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Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas 
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das 
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a 
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato. 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DIRETRIZES 
CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
2. O CONCEITO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................ 5 
3. A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................... 7 
4. DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................... 9 
5. REVISÃO DA AULA ................................................................................................ 12 
6. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 13 
 
 
 
4 
 
2 
 
 
 
AULA 4 
 
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL E DIRETRIZES 
CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
 
 
 
 
Compreender o conceito de educação ambiental; 
Analisar a Política Nacional de Educação Ambiental e as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental; 
Analisar a aplicabilidade dessas diretrizes no currículo; 
 
3 
 
 
Compreender o conceito de educação ambiental; 
Analisar a Política Nacional de Educação Ambiental e as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental; 
Analisar a aplicabilidade dessas diretrizes no currículo 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
Em 27 de abril de 1999, no Brasil, foi sancionada a Lei n. 9.795, que versa sobre a 
Política Nacional de Educação Ambiental. O que é educação ambiental? Segundo a lei, em seu 
artigo 1º.: “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores 
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação 
do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua 
sustentabilidade”. Dessa forma, a educação ambiental deve ser um processo de ensino-
aprendizagem no qual se desenvolve uma prática educativa integrada em todos os níveis do 
ensino e deve ser permanente. 
Desde a Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente (1972), já se versava sobre 
a importância da educação ambiental: 
É indispensável um esforço para a educação em questões ambientais, 
dirigida tanto às gerações jovens como aos adultos e que preste a devida 
atenção ao setor da população menos privilegiado, para fundamentar as 
bases de uma opinião pública bem informada, e de uma conduta dos 
indivíduos, das empresas e das coletividades inspirada no sentido de sua 
responsabilidade sobre a proteção e melhoramento do meio ambiente em 
toda sua dimensão humana. É igualmente essencial que os meios de 
comunicação de massas evitem contribuir para a deterioração do meio 
ambiente humano e, ao contrário, difundam informação de caráter educativo 
sobre a necessidade de protegê-lo e melhorá-lo, a fim de que o homem possa 
desenvolver-se em todos os aspectos (Princípio 19). 
Observamos que desde a Declaração havia uma preocupação com a educação 
ambiental em que se envolvia toda a comunidade, não apenas as escolas, mas os meios de 
comunicação e toda a sociedade. Você observará ao analisar a Lei n°. 9.795, nesta aula, como 
a educação ambiental é capaz de promover a conscientização pública sobre as questões 
ambientais e como a Política Nacional de Educação Ambiental é extensiva a toda a 
comunidade e não apenas à comunidade escolar. 
Em 15 de junho de 2012, pela Resolução n°. 2, o presidente do Conselho Nacional de 
Educação estabeleceu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental; 
conforme a exigência legal deve estar presente em todos os níveis e modalidades de ensino. 
A educação ambiental deve estar em relação com as diversas áreas do conhecimento e 
envolver o entendimento de uma educação cidadã, responsável, crítica, participativa. Assim, 
procurar formar cidadãos responsáveis, que aprendem com conhecimentos científicos e 
saberes tradicionais, capazes de tomar decisões transformadoras. A educação ambiental 
avança na construção de uma cidadania responsável e de uma sociedade mais justa. Falar 
em educação ambiental não significa apenas discorrer sobre práticas ecológicas, mas 
 
5 
 
sociais, éticas e políticas. As legislações educacionais-ambientais anteriores às Diretrizes 
Curriculares não versavam sobre a abordagem da temática ambiental, na prática. Com a 
edição das Diretrizes Curriculares temos os princípios, diretrizes operacionais e pedagógicas 
para seu tratamento transversal em todos os níveis e modalidades da educação. Ao mesmo 
tempo, devemos considerar o desafio espacial e temporal que os educadores têm para 
inserirem essa práxis pedagógica em um currículo tradicional. 
SAIBA MAIS 
 
Na tradição da Educação Ambiental brasileira e latino-americana dizer que é 
AMBIENTAL não significa especificar um tipo de educação, mas trata-se de 
um campo que compreende um conjunto de valores e práticas educativas, 
em que teoria e prática não estão dissociadas, pelo contrário, a teoria apenas 
tem sentido enquanto ferramenta do conhecimento que pode ser colocada 
em prática mobilizando questões sociais, políticas e éticas; a educação 
ambiental promove práticas político-pedagógicas transformadoras e 
emancipatórias capazes de promoverem a cidadania. 
 
 
2. O CONCEITO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Como você já se observou na Introdução, a educação ambiental consiste numa 
construção de valores sociais, conhecimentos e práticas voltadas à conservação do meio 
ambiente. Ao longo do processo educativo, ela não deve ser implantada como disciplina 
específica no currículo, mas deve manter seu caráter interdisciplinar e integrar várias 
disciplinas, assim como toda a comunidade. Como todos têm direito à educação ambiental, 
então, segundo o art. 3º., cabe: 
I. ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir 
políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação 
ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na 
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; 
II. às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada 
aos programas educacionais que desenvolvem; 
 
6 
 
III. aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, 
promover ações de educação ambiental integradas aos programas de 
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; 
IV. aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente 
na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e 
incorporar a dimensão ambiental em sua programação; 
V. às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover 
programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao 
controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões 
do processo produtivo no meio ambiente; 
VI. à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, 
atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para 
a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais. 
Observarmos, assim, que todos devem estar envolvidos tanto com a responsabilidadeda promoção da educação ambiental quanto com a educação ambiental em si, como prática 
efetiva que melhore o meio ambiente (considerando a interdependência entre o meio natural, 
socioeconômico e cultural). 
Os princípios da educação ambiental correspondem ao enfoque humanista, holístico, 
democrático e participativo; e para colocá-la em prática urge que se tenha uma perspectiva 
inter, multi e transdisciplinar. Além disso, da mesma forma em que ela precisa ser contínua 
ao longo do processo educativo, sua avaliação crítica também deve ser constante, abordando 
questões ambientais não apenas locais, como também, regionais, nacionais e globais. 
Da mesma forma que há uma gama ampla de princípios, os objetivos também visam 
uma compreensão universal, integrada do meio ambiente, envolvendo diversos aspectos: 
ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; 
sendo uma das questões centrais, o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a 
problemática ambiental e social. 
Com a participação de toda a sociedade, de modo permanente e responsável, 
impreterivelmente haverá uma defesa da qualidade ambiental e todos, ao mesmo tempo, 
farão exercício pleno de sua cidadania. Ademais, com o estímulo à cooperação entre as 
diversas regiões do país, em que todas possuam a mesma finalidade, a saber, a construção 
de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, 
igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade. 
 
7 
 
 
3. A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
A Política Nacional de Educação Ambiental tem em sua esfera de ação os órgãos e 
entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, instituições 
educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-governamentais com 
atuação em educação ambiental. As atividades educacionais promovidas devem atuar nas 
seguintes linhas: capacitação de recursos humanos; desenvolvimento de estudos, pesquisas 
e experimentações; produção e divulgação de material educativo; acompanhamento e 
avaliação. 
A capacitação em recursos humanos preocupar-se-á com: a incorporação da 
dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos educadores de todos os 
níveis e modalidades de ensino; a incorporação da dimensão ambiental na formação, 
especialização e atualização dos profissionais de todas as áreas; a preparação de 
profissionais orientados para as atividades de gestão ambiental; a formação, especialização 
e atualização de profissionais na área de meio ambiente; e, o atendimento da demanda dos 
diversos segmentos da sociedade no que diz respeito à problemática ambiental. 
O desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações compreendem: o 
desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à incorporação da dimensão 
ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades de ensino; a difusão 
de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a questão ambiental; o desenvolvimento 
de instrumentos e metodologias, visando à participação dos interessados na formulação e 
execução de pesquisas relacionadas à problemática ambiental; a busca de alternativas 
curriculares e metodológicas de capacitação na área ambiental; e, o apoio a iniciativas e 
experiências locais e regionais, incluindo a produção de material educativo. 
A educação ambiental no ensino formal deve ser desenvolvida na educação infantil, 
ensino fundamental e médio, na educação superior; na educação especial; na educação 
profissional; e na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além disso, deve ser desenvolvida 
como prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades 
do ensino formal. Apenas é facultada a criação de uma disciplina específica de educação 
ambiental em cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto 
metodológico da educação ambiental. Nos cursos de formação e especialização técnico-
 
8 
 
profissional, em todos os níveis, deve ser incorporado o conteúdo que trate da ética ambiental, 
mas sempre voltado às atividades profissionais que serão desenvolvidas. 
Um aspecto muito importante da dimensão ambiental é sua obrigatoriedade nos 
currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas. Com 
isso, o professor já recebe em sua formação uma adequada educação ambiental e se torna 
hábil a transmitir quando for lecionar. 
A educação ambiental não-formal compreende ações e práticas educativas voltadas 
à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e 
participação na defesa da qualidade do meio ambiente. O poder público federal, estadual e 
municipal deve incentivar: a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em 
espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas 
relacionados ao meio ambiente; a ampla participação da escola, da universidade e de 
organizações não-governamentais na formulação e execução de programas e atividades 
vinculadas à educação ambiental não-formal; a participação de empresas públicas e privadas 
no desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria com a escola, a 
universidade e as organizações não-governamentais; a sensibilização da sociedade para a 
importância das unidades de conservação; a sensibilização ambiental das populações 
tradicionais ligadas às unidades de conservação; a sensibilização ambiental dos agricultores; 
e, o ecoturismo. 
EXEMPLIFICANDO 
 
No Brasil temos o ProNEA (Programa Nacional de Educação Ambiental), 
coordenado pelo órgão gestor da Política Nacional de Educação Ambiental. 
Suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a integração 
equilibrada das múltiplas dimensões da sustentabilidade - ambiental, social, 
ética, cultural, econômica, espacial e política - ao desenvolvimento do País, 
resultando em melhor qualidade de vida para toda a população brasileira, por 
intermédio do envolvimento e participação social na proteção e conservação 
ambiental e da manutenção dessas condições ao longo prazo 
(http://mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-
ambiental/programa-nacional-de-educacao-ambiental). 
O ProNEA contribui para uma agenda governamental transversal, em que 
várias áreas possam dialogar; além disso, almejam que tal exercício deva ser 
expandido para outros níveis de governo e para a sociedade como um todo. 
Você já observou se em sua cidade há práticas de educação ambiental em 
que toda a comunidade seja envolvida? 
 
9 
 
4. DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Muitos anos após a PNEA houve o estabelecimento das Diretrizes Curriculares para a 
Educação Ambiental, que ajudam a colocar em prática as questões de educação ambiental; 
esta tem como princípios: 
VII. totalidade como categoria de análise fundamental em formação, análises, 
estudos e produção de conhecimento sobre o meio ambiente; 
VIII. interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o 
enfoque humanista, democrático e participativo; 
IX. pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; 
X. vinculação entre ética, educação, trabalho e práticas sociais na garantia de 
continuidade dos estudos e da qualidade social da educação; 
XI. articulação na abordagem de uma perspectiva crítica e transformadora dos 
desafios ambientais a serem enfrentados pelas atuais e futuras gerações, nas 
dimensões locais, regionais, nacionais e globais; 
XII. respeito à pluralidade e à diversidade, seja individual, seja coletiva, étnica, racial,social e cultural, disseminando os direitos de existência e permanência e o valor 
da multiculturalidade e plurietnicidade do país e do desenvolvimento da cidadania 
planetária. 
Com esses princípios compreendemos que suas práticas devem ser comprometidas 
com a construção de uma sociedade justa e sustentável, fundamentada em valores como 
liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social e responsabilidade. Ademais, 
observamos como a educação ambiental pode contribuir para a formação de cidadãos 
críticos e preocupados com a coletividade. 
Os objetivos da educação ambiental a serem concretizados conforme cada fase, 
modalidade e nível de ensino são os seguintes: 
XIII. desenvolver a compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e 
complexas relações para fomentar novas práticas sociais e de produção e 
consumo; 
XIV. garantir a democratização e o acesso às informações referentes à área 
socioambiental; 
XV. estimular a mobilização social e política e o fortalecimento da consciência crítica 
sobre a dimensão socioambiental; 
 
10 
 
XVI. incentivar a participação individual e coletiva, permanente e responsável, na 
preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade 
ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; 
XVII. estimular a cooperação entre as diversas regiões do País, em diferentes formas 
de arranjos territoriais, visando à construção de uma sociedade ambientalmente 
justa e sustentável; 
XVIII. fomentar e fortalecer a integração entre ciência e tecnologia, visando à 
sustentabilidade socioambiental; 
XIX. fortalecer a cidadania, a autodeterminação dos povos e a solidariedade, a 
igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias 
democráticas e da interação entre as culturas, como fundamentos para o futuro 
da humanidade; 
XX. promover o cuidado com a comunidade de vida, a integridade dos ecossistemas, 
a justiça econômica, a equidade social, étnica, racial e de gênero, e o diálogo para 
a convivência e a paz; 
XXI. promover os conhecimentos dos diversos grupos sociais formativos do País que 
utilizam e preservam a biodiversidade. 
Notamos, assim, que a escola é o meio em que todas as práticas podem ocorrer, pela 
sua pluralidade de pessoas, pelo que ela proporciona na relação tanto entre os alunos quanto 
alunos com a comunidade, mas em nenhum momento a educação ambiental é posta ao 
ensino básico como disciplina engessada, pelo contrário, sua importância está na 
transversalidade, na transdisciplinaridade, na capacidade de integrar conteúdos e práticas. As 
ações de educação ambiental não estão vinculadas apenas a uma lógica naturalista, pelo 
contrário, todos os aspectos da vida humana são imprescindíveis para pensarmos as 
questões da sustentabilidade; e, para unir os conhecimentos teóricos com ações práticas, 
intervenções, que mude a rotina das pessoas, da escola, da comunidade e propicie uma 
melhora de todo o meio ambiente. 
Sabemos que a proposta curricular é constitutiva do Projeto Político-Pedagógico (PPP) 
e dos Projetos e Planos de Cursos (PC) das instituições de Educação Básica, e dos Projetos 
Pedagógicos de Curso (PPC) e do Projeto Pedagógico (PP) constante do Plano de 
Desenvolvimento Institucional (PDI) das instituições de Educação Superior. Então, como 
inserir a educação ambiental no currículo? Lembrando que deve estar adequado à realidade 
local da comunidade escolar. Segundo as diretrizes o tratamento pedagógico do currículo 
deve ser diversificado, permitindo reconhecer e valorizar a pluralidade e as diferenças 
 
11 
 
individuais, sociais, étnicas e culturais dos estudantes, promovendo valores de cooperação, 
de relações solidárias e de respeito ao meio ambiente. 
As instituições de ensino têm liberdade para se adequarem às questões ambientais da 
melhor forma possível dentro da sua organização espaço-temporal. Mas devemos salientar 
que as práticas de educação socioambiental devem visar às necessidades e problemas locais, 
abordando questões do cotidiano dos alunos e trabalhando de modo a melhorar a qualidade 
de vida deles e de toda a comunidade. 
Com isso, a instituição de ensino deve estimular não apenas uma visão ambiental 
ampla como também política, social, econômica, psicológica, que propicie uma sadia relação 
entre toda a sociedade e o meio ambiente ecológico e cultural. Outro elemento que deve ser 
estimulado é o pensamento crítico, o que garantirá aos alunos no futuro autonomia e 
liberdade. Também colocamos como responsabilidade da escola a valorização dos múltiplos 
saberes e das vivências que propiciem o respeito, a responsabilidade e o convívio cuidadoso 
com todo o meio em que vivem. A escola deve promover a capacidade de reflexão sobre as 
desigualdades socioeconômicas e seus impactos ambientais, que recaem principalmente 
sobre os grupos vulneráveis, visando à conquista da justiça ambiental. 
Por fim, almeja-se que os alunos construam uma cidadania planetária, que sejam 
capazes de mudar seu local, a região e o planeta, pois os desafios ambientais são crescentes 
para as atuais e futuras gerações. Compreendemos que as instituições devem ser pioneiras 
na promoção de um meio adequado para a prática da sustentabilidade socioambiental. 
FIQUE ATENTO 
 
O Sisnea se propõe a estruturar elementos do Programa (ProNEA) e da 
Política Nacional de Educação Ambiental de forma articulada e orgânica, 
ampliando a dimensão participativa e democrática, bem como facilitando a 
coordenação das múltiplas e mútuas relações da gestão e da formação da 
Educação Ambiental. 
 
 
 
12 
 
5. REVISÃO DA AULA 
 Nesta unidade vimos que a educação ambiental é um processo em que indivíduo 
e a coletividade constroem valores voltados à conservação do meio ambiente; 
 Aprendemos também que a educação ambiental deve envolver toda a sociedade 
e não ficar restrita ao ambiente escolar e suas práticas devem ser comprometidas 
com a construção de uma sociedade justa e sustentável, fundamentada em 
valores como liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social e 
responsabilidade; 
 Refletimos que a educação ambiental permite a conscientização pública sobre a 
preservação do meio ambiente; e as práticas ambientais e sustentáveis devem ter 
forte incentivo da comunidade escolar, mas o aluno bem formado e crítico as 
levarão adiante em sua vida e a toda comunidade; 
 Importante ressaltarmos que cidadãos com consciência crítica colocam em 
prática os valores voltados à conservação ambiental e estão cientes da 
importância de padrões sustentáveis de consumo e produção. 
 
 
Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas 
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das 
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a 
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato. 
13 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm>, acesso em 19 nov. 2018. 
DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE O MEIO AMBIENTE (1972). Princípio 19. Disponível 
em: 
<https://www.apambiente.pt/_zdata/Politicas/DesenvolvimentoSustentavel/1972_Declaraca
o_Estocolmo.pdf>, acesso em 19 nov. 2018. 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - CONSELHO PLENO 
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 15 DE JUNHO DE 2012 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Ambiental. Disponível em: 
<http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/conteudo/iv-cnijma/diretrizes.pdf>,acesso 
em 19 nov. 2018. 
ProNEA - PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Ministério do Meio Ambiente 
– MMA. Centro de Informação, Documentação Ambiental e Editoração. 3. Ed. Esplanada dos 
Ministérios. Brasília. 2005. Disponível em: < 
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/pronea3.pdf>, acesso em 
19 nov. 2018. 
SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Sisnama. Disponível em: < 
http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/sistema-nacional-do-meio-ambiente>, 
acesso: 19 nov. 2018. 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA). Disponível em: 
http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/artigos/a-educacao-ambiental-no-ensino-de-
jovens-e-adultos-nas-escolas-publicas-dificuldades-e-desafios, acesso em: 19 nov. 2018. 
CONSELHO NACIONAL DA EDUCAÇÃO - RESOLUÇÃO MEC/CNE nº 2, DE 15 DE JUNHO DE 
2012. Disponível em: 
http://www.semesp.org.br/portal/pdfs/juridico2011/Resolucoes/Res_Mec_CNE_%20n%C2%
BA2_de_15_06_12.pdf, acesso em: 19 nov. 2018. 
 
 
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14 
 
 
SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – Sisnea. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/sisnea_cartilha.pdf>, acesso em: 
19 nov. 2018.

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