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www.abacoaulas.com CÁLCULO 1: Derivadas Prof. Alexandre Ortiz Calvão DERIVADAS Derivada de uma função. A derivada de f em x é dada por f'(x)=Limx 0 [f(x+x)-f(x)]/x desde que o limite exista. Derivada de f(x) no ponto a é a inclinação da reta tangente ao gráfico de f no ponto (a,f(a)) f'(a)=Limx 0 [f(a+x)-f(a)]/x e determina a taxa de variação instantânea de f em a. A derivada como uma taxa de variação instântanea. A taxa de variação de f(x) em relação a x quando x=c é dada por f'(c). Taxa de variação média de f em [a,b] = [f(b)-f(a)]/(b-a) Esta relação é a inclinação da reta secante de f(x) em um intervalo [a,b]. As unidades de f'(x) são: Unidades de f(x)/Unidades de x. DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA. Método “a”. Dada uma equação envolvendo x e y, e supondo que y é uma função diferenciável de x, podemos encontrar dy/dx como a seguir: 1. Derive ambos os lados da equação em relação a x. 2. Junte os termos contendo dy/dx do lado esquerdo do sinal de igualdade e mova todos os outros termos para o lado direito. 3. Fatore dy/dx do lado esquerdo da equação. 4. Resolva para dy/dx dividindo ambos os lados da equação pelo fator do lado esquerdo que não contém dy/dx. Método “b”. Se y está definida implicitamente por uma equação como função de x, então, para calcular dy/dx devemos diferenciar a equação(lembrando de aplicar a regra da cadeia) (d/dx)f(g(x))=f'(g(x)).g'(x) FUNÇÃO IMPLÍCITA A maioria das funções com as quais trabalhamos é da forma y=f(x), em que y é dado diretamente, isto é, explicitamente, por meio de uma expressão definida em termos de x. No entanto, na resolução de problemas práticos, frequentemente a relação entre y e x é determinada por uma equação da forma F(x,y)=0, que não está resolvida para y. Uma equação F(x,y)=0 que têm como gráfico no plano xy uma curva, pode ser representada, por uma função, mais de uma função ou não admitir solução (neste caso não será gerado uma curva). A circunferência, por exemplo, é representada por duas funções y=+(1-x2)1/2 e y=-(1-x2)1/2, que dizemos ser funções definidas implicitamente pela equação x2+y2=1. A forma geral da função implícita é F(x,y)=0, F(x,y,z)=0 etc. Nem todas as funções definidas implicitamente são deriváveis em todos os pontos de seu domínio. As funções y=+(1-x2)1/2 e y=-(1-x2)1/2, não são deriváveis nos pontos extremos do intervalo, x=1 e x=-1. Exatamente nestes pontos, as retas tangentes às curvas são verticais. Em cursos mais avançados se estudam as condições que garantem quando uma função definida implicitamente é derivável. A derivação implícita é muito aplicada no estudo de taxas relacionadas. Informações dadas pela derivada Primeira derivada (crescente e decrescente) - Se f'>0 em um intervalo, então f é crescente nesse intervalo. -Se f'<0 em um intervalo, então f é decrescente nesse intervalo. Segunda derivada (concavidade) - Se f''>0 em um intervalo, então f é convexa, nesse intervalo. (côncava para cima) - Se f''<0 em um intervalo, então f é côncava, nesse intervalo. (côncava para baixo) Linearidade local - A reta tangente em (a,f(a)) é o gráfico de y=f(a) +f'(a)(x-a). - Aproximação pela reta tangente. Para valores de x perto de a, f(x) ≈ f(a)+f '(a)(x-a). A expressão f(a)+f'(a)(x-a) é chamada de linearização local de f perto de x=a. côncava convexa Pontos de inflexãoPonto de máximo Ponto de mínimo Ponto c/derivada não definida. Reta tangente vertical www.abacoaulas.com CÁLCULO 1: Derivadas Prof. Alexandre Ortiz Calvão APLICAÇÕES Reta tangente. Como achar a tangente à curva y=f(x) em (xo,yo) 1. Calcule f'(xo) para achar o coeficiente angular no ponto xo. 2. A equação da reta tangente será: y=yo+f'(xo) (x-xo) Retas com mesma inclinação (paralelas) tem mesmo coeficiente angular f'(xo) = g'(xo). Retas perpendiculares num ponto xo, tem protudo de seus coeficientes igual a menos um, isto é: f'(xo) . g'(xo) = -1 Reta normal. y=yo+(-1/ f'(xo)). (x-xo) GRÁFICOS: ESBOÇO MÉTODO. Para o esboço do gráfico de uma função f, sugerimos o roteiro: a) explicitar o domínio; b) determinar os intervalos de crescimento e de decrescimento; (derivada primeira) c) estudar a concavidade e destacar os pontos de inflexão. (derivada segunda) d) calcular os limites laterais de f, em p, nos casos: i) p ∉ Df , mas p é extremo de um dos intervalos que compõem Df. ii) p ∈ Df, mas f não é contínua em p. e) Calcular os limites para x -> +∞ e x-> - ∞; f) determinar ou localizar as raízes de f. Obs. Não há regras consistentes e rápidas garantidas para obtenção de todas as informações, que você pode querer sobre o gráfico de uma função. Regra de L'Hospital. Sejam f e g funções diferenciáveis em um intervalo aberto (a,b), com a possível excessão de um ponto c contido no intervalo. Se o limite de f(x)/g(x) quando x tende para c produz uma das formas indeterminadas 0/0 ou ∞/∞, então Limx-> c f(x)/g(x) = Limx-> c f'(x)/g'(x) desde que o limite à direita exista (ou seja, infinito) Comentários. 1. Descrevemos as formas do tipo 0/0 ou ∞/∞ como indetreminadas, já que o limite nesses casos pode existir ou não e, se existir, não sabemos qual é o limite. 2. Nem todos os limites envolvendo formas indeterminadas podem ser calculados por manipulação algébrica. 3. A indeterminação ∞/∞ pode vir de quatro formas: ∞/∞, (-∞)/∞, ∞/(-∞), (-∞)/(-∞). A regra de L'Hôspital pode ser aplicada em cada uma dessas formas. 4. A regra de L'Hopital só pode ser aplicada a quocientes que levam às formas indeterminadas 0/0 ou ∞/∞. A regra de L'Hôspital não é a regra do quociente. 5. Algumas vezes, torna-se necessária a aplicação da Regra de L'Hospital mais de uma vez para remover uma forma indeterminada. 6. Além das formas 0/0 ou ∞/∞, existem outras formas indeterminadas com: 0.∞, 1∞, ∞0, 00 e ∞-∞. Para resolvermos estes tipos, basicamente , tentamos converter cada uma dessas indeterminações a uma das formas onde a Regra de L'Hospital se aplica, isto é, 0/0 ou ∞/∞. Método 1 passo. Aplique o limite 2 passo. Se deu uma indeterminação do tipo 0/0 ou ∞/∞ vá para o 4 passo. Caso contrário vá para o 3 passo. 3 passo. Aplique uma transformação que caia na indeterminação do tipo: 0/0 ou ∞/∞. 4 passo. Diferencie o numerador e o denominador e aplique o limite. 5 passo. Se a indeterminação foi resolvida vá para o 6 passo. Se a indeterminação não foi resolvida volte par o 4 passo. 6 passo. Fim. Limite encontrado TAXAS RELACIONADAS Problemas nos quais uma taxa conhecida é usada para calcular uma outra taxa, que estão relacionadas através de uma função, são chamados, muitas vezes, de problemas de taxas relacionadas. As ferramentas utilizadas são: a derivada de funções implícitas e regra da cadeia. Uma Estratégia para Resolver Problemas de Taxas Relacionadas. Passo 1. Desenhe uma figura e classifique as quantidades que variam. Passo 2. Identifique as taxas de variação que são conhecidas e a taxa de variação que é para ser encontrada. Passo 3. Ache a equação que relacione a quantidade, cuja taxa de variação é para ser encontrada com as quantidades cujas taxas de variação são conhecidas. Passo 4. Diferencie ambos os lados desta equação em relação ao tempo e resolva para a derivada que dará a taxa de variação desconhecida. Passo 5. Calcule esta derivada em um ponto apropriado( ou pedido). MÁXIMOS e MÍNIMOS MÁXIMOS E MÍNIMOS LOCAIS. f tem um máximo local em p se f(p) é maior ou igual ao valor de f emtodos os pontos próximos a p. f tem um mínino local em p se f(p) é menor ou igual ao valor de f em todos os pontos próximos a p. MÁXIMOS E MÍNIMOS GLOBAIS em um intervalo. f tem um máximo global em p se f(p) é maior ou igual ao valor de f em todos os pontos do intervalo. f tem um mínimo global em p se f(p) é menor ou igual ao valor de f em todos os pontos do intervalo. PONTO CRÍTICO. Um ponto crítico de uma função f(x) é um ponto no domínio de f onde f'(p)=0 ou f'(p) não está definida. Teorema. Os máximos e mínimos que não ocorrem nos extremos do domínio ocorrem nos pontos críticos. www.abacoaulas.com CÁLCULO 1: Derivadas Prof. Alexandre Ortiz Calvão O TESTE DA PRIMEIRA DERIVADA PARA MÁXIMOS E MÍNIMOS. a) Se f' troca de sinal em p, de negativa para positiva, então f tem mínimo local em p. b) Se f' troca de sinal em p, de positiva para negativa, então f tem máximo local em p. O TESTE DA SEGUNDA DERIVADA PARA MÁXIMOS E MÍNIMOS LOCAIS. a) Se f'(p)=0 e f''(p)>0, então f tem um mínimo local em p. b) Se f'(p)=0 e f''(p)<0, então f tem um máximo local em p. c) Se f'(p)=0 e f''(p)=0, nada podemos afirmar. Para encontrar máximos e mínimos globais de uma função em um intervalo, comparamos os valores de f em todos os pontos críticos do intervalo e os valores de f nos extremos do intervalo (Limx->∓∞ se o intervalo é ilimitado) Ponto de inflexão de f é um ponto onde o gráfico de f muda de concavidade; f'' é zero ou não está definida em um ponto de inflexão. Regra prática. Para obter os pontos de inflexão de uma curva, basta igualar a sua 2a derivada f''(x) a zero (se ela é uma função de x), e resolver a equação resultante. As raizes dessa equação nos dão as abscissas dos referidos pontos. Teoremas sobre Derivadas TEOREMA DE ROLLE Se uma função é contínua em um intervalo fechado [a,b], derivável no intervalo aberto (a,b) e se f(a)=f(b), então f'(c)=0 para ao menos um número c em (a,b). Se uma função é contínua em um intervalo fechado [a,b], e se f(a)=f(b), então f tem ao menos um um ponto crítico no intervalo aberto (a,b). TEOREMA DO VALOR INTERMEDIÁRIO Se uma função é contínua em um intervalo fechado [a,b], e é diferenciável no intervalo (a,b), então existe um número c em (a,b), tal que f(b)-f(a)=f'(c)(b-a) Uma função diferenciável é contínua. Se f é diferenciável no ponto x=a, então f é contínua em a. Obs. Uma função pode ser contínua em um ponto e não ser diferenciável nele. Exm. f(x)= Ix-5I. Como as derivadas à esquerda e à direita de 5 são diferentes, a função não é diferenciável em x = 5. É contínua em 5, mas não diferenciável. Função não diferenciável. Uma função não é diferenciável em um ponto se: a) a função não é contínua no ponto. b) o gráfico forma um bico no ponto. c) o gráfico tem uma reta tangente vertical no ponto. Pontos de inflexão f(x) ba Teorema de Rolle g(x) ba Teo. Val. Intermediário
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