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04_Conhecimentos_Gerais

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AGU 
 
 
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, 
sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento 
sustentável e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações históricas ................................................ 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
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professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br 
 
 
Mais de 100 detentos fogem de presídio de segurança máxima em João Pessoa1 
 
Pelo menos 105 presos fugiram do PB1 e 30 foram recapturados, diz secretaria. Criminosos 
derrubaram portão principal do presídio e trocaram tiros com policiais militares e agentes penitenciários. 
Um PM foi baleado. 
Pelo menos 105 presos fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, 
o PB1, na madrugada desta segunda-feira (10/09) em João Pessoa, segundo nota divulgada pela 
Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Até as 7h50, 30 detentos haviam sido recapturados, 
segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O presídio tem capacidade para 660 presos 
e atualmente tinha 680 detentos. 
Pessoas que moram perto da cadeia começaram a ouvir disparos e uma explosão pouco depois da 
meia-noite. De acordo com informações da PM, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e 
dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal, que foi derrubado após 
uma explosão. Houve troca de tiros entre os bandidos e policiais militares e agentes prisionais. 
Em outra ação, que acontecia no mesmo momento, um grupo fechou a rodovia estadual PB-008. Um 
tenente da PM, de 36 anos, que tentava combater a ação, foi baleado na cabeça e levado ao Hospital de 
Emergência e Trauma de João Pessoa. Segundo o boletim do hospital, o tenente Moneta segue internado 
em estado de saúde grave. 
 
Quem são os alvos do resgate 
A Polícia Civil investiga o caso e as primeiras informações apontam que o objetivo do ataque ao 
presídio PB1 era resgatar quatro homens que foram presos no mês de agosto em Lucena, na região 
metropolitana de João Pessoa, após um ataque a um carro-forte. 
Eles são acusados de integrar uma quadrilha que atua em todo o país na explosão de caixas 
eletrônicos e carros-fortes. 
 
Aulas canceladas 
De acordo com o prefeito da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foram canceladas as aulas do 
Centro de Informática (CI) e do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR), localizados 
no campus do bairro de Mangabeira, em João Pessoa. As atividades do Núcleo de Processamento de 
Alimentos (NUPPA) e do Laboratório Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão (LIEPE), na mesma 
unidade, também foram suspensas. 
O prefeito explicou que a decisão da suspensão aconteceu para reforçar a segurança na universidade, 
já que o campus fica localizado em uma área de mata. 
 
Brasil tem 6 casos de estupro e 25 de violência doméstica por hora2 
 
Número de ocorrências de abuso aumentou 8,4% no ano passado em relação a 2016; crime ainda é 
subnotificado, alertam especialistas. 
 
1 Alves. Danilo. Mais de 100 detentos fogem de presídio de segurança máxima em João Pessoa. G1 Paraíba. 
https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2018/09/10/detentos-fogem-de-presidio-de-seguranca-maxima-em-joao-pessoa.ghtml. Acesso em 10 de setembro de 2018. 
2 CARVALHO. Marco Antônio. Brasil tem 6 casos de estupro e 25 de violência doméstica por hora. Estadão Brasil. 
https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-6-casos-de-estupro-e-25-de-violencia-domestica-por-
hora,70002441174?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-sociais:082018:e&utm_content=:::&utm_term=. Acesso em 
13 de agosto de 2018. 
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, 
política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, 
relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-
relações e suas vinculações históricas 
 
Segurança 
saúde 
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O Brasil registrou 60.018 estupros (6 casos por hora) e 221.238 crimes enquadrados na Lei Maria da 
Penha (25 casos por hora) ao longo de 2017. O número de estupros representa um crescimento de 8,4% 
em relação a 2016, mas não é possível saber a variação relativa aos casos de violência doméstica, já 
que este é o primeiro ano que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública coletou dos Estados dados dessa 
natureza. 
Especialistas do Fórum acreditam que ambos os casos estejam subdimensionados dada a dificuldade 
de registro na polícia desses crimes. Ainda assim, a quantidade é considerada alarmante e pede a 
implementação de políticas específicas, como treinamento adequado de policiais em delegacias 
especializadas. “É um dos piores dados no que diz respeito à qualidade, por causa da subnotificação, e 
isso ocorre não só no Brasil. A mulher tem medo, tem vergonha”, diz a diretora executiva do Fórum, 
Samira Bueno. 
Ela lembra que a Pesquisa Nacional de Vitimização, de 2012, estimava que entre 7,5% e 10% desses 
crimes chegavam a ser denunciados em delegacia. “Então, 60 mil é pouco? A situação é muito pior do 
que parece.” 
 
Feminicídios 
Nos 12 meses do ano passado, foram registrados 4.539 homicídios de mulheres (alta de 6,1% em 
relação a 2016), dos quais 1.133 foram considerados feminicídio pela polícia. A lei prevê que, quando o 
crime ocorrer em uma situação de violência doméstica e familiar ou por menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher, deve ser registrado como feminicídio, o que pode aumentar a pena final do criminoso 
condenado pela Justiça em até um terço do tempo. 
O Fórum acredita que o número de feminicídios registrados poderia ser ainda maior. A diferença, 
afirma, se dá em razão do pouco tempo da lei implementada - data de 2015 - e de dificuldades da polícia 
em reconhecer as situações de vulnerabilidade da mulher. 
O diretor-presidente do Fórum, o sociólogo Renato Sérgio de Lima, lembrou do caso recente registrado 
em Guarapuava, no interior do Paraná, cuja acusação aponta que o professor Luis Carlos Manvailer foi o 
responsável por atirar a advogada Tatiane Spitzner da sacada do apartamento do casal, matando-a na 
hora. “A violência doméstica precisa ser reconhecida como um problema público. As câmeras estavam lá 
para monitorar o motoboy que entrega a pizza, mas não para intervir em casos como esse?” 
A defesa de Manvailer nega o crime. Eleestá preso aguardando o andamento do processo, que poderá 
levá-lo a júri popular. 
 
Com 63.880 vítimas, Brasil bate recorde de mortes violentas em 2017 
 
Foram 175 mortes por dia, o equivalente a 7 por hora, informou Fórum Brasileiro de Segurança Pública 
nesta quinta-feira3. 
O Brasil bateu em 2017 o recorde de mortes violentas intencionais, como homicídios e latrocínios, da 
sua história. Foram 63.880 vítimas, o equivalente a 175 por dia ou 7 por hora. A taxa de mortes por 100 
mil habitantes atingiu a marca de 30,8. Os dados foram revelados nesta quinta-feira, 9, pelo Fórum 
Brasileiro de Segurança Pública, em São Paulo. Em 2016, o País havia registrado 61,6 mil mortes 
violentas. Em um ano, o crescimento foi de 2,9%. 
 
 
3 Carvalho, M. A. Com 63.880 vítimas, Brasil bate recorde de mortes violentas em 2017. Estadão. https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,com-63880-vitimas-
brasil-bate-recorde-de-morte-violentas-em-2017,70002439709. Acesso em 09 de agosto de 2018. 
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Doze unidades da Federação apresentaram crescimento das mortes violentas no País, puxando a taxa 
nacional. O Rio Grande do Norte assumiu a liderança entre os Estados mais violentos, com uma taxa de 
68 por 100 mil habitantes, seguido pelo Acre (63,9) e Ceará (59,1). Foi também o Ceará que viveu o maior 
crescimento proporcional da violência: 48,6%. 
As menores taxas foram constatadas em São Paulo (10,7), Santa Catarina (16,5) e Distrito 
Federal (18,2). 
Outros crimes também registraram aumento. As mortes decorrentes de ações policiais chegaram a 5,1 
mil, crescimento de 20% em relação a 2016. No período, 367 policiais foram mortos no País, uma queda 
de 4,9%. Os casos de estupros chegaram a 60 mil no País ao longo dos 12 meses de 2017, alta de 8,5% 
em relação a 2016. 
No ano passado, o Brasil teve 119,4 mil armas apreendidas pelas polícias, uma variação de 0,2%. O 
Fórum destacou que 13,7 mil armas legais passaram para o circuito ilegal no período. Segundo a 
instituição, 94,9% do armamento apreendido não foi cadastrado no sistema na Polícia Federal, o que 
dificultaria o rastreamento da origem da arma. 
"Vivemos uma guerra aberta entre as organizações criminosas em busca de territórios e dinheiro. Isso 
agravou a situação de crescimento (de homicídios), como no Acre e no Rio Grande do Norte. Essa nova 
dinâmica do crime chega com uma camada de crueldade, com casos recorrentes de decapitação das 
vítimas, por exemplo", diz o diretor-presidente do Fórum, o sociólogo Renato Sérgio de Lima. 
Para o sociólogo, os Estados têm de agir de forma diferente, intensificando a capacidade investigativa 
das polícias civis para agir com inteligência contra as finanças do crime organizado, por exemplo. "Diante 
dessa nova dinâmica, o Estado, em diversas esferas, se viu perdido e resolveu responder da forma que 
se sempre fez, com mais policiamento ostensivo militarizado. Isso está gerando resultados extremamente 
ruins em termos de cidadania, em gasto público, e não há o efeito esperado na redução da violência." 
O ano de 2017 foi marcado por brigas entre facções criminosas que causaram, já no primeiro dia do 
ano, 56 homicídios no interior do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. 
O massacre se repetiria com intensidade similar em Boa Vista, na Penitenciária Agrícola Monte Cristo, 
onde 33 morreram, e na Penitenciária de Alcaçuz, na Grande Natal, onde ao menos 26 foram mortos . 
O contexto de confronto entre essas organizações criminosas, cujos expoentes são o Primeiro 
Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), permaneceu fora das prisões, elevando o 
número de assassinatos cometidos nas ruas em diversos Estados. Mais de um ano depois dos 
assassinatos marcados pela crueldade, com decapitações e esquartejamentos, o Estado constatou que 
a superlotação e as condições precárias ainda são uma realidade quase intocada nos presídios, em meio 
ao fortalecimento das facções e uma violência que só avança nas cidades. 
 
Ataques a carros-fortes crescem 53% no Brasil; SP e BA têm mais casos4 
 
Levantamento do G1 com base em dados da ABTV e Contrasp mostra aumento no 1º semestre de 
2018 em comparação com mesmo período de 2017. Veja os estados onde ocorreram ataques. 
 
4 Tomaz, K. Donadoni, M. Ataques a carros-fortes crescem 53% no Brasil; SP e BA têm mais casos. G1 São Paulo. https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2018/07/27/ataques-a-carros-fortes-crescem-53-no-brasil-sp-e-ba-tem-mais-casos.ghtml. Acesso em 27 de julho de 2018. 
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O número de ataques criminosos a carros-fortes cresceu 53% no Brasil no primeiro semestre deste 
ano em comparação com o mesmo período de 2017. É o que aponta levantamento feito pelo G1 com 
base em dados da Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV) e da Confederação Nacional 
dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp). 
O país teve 75 ataques a carros-fortes de janeiro a junho de 2018 em 17 estados. No mesmo período 
do ano passado foram 49 ocorrências e, nos primeiros seis meses de 2016, foram 22 ações. 
O levantamento revela ainda que, nos últimos dois anos, a região Nordeste do país é a que vem 
acumulando mais casos de roubos e tentativas de assalto a carros-fortes. 
Foram 34 ataques nessa região em 2016, 56 ações em 2017 e essa tendência persiste em 2018, 
quando, de janeiro a junho, quadrilhas armadas com metralhadoras e fuzis atacaram 46 carros-fortes. 
As quadrilhas que atuam no Nordeste têm sido chamadas de "novo cangaço", numa alusão ao antigo 
bando de Lampião, por atacarem os veículos que passam por estradas cortando o sertão. 
Nas outras regiões do país também houve um aumento significativo de ataques ao longo de três anos, 
mas reforçando a dinâmica: a região Sudeste aparecendo em segundo lugar no acúmulo de casos, 
seguida da Sul, Centro-Oeste e Norte. 
Foram mais 13 ocorrências na Sudeste, 11 ações na Sul, três ataques na Centro-Oeste e dois no Norte 
em 2018. 
No âmbito dos estados, São Paulo e Bahia tiveram mais casos no primeiro semestre de 2018: cada 
um teve dez registros, entre roubos e tentativas de assalto a carros-fortes. 
 
O que pode explicar o aumento 
O consultor em segurança pública José Vicente da Silva Filho aponta a "facilidade" dos criminosos em 
conseguir roubar o dinheiro dos veículos e a "deficiência" das polícias em identificar e prender essas 
quadrilhas. 
"O principal motivo é que é muito fácil. O principal objetivo de qualquer bandido é o dinheiro vivo. O 
dinheiro vivo está nos veículos de transporte de valores", diz Silva Filho, que já foi secretário Nacional de 
Segurança Pública e é ex-coronel da Polícia Militar (PM) de São Paulo. "Como esse recurso é muito farto, 
dinheiro é farto, através de uma ação um pouco mais espetaculosa, em termos de armamento pesado, 
esses fatos vão acontecendo." 
"Nós temos uma deficiência da polícia para identificar esses grupos, então há uma tendência de 
expansão nesse tipo de crime", aponta Silva Filho. 
O especialista afirma ainda que São Paulo e Bahia concentram mais ataques por causa da 
estruturação das quadrilhas que agem nesses territórios. "Quando há uma concentração desse crime, 
muito específico, podemos cogitar da existência de grupos organizados que não estão encontrando 
resistência por parte do trabalho da polícia, principalmente da polícia de investigação." 
 
Ataques a bases 
Em 2016, havia mais ataques a prédios das empresas de transporte de valores no Brasil do que a 
carros-fortes. Foram registrados sete casos de invasão a bases. 
Há dois anos, Ruben Shechter, diretor presidente da Associação Brasileira de Transportes de Valores,se reuniu com as empresas e secretarias de segurança públicas estaduais para adotar medidas 
preventivas de segurança e tentar reduzir os ataques às bases. As empresas investiram R$ 400 milhões 
em segurança nos últimos cinco anos, segundo a ABTV, que, alegando questões estratégicas de 
segurança, não divulga detalhes do que foi feito. 
Em 2017, os ataques a transportadoras de valores caíram para três casos. E neste ano ocorreram 
duas investidas a bases – uma no dia 6 de fevereiro em Eunápolis, na Bahia, e outra no dia 1° de abril 
em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. 
“Em função dessa ação positiva em relação a bases de transporte de valores, a gente percebe uma 
migração das tentativas de assalto a carros-fortes”, afirma Shechter. 
 
Violência e mortes 
Além de usar explosivos para roubar o dinheiro dos veículos, a violência dos assaltantes tem deixado 
vigilantes mortos e feridos nos confrontos. Levantamento do G1 a partir de dados da ABTV e Contrasp 
aponta que ao menos dez vigilantes foram mortos e outros 51 ficaram feridos durante ataques a carros-
fortes e bases entre 2017 e o primeiro semestre deste ano. 
"Em 2018, nós já tivemos quatro mortes de companheiros vigilantes que perderam a vida transportando 
numerário nessas estradas em todo país", lamenta João Soares, presidente do Contrasp. 
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Há relatos ainda de policiais e até de pedestres que morreram ou se machucaram durante os ataques. 
Apesar de alguns grupos que atacam carros-fortes terem sido presos, outros continuam soltos devido à 
dificuldade das polícias em identificá-los. Muitos usam máscaras, por exemplo. 
 
Tráfico de armas 
Para a ABTV, a redução dos ataques passa pelo maior controle do tráfico de armas, que é feito pela 
Polícia Federal (PF) nas fronteiras e, paralelamente, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas 
e pelas forças de segurança nos estados. 
“A atuação das autoridades tem sido bastante eficiente no sentido de identificar e utilizar meios de 
inteligência para coibir ações”, admite Schechter, presidente da ABTV, que, no entanto faz uma ressalva. 
“Mas ainda existe muito trabalho a ser feito: o controle de armas, o controle do tráfico de armas, o controle 
mais rígido de explosivos”. 
Enquanto criminosos usam metralhadora .50, capazes de derrubar aeronaves, fuzis e explosivos, que 
abrem ao meio um carro-forte, vigilantes tentam se defender com um revólver 38 e escopetas calibre 12. 
De acordo com Silva Filho, a solução para se reduzir os ataques a carros-fortes está numa medida, 
que ele considera mais inteligente. "O dinheiro, se for destruído cada vez que for tentar manipular os 
malotes, simplesmente os assaltos vão desaparecer", conta o especialista. Ele cita, por exemplo, o uso 
de um dispositivo com tinta para manchar as notas. 
 
O que dizem os órgãos de segurança 
O G1 procurou as assessorias de imprensa da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e também 
das secretarias de segurança de São Paulo e da Bahia – os estados que mais concentraram ataques 
neste ano. Veja a resposta dos órgãos: 
 
SSP-SP 
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a 5ª Divisão de Investigações 
de Crimes Contra o Patrimônio (DISCCPAT), do Departamento Estadual de Investigações Criminais 
(Deic) da Polícia Civil, "realiza ações constantes visando coibir os crimes de assaltos a carros-fortes." 
Ainda segundo a pasta da Segurança de São Paulo, "as ações realizadas permitiram a redução de 
50% dos casos neste ano em relação ao mesmo período ano passado. Além disso, o trabalho policial 
possibilitou a queda de 75% dos ataques a bases de transporte de valores e de 85,7% dos sequestros 
de funcionários das empresas de transportes no ano passado em comparação com 2016." 
De acordo com a SSP, "outro fator importante que contribuiu para a queda dos casos foi a prisão de 
duas pessoas, em Itupeva [interior do estado], e de oito homens, integrantes de uma quadrilha 
especializada, em novembro do ano passado, na Zona Leste" de São Paulo. 
 
SSP-BA 
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a maior parte das estradas por onde os 
carros-fortes passam não tem fiscalização policial porque as empresas não informam as rotas e horários 
de trânsito dos seus veículos. "Eles se negam a dar as informações, com a alegação de que a polícia 
pode vazar para bandidos", informa nota da assessoria. 
 
PF 
Por meio de nota, a PF informou que "com relação ao tipo de crime citado, a Polícia Federal, como 
polícia judiciária da União, apura os crimes de roubos de repercussão interestadual e internacional, bem 
como aqueles praticados contra o patrimônio da União, a exemplo de empresas públicas." 
Segundo a PF, "dessa forma, a investigação de roubo a carros-fortes, em regra, não é de atribuição 
da Polícia Federal. Nossas investigações, nesse sentido, têm como foco o combate a facções criminosas 
e ao tráfico de armas." 
 
PRF 
A Polícia Rodoviária Federal não se posicionou sobre o aumento de casos de ataques a carros-fortes 
até a publicação desta reportagem. 
 
 
 
 
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Senado aprova projeto que cria Sistema Único de Segurança Pública5 
 
Proposta prevê integração de informações de inteligência entre governo federal, DF e estados. Com 
aprovação, texto seguirá para sanção do presidente Temer. 
O Senado aprovou nesta quarta-feira (16/05) o projeto que cria o Sistema Único de Segurança 
Pública (Susp). 
O texto seguirá para sanção do presidente Michel Temer e entrará em vigor 30 dias após a publicação 
no "Diário Oficial da União". 
Mais cedo, nesta quarta, a proposta foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da 
Casa e, diante da aprovação de um pedido de urgência, o texto já foi incluído na pauta de votações do 
plenário desta quarta. 
A proposta prevê que as instituições de segurança federais, distritais, estaduais e municipais deverão 
atuar em operações combinadas, compartilhando informações. 
O projeto define, ainda, que os registros de ocorrência e as investigações serão padronizados e aceitos 
por todos os integrantes do Susp. 
O novo sistema será conduzido pelo Ministério da Segurança Pública, responsável por coordenar 
ações e implementar programas de modernização dos órgãos de Segurança Pública e Defesa Social. 
 
Entenda o Susp 
O projeto aprovado determina que serão integrantes do Susp: 
 
- Polícia Federal; 
- Polícia Rodoviária Federal; 
- Polícia Ferroviária Federal; 
- polícias civis; 
- polícias militares; 
- corpos de bombeiros militares; 
- guardas municipais; 
- órgãos do sistema penitenciário; 
- órgãos do sistema socioeducativo; 
- institutos oficiais de criminalística, medicina legal e identificação; 
- secretarias nacional e estaduais de segurança pública; 
- Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil; 
- Secretaria Nacional de Política sobre Drogas; 
- agentes de trânsito; 
- guarda portuária. 
 
Principais pontos 
Saiba abaixo os principais pontos do sistema: 
- Operações combinadas, planejadas e desencadeadas em equipe; 
- Estratégias comuns para atuação na prevenção e controle qualificado de infrações penais; 
- Aceitação mútua dos registros de ocorrências e dos procedimentos apuratórios; 
- Compartilhamento de informações; 
- Intercâmbio de conhecimentos técnicos e científicos. 
 
Plano de Segurança 
O projeto de lei também estabelece que a União devera instituir um Plano Nacional de Segurança 
Pública e Defesa Social, que deverá: 
- Definir metas aos órgãos do Susp; 
- Avaliar resultado das políticas de segurança pública; 
- Priorizar e elaborar ações preventivas. 
- O plano terá duração de dez anos e os estados e o Distrito Federal deverão implantar as ações em 
dois anos a partirda publicação do documento nacional. 
 
Repercussão 
Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do projeto no Senado: "Pela primeira vez teremos no Brasil uma 
lei que determina a política nacional de segurança pública. Muito mais que um plano, é uma política. [...] 
 
5 GARCIA, G. Senado aprova projeto que cria Sistema Único de Segurança Pública. G1 Política. <https://g1.globo.com/politica/noticia/senado-aprova-texto-base-
de-projeto-que-cria-o-sistema-unico-de-seguranca-publica.ghtml> Acesso em 17 de maio de 2018. 
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Durante muitas décadas, se disse que a União não era responsável pela segurança pública, que a matéria 
era só da alçada dos estados. Agora, ficou claro que a União coordenará o processo com muita 
responsabilidade". 
Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública, no Twitter: "O Senado Federal acaba de aprovar o 
SUSP, Sistema Único da Segurança Pública. Um passo importante para o combate ao crime e a violência 
em nível nacional. Doravante, teremos uma segurança, polícias e inteligencia mais integradas, reunindo 
todos, união, estados e municípios." 
Humberto Costa, líder do PT no Senado: "O projeto do Susp é fundamental para integrar as ações de 
prefeituras, governos estaduais e governo federal e sociedade civil, ele é fundamental para nós criarmos 
as condições para melhorar a segurança pública. No entanto, eu entendo que alguns sistemas não 
deveriam fazer parte de uma política de segurança pública, entre eles, o sistema socioeducativo, que é 
dirigido para crianças e adolescentes, que nós entendemos que deve ser tratado à parte." 
 
Governo destinará mais de R$ 1 bi para intervenção no Rio e Ministério da Segurança, diz 
ministro6 
 
Dyogo Oliveira (Planejamento) deu informação após se reunir com Temer e outros cinco ministros. 
Recursos serão remanejados do orçamento federal deste ano, explicou. 
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, informou na noite deste domingo (18/03) que o governo 
federal destinará mais de R$ 1 bilhão para a intervenção no Rio de Janeiro e para o recém-
criado Ministério da Segurança Pública. 
Dyogo deu a informação ao deixar o Palácio da Alvorada, em Brasília, após se reunir com o presidente 
Michel Temer e outros cinco ministros, entre os quais Raul Jungmann (Segurança Pública), Torquato 
Jardim (Justiça) e Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional). 
Segundo o ministro do Planejamento, o valor exato será definido até o fim desta semana e o montante 
será realocado no orçamento federal deste ano. 
"É na casa de bilhão, mas acho precipitado adiantar valores (...). Teremos crédito extraordinário para 
o Rio de Janeiro, cujos valores ainda estão sendo levantados pelo Ministério da Segurança Pública e pelo 
interventor. E deveremos ter isso até o final desta semana enviado ao Congresso Nacional", declarou 
Dyogo Oliveira. 
Segundo o ministro, será editada uma medida provisória para a liberação dos recursos para a 
intervenção. Neste caso, a MP tem vigência imediata e precisa ser analisada pelo Congresso em até 120 
dias. 
Sobre os recursos para o Ministério da Segurança, Dyogo informou que o governo enviará ao 
Congresso um projeto de lei. 
O G1 apurou que uma das fontes consideradas pelo governo para liberar os recursos é a chamada 
"reoneração" da folha de pagamentos, ou seja, o aumento da tributação para as empresas. 
Atualmente, 50 setores da economia são excluídos da possibilidade de pagar imposto sobre a folha 
de pagamentos com base em um percentual da receita bruta - que representa uma tributação menor. O 
governo, entretanto, quer manter quatro setores com esse benefício. O projeto ainda vai passar por 
votação no Congresso Nacional, mas o relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), indicou que quer 
manter mais setores com esse benefício, o que diminuiria o impacto na arrecadação. 
 
Destinação dos recursos 
Dyogo Oliveira explicou que os recursos sairão do Orçamento Geral da União deste ano, por meio de 
remanejamento. 
Deste modo, outras áreas perderão recursos consequentemente. "As fontes desse crédito 
extraordinário ainda não foram completamente definidas. Estaremos elaborando as fontes dentro do 
orçamento nos próximos dias que serão remanejadas para atender essa demanda da área de segurança", 
afirmou. 
Dyogo Oliveira disse, ainda, que o governo identificará as fontes de recursos no orçamento e 
encaminhará a MP e o projeto de Lei ao Congresso até o fim desta semana. 
Segundo o ministro, parte dos recursos da intervenção irá diretamente para o Rio, enquanto outra parte 
será direcionada para as forças federais que atuam no estado. 
 
 
 
6 MARTELLO, A. KLAVA, N. Governo destinará mais de R$1 bi para intervenção no Rio e Ministério da Segurança, diz ministro. G1 Política. Disponível em: < 
https://g1.globo.com/politica/noticia/ministerio-da-seguranca-publica-e-recursos-para-o-rj-somarao-mais-de-r-1-bilhao-diz-ministro-do-
planejamento.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1> Acesso em 19 de março de 2018. 
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Pezão repercute 
À GloboNews, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou que a Secretaria de Segurança 
Pública do estado é a que tem o maior orçamento, mas "quase todos" os recursos são destinados ao 
pagamento de salários. 
"Estamos com dificuldade na infraestrutura. Nosso orçamento hoje é quase todo para a folha de 
pagamento", acrescentou. 
Pezão informou que se reunirá nesta segunda (19/03) com o interventor federal, general Braga Netto, 
para discutir as ações e definir o orçamento necessário. Só depois disso, acrescentou o governador, é 
que Netto deve apresentar o plano de custos ao governo federal. 
 
Senado aprova intervenção federal na segurança pública do Rio7 
 
Decreto já está em vigor desde a semana passada, mas governo precisava do aval do Congresso para 
medida continuar valendo. Com aprovação, texto será publicado no 'Diário Oficial'. 
Senado aprovou no fim da noite desta terça-feira (20/02), por 55 votos a 13 (1 abstenção), o decreto 
que autoriza intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. O decreto vai a 
publicação no "Diário Oficial da União". 
A intervenção federal foi assinada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (16/02). A medida 
passou a vigorar imediatamente, mas, para continuar valendo, precisava do aval da Câmara e do Senado. 
O tema foi aprovado pela Câmara na madrugada desta terça-feira (20/02), por 340 votos a 72. 
O decreto estabelece que a intervenção durará até 31 de dezembro deste ano. 
Enquanto vigorar a medida, o general de Exército Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do 
Leste, será o interventor no estado e terá o comando da Secretaria de Segurança Pública, Polícias Civil 
e Militar, Corpo de Bombeiros e do sistema carcerário fluminense. 
Segundo o decreto, o objetivo da intervenção é tratar do "grave comprometimento da ordem pública" 
no Rio. A medida foi tomada após o feriado de carnaval, período em que a capital do estado 
registrou vários episódios de violência. 
Pelo texto, o interventor está subordinado ao presidente da República e não está sujeito a regras 
estaduais que entrem em conflito com o objetivo da intervenção. 
O general Braga Netto pode, se necessário, solicitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e 
humanos do Rio para restabelecer a ordem pública. 
Ele também poderá, segundo o decreto, requisitar a órgãos civis e militares da administração pública 
federal meios necessários ao sucesso da intervenção. 
O decreto preserva, sob a responsabilidade do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), as 
atribuições sem relação com a área de segurançapública. 
 
A sessão 
Por se tratar de uma medida de urgência, o decreto seguiu da Câmara direto para o plenário do 
Senado, sem passar pelas comissões da Casa. O tema foi analisado em sessão extraordinária que 
começou por volta das 20h30 desta terça. 
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), designou como relator o senador Eduardo 
Lopes (PRB-RJ), que votou favoravelmente à intervenção. Segundo Eunício, 11 parlamentares o 
procuraram para assumir a função. 
Durante a apresentação do relatório, Eduardo Lopes afirmou que a situação do Rio é "grave", 
acrescentando que a população do estado está com "medo de sair de casa. 
"Sabemos que a situação não é exclusiva do Rio de Janeiro, sabemos que existe violência e altos 
índices de violência em outros estados, mas, sem dúvida, o Rio de Janeiro repercute muito mais, tanto 
internamente, como internacionalmente", disse. 
"No momento que nós vimos ladrões assaltando carrinho de cachorro-quente com fuzil, isso mostra 
que a situação realmente é grave. Arrastões por toda cidade, um medo imperando, pessoas com medo 
de sair, cancelando compromissos, não participando de eventos sociais, com medo da violência", 
completou o relator. 
Eduardo Lopes é suplente de Marcelo Crivella (PRB-RJ), que deixou o Senado em 2017 para assumir 
a Prefeitura do Rio de Janeiro. 
 
 
 
 
7 GARCIA, GUSTAVO. NETTO, C. JOÃO. Senado aprova intervenção federal na segurança pública do Rio. G1. Política. Disponível em: 
<https://g1.globo.com/politica/noticia/senado-aprova-intervencao-federal-na-seguranca-publica-do-rio.ghtml> Acesso em 21 de fevereiro de 2018. 
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Argumentos pró e contra o decreto 
Durante a sessão, parlamentares favoráveis e contrários ao decreto se revezaram na tribuna do 
Senado. 
Gleisi Hoffmann (PR), por exemplo, presidente do PT, foi a primeira a falar contra a intervenção federal. 
A senadora disse que outros estados – como Sergipe, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte – 
apresentam índices de violência mais altos e questionou o critério do governo ao decidir pela intervenção 
no Rio. 
"O Ceará é um estado hoje que também tem um índice de violência muito maior que o do Rio de 
Janeiro. O que vão fazer lá? Vão fazer intervenção também? Ou será que o estado do Ceará tem que se 
contentar com os 36 homens da Força Nacional que o Temer mandou para lá?". 
Já o senador Lasier Martins (PSD-RS) defendeu a intervenção no Rio de Janeiro. Para o parlamentar, 
é "quase inacreditável insinuar" que não se deve mexer no que o Rio de Janeiro se tornou. 
"Estamos em uma situação de exceção porque, neste momento, o Rio de Janeiro está entregue à 
bandidagem, onde as crianças não podem ir a escolas porque estão sujeitas às balas perdidas". 
Lasier também defendeu que o governo edite um segundo decreto, estabelecendo "orçamento 
continuado" para a intervenção. 
Líder da minoria, Humberto Costa (PT-PE) seguiu a linha do discurso de Gleisi Hoffmann e criticou o 
decreto presidencial, chamando a medida de Temer de "intervenção Tabajara" de um governo 
"paspalhão". 
"Uma intervenção que não tem qualquer planejamento, não diz sequer de onde virão os recursos. [...] 
Se der errado, nós vamos recorrer a quem? Ao Vaticano?". 
Vice-presidente do Senado, o tucano Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) declarou voto a favor da 
intervenção federal. 
Ele disse que a crise na segurança do Rio “está diretamente vinculada ao desmonte que foi feito no 
estado por práticas de corrupção, crime organizado e formação de quadrilha não só de traficantes, mas 
de governantes” do estado. 
"Não há o que se fazer hoje no Senado a não ser aprovar o decreto presidencial. Não há alternativa. 
Qualquer posição contrária é, naturalmente, um embate político. Não é defesa efetiva da população do 
Rio de Janeiro". 
Depois que cinco senadores favoráveis e cinco contrários se manifestaram sobre o assunto, líderes 
partidários encaminharam suas bancadas e a votação foi iniciada, com os votos registrados em painel. 
 
Questões 
 
01. (UEPB – Auxiliar Administrativo – CPCON) A violência tem atingido os mais diversos municípios, 
dos mais aos menos populosos. O texto abaixo sinaliza esse aspecto. 
O ranking dos municípios mais violentos do Brasil de 2015, divulgado pelo Instituto de Pesquisas 
Econômicas Aplicadas (IPEA) em 2017, aponta o município de Santa Rita como o mais violento da 
Paraíba e o 22º do país. Com uma população de 134.940 habitantes o município registrou 100 homicídios 
no ano de 2015, o que dá uma taxa de 74,1 homicídios por 100 mil habitantes. Na outra ponta do estudo, 
o município de Botucatu foi o segundo menos violento de São Paulo e o 6º do país. Com uma população 
de 139.483 habitantes, o município registrou 6 homicídios no ano de 2015, o que dá uma taxa de 4,3 
homicídios por 100 mil habitantes. 
Como dois municípios com tamanhos populacionais semelhantes podem ter taxas de homicídios tão 
diferentes? Marque a alternativa que apresenta fatores CORRETOS para essa diferença. 
(A) Em São Paulo é permitido o porte de armas pelo cidadão de bem, o que comprovadamente intimida 
a ação dos criminosos. 
(B) Melhor distribuição de renda e maiores investimentos sociais em saúde, educação, lazer e cultura. 
(C) A presença ostensiva da polícia nas ruas de Botucatu garante a paz no município. O município 
possui o maior efetivo de policiais do país. 
(D) A ausência de leis específicas sobre homicídios no Estado da Paraíba contribui para as altas taxas 
de homicídio de Santa Rita. 
(E) A reforma do sistema educacional de Botucatu em 2000, que incluiu técnicas de defesa pessoal e 
artes maciais no currículo básico, preparou melhor a população para enfrentar a violência. 
 
 
 
 
 
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02. (TER-AP – Analista Judiciário – CESPE) A segurança é um item de crescente preocupação da 
população brasileira. Esta preocupação é resultante 
(A) da descoberta, apenas recentemente, da existência de grupos econômicos e sociais envolvidos no 
comércio ilícito das drogas. 
(B) de uma onda episódica de acasos policiais que envolvem personalidades políticas nacionais. 
(C) da percepção da sociedade brasileira da urgência do tema bem como de suas causas profundas 
e imediatas, como a crise no próprio sistema de segurança do Estado. 
(D) de uma visão passional e imediatista da população brasileira em relação a problema global que 
atinge todo o mundo. 
(E) de uma visão limitada do país e manipulada pelos grandes conglomerados da comunicação 
nacional. 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.C 
 
Comentários 
 
01. Resposta: B 
Questões sociais são normalmente relacionadas a problemas com segurança e violência. Os 
investimentos (ou ausência deles) estão entre algumas das explicações para as diferenças entre regiões 
mais ou menos seguras. 
 
02. Resposta: C 
A percepção da sociedade da ausência do Estado em determinadas regiões já ultrapassa apenas as 
grandes cidades. A percepção do fracasso das instituições oficiais só é aumentada pelas notícias 
recorrentes a respeito dos problemas de segurança enfrentados no país, vide o exemplo: < 
https://oglobo.globo.com/rio/crise-da-seguranca-no-estado-tambem-marcada-por-falhas-na-comunicacao-21849743> 
 
 
Alemanha estreia o primeiro trem movido a hidrogênio do mundo8 
 
Primeiro do mundo a entrar em operação, "trem do futuro" fará trajeto regular de 100 quilômetros no 
norte do país. Uma alternativa para ajudar o país em sua ambiciosa meta climática. 
Começaram a circular nesta segunda-feira (17/09) na Alemanha os primeiros trens movidos a 
hidrogênio. As duas composições farão um trajeto de 100 quilômetros entre as cidades de Cuxhaven, 
Bremerhaven, Bremervoerdee Buxtehude, no norte do país. 
"O primeiro trem de hidrogênio do mundo está entrando em serviço comercial e pronto para produção 
em série", disse o presidente da fabricante Alstom, Henri Poupart-Lafarge, na cerimônia de inauguração. 
A cerimônia foi em Bremervoerde, a estação onde os dois trens da fabricante francesa serão 
reabastecidos com hidrogênio. Até agora, o trecho, não eletrificado, era atendido por trens a diesel. 
A Alstom aposta na nova tecnologia como uma alternativa mais ecológica e silenciosa para o transporte 
ferroviário, e tem planos de entregar outros 14 trens de emissão zero até 2021 à operadora ferroviária 
local LNVG, do estado da Baixa Saxônia. 
Os trens de hidrogênio são equipados com células de combustível que produzem eletricidade por meio 
de uma combinação de hidrogênio e oxigênio, um processo que tem como únicas emissões vapor e água. 
Com metas climáticas ambiciosas, a Alemanha pretende reduzir suas emissões de CO2 em 40% até 
2020 em comparação com os níveis de 1990, e se comprometeu a usar 80% de energia renovável em 
seu abastecimento elétrico até 2050. 
O trem azul-claro da Alstom foi apresentado pela primeira vez ao mundo na feira da indústria ferroviária 
Innotrans em 2016 e apelidado pela empresa como o "trem do futuro". Ele pode rodar por cerca de mil 
quilômetros com um único tanque de hidrogênio, que é semelhante à capacidade dos trens a diesel. 
No cerne do sistema iLint está uma célula de combustível situada no topo do trem. O hidrogênio é 
fornecido à célula e então combinado com o oxigênio retirado do ar do ambiente em seu interior. Os dois 
 
8 Deutsche Welle. Alemanha estreia primeiro trem movido a hidrogênio do mundo. G1. https://g1.globo.com/natureza/noticia/2018/09/17/alemanha-estreia-o-
primeiro-trem-movido-a-hidrogenio-do-mundo.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 18 de setembro de 2018. 
Transporte 
saúde 
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produtos dessa reação química são a eletricidade, que é usada para alimentar uma tração elétrica que 
controla os movimentos do trem; e a água, que é emitida na forma de vapor. 
Toda a energia elétrica que não é usada imediatamente para a tração pode ser armazenada em 
baterias de íons de lítio na parte de baixo do trem. Um conversor auxiliar também é usado para adaptar 
a energia para várias aplicações a bordo, como ar condicionado, sistemas de portas e mostradores de 
informações aos passageiros. 
Além de um produto limpo, as principais vantagens do iLint são seu gerenciamento de energia 
inteligente e armazenamento de energia flexível. A energia elétrica é fornecida sob demanda, o que 
significa que a célula de combustível só precisa trabalhar a todo vapor quando o trem permanece em 
estado de aceleração por períodos prolongados. Quando ele freia, as células de combustível são 
desligadas quase que completamente, economizando no consumo de hidrogênio. 
Segundo a LNVG, operadora de trens local, os 14 trens que comprados da Alstom custaram cerca de 
81 milhões de euros, o que é mais do que seria gasto com o mesmo número de trens convencionais a 
diesel. Mas Stefan Schrank, gerente do projeto na Alstom, diz que o investimento vale a pena. 
"Claro, comprar um trem de hidrogênio é um pouco mais caro do que um trem a diesel, mas é mais 
barato de operar", afirmou. 
No entanto, ainda há a questão de como os trens serão reabastecidos e de onde virá o hidrogênio a 
longo prazo. Durante a fase inicial, a Alstom fornecerá o hidrogênio a partir de emissões industriais. 
 
Portos têm menor investimento em 14 anos, mostra estudo da CNI9 
 
No ano passado, foram investidos apenas R$ 175 milhões de um total previsto de R$ 660 milhões. 
O investimento nos portos brasileiros atingiu o patamar mais baixo em 14 anos. No ano passado, foram 
investidos apenas R$ 175 milhões de um total previsto de R$ 660 milhões. 
Os dados integram um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e levam 
em conta os investimentos aplicados nas Companhias das Docas. 
O estudo faz parte de um documento elaborado pela entidade com 43 temas que será entregue para 
os candidatos a presidente. 
“Há uma incapacidade gerencial e normalmente as docas estão embaixo de um apadrinhamento 
político”, diz o gerente de infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso. 
 
 
 
As Companhias das Docas têm um papel fundamental na qualidade dos portos brasileiros. São elas, 
por exemplos, responsáveis pela manutenção do acesso terrestre aos terminais. 
Na avaliação do professor da Fundação Dom Cabral Paulo Resende, as docas são apenas um dos 
entraves do sistema portuário brasileiro. Ele aponta gargalos como a grande concentração do uso do 
porto de Santos para a exportação e o atraso tecnológico, sobretudo nos portos públicos. 
"Nos portos públicos, o atraso tecnológico é de no mínimo 15 anos quando comparado com outros 
países", diz Resende. “A tecnologia nos grandes portos é um dos fatores importantes para a 
competitividade porque aumenta a eficiência e reduz a burocracia.” 
 
9 GERBELLI, L. G. Portos têm menor investimento em 14 anos, mostra estudo da CNI. G1. https://g1.globo.com/economia/noticia/portos-tem-menor-investimento-
em-14-anos-mostra-estudo-da-cni.ghtml. Acesso em 20 de junho de 2018. 
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Na avaliação da CNI, a solução para a Companhia das Docas é a privatização. O Programa de Parceria 
de Investimento (PPI) do governo federal, já prevê, por exemplo, a desestatização da Companhia Docas 
do Espírito Santo (Codesa) e de vários terminais. 
"O modelo atual está nos afastando dos padrões mundiais de navegação", diz Cardoso. 
 
Câmara aprova regulamentação de aplicativos como Uber; placa vermelha não será exigida10 
 
Texto aprovado em 2017 na Câmara retornou para análise dos deputados porque Senado modificou 
alguns trechos. Proposta segue para sanção presidencial; saiba o que está previsto. 
Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28/02) o projeto de regulamentação do transporte 
de passageiros por aplicativos, como Uber e Cabify. O texto segue para sanção presidencial. 
O projeto aprovado não exige que os carros tenham placa vermelha, que é concedida pelo poder 
público. Por outro lado, caberá aos municípios e ao Distrito Federal regulamentar e fiscalizar esses 
serviços. 
Na sessão desta quarta, os deputados derrubaram a decisão do Senado que retirou a previsão de 
municípios e o Distrito Federal terem a competência de regulamentar esse tipo de serviço. 
Com isso, prefeituras e o Distrito Federal poderão regulamentar e fiscalizar os aplicativos – leia 
detalhes mais abaixo. 
Durante a análise do projeto, a Câmara manteve uma alteração feita pelo Senado que, na prática, 
desobriga os motoristas a ter autorização do poder público para atuar nos aplicativos. 
Por fim, a Câmara manteve a previsão de os motoristas terem de apresentar certidão negativa de 
antecedentes criminais. 
 
Ponto a ponto 
Pela regulamentação aprovada pela Câmara, caberá a municípios e ao Distrito Federal: 
 
- Cobrança dos tributos municipais devidos; 
- Exigência de contratação de seguro de acidentes pessoais a passageiros e do seguro obrigatório 
(DPVAT); 
- Exigência de que o motorista esteja inscrito como contribuinte individual no INSS. 
 
O motorista também deverá cumprir algumas condições, entre as quais: 
- Ser portador de Carteira Nacional de Habilitação na categoria B ou superior que tenha a informação 
de que ele exerce atividade remunerada; 
- Conduzir veículo que atenda a requisitos como idade máxima e que tenha as características exigidas 
pelas autoridades de trânsito; 
- Emitir e manter oCertificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV); 
- Apresentar certidão negativa de antecedentes criminais. 
 
De acordo com o texto aprovado pela Câmara, quem não cumprir as exigências pode ser enquadrado 
nas sanções por transporte ilegal de passageiros. 
 
Repercussão 
Em nota, a Uber afirmou que "sempre" defendeu a regulamentação dos aplicativos. "O novo texto hoje 
aprovado pela Câmara dos Deputados ouviu a voz dos 20 milhões de usuários e 500 mil motoristas 
parceiros que encontraram na Uber novas formas de mobilidade e de geração de renda no Brasil. Em vez 
de proibir, o texto regulamenta a atividade dos motoristas parceiros e organiza critérios para os aplicativos 
operarem. Agora, o projeto segue para a sanção presidencial." 
A Cabify também soltou nota, na qual avaliou: "A Câmara dos Deputados trouxe o Brasil para a 
vanguarda da regulamentação dos serviços de transporte individual de passageiros por aplicativos. [...] O 
Congresso ouviu as vozes dos milhões de usuários e centenas de milhares de motoristas dos aplicativos 
de mobilidade ao aprovar o texto com as emendas e criar uma desejada regulamentação". 
O aplicativo 99 divulgou nota na qual avaliou que a aprovação do projeto representa uma "vitória para 
a sociedade". "A Câmara dos Deputados forneceu hoje (28/02) uma resposta à altura dos milhares de 
motoristas e passageiros que foram às ruas exigir seus direitos", acrescentou. 
 
10 CARAM, BERNARDO. VIVAS, FERNANDA. Câmara aprova regulamentação de aplicativos como Uber; placa vermelha não será exigida. G1 Política. 
Disponível em: <https://g1.globo.com/politica/noticia/camara-analisa-projeto-que-regulamenta-aplicativos-de-transporte-como-uber-e-cabify.ghtml> Acesso em 01 de 
março de 2018. 
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Ao fim da votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou a importância de a 
Casa ter decidido que cabe aos municípios fiscalizar o serviço. 
"A decisão do plenário tem que ser respeitada. Eu acho que o mais importante, do meu ponto de vista, 
ficou garantido que a regulamentação dos aplicativos será feita pelos municípios. Cada cidade vai criar 
sua regulamentação, sua regra, que forma que autoriza, de que forma que o aplicativo pode trabalhar", 
declarou Maia. 
 
Contra poluição, Alemanha cogita transporte público gratuito11 
 
Sob pressão da União Europeia (UE) para combater a poluição no ar das grandes cidades, o governo 
da Alemanha afirmou estar considerando um projeto para tornar gratuito o transporte público nas cidades 
mais poluídas do país, segundo uma carta enviada a Bruxelas e divulgada nesta terça-feira (13/02) pela 
imprensa alemã. 
A intenção da oferta de transporte público gratuito é encorajar as pessoas a deixar seus carros em 
casa, o que reduz as emissões de dióxido de nitrogênio e outros poluentes. 
Cinco cidades foram relacionadas para testar a eficácia do projeto: Bonn, Essen, Reutlingen, 
Mannheim e Herrenberg, ao sul de Stuttgart, que é uma das cidades mais poluídas do país. 
Outras propostas listadas na carta são a criação de "áreas de baixas emissões" para veículos pesados, 
o aumento do número de táxis movidos a eletricidade e a ampliação dos incentivos aos carros elétricos 
de um modo geral. 
A carta pegou de surpresas as administrações municipais, inclusive as das cidades selecionadas. A 
Prefeitura de Bonn declarou à DW que o projeto não está nem sequer na fase de planejamento. 
A carta não esclarece quem pagaria a bilionária conta do transporte público gratuito para os 
passageiros. A associação de municípios já deixou claro para o governo que "quem teve a ideia, que 
pague". 
Não está claro, também, se a ideia é de fato viável, pois o sistema público já opera no limite da 
capacidade em muitas cidades. Há décadas que o uso de transporte público cresce na Alemanha. Em 
2017, bateu um novo recorde, com 10,3 bilhões de bilhetes. 
O projeto exigiria um plano de logística para elevar o número de bondes e ônibus nas ruas e assim 
diminuir os intervalos das viagens. Os veículos do transporte público também teriam que ser 
modernizados em muitas cidades. 
As passagens municipais variam de preço de uma cidade para a outra na Alemanha, e o valor costuma 
depender do trajeto. Em Colônia pode-se atravessar a cidade por 2,40 euros, em Berlim por 2,80 euros. 
Em Bonn, um tíquete mensal para trabalhadores custa em torno de 65 euros e vale para toda a região. 
A Comissão Europeia está cobrando da Alemanha e demais oito países-membros que apresentem 
propostas para reduzir as emissões de poluentes por veículos e, dessa maneira, atender às normas 
europeias de qualidade do ar. Se a Comissão não se mostrar satisfeita com os planos apresentados por 
Berlim, poderá levar o caso à Corte de Justiça da União Europeia. 
 
Dados indicam 2017 como o ano mais seguro da história da aviação12 
 
No ano passado houve 36,8 milhões de voos no mundo todo, o que significa um acidente a cada 7,36 
milhões de voos 
O ano de 2017 foi o mais seguro para a Aviação civil desde que as estatísticas sobre acidentes de 
avião começaram a ser registradas em 1946 - informou o site especializado Aviation Safety Network 
(ASN), na segunda-feira (1º). 
No ano passado, dez aviões com passageiros sofreram acidentes que deixaram 144 mortos no total. 
"É o ano mais seguro de todos os tempos, tanto pelo número de acidentes quanto pela quantidade de 
vítimas", afirmou a ASN. 
Em 2016, foram 16 acidentes e 303 mortos, lembrou a rede. 
Os números publicados se referem apenas aos aparelhos comerciais civis de transporte de 
passageiros e aos voos fretados para levar pelo menos 14 passageiros. A estatística não inclui, portanto, 
o acidente de uma aeronave militar birmanesa em 7 de junho, que causou 122 mortes. 
O pior acidente foi o que deixou 12 mortos no sábado (30), na Costa Rica, último dia considerado nas 
estatísticas. 
 
11 DEUTSCHE WELLE. Contra poluição, Alemanha cogita transporte público gratuito. G1 Natureza. Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/noticia/contra-
poluicao-alemanha-cogita-transporte-publico-gratuito.ghtml> Acesso em 14 de fevereiro de 2018 
12 AFP. Dados indicam 2017 como o ano mais seguro da história da aviação. O Tempo. Disponível em: <http://www.otempo.com.br/interessa/dados-indicam-
2017-como-o-ano-mais-seguro-da-hist%C3%B3ria-da-avia%C3%A7%C3%A3o-1.1558522> Acesso em 03 de janeiro de 2018. 
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Em 2017, houve 36,8 milhões de voos no mundo todo, o que significa um acidente a cada 7,36 milhões 
de voos. 
 
Governo amplia para até 70 anos prazo para concessão de terminais portuários13 
 
Decreto foi assinado nesta quarta (10/05) pelo presidente Michel Temer. Limite atual é de 50 anos. 
O presidente Michel Temer assinou nesta quarta-feira (10/05) um decreto que amplia de 50 para 70 
anos o prazo de concessão de terminais de movimentação de carga dentro dos portos públicos. 
Segundo o governo, o decreto vai dar às empresas privadas que administram esses terminais mais 
segurança para investir. O Ministério dos Transportes calcula que a medida estimule R$ 25 bilhões de 
investimentos no setor. 
O prazo de até 70 anos de concessão vai valer tanto para as futuras licitações feitas pelo governo 
quanto para contratos de concessão já em vigor, assinados a partir de 1993. 
Esses contratos têm prazo inicial de 25 anos e começam a vencer em 2018. Com a nova regra, a 
renovação pode ser antecipada para este ano e, neste caso, os contratos seriam ampliados em até 46 
anos – o tempo restante para completar o prazo limite de 70 anos. 
Para se manter à frente do terminal, as concessionárias deverão aceitar algumas exigênciasdo 
governo como a realização de investimentos. Um plano deverá ser apresentado num prazo de 70 dias a 
contar da data de publicação do decreto. Os critérios de aprovação desses investimentos ainda serão 
definidos em um novo texto normativo. 
 
Contratos anteriores a 1993 
O decreto, porém, não vai valer para os contratos assinados antes de 1993, que nunca foram licitados 
e já venceram. O entendimento da Casa Civil é de que não há base jurídica para ampliar o prazo desses 
contratos. Nesses casos, haverá relicitação desses terminais. 
Há mudanças também nas regras de autorização de novos Terminais de Uso Privado (TUPs). Antes, 
a tramitação dos pedidos poderia levar um ano. Agora, a proposta do governo é de reduzir esse tempo 
para 3 meses. 
Como antes, TUPs localizadas dentro de portos públicos continuam impedidos de ampliar terminais. 
Na regra anterior, os de fora dessas áreas deviam ser submetidos à consulta pública para ampliações 
que se restringiam a 25% da área original. Agora, essa limitação foi extinta. 
Apesar do anúncio nesta quarta, o teor completo do decreto ainda não foi divulgado pelo governo. A 
previsão é de que o texto, com todas as mudanças, seja publicado só na quinta-feira (11/05) no Diário 
Oficial da União. 
 
Questões 
 
01. (Petrobras – Técnico de logística de transporte júnior – CESGRANRIO) O órgão diretamente 
responsável pela fiscalização e elaboração de normas e padrões técnicos relacionados ao transporte de 
produtos perigosos é o(a) 
(A) Ministério da Justiça 
(B) Ministério dos Transportes Terrestres 
(C) ministério do Trabalho e Emprego 
(D) Agência Nacional de Transportes Terrestres 
(E) Agência Nacional de Planejamento de Transportes 
 
Gabarito 
 
01.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D 
A Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, ao promover uma reestruturação no setor federal de transporte, 
estabeleceu, em seu artigo 22, inciso VII, que compete à ANTT (Agência Nacional de Transportes 
Terrestres) regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias e ferrovias. 
 
13 GUSTAVO AGUIAR. Governo amplia para até 70 anos prazo para concessão de terminais portuários. G1 Economia. Disponível em: 
<https://g1.globo.com/economia/noticia/governo-amplia-para-ate-70-anos-prazo-para-concessao-de-terminais-portuarios.ghtml> Acesso em 11 de maio de 2017. 
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O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos, por representarem risco 
para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, é submetido às regras e 
aos procedimentos estabelecidos pelo Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos 
Perigosos, Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações, complementado pelas Instruções aprovadas pela 
Resolução ANTT nº. 420/04 e suas alterações14. 
Fonte: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4961/Produtos_Perigosos.html 
 
 
Temer decreta uso das Forças Armadas em Roraima para reforçar segurança15 
 
Presidente anunciou medida em pronunciamento no Planalto; ministro da Defesa informou que decreto 
tem validade de duas semanas. Estado enfrenta crise com chegada de venezuelanos. 
O presidente Michel Temer informou nesta terça-feira (28/08) ter decretado o uso das Forças Armadas 
em Roraima para reforçar a segurança no estado. 
Temer anunciou a medida em um pronunciamento no Palácio do Planalto. Segundo o ministro da 
Defesa, Joaquim Silva e Luna, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) tem validade de duas 
semanas (até 12 de setembro) e a prorrogação poderá ser avaliada conforme a necessidade. 
"Decretei hoje o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem no estado de Roraima. 
Naturalmente, para oferecer segurança aos cidadãos brasileiros e aos imigrantes venezuelanos que 
fogem de seu país em busca de refúgio no Brasil", anunciou. 
O anúncio foi feito dez dias após a cidade de Pacaraima (RR) registrar um ataque de um grupo de 
brasileiros a acampamentos de venezuelanos. 
Fronteira com a Venezuela, Roraima é a principal rota utilizada pelos imigrantes que entram no Brasil. 
Os venezuelanos tentam fugir da crise política, econômica e social do país, com inflação alta e 
desabastecimento. 
Em julho, a Casa Civil informou que, entre 2015 e junho deste ano, 56,7 mil venezuelanos procuraram 
a Polícia Federal para solicitar refúgio ou residência no Brasil. 
 
Como vai funcionar? 
Os ministros Joaquim Silva e Luna (Defesa) e Sergio Etchegoyen (GSI) explicaram que os militares 
das Forças Armadas vão atuar nas fronteiras leste e oeste de Roraima e nas rodovias federais do estado. 
A faixa de atuação contempla uma área de 150 quilômetros, a partir da fronteira. Neste espaço ficam 
as cidades de Pacaraima e Boa Vista. 
A GLO garante o poder de polícia aos militares nas duas faixas de fronteira e nas rodovias federais. 
De acordo com Silva e Luna, o governo vai utilizar na ação militares da 1ª Brigada de Infantaria de 
Selva, que fica em Boa Vista e já atua no trabalho de acolhimento dos venezuelanos. 
 
Quadro 'dramático' 
Ao falar sobre a crise na Venezuela, Temer disse que o país enfrenta um quadro "dramático", 
acrescentando que o "desastre humanitário" causado pela crise é resultado das "péssimas" condições às 
quais o povo venezuelano está submetido. 
"Devo dizer, desde logo, que o Brasil respeita a soberania dos estados nas ações, mas temos que 
lembrar que só é soberano um país que respeita e cuida do seu povo", afirmou o presidente. 
Em seguida, acrescentou que o Brasil fará "todos os esforços em todos os foros internacionais" para 
melhorar a situação da Venezuela. "Vamos buscar apoio na comunidade internacional para adoção de 
medidas diplomáticas firmes que solucionem esse problema", completou. 
Mesmo diante do quadro, acrescentou o ministro Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional), o 
governo não cogita fechar a fronteira para os venezuelanos nem decretar intervenção federal em 
Roraima. 
 
 
 
 
14 https://www.qconcursos.com/questoes-de-
concursos/questoes/search?utf8=%E2%9C%93&todas=on&q=transportes&instituto=&organizadora=&prova=&ano_publicacao=&cargo=&escolaridade=&modalidad
e=&disciplina=&assunto=&esfera=&area=&nivel_dificuldade=&periodo_de=&periodo_ate=&possui_gabarito_comentado_texto_e_video=&possui_comentarios_gera
is=true&possui_comentarios=&possui_anotacoes=&sem_dos_meus_cadernos=&sem_anuladas=&sem_desatualizadas=&sem_anuladas_impressao=&sem_desatu
alizadas_impressao=&caderno_id=&migalha=&data_comentario_texto=&data=&minissimulado_id=&resolvidas=&resolvidas_certas=&resolvidas_erradas=&nao_res
olvidas= 
15 Guilherme Mazui. Temer decreta uso das Forças Armadas em Roraima para reforçar segurança. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/08/28/temer-decreta-uso-das-forcas-armadas-em-roraima-para-reforcar-seguranca.ghtml. Acesso em 29 de agosto de 
2018. 
Política 
saúde 
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. 16 
Governadora 
De acordo com o ministro Joaquim Silva e Luna (Defesa), a governadora Suely Campos (PP) não 
pediu a Temer a edição do decreto de GLO. 
Em seguida, Sergio Etchegoyen disse que a governadora foi informada sobre a decisão antes do 
anúncio de Temer à imprensa. 
"A reação até agora [de Suely Campos] tem sido o silêncio e o não reconhecimento da questão da 
necessidade por parte de Roraima. Não reconhece que precisa de ajuda na área de segurança ou pede 
ajuda naquilo que nós não temos condições mais de dar", disse. 
 
Crise migratória 
A situação de Roraima é discutida desde 2016 no governo federal. Em fevereiro, Temer assinou um 
decreto reconhecendo a "situação de vulnerabilidade" em Roraima e editou uma medida provisória(MP) 
prevendo ações de assistência para os venezuelanos. 
Além disso, foi deflagrada a Operação Acolhida para atender imigrantes recém-chegados ao Brasil e 
transferir venezuelanos para outros estados. 
Mais cedo, nesta terça, 187 venezuelanos foram transportados pela Força Aérea de Roraima para 
Manaus (AM), João Pessoa (PB) e São Paulo (SP). 
A governadora do estado, Suely Campos (PP), pediu o fechamento da fronteira ao Supremo Tribunal 
Federal (STF), mas Temer já afirmou que a medida é "incogitável" e a ministra Rosa Weber entendeu 
que a decisão cabe a ele. 
 
Decreto cria cotas para presidiários e ex-detentos em contratos de serviços à União16 
 
Decreto assinado nesta terça (24) pela presidente em exercício, Cármen Lúcia, define que empresas 
com contratos acima de R$ 330 mil têm que oferecer entre 3% a 6% das vagas a presos. 
A presidente da República em exercício, Cármen Lúcia, assinou nesta terça-feira (24/07) decreto para 
determinar que empresas contratadas pelo governo federal para prestação de serviços ofereçam cotas 
para presidiários e ex-presidiários sempre que os contratos ultrapassarem R$ 330 mil. O governo alegou 
que a medida visa a estimular a ressocialização de apenados. 
O decreto presidencial, de acordo com o governo, torna “obrigatória” a contratação de presos e ex-
presidiários por parte das empresas que vencerem licitações para serviços com a administração pública 
federal direta e também com autarquias e fundações. Entre os serviços que poderão passar a ser 
executados por detentos e ex-presidiários estão, por exemplo, atividades de consultoria, limpeza, 
vigilância e alimentação. 
A assessoria da Presidência informou que o decreto será publicado na edição desta quarta (25/07) do 
“Diário Oficial da União”. 
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia está interinamente no comando do 
Palácio do Planalto em razão de viagens ao exterior do presidente Michel Temer e dos presidentes da 
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). 
O decreto assinado pela presidente em exercício institui a “Política Nacional de Trabalho no âmbito do 
Sistema Prisional”, que foi apresentada nesta terça em uma entrevista coletiva concedida pelos ministros 
Raul Jungmann (Segurança Pública) e Gustavo Rocha (Direitos Humanos). 
“Nos editais de licitação já haverá a previsão para contratação desses presos e, preenchidos os 
critérios do edital, será obrigatório que essas empresas absorvam essa mão de obra de forma a permitir 
uma maior ressocialização desse apenado ou desse egresso”, explicou Rocha. 
A medida se aplica a presos provisórios, presos dos regimes fechado, semiaberto ou aberto, ou 
egressos do sistema prisional. Conforme o decreto, as empresas terão de destinar um percentual de 
vagas para presos e ex-presidiários em cada contratos firmados com o governo federal. 
 
- 3% das vagas para contratos que exijam contratação de 200 ou menos funcionários; 
- 4% das vagas para contratos que exijam contratação de 201 a 500 funcionários; 
- 5% das vagas para contratos que exijam contratação de 501 a 1 mil funcionários; 
- 6% das vagas para contratos que exijam a contratação de mais de 1 mil funcionários 
 
 
 
 
16 Guilherme Mazui. Decreto cria cotas para presidiários e ex-detentos em contratos de serviço à União. G1 Política. 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/07/24/decreto-presidencial-cria-cotas-para-presos-e-ex-presidiarios-em-contratos-de-servicos-a-uniao.ghtml. Acesso em 25 
de julho de 2018 
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Autorização judicial 
O ministro de Direitos Humanos ressaltou na entrevista que caberá ao juiz responsável pela execução 
da pena dos presos analisar se o detento tem condições de atuar na prestação de serviços para a 
administração pública federal. 
No caso de presidiários do regime fechado, o detento contratado deverá ter cumprimento, no mínimo, 
um sexto da pena, ter autorização do juiz da vara de execuções penais e ainda terá que comprovar 
"aptidão, disciplina e responsabilidade". 
Gustavo Rocha afirmou ainda que, caso não haja presídios ou ex-presidiários em determinada região 
onde o contrato com a União é executado, a empresa que ganha a licitação não precisará cumprir o 
percentual mínimo de vagas. 
"É possível que em determinados locais não haja presídios ou egressos do sistema prisional. Em razão 
de uma impossibilidade de contratação, essa regra pode ser excepcionada", ponderou o ministro. 
 
Ressocialização 
Em meio à entrevista, Jungmann disse que a oferta de emprego para presos e ex-presidiários é 
fundamental para criar uma "possibilidade real" de ressocialização e para combater o "recrutamento" de 
facções nos presídios. 
O ministro da Segurança Pública lembrou que o Brasil tem em torno de 726 mil presos, em um sistema 
prisional dominado por cerca de 70 facções. Jungmann informou que, do total de apenados no Brasil, 
12% trabalham e 15% estão em atividades educacionais. 
"Se nós não implementarmos e não levarmos e ampliarmos um programa como esse, as facções 
criminosas estarão sempre criando a dependência, seja dos presos seja dos egressos. Essa política tem 
uma função fundamental", defendeu Jungmann. 
 
Caminhoneiros autônomos se dizem satisfeitos com nova proposta de Temer17 
 
Representantes da categoria se reuniram com o presidente em Brasília. Eles disseram que vão orientar 
motoristas a encerrar greve após publicação das medidas no 'Diário Oficial'. 
Representantes de caminhoneiros autônomos afirmaram que aprovam as medidas para a categoria 
anunciadas mais cedo neste domingo (27/05) pelo presidente Michel Temer. 
Com a nova proposta, detalhada por Temer durante pronunciamento, o governo espera encerrar a 
greve dos caminhoneiros, que chegou neste domingo ao sétimo dia. 
Entre as medidas está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias e a isenção de 
pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. Apenas a redução de R$ 0,46 no 
preço do diesel custará ao governo R$ 10 bilhões. 
No pacote, estava prevista a edição de três medidas provisórias para atender à demanda dos 
caminhoneiros. As MPs saíram em edição extra do Diário Oficial da União publicada no fim da noite deste 
domingo. 
Durante o pronunciamento de Temer, foram registrados panelaços no DF, Rio de Janeiro e São Paulo. 
 
Fim da greve? 
"Saiu no 'Diário Oficial', a nossa recomendação é que aceitem [as propostas e liberem as estradas]", 
afirmou Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga 
(Sinditac) de Ijuí (RS). 
"Eles [caminhoneiros] só vão aceitar [o acordo proposto pelo governo] após saírem publicadas no 
'Diário Oficial' as medidas que foram negociadas aqui", disse José da Fonseca Lopes, presidente da 
Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), uma das entidades que não tinham assinado o acordo 
na quinta-feira (24/05). 
O grupo não tinha assinado o acordo proposto pelo governo na quinta-feira (24/05) por entender que 
ele não atendia às suas reivindicações. Diante da manutenção da greve pelos caminhoneiros, as 
entidades foram chamadas de volta a Brasília neste domingo para negociar a nova proposta. 
De acordo com eles, com as estradas desobstruídas, serão necessários de 8 a 10 dias para normalizar 
o abastecimento de combustível e alimentos no país. 
"Daquilo que se propunha, o nosso movimento está contemplado. Nós queríamos piso mínimo de frete, 
suspensão no preço do combustível do PIS-Cofins, que está contemplado, queríamos a suspensão por 
60 dias de novos reajustes para ter previsibilidade e o setor se organizar. Está contemplado", afirmou 
Dahmer. 
 
17 FERNANDA CALGARO. Caminhoneiros autônomos sedizem satisfeitos com nova proposta de Temer. G1 Política. 
<https://g1.globo.com/politica/noticia/caminhoneiros-autonomos-se-dizem-satisfeitos-com-nova-proposta-de-temer.ghtml> Acesso em 28 de maio de 2018. 
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Para ele, uma das principais conquistas para a categoria será a fixação de um valor mínimo para o 
frete. 
"Essa política de preço vai fazer com que a gente saiba a quanto está trabalhando e ninguém vai poder 
nos explorar menos do que aquele valor, que será o nosso custo", disse. 
 
Corte do PIS-Cofins e CIDE 
A proposta anunciada por Temer prevê a redução de R$ 0,46 no litro do diesel, que terá validade por 
60 dias. A partir daí, os reajustes no valor do combustível serão feitos a cada 30 dias, decisão que, 
segundo o presidente, visa dar mais "previsibilidade" aos motoristas. 
Ele informou que o corte de R$ 0,46 se dará com a redução a zero das alíquotas do PIS-Cofins e da 
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre o diesel. 
A proposta anterior, divulgada na quinta, já contemplava o corte na CIDE. A novidade, portanto, é a 
suspensão da cobrança do PIS-Cofins sobre o diesel. 
No caso do diesel, os valores praticados pela Petrobras são mais da metade (55%) do preço pago pelo 
consumidor nos postos; 7% é o custo do biodiesel, que, por lei, deve compor 10% do diesel, e 9% 
corresponde aos custos e lucro dos distribuidores, conforme os cálculos da Petrobras, que levam em 
conta a coleta de preços entre os dias 6 e 12 de maio em 13 regiões metropolitanas do país. 
Cerca de 29% são tributos, sendo: 
- 16% ICMS, recolhido pelos Estados 
- 13% Cide e PIS-Cofins, de competência da União. 
O ministro Carlos Marun disse que o Procon vai fiscalizar se a redução anunciada por Temer chegará 
às bombas. 
"A redução vai chegar às bombas. O Procon está, inclusive, editando medida e vai fazer fiscalização 
no sentido de que o nosso objetivo, de que essa redução chegue ao tanque do caminhoneiro, se torne 
realidade", afirmou. 
 
Eixo suspenso e fretes da Conab 
Temer também anunciou a edição de três medidas provisórias para atender a outras demandas dos 
grevistas. As MPs saíram em edição extra do Diário Oficial da União publicada na noite deste domingo e 
preveem: 
- Isenção da cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, em rodovias federais, 
estaduais e municipais; 
- Determinação para que 30% dos fretes da Conab sejam feitos por caminhoneiros autônimos; 
- Estabelecendo de tabela mínima dos fretes. 
Medidas provisórias têm força de lei e começam a valer assim que o texto é publicado no "Diário Oficial 
da União". A partir daí, o Congresso Nacional terá até 120 dias para analisar as MPs. Se isso não 
acontecer no prazo, as medidas perderão validade. 
 
Reoneração da folha 
Durante o pronunciamento, o presidente afirmou que os pontos do acordo negociado na semana 
passada seguem valendo, entre eles o que tira o setor de transporte rodoviário de carga da chamada 
reoneração da folha. 
A proposta, que na prática eleva a arrecadação federal, já foi aprovada pela Câmara e ainda depende 
de análise do Senado. Vários setores que haviam sido atendidos com a desoneração perderão o 
benefício. Segundo Temer, o setor dos caminhoneiros não estará entre esses setores. 
 
Aos 2 anos, governo Temer festeja economia, mas enfrenta impopularidade, denúncias e crise 
política; relembre18 
 
Reeleito vice-presidente em 2014, Temer assumiu Presidência interinamente em 12 de maio de 2016, 
devido ao afastamento de Dilma. Três meses depois, foi efetivado após impeachment da petista. 
Passados dois anos desde o afastamento de Dilma (o impeachment só foi aprovado em 31 de agosto 
de 2016), Temer lidera um governo que ostenta queda da inflação e a redução da taxa de juros, mas que 
tenta lidar com o aumento no número de desempregados e com os altos índices de rejeição. 
Hoje, Temer conduz um governo alvo de denúncias da Procuradoria Geral da República (PGR), 
envolvido em crises políticas e no foco de investigações criminais. 
 
18 MAZUI G. MATOSO, F. MARTELLO, A. Aos 2 anos, governo Temer festeja economia, mas enfrenta impopularidade, denúncias e crise política; relembre. G1 
Política. <https://g1.globo.com/politica/noticia/aos-2-anos-governo-temer-festeja-economia-mas-enfrenta-impopularidade-denuncias-e-crise-politica-
relembre.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1> Acesso em 14 de maio de 2018. 
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Aprovação 
Nove meses após tomar posse para o segundo mandato como vice-presidente, Temer afirmou num 
evento, em setembro de 2015, que seria "difícil" Dilma Rousseff aguentar mais três anos no Palácio do 
Planalto em razão da baixa popularidade. À época, ela tinha 8% de aprovação. 
Temer assumiu a Presidência de maneira interina em maio de 2016 e no primeiro discurso afirmou 
que, para governar, precisaria do "apoio do povo", que, por sua vez, precisaria "aplaudir" as medidas 
adotadas. 
Hoje, a aprovação do presidente, segundo o Datafolha, é de 6% - 70% consideram o governo ruim ou 
péssimo. 
Em recente entrevista, Temer afirmou que um publicitário disse a ele que "aproveite a impopularidade" 
para fazer as reformas necessárias ao país. 
 
Economia 
O presidente apontou como maior desafio "estancar o processo de queda livre na atividade 
econômica". 
Em dois anos, Temer acostumou-se a badalar índices alcançados em sua gestão, como a alta do PIB 
em 2017 (1%) após dois anos de retração e as quedas da inflação e da taxa básica de juros (6,5% ao 
ano), a menor da série histórica do Banco Central, iniciada em 1986. 
No mercado de trabalho, contudo, o governo não conseguiu reduzir o número de desempregados, pelo 
contrário. Segundo o IBGE, quando Temer assumiu eram 11,4 milhões e hoje, 13,7 milhões. 
 
 
 
Crises 
Nesses dois anos à frente do Planalto, Temer enfrentou uma série de polêmicas causadas por 
denúncias, delações, prisões de assessores mais próximos e investigações da Polícia Federal. 
No ano passado, o presidente foi denunciado duas vezes ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela 
Procuradoria Geral da República (PGR). Os crimes: corrupção passiva, organização criminosa e 
obstrução de Justiça. 
As denúncias, baseadas nas delações da JBS, fizeram Temer viver seu momento mais dramático no 
governo. 
Segundo o Ministério Público, numa conversa com o dono da empresa, Joesley Batista, Temer deu 
aval ao pagamento de dinheiro para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, o que o 
presidente nega. O encontro aconteceu no fim da noite, fora da agenda, e foi gravado por Joesley. 
O STF só poderia analisar as denúncias, porém, se a Câmara autorizasse. Nos dois casos, a maioria 
dos deputados votou contra o prosseguimento dos processos e, com isso, as acusações contra Temer 
só poderão ser analisadas após ele deixar o Planalto. 
 
Investigações 
Hoje, Temer é alvo de dois inquéritos que tramitam no STF. Com base nas delações de executivos da 
JBS e da Obderecht, o presidente passou a ser investigado por suposto recebimento de propina na edição 
do decreto dos portos e em contratos da Secretaria de Aviação Civil. 
A pasta da Aviação foi comandada por Moreira Franco, atual ministro de Minas e Energia, e Eliseu 
Padilha, atual chefe da Casa Civil, ambos do MDB, principais conselheiros de Temer e formalmente 
denunciados pelo Ministério Público ao STF. 
Além dos dois, outras pessoas muito próximas ao presidente passaram a ser investigadas e até foram 
presas, entre as quais: 
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Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor especial de Temer; 
José Yunes, ex-assessor

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