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RESUMO - HOMEM E SOCIEDADE

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RESUMO - HOMEM E SOCIEDADE 
A Antropologia nos permite entender melhor o contexto no qual os seres humanos desenvolveram suas culturas 
A natureza determina a formação e o comportamento de uma sociedade (forma que o ser humano desenvolveu para melhor sobreviver)
A cultura organiza as formas de organização entre os seres humanos → Organiza a sociedade
O comportamento é resultado da seguinte combinação:
Capacidades inatas → Já nascemos com elas
Influência da cultura 
História de vida pessoal
Referências de comportamento na sociedade → somos indivíduos sociais
A herança genética:
Ainda não se sabe o porque algumas pessoas têm determinadas habilidades. Algumas nos permitem ter sucesso em determinadas especializações 
A maioria das especializações podem ser aprendidas: cozinhar, plantar, construir… 
As heranças genéticas são percebidas mais facilmente com coisas que não aprendemos: correr muito rápido, cantar bem… 
Divisão Sexual no trabalho:
A cultura foi constituída para facilitar a procriação:
Mulheres cuidam das crianças → Homens caçam e garantem a segurança
A antropologia percebeu que a divisão de trabalho por gênero foi seguida por uma divisão de trabalho por qualidades inatas:
alguns caçam melhor outro pesca melhor; um cozinha melhor outro entende de plantação melhor; um tem força física para quebrar coisas outro corre mais rápido.
Tabus → regras de procriação → organização da família 
Essas regras determinam quem pode casar com quem: pai não casa com filha 
Filhos são entendidos como bens/propriedade 
Assim os pais obtêm a aliança do homem escolhido para casar com a filha 
A Teoria da Evolução:
 Charles Darwin foi o primeiro a perceber que a vida se desenvolve o tempo todo.
 A evolução não acontece por mutação da espécie, mas por extinção de uma espécie, que abre espaço para outra espécie.
Consequências da Teoria da Evolução:
Adaptação ao meio:
As espécies se adaptam ao meio ambiente porque as características genéticas mais bem sucedidas naquele meio acabam sendo transmitidas através das gerações.
Isto acontece porque os indivíduos da espécie que não nascem com as características necessárias para o sucesso morrem antes de procriar.
Este processo dura entre 100 e 200 mil anos.
O ser humano também viveu este processo de adaptação.
Nas tribos que formavam as populações na antiguidade, todas as pessoas eram muito parecidas.
Se lembramos dos vikings, dos esquimós ou dos zulus, lembramos também que eles eram muito parecidos entre si. 
Os antropólogos entenderam que este processo de desenvolvimento de métodos de sobrevivência – a forma original de cultura – facilitou a sobrevivência de apenas determinados indivíduos da tribo.
Por isso, nas antigas tribos, todos os indivíduos eram muito parecidos.
A evolução humana mudou com a agricultura:
Com a agricultura, o ser humano passou a ter uma nova relação com o meio ambiente. 
As tribos ficaram fixadas em determinados territórios e aprenderam umas com as outras a cultivar preferencialmente alguns alimentos. 
Aprenderam a desenvolver suas línguas a partir da imitação dos sons dos pássaros e da imitação dos próprios sons corporais.
A agricultura permitiu maior quantidade de alimento para todos. A comida foi, durante milênios, o bem mais precioso da humanidade.
Com o controle cada vez maior do fogo, o ser humano finalmente conseguiu trabalhar os metais, criando, assim, armas mais eficazes.
Dessa forma nasceram as primeiras civilizações.
 As primeiras civilizações 
As primeiras civilizações precisaram organizar as famílias por meio das regras de casamento, organizadas por tabus.
Assim, as populações puderam crescer na medida em que o ser humano ultrapassou a barreira que a natureza impõe através da seleção natural.
Havia comida suficiente e regras familiares para permitir que até mesmo os menos adaptados pudessem sobreviver. 
Período Neolítico – aproximadamente de 12.000 a 6.000 a.C. 
Começa a divisão sexual do trabalho, que determina as tarefas masculinas e as femininas, e a sociedade se divide em camadas sociais.
Primeiras manifestações religiosas, crenças em divindades.
Sedentarismo; surge a cerâmica e a tecelagem e a fundição de metais. 
Surge o comércio e o uso de moeda; surge a propriedade privada.
O período Neolítico termina com o domínio da escrita.
Com o aumento da população, as pessoas puderam se especializar mais no trabalho que faziam com mais facilidade.
Isso deu início à divisão do trabalho e também à hierarquia social. 
Os antigos caçadores se transformaram em guerreiros. Ao invés de caçarem animais, passaram a combater outras civilizações.
Quatro mil anos antes de Cristo, os seres humanos inventaram a escrita e passaram a escrever sua história
Na medida em que tentavam explicar as coisas da natureza, passaram a explicar o mundo através da invenção de deuses.
A primeira grande civilização foi a egípcia, pois eles aprenderam a lidar com o tempo observando as estrelas.
Dessa forma puderam planejar melhor a agricultura, tornando-se o reino do Egito o mais rico do mundo por quase três mil anos.
Também foram os primeiros a estruturar a sociedade de uma forma duradoura.
A invenção dos deuses
Como o comportamento social acaba permitindo a estrutura da sociedade, surge o espaço para diversas formas de expressão do indivíduo.
Para explicar os comportamentos psicológicos diversos, os seres humanos inventaram que estes comportamentos eram inspirados por diversos deuses.
Da mesma forma que os deuses influenciavam a natureza, deviam também influenciar os seres humanos.
Os deuses antigos eram organizados em famílias, pois assim ficava mais fácil explicar as características das pessoas dentro da família.
Como por séculos a principal tarefa dos homens era proteger a família, a hierarquia dos deuses era a mesma das famílias.
Os homens mandavam, pois eram os pais que tinham gerado os filhos.
Quando as tribos se formaram, a partir da expansão das famílias, nasceram as trocas.
As trocas são fruto da divisão do trabalho: eu caço, você pesca e aquela mulher cuida da plantação.
Para que todos tenham um pouco de tudo, são trocados os bens.
Quando as tribos precisavam que os deuses mudassem o comportamento da natureza, pediam para os deuses.
Rezavam para chover ou para parar de chover. Caso os deuses não ouvissem, sugeriam uma troca na forma de um sacrifício.
Primeiro sacrificavam animais para que os deuses “comessem” a oferenda.
As trocas também incluíam os filhos e filhas das famílias.
Os pais consideravam seus filhos como seus bens e trocavam o casamento deles por acordos de cooperação.
Uma família guerreira protegia uma família de agricultores, pois seus filhos eram casados.
Isso criou formas de hierarquia na sociedade, que sempre foram organizadas a partir das famílias dos guerreiros.
Para isso, a escrita e logo depois os números passaram a registrar tudo o que era trocado. Isto criou a organização social. Como estes registros são formas de comunicação, a antropologia moderna defende que a comunicação também é parte importante da vida do ser humano.
Uma troca simbólica é justamente o casamento dos filhos de duas famílias.
 O universo dos símbolos inclui todas as formas de comunicação humana e também nossa vida social. O símbolo é uma ferramenta humana para pensar e agir, e simbolizar nada mais é do que criar um símbolo para as convenções sociais.
A cerimônia não pretende determinar a posse dos filhos, mas principalmente os acordos entre as duas famílias.
Essa troca simbólica do casamento é que acabou determinando a importância da virgindade da mulher.
Criaram também a ideia de reciprocidade: eu faço algo por você e você retribui de alguma forma.
As trocas materiais e simbólicas acabaram por estruturar as relações sociais.
Novamente, a escrita serviu para documentar o que tinha sido trocado, qual tinha sido a combinação feita.
Para facilitar as trocas, criou-se o dinheiro, que eram moedas de metal precioso que serviam para dar maior liberdade aosistema de trocas.
Com isso nasceu o comércio, que era a profissionalização da atividade de trocas.
Com uma maior quantidade de bens materiais, surgiram os deuses para proteger o comércio e os comerciantes.
Nasceu também a justiça para regular a relação de trocas.
As trocas criam a moral
As trocas criam a necessidade de uma regulamentação que chamamos de justiça.
A justiça cria uma hierarquia de valores, determinando o que é justo e o que não é.
A essa hierarquia de valores damos o nome de moral.
A moral varia, portanto, de civilização para civilização.
No Ocidente, adotamos os valores morais da civilização judaica.
Seguimos os mandamentos que Moisés recebeu de Deus.
Então, nossos valores morais estão atrelados às trocas simbólicas que surgem a partir dos Dez Mandamentos.
O maior valor moral é simbólico:
O respeito. A partir dos valores morais organizamos nossos hábitos e costumes. Os hábitos e costumes são a cultura de uma sociedade. Quanto mais regras sociais conhecemos, inclusive de outros povos, mais temos cultura.
Os valores simbólicos, uma vez aceitos por uma sociedade, determinam todas as demais trocas materiais.
Assim percebemos que os valores simbólicos se baseiam em valores morais que organizam a justiça na sociedade.
Quanto mais os hábitos e costumes incluem o respeito, mais a sociedade inclui a aceitação da diversidade das pessoas.
Isto permite o combate ao racismo, à homofobia e colabora para a inclusão social dos deficientes físicos e mentais.
Os hábitos e os costumes acabam sendo representados por símbolos.
Isto permite à civilização a construção de significados.
Os hábitos e costumes acabam sendo nomeados de forma especial por uma língua.
Quando uma sociedade não tem um determinado hábito ou costume, acaba importando uma palavra e seu significado de outra língua.
Assim, as diferentes culturas acabam promovendo trocas simbólicas entre elas.
Às vezes estas trocas acabam por influenciar os costumes de uma civilização.
Os comportamentos são importados.
Os significados são importados.
Promovendo trocas simbólicas entre culturas, construímos o entendimento entre elas.
Com a construção do entendimento comum, diminuímos as diferenças entre as diversas sociedades.
Com a adoção de símbolos comuns, criamos um capital cultural.
W.H. Goodenough (1957) – “A cultura de uma sociedade consiste em tudo aquilo que se conhece ou acredita para influenciar de uma maneira aceitável os seus membros. A cultura não é um fenômeno material: não consiste em coisas, pessoas, condutas ou emoções, mas em uma organização de tudo isso.
“Cultura é um sistema simbólico, característica fundamental e comum da humanidade de atribuir, de forma sistemática, racional e estruturada, significados e sentidos às coisas do mundo”.
Aqueles que defendem as tradições tentam impedir as trocas simbólicas e defender uma forma antiga de ver o mundo.
Neste sentido, toda tradição está condenada a acabar.
Ideologia é um conjunto de ideias que organizam uma forma de pensar. Geralmente, as ideologias geram preconceitos contra quem pensa de forma diferente.
 A educação tem, por este motivo, a tarefa de diminuir as diferenças culturais. Isso se faz ensinando os códigos de convivência e cooperação social.
Quanto mais educação, mais trocas simbólicas acontecem.
Cultura:
Existem vários significados para cultura:
forma de fazer as coisas cotidianas;
formas de pensar;
arte de um povo.
A cultura pode ser estudada por meio da ciência:
Antropologia
Começou estudando sociedades primitivas. 
Hoje estuda as diversas formas de adaptação ao meio ambiente. Estuda, inclusive, os hábitos cotidianos. 
 Pesquisa sociedades e suas diversas formas de habitar o planeta.
A cultura de uma sociedade consiste em tudo aquilo que se conhece ou acredita para influenciar de uma maneira aceitável os seus membros. 
A cultura não é um fenômeno material: não consiste em coisas, pessoas, condutas ou emoções. 
É a organização de tudo isso.
Atos são todas as ações humanas.
As ações humanas são determinadas de formas diferentes, que dependem do sistema simbólico de um povo.
O sistema simbólico nasce com a utilização da língua.
Os valores são ideais abstratos.
Para manter os valores são criadas as normas e regras que as pessoas devem cumprir.
Essas normas criam a tradição.
A tradição normatiza a forma de viver em um determinado meio ambiente.
As regras da tradição visam a facilitar a sobrevivência.
Por isso, cada povo desenvolve suas tradições. 
O conjunto das tradições de um povo é sua cultura.
Na medida em que descobrimos novas coisas na medicina, na engenharia e na ciência em geral, modificamos nossos hábitos, portanto, nossa cultura.
Nossos hábitos mudam de acordo com as descobertas das ciências.
Esse é o papel das regras sociais, que aprendemos repetitivamente durante a vida, até que se tornem hábitos. O que torna possível essa educação para agir de acordo com as regras de uma sociedade é a socialização. Aprendemos regras do mundo doméstico, da escola, do convívio com amigos, do trabalho, da religião etc. Em cada universo social existem os valores que são mantidos pelo grupo e fazem parte das condutas pessoais.
Normas e valores são orientações para a conduta social e prevalecem em um grupo social. Os valores são responsáveis por noções coletivas que possibilitam aos indivíduos considerar/julgar as atitudes dos outros como “boas” ou “ruins”, “certas” ou “erradas”, “justas” ou “injustas”, comportamentos desejáveis e indesejáveis.
Já as normas nos ajudam a diferenciar entre condutas “próprias” ou “impróprias”. As regras são conjuntos de normas que regulam o nosso comportamento. Para todas as ocasiões sociais, aprendemos a segui‑las e, sem perceber, exigimos dos outros que também o façam.

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