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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE CRUZEIRO DO OESTE – PR. Autos n°: 0001245-00.1986.8.16.0077 Agravante: JASON Agravado: Justiça Pública JASON, já qualificado nos autos, através do seu Procurador Judicial, que esta subscreve, vem respeitosamente e tempestivamente, perante Vossa Excelência, interpor AGRAVO DE EXECUÇÃO, nos termos do art. 197 da Lei nº 7.210/84, inconformado com a respeitável sentença de seq x, que indeferiu o pedido de liberdade do Agravante. E, por esta razão, estando presentes todos os pressupostos recursais, requer-se o recebimento do presente recurso, e a realização do juízo de retratação, com a conseqüente reforma da referida decisão, com fulcro no artigo 589 do Código de Processo Penal. Subsidiariamente, caso Vossa Excelência não decida pela manutenção da decisão, requer-se a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça. Nestes termos, Pede Deferimento. Campo Mourão 27 de setembro de 2017. Breno Oliveira Damaceno OAB/PR nº 70.777 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ. Autos de Origem nº: 0001245-00.1986.8.16.0077 Agravante: Jason Agravado: Justiça Pública Ato Processual: Agravo em Execução EGRÉGIO TRIBUNAL COLENDA CÂMARA DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA Ainda que, indiscutível seja o conhecimento jurídico do Juízo, faz-se necessário a imposição da presente demanda, para que se proceda à reforma da respeitável decisão de mov. X, que indeferiu o pedido de liberdade do Agravante. Pelos motivos e razões de fato que serão apresentadas na sequência. 1. DA SÍNTESE PROCESSUAL O Agravante foi condenado três vezes, em processos distintos, as respectivas penas de 18 (dezoito), 25 (vinte e cinco), e 30 (trinta) anos. E, após cumprir 15 anos de reclusão, fugiu do ergástulo público, permanecendo foragido pelo prazo de 02 (dois) anos. Após ser preso novamente (recapturado), foi pleiteada a sua liberdade, a qual foi negada, sob o fundamento de que o Agravante ainda teria pena a cumprir. 2. DO MÉRITO O Agravante cumpriu 30 (trinta) anos da pena imposta a ele em regime fechado, e mesmo após esse cumprimento, o pedido de liberdade formulado pelo seu Nobre defensor foi negado, sendo a decisão do Meritíssimo Juiz contraditória com o que dispõe a Constituição Federal, que veda as penas de caráter perpétuo: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XLVII - não haverá penas b) de caráter perpétuo; Neste mesmo entendimento o Art. 75 do Código Penal dispõe que; “Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 anos;” Como os dois Artigos acima citados relata que o indivíduo não terá pena de caráter perpetuo e o cumprimento da pena privativa de liberdade não será superior a 30 (trinta) anos, e assim já provado e citado nesta petição em tela que o Agravante já cumpriu seus 30 (trinta) anos em regime fechado de sua pena, assim sendo não restando duvida que magistrado ágil em equívoco. O artigo 111 da LEP diz que quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição. Portanto, por expressa previsão legal, deve o juiz da Execução realizar a unificação, inclusive para fins de cálculos de detração, remição, e futuras progressões de regime e livramento condicional. Neste sentido, pacifico é o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo; TJ-SP - Agravo de Execução Penal EP 90000618920168260114 SP 9000061-89.2016.8.26.0114 (TJ-SP) Jurisprudência•Data de publicação: 21/02/2017 Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO – Unificação de penas – Limite de 30 anos – Superveniência de condenação após o cumprimento de 30 anos – Art. 75 do CP – Reiteração de pedidos para fins de reabertura de prazo para interposição de agravo em execução – Impossibilidade – Da decisão que homologa o cálculo de penas deveria a defesa ter recorrido – Preclusão temporal – Intempestividade – Recurso conhecido. Sendo assim, resta claro o direito do Agravante para que a devida decisão seja reformada e assim tendo seu direito a liberdade concedido. III – REQUERIMENTO Diante do exposto, requer-se que seja conhecido e promovido o presente recurso, a fim de determinar a imediata soltura do Agravante com consequente expedição de alvará de soltura. Nestes termos, Se pede deferimento. Campo Mourão 27 de Setembro de 2017 Gabriel Nogueira Giroldo OAB/PR 14.1090-1
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