energia térmica alcança as camadas mais profundas do lago. A zonação baseada na estrutura térmica é dividia em:
Epilímnio – camada superior dos lagos, até 1,5m, onde a água é mais quente e circulante, rica em oxigênio.
Metalímnio – camada intermediária, de 1,5m a 3,5m, caracterizada por uma rápida variação na temperatra e no oxigênio com o aumento da profundidade.
Hipolímnio – camada inferior dos lagos, abaixo de 3,5m, onde a água é mais fria e não circulante, pobre em oxigênio.
Talássicos
Mares e oceanos, regiões com a maior variedade de vida do planeta. Cobrem 70% da superfície terrestre, são profundas e contínuos; salinidade (≈35g/L); marés e correntes provocadas pelos ventos e a própria rotação da Terra; temperatura (-2°C e 32°C). Ambiente estável.
Classificação dos ecossistemas marinhos:
1 – Quantidade de luz solar:
Eufótica – zona iluminada do ecossistema, onde a produtividade primária é intensa (100 – 200m no oceano).
Disfótica – zona fracamente iluminada (200 – 300m).
Afótica – zona totalmente obscura, onde é ausente a vida vegetal, predominando a fauna de carnívoros (300m pra baixo).
2 – Localização – zonação horizontal:
Vai da costa para o mar aberto, a distribuição da fauna e da flora depende essencialmente da temperatura da água e da quantidade de alimento disponível.
Zona litorânea – correspondente à praia e costões rochosos, ora cobertos por água e ora expostos ao ar.
Zona nerítica – situada sobre a plataforma continetal e sua profundidade
 pode atingir 200m. Rica em plâncton, nécton e bentos.
Zona oceânica – corresponde ao mar aberto.
3 – Profundidade – zonação vertical:
Abrange toda a massa de água marinha separando-apor faixas de profundidade desde a superfície até o fundo oceânico, determinada pela intensidade de luz solar, pela presença de nutrientes e pela pressão e temperatura da água, cada ambiente é representado pelas comunidades planctônicas, nectônicas e bentônicas.
Zona sublitoral – a plataforma continental.
Zona batial – entre 200m e 2000m
Zona abissal – 2000m e 6000m – água uniformemente fria e com pouca movimentação.
Zona hadal – 6000 e 11000m – nas fendas oceânicas.
Marés:
Movimentos que as águas e a atmosfera executam quando são influenciadas pela atração gravitacional de outros astros próximos, como o Sol e a Lua. Conforme o posicionamento da Lua, ela pode estar influenciando com mais ou menos intensidade as águas e os mares, da mesma forma que quando existe um alinhamento de astros, a atração é ainda mais forte. As marés sobem e descem no mesmo dia em função do movimento de rotação da Terra. São ainda mais fortes na região equatorial da Terra, devido a força centrífuga existente no planeta.
Tipos de Marés:
1- Altura da maré:
Maré alta ou preia-mar – quando a água do mar atinge sua altura mais alta dentro do ciclo das marés.
Maré baixa ou baixa-mar – quando a água do mar atinge sua altura mais baixa dentro do ciclo das marés.
2 – Fase da Lua:
Durante as fase de lua cheia e nova, a Lua e o Sol estão alinhados e os seus efeitos se somam, trata-se das marés vivas – altos coeficientes de marés quando ambos os astros se alinham. Existe um comprovado aumento na atividade dos peixes quando marés vivas ocorrem, sobretudo se estas coincidem com o amanhecer, sendo estes os melhores dias para pescar.
Estuarino (berçarios da vida marinha)
São corpos d’água semi fechados onde ocorrem os processos de mistura das águas marinhas e fluviais. Marcados por intensa variação de suas propriedades físico-químicas, resulta em um ambiente estressante para os organismos (pobre em número de espécies residentes), principais parâmetros são: salinidade, substrato, temperatura, ondas e correntes, turbidez e oxigênio. Os animais marinhos são os mais numerosos em termos de espécies nos estuarinos podendo serem classificados em: estenohalinos (tipicamente marinhos, não toleram mudança de salinidade; restritos a boca dos estuários, e geralmente são as mesmas espécies encontradas no mar), eurihalinos (toleram mudanças na salinidade, e são capazes de se deslocar para o interio do estuário), dulceaquícolas (derivado da água doce, parte do ciclo de vida no estuário) e estuarinos (organismos residentes do estuário que toleram ampla variação de salinidade).
Manguezais
Compreendem as áreas entre-marés colonizadas por uma vegetação arbórea adaptada a um substrato inconsolidado, anóxico e sujeito à grandes variações de salinidade.
3 – Reino Protista
Unicelulares eucariontes, podem ser heterótrofos (protozoários) ou autótrofos (algas unicelulares), habitat específico mas sempre úmido, grupo muito antigo (pré-cambriano). Importancia geral: consumidores de fitoplâncton (a base alimentar nos ecossistemas aquáticos), servem de alimentos em cultivos de organismos aquáticos, consumidores de bactérias em ambientes ricos em matéria orgânica e aceleram o fluxo de energia em sistemas aquáticos, se alimentam de partículas não aproveitadas pelo zooplâncton, retornando – as de modo que possam ser consumidas. 
Divididos, por muito tempo, por causa da locomoção e nutrição:
Mastigophora (Flagelados) – podem ser fitoflagelados (algas com cloroplastos) ou zooflagelado (sem cloroplastos). Locomovem -se por flagelos.
Filo Euglenida – maioria de água doce, maioria solitária e algumas colonias, ampla variedades de forma, maioria heterótrofos (1/3 fotoautótrofos verdes), muito comuns em corpos d’água ricos em matéria orgânica em decomposição, organismos indicadores de qualidade de água.
Filo Dinoflagelados – todos ambientes aquáticos (90% marinho), maioria é fotossintética, produtores primários em muitos ambientes aquáticos, podem apresentar bioluminescência, algumas formam colônias filamentosas. Maré vermelha – causada ocasionalmente por alguns dinoflagelados (surto de crescimento populacional), densidade chega a ser de 100 milhões por litro, causadas, principalmente, por poluentes orgânicos de descargas terrestres, são muito tóxicos (saritoxina) interferem nas células nervosas e impedem a transmissão normal dos impulsos, comedores de suspensão como os gastrópodes e bivalves, acumulam essas toxinas, podendo causar a morte de quem come esses animais (doença envenenamento paralisante por frutos do mar – paralisia muscular e falência dos órgãos), brevetoxinas liberadas por Gymnodiminium breve causa envenenamento neurotóxico por frutos do mar, efeitos intestinais colaterais, diarréias, vômito e dore abdominais.
Ciliophora (ciliados) – locomovem-se por cílios. Comuns nos bentos e plâncton, água doce, salobra, marinha e filmes de água no solo. Errantes, sésseis, ecto ou endossibiontes e parasitas. Utilizados para indicar a qualidade de água e para classificar a água em sistemas de tratamento de esgotos. Cílios são organelas locomotivas ou de captura de alimentos, boca ciliar ou citóstomo. Presença de 2 núcleos: vegetativo – macronúcleo (sintese de Rna e Dna) e reprodutivo – micronúcleo (sintese de DNA).
Doença dos pontos brancos – causam irritações no tegumento-íctio.
Tricodiníase
Sarcodina (rizópodes) – locomovem-se por pseudópodes.
Marinhos, doce, filmes de água no solo. Maioria de vida livre, endossimbiontes e parasitas. São mutáveis (mudança do citoplasma). Os pseudópodes podem ser classificados em: lobódopos (grossos e largos), filópodos (longos e finos) e reticulópodos (ramificados).
Filo Granuloreticuloso – características de ambientes aquáticos dos polos do equador, maioria bentônica. Foraminíferos são os mais comuns. Conhecimento das alterações oceanográficas e climáticas registradas no nosso planeta. Fósseis – datação de rochas e reconstrução de paleoambientes (não são indicadores de petróleo). Determinar a idade relativa dos sedimentos onde estão presentes e estimar a profundidade, temperatura, salinidade da água dos mares em que viveram.
Sporoza (esporozoários) – sem estrutura de locomoção.
4 – Filo Porífera
Animais aquáticos, sésseis e de tamanho váriavel (1mm a 2m de diâmetro). Do latim porus (poro), ferre (possuir). Marinhas (região entremarés até grandes profundidades) e dulcícolas (poucas espécies). Simetria ausente ou radial, sem órgãos ou tecidos verdadeiros, células com alto grau de independência (multicelulares), corpos com muitos poros, canais ou câmaras (por onde a água passa), algumas ou todas as superfícies internas revestidas por coanócitos (células flageladas com colarinho), geralmente com esqueleto interno de espículas ou fibras orgânicas (rede de espongina), digestão intracelular, reprodução assexuada ou sexuada.
Corpo organizado em 3 camadas: 
Pinacoderme – camada achatada de células chamadas de pinacócitos, que reveste o animal externa e internamente ao longo dos canais. Pinacócitos tem função de revestimento e proteção. 
Superfície é perfurada por poros inalantes (óstios – entrada de água, alimento e oxigênio) – abrem-se na cavidade interior (átrio – circulação da água e nutrientes) – que se comunica com o exterior (ósculos – saída da água e nutrientes não aproveitados).
Poros – formadas por células derivadas dos pinacócitos (porócitos - regulação do diâmetro dos óstios, podem abrir e fechar os poros, regulam a entrada da água e nutrientes).
Mesoílo – abaixo da pinacoderme, com vários tipos celulares imersos no mesênquima. Esqueleto orgânico – fibras de espongina (proteína fibrosa semelhante ao colágeno) ou inorgânica – espículas calcárias ou silicosas (função de sustentação), existem vários tipos de espículas que ajudam na identificação das espécies. Tipos de células no mesoílo: 
Amebócitos – células grandes com núcleos grandes, são fagocitárias, elas participam da digestão, reprodução e regeneração. São capazes de formar outros tipos de céluas (totipotentes) com diferentesfunções.
Esclerócitos – secretam o esqueleto de espícula ou de espongina, produção das espículas calcárias ou silicosas. 
Coanoderme – reveste o átrio. Circulação da água – oxigenação, alimentação e eliminação de gametas e excretas.
Coanócitos – células ovóides com uma extremidade projetada para o átrio, com um flagelo circundado pelo colarinho contrátil, cheio de microvilosidades. Responsáveis pelo movimento da água, que é produzida pelo movimento dos flagelos, através da esponja e pela obtenção de alimentos. Ficam nas câmaras coanocitárias.
Sistema Aquífero:
Conjunto de canais e câmaras cujo padrão de organização pode ser de 3 tipos:
Asconóide – mais simples com uma câmara interna única (átrio), forma tubular (forma aglomerados de tubos).
Siconóide – Apresentam vários canais e câmaras, geralmente de distribuição radial desembocando em átrio comum. Parede do corpo dobrada horizontalmente, produzindo bolsas externas de fundo cego revestidas por coanócitos (canais radiais) que recebem água.
Leuconóide – mais comuns, complexas em função dos numerosos canais e camadas que apresentam, canais radiais sofreram evaginações formando pequenas câmaras flageladas e o átrio é apenas o canal hídrico que levam ao ósculo.
Alimentação:
Filtradoras de matéria orgânica, bactérias, dinoflagelados e organismos planctônicos. Partículas de alimentos são selecionadas com base no tamanho durante a filtração, partículas minúsculas passam pelos poros e são captadas pelos coanócitos. O amebócito é o principal local de digestão intracelular (dentro do vacúolos digestivos). 
Detritos da digestão e excretas nitrogenados (amônia) saem pelas correntes de água. Trocas gasosas – difusão entre a água circulante e as células. Não existe células sensoriais especiais, nem células nervosas, as reações são locais.
Reprodução:
Pode ser:
1 - Assexuada:
Regeneração – partes da esponja origina outro organismo (células totipotentes – amebócitos).
Brotamento – os brotos se formam no corpo da esponja, que se solta e dá origem a um novo indivíduo (desenvolvimento direto).
2 – Sexuada:
Gametas são lançados para fora com a correnteza da água, a fecundação é externa e formam larvas. 
Alguns gametas penetram na esponja, fecundação na esponja, formam larvas, que saem nadando pelo ósculo, fixa-se a um substrato, cresce e transforma-se num adulto (desenvolvimento indireto).
3 – Gemulação:
Ocorre nas esponjas de água doce, formação de pequenas estruturas dentro das esponjas (gêmulas), pacote de amebócitos abrigados em um envoltório resistente que contém espículas, resistem à falta de água durante a estação seca e quando a água retorna, originam novas esponjas.
Métodos de cultivo
Método da corda, com baixo custo de investimento, produzindo 100% de esponjas naturais sem adição de produtos químicos. Demoram cerca de 2 anos para atingir o tamanho de colheita.
Boas indicadoras da qualidade da água, e seu uso no monitoramento ambiental tem sido recomendado por alguns pesquisadores, organismos sésseis e filtradores, fortemente influenciada pela qualidade da água.
Produzem uma grande diversidade de metabólitos secundários, grande interesse para a farmacologia. 
Sua estrutura inspira a produção de fibras óticas para telecomunicações.
Classificação
Classe Calcarea – fixam em algas, conchas. Podem ser ascon, sicon ou leucon. Única classe que possui as ascon.
Classe Hexactinellida – esponjas de vidro. Apresentam espículas de sílica, o mesmo material constituido do vidro. São as mais simétricas e individualizadas dentre as esponjas. 
Classe Demospongia – 95% das esponjas. São as maiores esponjas marinhas, podem chegar a 1m de altura e diâmetro. Todas leuconóides e com esqueleto calcário ou espongina.
5 – Filo Cnidários
Águas vivas, anêmonas do mar, corais, hydra. Ambientes aquáticos, principalmente marinhos. Podem ser microscópicos até 2m de diâmetro e com tentáculos que chegam a 30m. Podem ser planctônicos ou bentônicos, região entremarés até as grandes profundidades do equador aos pólos. Maior diversidade em águas rasas tropicais (águas vivas, corais pétreos, octocorais). Como representantes de água doce temos as hydras.
Simetria radial. Diblásticos: parede do corpo formado por epiderme externa e gastroderme interna, entre as duas mesogléia, fina ou espessa, celular ou acelular, apoio elástico ao corpo. Eixo corporal primário oral-aboral. Boca circundada de tentáculos, única abertura para a cavidade gastrovascular. Possui uma cavidade digestiva, um saco simples ou dividos em câmaras, bolsas ou canais.
Dois tipos morfológicos:
Pólipos – fixo, adaptação a vida bentônica, corpo tubular com extremidade aboral fechada.
Medusa – natação livre e corpo gelatinoso em forma umbrella.
Não há órgãos respiratórios, circulatórios ou excretores (por difusão). Digestão: extra e intracelular. Após a ingestão, células da gastroderme secretam enzimas digestórias, depois as partículas são fagocitadas por células epitélio-digestórias. Não há sistema nervoso central, apenas uma rede nervosa simples, composta em grande parte por neurônios nus e não-polares. Possuem estruturas adesivas ou urticantes exclusivas (cnidas), são produzidas nos cnidócitos; as mais comuns são os nematocistos (abundantes nos tentáculos).
Classificação
Subfilo Anthozoaria – espécies unicamente polipóides.
Classe Anthozoa – Solitários ou coloniais, estágio de medusa ausente. Anemonas-do-mar, cerianthus. Maioria é colonial (corais pétreos, octocorais, renilas,etc). Maior diversidade nos recifes coralinos. Superfície oral se expande-se em um disco oral, com boca oval ou em fenda ao centro. Tentáculos periféricos ocos. Boca conduz a um actinofarinje, invaginação da ectoderme, mesogléia e endoderme, forma de tubo ovalado, (sifonóglifo) direciona a corrente de água para a cavidade gastrovascular. Os corais pétreos formam um esqueleto externo de carbonato de cálcio secretado pela epiderme da base dos pólipos, tem importante associação com zooxantelas, os corais vivem em simbioses com essas algas microscópicas, responsáveis pela formação de enormes colônias. Graças a fotossintese, elas transformam o CO2 em oxigênio e compostos orgânicos, que são aproveitados pelos corais. O consumo de CO2 faz com que o coral libere mais carbonato de cálcio e o zooxanteia recebe abrigo e sais, que funcionam como fertilizantes para as algas, que o coral produz em seu metabolismo. Subclasse octocorallia são coloniais, a maioria ramificada, rígidas e fixas ao substrato.
Subfilo Medusozoa:
Classe Hydrozoa – maioria marinhos e colôniais, mas únicos presentes em água doce (Hidras – pequenos pólipos cilíndricos com 1cm ou mais e diâmetro de cerca de 1mm). Tipicamente polipóide (corpo ou coluna é cilíndrico). Extremidade aboral, disco basal, função de aderir ao substrato, células glandulares produtoras de mucos. Extremidade oral, circundada de tentáculos, no centro hipostômicos (estrutura cônica ou arredondada em cujo ápice está a boca). Camada de células externa e transparentes (epiderme). Camada interna, gastroderme, mais escura ou com zooclorelas (algas verdes), reveste a cavidade gastrovascular e prolonga-se nos tentáculos. Nematocistos grupo ou bactérias aparecem na epiderme dos tentáculos e em menor número no corpo. Fase polipóide dos hidrozoários formam agrupamentos densos em rochas, as colônias são pequenas e ficam em rochas nas regiões entremarés de costões rochosos. Eles se modificam para exercer diferentes funções na colônia: gastrozoóide (alimentação), gonozoóide (reprodução – produzem as medusas por brotamento), dactilozoóides (defesa – produção de nematocistos).
Hidrocorais corais-de-fogo, potentes nematocistos, recobertos por carbonato de cálcio, formam esqueletos maciços semelhantes aos corais pétreos. 
Hidromedusas formas medusóides dos Hydrozoa, são planctônicas e pequenas, tem a forma umbrela (forma de pires ou guarda-chuva), aspecto gelatinoso e transparente, mesogléia espessa. Umbrela dividida em: Exumbrela (face convexa) e Subumbrela (facecôncava). Véu é a estrutura com fibrilas musculares que sai da margem da umbrela em direção ao centro da medusa e tem a função de auxiliar na locomoção ao diminuir a abertura subumbrelar. Manúbrio é a parte do centro da subumbrela, forma piramidal e boca na extremidade. Estatocistos são órgãos sensoriais, ficam entre os tentáculos. Gônadas quando desenvolvidas aparecem junto aos canais radiais. Ex: Olindias sambaquiensis é uma das maiores hidromedusas, Caravela portuguesa pode provocar queimaduras graves.
 Reprodução, alternância de gerações sexuada e assexuada (metagênese), envolve brotamento (assexuada) no estágio de pólipo e produção de gametas (sexuada) no estágio de medusa), são hermafroditas ou dióicos. Desenvolvimento indireto, larva e plânula.
Classe Scyphozoa – águas-vivas. Exclusivamente marinhas de águas tropicais e sub-tropicais. Estágio medusóide predominate e estágio polipóide pequeno, vida longa. Tem a forma de umbrela forma de pires com margem recortada em lobos. Tentáculos podem estar presentes ou ausentes e não há véu. Ropálios é a estrutura sensorial na margem da umbrela: contém estatocisto e ocelos (fotorreceptores). Manúbrio – boca extremidade, rodeada por 4 braços orais, muitos nematocistos para paralisar a presa. Reprodução sexuada (macho - espermatozoide – fêmea – zigoto – blástula – gástrula – plânula) – assexuada (fixação – cifistoma – estrobilo – éfira).
Classe Cubozoa – águas tropicais e sub-tropicais. Vespa-do-mar: muito tóxicas, casos fatais em humanos. Umbrela – forma cuboidal. Velário – dobra de subumbrela, semelhante ao véu das hidromedusas, mas posicionado mais internamente e não na margem e com presença de canais gastrovasculares. Ropálios – composto por estatocistos e ocelos simple ou olhos fotorreceptores altamente complexos. Pedálios – 4 extensões de mesogléia rígida na margem da umbrela, em cada um insere um tentáculo ou um grupo de tentáculos. Manúbrio – não se estende em braços orais como em Scyphozoa. Estômago – abre-se em 4 bolsas gástricas, separadas por 4 septos.

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