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Liderança e Coaching na Prática W B A 0 2 3 7_ v1 .0 2/222 Liderança e Coaching na Prática Autor: João Carlos Lopes Como citar este documento: LOPES, João Carlos. Liderança e Coaching na Prática. Valinhos: 2016. Sumário Apresentação da Disciplina 04 Unidade 1: A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional 06 Assista a suas aulas 20 Unidade 2: O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching 27 Assista a suas aulas 42 Unidade 3: Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016) 50 Assista a suas aulas 65 Unidade 4: Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 72 Assista a suas aulas 88 2/222 3/2223 Unidade 5: Liderança empreendedora e práticas de gestão de pessoas: um estudo sobre a eficácia na promoção do empreendedorismo corporativo (FRANCO; HASHIMOTO, 2014) 96 Assista a suas aulas 112 Unidade 6: Coaching como processo inovador de desenvolvimento de pessoas nas organizações (MELO; BASTOS; BIZARRIA, 2014) 120 Assista a suas aulas 135 Unidade 7: A relação das características inerentes aos perfis de liderança no desenvolvimento do coaching (NORO; STÜKER; OLIVEIRA, 2016) 143 Assista a suas aulas 162 Unidade 8: Coaching e Mentoring: Lapidando Diamantes Brutos (HOFFMAN; SILVA; SANTANA, 2012) 170 Assista a suas aulas 186 Sumário Liderança e Coaching na Prática Autor: João Carlos Lopes Como citar este documento: LOPES, João Carlos. Liderança e Coaching na Prática. Valinhos: 2016. 4/222 Apresentação da Disciplina Notadamente, as organizações empenham cada vez mais esforços na adoção de fer- ramentas para o desenvolvimento e otimi- zação das funções de seus gestores, desta- cando-se os treinamentos não como uma prática de reparação, mas como uma ferra- menta para o desenvolvimento de lideran- ças proativas, capazes de conduzir o cres- cimento sustentável e a inovação. Surge, nesse contexto, a figura do líder coach, cuja característica é o exercício da liderança de modo inspirador, fomentando o aprendiza- do comportamental através de foco em mo- tivação para um plano de ações que produ- za resultados, ou seja, o coaching está rela- cionado em manifestar seu melhor desem- penho por meio de assistência individual e privada, através de estímulo e orientação. O surgimento do líder coach está cada vez mais alinhado com a característica trans- formacional e sistemática do mundo cor- porativo. A compreensão de como o líder é percebido por outras pessoas em um con- texto organizacional é de vital importância para a liderança e a eficácia gerencial. Para examinar a relação entre as caracterís- ticas da liderança e do coaching na prática, como uma interação significativa entre a orientação dos objetivos de aprendizagem, a motivação pré-treinamento e a melhoria do desempenho, é necessário estabelecer uma relação entre a aprendizagem, a orien- tação dos objetivos e a melhoria no desem- penho. As instituições, ao longo do tempo, sempre tiveram a necessidade de pessoas para pro- 5/222 duzir e conduzir os resultados da organiza- ção, ficando a cargo da liderança qualificar e identificar situações que possam prejudi- car a equipe e, consequentemente, a orga- nização. Dessa maneira, esta disciplina objetiva identificar como as pessoas e as organiza- ções podem interagir em busca da obten- ção de resultados positivos, sob a ótica da ética, relatando por intermédio da pesqui- sa, presentes em artigos científicos, disser- tações de mestrado e teses de doutorado, a aplicação prática dos pressupostos teóricos acerca da liderança e do coaching. 6/222 Unidade 1 A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional Objetivos Os objetivos deste tema consistem na imersão do aluno no contexto da liderança e do coaching na prá- tica, observando: 1. Compreender as características da liderança. 2. Conhecer os estilos de liderança. 3. Entender a natureza do coaching. Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional7/222 Introdução O tema liderança tem sido debatido por vá- rios autores, tanto na visão daqueles que lideram como daqueles que são liderados. Necessariamente, é preciso modificar a vi- são do que muitos têm sobre liderança, traduzindo-a em uma capacidade ineren- te a cada pessoa. Todas as organizações precisam de líderes, cujas ações e palavras influenciem o pensamento e o comporta- mento das outras. Todavia, se, por um lado, o líder recebe es- tímulos para melhorar seu relacionamento, entre ele e seus liderados, por outro lado, é incansavelmente cobrado pelos objetivos e metas a serem atingidas. Ainda que pres- sionado pelas exigências de produtividade imposta pelas estruturas organizacionais e pela constante busca de sua satisfação pes- soal e de seus liderados, configura-se, as- sim, como um elemento indispensável para o alcance das estratégias organizacionais. O que define um líder não é a ausência de fraquezas, mas a presença de pontos fortes marcantes. O segredo para alcançar a exce- lência através da liderança está em inves- tir no desenvolvimento de suas qualidades fundamentais, tais como conhecimento e habilidades interpessoais. A liderança pode ser desenvolvida e, por- tanto, é possível tornar-se um líder melhor. Para conquistar essa característica, deve se entregar ao aprimoramento pessoal, de modo que possa perseguir constantemente a atualização de seus conhecimentos e sua qualificação, pois, quando for solicitado a exibir alguma de suas habilidades, ele deve Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional8/222 estar pronto para demostrar a sua competência. Atualmente, observa-se um estilo de liderança emergente, chamado de coaching, considerado muito mais do que uma técnica. O coaching pode ser definido como um processo interativo atra- vés do qual o líder presta assistência ao liderado, conduzindo esse a obter os objetivos planeja- dos a partir de suas próprias habilidades e recursos de forma mais eficaz. Para saber mais O coaching tem como objetivo produzir mudanças cognitiva, comportamental e emocional em seu lide- rado, proporcionando à geração novos comportamentos e ideias, os quais possibilitarão seu desenvol- vimento, capacitando-o a agir de acordo com os objetivos organizacionais. Cabe, ainda, orientá-lo como superar obstáculos encontrados em seu cotidiano, permitindo, dessa ma- neira, que a estratégia organizacional seja preservada e se torne um item relevante para suas ações. Essa nova relação, liderança e coaching tem como característica significativa observar e avaliar a influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Vale também lembrar que nem todos os líderes nascem administradores, assim como nem todos os administradores nascem líderes, observan- Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional9/222 do que o direito formal auferido pela organização não confere ao indivíduo a capacidade de uma liderança eficaz, ou seja, líderes podem surgir dentro de grupos de forma natural e espontânea. Para saber mais A influência da liderança pode ser observada quando o líder se utiliza de seu poder, sendo esse o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo; o poder de referência, em função das qualidades e do ca- risma; ou, ainda, o poder do saber, exercido pelos conhecimentos que o líder possui. Sendo assim, é possível afirmar que a lide- rança é imprescindível em todos e quaisquer tipos de organizações, pois essa compreen- de atividades complexas, e, para isso, o lí- der pode utilizar-se de ferramentas admi-nistrativas de melhoria contínua, tais como o PDCA, que irá auxiliá-lo na sua rotina de: planejamento de atividades, execução de tarefas, controle de rotinas e correção de falhas, até mesmo as cotidianas, além de estimular seus liderados através de um pro- cedimento contínuo para o alcance das me- tas e objetivos estabelecidos pela organiza- ção. Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional10/222 Link “Método PDCA e ferramentas da qualidade no gerenciamento de processos industriais: um estudo de caso”. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79051>. Acesso em: 15 set. 2016. Dentro desse contexto, relacionado ao pro- cesso de liderança e coaching, informações que possam auxiliar na compreensão e ex- pansão do conhecimento sobre o tema se- rão apresentadas. Características e estilos de liderança James MacGregor Burns, em seu livro Li- derança (1978), identificou dois tipos de liderança política: transacional e transfor- macional. A liderança transacional ocorre quando uma pessoa toma a iniciativa de fa- zer contato com os outros, para efeitos de troca de algo valorizado, envolvendo, so- bretudo, negociações entre os líderes e seus subordinados e relações de troca entre eles. Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional11/222 Link “Revisitando a perspectiva de James MacGre- gor Burns: qual é a ideia por trás do conceito de liderança transformacional”. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cebape/v13n1/ 1679-3951-cebape-13-01-00121.pdf>. Aces- so em: 14 set. 2016. A liderança transformacional, por sua vez, é baseada em mais do que o cumprimento de seguidores, envolvendo mudanças nas crenças, nas necessidades e nos valores de seguidores. Os líderes transformacionais motivam os seus seguidores, inspirando- -os, oferecendo desafios e incentivando o desenvolvimento individual, porém objeti- vam a realização do propósito coletivo, da missão e da visão comum. Comportamentos distintos estão envolvi- dos na liderança transformacional e transa- cional. A liderança transformacional inclui a consideração individualizada, a estimu- lação intelectual, o carisma e a motivação inspiradora. A liderança transacional inclui recompensa para contingente e gestão por exceção. Existem evidências consideráveis de que a liderança transformacional é efi- caz e está positivamente relacionada com a satisfação, motivação e desempenho do subordinado. Os estilos de liderança transacional e trans- formacional são contrastados com a lide- rança laissez-faire. Para Chiavenato (2006), liderança laissez-faire ocorre quando o líder Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional12/222 Para saber mais Laissez-faire é um termo originário da língua fran- cesa que significa “deixai fazer”, comumente uti- lizado quando se quer referir a gestores que apre- sentam falta de comprometimento e isenção de responsabilidade com suas atividades. delega totalmente as decisões ao grupo sem controle algum e deixa-o completamente à vonta- de. É mínima sua participação, tendo o grupo total liberdade para decisões coletivas ou individu- ais, além da divisão das tarefas e escolha dos colegas ficar totalmente a cargo do grupo, ou seja, há absoluta falta de participação do líder. A natureza do coaching Frequentemente, gestores ensinam seus subordinados como executar determina- das atividades, as quais estão diretamente relacionadas com as funções que eles ocu- pam nas organizações. Entretanto, os co- laboradores podem não compreender cor- retamente e agir inequivocamente. Dessa maneira, o coaching constitui uma técnica imprescindível para a melhoria do desem- penho. Essencialmente, o coaching pode ser defini- do como um processo de comunicação de duas vias. Uma vez que os colaboradores recebem treinamentos com o objetivo de apresentar resultados mais assertivos, os treinadores proverão feedback e permitirão aos seus alunos que ajustem suas ações no- Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional13/222 vamente. Esse processo continuará até que eles atinjam os resultados esperados por seus ges- tores. Dessa maneira, no coaching, uma relação recíproca entre os treinadores e os seus alunos deve ser desenvolvida. Treinadores desportivos, como, por exemplo, de basquete, podem e devem auxiliar seus alunos a diagnosticar o que está acontecendo em quadra e descobrir o que pode ser me- lhorado e como melhorar, conforme evidenciado no longa-metragem “Coach Carter: Um Treino para a Vida”. Link Liderança transformacional e o desenvolvimento de equipes de alta performance: uma análise do filme “Coach Carter: Treino para a Vida”. Disponível em: <http://fatifajar.com.br/blogadm/wp- content/uploads/2013/08/2.-Lideran%C3%A7a-transformacional-e-o-desenvolvimento- de-equipes-de-alta-Performance.pdf>.Acesso em: 15 set. 2016. Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional14/222 Glossário Carisma: é uma habilidade inata de alguns seres humanos de conseguir encantar, persuadir, fas- cinar ou seduzir um outro indivíduo, através da sua forma de ser e agir. Etimologicamente, o ter- mo “carisma” se originou a partir do grego “khárisma”, que significa “graça” ou “favor”. Significado de carisma. Disponível em: <https://www.significados.com.br/carisma/>. Acesso em: 16 set. 2016. Motivação: a palavra motivação é oriunda do latim motivus e quer dizer algo móvel ou relacio- nado a movimentos. Logo, a motivação conduz a novos horizontes, bastando dividir a palavra para ser obtido: motivo + ação. O conceito de motivação nas empresas. Disponível em: <http:// www.administradores.com.br/mobile/artigos/negocios/o-conceito-de-motivacao-nas-empre- sas/61904/>. Acesso em: 16 set. 2016. Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional15/222 Glossário Feedback: é um parecer, uma opinião ou, ainda, uma análise sobre uma pessoa, um grupo de pessoas ou mesmo uma atividade, com o objetivo de avaliar o desempenho e o resultado do tra- balho executado. É possível entender os pontos positivos e negativos de uma atividade, buscan- do meios de melhorar a sua execução. O que é feedback? Disponível em: <http://www.meusdicionarios.com.br/feedback>. Acesso em: 16 set. 2016. Questão reflexão ? para 16/222 Como você viu, diversos aspectos de liderança e coaching podem ser aplicados dentro dos mais variados tipos de organizações. Sendo assim, reflita sobre os conceitos que acaba de aprender, cite em que estilo de liderança você estaria enquadrado e identifique os pontos positi- vos e negativos relacionados ao estilo escolhido. 17/222 Considerações Finais » Uma boa liderança está diretamente relacionada ao conhecimento da natureza humana; » foram identificados, entre os tipos de lideranças, comportamentos e ca- racterísticas marcantes; » os estilos de liderança transacional e transformacional são contrastados pelo estilo laissez-faire; » o coaching é um processo de comunicação de duas vias. Assim, é neces- sário desenvolver uma relação de reciprocidade entre os gestores e os co- laboradores. Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional18/222 Referências BOZER, G.; SARROS, J.C.; SANTORA, J.C. The role of coach characteristics in executive coaching for effective sustainability. Journal of Management Development, v. 32, n. 3, p. 277-294, 2013. CALAÇA, P.A.; VIZEU, F. Revisitando a perspectiva de James MacGregor Burns: qual é a ideia por trás do conceito de liderança transformacional. Cadernos EBAPE.BR, v. 13, n. 01, p. 121-135, 2015. CHIAVENATO, I. Administração gerale pública. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. MARIANI, C.A. Método PDCA e ferramentas da qualidade no gerenciamento de processos indus- triais: um estudo de caso. Revista de Administração e Inovação, v. 2, n. 2, p. 110-126, 2005. MELO, L. H. A.; BASTOS, A. T.; BIZARRIA, F. P. A. Coaching como Processo Inovador de Desenvol- vimento de Pessoas nas Organizações. Revista Capital Científico, v. 13, n. 2, p. 141-153, 2015. NORO, G.B.; STÜKER, C.; OLIVEIRA, J.H.R. A relação das características inerentes aos perfis de liderança no desenvolvimento do processo coaching. Revista Capital Científico, v. 13, n. 1, p. 59-76, 2015. RAMOS, D. M.; SOUZA, P. R. Coaching de executivos e a mudança comportamental. Revista Pen- samento Contemporâneo em Administração, v. 6, n. 4, p. 87-105, 2012. Unidade 1 • A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional19/222 SILVA, A.S.; SILVA, V.S. Liderança transformacional e o desenvolvimento de equipes de alta per- formance: uma análise do filme “Coach Carter: Treino para a Vida”. In: Congresso Internacional de Administração, 9., 2012, Ponta Grossa. Anais do IX Congresso Internacional de Administra- ção. Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2012. Referências 20/222 Assista a suas aulas Aula 1 - Tema: A relação da liderança e do coa- ching com a estratégia organizacional - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 5436d599d3a9a5088d38adc60fc77a61>. Aula 1 - Tema: A relação da liderança e do coaching com a estratégia organizacional - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/1bbe983403c13db2c7377fb83c726ac5>. 21/222 1. Assinale a alternativa que apresenta o nome do estilo de liderança que foca nas relações de interesse dos liderados, oferecendo, muitas vezes, ameaças e/ou recompensas: a) Liderança laissez-faire. b) Liderança situacional. c) Liderança transacional. d) Liderança carismática. e) Liderança transformacional. Questão 1 22/222 2. Assinale a alternativa que corresponde ao estilo de liderança que apre- senta consideração individualizada, estimulação intelectual, carisma e motivação inspiradora como características principais: a) Liderança carismática. b) Liderança bidimensional. c) Liderança transacional. d) Liderança situacional. e) Liderança transformacional. Questão 2 23/222 3. Os estilos de liderança consistem nas atitudes de um líder frente a seus colaboradores. Basicamente, são apontadas três formas de liderança: tran- sacional, transformacional e laissez-faire. A esse respeito, assinale a alter- nativa correta. a) Um supervisor que está preocupado exclusivamente com a produção e os prazos de entrega, desconsiderando as opiniões de seus seguidores e centralizando as decisões da organização pratica a liderança transformacional. b) Na liderança laissez-faire, os seguidores são os responsáveis pela tomada de decisão. c) Um gerente que busca resultados através de mudanças nas crenças, nas necessidades e nos valores dos colaboradores pode ser classificado como um líder transacional. d) Um gestor que procura atingir resultados por meio de mudanças nas crenças, nas necessida- des e nos valores dos colaboradores pode ser classificado como um líder laissez-faire. e) É característica da liderança transacional a participação de seguidores no processo de to- mada de decisão e a definição compartilhada de objetivos e estratégias. Questão 3 24/222 4. Quando um líder, a partir do coaching, desenvolve uma relação de reciprocidade com seus colaboradores, ele visa: a) aumentar a popularidade; b) ampliar o seu poder sobre os colaboradores; c) atingir resultados mais assertivos; d) dividir a equipe; e) substituir os colaboradores. Questão 4 25/222 5. As mudanças do mundo globalizado conduziram as organizações a vol- tar suas atenções para o desenvolvimento de carreira de seus colaborado- res, com a intenção de: a) desestimular os seus colaboradores a assumirem a responsabilidade de seu próprio desenvolvimento e autogerenciamento da carreira; b) estabelecer uma nova hierarquia corporativa, tornando, assim, previsível a periodicidade de promoções dentro de áreas funcionais; c) assumir o planejamento da diversidade da força de trabalho para que as organizações se utilizem das peculiaridades de seus colaboradores; d) oferecer meios compatíveis, através da orientação e incentivo, para o desenvolvimento da carreira, através de ferramentas como o coaching, que auxiliam o crescimento dos colaboradores; e) definir claramente os planos de carreira, de acordo com resultados da avaliação de desempenho, promovendo melhoria do autocontrole do colaborador. Questão 5 26/222 Gabarito 1. Resposta: C. A liderança transacional apresenta como característica a recompensa para contin- gente. 2. Resposta: E. As características citadas correspondem à liderança transformacional. 3. Resposta: B. Na liderança laissez-faire, os gestores abdi- cam de sua responsabilidade e evitam to- mar decisões. 4. Resposta: C. Ao estabelecer uma relação de reciprocida- de, os gestores estão aptos a prover feedba- ck aos colaboradores, permitindo a eles que ajustem suas ações para atingir resultados mais assertivos. 5. Resposta: D. O processo de coaching possibilita produ- zir mudanças cognitiva, comportamental e emocional nos colaboradores, proporcio- nando a geração de novos comportamentos e ideias, os quais possibilitam seu desenvol- vimento. 27/222 Unidade 2 O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching Objetivos 1. Demonstrar o caráter cíclico dos pressupostos acerca da liderança e do coaching, segundo a ciência (renova- ção e comunicação). 2. Demonstrar como os resultados podem ser articulados no delineamento de estratégias corporativas. 3. Contextualizar a possibilidade de utilização de dife- rentes métodos teóricos, quais sejam: qualitativos e quantitativos, na busca por respostas e propostas es- tratégicas de liderança e coaching. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching28/222 Introdução Desde seu surgimento, o ser humano vem se adaptando de acordo com suas necessi- dades, realizando alterações, promovendo, sempre através de um processo evolutivo, impacto em seu modo de viver, pensar, agir e, principalmente, comunicar-se. A partir do advento da era da informática, a velocidade dessas mudanças se torna mais abrupta, pois, através desse novo método de transferência do conhecimento, a velocida- de de acesso a novos recursos e tecnologias faz com que os indivíduos e sociedade al- terem seus comportamentos, aumentando sua participação e interferência através da possibilidade de manipular dados, imagens, compartilhando informações, intensifican- do a sua consciência econômica, ecológica e organizacional. Nesse novo cenário, no qual a informação e o conhecimento se tornaram recursos estratégicos importantes, as organizações estão sendo atingidas diretamente pelo as- pecto competitivo de forma mais intensa através da economia globalizada, fazendo com que essas necessitem sempre de um processo de comunicação mais eficaz, ali- nhando-se com o planejamento estratégi- co organizacional, com seus compromissos, sua missão, seus valores e que possam con- tribuir para a geração de valor. Dessa forma, podemos observar que cabe ao setor de recursos humanos renovar sua metodologia de atuação, melhorando sua capacidade de compreensão sobre a com- plexidade das individualidades e das expe- riências vividas coletivamente. A compre- Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching29/222ensão de pessoas como seres singulares pode facilitar a construção de um ambiente propício à motivação e ao exercício da cria- tividade. Atuando fortemente no desenvol- vimento das competências de seus cola- boradores, pode-se demostrar claramente o quanto eles são importantes para a em- presa, compartilhando informações e utili- zando-se do capital intelectual de cada um, permitindo que esses compreendam em detalhes os resultados apresentados pela empresa em que elas próprias estão auxi- liando construir. Por sua vez, esses resultados e sua perfor- mance podem ser avaliados de duas formas, ou seja, através de uma análise quantitati- va, com a qual pode-se analisar números por meio de métodos estatísticos, possuindo uma qualidade técnica, ou através da aná- lise quantitativa, que é mais objetiva, pois seu foco é conciso e limitado, estabelecen- do apenas análise de relação entre causas e consequências. Portanto, essa mudança no perfil individu- al e organizacional faz com que a organi- zação necessite adquirir novos conceitos, principalmente na forma de se comunicar, pois, quanto menor for o “ruído” na sua co- municação, maior poder terá em incentivar o colaborador a participar de seus negócios e, consecutivamente, de seus resultados, portanto, através desse processo emissor- -receptor, cabe à liderança ou ao coaching construir a facilitação da interação dialó- gica, permitindo o confronto de ideias e o alinhamento de interesses de todos os co- Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching30/222 laboradores para obtenção do consenso e atingir o resultado estratégico. É necessário estimular, alinhar os esforços e criar sinergia em torno de inovações que gerem riqueza e competitividade para suas organizações, de forma que, organizando esse conjunto de investimentos sob o ponto de vista estratégico, possam integrar o de- senvolvimento, a produção e a comerciali- zação de novos bens e serviços. Dessa forma, é preciso inovar, e, de uma forma genérica, estas podem ser observa- das como: inovações radicais e incremen- tais, sendo a inovação radical aquela que resulta em um produto, processo ou serviço que apresente características de desempe- nho sem precedentes ou características já conhecidas, mas que transformem os mer- cados existentes ou até criem novos merca- dos. Já as inovações incrementais são uma maneira de extrair o máximo valor possível de produtos e serviços existentes sem a ne- cessidade de fazer mudanças significativas ou grandes investimentos, auxiliando na melhoria da produtividade, reduzindo cus- tos e aumentando a qualidade por meio da otimização dos processos. Sendo assim, a organização contemporânea emerge amplamente atualizada às novas necessidades do homem, desconsideran- do alguns princípios, tais como: centraliza- ção, padronização, concentração de poder, substituindo-os por competência, valoriza- ção, aprendizado, autonomia, autogestão, produtividade, qualidade e excelência no desenvolvimento sustentável. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching31/222 Portanto, de forma geral, cabe então à li- derança e ao coaching a construção de um modelo organizacional, sistêmico, em que o corpo teórico de conhecimento possa descrever e explicar os conjuntos de variá- veis que são determinantes para entender: como estão estruturados, como se coorde- nam, como os recursos são afetados e como as pessoas são gerenciadas, permitindo, as- sim, o desenvolvimento e construção da ar- quitetura interna. A ação do líder e do coaching através da interação dialógica A globalização impõe uma transformação social contundente à realidade capitalista, pois a competitividade entre as corporações faz com essas cada vez mais necessitem de profissionais empreendedores, que atuem em equipe e forneçam ao novo grupo segu- rança, credibilidade e capacidade de persu- asão, para que, assim, a organização possa oferecer ao mercado maior transparência e segurança na emissão de informações a seus clientes. Essa nova exigência profissio- nal tem como objetivo captar profissionais cada vez mais especializados em se comu- nicar, seja no âmbito interno ou externo, pois essa capacidade de exercer uma perfei- ta comunicação empresarial facilita a visão, o desenvolvimento de estratégias através de ações transdiciplinares, maximizando o inter-relacionamento entre todos os níveis hierárquicos, além de aproximá-las de seus clientes e fornecedores. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching32/222 Link “As transformações do trabalho num mundo globalizado”. Disponível em: <http://www.scielo.br/scie- lo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222000000200002>. Acesso em: 20 set. 2016. Esse novo modelo holístico de comunicação torna-se estratégico, pois a interação dialógica confere a todo processo maior credibilidade quanto a erros e conflitos. Essa responsabilidade deve ser disseminada pelos líderes e coching, a fim de que a organização possa cada vez mais se aproximar das tendências e necessidades do mercado e de seus clientes. Para saber mais A interação dialógica é o resultado das interações entre os próprios colaboradores e entre colaboradores, líderes, gestores e outros agentes do contexto organizacional, permitindo, dessa forma, que os processos de aprendizagem sejam ampliados enormemente, favorecen- do o desenvolvimento do cognitivo e, consequentemente, do processo de conhecimento. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching33/222 Inovação – Um desafio para liderança e o coaching A inovação pode ser definida como a exploração com êxito de novas ideias que gerem valor a or- ganização, o que não quer dizer uso de novas tecnologias, e muito menos o desenvolvimento de novos produtos e processos, mas o uso e aplicação de novos conhecimentos e de suas destrezas cognitivas nos processos industriais e de comercialização de seus produtos. Link “Metodologia para mensurar o impacto da inovação nas atividades empresariais”. Disponível em: <http:// anprotec.org.br/anprotec2014/files/artigos/artigo%20(28).pdf>. Acesso em: 20 set. 2016. O cenário da economia globalizada promo- ve uma intensa renovação de atitudes, as quais geram novas organizações que de- sejam sobreviver no mercado, onde a cada dia buscam a diferenciação, como forma positiva de concorrência, o que as impele à criação de novos produtos ou até mesmo melhorar os que já existem, alterando a ma- neira de fazer as coisas, melhorando seus desempenhos e, por consequência, atin- Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching34/222 gindo a produtividade e a qualidade dese- jada. Outro constante desafio é a redução dos custos, através do aumento da margem de sua contribuição para o resultado final, gerando valor agregado ao produto ou ser- viço, tornando, assim, a economia cada vez mais dinâmica. Segundo Schumpeter (1988), uma nova ca- racterística chamada de “liderança empre- endedora” considera que ações desenvol- vidas na empresa possam ser contempladas como fatores de influência na inovação. Essa nova liderança incentiva de forma sistêmica a inovação de processos, inspirando con- fiança e permitindo que os colaboradores possam acreditar na importância de suas atividades, auxiliando-os a melhorarem no desenvolvimento e no compartilhamento de informações, além de deflagrar o aper- feiçoamento do conhecimento por toda empresa, sempre buscando novas aplica- ções e ideias, permitindo que, através des- se novo perfil de liderança no comando da organização, propicie uma visão mais ino- vadora do empreendimento, influenciando positivamente os clientes e a sociedade. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderançae do coaching35/222 Para saber mais A liderança empreendedora diferencia-se dos demais líderes em diversos aspectos, perce- bendo que, para transformar a empresa e atingir seus objetivos, precisa estar em contato direto com os colaboradores, participando junto dos trabalhos desenvolvidos e proporcio- nando oportunidade para esses trabalhadores também desenvolverem um perfil empreen- dedor, tornando possível inserir mudanças e inovações na empresa, a partir de indivíduos empreendedores. Sendo assim, a ação do coaching será a de auxiliar seus liderados a aprenderem a pensar, utilizando-se de suas experiên- cias e conhecimentos, partindo do estímu- lo do raciocínio deles através de pergun- tas, questionamentos, simulando cenários e debatendo as conclusões finais. A partir desse enfoque, cabe então ao coaching lide- rar, treinar, ensinar, monitorar, acompanhar, incentivar e encorajar sua equipe para reali- zação do novo desafio. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching36/222 Link “Organizações de aprendizagem ou aprendizagem organizacional”. Disponível em: <http://www.scie- lo.br/pdf/raeel/v3n1/v3n1a08.pdf>. Acesso em: 20 set. 2016. Para saber mais O estímulo de raciocínio é quando o líder incentiva seus colaboradores a refletirem, e desper- tarem em si, cada vez mais, a necessidade da busca de novas ideias e conceitos, além de ter uma atitude de receptividade, responsabilidade e empenho. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching37/222 Glossário Destreza cognitiva: habilidades e capacidades para reconhecer padrões, que nos permitem abordar novas situações em processos com familiaridade, que chamamos de experiência. Diferenciação: criar algo que seja considerado único, podendo ser: projeto ou imagem da marca, tecnologia, peculiaridades, serviços sob encomenda ou rede de fornecedores. Empreendedores: profissionais criativos e inovadores, que acreditam que é preciso ousar e que- brar barreiras para conseguir resultados. Tem iniciativa para aprender – e aprendem na prática. Valor agregado: resultado de processos e atividades adicionados a um item, produto ou serviço, que o valorizam em relação ao que ele era antes de esse processo ou atividade estar presente. Questão reflexão ? para 38/222 De acordo com os estudos apresentados, observamos que a orientação empreendedora se tornou um fator predominantemente para a característica do líder. Por- tanto, identifique em seu comportamento essas carac- terísticas e apresente uma sugestão inovadora para um processo de estímulo e incentivo a criatividade dentro de uma organização. 39/222 Considerações Finais • Inovação: como se diferenciar da concorrência. • Aprendizagem organizacional: impulsionar pessoas e grupos para melhorarem a inteligência, a criatividade e a capacidade organiza- cional. • Liderança empreendedora: as principais características de todas as formas de liderança estão relacionadas principalmente à capacidade de foco. • Estímulo de raciocínio: tem início diante do surgimento de uma ne- cessidade de resolução de um problema, seguido da análise e formu- lação de respostas ao problema levantado. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching40/222 Referências CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. DEWEY, J. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010 FARIAS, C.J.L.; ANDRADE, C.A.L.; FREITAS, C.F.L.S.; JUNIOR, J.S.G. Metodologia para mensurar o im- pacto da inovação nas atividades empresariais. In: World Conference on Science and Techno- logy Parks, 30., 2013, Recife. Annals of XXX World Conference on Science and Technology Parks. Recife: INSME Association, 2013. LARANJEIRA, S.M.G. As transformações do trabalho num mundo globalizado. Sociologias, Porto Alegre, n. 4, p. 14-19, jul./dez. 2000. LEIFER, R., O’CONNOR G.C., RICE, M. A implementação de inovação radical em empresas madu- ras. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 42, n. 2, abr./jun. 2002. SENGER, Peter M. A Quinta Disciplina: Caderno de Campo. Estratégias e Ferramentas para construir uma organização que aprende. Qualitymark. 1995. SCHUMPETER, A. J. Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma investigação sobre lucros, ca- pital, crédito, juros e o ciclo econômico. 1 ed. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997. Unidade 2 • O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching41/222 SOUZA, Y.S. Organizações de aprendizagem ou aprendizagem organizacional. Revista de Admi- nistração Eletrônica, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 1-16, jan./jun. 2004. VOLPATO, M., CIMBALISTA, S. O processo de motivação como incentivo à inovação nas organiza- ções. Revista da FAE, Curitiba, v. 5, n. 3, p. 75-86, set./ dez. 2002. Referências 42/222 Assista a suas aulas Aula 2 - Tema: O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 979555809121760060628d04e6d69544>. Aula 2 - Tema: O papel da pesquisa no contexto da liderança e do coaching - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ c3851e9eb8088e1d6aa19454979262fe>. 43/222 1. O resultado das interações entre os próprios colaboradores e entre colaboradores, líderes, gestores e outros agentes do contexto organizacional pode ser chamado de: a) interação dialógica b) interação sociológica c) interatividade interdepartamental d) inter-relação social e) interação psicológica Questão 1 44/222 2. A exploração com êxito de novas ideias que gerem valor a organização pode ser definida como: Questão 2 a) compartilhamento b) inovação c) diferenciação d) interação e) decisão 45/222 3. A liderança empreendedora incentiva de forma sistêmica a: Questão 3 a) renovação de conhecimentos b) modernização de equipamentos c) cooperação interdepartamental d) inovação de processos e) terceirização de serviços 46/222 4. A destreza cognitiva é um desafio para o coaching e para o líder em desenvolver em seus liderados: Questão 4 a) capacidade intelectual para analisar processos; b) competência técnica para desenvolver visão holística do sistema; c) capacidade de comunicação interna e interdepartamental; d) habilidade e competência informacional e transacional; e) habilidades e capacidades para abordar novas situações de processos com familiaridade. 47/222 5. As organizações contemporâneas emergem amplamente atualizadas às novas necessidades do homem, considerando alguns princípios, tais como: Questão 5 a) centralização, padronização, concentração de poder; b) competência, valorização, aprendizado, autonomia, autogestão; c) capacitação, organização, concentração de poder; d) concentração do poder, verticalização, controle do processo; e) coordenação técnica, controladoria, inspeção, padronização. 48/222 Gabarito 1. Resposta: A. A interação dialógica permite que os pro- cessos de aprendizagem sejam ampliados conferindo, maior credibilidade quanto a erros e conflitos. 2. Resposta: B. Inovação não quer dizer uso de novas tec- nologias, e muito menos o desenvolvimento de novos produtos e processos, mas o uso e aplicação de novos conhecimentos. 3. Resposta: D. A liderança empreendedora deve inspirar confiança e permitir que os colaboradores possam acreditar na importância de suas atividades, auxiliando-os a melhorarem no desenvolvimento e no compartilhamento de informações. 4. Resposta: E. A destrezacognitiva resume-se na experi- ência adquirida pelo colaborador, através do uso da teoria e da prática, aumentando cada vez mais sua capacidade de discerni- mento. 5. Resposta: B. A construção desse novo modelo organi- zacional contemporâneo tem como objeti- vo descrever e entender como os recursos estão estruturados, como se coordenam, como são afetados e como as pessoas são 49/222 Gabarito gerenciadas, permitindo, assim, o desen- volvimento e construção da arquitetura in- terna. 50/222 Unidade 3 Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016) Objetivos 1. Analisar os estilos de liderança a partir da com- paração entre empresas. 2. Analisar os desempenhos organizacionais a partir da comparação entre familiares. Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)51/222 Introdução É possível relacionarmos a formação do perfil da liderança à importância do processo de desenvolvimento de novas lideranças em “empresas familiares”, através da observação das dificuldades enfrentadas em suas estruturas. Porém, observa-se ainda que o maior desafio é o surgimento de novos líderes entre os controladores do capital dessas organizações, pois necessitam de boa formação e equilíbrio nos aspectos relacionados com o autoconhecimento, para desenvolvimento da competência, que, por sua vez, auxiliará no aspecto da tomada de decisões, dificuldades emocionais e técnicas, as quais, na prática, a maioria desses gestores não tiveram bons exemplos. O estilo de liderança adotado pelos gestores exerce um forte impacto sobre a satisfação dos colaboradores e, logicamente, sobre a produtividade. Através de estudos sistemáticos, como, por exemplo, a “experiência de Hawthorne”, constatou-se, na época, que os fatores psicológicos e sociais impactavam fortemente no desempenho dos colaboradores, dando destaque ao modelo de liderança adotado. Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)52/222 Para saber mais A experiência de Hawthorne demonstrou que o colaborador não é apenas um componente da máquina, mas que pode sofrer influência de acordo com suas necessidades, as quais podem e devem ser supridas pela organização. Consequentemente, o desenvolvimento dos gestores passa a merecer posição de destaque entre os estudiosos do assunto e a criação da área de recursos humanos é emi- nente, a qual surge com a responsabilidade de formar e treinar seus próprios gestores. Trata-se de um momento oportuno para se diferenciar gerência (cargo atribuído a uma pessoa) de liderança (função que precisa ser conquistada). Infelizmente, podemos observar que es- ses esforços ainda estão concentrados em organizações familiares, consideradas de “maior porte”, enquanto nas organizações de pequeno porte existe enorme carência de desenvolvimento de projetos consis- tentes para o aprimoramento das práticas de liderança. Vale destacar que, nesse tipo de organização, os “gerentes” são escolhi- dos em função de vínculos familiares ou até mesmo afetivos, relevando a competência necessária para o exercício da função, in- fluenciando de forma positiva e/ou negati- va a organização. De acordo com Leone (2005), podemos de- finir como fatores positivos: as organiza- ções que possuem tradições, em que seus valores, sua ética e moral descendem de Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)53/222 seus fundadores, gerando, assim, um am- biente de maior participação, colaboração, satisfação e, portanto, com menor turnover. Entretanto, os fatores negativos podem flo- rescer do estreitamento dessa boa relação, na qual os interesses familiares se sobre- põem aos interesses do negócio, resultando em nepotismo e, por consequência, ao fa- vorecimento de conflitos internos. Consideradas pilares da economia, as or- ganizações familiares são responsáveis por participação expressiva na economia, ten- do como grande desafio contemplar “as fu- turas gerações” com um sólido plano de car- reiras para que esses passem a se interessar pelo negócio e, posteriormente, assumir a gestão, lembrando que conhecer somente o “chão de fábrica” ainda é importante, mas não mais o suficiente. É preciso desenvolver conhecimentos sólidos de práticas admi- nistrativas e desenvolver uma visão global que possa garantir sua inserção no mundo globalizado, desenvolvendo uma cultura de inovação e aplicação de tecnologias dispo- níveis, com o intuito de atrair o interesse de profissionais competentes e que possam apoiar o processo sucessório. Para saber mais A participação expressiva justifica-se conforme informações do BNDES, nas quais, excluindo as empresas estatais e as multinacionais, 95% das maiores empresas brasileiras são familiares, es- tando a maioria na segunda geração de dirigen- tes. Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)54/222 Desempenho organizacional Existem várias definições sobre desempe- nho organizacional, sem que haja algum consenso sobre sua definição, além de au- tores que questionam a confiabilidade das informações. Todavia, para Neely, Gregory e Platts (2005), o desempenho organizacio- nal parte da análise de um conjunto de ope- rações inter-relacionadas e constituídas de forma lógica, que favorece quantificar a efi- ciência e eficácia das ações planejadas. Apesar de a conceituação induzir a uma convergência nas literaturas disponíveis, não se pode afirmar o mesmo sobre os mé- todos de mensuração. Contudo, quando usado como suporte para a gestão empre- sarial, o controle de medição do desempe- nho torna-se um instrumento valioso para o entendimento dos objetivos a serem al- cançados, contribuindo positivamente para a tomada de decisões e análise de cenários, favorecendo, dessa maneira, a possibilidade de competitividade empresarial em forma de plano estratégico (SCHNEIDER, 2006). Para saber mais A gestão empresarial é uma aplicação prática da administração, alimentando o processo decisó- rio, organizando e controlando as ações coletivas de grupos ou pessoas que estejam realizando ati- vidades determinadas pela organização. Outros autores ainda destacam boas razões para se adotar medidas de desempenho nas Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)55/222 organizações, tais como: alterações nas con- dições do trabalho (mão de obra, máquina, materiais, métodos); aumento da competi- ção (globalização); iniciativas de melhorias (melhoria contínua de processos); certifica- ções de sistemas de gestão da qualidade (garantia da qualidade); alteração de regras organizacionais (procedimentos); variação das demandas externas (concorrência); e a capacidade de influência da tecnologia da informação (uso de tecnologia disponível). Portanto, o desempenho é uma variável que precisa ser estudada, compreendida e moldada, podendo ser ainda separado em: financeiro e não financeiro (SOUZA; ABIKO, 2006). Link “Metodologia para desenvolvimento e implanta- ção de sistema de gestão da qualidade em em- presas de construtoras de pequeno e médio por- te”. Disponível em: <http://www.pcc.usp.br/files/text/publica- tions/BT_00190.pdf>. Acesso em: 6 out. 2016. Comparativo de desempenho Conforme Tomei e Riche (2016), em seu ar- tigo “Estilo de liderança e desempenho or- ganizacional: uma descrição comparativa entre duasempresas”, no qual foi realizada uma descrição comparativa entre duas pe- quenas empresas familiares, com dados co- Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)56/222 letados de fontes primárias e secundárias, através de análises documentais, incluindo: documentos internos, manuais de conduta, bem como a observação participante e en- trevistas em profundidade com o fundador (líder) de cada empresa, além de entrevistas semiestruturadas e aplicação de questioná- rios com funcionários, buscou-se relacionar o estilo de liderança e sua participação no desempenho da organização (PINHEIRO, 2006). Com a tabulação dos dados obtidos, reali- zado por Tomei e Riche (2016), foi possível realizar conclusões sobre o tipo de lideran- ça e seu impacto em suas organizações, conforme descrito a seguir: Link “Fontes ou recursos de informação: categorias e evolução conceitual”. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ pbcib/article/view/8809/4716>. Acesso em: 30 set. 2016. • O líder da empresa “A” possui formação de nível superior “lato sensu”, com perfil transacional, caracterizado pela gestão de recompensa, porém com pequenos traços de liderança transformacional. Além disso, mantém um negócio considerado uma referência em sua área, remunerando seus Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)57/222 colaboradores acima da média do mercado. Contudo, não tem um plano sucessório definido e não se utiliza de tecnologia, como por exemplo: um sistema integrado de gerenciamento, fazendo com que seus liderados sejam completamente dependentes de suas ações, o que causa ruídos de comunicação que não são esclarecidos, levando-os a uma situação de insatisfação, confirmando as características de sua liderança, em que seus colaboradores somente cumprem aquilo que lhes é determinado (TOMEI; RICHE, 2016). • O líder da empresa “B” tem formação superior em bacharelado, com um perfil transformacional, caracterizado pela gestão por exceção, tomando atitudes corretivas quando normas são desrespeitadas. O seu negócio está em ampliação, e remunera seus funcionários de acordo com o piso salarial da categoria. Ele possui um plano sucessório definido, utiliza-se de tecnologia através de um sistema integrado de gerenciamento, trata dos ruídos de comunicação com frequência e tem seus colaboradores em alto nível de satisfação, confirmando as características de liderança transformacional, sendo um líder motivador, com carisma e propósitos coletivos (TOMEI; RICHE, 2016). Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)58/222 • Dessa maneira, o estudo comparativo evidenciou que a liderança transformacional possui maior capacidade de articulação estratégica, pois é mais próxima a seus liderados, despertando motivação e, devido ao seu carisma, permitindo aos seus liderados se alinharem aos objetivos organizacionais (TOMEI; RICHE, 2016). Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)59/222 Glossário Nepotismo: favoritismo de certos governantes aos seus parentes, independentemente de suas aptidões. Significado de nepotismo. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?id=7my- GW>. Acesso em: 30 set. 2016. Demanda: qualquer produto ou serviço que se procura no mercado. Significado de demanda. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?id=2bAa>. Acesso em: 30 set. 2016. Convergência: aproximação ou confluência de ideias, opiniões, atitudes. Significado de conver- gência. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?id=9nwy>. Acesso em: 30 set. 2016. Turnover: termo da língua inglesa que significa “virada”; “renovação”, sendo utilizado em di- ferentes contextos. É um conceito frequentemente utilizado na área de recursos humanos (RH) para designar a rotatividade de pessoal em uma organização, ou seja, as entradas e saídas de funcionários em determinado período de tempo. Significado de turnover. Disponível em: <ht- tps://www.significados.com.br/turnover/>. Acesso em 30 set. 2016. Questão reflexão ? para 60/222 Observamos que uma empresa pode ser avaliada através de uma abordagem qualitativa e quantitativa através de entrevistas com as lideranças com o intuito de investigar a história organizacional, o papel dos fundadores e a composição da tríade: missão, visão e valor. Adicionalmente, questionários podem ser aplicados aos cola- boradores para identificar o estilo de liderança e avaliar o desempe- nho organizacional. Assim, reflita sobre os conceitos que acaba de aprender e, a partir de uma abordagem qualitativa, identifique o es- tilo de liderança predominante em sua companhia, relacionando-o, se possível, à história de sua organização, ao papel dos fundadores e à tríade descrita acima (TERENCE; ESCRIVÃO, 2006). Questão reflexão ? para 61/222 “Abordagem quantitativa, qualitativa e a utilização da pes- quisa-ação nos estudos organizacionais”. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2006_ TR540368_8017.pdf>. Acesso em: 1 out. 2016 Link 62/222 Considerações Finais • Os resultados de análises reforçam as relações entre o desempenho organi- zacional e o estilo de liderança (TOMEI; RICHE, 2016); • apesar de inúmeros fatores estarem envolvidos no processo da liderança, não é possível de forma alguma estabelecer uma relação de causa-efeito do impacto que um líder empresarial tem sobre uma organização (TOMEI; RICHE, 2016); • o líder exerce papel de grande importância para a determinação dos passos futuros do negócio da organização (TOMEI; RICHE, 2016). Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)63/222 Referências LEONE, N. M.C.P.G. Sucessão na empresa familiar: preparando as mudanças para garantir so- brevivência no mercado globalizado. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005. LODI, J. B. A empresa familiar. 4. ed. São Paulo: Pioneira, 1993. NEELY, A.; GREGORY, M.; PLATTS, K. Performance Measurement System Design: A Literature Re- view and research Agenda. International Journal of Operations & Production Management, v. 25, n. 12, p. 1228-1263, 2005. OLIVEIRA, D. de P.R. de. Empresa familiar: como fortalecer o empreendimento e otimizar o pro- cesso sucessório. São Paulo: Atlas, 1999. PINHEIRO, L.V.R., Fontes ou recursos de informação: categorias e evolução conceitual. Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia, v. 1, n. 1, p. 1-5, 2006. SCHNEIDER, C. Organizational performance of a family business evaluated by the strategic per- formance balanced scorecard. Revista de Gestão da USP, v. 13, n. 1, p. 89-104, 2006. SOUZA, R.; ABIKO, A. Metodologia para desenvolvimento e implantação de sistema de gestão da qualidade em empresas de construtoras de pequeno e médio porte. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Construção Civil, Boletim Técnico – Série BT/PCC/190; São Paulo, 1997. Unidade 3 • Estilo de liderança e desempenho organizacional: uma descrição comparativa entre duas empresas (TOMEI; RICHE, 2016)64/222 TACHIZAWA, T.; FERREIRA, V.C.P.; FORTUNA, A.A.M. Gestão com Pessoas: uma abordagem apli- cada à estratégia de negócios. 5. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. TERENCE, A.C.F.; ESCRIVÃO, E. Abordagem quantitativa, qualitativa e a utilização da pesquisa-a- ção nos estudos organizacionais. XXVI ENEGEP – Encontro Nacional de Engenharia de Produ- ção, Fortaleza, CE, Brasil,out/2006 TOMEI, P. A.; RICHE, L. Leadership style and organizational performance: a comparative descrip- tion of two companies. Contabilidade, Gestão e Governança, v. 19, n. 1, p. 108-125, 2016. Referências 65/222 Assista a suas aulas Aula 3 - Tema: Estilo de liderança e desempe- nho organizacional: uma descrição comparati- va entre duas empresas familiares - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 2652278d96d1038e1f18362fd18e6019>. Aula 3 - Tema: Estilo de liderança e desempe- nho organizacional: uma descrição comparati- va entre duas empresas familiares - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ ea82c24f022d92738bf87edf0f761e93>. 66/222 1. Atualmente, segundo estudiosos, o aperfeiçoamento de gestores aufere posição de destaque. Assim, a partir do desenvolvimento eminente da área de recursos humanos e, consequentemente, com a responsabilidade de formar e treinar seus próprios gestores, caracteriza-se um momento oportuno para se diferenciar gerência de liderança, sendo o primeiro definido como: a) chefe do departamento; b) título concedido ao proprietário/fundador; c) responsável geral da organização; d) especialista no segmento; e) cargo atribuído a uma pessoa. Questão 1 67/222 2. Quando usado como suporte para a gestão empresarial, o controle de medição do desempenho caracteriza-se como um instrumento valioso para o entendimento dos objetivos a serem alcançados, tais como: a) Tomada de decisões e análise de cenários. b) Aumento da demanda e aumento do efetivo. c) Redução do turnover e redução do efetivo. d) Definição do segmento de atuação. e) Diminuição da demanda e aumento do turnover. Questão 2 68/222 3. Assinale a alternativa que corresponde às medidas de desempenho organizacionais relacionadas às condições de trabalho: a) Globalização. b) Mão de obra; máquina; materiais; métodos. c) Melhoria contínua de processos. d) Variação das demandas externas. e) Capacidade de influência da tecnologia da informação. Questão 3 69/222 4. Assinale a alternativa que corresponde ao estilo de liderança que apresenta como característica principal maior capacidade de articulação estratégica, despertando motivação e permitindo aos colaboradores se alinharem mais facilmente aos objetivos da empresa: a) Liderança laissez-faire b) Liderança transformacional c) Liderança bidimensional d) Liderança transacional e) Liderança liberal Questão 4 70/222 5. Assinale a alternativa que melhor define o termo desempenho organizacional: a) Consiste na análise de um conjunto de operações não relacionadas e constituídas de forma lógica, que favorece quantificar a eficiência e eficácia das ações planejadas. b) Consiste no uso de tecnologia através de um sistema integrado de gerenciamento, a fim de tratar os ruídos de comunicação, aumentando o nível de satisfação dos clientes. c) Consiste na análise de um conjunto de operações inter-relacionadas e constituídas de forma lógica, que favorece quantificar a eficiência e eficácia das ações planejadas. d) Consiste na análise de um conjunto de operações não relacionadas e constituídas de forma aleatória, que favorece quantificar a eficiência e eficácia das ações planejadas. e) Consiste no uso de tecnologia através de um sistema integrado de gerenciamento, a fim de tratar os ruídos de comunicação, diminuindo o nível de satisfação dos clientes. Questão 5 71/222 Gabarito 1. Resposta: E. A definição inicial do departamento de re- cursos humanos à gerência é que esse cor- responde a um cargo atribuído a uma pes- soa, relacionando-se a organizações de constituição familiar. 2. Resposta: A. O controle de medição do desempenho ca- racteriza-se como um instrumento valioso para a tomada de decisões e a análise de cenários. 3. Resposta: B. Alterações nas condições de trabalho en- volvem: mão de obra, máquina, materiais e métodos. 4. Resposta: B. As características citadas correspondem ao estilo de liderança transformacional, ou seja, aquelas cujo líder possui estilo motiva- dor, participativo e promovendo a transfor- mação do indivíduo. 5. Resposta: C. O desempenho organizacional depende da análise de um conjunto de operações inter- -relacionadas e constituídas de forma lógi- ca, que favorece quantificar a eficiência e eficácia das ações planejadas. 72/222 Unidade 4 Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) Objetivos Os objetivos deste tema consistem em: 1. Demonstrar o caráter estratégico do controle gerencial. 2. Apresentar de uma perspectiva prática da aplicação das alavancas de controle. Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 73/222 Introdução Em função de mercados já saturados, a entrada ou permanência neles torna-se mais desafiadora, pois a forte concorrência faz com que algumas organizações identifiquem a necessidade da criação de novas alternativas para garantir os objetivos de crescimento e, até mesmo, da lucratividade através de inovações, agregando valor ao seu produto ou serviço e, assim, conquistando novos mercados. Os processos de criação e de renovação de ideias para a melhoria e o desenvolvimento de novos produtos ou processos organizacionais, quando bem- sucedidos, transformam-se em vantagem competitiva, destacando a aplicação dos sistemas de controle gerenciais (SCG) e de incentivo, os quais tendem a influenciar o comportamento empreendedor dos gestores (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2015). Os meios utilizados pela gerência para garantir que as ações e os comportamentos dos colaboradores estejam alinhados aos objetivos estratégicos organizacionais compõem o Sistema de Controle Gerencial (SCG). Adicionalmente, sob a ótica da teoria da contingência, acredita- se que o SCG deva ser relativamente flexível, possibilitando, dessa maneira, maior inovação, principalmente quando nos referimos à rigidez do processo de desempenho, relacionado ao orçamento. Por outro lado, não se deve relacionar que o menor controle justifique a maior inovação. Na verdade, é preciso verificar como os objetivos de cada controle são utilizados Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 74/222 para análise de resultados (FAGUNDES et al., 2010). Link “Estrutura organizacional e gestão sob a ótica da teoria da contingência”. Disponível em: <http:// seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/ article/viewFile/792/842>. Acesso em: 8 out. 2016. Observando outros estudos relacionados ao assunto, pode-se ainda averiguar que a abordagem do controle estratégico corres- ponde a um método potencial para o pro- cesso de tomada de decisão, também utili- zado por gestores, os quais se orientam por contextos sociais e organizacionais devido ao ambiente de mudanças. Atualmente, as organizações são consti- tuídas por sistemas abertos a ambientes, a cada momento, mais competitivos, ágeis e com impactos significativos, nos quais, muitas vezes, significam mudanças radi- cais e consequente realinhamento dos ob- jetivos, projetando, assim, a necessidade de monitorar e controlar essas atividades de forma contínua, buscando uma maior pre- cisão, além de direcioná-las para realização das mudanças necessárias em tempo hábil e conforme suas necessidades estratégicas. (FAGUNDES et al., 2010). Conforme Simons (1995), o propósito do SCG é acompanhar as tensões organizacio- nais a fim de garantira efetividade orga- nizacional, observando ainda que uma das Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 75/222 principais tensões que impactam no pro- cesso de inovação da organização é a ne- cessidade de se atingir objetivos de curto prazo, sem comprometer os de longo prazo, já que a inovação normalmente incide em gastos com pesquisa e desenvolvimento que afetam diretamente o desempenho no presente, como dito anteriormente, apesar do reconhecimento de que as inovações são necessárias para o cumprimento das metas de longo prazo (FAGUNDES et al., 2010). Portanto, a partir de estudos baseados nas alavancas de controle, os quais se referem a uma série de indicadores de controle es- tratégico, é possível avaliar os efeitos e as causas, assim como apreciar os aspectos práticos e teóricos. Nesse contexto, a utilização de um SCG ali- nhado com a estratégia e com a estrutura organizacional torna-se fundamental para que tal sistema atue como uma ferramenta importante para que a organização possa alcançar seus objetivos. Controle gerencial e alinhamen- to estratégico Segundo Ragland (1995), o controle estra- tégico é uma tarefa relativamente comple- xa, pois a seleção de indicadores inadequa- dos pode levar as organizações a resultados indesejáveis e, por consequência, a tomadas de decisão conflitantes. Dessa maneira, se- rão discutidos a seguir alguns dos principais métodos de controle estratégico: a gestão por diretrizes, o Balanced Scorecard (BSC) e o modelo das alavancas de controle. Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 76/222 Para saber mais O controle estratégico, também chamado de controle organizacional, é conduzido no nível institucional da empresa e se trata geralmente dos aspectos globais que envolvem toda a organização. Sua aplicação é para longo prazo e seu conteúdo é geralmente genérico. Gestão por diretrizes Segundo Akao (1997), a gestão por dire- trizes (GPD) teve seu surgimento no Japão, em organizações que tinham como objeti- vo desenvolver um sistema de controle que possibilitasse uma análise do ambiente or- ganizacional, a partir da qual a alta admi- nistração pudesse estabelecer as diretrizes, que consistiriam em metas quantitativas, e os meios, para atingi-las. Tais diretrizes, desdobradas em diretrizes departamentais, devem chegar ao nível operacional, no qual serão acompanhadas para verificar se os re- sultados parciais obtidos nos processos po- dem conduzir aos resultados estratégicos esperados (DAMKE; SILVA; WALTER, 2011). Link “Sistemas de controle e alinhamento estratégi- co: proposição de indicadores”. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.unisul.br/index. php/EeN/article/view/540/630>. Acesso em: 2 out. 2016. Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 77/222 Balanced scorecard Kaplan e Norton (1997) desenvolveram essa ferramenta de gerenciamento e a chamaram de BSC, Balanced Scorecard, que traduz a visão e as estratégias da empresa em ação, com o propósito de solução problemas de desempenho e de alinhamento das unidades de negócios, assim como suas equipes de colaboradores em torno de metas organizacionais (DAMKE; SILVA; WALTER, 2011). Para saber mais Em 1992, a revista Harvard Review publicou um artigo relacionado ao “BSC”, analisando a nova ferra- menta de gestão como oferta de uma visão ampla e pormenorizada da organização em tempo imedia- to, oferecendo, ainda, uma análise de média e longa projeção. Definiu scorecard como quantificação do desempenho através de indicadores e balanced, como balanceamento entre objetivos de curta e longa projeção. Conforme Kaplan e Norton (1997), essa ferramenta também tem como ideia geral o desdobra- mento da estratégia em indicadores, pois permite visualizar a empresa através de quatro pers- Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 78/222 pectivas (DAMKE; SILVA; WALTER, 2011): • Financeira: tem como finalidade prin- cipal satisfazer os acionistas a partir do crescimento das receitas, através do aumento da produtividade (pers- pectiva que se utiliza dos indicadores econômico-financeiros tradicionais). • Clientes: define como a organização se relaciona com seus stakeholders (indicadores de satisfação, lealdade e repetições de compras são os mais utilizados). • Processos internos: têm como objeti- vo sustentar a perspectiva “clientes”, assim como a “financeira” a partir da melhoria da produtividade. • Aprendizagem e crescimento: visa dar apoio ao desenvolvimento da ca- pacidade de inovação e crescimento de longa projeção com base na efici- ência das demais perspectivas. Alavancas de controle como ca- ráter estratégico Segundo estudos de Cruz, Frezatti e Bido (2011), o artigo em estudo nos mostra a im- portância e o verdadeiro papel do lideran- ça e das alavancas do sistema de controle nas estratégias empresariais, que são com- postas por: • Sistema de crenças: caracteriza-se como um conjunto de definições de controle social e cultural com o pro- pósito de demarcar propósitos e va- Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 79/222 lores, bem como procedimentos for- mais nas definições estratégicas de longa projeção, tendo por finalidade orientar/reforçar o senso coletivo e comprometimento dos colaboradores quanto à identificação com a organi- zação para que se desenvolva o senso de integração entre os objetivos indi- viduais e organizacionais (CRUZ; FRE- ZATTI; BIDO, 2011). • Sistema de limites: também denomi- nado sistema de controle de frontei- ras, é mais restritivo e limita os com- portamentos entendidos como acei- táveis pelos agentes organizacionais, e tem caráter proibitivo e negativo, uma vez que, visando minimizar ris- cos, possibilita estabelecer fronteiras para as ações dos colaboradores na busca de oportunidades à medida que esclarece que determinados compor- tamentos não são tolerados (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2011). • Sistemas de controle diagnóstico: são sistemas de informação formais que os gerentes utilizam para monito- rar resultados organizacionais e corri- gir desvios dos padrões de desempe- nho preestabelecidos; são orientados para o monitoramento de indicadores de desempenho, sendo que esses per- mitem mensurar resultados por meio da definição de padrões previamente definidos, monitorando, assim, os re- sultados dos processos organizacio- nais (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2011). Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 80/222 • Sistemas de controle interativo: são utilizados pela alta gestão em mo- mentos de incertezas estratégicas, nos quais se torna fundamental a co- leta de informações sobre tais incer- tezas no sentido de obter sinalização para decisões e rumos estratégicos, para avaliação de possíveis ameaças para oportunidades e ratificação das decisões. De maneira geral, permitem estimular o aprendizado e a busca no intuito de explorar as estratégias emergentes (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2011). Link “Estilo de Liderança, Controle Gerencial e Inova- ção: Papel das Alavancas de Controle”. Disponível em: <http://www.spell.org.br/documentos/ ver/38050/estilo-de-lideranca--controle- -gerencial-e-inovacao--papel-das-alavan- cas-de-controle>. Acesso em: 8 out. 2016. Para saber mais Incertezas estratégicas significam mudançasna dinâmica competitiva ou nas competências in- ternas que os gestores da alta administração mo- nitoram, as quais correspondem a uma fonte de dano potencial para a organização. Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 81/222 Estilo de liderança e aplicação do sistema de controle gerencial Considerando as alavancas de controle, é possível observar a influência dos estilos de liderança no uso dessa e de outras ferra- mentas administrativas, pois tem-se como definição de liderança “a capacidade de influenciar as pessoas”, e que cada tipo de liderança tem sua forma de liderar, como, por exemplo, o líder transformacional tem em sua característica a capacidade de in- fluenciar através da motivação, enquanto o transacional, a peculiaridade de influenciar através da negociação (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2011). Dessa maneira, através do sistema de ala- vancas, discutido anteriormente, podemos concluir que os líderes transformacionais e transacionais têm propostas compatíveis com os sistemas expostos, o que sugere que esses estilos de liderança têm as seguintes possibilidades de influência positiva, atra- vés das seguintes hipóteses: • Liderança transformacional: pode exercer forte influência positiva no sistema de crenças e no sistema de controle Interativo, através de sua contribuição direta para a motivação e para a inspiração das pessoas, sen- do que, através de suas habilidades de estímulo intelectual e a abertura para reflexões e debates, pode direcionar a organização para o desenvolvimento de novas oportunidades (CRUZ; FRE- Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 82/222 ZATTI; BIDO, 2011). • Liderança transacional: pode exercer forte influência no sistema de contro- le de diagnóstico e no sistema de limi- tes, pois seu contexto de atuação está ligado a perspectivas de recompensas e gestão por exceção, o que assegu- ram, de certa forma, o cumprimento dos objetivos por meio das variáveis de desempenho (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2011). Finalmente, após a análise das hipóteses citadas acima, é possível considerar que o papel do modelo de alavancas, sugerido por Simons (1995), pode conduzir uma organi- zação a uma renovação estratégica, atra- vés de investimentos na comunicação dos objetivos relacionados à inovação, possibi- litando a interação dos agentes internos e externos, determinando o foco e fornecen- do condições para que o planejamento pos- sa ser atingido. Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 83/222 Glossário Crença: ação de crer na verdade ou na possibilidade de uma coisa. Significado de crença. Dispo- nível em: <https://www.dicio.com.br/crenca/>. Acesso em: 2 out. 2016. Hipótese: suposição, possibilidade considerada válida antes de sua confirmação. Significado de hipótese. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/hipotese/>. Acesso em: 2 out. 2016. Limite: valor fixo a partir do qual uma grandeza variável é capaz de se aproximar. Significado de limite. Disponível em: <https://www.significados.com.br/limite/>. Acesso em: 2 de out. de 2016. Stakeholder: público estratégico que pode ser descrito como um indivíduo ou grupo que fez um investimento, ou tem ações, ou interesse em uma empresa, negócio ou indústria. Em inglês, stake significa interesse, participação, risco; holder significa aquele que possui. Disponível em: <https://www.significados.com.br/stakeholder/>. Acesso em: 2 out. 2016. Questão reflexão ? para 84/222 Observamos que o estudo do estilo de liderança cons- titui um precedente do sentido da utilização do sistema de controle gerencial. Assim, reflita sobre os conceitos que acaba de aprender e, baseando-se nas lideranças transformacional e transacional, assim como no mode- lo de alavancas de controle, disserte sobre as diferentes influências desses estilos de liderança sobre os sistemas do método de controle estratégico mencionado. 85/222 Considerações Finais • O controle gerencial tem forte influência sobre os gestores para atingirem seus resultados; • objetivos organizacionais relativos às inovações são, muitas vezes, conflitantes, pois a inovação pode ser resultado de longo prazo, enquanto que, para sobreviver, as organizações precisam de resultados de curto prazo; • os sistemas de alavancas são importantes para identificar, acompanhar e gerenciar o comportamento das mudanças estratégicas frente aos riscos e incertezas no ambiente da organização. Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 86/222 Referências AKAO, Y. Desdobramento das diretrizes para o sucesso do TQM. Porto Alegre: Bookman, 1997. CRUZ, A.P.C.; FREZATTI, D.; BIDO, S. Estilo de Liderança, Controle Gerencial e Inovação: Papel das Alavancas de Controle. RAC – Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 19, n. 6, art. 6, pp. 772-794, nov. /dez. 2015 DAMKE, E.J.; SILVA, D.E.; WALTER, A. S. Sistemas de controle e alinhamento estratégico: proposi- ção de indicadores. Revista Eletrônica Estratégia de Negócios, Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 65-87, jan. /jun. 2011. FAGUNDES, J.A.; PETRI, M.; LAVARDA, R.B.; RODRIGUES, M.R.; LAVARDA, C.E.F.; SOLLER, C.C. Or- ganizational structure and management under the contingency theory perspective. Gestão & Regionalidade, São Caetano do Sul, v. 26, n. 78, set./dez. 2010. KAPLAN, R.S.; NORTON, D.P. A estratégia em ação. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. OYADOMARI, J.C.; CARDOSO, R.L.; SILVA, B.O.T.; PEREZ, G. Management control systems: compa- rative case study in Brazilian innovative companies. Revista Universo Contábil, Blumenau, v. 6, n. 4, p. 21-34, out./dez. 2010. RAGLAND, B. Measure or indicator: what’s the difference? Crosstalk, Provo, v. 8, n. 3, mar. 1995. Unidade 4 • Controle gerencial e sua relação com a Inovação: papel das alavancas de controle (CRUZ; FREZATTI; BIDO, 2007) 87/222 SIMONS, R. Strategic orientation and top management attention to control systems. Strategic Management Journal, Hoboken, v. 12, p. 49-62, jan. 1991. Referências 88/222 Assista a suas aulas Aula 4 - Tema: Controle gerencial e sua relação com a inovação: papel das alavancas de contro- le - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/6a51afe56728f4a6c94eade30fbdb704>. Aula 4 - Tema: Controle gerencial e sua relação com a inovação: papel das alavancas de controle - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA- piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/6e- 0adf045980ff4f3029683e5e085921>. 89/222 1. Assinale a alternativa correspondente aos principais métodos de controle estratégico existentes atualmente: a) Sistema de crença; sistema de limite; sistema de diagnóstico. b) Liderança transformacional; balanced scorecard; modelo das alavancas de controle. c) Liderança transacional; liderança transformacional; liderança laissez-faire. d) Gestão por diretrizes; balanced scorecard; modelo das alavancas de controle. e) Modelo das alavancas de controle; sistema de diagnóstico; liderança transformacional. Questão 1 90/222 2. Assinale a alternativa que corresponde ao método de controle estratégico e às suas quatro perspectivas essencialmente relacionadas: a) Modelo das alavancas de controle: financeira; clientes; processos internos; aprendizagem e crescimento. b) Balanced scorecard: financeira; clientes; processos internos; aprendizagem e crescimento. c) Gestão
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