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Atividade Direito Civil III 2 bi_pagamento

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Questão 01 (0,5 ponto)
Em julho de 2011, Rufus, taxista, adquiriu um automóvel seminovo, obrigando-se perante Jonas, vendedor, a pagar o preço em 30 (trinta) prestações mensais de R$ 2.000,00 (dois mil reais). No contrato de compra e venda, constou expressamente que o atraso de mais de 5 (cinco) dias no pagamento de qualquer das parcelas provocaria a resolução automática do contrato, com a perda das parcelas pagas. Em novembro de 2013, Rufus, enfrentando dificuldade financeira, deixou de efetuar o pagamento da parcela devida. Passados 12 (doze) dias do vencimento, Rufus oferece a Jonas dois relógios no valor de R$ 1.000,00 cada um. Jonas recusa a oferta e propõe, em seguida, ação judicial de resolução do contrato, com pedido liminar de busca e apreensão do veículo. Responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. A) A ação de resolução do contrato deve ter seu pedido julgado procedente? B) Jonas é obrigado a aceitar os relógios? 
A) Pelo art. 475 do C.C. poderia sim, mais por se tratar de 28 parcelas pagas, aplica-se aqui a teoria do adimplemento substancial, que já tem seu entendimento e aplicação por jurisprudência. O adimplemento substancial impede o exercício do direito de resolução, por ser abusivo nas hipóteses em que o débito em aberto é pouco significativo diante da parcela da obrigação já paga.
B) Não, pois trata-se de dação art. 356 C.C. e conforme trata o art. 313 C.C., não pode o credor ser obrigado a receber. Jonas pode continuar cobrando a dívida mais não pode executá-lo por causa do baixo percentual representado pelo inadimplemento.
Questão 02 – (1,0 ponto)
Após se aposentar, Álvaro, que mora com sua esposa em Brasília, adquiriu de Valério um imóvel, hipotecado, localizado na cidade do Rio de Janeiro, por meio de escritura pública de cessão de direitos e obrigações. Com a intenção de extinguir a hipoteca, Álvaro pretende pagar a dívida de Valério, mas encontra obstáculos para realizar o seu desejo, já que a instituição credora hipotecária não participou da aquisição do imóvel e alega que o pagamento não pode ser realizado por pessoa estranha ao vínculo obrigacional. Diante dessa situação, responda aos itens a seguir. A) Qual é a medida judicial mais adequada para assegurar o interesse de Álvaro? B) Qual o foro competente para processar e julgar a referida medida? 
A) Trata-se de uma tentativa de pagamento de obrigação por terceiro, que não é parte na relação obrigacional entre o banco e Valério. Art. 304 C.C.
Se o banco se nega a receber Álvaro pode ingressar com ação de consignação em pagamento, conforme dispõe o art. 334 C.C. , podendo fazer o pagamento em consignação. 
B) Como o imóvel está localizado no Rio de Janeiro fica o foro da comarca do Rio de Janeiro por ajuizar e julgar essa causa. Art. 540 NCPC.
Questão 03 (0,5 ponto)
Enzo e Lucas são grandes amigos e, por estar Enzo em dificuldades financeiras, Lucas emprestou-lhe R$2.000,00, ficando acertado que a devolução do numerário ocorreria 30 dias depois. Passado um mês, Enzo disse que continuava com grave dificuldade e que não teria dinheiro para honrar o compromisso. Penalizado com a situação, Lucas resolveu perdoar a dívida, afirmando que uma boa amizade teria maior valor que dinheiro. Enzo agradeceu a sensibilidade e aceitou a oferta do amigo. Explique qual a modalidade de extinção da obrigação, ocorreu no caso apresentado.
R: Extinção de obrigação por remissão da dívida, art. 385 C.C. Remissão da dívida aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mais sem prejuízo de terceiro.
Questão 04 – (0,5 ponto)
João celebrou contrato de locação de imóvel residencial com determinada imobiliária, que realizou negócio jurídico de administração do bem com Júlio, proprietário do referido imóvel. Conforme convencionado entre João e a imobiliária, o aluguel deveria ser pago a Carlos, um dos sócios da imobiliária, o qual costumeiramente recebia os aluguéis e dava quitação. Em determinado momento, João foi surpreendido com uma ação de despejo, na qual se argumentava que alguns pagamentos efetuados a Carlos não extinguiram a obrigação locatícia, porquanto ele tinha se retirado da sociedade no curso do contrato e o locatário não havia observado a alteração societária. Os pagamentos realizados por João poderão ser validados? Explique. 
R: Sim, pois Carlos é considerado credor putativo, e segundo o art.309 C.C. o pagamento efetuado a credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor.
CURSO: DIREITO	
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL III
PROFESSOR: ANA PAULA MANSANO BAPTISTA
DATA: 
VALOR : 01
ACADÊMICO (A):______________________________________________

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