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QUESTÕES OBRIGAÇÕES – METODOLOGIAS ATIVAS I, II III, IV e V
METODOLOGIA ATIVA I
1) (OAB/Exame Unificado – 2018.1) Arlindo, proprietário da vaca Malhada, vendeu-a a seu vizinho, Lauro. Celebraram, em 10 de janeiro de 2018, um contrato de compra e venda, pelo qual Arlindo deveria receber do comprador a quantia de R$ 2.500,00, no momento da entrega do animal, agendada para um mês após a celebração do contrato. Nesse interregno, contudo, para surpresa de Arlindo, Malhada pariu dois bezerros.
Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
(A) Os bezerros pertencem a Arlindo.
(B) Os bezerros pertencem a Lauro.
 (C ) Um bezerro pertence a Arlindo e o outro, a Lauro.
(D) Deverá ser feito um sorteio para definir a quem pertencem os bezerros. 
2) (OAB/Exame Unificado – 2017.1) Antônio, vendedor, celebrou contrato de compra e venda com Joaquim, comprador, no dia 1º de setembro de 2016, cujo objeto era um carro da marca X no valor de R$20.000,00, sendo o pagamento efetuado à vista na data de assinatura do contrato. Ficou estabelecido ainda que a entrega do bem seria feita 30 dias depois, em 1º de outubro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, domicílio do vendedor. Contudo, no dia 25 de setembro, uma chuva torrencial inundou diversos bairros da cidade e o carro foi destruído pela enchente, com perda total. 
Considerando a descrição dos fatos, Joaquim:
(A) não faz jus à devolução do pagamento de R$20.000,00.
(B) terá direito à devolução de 50% do valor, tendo em vista que Antônio, vendedor, não teve culpa.
( C) terá direito à devolução de 50% do valor, tendo em vista que Antônio, vendedor, teve culpa.
(D) terá direito à devolução de 100% do valor, pois ainda não havia ocorrido a tradição no momento do perecimento do bem.
3) (OAB/Exame Unificado – 2014.1). Ary celebrou contrato de compra e venda de imóvel com Laurindo e, mesmo sem a devida declaração negativa de débitos condominiais, conseguiu registrar o bem em seu nome. Ocorre que, no mês seguinte à sua mudança, Ary foi surpreendido com a cobrança de três meses de cotas condominiais em atraso. Inconformado com a situação, Ary tentou, sem sucesso, entrar em contato com o vendedor, para que este arcasse com os mencionados valores.
De acordo com as regras concernentes ao direito obrigacional, assinale a opção correta.
(A) Perante o condomínio, Laurindo deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso, pois cabe ao vendedor solver todos os débitos que gravem o imóvel até o momento da tradição, entregando-o livre e desembargado.
(B) Perante o condomínio, Ary deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso, pois se trata de obrigação subsidiária, já que o vendedor não foi encontrado, cabendo ação in rem verso, quando este for localizado.
( C ) Perante o condomínio, Laurindo deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso, pois se trata de obrigação com eficácia real, uma vez que Ary ainda não possui direito real sobre a coisa.
(D) Perante o condomínio, Ary deverá arcar com o pagamento das cotas em atraso, pois se trata de obrigação propter rem, entendida como aquela que está a cargo daquele que possui o direito real sobre a coisa e, comprovadamente, imitido na posse do imóvel adquirido.
DISCURSIVAS
1) Ana firmou com Pedro a obrigação de entregar três sacas de café Conilon que estavam armazenadas em seu galpão ao final do mês de abril. Para tanto, Pedro adiantou a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Ocorre que antes do termo fixado, uma chuva torrencial destruiu o galpão com as sacas destinadas ao credor. Nesse caso, como Pedro poderá reaver o prejuízo sofrido?
Resposta.
2) João deve a Juca um caminhão da marca XXX, chassi YYY, placa WWW. Antes de entregar o bem, João, que estava na direção do veículo, ultrapassou outro carro em faixa contínua, vindo a causar um acidente de trânsito, O caminhão sofreu avarias, mas não se tornou inutilizável. Como Juca poderá reaver os prejuízos? 
Resposta.
3) Rita firmou uma obrigação com Hélio no sentido de lhe dar 3 kg de trigo. No dia do cumprimento da obrigação, Rita alegou que sua plantação foi assolada por gafanhotos e, portanto, não poderia mais entregar o prometido. Qual a providência a ser tomada por Hélio?
Resposta.
4) Diego foi contratado para prestar serviços de animação em uma festa infantil. No dia da festa, foi sequestrado, ficando impossibilitado de cumprir a obrigação. A contratante buscou as via judiciais pleiteando danos materias e morais, alegando que os convidados ficaram frustrados e a dona da festa, ela própria, ficou envergonhada. Há chances de o pleito ser procedente?
Resposta.
5) Ernesto foi proibido judicialmente de se aproximar de Cláudia. Que tipo de obrigação é essa? Como pode o juiz garantir o afastamento de Ernesto?
Resposta.
6) Marcelo é comodatário de André e deve restituir o imóvel até o final do ano. Caso não devolva e construa benfeitorias no imóvel, quais serão as consequências? 
Resposta.
METODOLOGIA ATIVA II
1) (OAB/Exame Unificado – 2017.3) André, Mariana e Renata pegaram um automóvel emprestado com Flávio, comprometendo-se solidariamente a devolvê-lo em quinze dias. Ocorre que Renata, dirigindo acima do limite de velocidade, causou um acidente que levou à destruição total do veículo.
Assinale a opção que apresenta os direitos que Flávio tem diante dos três.
(A) Pode exigir, de qualquer dos três, o equivalente pecuniário do carro, mais perdas e danos.
(B) Pode exigir, de qualquer dos três, o equivalente pecuniário do carro, mas só pode exigir perdas e danos de Renata.
( C) Pode exigir, de cada um dos três, um terço do equivalente pecuniário do carro e das perdas e danos. 
(D) Pode exigir, de cada um dos três, um terço do equivalente pecuniário do carro, mas só pode exigir perdas e danos de Renata.
Gabarito: B
2) (OAB/Exame Unificado – 2018.2) Paula é credora de uma dívida de R$ 900.000,00 assumida solidariamente por Marcos, Vera, Teresa, Mirna, Júlio, Simone, Nestor e Pedro, em razão de mutuo que a todos aproveita. 
Antes do vencimento da dívida, Paula exonera Vera e Mirna da solidariedade, por serem amigas de longa data. Dois meses antes da data do vencimento, Júlio em razão da perda do seu emprego, de onde provinha todo o sustento de sua família, cai em insolvência. Ultrapassada a data do vencimento, Paula decide cobrar a dívida.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
(A) Vera e Mirna não podem ser exoneradas da solidariedade, eis que o nosso ordenamento jurídico não permite renunciar a solidariedade de somente alguns dos devedores.
(B) Se Marcos for cobrado por Paula, deverá efetuar o pagamento integral da dívida e, posteriormente, poderá cobrar dos demais as suas quotas-partes. A parte de Júlio será rateada entre todos os devedores solidários inclusive Vera e Mirna.
( C) Se Simone for cobrada por Paula, deverá efetuar o pagamento integral da dívida e, posteriormente, poderá cobrar dos demais as suas quotas-partes, inclusive Júlio.
(D) Se Mirna for cobrada por Paula, deverá efetuar o pagamento integral da dívida e, posteriormente, poderá cobrar as quotas-partes dos demais. A parte de Júlio será rateada entre todos os devedores solidários, com exceção de Vera. 
Gabarito: B
3) OAB/Exame Unificado – 2018.2) Lúcio , comodante, celebrou contrato de comodato com Pedro, comodatário, no dia 1º de outubro de 2016, pelo prazo de dois meses. O objeto era um carro da marca Y no valor de R$ 30.000,00. A devolução do bem deveria ser feita na cidade Alfa, domicílio do comodante, em 1º de dezembro de 2016. 
Pedro, no entanto, não devolveu o bem na data marcada e resolveu viajar com amigos para o litoral até a virada do ano. Em 1º de janeiro, desabou um violento temporal sobre a cidade Alfa, e Pedro, ao voltar da viagem, encontra o carro destruído.
Com base nos fatos narrados, sobre a posição de Lúcio, assinale a afirmativa correta.
(A) Fará jus a perdas e danos, visto que Pedro não devolveu o carro na data prevista.
(B) Nada receberá, pois o perecimento se deu em razão de fato fortuito ou de força maior.
( C) Não terá direito a perdas e danos, pois cedeuo uso do bem a Pedro.
(D) Receberá 50% do valor do bem, pois, por fato inimputável a Pedro, o bem não foi devolvido. 
Gabarito: A
4) (OAB/Exame Unificado – 2016.3) Felipe e Ana, casal de namorados, celebraram contrato de compra e venda com Armando, vendedor, cujo objeto era um carro no valor de R$ 30.000,00, a ser pago em 10 parcelas de R$ 3.000,00, a partir de 1º de agosto de 2016.
Em outubro de 2016, Felipe terminou o namoro com Ana. Em novembro, nem Felipe nem Ana realizaram o pagamento da parcela do carro adquirido de Armando. Felipe achava que a responsabilidade era de Ana, pois o carro tinha sido presente pelo seu aniversário. Ana, por sua vez, acreditava que, como Felipe ficou com o carro, não estava mais obrigada a pagar nada, já que ele terminara o relacionamento.
Armando procura seu(sua) advogado (a), que o orienta a cobrar:
(A) a totalidade da dívida de Ana;
B) a integralidade do débito de Felipe.
( C) metade de cada comprador.
(D) a dívida de Felipe ou de Ana, pois há solidariedade passiva.
Gabarito: C
5) (OAB/Exame Unificado – 2016.2). Paulo, João e Pedro, mutuários, contraíram empréstimo com Fernando, mutuante, tornando-se, assim, devedores solidários do valor total de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Fernando, muito amigo de Paulo, exonerou-o da solidariedade. João, por sua vez, tornou-se insolvente. No dia do vencimento da dívida, Pedro pagou integralmente o empréstimo. Considerando a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
(A) Pedro não poderá regredir contra Paulo para que participe do rateio do quinhão de João, pois Fernando o exonerou da solidariedade.
(B) Apesar da exoneração da solidariedade, Pedro pode cobrar de Paulo o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). 
( C) Ao pagar integralmente a dívida, Pedro se sub-roga nos direitos de Fernando, permitindo-se que cobre a integralidade da dívida dos demais devedores.
(D) Pedro deveria ter pago a Fernando apenas R$ 2.000,00 (dois mil reais), pois a exoneração da solidariedade em relação a Paulo importa, necessariamente, a exoneração da solidariedade em relação a todos os codevedores.
Gabarito: B
6) (OAB/Exame Unificado – 2016.1) No dia 2 de agosto de 2014, Teresa celebrou contrato de compra e venda com Carla, com quem se obrigou a entregar 50 computadores ou 50 impressoras, no dia 20 de setembro de 2015. O contrato foi silente sobre quem deveria realizar a escolha do bem a ser entregue. Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
(A) Trata-se de obrigação facultativa, uma vez que Carla tem a faculdade de escolher qual das prestações entregará a Teresa.
(B) Como se trata de obrigação alternativa, Teresa pode ser liberar da obrigação entregando 50 computadores ou 50 impressoras, à sua escolha, uma vez que o contrato não atribuiu a escolha ao credor.
 ( C) Se a escolha da prestação a ser entregue cabe a Teresa, ela poderá optar por entregar a Carla 25 computadores e 25 impressoras.
(D) Se, por culpa de Teresa, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo a Carla a escolha, ficará aquela obrigada a pagar somente os lucros cessantes. 
Gabarito: B
DISCURSIVAS
1) Miguel tem o direito de receber de Vitor um carro, no valor de R$ 15.000,00 ou a quantia correspondente. O carro foi roubado uma semana antes do cumprimento da obrigação. Quais os efeitos jurídicos desse fato?
Resposta. Trata-se de obrigação alternativa. De acordo com o art. 253, do Código Civil, Miguel tem o direito de receber de Vitor a quantia de R$ 15.000,00, que é a quantia correspondente ao carro. 
2) (OAB/Exame Unificado – 2012.1 – 2ª fase) Carlos, arquiteto famoso e extremamente talentoso, assina um contrato de prestação de serviços com Marcelo, comprometendo-se a elaborar e executar um projeto de obra de arquitetura no prazo de 06 (seis) meses. Destaque-se, ainda, que Marcelo procurou os serviços de Carlos em virtude do respeito e da reputação que este possui em seu ramo de atividade. Entretanto, passado o prazo estipulado e, após tentativas frustradas de contato, Carlos não realiza o serviço contratado, não restando alternativa para Marcelo a não ser propositura de uma ação judicial.
Diante do caso concreto, responda fundamentadamente:
A) Tendo em vista tratar-se de obrigação de fazer infungível (personalíssima), de que maneira a questão poderá ser solucionada pelo Poder Judiciário?
B) Considere que em uma das cláusulas contratuais estipuladas, Carlos e Marcelo, em vez de adotarem o prazo legal previsto no Código Civil, estipulam um prazo contratual de prescrição de 10 anos para postular eventuais danos causados. Isto é possível?
Resposta.
A) Existem duas opções: a tutela específica da obrigação (que deverá ser cumprida pelo devedor visto se tratar de obrigação infungível), sendo possível a fixação de astreintes ou a resolução em perdas e danos, se assim o autor requerer ou se for impossível a obtenção da tutela específica, nos termos do art. 497 do CPC, ou artigos 247 ou 248 CC.
B) A justificativa da prescrição é a segurança jurídica. O que se quer é evitar que um conflito de interesses permaneça em aberto por prazo indeterminado. Então, todo conflito de interesses caracterizado pela violação de um direito prescreve. E quem determina o prazo de prescrição será sempre a Lei, consonante o art. 192 do Código Civil. 
3) (OAB/Exame Unificado – 2010.3- 2ª fase) Márcio Moraes Veloso, famoso perfumista, foi contratado para desenvolver uma nova fragrância de um perfume pela empresa Cheiro Bom. O perfumista criou a fórmula inspirado em sua namorada, Joana, e deu o seu nome ao perfume. Foi pactuado entre Márcio e a empresa Cheiro Bom que o perfumista jamais revelaria a fórmula da nova fragrância a terceiros. Contudo, objetivando fazer uma surpresa no dia do aniversário de Joana, Márcio presenteia a namorada com uma amostra do perfume e, por descuido, inclui na caixa anotações sobre a fórmula. Joana, acreditando que as anotações faziam parte da surpresa, mostra para todos os colegas da empresa Perfumelândia, onde trabalha. Dias depois, Márcio é surpreendido com a notícia de que a fórmula da nova fragrância havia sido descoberta pela concorrente.
Considerando o caso relatado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
A) Ao revelar a fórmula do perfume, pode-se afirmar que Márcio está em mora? 
B) Neste caso, pode o credor demandar judicialmente o cumprimento da obrigação cumulada com pedido de perdas e danos?
Resposta.
A) A hipótese não é de mora (CC, art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebe-lo no tempo e forma que a lei ou a convenção estabelecer), mas sim de inadimplemento de obrigação de não fazer (CC, art. 390). Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster).
B) Uma vez que já houve a divulgação – ainda que involuntária – da fórmula por Márcio, o pedido de voltar à situação pretérita é impossível. Assim, não pode ser formulado em juízo (CPC, art. 485, VI).
Portanto, apenas será viável o pedido de ressarcimento por perdas e danos (CC, arts.186 e 927 e CPC, art. 499).
4) (Exame Unificado – 2009.1 – 2ª fase) Renata, em razão de transação realizada com Carla e firmada por seus respectivos advogados, comprometeu-se a entregar a esta, em 29/02/2009, um apartamento de dois quartos ou uma casa de um quarto com varanda, no mesmo bairro. Não houve acordo quanto a quem caberia a escolha do objeto. Dez dias antes da data avençada para o cumprimento da prestação, Carla ainda estava em dúvida sobre qual seria o melhor imóvel, enquanto Renata, que fizera pesquisa nas imobiliárias da localidade, verificou que o valor de mercado do apartamento prometido lhe seria mais vantajoso. Em face dessa situação hipotética e com vistas à solução do impasse e ao cumprimento da obrigação, indique, com a devida fundamentação legal, a natureza jurídica da obrigação contraída e a medida judicial cabível para Carla ver satisfeita a obrigação, caso Renata deixe de cumpri-la.Resposta.
Quando credor e devedor pactuam obrigação pela qual o segundo tem a opção entre cumprir uma ou outra prestação pré-definidas, está-se diante do instituto da obrigação alternativa (arts. 252 e seguintes do Código Civil).
Nesse caso, não se estipulando a pessoa a quem caberá a escolha, esta caberá ao devedor) (art. 252 do Código Civil). 
Dessa forma, no caso em tela, a escolha caberá a Renata, a devedora. 
De qualquer forma, caso Renata deixe de cumprir a obrigação, Carlos terá à sua disposição o instrumento processual previsto no art. 800 do Código de Processo Civil. Trata-se da ação de execução de obrigação alternativa, que, no caso, é admitida, por estar fundada em título executivo extrajudicial, consistente no instrumento de transação referendado pelos advogados das partes (art. 784, II, III e IV, do Código de Processo Civil).
METODOLOGIA ATIVA III
1) (OAB/Exame Unificado – 2010.2) Com relação ao regime da solidariedade passiva, é correto afirmar que:
(A) cada herdeiro pode ser demandado pela dívida toda do devedor solidário falecido. 
(B) com a perda do objeto por culpa de um dos devedores solidários, a solidariedade subsiste no pagamento do equivalente pecuniário, mas pelas perdas e danos somente poderá ser demandado o culpado. 
(C) se houver atraso injustificado no cumprimento da obrigação por culpa de um dos devedores solidários, a solidariedade subsiste no pagamento do valor principal, mas pelos juros da mora somente poderá ser demandado o culpado.
(D) as exceções podem ser aproveitadas por qualquer dos devedores solidários, ainda que sejam pessoais apenas a um deles.
(2) OAB/Exame Unificado – 2010.2) João prometeu transferir a propriedade de uma coisa certa, mas antes disso, sem culpa sua, o bem foi deteriorado. Segundo o Código Civil, ao caso de João aplica-se o seguinte regime jurídico:
(A) a obrigação fica resolvida, com a devolução de valores eventualmente pagos.
(B) a obrigação subsiste, com a entrega da coisa no estado em que se encontra.
(C) a obrigação subsiste, com a entrega da coisa no estado em que se encontra e abati mento no preço proporcional à deterioração. 
(D) a obrigação poderá ser resolvida, com a devolução de valores eventualmente pagos, ou subsistir, com a entrega da coisa no estado em que se encontra e abatimento no preço proporcional à deterioração, cabendo ao credor a escolha de uma dentre as duas soluções.
3) (OAB/Exame Unificado – 2010.3) Danilo celebrou contrato por instrumento particular com Sandro, por meio do qual aquele prometera que seu irmão, Reinaldo, famoso cantor popular, concederia uma entrevista exclusiva ao programa de rádio apresentado por Sandro, no domingo seguinte. Em contrapartida, caberia a Sandro efetuar o pagamento a Danilo de certa soma em dinheiro. Todavia, chegada a hora do programa, Reinaldo não compareceu à rádio. Dias depois, Danilo procurou Sandro, a fim de cobrar a quantia contratualmente prevista, ao argumento de que, embora não tenha obtido êxito, envidara todos os esforços no sentido de convencer o seu irmão a comparecer. A respeito da situação narrada, é correto afirmar que Sandro:
 (A) não está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, pois a obrigação por este assumida é de resultado, sendo, ainda, autorizado a Sandro obter ressarcimento por perdas e danos de Danilo.
 (B) não está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, por ser o contrato nulo, tendo em vista que Reinaldo não é parte contratante.
 (C) está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, pois a obrigação por este assumida é de meio, restando a Sandro o direito de cobrar perdas e danos diretamente de Reinaldo.
 (D) está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, pois a obrigação por este assumida é de meio, sendo incabível a cobrança de perdas e danos de Reinaldo. 
4) (OAB/Exame Unificado – 2010.3) Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com Pedro, pagando um sinal de R$ 10.000,00. No dia da entrega do veículo, a garagem de Pedro foi invadida por bandidos, que furtaram o referido carro. A respeito da situação narrada, assinale a alternativa correta.
(A) Haverá resolução do contrato pela falta superveniente do objeto, sendo restituído o valor já pago por Maria. 
(B) Não haverá resolução do contrato, pois Pedro pode alegar caso fortuito.
 (C) Maria poderá exigir a entrega de outro carro. 
(D) Pedro poderá entregar outro veículo no lugar no automóvel furtado.
5) (OAB/Exame Unificado – 2010.3) Sônia, maior e capaz, decide doar, por instrumento particular, certa quantia em dinheiro em favor se seu sobrinho, Fernando, maior e capaz, caso ele venha a se casar com Leila. Sônia faz constar, ainda, cláusula de irrevogabilidade da doação por eventual ingratidão de seu sobrinho. Fernando, por sua vez, aceita formalmente a doação e, poucos meses depois, casa-se com Leila, conforme estipulado. No dia seguinte ao casamento, ao procurar sua tia para receber a quantia estabelecida, Fernando deflagra uma discussão com Sônia e lhe dirige grave ofensa física. A respeito da situação narrada, é correto afirmar que Fernando:
(A) não deve receber a quantia em dinheiro, tendo em vista que a doação é nula, pois deveria ter sido realizada por escritura pública.
 (B) deve receber a quantia em dinheiro, em razão de o instrumento de doação prever cláusula de irrevogabilidade por eventual ingratidão.
(C) não deve receber a quantia em dinheiro, pois dirigiu grave ofensa física à sua tia Sônia.
(D) deve receber a quantia em dinheiro, em razão de ter se casado com Leila e independentemente de ter dirigido grave ofensa física a Sônia. 
6) OAB/Exame Unificado – 2010.3) João deverá entregar quatro cavalos da raça X ou quatro éguas da raça X a José. O credor, no momento do adimplemento da obrigação, exige a entrega de dois cavalos da raça X e de duas éguas da raça X. Nesse caso, é correto afirmar que as prestações.
 (A) alternativas são inconciliáveis, havendo indivisibilidade quanto à escolha.
 (B) alternativas são conciliáveis, havendo divisibilidade quanto à escolha. 
 (C) facultativas são inconciliáveis, quando a escolha couber ao credor. 
 (D) facultativas são conciliáveis, quando a escolha couber ao credor. 
7)(OAB/VII Exame de Ordem Unificado) - Mauro, entristecido com a fuga das cadelinhas Lila e Gopi de  sua residência, às quais dedicava grande carinho e afeição,  promete uma vultosa recompensa para quem eventualmente  viesse  a  encontrá‐las.  Ocorre  que,  no  mesmo  dia  em  que  coloca  os  avisos  públicos  da  recompensa,  ao  conversar  privadamente com seu vizinho João, afirma que não irá, na  realidade, dar a recompensa anunciada, embora assim o tenha  prometido. Por coincidência, no dia seguinte, João encontra as  cadelinhas  passeando  tranquilamente  em  seu  quintal  e  as  devolve  imediatamente  a  Mauro.  Neste  caso,  é  correto  afirmar que. 
 A)  manifestação de vontade no sentido da recompensa  subsiste em relação a João ainda que Mauro tenha feito  a  reserva  mental  de  não  querer  o  que  manifestou  originariamente.  
 B)  manifestação de vontade no sentido da recompensa  não  subsiste  em  relação  a  João,  pois  este  tomou  conhecimento  da  alteração  da  vontade  original  de  Mauro. 
 C)  manifestação de vontade no sentido da recompensa  não mais terá validade em relação a qualquer pessoa,  pois ela foi alterada a partir do momento em que foi feita  a reserva mental por parte de Mauro.  
D)  manifestação de vontade no sentido da recompensa  subsiste em relação a toda e qual-quer pessoa, pois a  reserva mental não tem o condão de modificar a vontade  originalmente tornada pública. 
8) (XI Exame de Ordem Unificado) - Diante de chuva forte e inesperada, Márcio constatou a inundação parcial da residência de sua vizinha Bianca, fato este que o levou a contratar serviços de chaveiro, bombeamento d’água e vigilância, de modo a evitar maiores prejuízos materiais até a chegada de Bianca. Utilizando-se do quadro fático fornecido pelo enunciado, assinale a afirmativa correta. 
A) A falta de autorização expressa de Bianca a Márcio paraa prática dos atos de preservação dos bens autoriza aquela a exigir reparação civil deste.
B) Bianca não estará obrigada a adimplir os serviços contratados por Márcio, cabendo a este a quitação dos contratados.
C) Se Márcio se fizer substituir por terceiro até a chegada de Bianca, promoverá a cessação de sua responsabilidade transferindo-a ao terceiro substituto.
D) Os atos de solidariedade e espontaneidade de Márcio na proteção dos bens de Bianca são capazes de gerar a responsabilidade desta em reembolsar as despesas necessárias efetivadas, acrescidas de juros legais. 
9) (XVI Exame de Ordem Unificado) Joana deu seu carro a Lúcia, em comodato, pelo prazo de 5 dias, findo o qual Lúcia não devolveu o veículo. Dois dias depois, forte tempestade danificou a lanterna e o parachoque dianteiro do carro de Joana. Inconformada com o Joana exigiu que Lúcia a indenizasse pelos danos causados ao veículo. Diante do fato narrado, assinale a afirmativa correta.
 A) Lúcia incorreu em inadimplemento absoluto, pois não cumpriu sua prestação no termo ajustado, o que inutilizou a prestação para Joana.
B) Lúcia não está em mora, pois Joana não a interpelou, judicial ou extrajudicialmente. 
C) Lúcia deve indenizar Joana pelos danos causados ao veículo, salvo se provar que os mesmos ocorreriam ainda que tivesse adimplido sua prestação no termo ajustado. 
D) Lúcia não responde pelos danos causados ao veículo, pois foram decorrentes de força maior.
10) (XVIII Exame de Ordem Unificado) Joana e suas quatro irmãs, para comemorar as bodas de ouro de seus pais, contrataram Ricardo para organizar a festa. No contrato ficou acordado que as cinco irmãs arcariam solidariamente com todos os gastos. Ricardo, ao requerer o sinal de pagamento, previamente estipulado no contrato, não obteve sucesso, pois cada uma das irmãs informava que a outra tinha ficado responsável pelo pagamento. Ainda assim, Ricardo cumpriu sua parte do acordado. Ao final da festa, Ricardo foi até Joana para cobrar pelo serviço, sem sucesso. Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 A) Se Ricardo resolver ajuizar demanda em face somente de Joana, as outras irmãs, ainda assim, permanecerão responsáveis pelo débito.
B) Se Joana pagar o preço total do serviço sozinha, poderá cobrar das outras, ficando sem receber se uma delas se tornar insolvente. 
C) Se uma das irmãs de Joana falecer deixando dois filhos, qualquer um deles deverá arcar com o total da parte de sua mãe.
D) Ricardo deve cobrar de cada irmã a sua quota-parte para receber o total do serviço, uma vez que se trata d
11) OAB/XIX Exame Unificado). A peça Liberdade, do famoso escultor Lúcio, foi vendida para a Galeria da Vinci pela importância de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Ele se comprometeu a entregar a obra dez dias após o recebimento da quantia estabelecida, que foi paga à vista. A galeria organizou, então, uma grande exposição, na qual a principal atração seria a escultura Liberdade. No dia ajustado, quando dirigia seu carro para fazer a entrega, Lúcio avançou o sinal, colidiu com outro veículo, e a obra foi completamente destruída. O anúncio pela galeria de que a peça não seria mais exposta fez com que diversas pessoas exercessem o direito de restituição dos valores pagos a título de ingresso. 
Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta. 
 A) Lúcio deverá entregar outra obra de seu acervo à escolha da Galeria da Vinci, em substituição à escultura Liberdade. 
B) A Galeria da Vinci poderá cobrar de Lúcio o equivalente pecuniário da escultura Liberdade mais o prejuízo decorrente da devolução do valor dos ingressos relativos à exposição.
 C) Por se tratar de obrigação de fazer infungível, a Galeria da Vinci não poderá mandar executar a prestação às expensas de Lúcio, restando-lhe pleitear perdas e danos. 
D) Com o pagamento do preço, transferiu-se a propriedade da escultura para a Galeria da Vinci, razão pela qual ela deve suportar o prejuízo pela perda do bem. 
12) (OAB/XX Exame Unificado). Paulo, João e Pedro, mutuários, contraíram empréstimo com Fernando, mutuante, tornando-se, assim, devedores solidários do valor total de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Fernando, muito amigo de Paulo, exonerou-o da solidariedade. João, por sua vez, tornou-se insolvente. No dia do vencimento da dívida, Pedro pagou integralmente o empréstimo. Considerando a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta. 
 A) Pedro não poderá regredir contra Paulo para que participe do rateio do quinhão de João, pois Fernando o exonerou da solidariedade.
B) Apesar da exoneração da solidariedade, Pedro pode cobrar de Paulo o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). 
C) Ao pagar integralmente a dívida, Pedro se sub-roga nos direitos de Fernando, permitindo-se que cobre a integralidade da dívida dos demais devedores.
D) Pedro deveria ter pago a Fernando apenas R$ 2.000,00 (dois mil reais), pois a exoneração da solidariedade em relação a Paulo importa, necessariamente, a exoneração da solidariedade em relação a todos os codevedores.
13) (OAB/XXIV Exame de Ordem Unificado) Eduardo comprometeu-se a transferir para Daniela um imóvel que possui no litoral, mas uma cláusula especial no contrato previa que a transferência somente ocorreria caso a cidade em que o imóvel se localiza viesse a sediar, nos próximos dez anos, um campeonato mundial de surfe. Depois de realizado o negócio, todavia, o advento de nova legislação ambiental impôs regras impeditivas para a realização do campeonato naquele local. Sobre a incidência de tais regras, assinale a afirmativa correta. 
 A) Daniela tem direito adquirido à aquisição do imóvel, pois a cláusula especial configura um termo.
B) Prevista uma condição na cláusula especial, Daniela tem direito adquirido à aquisição do imóvel. 
C) Há mera expectativa de direito à aquisição do imóvel por parte de Daniela, pois a cláusula especial tem natureza jurídica de termo. 
D) Daniela tem somente expectativa de direito à aquisição do imóvel, uma vez que há uma condição na cláusula especial.
14) (OAB/XXIV Exame de Ordem Unificado) André, Mariana e Renata pegaram um automóvel emprestado com Flávio, comprometendo-se solidariamente a devolvê-lo em quinze dias. Ocorre que Renata, dirigindo acima do limite de velocidade, causou um acidente que levou à destruição total do veículo. Assinale a opção que apresenta os direitos que Flávio tem diante dos três. 
 A) Pode exigir, de qualquer dos três, o equivalente pecuniário do carro, mais perdas e danos. 
B) Pode exigir, de qualquer dos três, o equivalente pecuniário do carro, mas só pode exigir perdas e danos de Renata. 
C) Pode exigir, de cada um dos três, um terço do equivalente pecuniário do carro e das perdas e danos. 
D) Pode exigir, de cada um dos três, um terço do equivalente pecuniário do carro, mas só p
15) (OAB/XVII Exame de Ordem Unificado) Gilvan (devedor) contrai empréstimo com Haroldo (credor) para o pagamento com juros do valor do mútuo no montante de R$ 10.000,00. Para facilitar a percepção do crédito, a parte do polo ativo obrigacional ainda facultou, no instrumento contratual firmado, o pagamento do montante no termo avençado ou a entrega do único cavalo da raça manga larga marchador da fazenda, conforme escolha a ser feita pelo devedor. Ante os fatos narrados, assinale a afirmativa correta. 
A) Trata-se de obrigação alternativa. 
B) Cuida-se de obrigação de solidariedade em que ambas as prestações são infungíveis. 
C) Acaso o animal morra antes da concentração, extingue-se a obrigação. 
D) O contrato é eivado de nulidade, eis que a escolha da prestação cabe ao credor. 
16) (OAB/XXII Exame Unificado). João e Maria, casados e donos de extenso patrimônio, celebraram contrato de fiança em favor de seu filho, Carlos, contrato este acessório a contrato de locação residencial urbana, com duração de 30 meses, celebrado entre Carlos, locatário, e Marcelo, proprietário do apartamento e locador, com vigência a partir de 1º de setembro de 2015. Contudo, em novembro de 2016, Carlos não pagou o aluguel. Considerando que não houve renúnciaa nenhum benefício pelos fiadores, assinale a afirmativa correta. 
A) Marcelo poderá cobrar diretamente de João e Maria, fiadores, tendo em vista que eles são devedores solidários do afiançado, Carlos. 
B) Marcelo poderá cobrar somente de João, tendo em vista que Maria não é fiadora, mas somente deu a outorga uxória. 
C) Marcelo poderá cobrar de Carlos, locatário, mas não dos fiadores, pois não respondem pela dívida do contrato de locação. 
D)Marcelo poderá cobrar de João e Maria, fiadores, após tentar cobrar a dívida de Carlos, locatário, tendo em vista que os fiadores são devedores subsidiários. 
METODOLOGIA ATIVA IV
1) (OAB/Exame Unificado – 2013.3) Bruno cedeu a Fábio um crédito representado em título, no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), que possuía com Caio.
Considerando a hipótese acima e as regras sobre acessão de crédito, assinale a afirmativa correta.
(A) /Caio não poderá opor a Fábio a exceção de dívida prescrita que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra Bruno, em virtude da preclusão.
(B) Caso Fábio tenha cedido o crédito recebido de Bruno a Mário e este, posteriormente, ceda o crédito a Júlio, prevalecerá cessão de crédito que se completar com a tradição do título cedido.
( C) Bruno, ao ceder a Fábio crédito a título oneroso, não ficará responsável pela existência do crédito ao tempo em que cedeu, salvo por expressa garantia.
(D) Conforme regra geral disposta no Código Civil, Bruno será obrigado a pagar a Fábio o valor correspondente ao crédito, caso Caio torne-se insolvente.
A: incorreta, pois caio poderá opor a Fábio a exceção de dívida prescrita que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra Bruno (art. 294, CC). Logo, não há que se falar em preclusão; 
B: correta (art. 292, do CC);
C: incorreta, pois pelo fato da cessão ser onerosa, Bruno, ainda que não se responsabilize ficará responsável pela existência do crédito com relação a Fábio ao tempo em que lhe cedeu (art. 295, do CC);
D: incorreta, pois em regra o cedente não responde pela solvência do devedor. Apenas será responsável se houver estipulação em contrário (art. 296, CC).
2) (OAB/Exame Unificado – 2014.1) A transmissibilidade de obrigações pode ser realizada por meio do ato denominado cessão, por meio da qual o credor transfere seus direitos na relação obrigacional a outrem, fazendo surgir as figuras jurídicas do cedente e do cessionário.
Constituída essa nova relação obrigacional, é correto afirmar que:
(A) os acessórios da obrigação principal são abrangidos na cessão de crédito, salvo disposição em contrário.
(B) o cedente responde pela solvência do devedor, não se admitindo disposição em contrário.
 (C ) a transmissão de um crédito que não tenha sido celebrada única e exclusivamente por instrumento público é ineficaz em relação a terceiros.
(D) o devedor não pode opor ao cessionário as exceções que tinha contra o cedente no momento em que veio a ter conhecimento da cessão.
A: correta (art. 287 do CC);
B: incorreta, pois, em regra, o cedente não responde pela solvência do devedor. Tal ocorrerá apenas se houver disposição em sentido contrário (art. 296 do CC);
C: incorreta, pois também é ineficaz perante terceiros a transmissão de um crédito realizada por instrumento particular sem as devidas solenidades do art. 654, § 1º do CC (art. 288 do CC);
D: incorreta, pois o devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente (art. 294 do CC). 
3) (OAB/Exame Unificado – 2008.1) Acerca do direito das obrigações, assinale a opção correta.
(A) A cessão de crédito consiste em negócio jurídico por meio do qual o credor transmite o seu crédito a um terceiro, com modificação objetiva da obrigação, e para cuja validade é necessário o consentimento prévio do devedor.
(B) Nas obrigações alternativas, as partes convencionam duas ou mais prestações cumulativamente exigíveis, cujo adimplemento requer o cumprimento de apenas uma delas, ou seja, concentra-se em uma única para pagamento por meio de escolha, seja do credor seja do devedor.
( C) Se, em duas obrigações solidárias passiva, um dos devedores sem anuência dos demais, renegociar dívida, assumindo a majoração dos juros pactuados, a obrigação adicional é devida por todos os coobrigados em face da aplicação da teoria da representação, ou seja, da existência de mandato recíproco entre os devedores solidários.
(D) A cessão do crédito afasta a compensação, pois acarreta a modificação subjetiva da relação obrigacional, mediante a alteração do credor. Assim, o devedor que, notificado da cessão que o credor faz dos seus direitos a terceiro, nada opõe à cessão não pode alegar direito à compensação.
A: incorreta (art. 290 do CC); B incorreta (art. 252 do CC); C: incorreta (art. 278 do CC); D: correta (arts. 290 e 294 do CC). 
4) (FGV – 2014) Em relação à cessão de créditos, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A cessão do crédito tem eficácia em relação ao devedor, mesmo quando a esta não notificada.
(B) O devedor fica desobrigado se, antes de ter conhecimento da cessão, pagou ao credor primitivo.
 ( C) A cessão pro solvendo não é a regra e só ocorre quando houver prévia estipulação contratual.
(D) Havendo cessão do crédito, abrangem-se os acessórios e as garantias da dívida, salvo disposição em contrário.
(E) O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor. 
A: incorreta (devendo ser assinalada), pois a cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada (art. 290 do CC);
B: correta (art. 292 do CC);
C: correta, pois o cedente apenas responde pela solvência do devedor se houver expressa previsão contratual (art. 296 do CC). Logo, em regra, a cessão é pro soluto;
D: correta (art. 287 do CC);
E: correta (art. 286, CC). 
5) (FGV – 2011) A respeito dos atos unilaterais descritos no Código Civil, é correto afirmar que:
(A) aquele que indevidamente recebeu, ainda que de boa-fé, determinado imóvel e o aliena por título oneroso, responderá não só pelo valor do imóvel como também por perdas e danos.
(B) contrai obrigação de cumprir o prometido aquele que, por meio de anúncios públicos, se compromete a recompensar a quem preencher certa condição.
( C) é possível exigir a repetição do que se pagou por uma dívida prescrita.
(D) não se admite a intervenção na gestão de negócio alheio daquele que não tenha sido autorizado pelo interessado,.
(E) a restituição, na hipótese de enriquecimento sem causa, será devida, salvo se a causa que tenha justificado o enriquecimento deixe de existir.
A: incorreta, pois responderá apenas pela quantia recebida pelo imóvel; o alienante só responderá por perdas e danos também, caso tenha agido de má-fé; 
B: correta (art. 854 do CC);
( C): incorreta, pois se trata de obrigação natural, obrigação essa que não tem que ser cumprida, mas, caso cumprida, não enseja repetição de indébito (art. 882 do CC);
 D: incorreta (art. 861 do CC); 
E: incorreta (art. 8858 do CC). 
6) (OAB/Exame Unificado – 2012.2) Utilizando-se das regras afetas ao direito das obrigações, assinale a alternativa correta.
(A) Quando o pagamento de boa-fé for efetuado ao credor putativo, somente será inválido se, em seguida, ficar demonstrado que não era credor.
(B) Levando em consideração os elementos contidos na lei para o reconhecimento da onerosidade excessiva, é admissível assegurar que a regra se aplica às relações obrigacionais de execução diferida ou continuada.
( C) Possui a quitação determinados requisitos que devem ser obrigatoriamente observados, tais como o valor da dívida, o nome do pagador, o tempo e o lugar do adimplemento, além da assinatura da parte credora, exigindo-se também que a forma da quitação seja igual à forma do contrato. 
(D) O terceiro, interessado ou não, poderá efetuar o pagamento da dívida em seu próprio nome, ficando sempre sub-rogado nos direitos da parte credora. 
A: incorreta, pois o pagamentofeito de boa-fé ao credor putativo é válido ainda que provado depois que não era credor (art. 309 do CC); 
B: correta, nos termos expressos previsto no art. 478 do CC;
C: incorreta, pois a quitação poderá se dar por instrumento particular, mesmo que se trate de contrato firmado por instrumento público (art. 320, caput do CC); no mais deve, constar da quitação o nome do devedor, ou quem por este pagou (art. 320, caput do CC), e não necessariamente o nome do pagador; 
D: incorreta, pois o terceiro não interessado, que paga a dívida em nome próprio, tem direito de reembolsar-se do que pagar, mas não se sub-roga nos direitos do credor (art. 305, caput do CC). 
7) (FGV – 2010) Com relação ao pagamento, analise as afirmativas a seguir.
I – Terceiros não interessados podem pagar a dívida em seu próprio nome, desde que esteja vencida.
II – O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida a não ser que seja substancialmente mais valiosa.
III – O pagamento cientemente feito a credor incapaz de quitar não vale, a não ser que o devedor prove que o pagamento efetivamente reverteu em benefício do credor. 
Assinale:
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
( C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se somente a afirmativa III estiver correta.
I: incorreta (art. 305 do CC); II – incorreta (art. 313 do CC); III: correta (art. 310 do CC). Gabarito: E. 
METODOLOGIA ATIVA V
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES – Metodologia Ativa V 
1) (Magistratura/TJAP – FCC/2014) A respeito da mora:
I. O inadimplemento da obrigação positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor, mas não havendo termo, a mora se constitui mediante interpretação judicial ou extrajudicial. (Art. 397).
II. Admite-se a purgação da mora pelo devedor, mas não se admite a purgação da mora pelo credor. (Art. 401)
III – Nas obrigações provenientes de ato ilícito considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. (Art. 398)
IV. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa possibilidade resulte de caso fortuito ou de força maio, se estes ocorrerem durante o atraso, salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda que a obrigação fosse oportunamente desempenhada. (art. 399)
V. O atraso no cumprimento de uma obrigação configura mora, ainda que não haja fato ou omissão imputável ao devedor. (art. 396). 
Está correto o que consta APENAS em:
(A) II, IV e V.
(B) I, II e III.
( C) I, II e IV.
(D) I, III, e IV.
(E) I, III e V. 
2) (SEFAZ – PI – FCC – Auditor Fiscal da Fazenda Estadual – 2015, adaptado) Com relação à inexecução das obrigações, de acordo com o Código Civil,
(A) o devedor responde pelos prejuízos decorrentes de caso fortuito ou força maior se por eles houver expressamente se responsabilizado. Art. 393
(B) inadimplida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos, incluindo correção monetária, mas não juros nem honorários de advogado. Art. 389
( C) Considera-se em mora o devedor que efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. Art. 394. 
(D) Se a prestação, devido à mora, se tornar útil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos. Parágrafo único do Art. 395.
(E) inadimplida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos, incluído juros e correção monetária, porém não honorários de advogado. Art. 389
3) (FUNDATEC – PGE-RS – Procurador do Estado – 2015 – adaptado) Em relação ao pagamento e ao inadimplemento das obrigações, analise as seguintes assertivas:
I. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisa infungíveis. (art. 369). 
II – Observado o princípio da boa-fé, o pagamento reiterado feito em outro local permite presumir renúncia do credor em relação ao que tinha sido estabelecido no negócio jurídico. (art. 330).
III – Mesmo em caso de prestação obrigacional divisível, não pode o credor ser obrigado a receber de forma parcelada se assim não restou ajustado entre as partes. (Art. 314)
IV – Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor de devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se pela confusão. (art. 368) e (art. 381). 
Quais estão corretas?
(A) Apenas I e IV.
(B) Apenas II e III.
( C) Apenas I, II e III.
(D) Apenas I, II e IV.
(E) Apenas II, III e IV. 
4) (FCC – TJPI – Juiz Substituto – 2015) A respeito da mora, considere:
I. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. (art. 398).
II. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. (art. 395).
III. Não havendo termo, a mora só se constitui mediante interpelação judicial. (art. 397, parag. único).
IV. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora. Art. 396
V. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, exceto se essa impossibilidade resultar de caso fortuito ou de força maior ocorrentes durante o atraso. Art. 399. 
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) II, III e V
(B) I, III, e V.
( C) I, II e IV.
(D) II, IV, e V.
(E) I, III e IV. 
5) (FUMARC – PC-MG – Delegado de Polícia Substituo – 2018)( Nas obrigações negativas, o devedor é considerado inadimplente:
(A) a partir da citação.
(B) a partir da sua constituição em mora pelo credor.
( C) a partir do ajuizamento da ação pelo credor.
(D) desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. Art. 390
6) (FCC – TJSC – Juiz Substituo – 2017) A cláusula penal
(A) pode ter valor excedente ao da obrigação principal, ressalvado ao juiz reduzi-lo equitativamente. Art. 412.
(B) incide de pleno direito, se o devedor, ainda que isento de culpa, deixar de cumprir a obrigação ou se constitui-se em mora. Art. 408.
( C) incide de pleno direito, se o devedor, culposamente, deixar de cumprir a obrigação ou se constituir-se em mora. Art. 408.
(D) exclui, sob pena de invalidade, qualquer estipulação que estabeleça indenização suplementar. Art. 416, p. único.
(E) sendo indivisível a obrigação, implica que todos os devedores, caindo em falta um deles, serão responsáveis, podendo o valor integral ser demandado de qualquer deles. Art. 414.
7) (MANAUSPREV – FCC – Procurador autárquico – 2015) A cláusula penal
(A) não pode prever cominação superior a trinta por cento da obrigação principal.
(B) pode prever cominação igual à obrigação principal, devendo ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação tiver sido cumprida em parte. Art. 412 e 413.
( C) deve ser estipulada sempre conjuntamente com a obrigação, destinando-se exclusivamente a compensar o credor pela mora. Art. 409.
(D) vale como indenização pelos danos que tiver experimentado o credor, não se podendo estipular indenização suplementar a seu montante, ainda que se trate de contrato comutativo. Art. 416, p. único.
(E) somente pode ser exigida em caso de comprovação de prejuízo. Art. 416. 
8) (TRT-SP – Juiz do Trabalho Substituto – 2015) Em relação à cláusula penal, à luz da legislação vigente, aponte a alternativa CORRETA.
(A) É convencionada para a proteção do devedor, visto que atua como limitação de sua responsabilidade, e somente poderá ser exigida quando ocorrer prejuízo para o credor. Art. 416.
(B) Será exequível apenas quando for estipulada conjuntamente com a obrigação principal, não se admitindo estipulação posterior. Art. 409.
( C) Na obrigação indivisível, caindo em falta um dos devedores, todos incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada qual somente pela sua quota. Art. 414. 
(D) O valor da cominação imposta em cláusula pode, validamente, exceder aquele da obrigação principal quando houver autorização judicial. Art.412.
(E) Se o prejuízo do credor for superior ao previsto na cláusula penal,poderá ser exigida indenização suplementar, ainda que não tenha sido convencionado. Art. 416, p. único. 
9) (Magistratura do Trabalho/TRT2 – 2014) Em relação à cláusula penal, aponte a alternativa correta:
(A) a cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se apenas às hipóteses de inexecução completa da obrigação ou da mora. Art. 409. 
(B) Quando se estipular a cláusula penal para o caso do total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor. Art. 410. 
( C) Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena, e esta só se poderá demandar integralmente de cada um deles, pela totalidade da dívida. Art. 414. 
(D) Quando a obrigação for indivisível incorre na pena o devedor ou o herdeiro do devedor que a infringir, apurando proporcionalmente a sua parte na obrigação. Art. 415.
(E) se o prejuízo excede ao previsto na cláusula penal poderá o devedor, justificadamente, exigir do credor indenização suplementar, ainda que assim não tenha sido convencionado. Art. 416, p. único. 
10) (Promotor de Justiça/MPE/AC – CESPE/2014) Considerando os conceitos de adimplemento e inadimplemento de uma obrigação, assinale a opção correta.
(A) O devedor pode responder pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior desde que, expressamente, tenha-se por eles responsabilizado. Art. 393.
(B) O juiz pode conceder ao credor indenização suplementar se os juros da mora e a pena convencional não cobrirem o prejuízo suportado. art. 416, p. único. 
(C ) A invalidade da cláusula penal implica a invalidade da obrigação principal, visto que nesta está inserida. 
(D) Considera-se em mora o devedor que não efetue o pagamento no tempo ajustado, mas não que cumpra a obrigação de forma imperfeita. 
(E) Não se admite que o credor recuse a prestação, ainda que o devedor a cumpra em mora, devendo aquele socorrer-se das perdas e danos para ver mitigado seu prejuízo. 
11) (OAB/Exame Unificado – 2017.1) Festas Ltda., compradora, celebrou, após negociações paritárias, contrato de compra e venda com Chocolates S/A, vendedora. O objeto do contrato eram 100 caixas de chocolate, pelo preço total de R$ 1.000,00, a serem entregues no dia 1º de novembro de 2016, data em que se comemorou o aniversário de 50 anos de existência da sociedade. No contrato, estava prevista uma multa de R$ 1.000,00 caso houvesse atraso na entrega. Chocolates S/A, devido ao excesso de encomendas, não conseguiu entregar as caixas na data combinada, mas somente dois dias depois, Festas Ltda., dizendo que a comemoração já havia acontecido, recusou-se a receber e ainda cobreou a multa. Por sua vez, Chocolates S/A não aceitou pagar a multa, afirmando que o atraso de dois dias não justificava sua cobrança e que o produto vendido era o melhor do mercado.
Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
(A) Festas Ltda. tem razão, pois houve o inadimplemento absoluto por perda da utilidade da prestação e a multa é uma cláusula penal compensatória. Art. 395, p. único. 
(B) Chocolates S/A não deve pagar a multa, pois a cláusula penal, quantificada em valor idêntico ao valor da prestação principal, é abusiva.
( C) Chocolates S/A adimpliu sua prestação, ainda que dois dias depois, razão pela qual nada deve a título de multa.
(D) Festas Ltda. Só pode exigir 2% de multa (R$20,00), teto da cláusula penal, segundo o Código de Defesa do Consumidor. 
A: correta, pois a característica principal do inadimplemento absoluto é justamente a não utilidade da prestação ao credor, em virtude do cumprimento defeituoso. Logo cabe a aplicação da cláusula penal compensatória prevista no contrato; B: incorreta, pois não há abusividade, uma vez que a cláusula penal não excede o valor da prestação (art. 412, CC); C: incorreta, pois a entrega fora do prazo fez a prestação tornar-se sem utilidade ao credor, razão pela qual configurou-se o inadimplemento absoluto; D: incorreta, pois esse teto refere-se à cláusula penal para a hipótese de mora (CDC, art. 52 § 1º) e não para o caso de inadimplemento absoluto. 
Gabarito: A
12) (OAB/Exame Unificado – 2015.3) Renato é proprietário de um imóvel e o coloca à venda, atraindo o interesse de Mário. Depois de algumas visitas ao imóvel e conversas sobre o seu valor. Renato e Mário, acompanhados de corretor, realizam negócio por preço certo, que deveria ser pago em três parcelas: a primeira, paga naquele ato a título de sinal e princípio de pagamento, mediante recibo que dava o negócio por concluído de forma irretratável; a segunda deveria ser paga em até trinta dias, contra a exibição das certidões negativas do vendedor; a terceira seria paga na data da lavratura da escritura definitiva, em até noventa dias a contar do fechamento do negócio. Antes do pagamento da segunda parcela, Mário celebra, com terceiros, contratos de promessa de locação do imóvel por temporada, recebendo a metade de cada aluguel antecipadamente. Renato, ao tomar conhecimento de que Mário havia celebrado as promessas de locação por temporada, percebeu que o imóvel possuía esse potencial de exploração. Em virtude disso, Renato arrependeu-se do negócio e, antes do vencimento da segunda parcela do preço, notificou o comprador e o corretor, dando o negócio por desfeito. Com base na hipótese formulada, assinale a afirmativa correta. 
(A) O vendedor perde o sinal pago para o comprador, porém nada mais lhe pode ser exigido, não sendo devida a comissão do corretor, já que o negócio foi desfeito antes de aperfeiçoar-se.
(B) O vendedor perde o sinal pago para o comprador, porém nada mais lhe pode ser exigido pelo comprador. Contudo, é devida a comissão do corretor, não obstante o desfazimento do negócio antes de aperfeiçoar-se. 
( C) O vendedor perde o sinal pago e o comprador pode exigir uma indenização pelos prejuízos a que a desistência deu causa, se o seu valor superar o do sinal dado, não sendo devida a comissão do corretor, já que o negócio foi desfeito antes de aperfeiçoar-se. 
(D) O vendedor perde o sinal pago e o comprador pode exigir uma indenização pelos prejuízos a que a desistência deu causa, se o seu valor superar o do sinal dado, sendo devida a comissão do corretor, não obstante o desfazimento do negócio antes de aperfeiçoar-se. 
R. Somente a alternativa “D” está correta pois, como havia cláusula de irretratabilidade ( ou seja não havia o direito de arrependimento), não incide a proibição de indenização suplementar prevista no art.420 do CC, prevalecendo a regra do art. 419 do CC, que admite que a parte inocente peça indenização suplementar; e, quanto à questão do corretor, este tem direito de ser remunerado pelo trabalho de aproximação e fechamento do negócio que fez, pouco importando seu desfazimento posterior.
13) (OAB/Exame Unificado – 2015.1) Joana deu seu carro a Lúcia em comodato, pelo prazo de 5 dias, findo o qual Lúcia não devolveu o veículo. Dois dias depois, forte tempestade danificou a lanterna e o para-choque dianteiro do carro de Joana. Inconformada com o ocorrido, Joana exigiu que Lúcia a indenizasse pelos danos causados ao veículo. Diante do fato narrado assinale a alternativa correta.
(A) Lúcia incorreu em inadimplemento absoluto, pois não cumpriu sua prestação no tempo ajustado, o que inutilizou a prestação para Joana.
(B) Lúcia não está em mora, pois Joana não a interpelou, judicial ou extrajudicialmente.
( C) Lúcia deve indenizar Joana pelos danos causados ao veículo salvo se provar que os mesmos ocorreriam ainda que tivesse adimplido sua prestação no termo ajustado. 
(D) Lúcia não responde pelos danos causados ao veículo, pois foram decorrentes de força maior.
A: incorreta, pois a não devolução do veículo no prazo não torna a sua entrega futura imprestável, diferentemente, por exemplo, se se tratasse da obrigação de entrega de um bolo de casamento, que, não entregue no prazo, tornaria imprestável a entrega depois do casamento; B: incorreta, pois o comodato mencionado na questão é com prazo certo e, portanto, a mora incorrede pleno direito, independentemente, portanto, de interpelação judicial ou extrajudicial; C: correta, nos termos do art. 399 do CC; D: incorreta, pois estando em mora, essa alegação não procede, nos termos do art.; 399 do CC, só havendo isenção de responsabilidade do devedor se este conseguisse provar que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
14) (OAB/Exame Unificado – 2014.3) Donato, psiquiatra de renome, era dono de uma extensa e variada biblioteca, com obras de sua área profissional , importadas e raras. Com sua morte, seus três filhos, Hugo, José e Luiz resolvem alienar a biblioteca à Universidade do Estado, localizada na mesma cidade em que o falecido residia. Como Hugo vivia no exterior e José em outro estado, ambos incumbiram Luiz de fazer a entrega no prazo avençado. Luiz, porém, mais preocupado com seus próprios negócios, esqueceu-se de entregar a biblioteca à universidade, que diante da mora, notificou José para exigir-lhe o cumprimento integral em 48 horas, sob pena de resolução do contrato em perdas e danos.
Nesse contexto, assinale a afirmativa correta.
(A) José deve entregar à biblioteca, no prazo designado pela Universidade, se quiser evitar a resolução do contrato em perdas e danos.
(B) Não tendo sido ajustada solidariedade, José não está obrigado a entregar todos os livros, respondendo, apenas, pela sua cota parte.
( C) como Luiz foi incumbido da entrega, a Universidade não poderia ter notificado José, mas deveria ter interpelado Luiz.
(D) Tratando-se de três devedores, a Universidade não poderia exigir de um só o pagamento; logo, deveria ter notificado simultaneamente os três irmãos. 
A: correta; tratando-se a biblioteca de bem indivisível, cada um dos devedores será obrigado pela dívida toda (art. 259, caput, do CC); B, C e D: incorretas, pois, conforme mencionado, por força de lei, os três são obrigados pela dívida toda (art. 259, caput, do CC). 
15) (OAB/Exame Unificado – 2010.2) João prometeu transferir a propriedade de uma coisa certa, mas antes disso, sem culpa sua, o bem foi deteriorado. Segundo o Código Civil, ao caso de João aplica-se o seguinte regime:
(A) a obrigação fica resolvida, com a devolução de valores eventualmente pagos.
(B) a obrigação subsiste, com a entrega da coisa no estado em que se encontra.
( C) a obrigação subsiste, com a entrega da coisa no estado em que se encontra e abatimento no preço proporcional à deterioração.
(D) a obrigação poderá ser resolvida, com a devolução de valores eventualmente pagos, ou subsistir, com a entrega da coisa no estado em que se encontra e abatimento no preço proporcional à deterioração, cabendo ao credor a escolha de uma dentre as duas soluções. 
De acordo com o art. 235 do Código Civil “deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu”. Assim sendo, somente a alternativa “D” está correta, pois compete ao credor da obrigação escolher entre resolvê-la, recebendo dinheiro que tiver pago de volta, ou pedir a entrega da coisa, com abatimento proporcional de seu preço. 
16) (FGV – 2010) Assinale a alternativa correta.
(A) A mora ex re deriva de inadimplemento de obrigação, positiva e líiquida, para cujo pagamento se estabeleceu prazo certo. Neste caso, a constituição da mora é automática, sem necessidade de interpelação judicial ou extrajudicial do credor. 
(B) O devedor em mora sempre responde pela impossibilidade da prestação, ainda que esta decorra de caso fortuito ou força maior.
(C ) A mora do credor possui o condão de afastar do devedor a responsabilidade pela conservação da coisa, mesmo que este último atue dolosamente.
(D) Os juros de mora são contados desde a constituição do devedor em mora, no caso da mora ex persona. 
(E) O credor, quando a prestação devida tornar-se inútil por mora do devedor, pode exigir deste a satisfação das perdas e danos cumulada com a prestação de obrigação alternativa. 
A: correta (art. 397, caput, do CC); B: incorreta (art. 399, do CC); C: incorreta (art. 400 do CC); D: incorreta (art. 405 do CC); E: incorreta (art. 395, parágrafo único do CC). 
17) (OAB Exame Unificado XXX, 2019). Lucas, interessado na aquisição de um carro seminovo, procurou Leonardo, que revende veículos usados. Ao final das tratativas, e para garantir que o negócio seria fechado, Lucas pagou a Leonardo um percentual do valor do veículo, a título de sinal. Após a celebração do contrato, porém, Leonardo informou a Lucas que, infelizmente, o carro que haviam negociado já havia sido prometido informalmente para um outro comprador, velho amigo de Leonardo, motivo pelo qual Leonardo não honraria a vença. Frustrado, diante do inadimplemento de Leonardo, Lucas procurou você, como advogado (a), para orientá-lo. Nesse caso, assinale a opção que apresenta a orientação dada. 
a) Leonardo terá de restituir a Lucas o valor pago a título de sinal, com atualização monetária, juros e honorários de advogado, mas não seu equivalente.
(B) Leonardo terá de restituir a Lucas o valor pago a título de sinal, mais o seu equivalente, com atualização monetária, juros e honorários de advogado.
( C) Leonardo terá de restituir a Lucas apenas metade do valor pago a título de sinal, pois informou, tão logo quanto possível, que não cumpriria o contrato.
(D) Leonardo não terá de restituir a Lucas o valor pago a título de sinal, pois este é computado como início de pagamento, o qual se perde em caso de inadimplemento. 
R. B. Leonardo terá de restituir a Lucas o valor pago a título de sinal, mais o seu equivalente= valor pago a título de sinal. Ao final Leonardo terá de restituir a Lucas 2 vezes o valor pago a título de sinal, com atualização monetária, juros e honorários de advogado.

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