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1 ANÁLISE FARMACOPÉICA MACEIÓ, ABRIL DE 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FARMÁCIA – ESENFAR DISCIPLINA: ANÁLISES FARMACÊUTICA SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. FINALIDADES DO CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS 3. CÓDIGOS OFICIAIS DE FARMÁCIA 4. SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DE REFERÊNCIAS E PADRÕES BIOLÓGICOS 5. GRAU DE PUREZA DE COMPOSTOS QUÍMICOS 6. ANÁLISE FARMACÊUTICA DE FÁRMACOS E MEDICAMENTOS 7. CONCLUSÃO 2 ANÁLISE FARMACOPÉICA 1.Introdução • Avaliar a qualidade de fármacos e medicamentos • Conjunto de especificações físico-químico e biológico previamente validados através de rigorosos ensaios 2. Finalidades do Controle de Qualidade de Medicamentos • Assegurar: • A segurança, eficácia, biodisponibilidade dos fármacos • A qualidade do medicamento de forma uniforme lote a lote • A estabilidade do fármaco e da forma farmacêutica desde a sua manipulação até a atingir os níveis plasmáticos ANÁLISE FARMACOPÉICA 3. Códigos Oficiais de Farmácia Livros publicados pelo órgãos do governo que estabelecem os padrões a que determinadas substâncias devem satisfazer para poderem ser utilizados em Medicina e Farmácia como drogas, fármacos e medicamentos 3.1 – Conteúdo • Emprego terapêutico • Via e modo de administração • Propriedades Físico-químicas • Solubilidade • Dose usual • Grau de pureza • Testes de identificação e doseamento • Condições de armazenamento 3 ANÁLISE FARMACOPÉICA 1. Nome da monografia 2. Denominação Comum Internacional – DCI 3. Fórmula molecular e massa molecular (g/mol) 4. Denominação Comum Brasileira - DCB e número DCB 5. Nome químico (segundo as regras da Iupac) 6. Registro CAS 7. Reagentes 8. Substância Química de Refêrencia - SQR 9. Número do método geral ANÁLISE FARMACOPÉICA 3.2 – Códigos Nacionais e Internacionais • Farmacopéia Brasileira 4a Edição • Farmacopéia Americana (USP) • Farmacopéia Britânica • Farmacopéia Européia • Farmacopéia Francesa • Farmacopéia Japonesa • Farmacopéia Internacional 4 ANÁLISE FARMACOPÉICA 3.3 – Substâncias Químicas de referência e Padrões Biológicos • Padrões Oficiais • Substâncias químicas de referências Substância ou mistura de substâncias estabelecidas ou distribuídas por farmacopeias ou instituições públicas oficiais autorizadas, possuindo alto grau de pureza e uniformidade. • Padrões Biológicos Preparações estabelecidas e distribuídas por instituições públicas oficiais para as quais foram estabelecidas Unidades Internacionais após extenso estudo colaborativo internacional. ANÁLISE FARMACOPÉICA 3.3 - Características São aprovados em rigorosos testes Volumetria - medição do volume de solução de um reagente necessário e suficiente para efetuar determinada reação Cromatografia - processos de separação de misturas Calorimetria - estuda as trocas de energia entre corpos ou sistemas quando essas trocas se dão na forma de calor. Gravimetria - análise quantitativa que permite saber a quantidade de uma substância em determinada mistura. polarografia - técnica analítica eletroquímica para a determinação de numerosas substâncias, especialmente vestígios de metais poder rotatório – rotação em graus produzida por uma solução aquosa de uma substância otipcamente ativa UV, IV e fluorescência - Espectrometria de massa e Ressonância magnética nuclear de H e C13 Requerem: Condições especiais de conservação, armazenamento e manipulação 5 ANÁLISE FARMACOPÉICA 4 - Grau de Pureza de Compostos Químicos Existe Substância 100% pura ? 4.1 – Quanto ao grau de pureza a) Técnico ou comercial – Elevado teor de impurezas Não devem ser aplicados em preparações magistrais ou oficinais. b) Pró-análise ou quimicamente pura (99,90% de pureza) – que tem grau de pureza suficientemente elevado para ser usado em operações de análise química c) Atomicamente pura (impurezas < 1 ppm) ANÁLISE FARMACOPÉICA 4.2 – Características inerentes ao fármaco Propriedades Térmicas - Análise térmica (TG, DSC) • Ponto de fusão e pureza • Estudo de Estabilidade (Ordem de reação, constante de velocidade) Figura 1 – Curvas DSC da matéria-prima -Lapachona 25 °C 142ºC 25 °C 156 °C 6 Figura 2 – Curvas DSC 2 formas polimórfica do cloridrato de ranitidina 4.3 – Propriedades dos cristais e polimorfismo ANÁLISE FARMACOPÉICA Diferença nas propriedades físico-químicas Solubilidade e dissolução Formato dos cristais Ponto de fusão Estabilidade Biodisponibilidade (Formas , , Forma I e II) Figura 3 – Difratograma de raio X de 2 formas polimórfica do cloridrato de ranitidina 4.3 – Propriedades dos cristais e polimorfismo Diferença nas propriedades físico-químicas Solubilidade e dissolução Formato dos cristais Estabilidade Biodisponibilidade (Formas , , Forma I e II) Agatonovik-Kustrin et al. International J. Pharm., 184. P. 107-114, 1999. ANÁLISE FARMACOPÉICA 7 Figura 5 – Perfil de dissolução de duas formas cristalinas Rasenack N et al. International Journal of Pharmaceutics, vol. 254, p. 137-145, 2003. Figura 4 – Caracterização microscópica de duas formas polimórficas da carbamazepina ANÁLISE FARMACOPÉICA 4.4 – Propriedades dos Cristais – Pseudo-Polimorfismo ANÁLISE FARMACOPÉICA 8 Tabela 1 – Parâmetros calorimétricos das matérias-primas de sulfato de indinavir LAFEPE 4.4 – Propriedades dos Cristais – Pseudo-Polimorfismo ANÁLISE FARMACOPÉICA Raw Materials Peak of Dessolvation (ºC; J/g) Peak of Fusion (ºC; J/g) A 71.4ºC (-8.1 J/g) 147.2ºC (-62.0J/g) B 76.5ºC (-8.2 J/g) 149.3ºC (-63.7 J/g) C 73.7ºC (-24.6 J/g) 141.3ºC (-54.4 J/g) Reference Samples A 82.1ºC (-41.7 J/g) 146.2ºC (-35.8 J/g) B 95.8ºC (-61.8 J/g) 142.0ºC (-21.3 J/g) R. M. F. Da Silva, F. P. M. de Medeiros, T. G. do Nascimento, R. O. Macêdo, P. J. R. Neto; Journal of Thermal Analysis and Calorimetry, V. 95, Nº 3. 965-968, 2009. Figura 7 – DSC fotovisual: (temperatura ambiente) - Fotos A1, B1, C1, D1 e E1; (151ºC) - A2, B2, C2, D2 e E2 ; (160ºC) – A3, B3, C3, D3 e E3; (165ºC) – A4, B4, C4, D4 e E4 para indinavir C, B, A, substância de Referência A e Substância de Referência B, respectivamente. 4.4 – Propriedades dos cristais – Solubilidade da matéria-prima ANÁLISE FARMACOPÉICA A1 A2 A3 A4 B4 B3 B1 C3 C4 C2 C1 B1 D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 9 5.2 – Propriedades dos Cristais – Pseudo-Polimorfismo e formação da rede cristalina ANÁLISE FARMACOPÉICA V. Zupancic, N. Ograjsek, B. Kotar-Jordan, F. Vrecer et al., Physical characterization of pantoprazole sodium hydrates International Journal of Pharmaceutics 291 (2005) 59–68 5.2 – Propriedades dos Cristais – Pseudo-Polimorfismo e formação da rede cristalina ANÁLISE FARMACOPÉICA Frederick G. Vogt, et al., Physical, Crystallographic, and Spectroscopic Characterization of a Crystalline Pharmaceutical Hydrate: Understanding the Role of Water Crystal Growth & Design, 2006, 6 (10), 2333-2354 10 5.2 – Propriedades dos Cristais – Pseudo-Polimorfismo e formação da rede cristalina ANÁLISE FARMACOPÉICA ANÁLISE FARMACOPÉICA 5 - Análise Farmacopéica de Fármacos e Medicamentos 5.1 – Tipos de Ensaios Farmacopéicos a) Caracteres Físico-Químicos • Propriedades organolépticas • Densidade• Solubilidade • pH • índice de refração • Viscosidade • polimorfismo • tamanho de partículas • Ponto de fusão e ebulição 11 ANÁLISE FARMACOPÉICA 5 - Análise Farmacopéica de Fármacos e Medicamentos 5.1 – Tipos de Ensaios Farmacopéicos b) Provas de Identificação Análise de ânions e cátions Grupos funcionais Análise cromatográfica Análise espectrofométrica (UV e IV) Espectrometria de massa Espectroscopia de RMN1H c) Determinação de Impurezas Matérias-Primas (processo de síntese, excipientes farmacêuticos) Contaminantes atmosféricos (cont. cruzada, microbiológica) Armazenamento inadequado (poeira, instabilidade, efeito de Temperatura ANÁLISE FARMACOPÉICA c) Determinação de Impurezas Matérias-Primas (processo de síntese, excipientes farmacêuticos) Contaminantes atmosféricos (cont. cruzada, microbiológica) Armazenamento inadequado (poeira, instabilidade, efeito de Temperatura 12 ANÁLISE FARMACOPÉICA 5 - Análise Farmacopéica de Fármacos e Medicamentos 5.1 – Tipos de Ensaios Farmacopéicos d) Doseamento 1. Ensaios para determinar a identidade (reações específicas) 2. Medida das constantes físicas 3. Determinação quantitativa da subst. química por doseamento 4. Ensaios-limites (Ferro, arsenio, metais pesados, etc. e) Outros Perda por dessecação 105ºC Impurezas cromatográficas Compostos relacionados Ensaios de dissolução Tempo (h) Media Fina Grosseira Figura 13 – Perfil de biodisponibilidade da fenacetina obtido com diferentes processos de fabricação ANÁLISE FARMACOPÉICA 13 ANÁLISE FARMACOPÉICA 6 – CONCLUSÃO A análise farmacopéica é um conjunto de análise que irão assegurar a qualidade, segurança e eficácia dos fármacos existentes no mercado, assim como para o desenvolvimento planejado de novas moléculas, formas e formulações farmacêuticas; As análises farmacopéicas está inteiramente baseada na comparação das propriedades físico-químicas da amostra teste com padrões de referências. A análise farmacopéica após condições analíticas rigorosas e validas irá determinar as especificações analíticas e biológica para o fármaco e o medicamento.
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