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Etologia: Felinos Domésticos Profa Ceres Berger Faraco, Prof Igor Miranda, Profa Viviane Guyoti O que é ser um gato? Por que estudar comportamento? Para informar tutores Prevenir danos Prevenir abandono Instrumento diagnóstico 3 Behavior problems 3-4 % of caseload taking up 20 % of veterinarian's time (Canadian study) 90 % of dog owners noted one or more behavior problem they wanted to improve. (UPENN) Abandono em abrigos Patronek et al – 1996 Fatores de risco Expectativas irreais Acesso a rua Animais não castrados intact cat Comportamento inapropriado elimination in ho Biologia felina Predador quase perfeito Apto a localizar, caçar e matar a presas pequenas Qualidades físicas dos carnívoros: esqueleto adaptado, dentes afiados, sentidos aguçados músculos fortes equilíbrio Gato não domiciliado: perigo e impacto ambiental (sustentabilidade) Gatos se transformam em perigosos predadores da vida selvagem: fauna local Origem dos gatos Gato selvagem africano Felis silvestris Gato doméstico Felis catus Filogênese do felino doméstico Gatos não têm sistema social análogo ou homólogo ao dos humanos como os cães. Humanos não selecionaram condutas para ampliar o comportamento inato que era explorado. Filhotes GATOS DESENVOLVIMENTO Período neonatal Até a segunda semana de vida Dependência total da mãe Período transicional 2ª a 4ª semana Desenvolvimento dos sentidos, locomoção Separação da mãe: medo de outros gatos e de pessoas, menor aprendizado Manipulação precoce GATOS DESENVOLVIMENTO Período de socialização 4ª a 7ª-9ª semanas Aprendizado de caça Brincadeiras com irmãos Período juvenil Idade adulta COMPORTAMENTO SOCIAL - Anti-social - Mesmo co-habitando o mesmo espaço, tendem a permanecer a maior parte do tempo sozinhos Contato visual e marcação. Quanto mais alimento, maior a população. COMPORTAMENTO SOCIAL - Gatos caseiros: divisão da casa em vários territórios - Reunião social de gatos da vizinhança - Respeito a quem chegou primeiro Vida social COMPORTAMENTO INGESTIVO LACTENTES - Reflexo de sucção FASE INTERMEDIÁRIA - Quinta semana: filhotes procuram a mãe mesmo fora do ninho. COMPORTAMENTO INGESTIVO FASE DE EVITAÇÃO - Filhotes mais ativos na busca por amamentação. - Gata indiferente. FASE DE DESMAMA - Aumento na habilidade para caçar. COMPORTAMENTO INGESTIVO FASE TRANSICIONAL - Inicia na quarta semana - Alimentos sólidos: ração da mãe, ração oferecida ou presas semi-mortas. COMPORTAMENTO INGESTIVO ADULTO - Várias refeições ao longo do dia (pequenas presas) - Preferências alimentares estabelecidas antes dos 6 meses de idade - Preferência por água corrente COMPORTAMENTO MATERNO Cuidados intensivos na primeira semana Saídas de duas horas, no máximo Limpeza ambiente DESMAME Advertência por rosno, tapa no nariz, ignorar Gestação da Gata O peso da gata começa a aumentar logo após o início da gestação. Durante os primeiros 2/3 da gestação, ocorre acumulação de reservas de gordura que serão mobilizadas no final da gestação e durante a lactação. Após o 42º dia (ou seja, no decurso da 6ª semana), o aumento de peso da gata deve-se, essencialmente, ao crescimento dos gatinhos. Desde o início da gestação, deve fornecer-se à gata um alimento rico em matérias gordas, ou seja, em energia. Gestação da Gata O elevado teor de gordura aumenta o índice de sobrevivência dos gatinhos à nascença. A subalimentação da gata gestante pode ter consequências graves para os fetos, pois a acumulação insuficiente de reservas ao nível do fígado vai refletir-se, posteriormente, no seu crescimento. O alimento para gatinhos é, normalmente, adequado para as gatas gestantes. A concentração em nutrientes essenciais deste alimento satisfaz as necessidades nutricionais da gata em gestação. Durante este período, o consumo alimentar da gata sofre um aumento de 10% por semana. Alimentação gata gestante Aumento de 10% da dose de alimento por semana, durante as primeiras 8 semanas. A gata não deverá engordar demasiado, pois esta circunstância pode acarretar dificuldades durante o parto. COMPORTAMENTO SEXUAL FÊMEA PROESTRO E ESTRO - Choro do cio - Espalhar urina - Rolamento e esfregação - Lordose de rastejamento - Agressividade pós coito - Choro copulatório COMPORTAMENTO SEXUAL MACHOS 1 a 3 anos: deixam a casa onde foram criados Gatos exilados ou desafiadores Áreas de acasalamento Atração da fêmea por padrão vocal e espalhamento de urina COMPORTAMENTO LÚDICO - Aprendizado da força da mordida e arranhões com irmãos de ninhada - Brincadeiras mimetizam caça COMPORTAMENTO DE ELIMINAÇÃO - Aprendizado por observação da mãe - Órfãos: vestígio de excreta na caixa, estimulação após refeições, brincadeiras e sono. - Quantidade apropriada de caixas de areia COMPORTAMENTO HIGIÊNICO - Inicialmente realizado pela mãe - Habilidade motora: início da auto-higienização - 50% do tempo em que está acordado - Oral e com patas - Higienização mútua - Higienização por deslocamento COMUNICAÇÃO VERBAL Longas distâncias 23 padrões de vocalização, divididos em padrões de murmúrio, vocálicos, de intensidade forçada. COMUNICAÇÃO POSTURAL Posturas de aproximação Posturas de afastamento Posturas ambivalentes COMUNICAÇÃO MARCAÇÃO Urina e fezes Arranhadura Esfregação Causas de disfunção Desenvolvimento Ambientais Individuais Desenvolvimento Informação importante para a função normal de resposta ao estresse Primeira fonte de informação é durante o desenvolvimento Período sensível da abertura dos olhos até 6 semanas de idade. Desenvolvimento Apesar do processo cognitivo iniciar após o nascimento Concentrações elevadas de cortisol no líquido amniótico – relacionadas com redução cognitiva Desenvolvimento Primeiros meses de vida – filhote coleta informações para estabelecer funções de: -sistema sensorial (visão, olfato, audição, tato, paladar) -sistema locomotor (equilíbrio e propriocepção) -sistema de processamento de informações (discriminação de objetos, síntese sensorial) -padrões de comportamento (interação social, comportamento predatório) Ambiente: estratégias de enfrentamento (coping) Animais têm internalizadas estratégias básicas para enfrentamento de eventos estressores. Reação de Defesa Específica da Espécie - SSDRs Luta Fuga Congelamento Fazer algo Individual Indivíduos com diferentes respostas emocionais frente a mesma situação Algumas vezes a resposta emocional é anormal e prejudica 36 Estresse: perda da recuperação Recuperação retardada após o evento ter ocorrido Resposta de estresse não diminui com a repetição da experiência Resposta é desproporcional ao que ocorreu Sinais Físicos de Estresse Resposta ao estresse consome energia e suprime outras atividades como barreiras imunes. Estresse crônico leva a redução contínua da resposta imune e doenças Relação entre estresse e Cistite Idiopática Felina Domesticação Diferenças entre cães e gatos Lobo Presa 1-200Kg Caçador social Alimentação social Necessita do social para a caça cooperativa e divisão de recursos Gato Presa 100g-3Kg Caçador solitário Alimento isolado Necessita do social para proteger os recursos e permitir que se dedique a caça. Diferenças entre cães e gatos Sistema Social Manutenção de distância Marcação Territorial Sinais químicos – feromônios. Comportamento Territorial Felino Comportamento Territorial Felino Comportamento Territorial Felino Marcação – comportamento sofisticado e personalizado para cada gato Comportamento Territorial Felino Marcação diária – geográfico e temporal Degradação de marcas indica segurança para outrosgatos Comportamento Territorial Felino Caçadores solitários- não necessitam contato Não são totalmente solitários Qual a base do grupo felino? Estrutura Social Felina Estrutura Social Felina Excesso de comida e recursos Fêmeas com parentesco Filhotes e jovens Fêmea cuidadora dos filhotes para as mães caçarem Estrutura Social Felina Filhotes crescem: Machos saem Fêmeas permanecem se há recursos Grupo se divide com redução de recursos Comportamento Social Felino Agressividade com estranhos Gatos perderam sinais de apaziguamento (#cães) Evitam confrontos pelos marcadores de distância: -marcas químicas -contato ocular -postura/vocalização Comportamento Social Felino Grupos naturais – agressão reduzida Coesão social por: allogrooming allorubbing Contato físico cria um odor do grupo que permite saber quem é do grupo Comportamento Social Felino Comportamento de saudação -Cauda ereta -Ronronado -Piscar -Posição de repouso sem contato ocular 30-60 cm de distância -77% casos sem contato físico Padrões de atividade felina Padrões de atividade felina Padrões de atividade felina Padrões de atividade felina Impacto de manter gatos nos lares Grupos de gatos domésticos: Indivíduos não relacionado Mistura de machos e fêmeas adultos (castrados) Mistura de raças Impacto de manter gatos nos lares Impacto de manter gatos nos lares Indicadores de estresse em felinos Comportamento: Exploratório, Social, Alimentar, Higiene Fisiológicos: FC, FR e hipertermia Bioquímicos: Cortisol, Prolactina, Serotonina
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