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2º Lote - 9º Semestre - Penal

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Peças Processuais 
 
1º Caso 
 
No dia 13 de maio de 2020, uma criança recém-nascida é vista boiando em um córrego e, ao 
ser resgatada, não possuía mais vida. JOAQUINA, a mãe da criança, foi localizada e negou 
que houvesse jogado a vítima no córrego. Sua filha teria sido, segundo ela, sequestrada por 
um desconhecido. 
Durante a fase de inquérito, testemunhas afirmaram que a mãe apresentava quadro de 
profunda depressão no momento e logo após o parto. Além disso, foi realizado exame médico 
legal, o qual constatou que JOAQUINA, quando do fato, estava sob influência de estado 
puerperal. 
À míngua de provas que confirmassem a autoria, mas desconfiado de que a mãe da criança 
pudesse estar envolvida no fato, a autoridade policial representou pela decretação de 
interceptação telefônica da linha de telefone móvel usado pela mãe, medida que foi decretada 
pelo juiz competente. A prova constatou que a mãe efetivamente praticara o fato, pois, em 
conversa telefônica com uma conhecida, de nome ALERQUINA, ela afirmara ter atirado a 
criança ao córrego, por desespero, mas que estava arrependida. 
O delegado intimou ALERQUINA para ser ouvida, tendo ela confirmado, em sede policial, 
que JOAQUINA de fato havia atirado a criança, logo após o parto, no córrego. Em razão das 
aludidas provas, a mãe da criança foi então denunciada pela prática do crime descrito no art. 
123 do Código Penal perante a 1ª Vara Criminal (Tribunal do Júri). Durante a ação penal, é 
juntado aos autos o laudo de necropsia realizada no corpo da criança. A prova técnica 
concluiu que a criança já nascera morta. 
Na audiência de instrução, realizada no dia 12 de agosto de 2020, ALERQUINA é novamente 
inquirida, ocasião em que confirmou ter a denunciada, em conversa telefônica, admitido ter 
jogado o corpo da criança no córrego. A mesma testemunha, no entanto, trouxe nova 
informação, que não mencionara quando ouvida na fase inquisitorial. Disse que, em outras 
conversas que tivera com a mãe da criança, JOAQUINA contara que tomara substância 
abortiva, pois não poderia, de jeito nenhum, criar o filho. Interrogada, a denunciada negou 
todos os fatos. 
Finda a instrução, o Ministério Público manifestou-se pela pronúncia, nos termos da 
denúncia, e a defesa, pela impronúncia, com base no interrogatório da acusada, que negara 
todos os fatos. O magistrado, na mesma audiência, prolatou sentença de pronúncia, não nos 
termos da denúncia, e sim pela prática do crime descrito no art. 124 do Código Penal, punido 
menos severamente do que aquele previsto no art. 123 do mesmo código, intimando as partes 
no referido ato. 
 
CURSO: DIREITO 
PROFESSOR (A): YURI SERRA TEIXEIRA 
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA PENAL 
ALUNO(A): NORMA COELI M. DE A. MOURA, MAYRA TIFFANY LIMA DA SILVA, PATRICIA SKARLET SILVA DOS REIS, 
LEONARDO GASPERIM, MARCIO VALÉRIO DE ALENCAR FURTADO, GLEISE YASMIM BRITO SILVA, GERSON LUIZ DE 
ANDRADE SIQUEIRA. 
TURMA: 9º SEMESTRE /DIRN-B2017 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso 
concreto acima, na condição de advogado(a) de JOAQUINA, redija a peça cabível à 
impugnação da mencionada decisão, acompanhada das razões pertinentes, as quais devem 
apontar os argumentos para o provimento do recurso, mesmo que em caráter sucessivo. 
 
2º Caso 
 
Pedro foi condenado definitivamente pela prática do crime de lesão corporal seguida de 
morte, sendo-lhe aplicada a pena de 06 anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial 
fechado, em razão das circunstâncias do fato. Após cumprir 01 ano da pena aplicada, Pedro 
foi beneficiado com progressão para o regime semiaberto. Na unidade penitenciária, o 
apenado trabalhava internamente em busca da remição. Durante o cumprimento da pena nesse 
regime, veio a ser encontrado escondido em seu colchão um aparelho de telefonia celular. 
 O diretor do estabelecimento penitenciário, ao tomar conhecimento do fato por meio dos 
agentes penitenciários, de imediato reconheceu na ficha do preso a prática de falta grave, 
apenas afirmando que a conduta narrada pelos agentes, e que teria sido praticada por Pedro, se 
adequava ao Art. 50, inciso VII, da Lei nº 7.210/84. O reconhecimento da falta pelo diretor 
foi comunicado ao Ministério Público, que apresentou promoção ao juízo da Vara de 
Execuções Penais de São Paulo, juízo este competente, requerendo a perda de benefícios da 
execução por parte do apenado. O juiz competente, analisando o requerimento do Ministério 
Público, decidiu que, “considerando a falta grave reconhecida pelo diretor da unidade, impõe-
se: 
a) a regressão do regime de cumprimento de pena para o fechado; 
b) perda da totalidade dos dias remidos; 
c) reinício da contagem do prazo de livramento condicional; 
d) reinício da contagem do prazo do indulto.” 
Ao ser intimado do teor da decisão, em 09 de julho de 2019, terça-feira, Pedro entra em 
contato, de imediato, com você, na condição de advogado(a), esclarecendo que nunca fora 
ouvido sobre a aplicação da falta grave, apenas tendo conhecimento de que a Defensoria se 
manifestou no processo de execução após o requerimento do Ministério Público. 
Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Pedro, redija a 
peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus e embargos de declaração, apresentando 
todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo para 
interposição, considerando que, em todos os locais do país, de segunda a sexta-feira são dias 
úteis. 
 
3º Caso 
 
Odilon Coutinho, brasileiro, com 71 anos de idade, residente e domiciliado em Goiânia –GO, 
foi denunciado pelo Ministério Público, nos seguintes termos: 
“No dia 17 de setembro de 2016, por volta das 19 h 30 min, na cidade de Goiânia-GO, o 
denunciado, Odilon Coutinho, juntamente com outro não identificado, imbuídos do propósito 
de assenhoreamento definitivo, quebraram a janela do prédio onde funciona agência não 
franqueada dos Correios e de lá subtraíram quatro computadores da marca Lunation, no valor 
de R$ 5.980,00; 120 caixas de encomenda do tipo 3, no valor de R$ 540,00; e 200 caixas de 
encomenda do tipo 4, no valor de R$ 1.240,00 (cf. auto de avaliação indireta às fls.). 
Assim agindo, incorreu o denunciado na prática do art. 155, §§ 1.º e 4.º, incs. I e IV, do 
Código Penal (CP), combinado com os arts. 29 e 69, todos do CP, motivo pelo qual é 
oferecida a presente denúncia, requerendo-se o processamento até final julgamento.” 
O magistrado recebeu a exordial em 1.º de outubro de 2016, acolhendo a imputação em seus 
termos. Após o interrogatório e a confissão de Odilon Coutinho, ocorridos em 7 de dezembro 
de 2016, na presença de advogado ad hoc, embora já houvesse advogado constituído não 
intimado para o ato, a instrução seguiu, fase em que o magistrado, alegando que o fato já 
estava suficientemente esclarecido, não permitiu a oitiva de uma testemunha arrolada, 
tempestivamente, pela defesa. 
O policial Jediel Soares, responsável pelo monitoramento das conversas telefônicas de 
Odilon, foi inquirido em juízo, tendo esclarecido que, inicialmente, a escuta telefônica fora 
realizada “por conta”, segundo ele, porque havia diversas denúncias anônimas, na região de 
Goiás, acerca de um sujeito conhecido como Vovô, que invadia agências dos Correios com o 
propósito de subtrair caixas e embalagens para usá-las no tráfico de animais silvestres. Jediel 
e seu colega Nestor, nas diligências por eles efetuadas, suspeitaram da pessoa de Odilon, 
senhor de “longa barba branca”, e decidiram realizar a escuta telefônica. 
Superada a fase de alegações finais, apresentadas pelas partes em Janeiro de 2017, os autos 
foram conclusos para sentença, em Fevereiro de 2020, tendo o magistrado, com base em toda 
a prova colhida, condenado o réu, de acordo com o art. 155, §§ 1.º e 4.º, incs. I e IV, do CP, à 
pena privativade liberdade de 8 anos de reclusão (a pena-base foi fixada em 5 anos de 
reclusão), cumulada com 30 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo, cada dia. Fixou, 
ainda, para Odilon Coutinho, réu primário, o regime fechado de cumprimento de pena. 
O Ministério Público não interpôs recurso. 
Em face da situação hipotética acima apresentada, na qualidade de advogado(a) constituído(a) 
de Odilon Coutinho, e supondo que, intimado(a) da sentença condenatória, você tenha 
manifestado seu desacordo em relação aos termos da referida decisão e que, em 10 de Março 
de 2020, tenha sido intimado(a) a apresentar as razões de seu inconformismo, elabore a peça 
processual cabível, endereçando-a ao juízo competente, enfrentando todas as matérias 
pertinentes e datando o documento no último dia do prazo para apresentação. 
 
4º Caso 
 
Tony Stark, apesar de todo seu brilhantismo intelectual, acaba por falir as indústrias Stark, 
sem nenhum recurso, tampouco da S.H.I.E.L.D e dos Avengers, ele decidiu vir ao Brasil, de 
onde possui nacionalidade, para praticar o crime descrito no Art. 33 da Lei 11.343/06, ele 
achou que seria um bom momento. Sabendo que o mesmo é primário, de bons antecedentes 
(até lutou com o Thanos), não integra organização criminosa, tampouco se dedica para 
atividades criminosas, Stark lamentavelmente acaba preso pelo Capitão Nascimento no 
supracitado ilícito. Na qualidade de advogado de Tony Stark, elabore minuta de Acordo de 
Não Persecução Penal para ser proposto ao Ministério Público Estadual, apresentando que 
Tony Stark praticou o crime de tráfico privilegiado, sendo, portanto, cabível a justiça 
negocial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DO 1º CASO 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL 
DO JURI DA COMARCA DE ____ 
 
 
 
Na qualidade de ré, JOAQUINA, já qualificada nas fls. __ dos autos do processo-
crime, venho respeitosamente diante deste digno e justo juízo criminal, através de 
meu defensor constituído, que baixo assina, conforme procuração em anexo com 
amplos, gerais, totais e irrestritos poderes de fórum, inconformado com a respeitável 
decisão que pronunciou a ré a este tribunal, interpor recursos em sentido restrito, na 
forma do art. 581, IV do CPP. 
Outrossim, venho requerer que os autos sejam devidamente numerados, conferidos, 
processados e transladados aos juízo de teto para que a respeitável decisão seja 
modificada em favor da ré, na forma do 587 e & único do CPP, caso o digno 
Magistrado pronunciante não venha reconsiderar, em favor ré, a prestigiosa decisão, 
exarando decisão absolutória ou decisão de impronúncia, conforme art. 589 caput e 
& único do CPP , pelas razões de fato e de direito que segue. 
 Nestes termos peço respeitosamente o regular deferimento, 
 
 
 (Local) 17 de JUNHO de 2020 
NOME – OAB N. 
 
Egrégio Tribunal de Justiça 
Ínclitos Desembargadores 
 Colenda Câmera Recursal 
Douta Procuradoria Geral de Justiça 
Venho muito respeitosamente diante deste Magistral Juízo, na qualidade de ré, 
devidamente qualificada nas fls. do processo-crime ____, através de meu defensor 
constituído, que abaixo assina, em face da injusta manutenção da decisão de 
pronunciamento da ré, pelo digno juízo de piso, oferecer as razões de fato e de 
direito abaixo, em sede de Recurso em Sentido Restrito, para ensejar a reforma em 
favor da ré da ilustre decisão. 
Dos fatos – Enunciado 
 
II – DO DIREITO 
A ré não deve ser pronunciada por crime algum por falta de provas no processo 
crime em curso. A ré foi condenada pelo crime do artigo 124 do CP, aborto 
provocado em si mesma, através de substância abortiva, que não restou cabalmente 
provada, haja vista não constar nos autoexame cadavérico que comprove o uso da 
substância, uma vez que é crime que deixa vestígios, e deve se proceder de 
imediato o exame de corpo de delito direto, na forma do art. 158 do CPP, gerando a 
nulidade prevista no art. 564, III, b. 
 A ré nega o uso da substância, e subsiste contra a ré tão somente frágil testemunho 
de pessoa não técnica no processo, insuficiente para promover qualquer 
interpretação em desfavor a ré. Sendo assim, a mesma deve ser absolvida da 
acusação imputada no crime do artigo 124 do CP, por falta de provas da 
materialidade do delito, conforme artigo 415, Ido CPP. 
Não sobrevive também eventual imputação a ré sobre o crime do artigo 123 do CP 
de infanticídio, por força da definição jurídica diversa da denúncia, prevista no art. 
383 do CPP, haja vista, como se observa no laudo cadavérico da criança, o neonato 
nasceu morto, sendo assim não havia bem jurídico a ser tutelado pela norma penal, 
a vida do neonato. Incide, portanto a hipótese de crime impossível do artigo 17 do 
CP, por absoluta impropriedade do objeto, retirando a tipicidade da conduta 
imputada. Sendo assim, faz-se incidir a absolvição sumária da ré em face do 
mandamento legal do artigo 415, III do CPP. 
O procedimento de interceptação deve ser tomado como inexistente e 
desentranhado do processo acusatório. A atuação policial no procedimento de 
interceptação telefônica é formal. Faltando quaisquer de seu ritos deve ser tomada 
de nulidade absoluta, conforme art. 564, IV do CPP e tida como não realizada, 
ocasionada pela ofensa do caput artigo 6 da lei 9296/96 na medida que não houve a 
comunicação ao Ministério Público da especial diligência. 
Por outro lado, na leitura do mesmo art. 2º, III da 9296/96 não cabe tão 
procedimento em crimes com penas cominadas em abstrato de detenção. 
 Finalmente, a quebra do sigilo é medida excepcional que se impõe após a falências 
dos meios e métodos de apuração probatória. 
 Todas as demais provas no processo, decorrentes da interceptação, não podem 
prosperar em desfavor a ré no crime imputado do art. 124 do CP, pois são provas 
derivadas ilícitas, ofensiva ao Art. 157,caput e & único, uma vez que as razões de 
acusação se formaram única e exclusivamente sobre 
III – DOS PEDIDOS 
 
 Na qualidade de ré, em face de sentença de pronúncia em meu desfavor, venho 
diante deste elevado e justo tribunal recursal, pedir a retificação respeitável 
sentença 
1. que seja desentranhada a interceptação telefônica, e tomada como 
inexistente as provas derivadas desta interceptação, pois são tomadas de 
nulidade absoluta, conforme art. 564, IV do CPP; 
 
2. absolvida sumariamente, na forma do art. 415 I do CPP, a ré das acusações 
de autoaborto provocado do artigo 124, em face da inexistência de prova 
suficiente para sustentar a acusação, em face da nulidade prevista no art. 
564, III, b; 
 
3. absolvida sumariamente, na forma do art. 415 III do CPP, a ré das acusações 
de infanticídio do artigo 124, incorrendo inexistência de crime por absoluta 
impropriedade do objeto tutelado pela norma penal, neonato sem vida, 
fazendo incidir a nulidade prevista no art. 564, III, b; 
 
4. Caso sobreviva alguma condenação, em face do princípio da ….., sejam 
reconhecidos o estado puerperal, na dosimetria da pena, bem como o estado 
anímico da gravidez e das interações sociais da miséria e da pobreza 
incidentes sobre a ré, e outras circunstâncias pessoais do crime, na 
dosimetria da pena, em conformidade com o art. 59 do CP, estabelecendo a 
pena base no mínimo legal. 
 Nestes termos, em favor da ré, peço o deferimento 
 
 (Local) 13 de JUNHO de 2020 
 ADV OAB n.... 
RESPOSTA DO 2º CASO 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE 
EXECUÇÕES PENAIS DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
Execução nº XXX 
 
 
 
 
PEDRO, já qualificado nos autos supra indicados, vem, por meio de seu 
advogado, interpor o presente AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no art. 
197 da Lei de Execuções Penais. 
Requer seja RECEBIDO e PROCESSADO o presente RECURSO, E 
QUE SEJA REALIZADO O JUÍZO DE RETRATAÇÃO REFORMANDO-SE A 
RESPEITÁVEL DECISÃO, nos termos do ART. 589 do Código de Processo Penal 
(CPP), ou, caso Vossa Excelênciaentenda que deva mantê-la, QUE SEJA 
ENCAMINHADO, com as INCLUSAS RAZÕES, ao Egrégio Tribunal de Justiça. 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
São Paulo, 15 de julho de 2019. 
(Advogado) 
(OAB/SECCIONAL) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11682587/artigo-197-da-lei-n-7210-de-11-de-julho-de-1984
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109222/lei-de-execução-penal-lei-7210-84
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10616900/artigo-589-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE 
EXECUÇÕES PENAIS DE SÃO PAULO 
 
 
RAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
AGRAVANTE: PEDRO 
 
AGRAVADA: JUSTIÇA PÚBLICA 
 
EXECUÇÃO Nº: XXX 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Em que pese o costumeiro acerto do Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz 
de Direito da Vara de Execuções Penais de São Paulo, a decisão recorrida merece 
reforma pelos motivos fáticos e jurídicos a seguir apresentados: 
 
I – DOS FATOS 
O agravante foi condenado pela prática do crime de lesão corporal 
seguida de morte, sendo, em razão das circunstâncias do crime, aplicada a pena 
definitiva de 6 (seis) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado. 
 
Cumprido 1 (um) ano da pena aplicada, o agravante foi beneficiado com 
progressão para o regime semiaberto. Na unidade penitenciária, trabalhava em 
busca da remição. Contudo, durante o cumprimento da pena nesse regime, foi 
encontrado escondido em seu colchão um aparelho celular. 
 
O diretor do estabelecimento penitenciário, ao tomar conhecimento do 
fato por meio dos agentes penitenciários, de imediato reconheceu na ficha do preso 
a prática de falta grave, apenas afirmando que a conduta narrada pelos agentes, e 
que teria sido praticada pelo agravante, se adequava ao art. 50, inciso VII, da Lei nº 
7.210/84. 
 
O reconhecimento da falta pelo diretor foi comunicado ao Ministério 
Público, que apresentou promoção ao juízo da Vara de Execuções Penais de São 
Paulo, juízo este competente, requerendo a perda de benefícios da execução por 
parte do apenado. 
 
O juiz competente, analisando o requerimento do Ministério Público, 
considerando a falta grave reconhecida pelo diretor da unidade, decidiu impor 
regressão do regime de cumprimento de pena para o fechado; perda da totalidade 
dos dias remidos; reinício da contagem do prazo de livramento condicional e reinício 
da contagem do prazo do indulto. 
 
II – DO DIREITO 
Inicialmente, cumpre destacar que o reconhecimento da falta grave não 
observou as formalidades legais. Nos termos do art. 50 da Lei 7.210/84, realmente 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11698475/artigo-50-da-lei-n-7210-de-11-de-julho-de-1984
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11698176/inciso-vii-do-artigo-50-da-lei-n-7210-de-11-de-julho-de-1984
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109222/lei-de-execução-penal-lei-7210-84
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95100/lei-do-indulto-decreto-5993-06
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11698475/artigo-50-da-lei-n-7210-de-11-de-julho-de-1984
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109222/lei-de-execução-penal-lei-7210-84
como mencionado pelo diretor do estabelecimento penitenciário, a conduta de 
esconder o celular configura prática de falta grave. 
 
Todavia, para assegurar o direito ao exercício do princípio da ampla 
defesa e do princípio do contraditório, pacificou a jurisprudência o entendimento de 
que o reconhecimento de falta grave depende de regular procedimento 
administrativo disciplinar, devidamente assegurado o acompanhamento de defesa 
técnica. 
 
Nesse sentido é o teor da Súmula 533 do Superior Tribunal de Justiça. 
Evidente que o diretor do estabelecimento reconheceu a prática de falta grave sem 
observar as exigências antes mencionadas, ou seja, sem instaurar procedimento 
administrativo e sem garantir o direito de defesa. Dessa forma, não pode aquele 
reconhecimento ser considerado pelo juízo da execução. 
 
Não sendo válido o reconhecimento da prática de falta grave, sequer seria 
possível a regressão do cumprimento da pena para o regime fechado, apesar de, 
abstratamente, essa ser uma sanção possível na hipótese de reconhecimento válido 
de falta grave, nos termos do Art. 118, inciso I, da LEP e Súmula 534 do STJ. 
 
Superada a invalidade no reconhecimento da falta grave salienta-se que ainda que o 
reconhecimento da falta grave fosse considerado válido, impossível seria a sanção 
de perda da integralidade dos dias remidos. 
 
O art. 127 da LEP admite que a punição por falta grave gere perda dos 
dias remidos. Entretanto, o mesmo dispositivo assegura um limite de perda de até 
1/3 (um terço), sendo incorreta a decisão do magistrado que determina a perda de 
TODOS os dias remidos. 
 
Da mesma forma, incorreta a decisão que determinou o reinício da 
contagem do prazo para fins de obtenção de livramento condicional e indulto. A 
explicação é simples: em que pese muitos defendam que o ideal seria o reinício da 
contagem desses prazos, fato é que a execução penal está sujeita ao princípio da 
legalidade, sendo certo que tais sanções não estão previstas na lei. 
 
Diante da ausência de previsão legal, não pode o magistrado impor o 
reinício da contagem do prazo do livramento condicional, nos termos da Súmula 441 
do STJ. Pelas mesmas razões, foi editada a Súmula 535 do STJ, prevendo que a 
prática de falta grave não interrompe o prazo para fins de computação de pena ou 
indulto, sem prejuízo de esta ser considerada no momento de analisar o 
preenchimento dos requisitos subjetivos deste benefício. 
 
III – DOS PEDIDOS 
Face ao exposto requer que seja CONHECIDO e PROVIDO o presente 
recurso, e seja feita a reforma da decisão agravada para que seja anulada a 
regressão de regime, por violação do contraditório e da ampla defesa; que sejam 
devolvidos os dias remidos do apenado limitando-se eventual perda ao limite legal; 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11689926/artigo-118-da-lei-n-7210-de-11-de-julho-de-1984
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11689891/inciso-i-do-artigo-118-da-lei-n-7210-de-11-de-julho-de-1984
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109222/lei-de-execução-penal-lei-7210-84
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11688591/artigo-127-da-lei-n-7210-de-11-de-julho-de-1984
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109222/lei-de-execução-penal-lei-7210-84
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95100/lei-do-indulto-decreto-5993-06
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95100/lei-do-indulto-decreto-5993-06
sejam afastadas as consequências de eventual falta grave da contagem dos prazos 
para livramento condicional e indulto. 
 
 
Termos em que 
 
Pede deferimento. 
 
São Paulo, 15 de julho de 2019. 
 
(Advogado) 
 
(OAB/SECCIONAL) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95100/lei-do-indulto-decreto-5993-06
RESPOSTA DO 3º CASO 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE 
GOIANIA – GO 
 
Proc. Nº... 
 
 
 Odilon Coutinho, já devidamente qualificado nos autos do processo em 
epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente perante 
Vossa Excelência, dentro do prazo legal, requerer a juntada das inclusas 
contrarrazões, com fulcro no artigo 600 do Código de Processo Penal. 
 
Termos em que 
Pede deferimento. 
 
Local, data 
Advogado...OAB... 
 
 
CONTRA RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO 
Proc. Nº... 
Apelante: Odilon Coutinho 
Apelada: Justiça Pública 
Egrégio Tribunal de Justiça 
Colenda Câmara 
Doutor Procurador de Justiça 
 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz a quo, 
impõe-se a reforma da respeitável sentença proferida contra o apelante, pelas 
razões de fato e de direito a seguir expostas.I – DOS FATOS 
 
O apelante foi denunciado pela prática do art. 155, §§ 1.º e 4.º, incs. I e 
IV, do Código Penal (CP), combinado com os artigos 29 e 69, todos do Código 
Penal. 
O magistrado recebeu a exordial em 1.º de outubro de 2016, acolhendo a 
imputação em seus termos. Após o interrogatório e a confissão de Odilon Coutinho, 
ocorridos em 7 de dezembro de 2016, na presença de advogado ad hoc, embora já 
houvesse advogado constituído não foi intimado para o ato, a instrução seguiu, fase 
em que o magistrado, alegando que o fato já estava suficientemente esclarecido, 
não permitiu a oitiva de uma testemunha arrolada, tempestivamente, pela defesa. 
 
O policial Jediel Soares, responsável pelo monitoramento das conversas 
telefônicas de Odilon, foi inquirido em juízo, tendo esclarecido que, inicialmente, a 
escuta telefônica fora realizada “por conta”, segundo ele, porque havia diversas 
denúncias anônimas, na região de Goiás, acerca de um sujeito conhecido como 
Vovô, que invadia agências dos Correios com o propósito de subtrair caixas e 
embalagens para usá-las no tráfico de animais silvestres. Jediel e seu colega 
Nestor, nas diligências por eles efetuadas, suspeitaram da pessoa de Odilon, senhor 
de “longa barba branca”, e decidiram realizar a escuta telefônica. 
 
Superada a fase de alegações finais, apresentadas pelas partes em 
janeiro de 2017, os autos foram conclusos para sentença, em fevereiro de 2020, 
tendo o magistrado, com base em toda a prova colhida, condenado o réu, de acordo 
com o art. 155, §§ 1.º e 4.º, incs. I e IV, do CP, à pena privativa de liberdade de 8 
anos de reclusão (a pena-base foi fixada em 5 anos de reclusão), cumulada com 30 
dias-multa, no valor de 1/30 do salário-mínimo, cada dia. Fixou, ainda, para o 
apelante, réu primário, o regime fechado de cumprimento de pena. 
 
O Ministério Público não interpôs recurso. 
 
 
 
 
II – DO DIREITO 
 
Com a devida vênia, a respeitável sentença foi proferida em processo 
manifestamente nulo, não podendo subsistir. Com efeito, há nulidade absoluta nos 
autos, pela incompetência do Juiz. 
Ora, os Correios, é federal e o Juiz que julgou o apelante é estadual, uma 
vez que o artigo 109, IV, da Constituição Federal diz que os crimes praticados em 
detrimento da União são de competência dos Juízes Federais, gerando assim 
nulidade absoluta nos termos do artigo 564, I, do Código de Processo Penal. 
 
Há nulidade por ausência de instrução, pela inversão na ordem na ordem 
dos atos, onde o interrogatório foi realizado antes da instrução. Ausência do 
defensor constituído. Dispensa da testemunha da defesa. Com fundamento nos 
artigos 400 e 564, IV do Código de Processo Penal e artigo 5º, LV da Constituição 
Federal. 
É ilícita a prova colhida na interceptação telefônica, razão pela qual deve 
ser desentranhada e consequentemente a falta de prova lícita para condenação, nos 
termos dos artigos 157 do Código de Processo Penal, artigo 5º, inciso LVI, da 
Constituição Federal e artigo 3º da Lei 9.296/96. 
Subsidiariamente, requer a fixação da pena no patamar mínimo para furto 
qualificado, reconhecimento da atenuante relativa à idade e afastamento da causa 
de aumento de pela relativa ao repouso noturno. Regime inicial semiaberto ou, 
sendo fixado a pena abaixo de 4 anos, regime inicial aberto. Substituição de pena 
privativa de liberdade por pena restritiva de direitos ou concessão de sursis. 
 
III – DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer que seja conhecido e provido o presente 
recurso, anulando o processo “ab initio” nos termos do artigo 564, I, do Código de 
Processo Penal. 
Caso não entenda assim Vossa Excelência, requer a nulidade, nos 
termos do artigo 564, IV, CPP, a partir da audiência de instrução e que seja o seu 
Advogado intimado para comparecer ao ato. 
Requer o desentranhamento ou nulidade da prova ilícita e a consequente 
absolvição, com fundamento no artigo 386, V, do Código de Processo Penal. 
 
Subsidiariamente, em caso de condenação, requer a fixação da pena no 
patamar mínimo, reconhecimento da atenuante e afastamento da causa de aumento 
de pena; Regime inicial semiaberto ou, sendo fixada a pena abaixo de 4 ano, regime 
inicial aberto; Substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos ou, 
caso assim não se entenda, concessão do sursis, que seja garantido o direito do réu 
de recorrer em liberdade, como medida de inteira justiça. 
 
Termos em que 
Pede deferimento. 
 
Local, data. 
Advogado... OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DO 4º CASO 
EXELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE XXXXX 
 
 
 
PROCESSO Nº: XXXXXXX.XX 
 
 
 
MARIA JOSEFINA, advogada, inscrita na OAB/PA XXXXX.XX, com endereço profissional 
na Rua Vila Nova, Bairro Estrela, Belém/PA, nº 28, vem respeitosamente por vossa 
excelência, requerer seja viabilizado; 
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL 
Em favor de TONY STARK, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na Rua 
Guamá, nº 222, Belém/PA, pelas razões de fato e fundamentos que passa a expor. 
 
I – DO CABIMENTO 
Por se tratar de alteração recente descrita pelo Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019), 
o ANPP previsto no Art.28-A do CPP deve ser oferecido a todos os acusados que 
atendam os requisitos legais. 
Se tratando de direito subjetivo do réu, uma vez que a lei trouxe benefício 
não do no âmbito processual penal, mas também no direito material penal, tais como 
não responder ação penal, não ser condenado, manter a folha penal sem 
incidências, viabilizado com a tipificação do acordo de não-persecução penal pelo 
pacote anticrime, que usualmente já era adotado. 
Com isto, considerando o pleno atendimento aos requisitos legais, requer que seja 
intimado promovido o acordo de não persecução penal. 
 
II– DOS FATOS 
Trata-se no processo visando apurar o delito de Trafico Privilegiado de drogas que 
teria ocorrido nesta cidade e comarca pratico pelo réu Tony Stark Cabível assim, 
sejam considerados os requisitos atendidos visando o 
benefício da normal mais vantajosa ao acusado. 
 
III– DOS PEDIDOS 
Isso posto, presentes todos os requisitos permissivos, requer: 
 
V. O recebimento do presente pedido, com imediato encaminhamento ao 
Ministério Público para que proponha o acordo de não persecução nos termos do 
Art. 28-A, 3 do CPP, ou a devida motivação para não fazê-lo; 
No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor 
acordo de não persecução penal, sejam os autos remetidos a órgão 
superior, na forma do 14 do art. 28-A do CPP; 
VI. Com o recebimento do acordo, seja designada audiência, com a oitiva do 
investigado na presença do seu defensor, na forma da lei; 
VII. Ao final, seja homologado o acordo, sobrestamento do presente feito até o 
completo cumprimento do mesmo. 
 
 
Nestes termos, pede e aguarda o deferimento. 
Belém/PA, 01/06/2021

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