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LEI DE DROGAS
1. É considerado crime de tráfico de drogas a conduta daquele que oferece droga, eventualmente e sem
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem. 
2. Não é considerado crime a conduta do agente que consente que outrem utilize local ou bem de que tenha
a propriedade, de forma gratuita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas, tratando-se de mera infração civil-administrativa. 
3. É crime a condução de embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, ainda que exponha a dano
potencial a incolumidade de outrem, tratando-se de mera infração civil-administrativa. 
4. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, era, ao tempo da ação ou da omissão,
qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
5. Em um aeroporto no Rio de Janeiro, enquanto estava na fila para check-in de um voo com destino a um
país sul-americano, Fábio, maior e capaz, foi preso em flagrante delito por estar levando consigo três quilos
de crack. Nessa situação, ainda que não esteja consumada a transposição de fronteiras, Fábio responderá
por tráfico transnacional de drogas e a comprovação da destinação internacional da droga levará a um
aumento da pena de um sexto a dois terços. 
6. Em diligência com o objetivo de combater o tráfico internacional de entorpecentes, policiais federais
localizaram uma plantação de maconha, onde encontraram equipamentos utilizados para embalar a droga.
No local, foram apreendidos dinheiro e veículos e foram presas cinco pessoas que se encontravam na
posse dos bens e cuidavam da plantação.
Nessa situação hipotética, independentemente de autorização judicial, a autoridade policial deverá proceder
de forma a garantir a imediata destruição da plantação — que poderá ser queimada —, devendo preservar
apenas quantidade suficiente da droga para a realização de perícia. 
7. Em caso de prisão por tráfico de drogas ilícitas, o juiz não poderá substituir a pena privativa de liberdade
por restritiva de direito. 
8. Durante uma vistoria, no estado do Paraná, em passageiros que viajavam de ônibus de Foz do Iguaçu –
PR para Florianópolis – SC, policiais rodoviários federais encontraram seis quilos de maconha na mochila
de Lucas, que foi preso em flagrante delito. Nessa situação, no cálculo da pena de Lucas, não se
considerará a majorante do tráfico interestadual de drogas, pois a transposição da fronteira entre os estados
ainda não tinha ocorrido. 
9. A condenação por tráfico, ainda que privilegiado e com pena inferior a 4 anos, não permite a substituição
da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
10. O tráfico privilegiado poderá ser reconhecido mesmo diante da figura do tráfico majorado. 
11. Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei nº 11.343/06 estabelece que a destruição das
drogas apreendidas será executada pelo delegado de polícia competente, no prazo de 15 (quinze) dias, na
presença do Ministério Público e da autoridade sanitária, levando em consideração a necessária
determinação judicial para a destruição. 
12. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90
(noventa) dias, quando em liberdade. 
13. Induzir, instigar ou auxiliar alguém a usar indevidamente droga não é considerado crime pela legislação
pátria. 
14. A destruição das drogas apreendidas será executada pelo juiz competente no prazo de 10 (dez) dias na
presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. 
15. Observadas as formalidades legais, admite-se a postergação da atuação policial sobre os portadores de
drogas com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de
tráfico. 
16. Aquele que oferece droga, mesmo que seja em caráter eventual e sem o objetivo de lucro, a pessoa de
seu relacionamento, para juntos a consumirem, comete crime. 
17. Não é mais crime quem adquire ou traz consigo drogas para uso pessoal. 
18. Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos
consumirem, não é crime previsto no ordenamento jurídico brasileiro. 
19. Constitui causa de aumento de pena no crime de tráfico de drogas o emprego de arma de fogo. 
20. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal
na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto
do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços. 
21. A lei descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo,
para consumo pessoal, drogas em autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Dessa forma, o usuário de drogas é isento de pena, submetendo-se, apenas, a tratamento para
recuperação. 
22. O inquérito policial relativo ao crime de tráfico de substância entorpecente será concluído no prazo de
trinta dias se o indiciado estiver preso e, no de noventa dias, se estiver solto. 
23. A destruição das drogas apreendidas somente poderá ser executada pelo juiz de direito ou pela pessoa
indicada pelo respectivo tribunal, vedando-se tal conduta ao delegado de polícia. 
24. É vedado à autoridade policial, ao encerrar inquérito relativo a crime de tráfico, indicar a quantidade e a
natureza da substância ou do produto apreendido. 
25. O agente primário, de bons antecedentes e que não integre organizações criminosas e nem se dedique
a atividades criminosas, condenado por tráfico de drogas, poderá ter sua pena reduzida até 2/3.
26. o agente que oferece drogas de forma gratuita para terceiro consumir, não pratica o crime do artigo 33 
dessa Lei, o qual exige lucro. 
27. A conduta daquele que semeia ou cultiva plantas que constituam matéria prima para a preparação de
drogas, sem autorização legal, não caracteriza crime regulado por essa Lei, mas sim crime ambiental. 
28. No delito de tráfico ilícito de drogas, artigo 33, caput e § 1º, as penas poderão ser reduzidas de um sexto
a dois terços, desde que o agente somente não se dedique às atividades criminosas e nem integre
organização criminosa. 
29. O comércio de substâncias entorpecentes sem autorização ou em desacordo com determinação
regulamentar, praticado por bombeiro militar uniformizado, mediante o uso de sua viatura para o transporte
das substâncias e com uso ostensivo de arma de fogo, permite a majoração da pena-base do delito de
tráfico de um sexto a dois terços. 
30. No processamento do crime de tráfico de substâncias entorpecentes, é vedada, em qualquer hipótese, a
substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos. 
31. Será isento de pena um namorado que ofereça droga a sua namorada, eventualmente e sem objetivo de
lucro, para juntos eles a consumirem. 
32. Considere que em uma operação da polícia federal, agentes tenham prendido em flagrante, na sala de
embarque, um homem que se preparava para embarcar para os Estados Unidos da América com dois
quilos de cocaína na mala, que já se encontrava dentro da aeronave. Nessa situação, segundo a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, apesar de haver a intenção do agente de sair do país, para a
caracterização da internacionalidade do delito, faz-se necessária a efetiva transposição de fronteiras. 
33. Quando se tratar de crimes relativos ao tráfico de drogas, o prazo para a conclusão do inquérito policial
é de 30 dias, se o indiciado estiver preso e de 90 dias, se estiver solto, podendo ser duplicados, mediante
pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 
34. É inafiançável o crime de tráficoilícito de drogas previsto na Lei Antidrogas, mas a pena pode ser
reduzida se o condenado for primário, de bons antecedentes, não se dedicar a atividades criminosas nem
integrar organização criminosa. 
35. Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade
da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais
e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
36. Não se tratando de reincidência, as penas de prestação de serviços à comunidade e medida educativa
de comparecimento a programa ou curso educativo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 meses. 
37. Em caso de reincidência, as penas de prestação de serviços à comunidade e medida educativa de
comparecimento a programa ou curso educativo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 meses. 
38. Para garantia do cumprimento das medidas educativas, a que injustificadamente se recuse o agente,
poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a admoestação verbal e multa. 
39. As ações do SISNAD limitam-se ao plano interno, ou seja, aos limites do território nacional, razão pela
qual esse sistema não comporta a integração de estratégias internacionais de prevenção do uso indevido de
drogas. 
40. As instituições que atuam nas áreas de atenção à saúde e assistência social e que atendam usuários ou
dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo sistema municipal de saúde
os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas. 
41. O inquérito policial instaurado para a apuração da prática de tráfico de drogas deverá ser concluído no
prazo de trinta dias, se o indiciado estiver preso, e de noventa dias, quando solto, sendo certo que tais
prazos poderão ser duplicados pelo juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da autoridade de polícia
judiciária. 
42. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por interesse público, mediante
indenização ao proprietário por meio de títulos da dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação
de que as plantações ilícitas foram eliminadas da propriedade. 
43. A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a natureza de infração sui generis,
porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime tanto do ponto de vista formal quanto material. 
44. É atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente que
simplesmente colabora, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de
entorpecentes. 
45. Em decorrência da nova política criminal adotada pela legislação de tóxicos, a conduta do usuário foi
descriminalizada, porquanto, segundo o que institui a parte geral do Código Penal, não se considera crime a
conduta à qual a lei não comina pena de reclusão ou detenção. 
46. Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar poderá ser submetido a prestação de serviços à comunidade, a qual,
em prol da dignidade da pessoa humana, a fim de não causar situação vexatória ao autor do fato, não
poderá ser cumprida em entidades que se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. 
47. A legislação descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz
consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar. Atualmente, o usuário de drogas será isento da aplicação de pena e submetido a tratamento
para recuperação e reinserção social. 
48. É atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam matéria-prima para a preparação de
drogas, ainda que sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
49. A atual lei sobre drogas, Lei n.º 11.343/2006, assegura o tratamento para usuários de substâncias
psicoativas, porém não prevê em suas diretrizes a reinserção social, por considerá-la uma estratégia
indicada para pacientes psiquiátricos. 
50. Presente a causa de diminuição de pena prevista no § 4“ do art. 33 da Lei 11.343/2006, por ser o agente
primário, de bons antecedentes, não dedicado a atividades criminosas e não integrante de organização
criminosa, ainda assim é hediondo o crime de tráfico por ele praticado. 
51. A incidência do aumento de pena em razão da transnacionalidade do delito de tráfico (art. 40, inc. I, da
Lei 11.343/2006) pressupõe o efetivo transporte da droga para o exterior. 
52. A destruição de plantações ilícitas pode se dar de forma imediata pelo Delegado de Polícia, não
exigindo-se autorização judicial para tal. 
53. O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado em dois anos. 
54. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito
ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. 
55. Ocorrendo prisão em flagrante, a destruição das drogas será executada pela autoridade sanitária no
prazo de 15 (quinze) dias na presença do delegado de polícia competente. 
56. Apenas durante a fase do inquérito policial instaurado para apurar o crime de tráfico de substância
entorpecente, é permitida, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério
Público, o procedimento investigatório da infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação,
constituída pelos órgãos especializados pertinentes. 
57. O autor do crime de porte de drogas para uso pessoal será processado e julgado perante o Juizado
Especial Criminal, sob o rito da Lei n.º 9.099/1995. 
58. O magistrado, durante a persecução penal em juízo, poderá, independentemente da oitiva do MP,
autorizar a infiltração de investigador em meio a traficantes, para o fim de esclarecer a verdade real, ou
poderá, ainda, autorizar que não atue diante de eventual flagrante, com a finalidade de identificar e
responsabilizar o maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição. 
59. Em observância ao princípio da individualização da pena, segundo o entendimento pacificado do STF,
em se tratando do delito de tráfico ilícito de entorpecentes, a pena privativa de liberdade pode ser
substituída por pena restritiva de direitos, preenchidos os requisitos previstos no Código Penal. 
60. Não é possível a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, pois se trata
de crime equiparado a hediondo, segundo a orientação do Supremo Tribunal Federal. 
61. Caso o acusado colabore voluntariamente com a investigação policial e com o processo criminal na
identificação dos demais coautores do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, terá
pena reduzida de um terço a dois terços, se for condenado. 
62. É atípica a conduta de oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa com quem se
tem um relacionamento, para juntos a consumirem. 
63. Com a entrada em vigor da Lei n.º 11.343/2006, houve descriminalização (abolitio criminis) da conduta
de porte de substância entorpecente para consumo pessoal. 
64. Terá a pena reduzida o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso
fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração
penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento. 
65. A pena de prestação de serviços à comunidade, no caso de condenação por posse de droga para
consumo pessoal, pode ser aplicada pelo prazo máximo de dez meses, se reincidente o agente.66. É de três anos o prazo de prescrição no crime de posse de droga para consumo pessoal, adotado o
menor prazo previsto no Código Penal. 
67. Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua parceira eventual, substância
entorpecente que traga consigo para uso pessoal, julgue o item que se segue.
A conduta de Carlo configura crime de menor potencial ofensivo.
68. Considere que a Polícia Federal tenha realizado operação para combater ilícitos transnacionais e tenha
encontrado extensa plantação de maconha, em território brasileiro, sem a ocorrência de prisão em flagrante.
Nessa situação, mesmo que não haja autorização judicial, a referida plantação será destruída pelo delegado
de polícia, que deverá recolher quantidade suficiente para exame pericial. 
69. O reincidente específico em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins poderá pleitear o livramento
condicional após cumprir dois terços da sua pena privativa de liberdade. 
70. Para determinar se a droga se destina a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da
substância apreendida.

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