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Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 1 
 
Direito do Trabalho II 
Completo – (2019.1) 
 
 
 
Material das aulas ministradas pela Prof.ª Eliane Conde. 
 
Consulta Bibliográfica: 
#Direito do Trabalho Esquematizado - Carla Tereza Martins Romar - 2018 
 
 
🏆🥇 Estude como um vencedor! 
💡 Você é capaz! 
💪🏻 Você é forte! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A reprodução, divulgação e compartilhamento 
total ou parcial deste material e seu conteúdo 
para fins acadêmicos é autorizado e 
incentivado. 
 
Se algum erro for encontrado, peço que seja 
reportado para o e-mail: 
fernanda.barcellos6@gmail.com 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 2 
Direito do Trabalho II 
Aula 1 – 11FEV2019 
 
Plano de Aula 1 
🏖Férias 
✓ Conceito 
✓ Natureza Jurídica das férias 
✓ Período aquisitivo 
✓ Período concessivo 
✓ Remuneração 
✓ Prazo para o pagamento 
 
Lei 13.467/2017 
Art. 129 e seguintes da CLT / Art. 7º, XVII da CRFB 
 
🏖Férias 
Conceito 
🗣Professora Eliane: “Consiste no período de descanso prolongado que todo empregado tem direito, desde que tenha 
trabalhado 12 meses para o mesmo empregador. Para efeitos legais as férias são consideradas como tempo de serviço 
- Art. 130 §2º da CLT.” 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de 
serviço. 
 
✍🏼Classificação das férias 
Férias simples – São aquelas cujo período aquisitivo já se 
completou, sendo que o período concessivo está em curso por 
ocasião da extinção do contrato de trabalho. 
Férias proporcionais – São aquelas cujo período aquisitivo 
ainda não se completou por ocasião da extinção do contrato de 
trabalho. 
Férias em vencidas – São aquelas cujos períodos aquisitivos e 
concessivos já se completaram, sem que o empregado tivesse 
gozado o respectivo descanso. Estas serão indenizadas em 
dobro. 
 
📌Natureza Jurídica 
Tem natureza jurídica de interrupção do contrato de trabalho, pois o empregado não trabalha, mas o empregador continua 
com todas as suas obrigações, inclusive pagando de forma adiantada o salário das férias, conforme o Art. 145 da CLT 
c/c Súmula 450 do TST. 
O TST, através da Súmula 450, entende ser devida a dobra das férias quando o empregado goza as férias dentro do 
prazo, mas o empregador não respeita o prazo para o pagamento. 
 
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido 
no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. 
 
Súmula nº 450 do TST 
FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA 
DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 386 
da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, 
com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador 
tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. 
 
Vólia Bonfim Cassar, sobre a Natureza Jurídica das férias: 
A natureza jurídica das férias é de direito para o empregado e obrigação para o patrão. 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 3 
Corresponde ao direito ao descanso remunerado obrigatório, isto é, à interrupção do contrato de trabalho, 
pois o empregado tem o direito de não trabalhar durante 30 dias consecutivos, recebendo sua média 
remuneratória, como se trabalhando estivesse. Entretanto, tem o empregado o dever de não trabalhar 
para outro empregador durante este período, salvo se já estiver obrigado a tanto, por outro contrato de 
trabalho. 
 
Período Aquisitivo – Art. 130 da CLT 
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o 
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
 
O direito a férias é adquirido após 12 meses da vigência do contrato. A cada 12 meses o empregado adquire o direito a 
férias. Importante ressaltar que se computa o período de vigência do contrato e não o período de efetivo serviço. A 
contagem não é feita por ano civil (janeiro a dezembro), e sim por aniversário da data da admissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
⏳Duração das férias – Art. 130, I – IV da CLT 
🗣Professora Eliane: “O legislador fixou de forma objetiva o critério da assiduidade do empregado no emprego. A 
duração das férias é de 30 dias, podendo ser menor em razão do número de faltas injustificadas durante o período 
aquisitivo, conforme trata o artigo supracitado e seus incisos. Analise através da tabela abaixo:” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho em regime de tempo parcial – Art. 58-A da CLT 
Art. 58-A - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não 
exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, 
ou, ainda, aquele cuja duração não a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade 
de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. 
§ 7º - As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta 
Consolidação. 
 
🗣Professora Eliane: “Os empregados que trabalham em regime de tempo parcial também têm direito a férias de 30 
dias corridos e também em razão do número de faltas, pode haver diminuição na mesma proporção que trata o Art. 130, 
I – IV da CLT.” 
 
Período Concessivo – Art. 134 da CLT 
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só 
período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado 
tiver adquirido o direito. 
 
Faltas injustificadas 
em 12 meses 
Dias de férias + 
ATÉ 5 FALTAS 30 DIAS 1/3 CF 
DE 06 ATÉ 14 FALTAS 24 DIAS 1/3 CF 
DE 15 ATÉ 23 FALTAS 18 DIAS 1/3 CF 
DE 24 ATÉ 32 FALTAS 12 DIAS 1/3 CF 
ACIMA DE 32 FALTAS 0 DIAS NÃO RECEBE 1/3 CF 
10/03/2017 10/03/2018 
ADMISSÃO PERÍODO DE 
AQUISIÇÃO – 
Art. 130 da CLT 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
🗣Professora Eliane: “Conforme §1º do Art. 134 da CLT, com a concordância do empregado, as férias poderão ser 
divididas em até 3 períodos, um deles de no mínimo 14 dias e os outros dois de no mínimo 5 dias, sendo proibido o início 
das férias no período de até 2 dias que antecede feriado e RSR.” 
§ 1º - Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão 
ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 
quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada 
um. 
§ 2º - (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017). 
§ 3º - É vedado o início das férias no período de dois dias que 
antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. 
 
 
 
 
 
 
Férias em dobro – Art. 137 da CLT c/c Súmula 81 do TST 
Se o empregador não respeitar o período concessivo, o empregado terá direito a receber o pagamento das férias em 
dobro, ou os dias de férias gozados após o período legal, na forma do Art. 137 da CLT c/c Súmula 81do TST. 
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que 
trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. 
 
Súmula nº 81 do TST 
FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados 
em dobro. 
 
✅Hipóteses que o empregado não perde o direito as férias – Art. 131 e 132 da CLT 
Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do 
artigo anterior, a ausência do empregado: 
 
I - nos casos referidos no art. 473; 
 
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem 
prejuízo do salário: 
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimentodo cônjuge, ascendente, 
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência 
social, viva sob sua dependência econômica; 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; 
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de 
sangue devidamente comprovada; 
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da 
lei respectiva. 
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar 
referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço 
Militar). 
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular 
para ingresso em estabelecimento de ensino superior. 
Períodos Mínimo de: 
1º 14 dias 
2º 5 dias 
3º 5 dias 
10/03/2017 10/03/2018 
ADMISSÃO PERÍODO DE 
AQUISIÇÃO – 
Art. 130 da CLT 
PERÍODO DE 
CONCESSÃO – 
Art. 134 da CLT 
10/03/2019 
LESÃO – Art. 137 
da CLT – FÉRIAS 
EM DOBRO 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 5 
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. 
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de 
entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do 
qual o Brasil seja membro. 
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares 
durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; 
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta 
médica. 
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de 
exames preventivos de câncer devidamente comprovada. 
 
🤰🏻II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, 
observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência 
Social; 
 
Licença maternidade – Art. 392 da CLT e Art. 7º, XVIII da CRFB 
Art. 392 - A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de120 (cento e vinte) 
dias, sem prejuízo do emprego e do salário. 
 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 
cento e vinte dias; 
 
Aborto não criminoso – Art. 395 da CLT 
Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, 
a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o 
direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. 
 
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do 
Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; 
 
Se a licença for inferior a 6 meses – segue a contagem da proporcionalidade; 
Se a licença for superior a 6 meses – zera a proporcionalidade. 
 
Súmula nº 46 do TST 
ACIDENTE DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os 
efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina. 
 
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto 
do correspondente salário; 
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão 
preventiva, quando for 
impronunciado ou absolvido; e 
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese 
 
⛔Hipóteses que o empregado perde o direito as férias – Art. 133 da CLT 
Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: 
 
a) Caso de um funcionário demitido, a empresa não pagou suas verbas rescisórias e o recontratou depois de 60 
dias do último dia de trabalho. 
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à 
sua saída; 
 
b) Funcionário que tira licença remunerada por mais de 30 dias; 
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) 
dias; 
 
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude 
de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e 
🗣Professora Eliane: “Paralisação dos serviços da empresa por mais de 30 dias. A paralização deve ser comunicada 
pela empresa ao MT e ao sindicato dos trabalhadores, com antecedência mínima de 15 dias, e avisos devem ser fixados 
nos respectivos locais de trabalho - §3º do Art. 133 da CLT.” 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 6 
 
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-
doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. 
Auxílio doença por mais de 6 meses, embora descontínuos no mesmo período aquisitivo; 
 
Participação das férias – Art. 135 da CLT 
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com 
antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará 
recibo. 
É necessário que o empregador informe por escrito a data do início das férias com a antecedência mínima de 30 dias. 
 
Época da concessão das férias – Art. 136 da CLT 
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do 
empregador. 
O melhor interesse é o do empregador. Membros da mesma família tem direito a gozarem as férias juntos, desde que 
não cause prejuízo. 
 
Férias coletivas – Art. 139 e 140 da CLT 
🗣Professora Eliane: “É quando a empresa ou determinado setor da empresa cessa o funcionamento por um 
determinado período. Trata-se de situação excepcional. 
As férias coletivas podem ser usufruídas em dois períodos, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias, para 
empregados com menos de 12 meses, gozarão a proporcionalidade, iniciando assim novo período aquisitivo, conforme 
os Artigos 139 e 140 da CLT.” 
Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma 
empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. 
§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles 
seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na 
oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. 
 
Abono Pecuniário – Art. 143 da CLT 
O funcionário deve requerer até 15 dias antes do término do período aquisitivo. 
Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que 
tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias 
correspondentes. 
 
Os dias que serão convertidos, devem respeitar a proporcionalidade dos dias que o empregado tem direito a férias, 
conforme a tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
A natureza do abono é indenizatória, não tem natureza salarial, ou seja, não integra salário – Art. 144 da CLT. 
Art. 144 - O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em 
virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção 
ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a 
remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. 
 
💰Remuneração das férias – Art. 142 da CLT 
A remuneração das férias equivale à remuneração normal do empregado, ou seja, o mesmo valor que o empregado 
receberia caso trabalhasse no respectivo período, acrescida 
 
 
 
 
Dias de férias 
Número de dias a serem 
convertidos 
30 dias 10 dias 
24 dias 8 dias 
18 dias 6 dias 
12 dias 4 dias 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1- Prof. Eliane Conde) 7 
Aula 2 – 18FEV2019 
 
Continuação: 
Plano de Aula 1 
🏖Férias 
 
Prescrição do direito de reclamar as férias – Art. 149 da CLT 
SEÇÃO VI 
DO INÍCIO DA PRESCRIÇÃO 
Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da 
respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for 
o caso, da cessação do contrato de trabalho. 
 
SEÇÃO II 
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS 
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 
(doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. 
§ 1º - Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em 
até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e 
os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. 
§ 2º - (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017). 
§ 3º - É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de 
repouso semanal remunerado. 
 
O prazo prescricional para reclamar a não concessão das férias inicia do término do período concessivo (Art. 134 da 
CLT) ou do término do contrato de trabalho, observando o previsto no Art. 149 da CLT e Art. 7º, XXIX da CRFB que trata 
do prazo prescricional, isto é, do término do contrato o empregado tem 2 anos para ajuizar a ação e da data do 
ajuizamento retroage 5 anos. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo 
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois 
anos após a extinção do contrato de trabalho; 
 
Efeitos na terminação do contrato de trabalho – Art. 146 e 147 da CLT 
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida 
ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao 
período de férias cujo direito tenha adquirido 
Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho 
se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, 
terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com 
o disposto no artigo anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ de 1 ano Dispensa IMOTIVADA 
Férias proporcional 
Férias em dobro 
Férias simples 
1/3 CRFB – 
Súmulas 261 e 
171 do TST 
Dispensa JUSTA CAUSA 
Perde a 
proporciona
lidade das 
férias. Férias em dobro 
Férias simples 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 8 
 
 
 
 
 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 1 
Ana Lúcia ingressou na empresa Brasil Serviços Ltda. em 15.04.2009 na função de auxiliar de serviços gerais. As férias 
do período 2009/2010 foram usufruídas de 01.03.2011 a 30.03.2011. Ocorre que o empregador só efetuou o pagamento 
destas férias quando do seu retorno ao trabalho em 31.03.2011. Além disso, Ana Lúcia recebeu a título de férias o mesmo 
valor do salário recebido no mês anterior, sem qualquer acréscimo. Ana Lúcia procurou o escritório de advocacia para 
saber se foi regular a atitude da empresa e se tem direito a algum valor a título de férias. Qual a orientação você daria 
para Ana Lúcia? Justifique. 
R: O empregador não efetuou corretamente o pagamento das férias, já e o Art. 145 da CLT determina que o pagamento 
deve ser efetuado até 2 dias antes do início das férias e conforme o Art. 7º, XVII da CRFB, deve ter o acréscimo de 1/3 
no pagamento, pois o TST, conforme a Súmula 450, entende que deve ser pago em dobro quando o empregador não 
respeita o prazo para o pagamento. 
 
Questão Objetiva 
1-Jorge, Luiz e Pedro trabalham na mesma empresa. Na época designada para o gozo das férias, eles foram informados 
pelo empregador que Jorge não teria direito às férias porque havia faltado, injustificadamente, 34 dias ao longo do período 
aquisitivo; que Luiz teria que fracionar as férias em três períodos de 10 dias e que Pedro deveria converter 2/3 das férias 
em abono pecuniário, podendo gozar de apenas1/3 destas, em razão da necessidade de serviço do setor de ambos. 
Diante disso, assinale a afirmativa correta. 
📌 B – Apenas no caso de Jorge o empregador está correto. 
 
Plano de Aula 2 
💰Indenização por tempo de serviço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1943 - 1966 1966 1988 1990 
🗣Professora Eliane: 
“De 1943 até 1966 a 
indenização face a 
dispensa imotivada 
estava prevista no Art. 
478 da CLT, 
correspondendo a um 
mês de serviço ou fração 
igual ou superior a 6 
meses. 
Ex.: Remuneração de 2 
mil – 
Dispensa com 2 anos, 8 
meses e 10 dias = 6 mil 
referentes a 1 salário por 
ano trabalhado 3 anos de 
indenização.” 
 
🗣Professora Eliane: “Com 
a publicação da Lei 5.107/66 
(FGTS), passamos a ter dois 
sistemas de indenização, e 
quando o empregado era 
admitido optava pelo FGTS e 
ao ser dispensado, sacava os 
depósitos com acréscimo de 
10%, na hipótese da não 
opção, havendo a dispensa 
antes de completar 10 anos 
de trabalho para o mesmo 
empregador recebia a 
indenização do Art. 478 da 
CLT. Na hipótese da não 
opção e tendo o empregado 
10 ou mais anos de casa 
adquiria a estabilidade 
definitiva (decenal) prevista 
nos Art. 492 a 498 da CLT.” 
 
🗣Professora Eliane: “Com a 
promulgação da Constituição de 
1988 a indenização prevista no 
Art. 478 da CLT foi revogada 
mantendo-se o direito adquirido 
daqueles que eram estáveis, 
pois, o Art. 7º, III da CRFB trata 
que é direito do trabalhador o 
FGTS e, com base no inciso I do 
Art. 7º da CRFB a Lei 
Complementar deverá prever 
indenização face a dispensa 
arbitrária ou imotivada que 
inicialmente foi regulamentada 
no Art. 10, I da ADCT 
aumentando para 40% a 
indenização, face a dispensa 
imotivada, que está previsto no 
Art. 18, parágrafo 1º, da Lei 
8.036/90, atual Lei do FGTS.” 
 
Comunicado de DESLIGAMENTO 
+ DE 1 ANO 
Férias proporcionais 
Férias simples/ dobro/ proporcional 
- DE 1 ANO 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 9 
De 1943 até 1966 – Art. 478 da CLT (REVOGADO) 
Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será 
de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou 
superior a 6 (seis) meses. 
 
1966 – Lei 5.107/66 – Lei do FGTS (REVOGADA) 
 
1988 – Art. 7º, I e III da CLT – Promulgada a CRFB 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos 
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros 
direitos; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
 
Indenização face a dispensa imotivada passa a ser de 40% - Art. 10, I da ADCT 
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da 
Constituição: 
I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem 
prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; 
 
1990 – Art. 18 da Lei 8.036/90 – Lei do FGTS 
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este 
obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos 
depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não 
houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. 
 
Aposentadoria espontânea – OJ 361 da SBDI - 1 do TST 
Protege o aposentado que permanece trabalhandona empresa. A multa do FGTS deve ser paga de acordo com o valor 
do montante da conta do FGTS. 
361. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. UNICIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. 
MULTA DE 40% DO FGTS SOBRE TODO O PERÍODO (DJ 20, 21 e 23.05.2008) 
A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o 
empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por 
ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS 
sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. 
 
🌍🌎🌏Trabalhadores que são contratados para serviços no Exterior – Lei 7.064/1982 
- Prevalece sempre o que for mais favorável para o trabalhador; 
 
Transferência para estrangeiro - Art. 3º, p.u. da Lei 7.064/1982 
Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido 
assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução 
dos serviços: 
Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a 
legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - 
FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP. 
 
- Manutenção dos depósitos do FGTS 
- Contagem do tempo de serviço para o INSS 
 
O empregado transferido para trabalhar no estrangeiro, conforme o parágrafo único do Art. 3º da Lei 7.064/1982, a 
empresa é obrigada a continuar depositando o FGTS e o período lá trabalhado é contado para os efeitos da 
aposentadoria. 
 
FGTS – conta que a empresa deve abrir na contratação do funcionário. 
Depósito mensal, 8% da remuneração do empregado, deve ser feito até o dia 7 de cada mês. 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 10 
🗣Professora Eliane: “O FGTS é uma conta vinculada aberta em nome do empregado quando da sua admissão, sendo 
realizados depósitos mensais até o dia 7 de cada mês a razão de 8% da remuneração do empregado, conforme o Art. 
15 da Lei 8.036/1990, sendo a Caixa Econômica Federal a agente operadora, centralizando assim todas as contas 
vinculadas (Art. 7º da Lei (8.036/90).” 
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a 
depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância 
correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a 
cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 
da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, 
com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. (Vide Lei nº 
13.189, de 2015) Vigência 
 
Opção com caráter retroativo – Art. 14, §2º da Lei 8.036/90 
🗣Professora Eliane: “O empregado não optante do FGTS do período anterior a CRFB/88 poderia transacionar a 
indenização do Art. 478 da CLT, desde que o empregador depositasse na conta do FGTS no mínimo 60% da indenização 
devida, nos termos do Art. 14, parágrafo 2º da Lei 8.036/90, caso contrário teria direito a duas indenizações, uma 
calculada na forma do Art. 478 da CLT até a CRFB/88 e a partir dali até a sua dispensa imotivada os depósitos do FGTS 
com a multa de 40%.” 
Art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da promulgação 
da Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no emprego nos termos 
do Capítulo V do Título IV da CLT. 
§2º O tempo de serviço anterior à atual Constituição poderá ser transacionado entre 
empregador e empregado, respeitado o limite mínimo de 60 (sessenta) por cento da 
indenização prevista. 
 
Aula 3 - 25FEV2019 
 
Plano de Aula 3 
🎯Estabilidade e Garantia de emprego 
 
Conceito: é o direito que o empregado tem de não ser despedido senão nas hipóteses autorizadas pela lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decenal – Art. 492 da CLT 
O empregado adquiria após dez anos de serviço na mesma empresa. 
 
🗣Professora Eliane: “A estabilidade decenal prevista no Art. 492 da CLT, conhecida como definitiva, era adquirida 
quando o empregado antes da CRFB/88, não era optante do FGTS e, após completar 10 anos de trabalho para o mesmo 
empregador só poderia ser dispensado se cometesse falta grave, devidamente apurada, através de ações de inquérito 
(A.I.), conforme Art. 853 da CLT. Durante o prazo do processo, o contrato fica suspenso e sendo comprovada a falta 
grave, o empregado era dispensado sem direito a indenização e, na hipótese da não comprovação, o juiz determinava a 
reintegração ou pagamento de indenização em dobro, na forma do Art. 496. 497 e 478 da CLT.” 
CAPÍTULO VII 
DA ESTABILIDADE 
Art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa 
não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, 
devidamente comprovadas. 
 
Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau 
de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador 
pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização 
devida nos termos do artigo seguinte. 
ESTABILIDADE DEFINITIVA 
Serv. Público – Art. 41 da CRFB 
Decenal – Art. 492 da CLT 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 11 
Art. 497 - Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao 
empregado estável despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por 
prazo indeterminado, paga em dobro. 
 
Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será 
de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou 
superior a 6 (seis) meses. 
 
Súmula nº 396 do TST, Item II 
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o 
pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-
1 - inserida em 20.11.1997) 
 
Ação de inquérito – Art. 853 da CLT 
Ação para comprovação da má conduta e possível desligamento para empregado com estabilidade decenal. 
SEÇÃO III 
DO INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE 
Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado 
garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou 
Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. 
 
👮Servidor Público – Art. 41 da CRFB 
Outra modalidade definitiva de estabilidade. 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
🤰🏻Gestante 
Garantia provisória da Gestante 
Art. 10, II, b do ADCT 
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da 
Constituição: 
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
 b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o 
parto. 
 
A garantia conforme o Art. 10, b do ADCT vai desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto e, conforme a 
Súmula 244, se a concepção tiver ocorrido antes da dispensa, a mulher tem direito de ser reintegrada ou indenizada, 
mas passado o prazo da garantia de emprego o direito é somente de indenização - Súmula 244, II do TST. 
A garantia de emprego foi estendida nas hipóteses dos contratos por prazo determinado, elastecendo o prazo até o 
término da garantia de emprego. 
 
Súmula 244, I, II e III do TST c/c OJ 399 da SBD-I e TST 
SÚMULA N.º 244 - GESTANTE.ESTABILIDADE PROVISÓRIA 
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao 
pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). 
II. A garantiade emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o 
período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos 
correspondentes ao período de estabilidade. 
III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso 
GARANTIA DE EMPREGO TEMPORÁRIA 
👷Dirigente Sindical 
🤕Acidentado 
🤰🏻Gestante 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 12 
II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de 
admissão mediante contrato por tempo determinado. 
 
Orientação Jurisprudencial 399/TST-SDI-I - 02/03/2010. 
Estabilidade provisória. Gestante. Seguridade social. Acidente de trabalho. CIPA. Cipeiro. 
Membro do CIPA. Sindicato. Dirigente sindical. Ação trabalhista ajuizada após o término 
do período de garantia de emprego. Abuso de direito no exercício do direito de ação. Não 
configuração. Indenização devida. CF/88, art. 7º, XXIV e XXIV. ADCT da CF/88, art. 10, 
II, «a» e «b». Lei 8.212/1991, art. 118. CLT, art. 543, § 5º. 
 
Licença Maternidade 
Art. 391 e 391-A da CLT 
Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o 
fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. 
Art. 391-A - A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de 
trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à 
empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea “b” do inciso II do art. 10 
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
 
 
Art. 7º, XVII da CRFB 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento 
e vinte dias; 
 
Art. 392-A, B e C da CLT 
Art. 392-A - À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de 
criança ou adolescente será concedida licença maternidade nos termos do art. 392 desta 
Lei. 
Art. 392-B - Em caso de morte da genitora, é assegurado ao cônjuge ou companheiro 
empregado o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo 
restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu 
abandono. 
Art. 392-C - Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e 392-B ao empregado 
que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção 
 
🗣Professora Eliane: “A licença maternidade, conforme o Art. 7º, XVIII da CRFB é de 120 dias e nos termos do Art. 392-
A, B e C foi estendida a mulher que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança ou adolescente e no caso de falecimento 
da genitora a licença maternidade passa para o cônjuge ou companheiro, se empregado. A licença maternidade também 
foi concedida ao homem que adotar, nos mesmos termos do Art. 392 da CLT. 
 
A garantia provisória de emprego prevista no Art. 10, II, b foi estendida à mulher ou ao homem que adotar. Conforme Art. 
391-A, p.u. da CLT” 
Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante ao 
qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. 
 
🤕Empregado que sofre acidente do trabalho – Art. 118 da Lei 8.213/91 
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo 
de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação 
do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. 
 
A garantia provisória de emprego é de 12 meses, contados da data da alta médica. São requisitos para a garantia, o 
empregado: 
1. Ter sofrido acidente do trabalho; 🤕 
 
 
2. Ficar afastado do emprego por mais de 15 dias; ⏳ REQUISITOS CUMULATIVOS. 
 
 
3. Ter recebido o auxílio-doença acidentário. 💰 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 13 
A garantia de emprego foi estendida àqueles que tenham contrato por prazo determinado conforme Súmula 378, II e III 
do TST. 
Súmula nº 378 do TST 
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 
8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 
27.09.2012 
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade 
provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado 
acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) 
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias 
e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a 
despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do 
contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) 
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da 
garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 
da Lei nº 8.213/91. 
 
🗣Professora Eliane: “O empregador fica obrigado a depositar o FGTS do empregado que sofreu acidente de trabalho, 
durante todo o período do afastamento, conforme a Lei 8.036/90, Art. 15, §5º.” 
§ 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de 
afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do 
trabalho. 
 
Dirigente Sindical – Art. 543, §3º da CLT 
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação 
profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do 
exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne 
impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. 
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do 
momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade 
sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso 
seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada 
nos termos desta Consolidação. 
 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da 
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que 
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos 
da lei. 
 
🗣Professora Eliane: “A garantia provisória é desde o registro da candidatura, inclusive como suplente até um ano após 
o término do mandato, salvo se cometer falta grave, devendo a mesma ser apurada através da A.I., conforme o Art. 543, 
§3º da CLT e Art. 8º, VIII da CRFB.” 
 
Aula 4 – 11MAR2019 
 
Plano de Aula 4 
👷Dirigente Sindical e Representante dos empregados 
 
Dirigente Sindical – Art. 543, §3º da CLT 
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação 
profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do 
exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne 
impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. 
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do 
momento do registro de sua candidatura ao cargo de direção ou representação de 
entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu 
mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave 
devidamente apurada nos termos desta Consolidação. 
 
Quem é o dirigente sindical? 
Empregado eleito que representa a categoria no sindicato. 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 14 
 
Se for transferido perde a estabilidade? 
Se o empregado por transferido para outra localidade que não é atendida pelo mesmo Sindicato, ele perde a candidatura,logo também a estabilidade. 
 
O sindicato deve comunicar o empregador que o empregado está concorrendo a eleição e caso seja eleito, em 24 horas 
deve ser feito o comunicado formalmente a empresa. 
 
Súmulas 369 do TST 
TST - Súmula 369 
DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (conversão das Orientações 
Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 
25.04.2005 
I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 
5º do art. 543 da CLT. (ex-OJ nº 34 da SBDI-1 - inserida em 29.04.1994) 
Se a comunicação for feita dentro do prazo estipulado, o empregado garante a estabilidade. 
 
II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recepcionado 
pela Constituição Federal de 1988. (ex-OJ nº 266 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) 
Limitação da estabilidade de máximo 7 dirigentes e 7 suplentes. Total de 14 representantes. 
 
III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade 
se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o 
qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998) 
Categoria diferenciada – são 3 categorias: 
✓ Categoria profissional 
✓ Econômica 
✓ Patronal 
Ex.: Um advogado de formação que trabalha no banco, ele representará os bancários, de acordo com a atividade que 
ele exerce. No caso deste mesmo advogado que se elege para o sindicato dos advogados ele não tem o direito da 
garantia no banco. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, 
não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 da SBDI-1 - inserida em 
28.04.1997) 
Fechamento da empesa – cessa a estabilidade. O funcionário recebe apenas as verbas rescisórias. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período 
de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que 
inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 
da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994) 
Dentro do aviso prévio, o empregado não pode se candidatar, pois mesmo que seja eleito, o contrato terminará ao final 
do aviso prévio. 
 
Súmula 379 do TST 
Súmula nº 379 do TST 
DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. 
NECESSIDADE (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 114 da SBDI-1) - Res. 
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração 
em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. (ex-OJ nº 114 da SBDI-
1 - inserida em 20.11.1997) 
Reforço ao §3º do Art. 543, necessidade de Ação de Inquérito para que seja feita a demissão do empregado, para fins 
de comprovação. 
 
🗣Professora Eliane: “De acordo com o entendimento do TST, a Súmula 369 a comunicação do registro da candidatura 
do empregado deve ser feita ao empregador, por qualquer meio, durante a vigência do contrato de trabalho. Após a 
CRFB/88 conforme o Art. 8º, foi recepcionado o Art. 522 da CLT, ficando assim, limitada a garantia de emprego a 7 
dirigentes e 7 suplentes. Se o empregado registrar a sua candidatura no curso do aviso prévio não tem direito a garanta 
de emprego do Art. 543, Parágrafo 3º da CLT. A dispensa do dirigente sindical só tem validade se for apurada a falta 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 15 
grave através da Ação de Inquérito, prevista no Art. 853 da CLT conforme a parte final do parágrafo 3º e Súmula 379 do 
TST.” 
 
Representante dos empregados na CIPA – Art. 10, II, a do ADCT 
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de 
acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; 
 
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
✓ Obrigatório a empresas com mais de 20 empregados. 
✓ A escolha dos representantes é realizada através de eleição. 
Comprovando que o empregado realizou falta grave, uma possível ação do empregado contra a empresa, no caso de 
sua demissão, será julgada improcedente. 
 
A CIPA elege através de eleição os representantes dos empregados e o empregador escolhe os que representarão a 
empresa. O representante do empregador não tem estabilidade, pois ele é escolhido. 
 
Mas existe um julgado de um funcionário que conseguiu comprovar que foi coagido a aceitar, e ao ser dispensada 
conseguiu a reintegração. 
 
Súmula 339, I, II do TST 
Súmula nº 339 do TST 
CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as Orientações 
Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT 
a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 
39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) 
 
👉🏻I - Garantia de emprego ao suplente assim como o representante da CIPA. 
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para 
as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade 
a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo 
impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 
da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) 
👉🏻II – Não é vantagem pessoal. 
Art. 164 e 165, p.u da CLT 
Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, 
de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o 
parágrafo único do artigo anterior. 
 
Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer 
despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, 
técnico, econômico ou financeiro. 
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de 
reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos 
mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. 
 
A comissão é composta por presidente, vice-presidente e outros cargos dependendo do número de funcionários da 
empresa. O presidente é o representante da empresa e vice-presidente é o representante dos empregados com maior 
número de votos. 
No caso de dispensa, cabe ao empregador comprovar que foi injusta nos termos no Art. 165 da CLT. 
Falta grave – qualquer dos motivos do Art. 482 da CLT. 
 
🗣Professora Eliane: “Prevista no Art. 10, II, a do ADCT que vai desde o registro da candidatura, até 12 meses após 
término do mandato. Sendo estendida a garantia ao membro suplente, conforme a Súmula 339 – I do TST, e na forma 
do item II da Súmula 339 havendo o fechamento da empresa o empregado perde o restante do prazo da garantia de 
emprego, já que não é considerada uma vantagem pessoal. 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 16 
O mandato é de 1 ano permitida uma reeleição. 
 
Conforme o p.u. do Art. 165 da CLT, nesta hipótese o empregador, caso o empregado cometa uma falta grave não 
precisa ajuizar Ação de Inquérito, devendo assim a ação ser ajuizada pelo empregado requerendo a sua reintegração ou 
indenização e cabendo ao empregador comprovar que a dispensa ocorreu por um motivo disciplinar, técnico ou 
econômico (financeiro).” 
 
Representante dos empregados nas empresas com mais de 200 empregados – Art. 11 da CRFB c/c Art. 510-D, § 
3º da CLT (adicionado pela Lei 13.467/2017) 
Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição 
do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da ConstituiçãoFederal, 
obedecidos os princípios desta. 
 
Art. 510-D - O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados 
será de um ano. 
§ 3º - Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da 
comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, 
entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico 
ou financeiro. 
 
O empregado que é representante dos empregados, possui garantia de estabilidade, porém não pode ser reeleito. Tendo 
que esperar mais duas eleições para se eleger novamente. A diferença do Cipeiro e do Representante Sindical é que ele 
não pode se reeleger. No caso de demissão não é necessário Ação de Inquérito. 
 
Neste caso não é obrigatório que haja um representante em cada filial, mas sim uma comissão por estado, como 
determina o Art. 510-A, § 2º da CLT. 
Art. 510-A - Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição 
de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento 
direto com os empregadores. 
§ 2º - No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federação e no 
Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão de representantes dos 
empregados por Estado ou no Distrito Federal, na mesma forma estabelecida no § 1º 
deste artigo. 
 
🗣Professora Eliane: “A garantia de emprego, conforme o Art. 510-D, §3º da CLT, é idêntica a do representante da 
CIPA, mas, não cabe reeleição, pois o representante não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes ao 
término do seu mandato que é de 1 ano.” 
 
 
Empregado portador de doença grave – Súmula 443 do TST 
Súmula nº 443 do TST 
DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE 
DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO - Res. 
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra 
doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito 
à reintegração no emprego. 
 
O empregado pode optar pela reintegração ou ser indenizado conforma a lei: 
Lei 9.029/1995 – Trata de proibição de discriminação por motivo de cor, estado gravídico para mulheres, doença, etc. 
para efeitos admissional e exigências de trabalho.... 
- Proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais 
ou de permanência da relação jurídica de trabalho, e dá outras providências. 
 
🗣Professora Eliane: “A dispensa discriminatória devidamente comprovada, conforme a Súmula 443 do TST determina 
a reintegração do empregado e sendo inviável a reintegração o empregado tem direito a indenização, na forma do Art. 
4º, I e II da Lei 9.029/95. Desta forma, o empregado poderá optar pela reintegração e recebimento de todos os salários 
do período do afastamento ou receber em dobro a sua remuneração do período do afastamento.” 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 17 
Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta 
Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: 
I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante 
pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros 
legais; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida 
monetariamente e acrescida dos juros legais. 
 
Súmula 666 do TST 
Súmula 666 
A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos 
filiados ao sindicato respectivo. 
 
 
 
Representante dos empregados no Conselho Curador do FGTS – Lei 8.036/90, Art. 3º, §9º. 
Art. 3o O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho 
Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e 
entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. 
§ 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, 
efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano 
após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo 
de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical. 
 
Representante dos empregados no Conselho Nacional da Previdência Social – Lei 8.213/91 3º, § 7º. 
Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão superior 
de deliberação colegiada, que terá como membros: 
§ 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, 
titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano 
após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo 
de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial. 
 
Possuem garantia de emprego, mas não é desde o registro, pois são indicados pelas Centrais Sindicais para eleição, a 
garantia conta a partir da nomeação até um ano após. Para dispensar o empregado é necessário Ação de Inquérito. 
 
🗣Professora Eliane: “A garantia de emprego, para os membros efetivos e suplentes ocorre a partir da nomeação até 
um ano após o término do mandato, havendo o cometimento de falta grave esta deverá ser devidamente apurada, através 
da Ação de Inquérito do Art. 853 da CLT.” 
 
Representante da comissão de conciliação prévia – Art. 625-B, §1º da CLT 
Art. 625-B - A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, 
dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: 
§ 1º - É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão 
de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se 
cometerem falta grave, nos termos da lei. 
 
As empresas e sindicatos podem criar uma comissão com representantes de empregadores e empregados. Antes de 
ajuizar uma ação, o empregado passava pela CCP na tentativa de uma solução através de acordo, o que implicava na 
propositura de uma ação posterior. No mínimo 2 e no máximo 10 membros. Metade é eleita pelos empregados e a outra 
metade indicada pelo empregador. O mandato do representante e seu suplente é de 1 ano, podendo tentar reeleição. 
Garantia inicia com a nomeação e vai até um ano após o término da candidatura. 
 
🗣Professora Eliane: “Conforme o §1º do Art. 625-B da CLT os representantes e suplentes os empregados possuem 
garantia de emprego, a partir da sua eleição e posse até 1 ano após o término do mandato, salvo se cometer falta grave, 
conforme o Art. 482 da CLT, sendo desnecessária a Ação de Inquérito.” 
 
Garantia de emprego na hipótese de aposentadoria voluntária – Precedente Normativo nº 85 da SBDC (Sessão 
Brasileira de Dissídio Coletivo) 
Nº 85 GARANTIA DE EMPREGO. APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA (positivo) 
Defere-se a garantia de emprego, durante os 12 meses que antecedem a data em que o 
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Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 18 
empregado adquire direito à aposentadoria voluntária, desde que trabalhe na empresa há 
pelo menos 5 anos. Adquirido o direito, extingue-se a garantia. 
 
🗣Professora Eliane: “O TST tem entendimento que os empregados que trabalham na empresa pelo menos 5 anos não 
podem ser dispensados durante 12 meses que antecedem a aposentadoria.” 
 
Aula 5 – 25MAR2019 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 2 
Lúcia trabalha na sede de uma estatal brasileira que fica em Brasília. Seu contrato vigora há 12 anos e, em razão de sua 
capacidade e experiência, Lúcia foi designada para trabalhar na nova filial do empregador que está sendo instaladana 
cidade do México, o que foi imediatamente aceito. Em relação à situação retratada e ao FGTS, é preciso recolher o FGTS 
de Lúcia, assim como para todos os empregados transferidos para o exterior? 
R: Sim, é preciso recolher o FGTS de Lúcia durante todo o período em que a empregada prestar serviços no exterior, 
conforme a Lei 7.064/82, Art. 3, p.u. 
 
Questão Objetiva 
1- (FCC-2016) - Em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, com base na Lei n°8.036/90, é correto 
afirmar: 
📌(E) É hipótese de movimentação pelo trabalhador de sua conta vinculada, no curso do contrato de trabalho, quando 
algum dependente seu for portador do vírus HIV. (Art. 20, XIII que trata as hipóteses de movimentação do FGTS.) 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 3 
Maria foi contratada em 17/05/2010 pela Indústria Automobilística Vitória S/A. Em 25/03/2016 sofreu acidente de trabalho 
ficando incapacitada para o trabalho até 01/04/2016, quando obteve alta médica e retornou ao serviço. Em 03/06/2016 
foi dispensada sem justa causa. Maria entende ser detentora da 
estabilidade acidentária, razão pela qual ajuizou ação trabalhista postulando sua reintegração no emprego. 
Diante do caso apresentado, responda se as seguintes indagações: 
A) Quais os requisitos necessários para a concessão da estabilidade acidentária? Justifique indicando o prazo da garantia 
de emprego. 
R: Os requisitos são: 
1 – empregado ter sofrido acidente de trabalho; 
2 – tendo ficado afastado mais que 15 dias; 
3 – ter recebido o auxílio doença acidentário, conforme a Súmula 378, II do TST. 
A garantia do emprego é de 12 meses a contar da data da alta médica, na forma da Súmula supracitada. 
 
B) No caso apresentado, Maria terá êxito na ação trabalhista? Justifique. 
R: Não pois ela ficou afastada apenas 7 dias. 
 
Questão Objetiva 
1 - Mônica celebrou contrato de trabalho com Construtora Aurora Ltda. Em 19/10/2014. Em 12/04/2016 foi dispensada 
imotivadamente, com aviso prévio indenizado, sem receber qualquer valor rescisório ou indenizatório. No dia 
19/04/2016 obteve os resultados dos exames que confirmaram sua gravidez de 2 (dois) meses. Em face dessa 
situação hipotética, assinale a opção correta. 
📌(D) Na hipótese de ajuizamento de ação trabalhista no último dia do prazo prescricional, Mônica terá direito apenas 
aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade garantido à gestante. (Súmula 244, II do TST 
e OJ 399 da SBDI – 1 do TST) 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 4 
1- Cristóvão Buarque, advogado, exerce a função de professor de Direito na Universidade Campo Belo desde sua 
admissão em 01/02/2010. Em 10/05/2015 foi eleito dirigente sindical do Sindicato dos Advogados, com mandato de 3 
(três) anos. Ao longo do contrato de trabalho Cristóvão vem descumprido reiteradamente as ordens estabelecidas pela 
Universidade em seu regulamento interno, o que gerou a aplicação de várias advertências e suspensões, provocando 
diversos transtornos para o trabalho. 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 19 
Diante do caso relatado, responda justificadamente: 
A) A Universidade Campo Belo poderá dispensar Cristóvão Buarque sem justa causa? Justifique. 
R: Sim, pois o empregado não possui garantia de emprego, visto que pertence a categoria diferenciada, já que foi eleito 
dirigente sindical do sindicato dos advogados e na universidade exerce a função de professor. Súmula 369. III do TST. 
 
B) Na hipótese de rompimento do contrato de trabalho por justa causa, em que modalidade seria enquadrada a 
conduta faltosa? Justifique indicando o fundamento legal. 
R: Art. 482, h da CLT 
 
Questão Objetiva 
1 - (OAB/FGV) Tício, gerente de operações da empresa Metalúrgica Comercial, foi eleito dirigente sindical do Sindicato 
dos Metalúrgicos. Seis meses depois, juntamente com Mévio, empregado representante da CIPA (Comissão Interna 
para Prevenção de Acidentes) da empresa por parte dos empregados, arquitetaram um plano para descobrir 
determinado segredo industrial do seu empregador e repassá-lo ao concorrente mediante pagamento de numerário 
considerável. Contudo, o plano foi descoberto antes da venda, e a empresa, agora, pretende dispensar ambos por falta 
grave. 
Você foi contratado como consultor jurídico para indicar a forma de fazê-lo. 
O que deve ser feito? 
📌 (D) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício, no prazo decadencial de 30 dias, caso 
tenha havido suspensão dele para apuração dos fatos; e simples dispensa por justa causa em relação a Mévio, 
independentemente de inquérito. (Art. 165, p.u. da CLT para Mévio e Art. 543, §3 da CLT c/c Súmula 379 do TST para 
Tício) 
 
Plano de Aula 5 
✍🏼 Aviso Prévio 
✓ Art. 7º, XXI da CRFB 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
 XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos 
termos da lei; 
 
✓ Art. 487 a 491 da CLT 
CAPÍTULO VI 
DO AVISO PRÉVIO 
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir 
o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: 
I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; 
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) 
meses de serviço na empresa. 
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos 
salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período 
no seu tempo de serviço. 
§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de 
descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. 
§ 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos 
parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de 
serviço. 
§ 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. 
§ 5º - O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. 
§ 6º - O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o 
empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os 
salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para 
todos os efeitos legais. 
Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a 
rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será 
reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. 
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas 
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do 
salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso I, e por 7 (sete) dias corridos, na 
hipótese do inciso II do art. 487 desta Consolidação. 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 20 
Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo 
prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o 
ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. 
Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois 
de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse 
sido dado. 
Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar 
ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da 
remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que 
for devida. 
Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas 
consideradas pela lei como justas para a rescisão, 
perde o direito ao restante do respectivo prazo.✓ Súmula 163 do TST 
Súmula nº 163 do TST 
AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 
e 21.11.2003 
Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do 
art. 481 da CLT (ex-Prejulgado nº 42). 
 
 
🗣 Professora Eliane: 
“Conceito: declaração unilateral onde uma das partes faz a outra a comunicação da extinção do contrato. 
 
Cabimento: Tendo cabimento nos contratos por prazo indeterminado e nos contratos a termo (por prazo determinado) 
que contenham a cláusula do direito de rescisão antecipada, nos termos dos artigos 487, 481 e Súmula 163 do TST. 
 
Finalidade: se a comunicação for por parte do empregador é fazer com que durante esse período o empregado consiga 
uma nova colocação, e se a comunicação for por parte do empregado é fazer com que durante esse período o 
empregador coloque outro empregado no seu lugar.” 
 
Quando o aviso prévio for trabalhado e dado pelo trabalhador, na forma do Art. 488 e p.u. da CLT, o empregado poderá 
optar pela redução de duas horas diárias, sem prejuízo da remuneração ou folgar 7 dias corridos. 
 
O TST, através da Súmula 230 entende que é ilegal substituir o período que se reduz da jornada pelo pagamento das 
horas correspondentes. 
Súmula nº 230 do TST 
AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS REDUZIDAS DA 
JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo 
pagamento das horas correspondentes. 
Duração: Mínimo de 30 dias. 
 
Contrato por tempo determinado 
Término antecipado por decisão do empregador – Art. 479 da CLT 
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa 
causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por 
metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. 
 
⏳Tempo de contrato: 5 meses 
📍Data do início: 01/01/2019 até 01/05/2019 
💰Salário do empregado: R$4.000,00 
🔚Término antecipado em 01/02/2019 
 
Salário 💰 x ⏳tempo restante do contrato 
= R$4.000,00 x 4 
= R$16.000,00 / 2 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 21 
= R$8.000,00 
 
O empregador deve R$ 8.000,00 ao empregado a título de indenização, referente a metade do saldo de salários referente 
ao seu contrato. 
 
Término antecipado por decisão do empregado – Art. 480 da CLT 
Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, 
sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que 
desse fato lhe resultarem. 
 
⏳Tempo de contrato: 12 meses 
📌Data do início: 12/04/2019 até 01/01/2020 
💰Salário do empregado: R$4.000,00 
🔚Término antecipado em 01/12/2019. 
 
⚠ Se no contrato constar cláusula que não onera o funcionário no caso de rompimento do contrato, o empregado fica 
isento do pagamento do aviso – Art. 481 da CLT. 
Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do 
direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja 
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos 
contratos por prazo indeterminado 
 
Reconsideração – Art. 489, p.u. da CLT 
 
É quando uma das partes de arrepende e quer continuar o contrato de trabalho. Tem que acontecer dentro do prazo do 
aviso prévio, de maneira tácita ou expressa. É facultado aceitar ou não a reconsideração. 
 
Professora Eliane: “A reconsideração pode ocorrer de forma tácita ou expressa, dentro do prazo do aviso prévio e com 
o consentimento da parte que foi pré avisada, Art. 489, p.u. da CLT.” 
Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois 
de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse 
sido dado. 
 
📑 “Termo de rescisão do contrato de trabalho” 
Aviso prévio indenizado ⬜ 
Aviso prévio trabalhado ⬜ 
 
📌Data da demissão: 25 de março de 2019 
📌Término do aviso: 26 de abril de 2019 (Data da baixa na CTPS) 
 
⏳Conta o dia seguinte do último dia de trabalho + 1 dia. 
 
OJ 82 da SBDI – 1 do TST 
82. AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em 28.04.1997) 
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso 
prévio, ainda que indenizado. 
 
🗣 Professora Eliane “A data da baixa que deve constar na CTPS é a do último dia o aviso prévio, ainda que indenizado, 
nos termos da OJ 82 da SBDI – 1 do TST, já que a OJ 83 entende que o prazo prescricional só começa a contagem no 
final da data do aviso prévio, mesmo que indenizado.” 
 
Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço – Lei 12.506/2011 e Art. 7º, XXI da CRFB 
 
🗣 Professora Eliane: “A proporcionalidade do aviso prévio prevista na Lei 12.506/2011 somente será aplicada nas 
dispensas ocorridas após a publicação da lei, Súmula 441 do TST. 
Na data da comunicação da dispensa deve ser 
informado qual a modalidade do aviso. 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 22 
Para as dispensas imotivadas, em relação aos empregados que tenham até 1 ano de trabalho o aviso prévio é de 30 
dias, após 1 ano é acrescentado mais 3 dias por cada ano trabalhado, totalizando no máximo 90 dias.” 
 
Súmula nº 441 do TST 
AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 
e 27.09.2012 
O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas 
rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 
de outubro de 2011. 
 
Dispensa imotivada proporcional ao tempo do aviso prévio 
📆Tempo de empresa: 5 anos, 6 meses e 15 dias 
 
Quantidade de anos x 3 
5x3= 
15 + 30= 
45 dias de aviso prévio a ser recebido 
 
Aula 6 – 01ABR2019 
 
Continuação: 
Plano de Aula 5 
✍🏼Aviso Prévio 
 
Falta grave cometida no curso do aviso prévio – Art. 490 e 491 da CLT 
O aviso prévio só termina no último dia do aviso, ele responde por todos os atos realizados durante este período, podendo 
haver a ruptura do aviso imediatamente em caso de falta grave. Tendo o funcionário que recorrer a justiça do trabalho 
caso discorde da ruptura do contrato. 
 
🖐🏻Nenhuma das partes pode cometer falta grave. Sendo o empregado ou empregador. 
 
🤦‍♂Falta cometida pelo empregador – Art. 483 e Art. 490 da CLT 
Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar 
ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da 
remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que 
for devida. 
 
🚫 Forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao 
contrato; 
🚫 For tratado pelo empregador ou superiores hierárquicos com rigor excessivo; 
🚫 Correr perigo manifesto de mal considerável; 
🚫 Não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
🚫 Praticar o empregador e seus prepostos, contra ele ou pessoas da família, ato lesivo da honra e boa fama; 
🚫 O empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
🚫 O empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância 
dos salários; 
 
🤦‍♂Falta cometida pelo empregado – Art. 482 e Art. 491 da CLT 
Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas 
consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo 
prazo. 
 
🚫 Ato de improbidade; 
🚫 Incontinência de conduta ou mau procedimento; 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof.Eliane Conde) 23 
🚫 Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de 
concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; 
🚫 Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 
🚫 Desídia no desempenho das respectivas funções; 
🚫 Embriaguez habitual ou em serviço; 
🚫 Violação de segredo da empresa; 
🚫 Ato de indisciplina ou de insubordinação; 
🚫 Abandono de emprego; 
🚫 Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, 
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
🚫 Prática constante de jogos de azar. 
🚫 🆕 Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de 
conduta dolosa do empregado. 
 
🗣Professora Eliane: “Durante o aviso prévio as partes continuam obrigadas a cumprir com as suas obrigações, assim 
não pode haver o cometimento de falta grave, sendo praticada falta grave pelo empregador, o empregado se desliga 
imediatamente e ajuíza a ação de rescisão indireta do contrato e provando a falta grave cometida pelo empregador 
recebe todas as verbas como se fosse uma dispensa imotivada, inclusive o restante dos dias do aviso prévio, Art. 490 
da CLT c/c Art. 487 parágrafo 4º da CLT. 
Se a falta for metida pelo empregado será demitido por justa causa, perdendo o restante dos dias do aviso prévio bem 
como a indenização que teria direito, previsão do artigo 491 da CLT.” 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 5 
Maria, foi contratada pela empresa ABC Ltda, para trabalhar com contrato de experiência de 90 dias, ressalvando que o 
contrato continha cláusula assecuratória de direito recíproco de rescisão, a empregadora rescindiu o contrato 
antecipadamente, tendo completado apenas 60 dias de pacto. 
Diante do caso apresentado pergunta-se: 
A) É devido o aviso prévio a Maria? 
R: Sim. Já que no contrato estava prevista a cláusula do direito de rescisão antecipada, nos termos do Art. 481 da CLT 
e Súmula 163 do TST. 
 
B) Em caso afirmativo, quantos dias de aviso prévio a empresa ABC Ltda deve a 
Maria? 
R: O aviso prévio seria de 30 dias, Art. 7º, XXI da CRFB, Lei -.506/2011, Art. 1º. 
 
Questão Objetiva 
1-Depois de concedido o aviso-prévio, o ato poderá ser reconsiderado se a: 
📌c) outra parte concordar com a reconsideração. 
 
 
Plano de Aula 6 
⛔Terminação do contrato de trabalho 
 
Resilição do contrato de trabalho 
Ocorre de forma unilateral através de: 
✳Dispensa imotivada – decisão do empregador; 
✳Comunicação de desligamento – decisão do empregado “pedido de demissão”. 
 
Resolução do contrato de trabalho 
✳Cometimento de falta grave por parte do empregado ou por parte do empregador. 
 
Rescisão do contrato de trabalho 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 24 
Quando ocorre nulidade contratual pois algum dos requisitos obrigatórios não forem atendidos, conforme Art. 104 do CC: 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
🙋I - Agente capaz 
👧🏻 Maior de 14 anos – somente na condição de aprendiz. 
👩🏻 Maior de 16 anos – salvo em atividade insalubre, perigoso ou trabalhador no horário noturno. 
 
Art. 7º, XXXIII da CRFB 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de 
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir 
de quatorze anos; 
🆗 II - Objeto lícito 
Se fere a função exercida pela pessoa. Devendo ser algo legal. 
 
🆗 III - Forma – Art. 442 da CLT 
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à 
relação de emprego. 
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não 
existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores 
de serviços daquela. 
 
Distrato 
Terminação por acordo entre as partes. 
🆕 Vinda da Lei 13.467/2017 
 
Terminação por acordo entre as partes – Art. 484-A da CLT 
Art. 484-A - O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: 
 
✅ Direitos: 
👍🏻 Metade do aviso prévio; ➕ 
👍🏻 Metade da multa rescisória – 20% dos depósitos do FGTS; ➕ 
👍🏻 Movimenta a conta do FGTS e saca até 80% dos depósitos 
 
🆙 Demais verbas: 
👍🏻 Saldo de salário ➕ 
👍🏻 Férias + 1/3 CRFB ➕ 
👍🏻 13º salário 
 
🔴 😞 Não tem direito as parcelas do seguro desemprego! 
 
 
Por decisão do empregador 
Dispensa imotivada – Art. 7º, I da CRFB e Art. 18, §1º da Lei 8.036/90 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
 I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos 
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros 
direitos; 
 
🤔O que são verbas? 
💰Saldo de salário 
💰Férias + 1/3 CRFB 
TODOS NA INTEGRALIDADE 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 25 
💰13º salário 
💰Aviso prévio – Trabalhado ou indenizado 
💰FGTS + 40% 
💰Parcelas do Seguro desemprego 
 
Plano de aula 7 
⛔Dispensa por justa causa, rescisão indireta e culpa recíproca 
Diante de uma dispensa por justa causa é importante observar alguns princípios: 
💡Princípio da proporcionalidade 
💚Falta leve ➡ punição leve ➡ advertência 📄 
💛Falta grave ➡ punição grave ➡ suspenção 📄 Art. 474 da CLT 
Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa 
na rescisão injusta do contrato de trabalho. 
 
❤Falta gravíssima ➡ punição gravíssima ➡ dispensa por justa causa 🔴 Art. 482 da CLT 
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo 
empregador: 
 
 
💡Princípio da imediatidade 
Quando o empregado pratica uma falta deve ser imediatamente punida. 
🗣Professora Eliane: “A penalidade deve ser aplicada imediatamente após o cometimento da falta ou tão logo o 
empregador tome conhecimento desta”. 
 
💡Princípio da singularidade 
Para cada falta praticada, apenas uma penalidade. 
 
💡Princípio da não discriminação 
Se dois ou mais empregados cometem a mesma falta grave, as punições devem ser iguais. 
 
🚷Motivos da dispensa por justa causa – Art. 482 da CLT 
🚫Ato de improbidade; desonestidade do funcionário Ex.: atestado falso, furto e etc. 
🚫 Incontinência de conduta ou mau procedimento; moral sexual do empregado Ex.: transar no ambiente de trabalho. Mau 
procedimento é qualquer conduta que o empregador perceba prejuízo ao negócio. 
🚫 Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de 
concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; venda de produtos ou alimentos nas 
dependências da empresa. / Concorrência desleal – vende os mesmos produtos que seu empregador ou presta o mesmo serviço; 
🚫 Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 
empregado que for preso, o contrato fica suspenso – as partes ficam desobrigados das obrigações fiscais. Só pode ser demitido por justa causa 
se houver trânsito em julgado; 
🚫 Desídia no desempenho das respectivas funções; ocorrências de atrasos e faltas reiteradas no trabalho; 
🚫 Embriaguez habitual ou em serviço; (bebe todos os dias, mas não no ambiente de trabalho) ou em serviço – basta uma única vez 
se beber durante o horário de trabalho;🚫 Violação de segredo da empresa; passar uma informação sigilosa para terceiros, passar fórmulas da empresa; 
🚫 Ato de indisciplina ou de insubordinação; insubordinação (descumprimento de uma ordem pessoal) e indisciplina (desobediência 
de ordem geral); 
🚫 Abandono de emprego; ausência por mais de 30 dias; 
🚫 Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas 
condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
🚫 Prática constante de jogos de azar; qualquer jogo que não dependa do raciocínio da pessoa. 
🚫 🆕 Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de 
conduta dolosa do empregado; atos praticados com a intenção de gerar problema; 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 26 
Outras hipóteses – Art. 235-B, VII e p.u. da CLT 
Art. 235-B - São deveres do motorista profissional empregado: 
VII - submeter-se a exames toxicológicos com janela de detecção mínima de 90 (noventa) 
dias e a programa de controle de uso de 
droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com sua ampla ciência, pelo 
menos uma vez a cada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, podendo ser utilizado para esse 
fim o exame obrigatório previsto na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de 
Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo único - A recusa do empregado em submeter-se ao teste ou ao programa de 
controle de uso de droga e de bebida alcoólica previstos no inciso VII será considerada 
infração disciplinar, passível de penalização nos termos da lei. 
 
🗣Professora Eliane: “Motorista que se recusa a realizar exames toxicológicos e a participar de programa de controle 
de uso de drogas e bebida alcóolica, e nestas hipóteses é considerado como falta grave.” 
 
Art. 158, p.u., b da CLT 
Art. 158 - Cabe aos empregados: 
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: 
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. 
 
Recusa injustificada do empregado em usar o EPI. Devendo o empregador oferecer e orientar o uso aos seus 
empregados. 
 
Por decisão do empregado 
📌Comunicado de desligamento ou pedido de demissão 
 
😃O que este funcionário vai receber? 
💰 Saldo de salário ➕ 
💰 Férias + 1/3 CRFB ➕ 
💰 13º salário ➕ 
💰 Aviso prévio (somente se for trabalhado) 
 
😞O que não vai receber? 
💸Levantamento do FGTS 
💸Multa rescisória 
💸Parcelas do seguro-desemprego 
 
Aula 7 – 08ABR2019 
 
Plano de Aula 8 
⛔Hipóteses de Resolução do Contrato de Trabalho, Justa Causa, Rescisão Indireta 
 
Por decisão do empregado – Art. 483 da CLT 
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida 
indenização quando: 
 
Resolução indireta do contrato de trabalho é igual a rescisão indireta que é a falta grave pelo empregador, por 
exemplo, falta de depósito de salário, FGTS ou benefícios. O funcionário pode se desligar imediatamente após 
comunicar o empregador ou pode continuar trabalhando. Prazo de 30 dias da data do último dia de trabalho para 
ingressar com a ação, pois o empregador pode alegar abandono de emprego. 
 
Outra hipótese é quem trabalha por produção, por exemplo, o funcionário que recebe 1 real por cada gravata que 
costura, se ele consegue realizar 2mil por mês e o seu empregador pedir que o funcionário costure apenas 500, vai 
gerar redução do seu salário. 
 
Vejamos as hipóteses que o Art. 483 cita: 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 27 
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, 
contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; 
“Suas forças” faz referência ao peso manuseado pelo empregado 
🏋‍♀ Homem 60 kg – habitual – Art. 198 da CLT 
Art. 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode 
remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do 
menor e da mulher. 
🏋 Mulher 20 kg – habitual 
🔞 Menor 20 kg – habitual e 25 kg e eventual – Art. 390 da CLT e Art. 405 parágrafo 5º da CLT 
Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o 
emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho contínuo, ou 25 
(vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. 
 
Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: 
§ 5º - Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu parágrafo 
único. 
 
⛔Contrários aos bons costumes = obrigar o funcionário a fazer algo ilegal 
 
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com 
rigor excessivo; 
🤬🤫😤👿 Rigor excessivo = assédio moral, perseguição, transferências indevidas 
 
c) correr perigo manifesto de mal considerável; 
🤢😷🤕 Determinar que o empregado cumpra uma ordem que coloque e risco a sua saúde e integridade física. 
 
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
💸Falta de pagamento de salário desde o segundo mês de atraso. Anteriormente era considerado o Decreto Lei de 
mora de salário - 368/68, Art. 2, parágrafo 1º – diz que apenas após 3 meses de atraso de pagamento de salário. 
 
🗣Professora Eliane: “Em relação a alínea d, do Art. 483 da CLT (descumprimento das obrigações contratuais), é 
considerada mora salarial, o atraso no pagamento por período igual ou superior a 3 meses, conforme o DL 368/68, Art. 
2º, parágrafo 1º, mas o Tribunal do Trabalho tem julgado procedente as ações de rescisão indireta do contrato de 
trabalho, a partir do segundo mês do atraso do pagamento do salário e ausência de depósito do FGTS.” 
 
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de 
sua família, ato lesivo da honra e boa fama; 
🤬 Calúnia e difamação contra familiares do empregado 
 
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em 
caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
🤼 Agressão física 
 
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de 
forma a afetar sensivelmente a importância dos salários 
👨🏾‍🌾 Exemplo do funcionário que recebe por produção ou colheita. O empregador pede que o empregado diminua a 
produção ou colheita com o objetivo de diminuir o seu salário. 
 
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, 
é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. 
⚰ Quando o empregado é contratado por um MEI ou pessoa física, o empregador morrendo e o funcionário por 
opção não quiser continuar prestando o serviço para a pessoa que tomará o lugar o falecido, o funcionário não 
receberá a multa de 40% do FGTS 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 28 
§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a 
rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas 
indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do 
processo. 
🗣Professora Eliane: “Nas hipóteses do Art. 483 da CLT, conforme o parágrafo 3º o empregado poderá ajuizar a ação 
e permanecer ou não no trabalho quando alegar a falta grave do empregador nas hipóteses de descumprimento das 
obrigações do contrato ou quando o seu trabalho for reduzido, de forma a afetar o seu salário, quando este for peça ou 
tarefa. Sendo comprovada a falta grave no processo judicial, o empregado recebe todas as verbas como se fosse uma 
dispensa imotivada” 
 
Por culpa recíproca – Art. 484 da CLT 
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de 
trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa 
exclusiva do empregador, por metade. 
 
Receberá o empregado: 
💰Saldode salário ➕ 
💰Indenização reduzida à metade ➕ 
💰Levantar os depósitos do FGTS com 20% sobre o saldo da conta ➕ 
💰50% do aviso prévio ➕ 
💰Férias proporcionais ➕ 
💰13º salário – devendo ser comprovada na Justiça do Trabalho 
 
Súmula 14 do TST 
Súmula nº 14 do TST 
CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o 
empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo 
terceiro salário e das férias proporcionais. 
 
 
🗣Professora Eliane: “Reconhecida a culpa recíproca a indenização será reduzida a metade, assim o empregado 
levanta os depósitos do FGTS com a multa de 20% e conforme a Súmula 14 do TST tem direito a 50% do aviso prévio 
+ férias proporcionais e do 13º salário, as demais verbas na integralidade.” 
 
📌Observar Art. 18, parágrafo 2º da Lei 8.036/90 
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela 
Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento. 
 
Por motivo de força maior – Art. 501 e 502 da CLT 
Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à 
vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou 
indiretamente. 
Art. 502 - Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa, ou de 
um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é assegurada a este, quando 
despedido, uma indenização na forma seguinte: 
 
🗣Professora Eliane: “Na hipótese de encerramento das atividades do empregador por motivo de força maior a 
indenização devida aos empregados será reduzida a metade, conforme os art. 501 e 502 da CLT e da Lei 8.036/90, Art. 
18, parágrafo 2º. Assim os empregados levantam os depósitos do FGTS com acréscimo de 20% e nos contratos por 
prazo determinado que não contenham a cláusula de rescisão antecipada a indenização do Art. 479 será reduzida a 
metade.” 
 
Por determinação de autoridade pública – Art. 486 da CLT 
Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato 
de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que 
👀 CONCEITO 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 29 
impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que 
ficará a cargo do governo responsável. 
 
Factum principis – o interesse do coletivo prevalece sobre o interesse individual. 
 
👨🏿‍🚒👩🏽‍✈Prevalece a determinação da autoridade pública. 
Ex.: Uma loja deverá ser desativada para uma obra federal/ estadual/ municipal, que deve indenizar a empresa que 
deverá utilizar o valor da indenização para realizar o depósito dos 40% sobre os valores nas contas do FGTS de todos 
os funcionários. 
 
🗣Professora Eliane: “A indenização ficará a cargo da autoridade pública que determinou o fechamento do 
estabelecimento, assim o governo arca com o pagamento da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS e as demais 
verbas rescisórias são de responsabilidade do empregador, nos termos do Art. 486 da CLT.” 
 
Por motivo de aposentadoria 
👵🏾👴🏼A aposentadora não termina o contrato de trabalho. 
 
OJ 361 da SBDI-1 do TST 
61. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. UNICIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. 
MULTA DE 40% DO FGTS SOBRE TODO O PERÍODO (DJ 20, 21 e 23.05.2008) 
A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o 
empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por 
ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS 
sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. 
 
Multa dos 40% incide sobre a totalidade dos depósitos, mesmo os valores que o aposentado já sacou. 
 
Dispensa imotivada 
😃O empregador deve fazer o depósito da multa dos 40%. 
 
Dispensa por pedido do empregado aposentado 
😞O empregado não recebe a multa de 40%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
🗣Professora Eliane: “A aposentadoria voluntária não é motivo de extinção contrato de trabalho, assim se o 
empregado se aposenta e continua a trabalhar quando for dispensado imotivadamente a multa de 40% sobre os 
depósitos do FGTS será calculada sobre a totalidade dos depósitos, de acordo com o entendimento do TST através da 
OJ 361 da SBDI-1.” 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 6 
1-Após ter completado 25 (vinte e cinco) anos de trabalho na empresa Gama Ltda, Pedro Paulo conseguiu junto ao 
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o deferimento de sua aposentadoria por tempo de contribuição, que somando 
ao período prestado para outras empresas, completou o tempo de contribuição exigido pela Autarquia Federal para a 
concessão da aposentadoria voluntária. No entanto, embora Pedro Paulo tenha levantado os valores depositados no 
FGTS, em razão da aposentadoria, não requereu seu desligamento da empresa, por não conseguir sobreviver com os 
proventos da aposentadoria concedida pelo INSS, porque seus valores são ínfimos e irrisórios. Assim, permaneceu no 
Admissão 
Aposentadoria 
Voluntária 
Dispensa 
imotivada 
Levanta os 
depósitos do 
FGTS – Lei 
8.036/90 
MAI/2008 JUN/2017 ABR/2019 
Multa dos 40% 
sobre totalidade 
do FGTS 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 30 
emprego trabalhando por mais 5 (cinco) anos, quando foi dispensado imotivadamente. 
Diante do caso apresentado, responda justificadamente: 
 
a) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho quando o empregado 
continua trabalhando após a aposentadoria? Justifique indicando a jurisprudência do TST 
e do STF sobre a matéria. 
R: Não, pois segundo o entendimento do TST se o empregado quiser continua a trabalhar com o mesmo contato de 
trabalho – OJ 361. 
 
b) A indenização compensatória de 40% do FGTS incide sobre todo o contrato de trabalho, ou somente no período 
posterior à aposentadoria? 
R: A multa dos 40% incide sobre a totalidade dos depósitos. 
 
Questão Objetiva 
1-Um empregado ajuizou reclamatória trabalhista contra sua ex-empregadora, alegando, em suma, que fora demitido por 
justa causa, deixando de receber as verbas rescisórias devidas. Na ação pleiteia a conversão da justa causa para 
dispensa injusta com o pagamento das verbas rescisórias referentes a tal modalidade de rescisão contratual. A 
empresa apresentou defesa alegando que a demissão ocorreu por justa causa em razão de o reclamante ter agredido 
seu superior hierárquico. Quando do julgamento do feito, o juiz reconheceu que o reclamante tomou esta iniciativa por 
ter sido ofendido por seu chefe, tendo ambas as partes culpam na ocorrência dos fatos que culminaram com a rescisão 
do contrato, ou seja, restando configurada a culpa recíproca. Nesse caso, com relação à rescisão contratual por culpa 
recíproca: 
📌(B) o empregado terá direito a 100% do saldo de salário e das férias vencidas + 1/3 e 50% 
do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais + 1/3, além de 
poder sacar seu FGTS com multa de 20%. (Art. 484 da CLT e Súmula 14 do TST) 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 7 
1-Marcos Vinícius foi contratado pelo Banco Alfa S/A na função de vigilante em 01/10/2015. Em 13/08/2016 Marcos faltou 
ao serviço injustificadamente, tendo sido advertido por escrito. Marcos Vinícius já havia faltado outras vezes, sem 
qualquer justificativa tendo sido advertido em todas as ocasiões. No dia 16/01/2017, Marcus Vinícius voltou a faltar sem 
qualquer justificativa, desta vez foi punido com 3 (três) dias de suspensão. Ao retornar da suspensão o Banco Alfa S/A 
resolveu dispensar Marcos Vinícius por justa causa. Diante do caso apresentado,responda justificadamente: O Banco 
Alfa S/A agiu corretamente ao dispensar Marcus Vinícius por justa causa? Justifique. 
R: Não agiu corretamente pois puniu o Marcos Vinícius duas vezes pelo mesmo motivo. O banco teria que aguardar que 
o funcionário cometesse novamente uma falta grave. Desta maneira, desrespeitou os princípios da singularidade e 
unicidade. 
 
Questão Objetiva 
1-Verônica foi contratada, a título de experiência, por 30 dias. Após 22 dias de vigência 
do contrato, o empregador resolveu romper antecipadamente o contrato, que não possuía 
cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão. Sobre o caso, de acordo com a Lei 
de Regência, assinale a opção correta. 
📌(B)Verônica terá direito à remuneração, e por metade, a que teria direito até o termo final 
do contrato. (Art. 479 da CLT) 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 8 
1-Tales, empregado da empresa Bom Garfo, falsificou atestado médico para justificar suas faltas e consequentemente 
não ter desconto em sua remuneração. Neste caso, Tales cometeu falta grave passível de demissão por justa causa, 
uma vez que praticou ato de desídia". No caso apresentado, a tipificação pelo empregador (desídia) foi correta? Justifique 
a sua resposta. 
R: Não, pois a conduta de Thales é caracterizada como ato de improbidade, desonestidade, conforme trata o Art. 482, 
a da CLT. 
 
Questão Objetiva 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 31 
1-A empresa Tudo Limpo, ao admitir seus empregados, sempre informa sobre obrigação do uso do uniforme. Mas para 
evitar esquecimentos, esta espalhou por todo o ambiente de trabalho aviso sobre o uso obrigatório do uniforme. Paulo e 
Maurício fazem parte do quadro de empregados da empresa. O superior hierárquico do setor onde desempenham suas 
atividades, dividiu as atribuições de cada um, cabendo a Paulo a obrigação de visitar todos os clientes da empresa e ao 
final elaborar um relatório sobre a satisfação ou insatisfação destes, tarefa a ser executada em cinco dias. Ao final do 
prazo ao questionar Paulo sobre a tarefa, teve como resposta que ele não a tinha executado porque não gostava de ficar 
paparicando cliente. Nesta mesma oportunidade, ao entrar na sala onde Paulo se encontrava, o chefe viu Maurício sem 
uniforme. 
📌(A) Paulo e Maurício podem dispensados por justa causa, respectivamente por atos de insubordinação e 
indisciplina respectivamente. (Art. 482, h da CLT) 
 
 Aula 8 – 15ABR2019 
 
Continuação: 
Plano de Aula 8 
⛔Dispensa por justa causa, rescisão indireta e culpa recíproca 
 
🤷Por desaparecimento de uma das partes 
 
⚰Morte do empregado 
Os dependentes (cadastrados no INSS) recebem os direitos do empregado, são eles: 
💰Saldo de salário 
💰Férias + 1/3 CF 
💰13º salário 
💰FGTS – Art. 20, IV, da Lei 8.036/90 
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes 
situações: 
IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim 
habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de 
pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta 
vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido 
a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento; 
 
🗣Professora Eliane: “Na hipótese de o empregado vir a falecer seus direitos serão pagos aos dependentes 
cadastrados no INSS e na falta de dependentes, na forma da lei civil.” 
 
✅Seguro contra acidente de trabalho - Art. 7º, XXVIII da CRFB 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a 
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
Caso a morte seja em decorrência de acidente de trabalho, a indenização será a mesma prevista na morte do empregado. 
Caso a empresa possua algum seguro, seus dependentes também terão direito. 
 
👎🏻Extinção da empresa 
O risco do negócio é do empregador, por isso o empregador deve arcar com todas as indenizações pertinentes do 
empregado. 
 
🗣Professora Eliane: “Na hipótese de extinção da empresa todos os direitos são devidos, pois o risco do negócio é do 
empregador.” 
 
Plano de Aula 9 
✍🏼Homologação da Terminação do Contrato de Trabalho 
 
Homologação do Contrato de Trabalho – Art. 477, §6º da CLT 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 32 
Art. 477 - Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação 
na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos 
competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma 
estabelecidos neste artigo. 
 
O empregador deve informar aos órgãos competentes a demissão do empregado para que ele somente com a Carteira 
de Trabalho possa sacar o FGTS na Caixa Econômica Federal. 
 
📃Termo de quitação 
Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) 
🗣Professora Eliane: “O termo de quitação deve conter de forma discriminada as parcelas que estão sendo pagas, 
pois o empregado somente dá a quitação das parcelas relacionadas no termo.” 
 
📆Prazo e efeitos 
🗣Professora Eliane: “O prazo para o pagamento e para a entrega dos documentos (TRCT) e Comunicação da 
Dispensa (para parcelas do seguro desemprego), na forma do §6º do Art. 477 da CLT deverão efetuados até 10 dias 
contados a partir do término do contrato, não havendo a observância do prazo o empregado terá direito a uma multa 
que corresponde ao valor do seu salário base.” 
§ 6º - A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da 
extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores 
constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até 
dez dias contados a partir do término do contrato. 
 
 Art. 477-A da CLT 
Art. 477-A - As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para 
todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de 
celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. 
🗣Professora Eliane: “Na forma do Art. 477-A da CLT as dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas se 
equiparam, não havendo mais a necessidade da participação dos sindicatos ou da celebração de convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho.” 
 
📌PDV (Plano de Dispensa Voluntária) – Art. 477-B da CLT 
Art. 477-B - Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, 
plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja 
quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo 
disposição em contrário estipulada entre as partes. 
🗣Professora Eliane: “A adesão ao plano de demissão voluntária previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo, 
enseja a quitação geral do contrato de trabalho, não podendo o ex-empregado reclamar nenhum direito na justiça do 
trabalho, salvo se for estipulada entre as partes disposição em contrário.” 
 
🗓Termo de quitação anual – Art. 507-B da CLT 
Art. 507-B - É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato 
de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o 
sindicato dos empregados da categoria. 
 
🗣Professora Eliane: “Empregado e empregador poderão na vigência do contrato ou no término firmar termo de quitação 
anual, a quitação tem eficácia liberatória geral, assim todas as parcelas relacionadas no termo não poderão constar de 
uma futura ação trabalhista, nos termos do Art. 507-B da CLT.” 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 9 (NÃO VAI CAIR NA PROVA) 
1-Ana Maria trabalhou na empresa Preço Bom Ltda., por 3 (três) anos. Foi dispensadaimotivadamente em 20.04.2015, 
não tendo cumprido o aviso prévio. O empregador efetuou o depósito das verbas rescisórias na conta salário de Ana 
Maria no dia 29.04.2015, mas a homologação da ruptura contratual só ocorreu no dia 21.05.2015. Diante do caso 
apresentado, responda justificadamente se Ana Maria tem direito à multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, indicando o 
prazo máximo (dia, mês e ano) para a quitação das verbas da rescisão contratual. 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 33 
R: O pagamento das verbas rescisórias foi realizado dentro do prazo de 10 dias, contados do término do contrato, nos 
termos do Art. 477, §6º da CLT. Assim Ana Maria não tem direito a multa, pois não houve atraso no pagamento e de 
acordo com a Lei 13.467/2017 não existe mais a homologação no sindicato ou Ministério do Trabalho. 
 
OBS: A nova Legislação que alterou o Art. 477, §6º da CLT, determina que o pagamento e a entrega dos documentos 
ao empregado sejam feitos em até 10 dias do término do contrato. 
 
Questão Objetiva 
1-Homologar a rescisão nada mais é do que efetuar o pagamento das verbas rescisórias a que o empregado fizer jus, 
nas entidades competentes, que orientarão e esclarecerão as partes sobre o cumprimento da lei. Tendo em vista a 
afirmativa, é correto dizer: 
📌 B) O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, 
deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a 
quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. (Questão prejudicada pela nova Legislação.) 
 
🛑 Prova – AV1 DIREITO DO TRABALHO II – PROF. ELIANE CONDE (29/ABR/2019)🛑 
✅Caso para apresentar no dia da prova: Caso Concreto 2 
 
💣Tópicos da prova 
1 ⃣ Férias - Art. 129 a 145 da CLT 
 
2 ⃣ Estabilidade e garantia de emprego 
➡Gestante 
➡Acidentado 
➡Dirigente sindical mais comuns 
➡Representante da CIPA 
➡Representante dos empregados nas empresas com mais de 200 empregados – Art. 510-D, §3º da CLT 
 
3 ⃣ Aviso prévio – Art. 487 a 491 da CLT 
➡Aviso prévio proporcional 
 
4 ⃣ Término do contrato 
➡Dispensa por justa causa – Art. 482 da CLT 
➡Por acordo entre partes 
➡Por aposentadoria 
➡Culpa recíproca – Art. 484 da CLT e Súmula 14 
➡Rescisão indireta 
 
5 ⃣ Prazo para o pagamento das verbas 
➡Art. 477, 477-A e 477-B da CLT 
 
👆CASO CONCRETO 9 NÃO CAIRÁ NA PROVA 
 
Aula 9 – 27ABR2019 
 
📝Correção da prova: 
1ª Questão – No que diz respeito a férias anuais, reguladas pela Consolidação das Leis do Trabalho, marque a 
alternativa correta: 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 34 
a) Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo, deixar o emprego e não for 
readmitido dentro dos sessentas dias subsequentes à sua saída. 
b) Desde que haja concordância com o empregado, as férias poderão ser usufruídas em quantos períodos forem, 
sendo que um deles não poderá ser inferior a dez dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco 
dias corridos cada um. 
c) A época de concessão de férias será a que melhor consulte os interesses do trabalhador. 
d) Durante as férias o empregado poderá livremente prestar serviços a outros empregadores. 
e) Se as férias forem concedidas após 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o 
direito, o empregador pagará o valor das férias acrescido de 40%. 
 
2ª Questão – Marta era empregada na empresa Surpresa LTDA., exercendo a função de secretária. Após 2 anos 
de serviços prestados, recebeu aviso prévio trabalhado. Durante o período de cumprimento do aviso prévio, a 
respectiva empregada praticou ato de improbidade. 
À luz da legislação e da jurisprudência uniforme do TST, é correto afirmar que: 
 
a) O caso deverá ser levado ao conhecimento da Justiça do Trabalho, que determinará qual será a forma de 
rompimento contratual final. 
b) A empregada não tem direito ao restante do prazo do aviso prévio e ao pagamento das verbas 
rescisórias de natureza indenizatória. 
c) Considerando que o fato aconteceu durante o aviso prévio, o empregador será obrigado a perdoar a falta. 
d) Altera-se a natureza jurídica da ruptura contratual para culpa recíproca, de modo que Marta receberá 50% das 
verbas devidas. 
e) A ocorrência de falta grave não é mais justificativa relevante, porque seu contrato já havia sido rompido. 
 
3ª Questão – Orlando trabalha como motorista de uma empresa de transportes urbanos. Por ocasião do 
carnaval, na quarta-feira de cinzas, após voltar de um bloco conduzindo seu veículo, foi apreendido pela blitz 
da lei seca. Ocorre que, somando essa infração com outras que já possuía, foi decretada a perda de sua 
Carteira Nacional de Habilitação. Diante de tal situação, de acordo com a CLT: 
 
a) Poderá ser decretada a despedida por justa causa de Orlando, desde que haja previsão no contrato de 
trabalho. 
b) Poderá ser decretada a despedida por justa causa de Orlando. 
c) Será decretada a nulidade de contrato de contrato de trabalho de Orlando. 
d) O contrato de trabalho de Orlando será suspenso. 
e) A perda da habilitação não constitui motivo para a dispensa por justa causa. 
 
4ª Questão – A cerca da estabilidade dos membros da CIPA, assinale a alternativa correta. 
 
a) O empregado que tiver registrado a candidatura e tiver sido eleito membro da CIPA durante a vigência 
de contrato de experiência não terá direito a estabilidade. 
b) A extinção do estabelecimento onde o empregado eleito membro da CIPA trabalhe não acarreta a extinção da 
estabilidade, visto que o empregado terá direito ao recebimento de todas as garantias até o final da projeção 
do seu mandato. 
c) Terão direito a estabilidade os membros da CIPA representantes dos empregados e dos empregadores, sejam 
titulares ou suplentes. 
d) Em regra, a estabilidade dos membros da CIPA permanece até o final do mandato, ainda que o empregado 
renuncie ao cargo de membro da CIPA. 
e) Não existe limite para reeleição de empregado como membro da CIPA, de forma que a estabilidade 
permanece até o final do mandato. 
 
5ª Questão – De acordo com a CLT, à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de 
criança ou adolescente será concedida licença maternidade: 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 35 
a) De 180 dias mediante apresentação da Certidão de Nascimento da criança e do termo judicial de guarda à 
adotante ou guardiã, sendo que a adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença 
maternidade apenas para um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. 
b) De 120 dias mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo que a adoção ou 
guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença maternidade aos dois adotantes ou guardiães 
empregado ou empregada. 
c) De 120 dias mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo que a 
adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença maternidade a apenas um dos 
adotantes ou guardiães empregado ou empregada. 
d) Dependendo da idade da criança que poderá variar de 30 a 180 dias, independentemente da apresentação do 
termo judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo a adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a 
concessão de licença maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. 
e) Dependendo da idade da criança que poderá variar de 30 a 180 dias, mediante a apresentação do termo 
judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo a adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de 
licença maternidade aos dois adotantes ou guardiães empregado ou empregada.6ª Questão – Conforme disposto na CLT, não constitui justa causa para ensejar a rescisão do contrato de 
trabalho pelo empregador: 
 
a) Ato de improbidade. 
b) Prática constante de jogos de azar. 
c) Desídia no desempenho das respectivas funções. 
d) Incontinência de conduta ou mau procedimento. 
e) Condenação criminal do empregado, não transitada em julgado. 
 
7ª Questão – (Caso Concreto – Semana 1) 1-Ana Lúcia ingressou na empresa Brasil Serviços Ltda. em 15.04.2009 
na função de auxiliar de serviços gerais. As férias do período 2009/2010 foram usufruídas de 01.03.2011 a 30.03.2011. 
Ocorre que o empregador só efetuou o pagamento destas férias quando do seu retorno ao trabalho em 31.03.2011. 
Além disso, Ana Lúcia recebeu a título de férias o mesmo valor do salário recebido no mês anterior, sem qualquer 
acréscimo. Ana Lúcia procurou o escritório de advocacia para saber se foi regular a atitude da empresa e se tem 
direito a algum valor a título de férias. Qual a orientação você daria para Ana Lúcia? Justifique. 
R: O empregador respeitou o período concessivo da Ana Lúcia, entretanto, o valor a ser recebido seria o de seu salário + 1/3 
FC e, deveria ser pago dois dias antes do primeiro dia de suas férias. Por ter tido este direito violado, Ana Lúcia tem direito ao 
valor de suas férias em dobro. 
 
8ª Questão – As irmãs Rita e Tereza trabalham para o mesmo empregador. Quando Rita engravida, Tereza que 
não pode ter filhos naturais, resolve adotar uma criança. Assim, logo após o nascimento da filha de Rita, Tereza 
adota uma criança de 6 meses de idade. Considerando a situação hipotética e de acordo com as leis vigentes, 
responda: Ria e Tereza gozarão de estabilidade? 
R: Sim, ambas gozam de estabilidade provisória. Rita em decorrência da gravidez, inicia sua estabilidade quando entrega 
na empresa o exame que comprova a sua condição + 120 dias após o nascimento da criança, amparada pela licença 
maternidade. Tereza em razão da adoção, também goza de licença maternidade conforme entendimento sumulado do 
TST. 
 
9ª Questão – O empregador Maurício, imotivadamente, manifestou desejo de romper vínculo empregatício e 
conceder aviso prévio ao seu empregado Ricardo, cuja remuneração é percebida quinzenalmente. Nessa 
situação hipotética, Lauro terá direito a optar pela redução do horário de trabalho em duas horas diárias ou a se 
ausentar do serviço por sete dias corridos, sem prejuízo do salário, durante o cumprimento do aviso prévio? 
R: Ricardo pode optar por reduzir em 2 horas sua carga horária ou faltar sem prejuízo, os último 7 dias do aviso prévio, 
direitos do aviso prévio na dispensa imotivada. 
 
 
 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 36 
Aula 10 – 13MAI2019 
 
Plano de Aula 10 
📆 Prescrição e decadência 
 
📌Prescrição – Art. 7º, XXIX da CRFB c/c Art. 11 da CLT 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo 
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois 
anos após a extinção do contrato de trabalho; 
 
Art. 11 - A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em 
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a 
extinção do contrato de trabalho: 
 
A prescrição é a perda da pretensão. Ela trata de uma punição pela inércia do credor em ajuizar a ação no prazo previsto 
em lei, podendo o juiz arguir de oficio a prescrição. O prazo prescricional nasce da lesão, gerando o direito de ação actio 
nata. 
 
📌Conceito 
🗣 Professora Eliane: “Consiste na perda da exigibilidade da prestação jurisdicional pela inércia do titular do direito não 
ter ajuizado a ação no prazo previsto na lei, assim é uma punição ao credor do direito que não observa o prazo legal.” 
 
⏳ Prazo prescricional 
Existem 2 prazos: 
📍 Prescrição total (ou bienal) – do término do contrato tem 2 anos para ajuizamento da ação trabalhista. 
📍 Prescrição parcial (ou quinquenal) – da data do ajuizamento retroage 5 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
📍 Súmula 308 - I do TST 
I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista 
concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do 
ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do 
contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
 
🗣 Professora Eliane: “A prescrição total inicia do término do contrato, e a prescrição parcial do ajuizamento da ação 
trabalhista, conforme o artigo 11 da CLT e Súmula 308 - I do TST.” 
 
📍 Arguição da prescrição – momento 
Súmula nº 153 do TST 
PRESCRIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Não se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária (ex-Prejulgado nº 27). 
 
📍 Fase ordinária do processo 
É quando depois de ajuizada a ação o réu não arguiu a prescrição na defesa, ele pode arguir a qualquer tempo até que 
tenha sentença do TST. 
😁 Admissão 
12/MAR/2009 
😔 Dispensa 
10/MAR/2017 
⚖ Ajuizamento da ação 
10/MAR/2019 
Volta 5 anos – 10/MAR/2014 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
📌Reclamação Trabalhista 
Reclamado X Reclamante 
 
 
 
 
 
 
 
🗣 Professora Eliane: “A prescrição pode ser arguida até a fase ordinária do processo, entendendo-se como fase 
ordinária até as razões de recurso interposto pelo reclamado (a) da decisão proferida pelo juiz de primeira instância. 
Desta forma, não se admite a arguição da prescrição pela primeira vez em recurso interposto para o TST.” 
 
📍 Ao TST não cabe mais provas, somente matéria de direito. 
 
📌Interrupção do prazo prescricional – Art. 240, §1º do CPC e Art. 841 da CLT 
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que 
proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. 
 
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, 
notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a 
primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
 
🗣 Professora Eliane: “Com o ajuizamento da reclamação trabalhista, o prazo prescricional ficará interrompido, mas se 
o reclamante não comparecer à audiência cessa o motivo da interrupção do prazo prescricional, tendo o reclamante mais 
2 anos para ajuizar uma nova reclamação trabalhista, mas somente em relação aos pedidos idênticos da ação que foi 
arquivada, conforme o artigo 11, §3º da CLT e Súmula 268 do TST.” 
 
§ 3º - A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação 
trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem 
resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. 
 
Súmula nº 268 do TST 
PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova redação) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos 
pedidos idênticos. 
 
📍 Interrupção = dar stop (⏹) no filme – você para e quando volta, o filme do inicia novamente. 
📍 Suspensão = dar pause (⏸) no filme – você para e depois retorna exatamente de onde parou 
 
JUIZ 
TRT 
TST 
1-Decisão: houve decisão favorável ao reclamante. 
 
2-Contestação da prescrição. (Neste momento o reclamado pode arguir no recurso a 
prescrição.) 
 
 
 
Fernanda Barcellos– UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando interrompe o prazo e o reclamante não comparece, ele ganha mais 2 anos somente aos pedidos idênticos aos 
já ajuizados. Os pedidos além dos ajuizados anteriores, serão considerados prescritos. 
 
 
🖐🏻 Art. 844, §2º da CLT – o reclamante será condenado se não comparecer à audiência. 
§ 2º - Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das 
custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da 
justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu 
por motivo legalmente justificável. 
 
🖐🏻 Art. 844, §3º da CLT – o reclamante só poderá ajuizar ação novamente se comprovar o pagamento das custas 
condenadas anteriormente. 
§ 3º - O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de 
nova demanda. 
 
👉🏻Cabe agravo de instrumento na Justiça do Trabalho? 
Sim, mas para destrancamento, diferente do Processo Civil – Questão levantada pela Isabel. 
 
👉🏻O que é Agravo de Instrumento? 
Trata-se de um recurso. É a última decisão do juiz que não agradou uma das partes, de modo que esta parte quer um 
resultado diferente e por isso recorre pedindo reforma da decisão. O agravo de instrumento é um tipo de recurso que 
visa obter a reforma de decisões que são chamadas de “decisões interlocutórias, sendo estas, decisões que não dão 
fim ao processo, mas que decidem questões pontuais ao logo do processo. Veja o exemplo abaixo: 
 
👨🏻Fausto Silva, desempregado, ingressa com uma ação em face da LIGTH devido erros na sua conta de luz. Diante 
da falta de recursos, o advogado solicita o benefício da gratuidade de justiça. 
👨🏽‍⚖O juiz nega o seu pedido. 
📑O advogado do Fausto Silva utiliza o AGRAVO DE INSTRUMENTO para o TJRJ pedindo que seja alterada a decisão 
na qual lhe foi negado o pedido de justiça gratuita, pedindo que seja proferida nova decisão que conceda ao Fausto o 
benefício solicitado. 
 
📌Ajuizamento do protesto – OJ 392 da SBDI 1 do TST 
OJ-SDI1-392 PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO DE PROTESTO 
JUDICIAL. MARCO INICIAL (republicada em razão de erro material) - Res. 209/2016, 
DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 
O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força do art. 769 da 
CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da ação, por si só, interrompe o prazo 
prescricional, em razão da inaplicabilidade do § 2º do art. 240 do CPC de 2015 (§ 2º do 
art. 219 do CPC de 1973), incompatível com o disposto no art. 841 da CLT. 
🖐🏻Aplica-se subsidiariamente o CPC sempre que a CLT for omissa. 
Ajuizamento da 
Reclamação 
Trabalhista: 
10/FEV/2019 
Distribuição RT 
para 5ª VT/RJ 
5ª VT/RJ 
Exp. Notificação 
para as partes 
informando a 
data da 
audiência. 
 
Audiencia: 
13/MAI/2019 as 
8h 
 
Audiência 
ACIJ 
UNA 
 
13/MAI/2019 
8H 
 
 
👷 
👩🏾‍💼 
RECLAMANTE 
RECLAMADO 
FALTOU 
PROCESSO 
ARQUIVADO 
 
 
Extinção sem 
resolução do 
mérito. 
1 2 3 
 
4 
 
5 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 39 
 
🗣 Professora Eliane: “Com o ajuizamento do protesto, o prazo prescricional fica interrompido, pois não se aplica ao 
processo do trabalho o §2º o Art. 240 do CPC que prescreve que incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 dias, as 
providencias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o §1º do referido artigo que prescreve que a interrupção 
da prescrição retroage a data da propositura da ação, pois no processo do trabalho a citação corre de forma automática, 
visto que o juiz do trabalho não despacha, determinando a citação, conforme o art. 841 da CLT.” 
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para 
viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º. 
 
📌Regras especiais 
✍🏻Anotação na CTPS 
Trata de casos de empregados que trabalharam em empresas que não fizeram anotação na carteira e não recolheram 
o INSS do tempo trabalhado. 
O empregado pode ajuizar uma ação declaratória, a fim de que o INSS reconheça este tempo. Ação declaratória, não 
tem prazo prescricional para reconhecimento do vínculo. 
O empregado ajuíza ação em face da empresa onde trabalhou e não teve anotação na carteira e no polo passivo o INSS 
para que na mesma ação haja a declaração de vínculo e o INSS reconheça o tempo trabalhado para aposentadoria. 
 
🖐🏻Processo Administrativo – Art. 39 da CLT 
Art. 39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sabre a não 
existência de relação de emprego ou sendo impossível verificar essa condição pelos 
meios administrativos, será o processo encaminhado à Justiça do Trabalho ficando, nesse 
caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado. 
 
👉🏻A jurisdição é inerte, só se movimenta se for provocada. 
 
🗣 Professora Eliane: “Conforme o art. 11, §1º da CLT o prazo prescricional para a propositura da reclamação trabalhista 
não é aplicado quando a ação for de reconhecimento de vínculo de emprego e tenha por objeto as anotações na CTPS 
do trabalhador para fins de prova junto ao INSS.” 
 
👧🏻Menor – Art. 440 da CLT 
Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de 
prescrição. 
 
👍🏻O menor pode trabalhar na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. 
👍🏻Com 16 anos ele pode trabalhar desde que não seja em condição insalubre e perigosa. 
O menor que quiser ajuizar uma ação, deve ser representado por seu responsável. 
Mas o prazo prescricional só começa a contar quando este menor completar 18 anos. 
 
👉🏻Art. 439 da CLT 
Art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, 
de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem 
assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da 
indenização que lhe for devida. 
 
 
👉🏻Art. 5, p.u., V do CC 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada 
à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia 
própria. 
 
Mesmo o menor emancipado, não inicia a contagem da prescrição. O prazo só vai começar a partir dos 18 anos. 
Mas emancipado ele mesmo pode ajuizar a ação. 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 40 
Tendo o emancipado o benefício de ter maior tempo para ajuizar, já que mesmo emancipado, sua contagem só vai iniciar 
aos 18 anos. 
 
🗣 Professora Eliane: “O prazo prescricional do art. 11 da CLT só começa a contar em relação ao menor a partir dos 18 
anos, conforme o artigo 440 da CLT, mas o menor pode receber os salários sem estar representado por seu 
representante legal, mas no ato da rescisão contratual (quitação) deverá estar representado, conforme o art. 439 da CLT. 
Para a contagem do início do prazo prescricional não se aplica a regra do art. 5º, p.u., V do CC que trata da emancipação, 
pois mesmo o menor com 16 anos completos, possuindo economia própria e relação de emprego, a contagem só começa 
a fluir a partir da maioridade.” 
 
🏖Férias – Art. 149 da CLT 
Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da 
respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for 
o caso, da cessação do contrato de trabalho. 
 
🗣 Professora Eliane: “Na hipótese das férias o início do prazo prescricional é do término doperíodo concessivo ou do 
término do contrato.” 
 
💰FGTS 
Era o único direito trabalhista que tinha prescrição trintenária (30 anos), está previsto na Lei do FGTS, Art. 25. Mas em 
2014, o STF entendeu por inconstitucional este artigo. Seguindo a mesma regra dos demais direitos trabalhistas, ou seja, 
os últimos 5 anos. 
 
🗣 Professora Eliane: “O prazo para reclamar a ausência de depósitos do FGTS é de 5 anos, desde que respeitado o 
biênio para o ajuizamento da ação, pois foi declarada a inconstitucionalidade a prescrição trintenária prevista no art. 25 
da Lei 8.036/90, conforme a Súmula 362 o TST.” 
 
Art. 25. Poderá o próprio trabalhador, seus dependentes e sucessores, ou ainda o 
Sindicato a que estiver vinculado, acionar diretamente a empresa por intermédio da 
Justiça do Trabalho, para compeli-la a efetuar o depósito das importâncias devidas nos 
termos desta lei. 
 
Súmula nº 362 do TST 
FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro 
material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015 
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal 
a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o 
FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; 
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-
se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, 
ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF). 
 
Aula 11 – 20MAI2019 
 
Continuação 
Plano de Aula 10 
📆 Prescrição e decadência 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 10 
1-Manuela foi contratada pela empresa TDB Informática Ltda., em 13/10/2011 na função de analista de sistemas e foi 
dispensada sem justa causa em 15/06/2013, com aviso prévio indenizado. Ajuizou ação trabalhista em 10/07/2015 
postulando o pagamento de horas extras de todo período trabalhado e seus reflexos sobre o repouso semanal 
remunerado, férias integrais e proporcionais + 1/3, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS + 40% e 
aviso prévio. No entanto, no dia da audiência realizada em 19/11/2015, Manuela não compareceu e a ação trabalhista 
foi arquivada, com a extinção do processo sem resolução do mérito. Ajuizou nova ação trabalhista em 17.06.2016 
postulando além as horas extras o adicional noturno de todo período trabalhado e os respectivos reflexos nas verbas 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 41 
contratuais e rescisórias. Em sua contestação, a empresa TDB Informática arguiu a prescrição total, requerendo a 
extinção do processo com resolução do mérito. Considerando essa situação hipotética, esclareça, de forma 
fundamentada, se há prescrição total no presente caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
R: Não ocorreu a prescrição total pois o ajuizamento da ação interrompe o prazo prescricional, mas como Manuela não 
compareceu à audiência marcada, o processo foi arquivado e conforme o art. 11, p3º da CLT e a Súmula 268 do TST a 
ação arquivada interrompe a prescrição, somente em relação aos pedidos idênticos, assim somente o adicional noturno, 
pleiteado na nova ação está prescrito. 
 
Questão Objetiva 
1-(Ano: 2016 - Banca - FCC Órgão: TRT - 1ª REGIÃO) Prova de Juiz do Trabalho Substituto). O cirurgião-dentista A 
admitiu em seu consultório a atendente X, em 20/10/2002, anotando regularmente sua CTPS. O contrato de trabalho 
desenvolveu-se normalmente até 2004, quando, após sucessivas investidas do empregador, a atendente aceitou dar 
início a um relacionamento amoroso entre eles, o qual culminou com o divórcio do empregador em 2005 e a celebração 
de uma escritura pública de união estável entre ele e a atendente, não obstante continuassem a executar normalmente 
o contrato de trabalho. Rompendo a união estável, também por escritura pública, em 10/03/2008, a relação de emprego 
ainda assim prosseguiu, sem qualquer alteração, até 15/02/2010, quando o empregador dispensou imotivadamente a 
trabalhadora. Promovendo a trabalhadora reclamação trabalhista em face do cirurgião-dentista, em 20/01/2012, 
pretendia receber horas extras, por todo o período, e diferenças salariais desde 2005, considerando que desde então 
até 2009 o empregador não lhe havia concedido qualquer reajuste salarial. Tudo considerado, conclusos os autos, o juiz 
decidiu acertadamente que, no caso: 
📌 B) estariam prescritos todos os títulos anteriores a 20/01/2007, caso arguida a prescrição a qualquer tempo no 
processo. 
 
OBS.: com base no art. 193 do CC e observando a Súmula 153 do TST 
🗣 Professora Eliane: “O prazo decadencial extingue o direito pois trata-se de direito potestativo, absoluto da parte, 
assim nas ações declaratórias e constitutivas o prazo é decadencial e nas ações condenatórias o prazo é prescricional. 
Ex1.: Art. 853 da CLT e Súmula 403 do STF (Prazo de 30 dias após o afastamento do empregado para o ajuizamento 
da ação de inquérito.) 
Ex2.: Prazo de 2 anos para ação rescisória, art. 836 da CLT e 495 do CPC – rescindir uma sentença que contém um 
vício ou acordo homologado com todos os funcionários com o objetivo de enganar o judiciário para uma quitação geral. 
Ex3.: mandado de segurança 
Ex4.: ação de inquérito” 
 
Plano de Aula 11 
🚺🚼Trabalho da Mulher e Trabalho do Menor 
 
🚼Trabalho do Menor – contrato de aprendizagem – Art. 7º, XXXIII da CRFB 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de 
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir 
de quatorze anos; 
Inicia com 14 anos na condição de aprendiz; 
CONTRATAÇÃO 
13/10/2011 
DIPENSA C/ AVISO 
15/06/2013 
AJUÍZOU AÇÃO 
10/07/2015 
15/06 + 30 dias 
de aviso + 3 dias 
referentes a 1 
ano = fim do 
contrato em: 
18/07/2013 
AUDIÊNCIA 
19/11/2015 
FALTOU 
 
 
+ 2 ANOS 
AJUÍZOU NOVA AÇÃO COM 
NOVOS PEDIDOOS 
17/06/2016 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 42 
A partir de 16 anos pode ser contratado para outras atividades, salvo na condição de atividades insalubres, perigosas e 
depois das 22h; 
Ex.: Mc Donald’s que contrata a partir dos 16 anos para atendente de lanchonete. 
 
📕Empregado Doméstico – Art. 1ª, p.u. da LC 150/2015 
Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para 
desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 
2008. 
 
Só é permitida a contratação de empregados domésticos a partir dos 18 anos. 
 
📌Características do contrato de aprendizagem – Art. 428 da CLT 
Art. 428 - Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito 
e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 
14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem 
formação técnico profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, 
moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias 
a essa formação. 
O programa de aprendizagem tem finalidade social, para que o menor inicie um ofício. 
 
🖐🏻Características 
✔Contrato deve ser escrito; 
✔Anotado na CTPS; 
✔Prazo determinado – máximo de 2 anos (♿salvo para o deficiente – sem limite de prazo); 
✔Menor entre 14 e 24 anos (♿salvo para o deficiente – sem limite de idade); 
✔Deve ter frequência escolar (Ensino fundamental ou ensino médio) e matrícula em curso técnico profissionalizante 
financiado pelo empregador; 
✔Salário calculado pelo número de horas trabalhadas; 
✔FGTS – 2% - Art. 15, §7º da Lei 8.036/90 
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadoresficam obrigados a 
depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância 
correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a 
cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 
da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, 
com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. 
§ 7o Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo 
reduzida para dois por cento. 
 
📌Jornada de trabalho – 432 da CLT 
Art. 432 - A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo 
vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. 
A carga horária máxima é de 6 horas por dia ao jovem aprendiz. 
Ao jovem que já tenha completado o ensino fundamental poderá ter duração de 8 horas, considerando a parte teórica e 
a parte prática. 
 
📌Término do contrato – Art. 433 da CLT 
Art. 433 - O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz 
completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta 
Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: 
Incisos de I ao IV: 
✅Desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; 
✅Falta disciplinar grave; 
✅Ausência injustificada à escola que implique a perda do ano letivo; 
✅A pedido do aprendiz. 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 43 
🗣 Professora Eliane: “O fim do contrato pode ser no prazo ajustado, pelo limite da idade (ao completar 24 anos), 
salvo na hipótese do deficiente, e de forma antecipada por desempenho insuficiente, cometimento de falta grave (justa 
causa), reprovação na escola ou a seu pedido nas hipóteses dos incisos do Art. 433 da CLT” 
 
🤔Termo = contrato. 
 
🚺Trabalho da Mulher 
Tem por objetivo proteção a maternidade. 
 
📌Descanso Dominical – Art. 386 da CLT 
Art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento 
quinzenal, que favoreça o repouso dominical. 
 
📌Trabalhadoras do Comércio – Art. 6º da Lei 10.101/2000 
Art. 6o Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em 
geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da 
Constituição. (Redação dada pela Lei nº 11.603, de 2007) 
Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez 
no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de 
proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva. (Redação 
dada pela Lei nº 11.603, de 2007) 
 
 
📌Descriminação no contrato de trabalho – Art. 373-A da CLT 
Art. 373-A - Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que 
afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas 
nos acordos trabalhistas, é vedado: 
I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, 
à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e 
notoriamente, assim o exigir; 
II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, 
idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade 
seja notória e publicamente incompatível; 
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para 
fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; 
IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou 
gravidez, na admissão ou permanência no emprego; 
V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou 
aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação 
familiar ou estado de gravidez; 
VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou 
funcionárias. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias 
que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em 
particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, 
o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. 
 
📌Descanso intrajornada – Art. 382 e 383 da CLT 
Art. 382 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, haverá um intervalo de 11 (onze) horas 
consecutivas, no mínimo, destinado ao repouso. 
Art. 383 - Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada um período para 
refeição e repouso não inferior a 1 (uma) hora nem superior a 2 (duas) horas salvo a 
hipótese prevista no art. 71, § 3º. 
 
📌Atividade insalubre – Art. 192 da CLT 
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância 
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional 
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) 
do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 
 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 44 
GRAU MÁXIMO 40% 
SOBRE O VALOR DO SALÁRIO 
MÍNIMO DA REGIÃO. 
GRAU MÉDIO 20% 
GRAU MÍNIMO 10% 
 
 
📌Atividade insalubre para Gestante – Art. 394-A da CLT 
Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso 
resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. 
Art. 394-A - A empregada gestante será afastada, enquanto durar a gestação, de 
quaisquer atividades, operações ou locais insalubres e exercerá suas atividades em local 
salubre, excluído, nesse caso, o pagamento de adicional de insalubridade. 
 
GRAU MÁXIMO Suspende a atividade insalubre* 
GRAU MÉDIO/ MÍNIMO Apresentação de atestado médico** 
 
*A empregada pode realizar outra atividade em outro setor que não seja insalubre, sem prejuízo na remuneração. 
** No atestado médico deve constar o aconselhamento de se afastar das atividades insalubres. 
 
§ 3º - A empregada lactante será afastada de atividades e operações consideradas 
insalubres em qualquer grau quando apresentar atestado de saúde emitido por médico de 
sua confiança, do sistema privado ou público de saúde, que recomende o afastamento 
durante a lactação. 
Reconhece como licença maternidade desde o primeiro dia do afastamento 
 
🗣 Professora Eliane: “Durante a gravidez, na hipótese da atividade insalubre, tendo recebido o adicional no grau 
máximo, a mulher será afastada das suas funções e transferida para outro local de trabalho ou atividade salubre, sem 
prejuízo da sua remuneração. 
O recebimento do adicional no grau médio ou mínimo, para o afastamento da função a mulher deverá apresentar atestado 
médico, emitido por médico da sua confiança que entenda pelo afastamento necessário, a mesma hipótese quando a 
mulher estiver amamentando, independentemente do grau do adicional de insalubridade, conforme o art. 394-A da CLT” 
 
📌Aborto não criminoso – Art. 395 da CLT 
Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a 
mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o 
direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. 
 
🗣 Professora Eliane: “Na hipótese de aborto não criminoso, a mulher tem direito a duas semanas de descanso, sem 
prejuízo da sua remuneração, art. 395 da CLT.” 
 
📌Período de amamentação – Art. 396 da CLT 
Art. 396 - Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este 
complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 
2 (dois) descansos especiais de meia hora cada um. 
§ 2º - Os horários dos descansos previstosno caput deste artigo deverão ser definidos em 
acordo individual entre a mulher e o 
empregador. 
🗣 Professora Eliane: “Durante o período da amamentação até que o filho complete 6 meses de idade, a mulher terá 
direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos de 30 min cada um, definidos em acordo individual entre a mulher 
e o empregador, nos termos do art. 396 e §2º da CLT” 
 
Aula 12 – 27MAI2019 
 
Plano de Aula 12 
🆘Segurança e Medicina do Trabalho 
Art. 7º, XXII e XXIII da CRFB 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 45 
 XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na 
forma da lei; 
 
 
 
 
📌Atividades insalubres e perigosas – Art. 189 da CLT 
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua 
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes 
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da 
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 
 
🚫Condições Insalubres – risco de doença 
🚫Condições Perigosas – risco a integridade física 
 
📌Adicional de insalubridade – Art. 192 da CLT 
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância 
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional 
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) 
do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 
 
GRAU MÁXIMO 40% SOBRE O VALOR DO 
SALÁRIO MÍNIMO DA 
REGIÃO.* 
GRAU MÉDIO 20% 
GRAU MÍNIMO 10% 
 
*Art. 611, XII da CLT 
XII - enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais 
insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença prévia 
das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na 
integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou 
em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; 
 
🗣 Professora Eliane: “O trabalhador receberá o adicional de insalubridade na forma do artigo 192 da CLT, visto que 
tem contato com agentes nocivos a sua saúde (químico, físico ou biológico) regulamentados pela Portaria 3.214/ 78-
NR15. 
✳O simples fato de o empregador fornecer o EPI não o exime de pagar o adicional, conforme as Súmulas 289 e 80 do 
TST. 
✳Observar também as Súmulas 47 e 448 do STS.” 
 
📌Aparelhos de proteção – Súmula 289 do TST 
Súmula nº 289 do TST 
INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. 
EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do 
pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à 
diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do 
equipamento pelo empregado. 
 
✳Súmula 80 do TST 
Súmula nº 80 do TST 
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados 
pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. 
 
📌Substâncias perigosas – Súmula 448 do TST 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 46 
Súmula nº 448 do TST 
ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA 
REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 
3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial 
nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 
21, 22 e 23.05.2014. 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o 
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da 
atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. 
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande 
circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e 
escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo 
o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e 
industrialização de lixo urbano. 
 
A relação de substâncias perigosas é encontrada no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78, conforme 
supracitado. 
 
✳Súmula 47 do TST 
Súmula nº 47 do TST 
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só 
por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. 
 
🖐🏻Histórico dos alterações acerca do adicional de insalubridade: 
❇A Súmula 17 do TST foi cancelada – editada a Súmula Vinculante 4 em 2008: 
Súmula nº 17 do TST 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (cancelada na sessão do Tribunal Pleno realizada 
em 26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 
10.07.2008 
O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção coletiva 
ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este calculado. 
 
Súmula Vinculante 4 
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como 
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
 
❇Súmula 228 do TST foi modificada – ainda em 2008 esta súmula foi suspensa. 
Súmula nº 228 do TST 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (redação alterada na sessão 
do Tribunal Pleno em 26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada 
DJ 08, 09 e 10.07.2008. SÚMULA CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO 
LIMINAR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 
25, 26 e 27.09.2012 
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo 
Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo 
critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. 
 
 
Histórico: 
Súmula alterada - (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 88 e 196 da SBDI-
1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de 
admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, 
em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. (ex-OJ 
nº 196 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
Nova redação - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Nº 228 Adicional de insalubridade. Base de cálculo 
O percentual do adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo de que cogita o 
art. 76 da CLT, salvo as hipóteses previstas na Súmula nº 17. 
Redação original - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 e 24, 25 e 26.09.1985 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 47 
Nº 228 Adicional de Insalubridade. Base de cálculo 
O percentual do adicional de insalubridade incide sobre o salário-mínimo de que cogita o 
art. 76 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
📌Classificação da insalubridade e periculosidade – Art. 195 da CLT 
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, 
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de 
Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. 
 
📌Início do recebimento do adicional – Art. 196 da CLT 
Art. 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade 
ou periculosidade serãodevidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos 
quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11. 
 
📌Diminuição de carga horária – Art. 611-A, §3º e XII da CLT 
§ 3º - Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva 
ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra 
dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. 
 
XII - enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais 
insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença prévia 
das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na 
integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou 
em normas regulamentadoras do 
Ministério do Trabalho; 
 
🗣 Professora Eliane: “A partir da nova legislação trabalhista, Lei 13.467/2017, conforme o Art. 611-A da CLT, a 
convenção coletiva e a acordo coletivo de trabalho tem prevalência sobre a lei, conforme o inciso XII, em relação ao 
enquadramento do grau do adicional de insalubridade, mas desde que seja mais benéfico do que o previsto no artigo 
192 da CLT.” 
 
Para empregados que tem jornada ininterrupta, deve trabalhar 6 horas por dia. No caso de jornada de 8 horas, o 
empregado deverá receber a mais por isso. 
 
📌Equipamento de Proteção Individual – Art. 191 da CLT 
Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: 
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de 
tolerância; 
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam 
a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. 
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a 
insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou 
neutralização, na forma deste artigo. 
 
📌Adicional de periculosidade – Art. 193 da CLT 
Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da 
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua 
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição 
permanente do trabalhador a: 
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança 
pessoal ou patrimonial. 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional 
de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, 
prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
§ 4º - São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. 
 
🗣 Professora Eliane: “O adicional de periculosidade é 30% calculado sobre o salário, sem os acréscimos resultantes 
das gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa, art. 193, §1º da CLT. 
Será devido quando o empregado trabalhar com inflamáveis, explosivos, segurança, eletricidade e em motocicleta, 
conforme o art. 193, I, II e §4º da CLT.” 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 48 
 
✳Periculosidade sobre tempo de sobreaviso – Art. 244, §§2º 3º da CLT 
Art. 244 - As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso 
e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros 
empregados que faltem à escala organizada. 
§ 2º - Considera-se de “sobreaviso” o empregado efetivo, que permanecer em sua própria 
casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de 
“sobreaviso” será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de “sobreaviso”, para 
todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal. 
§ 3º - Considera-se de “prontidão” o empregado que ficar nas dependências da estrada, 
aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de 
prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-
hora normal. 
No tempo em que o funcionário está de sobreaviso não lhe é devido o adicional, uma vez que ele não está exposto ao 
perigo. 
 
✳Art. 193, §2º da CLT 
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja 
devido. 
🗣 Professora Eliane: “Se a atividade for insalubre e perigosa o empregado poderá optar pelo adicional mais 
vantajoso, visto que, não se acumulam.” 
 
✳Observar as Súmulas 39, 364, 447 e 132, II do TST. 
👆🏻 Súmula 39 do TST 
Súmula nº 39 do TST 
PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de 
periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). 
 
👆🏻 Súmula 364 do TST 
Súmula nº 364 do TST 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E 
INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 
03.06.2016 
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou 
que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o 
contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, 
dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 
14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) 
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional 
de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo 
de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do 
trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, 
da CLT). 
 
👆🏻 Súmula 447 do TST 
Súmula nº 447 do TST 
SÚMULA Nº 447 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO 
DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Res. 193/2013, DEJT 
divulgado em 13, 16 e 17.12.2013 
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no 
momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao 
adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da 
NR 16 do MTE. 
👆🏻 Súmula 132, II do TST 
Súmula nº 132 do TST 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (incorporadas as Orientações 
Jurisprudenciais nºs 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de 
indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 
11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 49 
II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, 
razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as 
mencionadas horas. (ex-OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 11 
1-Cristina Maria foi dispensada por justa causa, sob a alegação de prática de ato de indisciplina e insubordinação, por 
ter se recusado a despir-se diante de sua superiora hierárquica. Tal fato ocorreu porque a empresa resolver submeter 
todos os empregados, inclusive mulheres, à revista íntima. A empresa alegou que os empregados estariam desviando 
mercadorias e por isso a adoção da revista íntima seria medida eficaz para a preservação e continuidade de suas 
atividades. Cristina Maria nada recebeu na extinção do contrato de trabalho e pretende propor ação trabalhista para 
defender seus interesses. Diante da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado contratado por Cristina 
Maria indique a fundamentação jurídica que deverá ser adotada para a defesa dos interessesde sua cliente, 
discriminando as verbas rescisórias que devem ser postuladas. 
R: A revista íntima é proibida, conforme o art. 373-A, VI da CLT que não pode ser realizada nas empregadas e 
empregados, pois visa proteger o trabalhador os abusos do empregador. 
Assim, Cristina poderá requerer que a dispensa motivada seja imotivada na ação judicial ou na ação trabalhista, com o 
pagamento de todos os direitos. 
 
Questão Objetiva 
1-Sobre o contrato de aprendizagem, assinale a alternativa INCORRETA: 
📌 A) não necessita ser escrito, podendo ser tácito. 
 
📚📝Correção – Caso Concreto Semana 12 
1-Se um empregado de um condomínio residencial, utilizando luvas, coloca diariamente o saco de lixo, já lacrado, na 
calçada, no horário predeterminado para coleta, passa a ter direito ao adicional de insalubridade? Justifique a resposta. 
R: Não, pois conforme o entendimento do TST, Sumula 448, II, o empregado não tem direito ao adicional, já que utilizava 
luvas e diariamente colocava o saco de lixo já lacrado na calçada, tratando-se de lixo residencial. 
 
Questão objetiva 
1-No que se refere ao adicional de periculosidade e ao adicional de insalubridade, assinale a opção correta: 
📌 D) O caráter intermitente do trabalho executado em condições insalubres não afasta o direito de recebimento do 
respectivo adicional. (Súmula 47 do TST) 
 
Plano de Aula 13 
��� � � Direito Coletivo do Trabalho 
 
Segmento do Direito do Trabalho que não cuida das pessoas nominadas e sim da categoria, classe, a saber: 
▶ Órgão que compõe sindicatos 
▶ Sistema do custeio dos Sindicatos 
 
🗣 Professora Eliane: “O direito coletivo é o segmento do direito do trabalho que cuida da organização sindical, das 
normas coletivas (ACT e CCT), da negociação coletiva e do direito de greve.” 
 
📌Princípios do direito coletivo 
📍Princípio da liberdade sindical – Art. 8º, I e II da CRFB 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado 
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção 
na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, 
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será 
definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à 
área de um Município; 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 50 
A partir da CRFB/1988, Art.8º, I, o Estado não pode mais interferir na criação e administração dos sindicatos, bastando 
apenas que o registro da criação seja feito no Ministério do Trabalho e Emprego, para que seja observada a base 
territorial de atuação do sindicato e a unicidade sindical, que estão previstos no inciso II do Art. 8º da CRFB. 
 
📍Princípio da unicidade sindical 
Informa que dentro de uma base territorial não pode existir, em qualquer grau representativo de categoria profissional 
ou econômica mais de um sindicato. 
 
📌Sistema confederativo 
✅Confederação – mínimo de 3 estados - Art. 535 da CLT 
Art. 535 - As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terão 
sede na Capital da República. 
 
✅Federação – mínimo 5 municípios (Base estadual) Art. 534 da CLT 
Art. 534 - É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde 
que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, 
similares ou conexas, organizarem-se em federação. 
 
✅Sindicato – base territorial 1 por município 
 
 
📍Princípio do paralelismo sindical – previsto também no art. 8º, II da CRFB 
🗣 Professora Eliane: “Já que nosso sistema confederativo é formado de categoria profissional e categoria econômica, 
respectivamente trabalhadores e empregadores.” 
 
 
 
 
 
 
🗣 Professora Eliane: “As categorias estão previstas no art. 511, §1º da CLT, §2º (categoria profissional) e §3º 
categoria diferenciada que é formada por pessoas que exercem a mesma profissão. 
Exemplo de categoria diferenciada: vigilante. Mesmo que este vigilante preste serviço dentro de uma agência bancária, 
não será considerado bancário, por ser categoria diferenciada, portanto, não tem direito a jornada de trabalho de 6 
horas prevista no artigo 224 da CLT. (Súmula 257 do TST)” 
 
✳Sumula 369 - III do TST 
Súmula nº 369 do TST 
 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na 
sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado 
em 25, 26 e 27.09.2012 
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a 
comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do 
prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer 
meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. 
 II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, 
assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e 
igual número de suplentes. 
 III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de 
estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do 
sindicato para o qual foi eleito dirigente. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, 
não há razão para subsistir a estabilidade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período 
de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que 
inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
 
TRABALHADORES 
EMPREGADORES 
Profissional 
Econômica 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 51 
Aula 13 - 03JUN2019 
 
Continuação. 
Plano de Aula 13 
��� � � Direito Coletivo do Trabalho 
 
📍Princípio da prevalência do negociado sobre o legislado – Art. 611-A da CLT 
Art. 611-A - A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos 
III e VI do caput do art. 8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre 
outros, dispuserem sobre: 
§ 1º - No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do 
Trabalho observará o disposto no § 3º do art. 8º desta Consolidação. 
 
A partir da Lei 13.467/2017, o Art. 611-A estabelece que o negociado através da criação de acordos coletivos e 
convenções coletivas de trabalho prevalecerão sobre a lei nas hipóteses estabelecidas nos incisos do referido artigo, 
mas sempre de maneira mais benéfica. 
 
📌Receitas dos Sindicatos 
💰Contribuição Confederativa – Art. 8º, IV da CRFB 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, 
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação 
sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; 
A finalidade é manter o sistema confederativo, mas só é obrigatória para os associados, segundo o entendimento do 
STF na Súmula 666. 
Súmula 666 
A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos 
filiados ao sindicato respectivo. 
 
💰Taxa assistencial – Art. 545 da CLT 
Art. 545 - Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dos seus 
empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao 
sindicato, quando por este notificados. 
A taxa assistencial é prevista quando são criados os instrumentos normativos (ACT e CCT) estando prevista no Art. 545 
da CLT, que teve sua redação alterada pela MP 873 de 1ª de Março de 2019, devendo ser autorizado o desconto de 
forma expressa – OJ-17 da SDC. 
“Art. 545 . As contribuições facultativas ou as mensalidadesdevidas ao sindicato, 
previstas no estatuto da entidade ou em norma coletiva, independentemente de sua 
nomenclatura, serão recolhidas, cobradas e pagas na forma do disposto nos art. 578 e art. 
579.” (NR) 
 
OJ-17 da Seção de Dissídios Coletivos 
17. CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS. INCONSTITUCIONALIDADE DE 
SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS. (mantida) - DEJT divulgado em 25.08.2014 
As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a 
qualquer título, obrigando trabalhadores não sindicalizados, são ofensivas ao direito de 
livre associação e sindicalização, constitucionalmente assegurado, e, portanto, nulas, 
sendo passíveis de devolução, por via própria, os respectivos valores eventualmente 
descontados. 
 
 
💰Mensalidade – Art. 513, e da CLT 
Art. 513 - São prerrogativas dos sindicatos : 
e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou 
profissionais ou das profissões liberais representadas. 
Prevista no Estatuto do Sindicato e só obriga ao pagamento aqueles que são filiados. 
 
💰Imposto Sindical – Art. 582 da CLT 
Art. 582 - Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus 
empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dos 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 52 
empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos respectivos 
sindicatos. 
Com a nova legislação passou a ser facultativo, previsto no Art. 582 da CLT, corresponde a 1 dia de salário do trabalhador 
no mês de março, sendo o desconto autorizado previa e expressamente, devendo o pagamento ser feito com boleto 
bancário para aqueles que autorizarem conforme o texto novo do Art. 582 dado pela MP 873 de Março de 2019. 
 
“Art. 582 . A contribuição dos empregados que autorizarem, prévia e expressamente, o 
recolhimento da contribuição sindical será feita exclusivamente por meio de boleto 
bancário ou equivalente eletrônico, que será encaminhado obrigatoriamente à residência 
do empregado ou, na hipótese de impossibilidade de recebimento, à sede da empresa. 
 
📌Definição de ACT e CCT – Art. 611 e §1º da CLT 
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois 
ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam 
condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações 
individuais de trabalho. 
§ 1º - É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar 
Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, 
que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes 
respectivas relações de trabalho. 
A definição da CCT e do ACT estão no Art. 611 e §1º da CLT. A CCT é firmada entre os sindicatos da categoria 
profissional e econômica, já o ACT tem como sujeitos uma ou mais empresas e o sindicato da categoria profissional. 
O prazo máximo de vigência destes instrumentos normativos é de 2 ano, senso vedada a ultratividade da norma, 
conforme o Art. 614, §3º da CLT, ficando prejudicada a Súmula 277 do TST. 
 
✳ Art. 614, §3º da CLT 
§ 3º - Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de 
trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade. 
 
✳ Súmula 277 do TST 
Súmula nº 277 do TST 
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. 
EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno 
realizada em 14.09.2012) - SÚMULA CUJA APLICAÇÃO ESTÁ SUSPENSA NOS 
TERMOS DA MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA NOS AUTOS DO PROCESSO STF-
ADPF Nº 323/DF, REL. MIN. GILMAR MENDES - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 
25, 26 e 27.09.2012 
As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os 
contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas 
mediante negociação coletiva de trabalho. 
 
👉🏻Ultratividade da norma 
🗣 Professora Eliane: “Refere-se à aplicação da norma mesmo após ter perdido vigência. 
Na hipótese da vigência de acordo e convenção coletiva sempre prevalecerão as condições estabelecidas no ACT 
sobre as estipuladas em CCT – Art. 620 da CLT. 
Art. 620 - As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre 
prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. 
 
✳Art. 7º, XXVI da CRFB 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
 
 
✳Art. 8º, VI da CRFB 
 VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
 
Plano de Aula 15 
🚫A Greve 
 
📌Greve – Art. 9º da CRFB 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 53 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
É uma forma de solução de conflito pela autodefesa. É um movimento legal que tem como finalidade pressionar os 
empregadores a aceitar a reivindicação dos trabalhadores de um determinado setor da atividade econômica. A 
paralização pode ser total ou parcial dos serviços da categoria e deve observar o previsto em na Lei 7.783/79 que trata 
da legalidade da ilegalidade do movimento. 
 
📌Lockout – Art. 722 da CLT 
Art. 722 - Os empregadores que, individual ou coletivamente, suspenderem os trabalhos 
dos seus estabelecimentos, sem prévia autorização do Tribunal competente, ou que 
violarem, ou se recusarem a cumprir decisão proferida em dissídio coletivo, incorrerão nas 
seguintes penalidades: 
a) multa de cinco mil cruzeiros a cinquenta mil cruzeiros; 
b) perda do cargo de representação profissional em cujo desempenho estiverem; 
c) suspensão, pelo prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, do direito de serem eleitos para 
cargos de representação profissional. 
 
✳ Art. 17 da Lei 7.783/89 
Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o 
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos 
respectivos empregados (lockout). 
 
🛑 Prova – AV2 DIREITO DO TRABALHO II – PROF. ELIANE CONDE (10/JUN/2019)🛑 
 
💣Tópicos da prova 
1 ⃣ Férias 
➡ Art. 129 a 145 da CLT 
 
2 ⃣ Aviso Prévio 
 
3 ⃣ Garantia de emprego 
 
4 ⃣ Homologação do contrato 
➡ Art. 477 da CLT 
 
5 ⃣ Adicional de insalubridade e periculosidade 
 
6 ⃣ Receitas dos Sindicatos 
 
7 ⃣ Prescrição e Decadência 
 
8 ⃣ Casos Concretos (Não vai cair o caso 1) 
 
9 ⃣ Extinção do Contrato 
➡ Art. 482, 483, 484-A e 484 da CLT 
 
1 ⃣ 0⃣ Culpa recíproca 
 
✅A prova vai até o Plano de Aula 13 
 
📚 Bom estudo e um excelente desempenho na sua prova! Espero que meu caderno tenha te ajudado e que 
Deus te abençoe! 
Abraços, 
Fernanda Barcellos❣ 
 
 
 
Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 54

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