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Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 1 Direito do Trabalho II Completo – (2019.1) Material das aulas ministradas pela Prof.ª Eliane Conde. Consulta Bibliográfica: #Direito do Trabalho Esquematizado - Carla Tereza Martins Romar - 2018 🏆🥇 Estude como um vencedor! 💡 Você é capaz! 💪🏻 Você é forte! A reprodução, divulgação e compartilhamento total ou parcial deste material e seu conteúdo para fins acadêmicos é autorizado e incentivado. Se algum erro for encontrado, peço que seja reportado para o e-mail: fernanda.barcellos6@gmail.com Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 2 Direito do Trabalho II Aula 1 – 11FEV2019 Plano de Aula 1 🏖Férias ✓ Conceito ✓ Natureza Jurídica das férias ✓ Período aquisitivo ✓ Período concessivo ✓ Remuneração ✓ Prazo para o pagamento Lei 13.467/2017 Art. 129 e seguintes da CLT / Art. 7º, XVII da CRFB 🏖Férias Conceito 🗣Professora Eliane: “Consiste no período de descanso prolongado que todo empregado tem direito, desde que tenha trabalhado 12 meses para o mesmo empregador. Para efeitos legais as férias são consideradas como tempo de serviço - Art. 130 §2º da CLT.” § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. ✍🏼Classificação das férias Férias simples – São aquelas cujo período aquisitivo já se completou, sendo que o período concessivo está em curso por ocasião da extinção do contrato de trabalho. Férias proporcionais – São aquelas cujo período aquisitivo ainda não se completou por ocasião da extinção do contrato de trabalho. Férias em vencidas – São aquelas cujos períodos aquisitivos e concessivos já se completaram, sem que o empregado tivesse gozado o respectivo descanso. Estas serão indenizadas em dobro. 📌Natureza Jurídica Tem natureza jurídica de interrupção do contrato de trabalho, pois o empregado não trabalha, mas o empregador continua com todas as suas obrigações, inclusive pagando de forma adiantada o salário das férias, conforme o Art. 145 da CLT c/c Súmula 450 do TST. O TST, através da Súmula 450, entende ser devida a dobra das férias quando o empregado goza as férias dentro do prazo, mas o empregador não respeita o prazo para o pagamento. Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Súmula nº 450 do TST FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. Vólia Bonfim Cassar, sobre a Natureza Jurídica das férias: A natureza jurídica das férias é de direito para o empregado e obrigação para o patrão. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 3 Corresponde ao direito ao descanso remunerado obrigatório, isto é, à interrupção do contrato de trabalho, pois o empregado tem o direito de não trabalhar durante 30 dias consecutivos, recebendo sua média remuneratória, como se trabalhando estivesse. Entretanto, tem o empregado o dever de não trabalhar para outro empregador durante este período, salvo se já estiver obrigado a tanto, por outro contrato de trabalho. Período Aquisitivo – Art. 130 da CLT Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: O direito a férias é adquirido após 12 meses da vigência do contrato. A cada 12 meses o empregado adquire o direito a férias. Importante ressaltar que se computa o período de vigência do contrato e não o período de efetivo serviço. A contagem não é feita por ano civil (janeiro a dezembro), e sim por aniversário da data da admissão. ⏳Duração das férias – Art. 130, I – IV da CLT 🗣Professora Eliane: “O legislador fixou de forma objetiva o critério da assiduidade do empregado no emprego. A duração das férias é de 30 dias, podendo ser menor em razão do número de faltas injustificadas durante o período aquisitivo, conforme trata o artigo supracitado e seus incisos. Analise através da tabela abaixo:” Trabalho em regime de tempo parcial – Art. 58-A da CLT Art. 58-A - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. § 7º - As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação. 🗣Professora Eliane: “Os empregados que trabalham em regime de tempo parcial também têm direito a férias de 30 dias corridos e também em razão do número de faltas, pode haver diminuição na mesma proporção que trata o Art. 130, I – IV da CLT.” Período Concessivo – Art. 134 da CLT Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Faltas injustificadas em 12 meses Dias de férias + ATÉ 5 FALTAS 30 DIAS 1/3 CF DE 06 ATÉ 14 FALTAS 24 DIAS 1/3 CF DE 15 ATÉ 23 FALTAS 18 DIAS 1/3 CF DE 24 ATÉ 32 FALTAS 12 DIAS 1/3 CF ACIMA DE 32 FALTAS 0 DIAS NÃO RECEBE 1/3 CF 10/03/2017 10/03/2018 ADMISSÃO PERÍODO DE AQUISIÇÃO – Art. 130 da CLT Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 4 🗣Professora Eliane: “Conforme §1º do Art. 134 da CLT, com a concordância do empregado, as férias poderão ser divididas em até 3 períodos, um deles de no mínimo 14 dias e os outros dois de no mínimo 5 dias, sendo proibido o início das férias no período de até 2 dias que antecede feriado e RSR.” § 1º - Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 2º - (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017). § 3º - É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. Férias em dobro – Art. 137 da CLT c/c Súmula 81 do TST Se o empregador não respeitar o período concessivo, o empregado terá direito a receber o pagamento das férias em dobro, ou os dias de férias gozados após o período legal, na forma do Art. 137 da CLT c/c Súmula 81do TST. Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Súmula nº 81 do TST FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. ✅Hipóteses que o empregado não perde o direito as férias – Art. 131 e 132 da CLT Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimentodo cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. Períodos Mínimo de: 1º 14 dias 2º 5 dias 3º 5 dias 10/03/2017 10/03/2018 ADMISSÃO PERÍODO DE AQUISIÇÃO – Art. 130 da CLT PERÍODO DE CONCESSÃO – Art. 134 da CLT 10/03/2019 LESÃO – Art. 137 da CLT – FÉRIAS EM DOBRO Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 5 VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente comprovada. 🤰🏻II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; Licença maternidade – Art. 392 da CLT e Art. 7º, XVIII da CRFB Art. 392 - A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; Aborto não criminoso – Art. 395 da CLT Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; Se a licença for inferior a 6 meses – segue a contagem da proporcionalidade; Se a licença for superior a 6 meses – zera a proporcionalidade. Súmula nº 46 do TST ACIDENTE DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina. IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese ⛔Hipóteses que o empregado perde o direito as férias – Art. 133 da CLT Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: a) Caso de um funcionário demitido, a empresa não pagou suas verbas rescisórias e o recontratou depois de 60 dias do último dia de trabalho. I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída; b) Funcionário que tira licença remunerada por mais de 30 dias; II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e 🗣Professora Eliane: “Paralisação dos serviços da empresa por mais de 30 dias. A paralização deve ser comunicada pela empresa ao MT e ao sindicato dos trabalhadores, com antecedência mínima de 15 dias, e avisos devem ser fixados nos respectivos locais de trabalho - §3º do Art. 133 da CLT.” Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 6 IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio- doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. Auxílio doença por mais de 6 meses, embora descontínuos no mesmo período aquisitivo; Participação das férias – Art. 135 da CLT Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. É necessário que o empregador informe por escrito a data do início das férias com a antecedência mínima de 30 dias. Época da concessão das férias – Art. 136 da CLT Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. O melhor interesse é o do empregador. Membros da mesma família tem direito a gozarem as férias juntos, desde que não cause prejuízo. Férias coletivas – Art. 139 e 140 da CLT 🗣Professora Eliane: “É quando a empresa ou determinado setor da empresa cessa o funcionamento por um determinado período. Trata-se de situação excepcional. As férias coletivas podem ser usufruídas em dois períodos, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias, para empregados com menos de 12 meses, gozarão a proporcionalidade, iniciando assim novo período aquisitivo, conforme os Artigos 139 e 140 da CLT.” Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. Abono Pecuniário – Art. 143 da CLT O funcionário deve requerer até 15 dias antes do término do período aquisitivo. Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. Os dias que serão convertidos, devem respeitar a proporcionalidade dos dias que o empregado tem direito a férias, conforme a tabela abaixo: A natureza do abono é indenizatória, não tem natureza salarial, ou seja, não integra salário – Art. 144 da CLT. Art. 144 - O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho. 💰Remuneração das férias – Art. 142 da CLT A remuneração das férias equivale à remuneração normal do empregado, ou seja, o mesmo valor que o empregado receberia caso trabalhasse no respectivo período, acrescida Dias de férias Número de dias a serem convertidos 30 dias 10 dias 24 dias 8 dias 18 dias 6 dias 12 dias 4 dias Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1- Prof. Eliane Conde) 7 Aula 2 – 18FEV2019 Continuação: Plano de Aula 1 🏖Férias Prescrição do direito de reclamar as férias – Art. 149 da CLT SEÇÃO VI DO INÍCIO DA PRESCRIÇÃO Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. SEÇÃO II DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1º - Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 2º - (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017). § 3º - É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. O prazo prescricional para reclamar a não concessão das férias inicia do término do período concessivo (Art. 134 da CLT) ou do término do contrato de trabalho, observando o previsto no Art. 149 da CLT e Art. 7º, XXIX da CRFB que trata do prazo prescricional, isto é, do término do contrato o empregado tem 2 anos para ajuizar a ação e da data do ajuizamento retroage 5 anos. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Efeitos na terminação do contrato de trabalho – Art. 146 e 147 da CLT Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. + de 1 ano Dispensa IMOTIVADA Férias proporcional Férias em dobro Férias simples 1/3 CRFB – Súmulas 261 e 171 do TST Dispensa JUSTA CAUSA Perde a proporciona lidade das férias. Férias em dobro Férias simples Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 8 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 1 Ana Lúcia ingressou na empresa Brasil Serviços Ltda. em 15.04.2009 na função de auxiliar de serviços gerais. As férias do período 2009/2010 foram usufruídas de 01.03.2011 a 30.03.2011. Ocorre que o empregador só efetuou o pagamento destas férias quando do seu retorno ao trabalho em 31.03.2011. Além disso, Ana Lúcia recebeu a título de férias o mesmo valor do salário recebido no mês anterior, sem qualquer acréscimo. Ana Lúcia procurou o escritório de advocacia para saber se foi regular a atitude da empresa e se tem direito a algum valor a título de férias. Qual a orientação você daria para Ana Lúcia? Justifique. R: O empregador não efetuou corretamente o pagamento das férias, já e o Art. 145 da CLT determina que o pagamento deve ser efetuado até 2 dias antes do início das férias e conforme o Art. 7º, XVII da CRFB, deve ter o acréscimo de 1/3 no pagamento, pois o TST, conforme a Súmula 450, entende que deve ser pago em dobro quando o empregador não respeita o prazo para o pagamento. Questão Objetiva 1-Jorge, Luiz e Pedro trabalham na mesma empresa. Na época designada para o gozo das férias, eles foram informados pelo empregador que Jorge não teria direito às férias porque havia faltado, injustificadamente, 34 dias ao longo do período aquisitivo; que Luiz teria que fracionar as férias em três períodos de 10 dias e que Pedro deveria converter 2/3 das férias em abono pecuniário, podendo gozar de apenas1/3 destas, em razão da necessidade de serviço do setor de ambos. Diante disso, assinale a afirmativa correta. 📌 B – Apenas no caso de Jorge o empregador está correto. Plano de Aula 2 💰Indenização por tempo de serviço 1943 - 1966 1966 1988 1990 🗣Professora Eliane: “De 1943 até 1966 a indenização face a dispensa imotivada estava prevista no Art. 478 da CLT, correspondendo a um mês de serviço ou fração igual ou superior a 6 meses. Ex.: Remuneração de 2 mil – Dispensa com 2 anos, 8 meses e 10 dias = 6 mil referentes a 1 salário por ano trabalhado 3 anos de indenização.” 🗣Professora Eliane: “Com a publicação da Lei 5.107/66 (FGTS), passamos a ter dois sistemas de indenização, e quando o empregado era admitido optava pelo FGTS e ao ser dispensado, sacava os depósitos com acréscimo de 10%, na hipótese da não opção, havendo a dispensa antes de completar 10 anos de trabalho para o mesmo empregador recebia a indenização do Art. 478 da CLT. Na hipótese da não opção e tendo o empregado 10 ou mais anos de casa adquiria a estabilidade definitiva (decenal) prevista nos Art. 492 a 498 da CLT.” 🗣Professora Eliane: “Com a promulgação da Constituição de 1988 a indenização prevista no Art. 478 da CLT foi revogada mantendo-se o direito adquirido daqueles que eram estáveis, pois, o Art. 7º, III da CRFB trata que é direito do trabalhador o FGTS e, com base no inciso I do Art. 7º da CRFB a Lei Complementar deverá prever indenização face a dispensa arbitrária ou imotivada que inicialmente foi regulamentada no Art. 10, I da ADCT aumentando para 40% a indenização, face a dispensa imotivada, que está previsto no Art. 18, parágrafo 1º, da Lei 8.036/90, atual Lei do FGTS.” Comunicado de DESLIGAMENTO + DE 1 ANO Férias proporcionais Férias simples/ dobro/ proporcional - DE 1 ANO Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 9 De 1943 até 1966 – Art. 478 da CLT (REVOGADO) Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses. 1966 – Lei 5.107/66 – Lei do FGTS (REVOGADA) 1988 – Art. 7º, I e III da CLT – Promulgada a CRFB Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; III - fundo de garantia do tempo de serviço; Indenização face a dispensa imotivada passa a ser de 40% - Art. 10, I da ADCT Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; 1990 – Art. 18 da Lei 8.036/90 – Lei do FGTS Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. Aposentadoria espontânea – OJ 361 da SBDI - 1 do TST Protege o aposentado que permanece trabalhandona empresa. A multa do FGTS deve ser paga de acordo com o valor do montante da conta do FGTS. 361. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. UNICIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. MULTA DE 40% DO FGTS SOBRE TODO O PERÍODO (DJ 20, 21 e 23.05.2008) A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. 🌍🌎🌏Trabalhadores que são contratados para serviços no Exterior – Lei 7.064/1982 - Prevalece sempre o que for mais favorável para o trabalhador; Transferência para estrangeiro - Art. 3º, p.u. da Lei 7.064/1982 Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP. - Manutenção dos depósitos do FGTS - Contagem do tempo de serviço para o INSS O empregado transferido para trabalhar no estrangeiro, conforme o parágrafo único do Art. 3º da Lei 7.064/1982, a empresa é obrigada a continuar depositando o FGTS e o período lá trabalhado é contado para os efeitos da aposentadoria. FGTS – conta que a empresa deve abrir na contratação do funcionário. Depósito mensal, 8% da remuneração do empregado, deve ser feito até o dia 7 de cada mês. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 10 🗣Professora Eliane: “O FGTS é uma conta vinculada aberta em nome do empregado quando da sua admissão, sendo realizados depósitos mensais até o dia 7 de cada mês a razão de 8% da remuneração do empregado, conforme o Art. 15 da Lei 8.036/1990, sendo a Caixa Econômica Federal a agente operadora, centralizando assim todas as contas vinculadas (Art. 7º da Lei (8.036/90).” Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. (Vide Lei nº 13.189, de 2015) Vigência Opção com caráter retroativo – Art. 14, §2º da Lei 8.036/90 🗣Professora Eliane: “O empregado não optante do FGTS do período anterior a CRFB/88 poderia transacionar a indenização do Art. 478 da CLT, desde que o empregador depositasse na conta do FGTS no mínimo 60% da indenização devida, nos termos do Art. 14, parágrafo 2º da Lei 8.036/90, caso contrário teria direito a duas indenizações, uma calculada na forma do Art. 478 da CLT até a CRFB/88 e a partir dali até a sua dispensa imotivada os depósitos do FGTS com a multa de 40%.” Art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no emprego nos termos do Capítulo V do Título IV da CLT. §2º O tempo de serviço anterior à atual Constituição poderá ser transacionado entre empregador e empregado, respeitado o limite mínimo de 60 (sessenta) por cento da indenização prevista. Aula 3 - 25FEV2019 Plano de Aula 3 🎯Estabilidade e Garantia de emprego Conceito: é o direito que o empregado tem de não ser despedido senão nas hipóteses autorizadas pela lei. Decenal – Art. 492 da CLT O empregado adquiria após dez anos de serviço na mesma empresa. 🗣Professora Eliane: “A estabilidade decenal prevista no Art. 492 da CLT, conhecida como definitiva, era adquirida quando o empregado antes da CRFB/88, não era optante do FGTS e, após completar 10 anos de trabalho para o mesmo empregador só poderia ser dispensado se cometesse falta grave, devidamente apurada, através de ações de inquérito (A.I.), conforme Art. 853 da CLT. Durante o prazo do processo, o contrato fica suspenso e sendo comprovada a falta grave, o empregado era dispensado sem direito a indenização e, na hipótese da não comprovação, o juiz determinava a reintegração ou pagamento de indenização em dobro, na forma do Art. 496. 497 e 478 da CLT.” CAPÍTULO VII DA ESTABILIDADE Art. 492 - O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas. Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. ESTABILIDADE DEFINITIVA Serv. Público – Art. 41 da CRFB Decenal – Art. 492 da CLT Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 11 Art. 497 - Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro. Art. 478 - A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses. Súmula nº 396 do TST, Item II II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI- 1 - inserida em 20.11.1997) Ação de inquérito – Art. 853 da CLT Ação para comprovação da má conduta e possível desligamento para empregado com estabilidade decenal. SEÇÃO III DO INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. 👮Servidor Público – Art. 41 da CRFB Outra modalidade definitiva de estabilidade. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 🤰🏻Gestante Garantia provisória da Gestante Art. 10, II, b do ADCT Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. A garantia conforme o Art. 10, b do ADCT vai desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto e, conforme a Súmula 244, se a concepção tiver ocorrido antes da dispensa, a mulher tem direito de ser reintegrada ou indenizada, mas passado o prazo da garantia de emprego o direito é somente de indenização - Súmula 244, II do TST. A garantia de emprego foi estendida nas hipóteses dos contratos por prazo determinado, elastecendo o prazo até o término da garantia de emprego. Súmula 244, I, II e III do TST c/c OJ 399 da SBD-I e TST SÚMULA N.º 244 - GESTANTE.ESTABILIDADE PROVISÓRIA I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II. A garantiade emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso GARANTIA DE EMPREGO TEMPORÁRIA 👷Dirigente Sindical 🤕Acidentado 🤰🏻Gestante Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 12 II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. Orientação Jurisprudencial 399/TST-SDI-I - 02/03/2010. Estabilidade provisória. Gestante. Seguridade social. Acidente de trabalho. CIPA. Cipeiro. Membro do CIPA. Sindicato. Dirigente sindical. Ação trabalhista ajuizada após o término do período de garantia de emprego. Abuso de direito no exercício do direito de ação. Não configuração. Indenização devida. CF/88, art. 7º, XXIV e XXIV. ADCT da CF/88, art. 10, II, «a» e «b». Lei 8.212/1991, art. 118. CLT, art. 543, § 5º. Licença Maternidade Art. 391 e 391-A da CLT Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Art. 391-A - A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea “b” do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Art. 7º, XVII da CRFB XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; Art. 392-A, B e C da CLT Art. 392-A - À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente será concedida licença maternidade nos termos do art. 392 desta Lei. Art. 392-B - Em caso de morte da genitora, é assegurado ao cônjuge ou companheiro empregado o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono. Art. 392-C - Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e 392-B ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção 🗣Professora Eliane: “A licença maternidade, conforme o Art. 7º, XVIII da CRFB é de 120 dias e nos termos do Art. 392- A, B e C foi estendida a mulher que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança ou adolescente e no caso de falecimento da genitora a licença maternidade passa para o cônjuge ou companheiro, se empregado. A licença maternidade também foi concedida ao homem que adotar, nos mesmos termos do Art. 392 da CLT. A garantia provisória de emprego prevista no Art. 10, II, b foi estendida à mulher ou ao homem que adotar. Conforme Art. 391-A, p.u. da CLT” Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. 🤕Empregado que sofre acidente do trabalho – Art. 118 da Lei 8.213/91 Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. A garantia provisória de emprego é de 12 meses, contados da data da alta médica. São requisitos para a garantia, o empregado: 1. Ter sofrido acidente do trabalho; 🤕 2. Ficar afastado do emprego por mais de 15 dias; ⏳ REQUISITOS CUMULATIVOS. 3. Ter recebido o auxílio-doença acidentário. 💰 Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 13 A garantia de emprego foi estendida àqueles que tenham contrato por prazo determinado conforme Súmula 378, II e III do TST. Súmula nº 378 do TST ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91. 🗣Professora Eliane: “O empregador fica obrigado a depositar o FGTS do empregado que sofreu acidente de trabalho, durante todo o período do afastamento, conforme a Lei 8.036/90, Art. 15, §5º.” § 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho. Dirigente Sindical – Art. 543, §3º da CLT Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. 🗣Professora Eliane: “A garantia provisória é desde o registro da candidatura, inclusive como suplente até um ano após o término do mandato, salvo se cometer falta grave, devendo a mesma ser apurada através da A.I., conforme o Art. 543, §3º da CLT e Art. 8º, VIII da CRFB.” Aula 4 – 11MAR2019 Plano de Aula 4 👷Dirigente Sindical e Representante dos empregados Dirigente Sindical – Art. 543, §3º da CLT Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura ao cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. Quem é o dirigente sindical? Empregado eleito que representa a categoria no sindicato. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 14 Se for transferido perde a estabilidade? Se o empregado por transferido para outra localidade que não é atendida pelo mesmo Sindicato, ele perde a candidatura,logo também a estabilidade. O sindicato deve comunicar o empregador que o empregado está concorrendo a eleição e caso seja eleito, em 24 horas deve ser feito o comunicado formalmente a empresa. Súmulas 369 do TST TST - Súmula 369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. (ex-OJ nº 34 da SBDI-1 - inserida em 29.04.1994) Se a comunicação for feita dentro do prazo estipulado, o empregado garante a estabilidade. II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. (ex-OJ nº 266 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) Limitação da estabilidade de máximo 7 dirigentes e 7 suplentes. Total de 14 representantes. III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998) Categoria diferenciada – são 3 categorias: ✓ Categoria profissional ✓ Econômica ✓ Patronal Ex.: Um advogado de formação que trabalha no banco, ele representará os bancários, de acordo com a atividade que ele exerce. No caso deste mesmo advogado que se elege para o sindicato dos advogados ele não tem o direito da garantia no banco. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997) Fechamento da empesa – cessa a estabilidade. O funcionário recebe apenas as verbas rescisórias. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994) Dentro do aviso prévio, o empregado não pode se candidatar, pois mesmo que seja eleito, o contrato terminará ao final do aviso prévio. Súmula 379 do TST Súmula nº 379 do TST DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL. NECESSIDADE (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 114 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. (ex-OJ nº 114 da SBDI- 1 - inserida em 20.11.1997) Reforço ao §3º do Art. 543, necessidade de Ação de Inquérito para que seja feita a demissão do empregado, para fins de comprovação. 🗣Professora Eliane: “De acordo com o entendimento do TST, a Súmula 369 a comunicação do registro da candidatura do empregado deve ser feita ao empregador, por qualquer meio, durante a vigência do contrato de trabalho. Após a CRFB/88 conforme o Art. 8º, foi recepcionado o Art. 522 da CLT, ficando assim, limitada a garantia de emprego a 7 dirigentes e 7 suplentes. Se o empregado registrar a sua candidatura no curso do aviso prévio não tem direito a garanta de emprego do Art. 543, Parágrafo 3º da CLT. A dispensa do dirigente sindical só tem validade se for apurada a falta Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 15 grave através da Ação de Inquérito, prevista no Art. 853 da CLT conforme a parte final do parágrafo 3º e Súmula 379 do TST.” Representante dos empregados na CIPA – Art. 10, II, a do ADCT II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ✓ Obrigatório a empresas com mais de 20 empregados. ✓ A escolha dos representantes é realizada através de eleição. Comprovando que o empregado realizou falta grave, uma possível ação do empregado contra a empresa, no caso de sua demissão, será julgada improcedente. A CIPA elege através de eleição os representantes dos empregados e o empregador escolhe os que representarão a empresa. O representante do empregador não tem estabilidade, pois ele é escolhido. Mas existe um julgado de um funcionário que conseguiu comprovar que foi coagido a aceitar, e ao ser dispensada conseguiu a reintegração. Súmula 339, I, II do TST Súmula nº 339 do TST CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) 👉🏻I - Garantia de emprego ao suplente assim como o representante da CIPA. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) 👉🏻II – Não é vantagem pessoal. Art. 164 e 165, p.u da CLT Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. A comissão é composta por presidente, vice-presidente e outros cargos dependendo do número de funcionários da empresa. O presidente é o representante da empresa e vice-presidente é o representante dos empregados com maior número de votos. No caso de dispensa, cabe ao empregador comprovar que foi injusta nos termos no Art. 165 da CLT. Falta grave – qualquer dos motivos do Art. 482 da CLT. 🗣Professora Eliane: “Prevista no Art. 10, II, a do ADCT que vai desde o registro da candidatura, até 12 meses após término do mandato. Sendo estendida a garantia ao membro suplente, conforme a Súmula 339 – I do TST, e na forma do item II da Súmula 339 havendo o fechamento da empresa o empregado perde o restante do prazo da garantia de emprego, já que não é considerada uma vantagem pessoal. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 16 O mandato é de 1 ano permitida uma reeleição. Conforme o p.u. do Art. 165 da CLT, nesta hipótese o empregador, caso o empregado cometa uma falta grave não precisa ajuizar Ação de Inquérito, devendo assim a ação ser ajuizada pelo empregado requerendo a sua reintegração ou indenização e cabendo ao empregador comprovar que a dispensa ocorreu por um motivo disciplinar, técnico ou econômico (financeiro).” Representante dos empregados nas empresas com mais de 200 empregados – Art. 11 da CRFB c/c Art. 510-D, § 3º da CLT (adicionado pela Lei 13.467/2017) Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da ConstituiçãoFederal, obedecidos os princípios desta. Art. 510-D - O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano. § 3º - Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. O empregado que é representante dos empregados, possui garantia de estabilidade, porém não pode ser reeleito. Tendo que esperar mais duas eleições para se eleger novamente. A diferença do Cipeiro e do Representante Sindical é que ele não pode se reeleger. No caso de demissão não é necessário Ação de Inquérito. Neste caso não é obrigatório que haja um representante em cada filial, mas sim uma comissão por estado, como determina o Art. 510-A, § 2º da CLT. Art. 510-A - Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. § 2º - No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão de representantes dos empregados por Estado ou no Distrito Federal, na mesma forma estabelecida no § 1º deste artigo. 🗣Professora Eliane: “A garantia de emprego, conforme o Art. 510-D, §3º da CLT, é idêntica a do representante da CIPA, mas, não cabe reeleição, pois o representante não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes ao término do seu mandato que é de 1 ano.” Empregado portador de doença grave – Súmula 443 do TST Súmula nº 443 do TST DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. O empregado pode optar pela reintegração ou ser indenizado conforma a lei: Lei 9.029/1995 – Trata de proibição de discriminação por motivo de cor, estado gravídico para mulheres, doença, etc. para efeitos admissional e exigências de trabalho.... - Proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho, e dá outras providências. 🗣Professora Eliane: “A dispensa discriminatória devidamente comprovada, conforme a Súmula 443 do TST determina a reintegração do empregado e sendo inviável a reintegração o empregado tem direito a indenização, na forma do Art. 4º, I e II da Lei 9.029/95. Desta forma, o empregado poderá optar pela reintegração e recebimento de todos os salários do período do afastamento ou receber em dobro a sua remuneração do período do afastamento.” Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 17 Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. Súmula 666 do TST Súmula 666 A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Representante dos empregados no Conselho Curador do FGTS – Lei 8.036/90, Art. 3º, §9º. Art. 3o O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo sindical. Representante dos empregados no Conselho Nacional da Previdência Social – Lei 8.213/91 3º, § 7º. Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, que terá como membros: § 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial. Possuem garantia de emprego, mas não é desde o registro, pois são indicados pelas Centrais Sindicais para eleição, a garantia conta a partir da nomeação até um ano após. Para dispensar o empregado é necessário Ação de Inquérito. 🗣Professora Eliane: “A garantia de emprego, para os membros efetivos e suplentes ocorre a partir da nomeação até um ano após o término do mandato, havendo o cometimento de falta grave esta deverá ser devidamente apurada, através da Ação de Inquérito do Art. 853 da CLT.” Representante da comissão de conciliação prévia – Art. 625-B, §1º da CLT Art. 625-B - A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: § 1º - É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. As empresas e sindicatos podem criar uma comissão com representantes de empregadores e empregados. Antes de ajuizar uma ação, o empregado passava pela CCP na tentativa de uma solução através de acordo, o que implicava na propositura de uma ação posterior. No mínimo 2 e no máximo 10 membros. Metade é eleita pelos empregados e a outra metade indicada pelo empregador. O mandato do representante e seu suplente é de 1 ano, podendo tentar reeleição. Garantia inicia com a nomeação e vai até um ano após o término da candidatura. 🗣Professora Eliane: “Conforme o §1º do Art. 625-B da CLT os representantes e suplentes os empregados possuem garantia de emprego, a partir da sua eleição e posse até 1 ano após o término do mandato, salvo se cometer falta grave, conforme o Art. 482 da CLT, sendo desnecessária a Ação de Inquérito.” Garantia de emprego na hipótese de aposentadoria voluntária – Precedente Normativo nº 85 da SBDC (Sessão Brasileira de Dissídio Coletivo) Nº 85 GARANTIA DE EMPREGO. APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA (positivo) Defere-se a garantia de emprego, durante os 12 meses que antecedem a data em que o M es m o c o n ce it o Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 18 empregado adquire direito à aposentadoria voluntária, desde que trabalhe na empresa há pelo menos 5 anos. Adquirido o direito, extingue-se a garantia. 🗣Professora Eliane: “O TST tem entendimento que os empregados que trabalham na empresa pelo menos 5 anos não podem ser dispensados durante 12 meses que antecedem a aposentadoria.” Aula 5 – 25MAR2019 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 2 Lúcia trabalha na sede de uma estatal brasileira que fica em Brasília. Seu contrato vigora há 12 anos e, em razão de sua capacidade e experiência, Lúcia foi designada para trabalhar na nova filial do empregador que está sendo instaladana cidade do México, o que foi imediatamente aceito. Em relação à situação retratada e ao FGTS, é preciso recolher o FGTS de Lúcia, assim como para todos os empregados transferidos para o exterior? R: Sim, é preciso recolher o FGTS de Lúcia durante todo o período em que a empregada prestar serviços no exterior, conforme a Lei 7.064/82, Art. 3, p.u. Questão Objetiva 1- (FCC-2016) - Em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, com base na Lei n°8.036/90, é correto afirmar: 📌(E) É hipótese de movimentação pelo trabalhador de sua conta vinculada, no curso do contrato de trabalho, quando algum dependente seu for portador do vírus HIV. (Art. 20, XIII que trata as hipóteses de movimentação do FGTS.) 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 3 Maria foi contratada em 17/05/2010 pela Indústria Automobilística Vitória S/A. Em 25/03/2016 sofreu acidente de trabalho ficando incapacitada para o trabalho até 01/04/2016, quando obteve alta médica e retornou ao serviço. Em 03/06/2016 foi dispensada sem justa causa. Maria entende ser detentora da estabilidade acidentária, razão pela qual ajuizou ação trabalhista postulando sua reintegração no emprego. Diante do caso apresentado, responda se as seguintes indagações: A) Quais os requisitos necessários para a concessão da estabilidade acidentária? Justifique indicando o prazo da garantia de emprego. R: Os requisitos são: 1 – empregado ter sofrido acidente de trabalho; 2 – tendo ficado afastado mais que 15 dias; 3 – ter recebido o auxílio doença acidentário, conforme a Súmula 378, II do TST. A garantia do emprego é de 12 meses a contar da data da alta médica, na forma da Súmula supracitada. B) No caso apresentado, Maria terá êxito na ação trabalhista? Justifique. R: Não pois ela ficou afastada apenas 7 dias. Questão Objetiva 1 - Mônica celebrou contrato de trabalho com Construtora Aurora Ltda. Em 19/10/2014. Em 12/04/2016 foi dispensada imotivadamente, com aviso prévio indenizado, sem receber qualquer valor rescisório ou indenizatório. No dia 19/04/2016 obteve os resultados dos exames que confirmaram sua gravidez de 2 (dois) meses. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 📌(D) Na hipótese de ajuizamento de ação trabalhista no último dia do prazo prescricional, Mônica terá direito apenas aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade garantido à gestante. (Súmula 244, II do TST e OJ 399 da SBDI – 1 do TST) 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 4 1- Cristóvão Buarque, advogado, exerce a função de professor de Direito na Universidade Campo Belo desde sua admissão em 01/02/2010. Em 10/05/2015 foi eleito dirigente sindical do Sindicato dos Advogados, com mandato de 3 (três) anos. Ao longo do contrato de trabalho Cristóvão vem descumprido reiteradamente as ordens estabelecidas pela Universidade em seu regulamento interno, o que gerou a aplicação de várias advertências e suspensões, provocando diversos transtornos para o trabalho. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 19 Diante do caso relatado, responda justificadamente: A) A Universidade Campo Belo poderá dispensar Cristóvão Buarque sem justa causa? Justifique. R: Sim, pois o empregado não possui garantia de emprego, visto que pertence a categoria diferenciada, já que foi eleito dirigente sindical do sindicato dos advogados e na universidade exerce a função de professor. Súmula 369. III do TST. B) Na hipótese de rompimento do contrato de trabalho por justa causa, em que modalidade seria enquadrada a conduta faltosa? Justifique indicando o fundamento legal. R: Art. 482, h da CLT Questão Objetiva 1 - (OAB/FGV) Tício, gerente de operações da empresa Metalúrgica Comercial, foi eleito dirigente sindical do Sindicato dos Metalúrgicos. Seis meses depois, juntamente com Mévio, empregado representante da CIPA (Comissão Interna para Prevenção de Acidentes) da empresa por parte dos empregados, arquitetaram um plano para descobrir determinado segredo industrial do seu empregador e repassá-lo ao concorrente mediante pagamento de numerário considerável. Contudo, o plano foi descoberto antes da venda, e a empresa, agora, pretende dispensar ambos por falta grave. Você foi contratado como consultor jurídico para indicar a forma de fazê-lo. O que deve ser feito? 📌 (D) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício, no prazo decadencial de 30 dias, caso tenha havido suspensão dele para apuração dos fatos; e simples dispensa por justa causa em relação a Mévio, independentemente de inquérito. (Art. 165, p.u. da CLT para Mévio e Art. 543, §3 da CLT c/c Súmula 379 do TST para Tício) Plano de Aula 5 ✍🏼 Aviso Prévio ✓ Art. 7º, XXI da CRFB Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; ✓ Art. 487 a 491 da CLT CAPÍTULO VI DO AVISO PRÉVIO Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. § 5º - O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. § 6º - O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso I, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso II do art. 487 desta Consolidação. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 20 Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo.✓ Súmula 163 do TST Súmula nº 163 do TST AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT (ex-Prejulgado nº 42). 🗣 Professora Eliane: “Conceito: declaração unilateral onde uma das partes faz a outra a comunicação da extinção do contrato. Cabimento: Tendo cabimento nos contratos por prazo indeterminado e nos contratos a termo (por prazo determinado) que contenham a cláusula do direito de rescisão antecipada, nos termos dos artigos 487, 481 e Súmula 163 do TST. Finalidade: se a comunicação for por parte do empregador é fazer com que durante esse período o empregado consiga uma nova colocação, e se a comunicação for por parte do empregado é fazer com que durante esse período o empregador coloque outro empregado no seu lugar.” Quando o aviso prévio for trabalhado e dado pelo trabalhador, na forma do Art. 488 e p.u. da CLT, o empregado poderá optar pela redução de duas horas diárias, sem prejuízo da remuneração ou folgar 7 dias corridos. O TST, através da Súmula 230 entende que é ilegal substituir o período que se reduz da jornada pelo pagamento das horas correspondentes. Súmula nº 230 do TST AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS REDUZIDAS DA JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. Duração: Mínimo de 30 dias. Contrato por tempo determinado Término antecipado por decisão do empregador – Art. 479 da CLT Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. ⏳Tempo de contrato: 5 meses 📍Data do início: 01/01/2019 até 01/05/2019 💰Salário do empregado: R$4.000,00 🔚Término antecipado em 01/02/2019 Salário 💰 x ⏳tempo restante do contrato = R$4.000,00 x 4 = R$16.000,00 / 2 Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 21 = R$8.000,00 O empregador deve R$ 8.000,00 ao empregado a título de indenização, referente a metade do saldo de salários referente ao seu contrato. Término antecipado por decisão do empregado – Art. 480 da CLT Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. ⏳Tempo de contrato: 12 meses 📌Data do início: 12/04/2019 até 01/01/2020 💰Salário do empregado: R$4.000,00 🔚Término antecipado em 01/12/2019. ⚠ Se no contrato constar cláusula que não onera o funcionário no caso de rompimento do contrato, o empregado fica isento do pagamento do aviso – Art. 481 da CLT. Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado Reconsideração – Art. 489, p.u. da CLT É quando uma das partes de arrepende e quer continuar o contrato de trabalho. Tem que acontecer dentro do prazo do aviso prévio, de maneira tácita ou expressa. É facultado aceitar ou não a reconsideração. Professora Eliane: “A reconsideração pode ocorrer de forma tácita ou expressa, dentro do prazo do aviso prévio e com o consentimento da parte que foi pré avisada, Art. 489, p.u. da CLT.” Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. 📑 “Termo de rescisão do contrato de trabalho” Aviso prévio indenizado ⬜ Aviso prévio trabalhado ⬜ 📌Data da demissão: 25 de março de 2019 📌Término do aviso: 26 de abril de 2019 (Data da baixa na CTPS) ⏳Conta o dia seguinte do último dia de trabalho + 1 dia. OJ 82 da SBDI – 1 do TST 82. AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em 28.04.1997) A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. 🗣 Professora Eliane “A data da baixa que deve constar na CTPS é a do último dia o aviso prévio, ainda que indenizado, nos termos da OJ 82 da SBDI – 1 do TST, já que a OJ 83 entende que o prazo prescricional só começa a contagem no final da data do aviso prévio, mesmo que indenizado.” Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço – Lei 12.506/2011 e Art. 7º, XXI da CRFB 🗣 Professora Eliane: “A proporcionalidade do aviso prévio prevista na Lei 12.506/2011 somente será aplicada nas dispensas ocorridas após a publicação da lei, Súmula 441 do TST. Na data da comunicação da dispensa deve ser informado qual a modalidade do aviso. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 22 Para as dispensas imotivadas, em relação aos empregados que tenham até 1 ano de trabalho o aviso prévio é de 30 dias, após 1 ano é acrescentado mais 3 dias por cada ano trabalhado, totalizando no máximo 90 dias.” Súmula nº 441 do TST AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. Dispensa imotivada proporcional ao tempo do aviso prévio 📆Tempo de empresa: 5 anos, 6 meses e 15 dias Quantidade de anos x 3 5x3= 15 + 30= 45 dias de aviso prévio a ser recebido Aula 6 – 01ABR2019 Continuação: Plano de Aula 5 ✍🏼Aviso Prévio Falta grave cometida no curso do aviso prévio – Art. 490 e 491 da CLT O aviso prévio só termina no último dia do aviso, ele responde por todos os atos realizados durante este período, podendo haver a ruptura do aviso imediatamente em caso de falta grave. Tendo o funcionário que recorrer a justiça do trabalho caso discorde da ruptura do contrato. 🖐🏻Nenhuma das partes pode cometer falta grave. Sendo o empregado ou empregador. 🤦♂Falta cometida pelo empregador – Art. 483 e Art. 490 da CLT Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. 🚫 Forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; 🚫 For tratado pelo empregador ou superiores hierárquicos com rigor excessivo; 🚫 Correr perigo manifesto de mal considerável; 🚫 Não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 🚫 Praticar o empregador e seus prepostos, contra ele ou pessoas da família, ato lesivo da honra e boa fama; 🚫 O empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 🚫 O empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários; 🤦♂Falta cometida pelo empregado – Art. 482 e Art. 491 da CLT Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo. 🚫 Ato de improbidade; 🚫 Incontinência de conduta ou mau procedimento; Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof.Eliane Conde) 23 🚫 Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; 🚫 Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 🚫 Desídia no desempenho das respectivas funções; 🚫 Embriaguez habitual ou em serviço; 🚫 Violação de segredo da empresa; 🚫 Ato de indisciplina ou de insubordinação; 🚫 Abandono de emprego; 🚫 Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 🚫 Prática constante de jogos de azar. 🚫 🆕 Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. 🗣Professora Eliane: “Durante o aviso prévio as partes continuam obrigadas a cumprir com as suas obrigações, assim não pode haver o cometimento de falta grave, sendo praticada falta grave pelo empregador, o empregado se desliga imediatamente e ajuíza a ação de rescisão indireta do contrato e provando a falta grave cometida pelo empregador recebe todas as verbas como se fosse uma dispensa imotivada, inclusive o restante dos dias do aviso prévio, Art. 490 da CLT c/c Art. 487 parágrafo 4º da CLT. Se a falta for metida pelo empregado será demitido por justa causa, perdendo o restante dos dias do aviso prévio bem como a indenização que teria direito, previsão do artigo 491 da CLT.” 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 5 Maria, foi contratada pela empresa ABC Ltda, para trabalhar com contrato de experiência de 90 dias, ressalvando que o contrato continha cláusula assecuratória de direito recíproco de rescisão, a empregadora rescindiu o contrato antecipadamente, tendo completado apenas 60 dias de pacto. Diante do caso apresentado pergunta-se: A) É devido o aviso prévio a Maria? R: Sim. Já que no contrato estava prevista a cláusula do direito de rescisão antecipada, nos termos do Art. 481 da CLT e Súmula 163 do TST. B) Em caso afirmativo, quantos dias de aviso prévio a empresa ABC Ltda deve a Maria? R: O aviso prévio seria de 30 dias, Art. 7º, XXI da CRFB, Lei -.506/2011, Art. 1º. Questão Objetiva 1-Depois de concedido o aviso-prévio, o ato poderá ser reconsiderado se a: 📌c) outra parte concordar com a reconsideração. Plano de Aula 6 ⛔Terminação do contrato de trabalho Resilição do contrato de trabalho Ocorre de forma unilateral através de: ✳Dispensa imotivada – decisão do empregador; ✳Comunicação de desligamento – decisão do empregado “pedido de demissão”. Resolução do contrato de trabalho ✳Cometimento de falta grave por parte do empregado ou por parte do empregador. Rescisão do contrato de trabalho Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 24 Quando ocorre nulidade contratual pois algum dos requisitos obrigatórios não forem atendidos, conforme Art. 104 do CC: Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. 🙋I - Agente capaz 👧🏻 Maior de 14 anos – somente na condição de aprendiz. 👩🏻 Maior de 16 anos – salvo em atividade insalubre, perigoso ou trabalhador no horário noturno. Art. 7º, XXXIII da CRFB XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 🆗 II - Objeto lícito Se fere a função exercida pela pessoa. Devendo ser algo legal. 🆗 III - Forma – Art. 442 da CLT Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Distrato Terminação por acordo entre as partes. 🆕 Vinda da Lei 13.467/2017 Terminação por acordo entre as partes – Art. 484-A da CLT Art. 484-A - O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: ✅ Direitos: 👍🏻 Metade do aviso prévio; ➕ 👍🏻 Metade da multa rescisória – 20% dos depósitos do FGTS; ➕ 👍🏻 Movimenta a conta do FGTS e saca até 80% dos depósitos 🆙 Demais verbas: 👍🏻 Saldo de salário ➕ 👍🏻 Férias + 1/3 CRFB ➕ 👍🏻 13º salário 🔴 😞 Não tem direito as parcelas do seguro desemprego! Por decisão do empregador Dispensa imotivada – Art. 7º, I da CRFB e Art. 18, §1º da Lei 8.036/90 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 🤔O que são verbas? 💰Saldo de salário 💰Férias + 1/3 CRFB TODOS NA INTEGRALIDADE Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 25 💰13º salário 💰Aviso prévio – Trabalhado ou indenizado 💰FGTS + 40% 💰Parcelas do Seguro desemprego Plano de aula 7 ⛔Dispensa por justa causa, rescisão indireta e culpa recíproca Diante de uma dispensa por justa causa é importante observar alguns princípios: 💡Princípio da proporcionalidade 💚Falta leve ➡ punição leve ➡ advertência 📄 💛Falta grave ➡ punição grave ➡ suspenção 📄 Art. 474 da CLT Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. ❤Falta gravíssima ➡ punição gravíssima ➡ dispensa por justa causa 🔴 Art. 482 da CLT Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 💡Princípio da imediatidade Quando o empregado pratica uma falta deve ser imediatamente punida. 🗣Professora Eliane: “A penalidade deve ser aplicada imediatamente após o cometimento da falta ou tão logo o empregador tome conhecimento desta”. 💡Princípio da singularidade Para cada falta praticada, apenas uma penalidade. 💡Princípio da não discriminação Se dois ou mais empregados cometem a mesma falta grave, as punições devem ser iguais. 🚷Motivos da dispensa por justa causa – Art. 482 da CLT 🚫Ato de improbidade; desonestidade do funcionário Ex.: atestado falso, furto e etc. 🚫 Incontinência de conduta ou mau procedimento; moral sexual do empregado Ex.: transar no ambiente de trabalho. Mau procedimento é qualquer conduta que o empregador perceba prejuízo ao negócio. 🚫 Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; venda de produtos ou alimentos nas dependências da empresa. / Concorrência desleal – vende os mesmos produtos que seu empregador ou presta o mesmo serviço; 🚫 Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; empregado que for preso, o contrato fica suspenso – as partes ficam desobrigados das obrigações fiscais. Só pode ser demitido por justa causa se houver trânsito em julgado; 🚫 Desídia no desempenho das respectivas funções; ocorrências de atrasos e faltas reiteradas no trabalho; 🚫 Embriaguez habitual ou em serviço; (bebe todos os dias, mas não no ambiente de trabalho) ou em serviço – basta uma única vez se beber durante o horário de trabalho;🚫 Violação de segredo da empresa; passar uma informação sigilosa para terceiros, passar fórmulas da empresa; 🚫 Ato de indisciplina ou de insubordinação; insubordinação (descumprimento de uma ordem pessoal) e indisciplina (desobediência de ordem geral); 🚫 Abandono de emprego; ausência por mais de 30 dias; 🚫 Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 🚫 Prática constante de jogos de azar; qualquer jogo que não dependa do raciocínio da pessoa. 🚫 🆕 Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado; atos praticados com a intenção de gerar problema; Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 26 Outras hipóteses – Art. 235-B, VII e p.u. da CLT Art. 235-B - São deveres do motorista profissional empregado: VII - submeter-se a exames toxicológicos com janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com sua ampla ciência, pelo menos uma vez a cada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, podendo ser utilizado para esse fim o exame obrigatório previsto na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias. Parágrafo único - A recusa do empregado em submeter-se ao teste ou ao programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica previstos no inciso VII será considerada infração disciplinar, passível de penalização nos termos da lei. 🗣Professora Eliane: “Motorista que se recusa a realizar exames toxicológicos e a participar de programa de controle de uso de drogas e bebida alcóolica, e nestas hipóteses é considerado como falta grave.” Art. 158, p.u., b da CLT Art. 158 - Cabe aos empregados: Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Recusa injustificada do empregado em usar o EPI. Devendo o empregador oferecer e orientar o uso aos seus empregados. Por decisão do empregado 📌Comunicado de desligamento ou pedido de demissão 😃O que este funcionário vai receber? 💰 Saldo de salário ➕ 💰 Férias + 1/3 CRFB ➕ 💰 13º salário ➕ 💰 Aviso prévio (somente se for trabalhado) 😞O que não vai receber? 💸Levantamento do FGTS 💸Multa rescisória 💸Parcelas do seguro-desemprego Aula 7 – 08ABR2019 Plano de Aula 8 ⛔Hipóteses de Resolução do Contrato de Trabalho, Justa Causa, Rescisão Indireta Por decisão do empregado – Art. 483 da CLT Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: Resolução indireta do contrato de trabalho é igual a rescisão indireta que é a falta grave pelo empregador, por exemplo, falta de depósito de salário, FGTS ou benefícios. O funcionário pode se desligar imediatamente após comunicar o empregador ou pode continuar trabalhando. Prazo de 30 dias da data do último dia de trabalho para ingressar com a ação, pois o empregador pode alegar abandono de emprego. Outra hipótese é quem trabalha por produção, por exemplo, o funcionário que recebe 1 real por cada gravata que costura, se ele consegue realizar 2mil por mês e o seu empregador pedir que o funcionário costure apenas 500, vai gerar redução do seu salário. Vejamos as hipóteses que o Art. 483 cita: Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 27 a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; “Suas forças” faz referência ao peso manuseado pelo empregado 🏋♀ Homem 60 kg – habitual – Art. 198 da CLT Art. 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher. 🏋 Mulher 20 kg – habitual 🔞 Menor 20 kg – habitual e 25 kg e eventual – Art. 390 da CLT e Art. 405 parágrafo 5º da CLT Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho contínuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: § 5º - Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu parágrafo único. ⛔Contrários aos bons costumes = obrigar o funcionário a fazer algo ilegal b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; 🤬🤫😤👿 Rigor excessivo = assédio moral, perseguição, transferências indevidas c) correr perigo manifesto de mal considerável; 🤢😷🤕 Determinar que o empregado cumpra uma ordem que coloque e risco a sua saúde e integridade física. d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 💸Falta de pagamento de salário desde o segundo mês de atraso. Anteriormente era considerado o Decreto Lei de mora de salário - 368/68, Art. 2, parágrafo 1º – diz que apenas após 3 meses de atraso de pagamento de salário. 🗣Professora Eliane: “Em relação a alínea d, do Art. 483 da CLT (descumprimento das obrigações contratuais), é considerada mora salarial, o atraso no pagamento por período igual ou superior a 3 meses, conforme o DL 368/68, Art. 2º, parágrafo 1º, mas o Tribunal do Trabalho tem julgado procedente as ações de rescisão indireta do contrato de trabalho, a partir do segundo mês do atraso do pagamento do salário e ausência de depósito do FGTS.” e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; 🤬 Calúnia e difamação contra familiares do empregado f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 🤼 Agressão física g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários 👨🏾🌾 Exemplo do funcionário que recebe por produção ou colheita. O empregador pede que o empregado diminua a produção ou colheita com o objetivo de diminuir o seu salário. § 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. ⚰ Quando o empregado é contratado por um MEI ou pessoa física, o empregador morrendo e o funcionário por opção não quiser continuar prestando o serviço para a pessoa que tomará o lugar o falecido, o funcionário não receberá a multa de 40% do FGTS Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 28 § 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. 🗣Professora Eliane: “Nas hipóteses do Art. 483 da CLT, conforme o parágrafo 3º o empregado poderá ajuizar a ação e permanecer ou não no trabalho quando alegar a falta grave do empregador nas hipóteses de descumprimento das obrigações do contrato ou quando o seu trabalho for reduzido, de forma a afetar o seu salário, quando este for peça ou tarefa. Sendo comprovada a falta grave no processo judicial, o empregado recebe todas as verbas como se fosse uma dispensa imotivada” Por culpa recíproca – Art. 484 da CLT Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. Receberá o empregado: 💰Saldode salário ➕ 💰Indenização reduzida à metade ➕ 💰Levantar os depósitos do FGTS com 20% sobre o saldo da conta ➕ 💰50% do aviso prévio ➕ 💰Férias proporcionais ➕ 💰13º salário – devendo ser comprovada na Justiça do Trabalho Súmula 14 do TST Súmula nº 14 do TST CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. 🗣Professora Eliane: “Reconhecida a culpa recíproca a indenização será reduzida a metade, assim o empregado levanta os depósitos do FGTS com a multa de 20% e conforme a Súmula 14 do TST tem direito a 50% do aviso prévio + férias proporcionais e do 13º salário, as demais verbas na integralidade.” 📌Observar Art. 18, parágrafo 2º da Lei 8.036/90 § 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento. Por motivo de força maior – Art. 501 e 502 da CLT Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente. Art. 502 - Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa, ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é assegurada a este, quando despedido, uma indenização na forma seguinte: 🗣Professora Eliane: “Na hipótese de encerramento das atividades do empregador por motivo de força maior a indenização devida aos empregados será reduzida a metade, conforme os art. 501 e 502 da CLT e da Lei 8.036/90, Art. 18, parágrafo 2º. Assim os empregados levantam os depósitos do FGTS com acréscimo de 20% e nos contratos por prazo determinado que não contenham a cláusula de rescisão antecipada a indenização do Art. 479 será reduzida a metade.” Por determinação de autoridade pública – Art. 486 da CLT Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que 👀 CONCEITO Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 29 impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. Factum principis – o interesse do coletivo prevalece sobre o interesse individual. 👨🏿🚒👩🏽✈Prevalece a determinação da autoridade pública. Ex.: Uma loja deverá ser desativada para uma obra federal/ estadual/ municipal, que deve indenizar a empresa que deverá utilizar o valor da indenização para realizar o depósito dos 40% sobre os valores nas contas do FGTS de todos os funcionários. 🗣Professora Eliane: “A indenização ficará a cargo da autoridade pública que determinou o fechamento do estabelecimento, assim o governo arca com o pagamento da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS e as demais verbas rescisórias são de responsabilidade do empregador, nos termos do Art. 486 da CLT.” Por motivo de aposentadoria 👵🏾👴🏼A aposentadora não termina o contrato de trabalho. OJ 361 da SBDI-1 do TST 61. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. UNICIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. MULTA DE 40% DO FGTS SOBRE TODO O PERÍODO (DJ 20, 21 e 23.05.2008) A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. Multa dos 40% incide sobre a totalidade dos depósitos, mesmo os valores que o aposentado já sacou. Dispensa imotivada 😃O empregador deve fazer o depósito da multa dos 40%. Dispensa por pedido do empregado aposentado 😞O empregado não recebe a multa de 40%. 🗣Professora Eliane: “A aposentadoria voluntária não é motivo de extinção contrato de trabalho, assim se o empregado se aposenta e continua a trabalhar quando for dispensado imotivadamente a multa de 40% sobre os depósitos do FGTS será calculada sobre a totalidade dos depósitos, de acordo com o entendimento do TST através da OJ 361 da SBDI-1.” 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 6 1-Após ter completado 25 (vinte e cinco) anos de trabalho na empresa Gama Ltda, Pedro Paulo conseguiu junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o deferimento de sua aposentadoria por tempo de contribuição, que somando ao período prestado para outras empresas, completou o tempo de contribuição exigido pela Autarquia Federal para a concessão da aposentadoria voluntária. No entanto, embora Pedro Paulo tenha levantado os valores depositados no FGTS, em razão da aposentadoria, não requereu seu desligamento da empresa, por não conseguir sobreviver com os proventos da aposentadoria concedida pelo INSS, porque seus valores são ínfimos e irrisórios. Assim, permaneceu no Admissão Aposentadoria Voluntária Dispensa imotivada Levanta os depósitos do FGTS – Lei 8.036/90 MAI/2008 JUN/2017 ABR/2019 Multa dos 40% sobre totalidade do FGTS Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 30 emprego trabalhando por mais 5 (cinco) anos, quando foi dispensado imotivadamente. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: a) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho quando o empregado continua trabalhando após a aposentadoria? Justifique indicando a jurisprudência do TST e do STF sobre a matéria. R: Não, pois segundo o entendimento do TST se o empregado quiser continua a trabalhar com o mesmo contato de trabalho – OJ 361. b) A indenização compensatória de 40% do FGTS incide sobre todo o contrato de trabalho, ou somente no período posterior à aposentadoria? R: A multa dos 40% incide sobre a totalidade dos depósitos. Questão Objetiva 1-Um empregado ajuizou reclamatória trabalhista contra sua ex-empregadora, alegando, em suma, que fora demitido por justa causa, deixando de receber as verbas rescisórias devidas. Na ação pleiteia a conversão da justa causa para dispensa injusta com o pagamento das verbas rescisórias referentes a tal modalidade de rescisão contratual. A empresa apresentou defesa alegando que a demissão ocorreu por justa causa em razão de o reclamante ter agredido seu superior hierárquico. Quando do julgamento do feito, o juiz reconheceu que o reclamante tomou esta iniciativa por ter sido ofendido por seu chefe, tendo ambas as partes culpam na ocorrência dos fatos que culminaram com a rescisão do contrato, ou seja, restando configurada a culpa recíproca. Nesse caso, com relação à rescisão contratual por culpa recíproca: 📌(B) o empregado terá direito a 100% do saldo de salário e das férias vencidas + 1/3 e 50% do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais + 1/3, além de poder sacar seu FGTS com multa de 20%. (Art. 484 da CLT e Súmula 14 do TST) 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 7 1-Marcos Vinícius foi contratado pelo Banco Alfa S/A na função de vigilante em 01/10/2015. Em 13/08/2016 Marcos faltou ao serviço injustificadamente, tendo sido advertido por escrito. Marcos Vinícius já havia faltado outras vezes, sem qualquer justificativa tendo sido advertido em todas as ocasiões. No dia 16/01/2017, Marcus Vinícius voltou a faltar sem qualquer justificativa, desta vez foi punido com 3 (três) dias de suspensão. Ao retornar da suspensão o Banco Alfa S/A resolveu dispensar Marcos Vinícius por justa causa. Diante do caso apresentado,responda justificadamente: O Banco Alfa S/A agiu corretamente ao dispensar Marcus Vinícius por justa causa? Justifique. R: Não agiu corretamente pois puniu o Marcos Vinícius duas vezes pelo mesmo motivo. O banco teria que aguardar que o funcionário cometesse novamente uma falta grave. Desta maneira, desrespeitou os princípios da singularidade e unicidade. Questão Objetiva 1-Verônica foi contratada, a título de experiência, por 30 dias. Após 22 dias de vigência do contrato, o empregador resolveu romper antecipadamente o contrato, que não possuía cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão. Sobre o caso, de acordo com a Lei de Regência, assinale a opção correta. 📌(B)Verônica terá direito à remuneração, e por metade, a que teria direito até o termo final do contrato. (Art. 479 da CLT) 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 8 1-Tales, empregado da empresa Bom Garfo, falsificou atestado médico para justificar suas faltas e consequentemente não ter desconto em sua remuneração. Neste caso, Tales cometeu falta grave passível de demissão por justa causa, uma vez que praticou ato de desídia". No caso apresentado, a tipificação pelo empregador (desídia) foi correta? Justifique a sua resposta. R: Não, pois a conduta de Thales é caracterizada como ato de improbidade, desonestidade, conforme trata o Art. 482, a da CLT. Questão Objetiva Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 31 1-A empresa Tudo Limpo, ao admitir seus empregados, sempre informa sobre obrigação do uso do uniforme. Mas para evitar esquecimentos, esta espalhou por todo o ambiente de trabalho aviso sobre o uso obrigatório do uniforme. Paulo e Maurício fazem parte do quadro de empregados da empresa. O superior hierárquico do setor onde desempenham suas atividades, dividiu as atribuições de cada um, cabendo a Paulo a obrigação de visitar todos os clientes da empresa e ao final elaborar um relatório sobre a satisfação ou insatisfação destes, tarefa a ser executada em cinco dias. Ao final do prazo ao questionar Paulo sobre a tarefa, teve como resposta que ele não a tinha executado porque não gostava de ficar paparicando cliente. Nesta mesma oportunidade, ao entrar na sala onde Paulo se encontrava, o chefe viu Maurício sem uniforme. 📌(A) Paulo e Maurício podem dispensados por justa causa, respectivamente por atos de insubordinação e indisciplina respectivamente. (Art. 482, h da CLT) Aula 8 – 15ABR2019 Continuação: Plano de Aula 8 ⛔Dispensa por justa causa, rescisão indireta e culpa recíproca 🤷Por desaparecimento de uma das partes ⚰Morte do empregado Os dependentes (cadastrados no INSS) recebem os direitos do empregado, são eles: 💰Saldo de salário 💰Férias + 1/3 CF 💰13º salário 💰FGTS – Art. 20, IV, da Lei 8.036/90 Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento; 🗣Professora Eliane: “Na hipótese de o empregado vir a falecer seus direitos serão pagos aos dependentes cadastrados no INSS e na falta de dependentes, na forma da lei civil.” ✅Seguro contra acidente de trabalho - Art. 7º, XXVIII da CRFB XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; Caso a morte seja em decorrência de acidente de trabalho, a indenização será a mesma prevista na morte do empregado. Caso a empresa possua algum seguro, seus dependentes também terão direito. 👎🏻Extinção da empresa O risco do negócio é do empregador, por isso o empregador deve arcar com todas as indenizações pertinentes do empregado. 🗣Professora Eliane: “Na hipótese de extinção da empresa todos os direitos são devidos, pois o risco do negócio é do empregador.” Plano de Aula 9 ✍🏼Homologação da Terminação do Contrato de Trabalho Homologação do Contrato de Trabalho – Art. 477, §6º da CLT Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 32 Art. 477 - Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. O empregador deve informar aos órgãos competentes a demissão do empregado para que ele somente com a Carteira de Trabalho possa sacar o FGTS na Caixa Econômica Federal. 📃Termo de quitação Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) 🗣Professora Eliane: “O termo de quitação deve conter de forma discriminada as parcelas que estão sendo pagas, pois o empregado somente dá a quitação das parcelas relacionadas no termo.” 📆Prazo e efeitos 🗣Professora Eliane: “O prazo para o pagamento e para a entrega dos documentos (TRCT) e Comunicação da Dispensa (para parcelas do seguro desemprego), na forma do §6º do Art. 477 da CLT deverão efetuados até 10 dias contados a partir do término do contrato, não havendo a observância do prazo o empregado terá direito a uma multa que corresponde ao valor do seu salário base.” § 6º - A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. Art. 477-A da CLT Art. 477-A - As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. 🗣Professora Eliane: “Na forma do Art. 477-A da CLT as dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas se equiparam, não havendo mais a necessidade da participação dos sindicatos ou da celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.” 📌PDV (Plano de Dispensa Voluntária) – Art. 477-B da CLT Art. 477-B - Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. 🗣Professora Eliane: “A adesão ao plano de demissão voluntária previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo, enseja a quitação geral do contrato de trabalho, não podendo o ex-empregado reclamar nenhum direito na justiça do trabalho, salvo se for estipulada entre as partes disposição em contrário.” 🗓Termo de quitação anual – Art. 507-B da CLT Art. 507-B - É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. 🗣Professora Eliane: “Empregado e empregador poderão na vigência do contrato ou no término firmar termo de quitação anual, a quitação tem eficácia liberatória geral, assim todas as parcelas relacionadas no termo não poderão constar de uma futura ação trabalhista, nos termos do Art. 507-B da CLT.” 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 9 (NÃO VAI CAIR NA PROVA) 1-Ana Maria trabalhou na empresa Preço Bom Ltda., por 3 (três) anos. Foi dispensadaimotivadamente em 20.04.2015, não tendo cumprido o aviso prévio. O empregador efetuou o depósito das verbas rescisórias na conta salário de Ana Maria no dia 29.04.2015, mas a homologação da ruptura contratual só ocorreu no dia 21.05.2015. Diante do caso apresentado, responda justificadamente se Ana Maria tem direito à multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, indicando o prazo máximo (dia, mês e ano) para a quitação das verbas da rescisão contratual. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 33 R: O pagamento das verbas rescisórias foi realizado dentro do prazo de 10 dias, contados do término do contrato, nos termos do Art. 477, §6º da CLT. Assim Ana Maria não tem direito a multa, pois não houve atraso no pagamento e de acordo com a Lei 13.467/2017 não existe mais a homologação no sindicato ou Ministério do Trabalho. OBS: A nova Legislação que alterou o Art. 477, §6º da CLT, determina que o pagamento e a entrega dos documentos ao empregado sejam feitos em até 10 dias do término do contrato. Questão Objetiva 1-Homologar a rescisão nada mais é do que efetuar o pagamento das verbas rescisórias a que o empregado fizer jus, nas entidades competentes, que orientarão e esclarecerão as partes sobre o cumprimento da lei. Tendo em vista a afirmativa, é correto dizer: 📌 B) O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. (Questão prejudicada pela nova Legislação.) 🛑 Prova – AV1 DIREITO DO TRABALHO II – PROF. ELIANE CONDE (29/ABR/2019)🛑 ✅Caso para apresentar no dia da prova: Caso Concreto 2 💣Tópicos da prova 1 ⃣ Férias - Art. 129 a 145 da CLT 2 ⃣ Estabilidade e garantia de emprego ➡Gestante ➡Acidentado ➡Dirigente sindical mais comuns ➡Representante da CIPA ➡Representante dos empregados nas empresas com mais de 200 empregados – Art. 510-D, §3º da CLT 3 ⃣ Aviso prévio – Art. 487 a 491 da CLT ➡Aviso prévio proporcional 4 ⃣ Término do contrato ➡Dispensa por justa causa – Art. 482 da CLT ➡Por acordo entre partes ➡Por aposentadoria ➡Culpa recíproca – Art. 484 da CLT e Súmula 14 ➡Rescisão indireta 5 ⃣ Prazo para o pagamento das verbas ➡Art. 477, 477-A e 477-B da CLT 👆CASO CONCRETO 9 NÃO CAIRÁ NA PROVA Aula 9 – 27ABR2019 📝Correção da prova: 1ª Questão – No que diz respeito a férias anuais, reguladas pela Consolidação das Leis do Trabalho, marque a alternativa correta: Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 34 a) Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo, deixar o emprego e não for readmitido dentro dos sessentas dias subsequentes à sua saída. b) Desde que haja concordância com o empregado, as férias poderão ser usufruídas em quantos períodos forem, sendo que um deles não poderá ser inferior a dez dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos cada um. c) A época de concessão de férias será a que melhor consulte os interesses do trabalhador. d) Durante as férias o empregado poderá livremente prestar serviços a outros empregadores. e) Se as férias forem concedidas após 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito, o empregador pagará o valor das férias acrescido de 40%. 2ª Questão – Marta era empregada na empresa Surpresa LTDA., exercendo a função de secretária. Após 2 anos de serviços prestados, recebeu aviso prévio trabalhado. Durante o período de cumprimento do aviso prévio, a respectiva empregada praticou ato de improbidade. À luz da legislação e da jurisprudência uniforme do TST, é correto afirmar que: a) O caso deverá ser levado ao conhecimento da Justiça do Trabalho, que determinará qual será a forma de rompimento contratual final. b) A empregada não tem direito ao restante do prazo do aviso prévio e ao pagamento das verbas rescisórias de natureza indenizatória. c) Considerando que o fato aconteceu durante o aviso prévio, o empregador será obrigado a perdoar a falta. d) Altera-se a natureza jurídica da ruptura contratual para culpa recíproca, de modo que Marta receberá 50% das verbas devidas. e) A ocorrência de falta grave não é mais justificativa relevante, porque seu contrato já havia sido rompido. 3ª Questão – Orlando trabalha como motorista de uma empresa de transportes urbanos. Por ocasião do carnaval, na quarta-feira de cinzas, após voltar de um bloco conduzindo seu veículo, foi apreendido pela blitz da lei seca. Ocorre que, somando essa infração com outras que já possuía, foi decretada a perda de sua Carteira Nacional de Habilitação. Diante de tal situação, de acordo com a CLT: a) Poderá ser decretada a despedida por justa causa de Orlando, desde que haja previsão no contrato de trabalho. b) Poderá ser decretada a despedida por justa causa de Orlando. c) Será decretada a nulidade de contrato de contrato de trabalho de Orlando. d) O contrato de trabalho de Orlando será suspenso. e) A perda da habilitação não constitui motivo para a dispensa por justa causa. 4ª Questão – A cerca da estabilidade dos membros da CIPA, assinale a alternativa correta. a) O empregado que tiver registrado a candidatura e tiver sido eleito membro da CIPA durante a vigência de contrato de experiência não terá direito a estabilidade. b) A extinção do estabelecimento onde o empregado eleito membro da CIPA trabalhe não acarreta a extinção da estabilidade, visto que o empregado terá direito ao recebimento de todas as garantias até o final da projeção do seu mandato. c) Terão direito a estabilidade os membros da CIPA representantes dos empregados e dos empregadores, sejam titulares ou suplentes. d) Em regra, a estabilidade dos membros da CIPA permanece até o final do mandato, ainda que o empregado renuncie ao cargo de membro da CIPA. e) Não existe limite para reeleição de empregado como membro da CIPA, de forma que a estabilidade permanece até o final do mandato. 5ª Questão – De acordo com a CLT, à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente será concedida licença maternidade: Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 35 a) De 180 dias mediante apresentação da Certidão de Nascimento da criança e do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo que a adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença maternidade apenas para um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. b) De 120 dias mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo que a adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença maternidade aos dois adotantes ou guardiães empregado ou empregada. c) De 120 dias mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo que a adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. d) Dependendo da idade da criança que poderá variar de 30 a 180 dias, independentemente da apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo a adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. e) Dependendo da idade da criança que poderá variar de 30 a 180 dias, mediante a apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã, sendo a adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença maternidade aos dois adotantes ou guardiães empregado ou empregada.6ª Questão – Conforme disposto na CLT, não constitui justa causa para ensejar a rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) Ato de improbidade. b) Prática constante de jogos de azar. c) Desídia no desempenho das respectivas funções. d) Incontinência de conduta ou mau procedimento. e) Condenação criminal do empregado, não transitada em julgado. 7ª Questão – (Caso Concreto – Semana 1) 1-Ana Lúcia ingressou na empresa Brasil Serviços Ltda. em 15.04.2009 na função de auxiliar de serviços gerais. As férias do período 2009/2010 foram usufruídas de 01.03.2011 a 30.03.2011. Ocorre que o empregador só efetuou o pagamento destas férias quando do seu retorno ao trabalho em 31.03.2011. Além disso, Ana Lúcia recebeu a título de férias o mesmo valor do salário recebido no mês anterior, sem qualquer acréscimo. Ana Lúcia procurou o escritório de advocacia para saber se foi regular a atitude da empresa e se tem direito a algum valor a título de férias. Qual a orientação você daria para Ana Lúcia? Justifique. R: O empregador respeitou o período concessivo da Ana Lúcia, entretanto, o valor a ser recebido seria o de seu salário + 1/3 FC e, deveria ser pago dois dias antes do primeiro dia de suas férias. Por ter tido este direito violado, Ana Lúcia tem direito ao valor de suas férias em dobro. 8ª Questão – As irmãs Rita e Tereza trabalham para o mesmo empregador. Quando Rita engravida, Tereza que não pode ter filhos naturais, resolve adotar uma criança. Assim, logo após o nascimento da filha de Rita, Tereza adota uma criança de 6 meses de idade. Considerando a situação hipotética e de acordo com as leis vigentes, responda: Ria e Tereza gozarão de estabilidade? R: Sim, ambas gozam de estabilidade provisória. Rita em decorrência da gravidez, inicia sua estabilidade quando entrega na empresa o exame que comprova a sua condição + 120 dias após o nascimento da criança, amparada pela licença maternidade. Tereza em razão da adoção, também goza de licença maternidade conforme entendimento sumulado do TST. 9ª Questão – O empregador Maurício, imotivadamente, manifestou desejo de romper vínculo empregatício e conceder aviso prévio ao seu empregado Ricardo, cuja remuneração é percebida quinzenalmente. Nessa situação hipotética, Lauro terá direito a optar pela redução do horário de trabalho em duas horas diárias ou a se ausentar do serviço por sete dias corridos, sem prejuízo do salário, durante o cumprimento do aviso prévio? R: Ricardo pode optar por reduzir em 2 horas sua carga horária ou faltar sem prejuízo, os último 7 dias do aviso prévio, direitos do aviso prévio na dispensa imotivada. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 36 Aula 10 – 13MAI2019 Plano de Aula 10 📆 Prescrição e decadência 📌Prescrição – Art. 7º, XXIX da CRFB c/c Art. 11 da CLT XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Art. 11 - A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho: A prescrição é a perda da pretensão. Ela trata de uma punição pela inércia do credor em ajuizar a ação no prazo previsto em lei, podendo o juiz arguir de oficio a prescrição. O prazo prescricional nasce da lesão, gerando o direito de ação actio nata. 📌Conceito 🗣 Professora Eliane: “Consiste na perda da exigibilidade da prestação jurisdicional pela inércia do titular do direito não ter ajuizado a ação no prazo previsto na lei, assim é uma punição ao credor do direito que não observa o prazo legal.” ⏳ Prazo prescricional Existem 2 prazos: 📍 Prescrição total (ou bienal) – do término do contrato tem 2 anos para ajuizamento da ação trabalhista. 📍 Prescrição parcial (ou quinquenal) – da data do ajuizamento retroage 5 anos. 📍 Súmula 308 - I do TST I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 🗣 Professora Eliane: “A prescrição total inicia do término do contrato, e a prescrição parcial do ajuizamento da ação trabalhista, conforme o artigo 11 da CLT e Súmula 308 - I do TST.” 📍 Arguição da prescrição – momento Súmula nº 153 do TST PRESCRIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Não se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária (ex-Prejulgado nº 27). 📍 Fase ordinária do processo É quando depois de ajuizada a ação o réu não arguiu a prescrição na defesa, ele pode arguir a qualquer tempo até que tenha sentença do TST. 😁 Admissão 12/MAR/2009 😔 Dispensa 10/MAR/2017 ⚖ Ajuizamento da ação 10/MAR/2019 Volta 5 anos – 10/MAR/2014 Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 37 📌Reclamação Trabalhista Reclamado X Reclamante 🗣 Professora Eliane: “A prescrição pode ser arguida até a fase ordinária do processo, entendendo-se como fase ordinária até as razões de recurso interposto pelo reclamado (a) da decisão proferida pelo juiz de primeira instância. Desta forma, não se admite a arguição da prescrição pela primeira vez em recurso interposto para o TST.” 📍 Ao TST não cabe mais provas, somente matéria de direito. 📌Interrupção do prazo prescricional – Art. 240, §1º do CPC e Art. 841 da CLT § 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 🗣 Professora Eliane: “Com o ajuizamento da reclamação trabalhista, o prazo prescricional ficará interrompido, mas se o reclamante não comparecer à audiência cessa o motivo da interrupção do prazo prescricional, tendo o reclamante mais 2 anos para ajuizar uma nova reclamação trabalhista, mas somente em relação aos pedidos idênticos da ação que foi arquivada, conforme o artigo 11, §3º da CLT e Súmula 268 do TST.” § 3º - A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. Súmula nº 268 do TST PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. 📍 Interrupção = dar stop (⏹) no filme – você para e quando volta, o filme do inicia novamente. 📍 Suspensão = dar pause (⏸) no filme – você para e depois retorna exatamente de onde parou JUIZ TRT TST 1-Decisão: houve decisão favorável ao reclamante. 2-Contestação da prescrição. (Neste momento o reclamado pode arguir no recurso a prescrição.) Fernanda Barcellos– UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 38 Quando interrompe o prazo e o reclamante não comparece, ele ganha mais 2 anos somente aos pedidos idênticos aos já ajuizados. Os pedidos além dos ajuizados anteriores, serão considerados prescritos. 🖐🏻 Art. 844, §2º da CLT – o reclamante será condenado se não comparecer à audiência. § 2º - Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. 🖐🏻 Art. 844, §3º da CLT – o reclamante só poderá ajuizar ação novamente se comprovar o pagamento das custas condenadas anteriormente. § 3º - O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de nova demanda. 👉🏻Cabe agravo de instrumento na Justiça do Trabalho? Sim, mas para destrancamento, diferente do Processo Civil – Questão levantada pela Isabel. 👉🏻O que é Agravo de Instrumento? Trata-se de um recurso. É a última decisão do juiz que não agradou uma das partes, de modo que esta parte quer um resultado diferente e por isso recorre pedindo reforma da decisão. O agravo de instrumento é um tipo de recurso que visa obter a reforma de decisões que são chamadas de “decisões interlocutórias, sendo estas, decisões que não dão fim ao processo, mas que decidem questões pontuais ao logo do processo. Veja o exemplo abaixo: 👨🏻Fausto Silva, desempregado, ingressa com uma ação em face da LIGTH devido erros na sua conta de luz. Diante da falta de recursos, o advogado solicita o benefício da gratuidade de justiça. 👨🏽⚖O juiz nega o seu pedido. 📑O advogado do Fausto Silva utiliza o AGRAVO DE INSTRUMENTO para o TJRJ pedindo que seja alterada a decisão na qual lhe foi negado o pedido de justiça gratuita, pedindo que seja proferida nova decisão que conceda ao Fausto o benefício solicitado. 📌Ajuizamento do protesto – OJ 392 da SBDI 1 do TST OJ-SDI1-392 PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO DE PROTESTO JUDICIAL. MARCO INICIAL (republicada em razão de erro material) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da ação, por si só, interrompe o prazo prescricional, em razão da inaplicabilidade do § 2º do art. 240 do CPC de 2015 (§ 2º do art. 219 do CPC de 1973), incompatível com o disposto no art. 841 da CLT. 🖐🏻Aplica-se subsidiariamente o CPC sempre que a CLT for omissa. Ajuizamento da Reclamação Trabalhista: 10/FEV/2019 Distribuição RT para 5ª VT/RJ 5ª VT/RJ Exp. Notificação para as partes informando a data da audiência. Audiencia: 13/MAI/2019 as 8h Audiência ACIJ UNA 13/MAI/2019 8H 👷 👩🏾💼 RECLAMANTE RECLAMADO FALTOU PROCESSO ARQUIVADO Extinção sem resolução do mérito. 1 2 3 4 5 Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 39 🗣 Professora Eliane: “Com o ajuizamento do protesto, o prazo prescricional fica interrompido, pois não se aplica ao processo do trabalho o §2º o Art. 240 do CPC que prescreve que incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 dias, as providencias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o §1º do referido artigo que prescreve que a interrupção da prescrição retroage a data da propositura da ação, pois no processo do trabalho a citação corre de forma automática, visto que o juiz do trabalho não despacha, determinando a citação, conforme o art. 841 da CLT.” § 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º. 📌Regras especiais ✍🏻Anotação na CTPS Trata de casos de empregados que trabalharam em empresas que não fizeram anotação na carteira e não recolheram o INSS do tempo trabalhado. O empregado pode ajuizar uma ação declaratória, a fim de que o INSS reconheça este tempo. Ação declaratória, não tem prazo prescricional para reconhecimento do vínculo. O empregado ajuíza ação em face da empresa onde trabalhou e não teve anotação na carteira e no polo passivo o INSS para que na mesma ação haja a declaração de vínculo e o INSS reconheça o tempo trabalhado para aposentadoria. 🖐🏻Processo Administrativo – Art. 39 da CLT Art. 39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sabre a não existência de relação de emprego ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado à Justiça do Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado. 👉🏻A jurisdição é inerte, só se movimenta se for provocada. 🗣 Professora Eliane: “Conforme o art. 11, §1º da CLT o prazo prescricional para a propositura da reclamação trabalhista não é aplicado quando a ação for de reconhecimento de vínculo de emprego e tenha por objeto as anotações na CTPS do trabalhador para fins de prova junto ao INSS.” 👧🏻Menor – Art. 440 da CLT Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição. 👍🏻O menor pode trabalhar na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. 👍🏻Com 16 anos ele pode trabalhar desde que não seja em condição insalubre e perigosa. O menor que quiser ajuizar uma ação, deve ser representado por seu responsável. Mas o prazo prescricional só começa a contar quando este menor completar 18 anos. 👉🏻Art. 439 da CLT Art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. 👉🏻Art. 5, p.u., V do CC Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Mesmo o menor emancipado, não inicia a contagem da prescrição. O prazo só vai começar a partir dos 18 anos. Mas emancipado ele mesmo pode ajuizar a ação. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 40 Tendo o emancipado o benefício de ter maior tempo para ajuizar, já que mesmo emancipado, sua contagem só vai iniciar aos 18 anos. 🗣 Professora Eliane: “O prazo prescricional do art. 11 da CLT só começa a contar em relação ao menor a partir dos 18 anos, conforme o artigo 440 da CLT, mas o menor pode receber os salários sem estar representado por seu representante legal, mas no ato da rescisão contratual (quitação) deverá estar representado, conforme o art. 439 da CLT. Para a contagem do início do prazo prescricional não se aplica a regra do art. 5º, p.u., V do CC que trata da emancipação, pois mesmo o menor com 16 anos completos, possuindo economia própria e relação de emprego, a contagem só começa a fluir a partir da maioridade.” 🏖Férias – Art. 149 da CLT Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. 🗣 Professora Eliane: “Na hipótese das férias o início do prazo prescricional é do término doperíodo concessivo ou do término do contrato.” 💰FGTS Era o único direito trabalhista que tinha prescrição trintenária (30 anos), está previsto na Lei do FGTS, Art. 25. Mas em 2014, o STF entendeu por inconstitucional este artigo. Seguindo a mesma regra dos demais direitos trabalhistas, ou seja, os últimos 5 anos. 🗣 Professora Eliane: “O prazo para reclamar a ausência de depósitos do FGTS é de 5 anos, desde que respeitado o biênio para o ajuizamento da ação, pois foi declarada a inconstitucionalidade a prescrição trintenária prevista no art. 25 da Lei 8.036/90, conforme a Súmula 362 o TST.” Art. 25. Poderá o próprio trabalhador, seus dependentes e sucessores, ou ainda o Sindicato a que estiver vinculado, acionar diretamente a empresa por intermédio da Justiça do Trabalho, para compeli-la a efetuar o depósito das importâncias devidas nos termos desta lei. Súmula nº 362 do TST FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015 I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica- se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF). Aula 11 – 20MAI2019 Continuação Plano de Aula 10 📆 Prescrição e decadência 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 10 1-Manuela foi contratada pela empresa TDB Informática Ltda., em 13/10/2011 na função de analista de sistemas e foi dispensada sem justa causa em 15/06/2013, com aviso prévio indenizado. Ajuizou ação trabalhista em 10/07/2015 postulando o pagamento de horas extras de todo período trabalhado e seus reflexos sobre o repouso semanal remunerado, férias integrais e proporcionais + 1/3, décimos terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS + 40% e aviso prévio. No entanto, no dia da audiência realizada em 19/11/2015, Manuela não compareceu e a ação trabalhista foi arquivada, com a extinção do processo sem resolução do mérito. Ajuizou nova ação trabalhista em 17.06.2016 postulando além as horas extras o adicional noturno de todo período trabalhado e os respectivos reflexos nas verbas Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 41 contratuais e rescisórias. Em sua contestação, a empresa TDB Informática arguiu a prescrição total, requerendo a extinção do processo com resolução do mérito. Considerando essa situação hipotética, esclareça, de forma fundamentada, se há prescrição total no presente caso. R: Não ocorreu a prescrição total pois o ajuizamento da ação interrompe o prazo prescricional, mas como Manuela não compareceu à audiência marcada, o processo foi arquivado e conforme o art. 11, p3º da CLT e a Súmula 268 do TST a ação arquivada interrompe a prescrição, somente em relação aos pedidos idênticos, assim somente o adicional noturno, pleiteado na nova ação está prescrito. Questão Objetiva 1-(Ano: 2016 - Banca - FCC Órgão: TRT - 1ª REGIÃO) Prova de Juiz do Trabalho Substituto). O cirurgião-dentista A admitiu em seu consultório a atendente X, em 20/10/2002, anotando regularmente sua CTPS. O contrato de trabalho desenvolveu-se normalmente até 2004, quando, após sucessivas investidas do empregador, a atendente aceitou dar início a um relacionamento amoroso entre eles, o qual culminou com o divórcio do empregador em 2005 e a celebração de uma escritura pública de união estável entre ele e a atendente, não obstante continuassem a executar normalmente o contrato de trabalho. Rompendo a união estável, também por escritura pública, em 10/03/2008, a relação de emprego ainda assim prosseguiu, sem qualquer alteração, até 15/02/2010, quando o empregador dispensou imotivadamente a trabalhadora. Promovendo a trabalhadora reclamação trabalhista em face do cirurgião-dentista, em 20/01/2012, pretendia receber horas extras, por todo o período, e diferenças salariais desde 2005, considerando que desde então até 2009 o empregador não lhe havia concedido qualquer reajuste salarial. Tudo considerado, conclusos os autos, o juiz decidiu acertadamente que, no caso: 📌 B) estariam prescritos todos os títulos anteriores a 20/01/2007, caso arguida a prescrição a qualquer tempo no processo. OBS.: com base no art. 193 do CC e observando a Súmula 153 do TST 🗣 Professora Eliane: “O prazo decadencial extingue o direito pois trata-se de direito potestativo, absoluto da parte, assim nas ações declaratórias e constitutivas o prazo é decadencial e nas ações condenatórias o prazo é prescricional. Ex1.: Art. 853 da CLT e Súmula 403 do STF (Prazo de 30 dias após o afastamento do empregado para o ajuizamento da ação de inquérito.) Ex2.: Prazo de 2 anos para ação rescisória, art. 836 da CLT e 495 do CPC – rescindir uma sentença que contém um vício ou acordo homologado com todos os funcionários com o objetivo de enganar o judiciário para uma quitação geral. Ex3.: mandado de segurança Ex4.: ação de inquérito” Plano de Aula 11 🚺🚼Trabalho da Mulher e Trabalho do Menor 🚼Trabalho do Menor – contrato de aprendizagem – Art. 7º, XXXIII da CRFB XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; Inicia com 14 anos na condição de aprendiz; CONTRATAÇÃO 13/10/2011 DIPENSA C/ AVISO 15/06/2013 AJUÍZOU AÇÃO 10/07/2015 15/06 + 30 dias de aviso + 3 dias referentes a 1 ano = fim do contrato em: 18/07/2013 AUDIÊNCIA 19/11/2015 FALTOU + 2 ANOS AJUÍZOU NOVA AÇÃO COM NOVOS PEDIDOOS 17/06/2016 Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 42 A partir de 16 anos pode ser contratado para outras atividades, salvo na condição de atividades insalubres, perigosas e depois das 22h; Ex.: Mc Donald’s que contrata a partir dos 16 anos para atendente de lanchonete. 📕Empregado Doméstico – Art. 1ª, p.u. da LC 150/2015 Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008. Só é permitida a contratação de empregados domésticos a partir dos 18 anos. 📌Características do contrato de aprendizagem – Art. 428 da CLT Art. 428 - Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. O programa de aprendizagem tem finalidade social, para que o menor inicie um ofício. 🖐🏻Características ✔Contrato deve ser escrito; ✔Anotado na CTPS; ✔Prazo determinado – máximo de 2 anos (♿salvo para o deficiente – sem limite de prazo); ✔Menor entre 14 e 24 anos (♿salvo para o deficiente – sem limite de idade); ✔Deve ter frequência escolar (Ensino fundamental ou ensino médio) e matrícula em curso técnico profissionalizante financiado pelo empregador; ✔Salário calculado pelo número de horas trabalhadas; ✔FGTS – 2% - Art. 15, §7º da Lei 8.036/90 Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadoresficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. § 7o Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo reduzida para dois por cento. 📌Jornada de trabalho – 432 da CLT Art. 432 - A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. A carga horária máxima é de 6 horas por dia ao jovem aprendiz. Ao jovem que já tenha completado o ensino fundamental poderá ter duração de 8 horas, considerando a parte teórica e a parte prática. 📌Término do contrato – Art. 433 da CLT Art. 433 - O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: Incisos de I ao IV: ✅Desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; ✅Falta disciplinar grave; ✅Ausência injustificada à escola que implique a perda do ano letivo; ✅A pedido do aprendiz. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 43 🗣 Professora Eliane: “O fim do contrato pode ser no prazo ajustado, pelo limite da idade (ao completar 24 anos), salvo na hipótese do deficiente, e de forma antecipada por desempenho insuficiente, cometimento de falta grave (justa causa), reprovação na escola ou a seu pedido nas hipóteses dos incisos do Art. 433 da CLT” 🤔Termo = contrato. 🚺Trabalho da Mulher Tem por objetivo proteção a maternidade. 📌Descanso Dominical – Art. 386 da CLT Art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. 📌Trabalhadoras do Comércio – Art. 6º da Lei 10.101/2000 Art. 6o Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição. (Redação dada pela Lei nº 11.603, de 2007) Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva. (Redação dada pela Lei nº 11.603, de 2007) 📌Descriminação no contrato de trabalho – Art. 373-A da CLT Art. 373-A - Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. Parágrafo único - O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. 📌Descanso intrajornada – Art. 382 e 383 da CLT Art. 382 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, haverá um intervalo de 11 (onze) horas consecutivas, no mínimo, destinado ao repouso. Art. 383 - Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada um período para refeição e repouso não inferior a 1 (uma) hora nem superior a 2 (duas) horas salvo a hipótese prevista no art. 71, § 3º. 📌Atividade insalubre – Art. 192 da CLT Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 44 GRAU MÁXIMO 40% SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO DA REGIÃO. GRAU MÉDIO 20% GRAU MÍNIMO 10% 📌Atividade insalubre para Gestante – Art. 394-A da CLT Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. Art. 394-A - A empregada gestante será afastada, enquanto durar a gestação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres e exercerá suas atividades em local salubre, excluído, nesse caso, o pagamento de adicional de insalubridade. GRAU MÁXIMO Suspende a atividade insalubre* GRAU MÉDIO/ MÍNIMO Apresentação de atestado médico** *A empregada pode realizar outra atividade em outro setor que não seja insalubre, sem prejuízo na remuneração. ** No atestado médico deve constar o aconselhamento de se afastar das atividades insalubres. § 3º - A empregada lactante será afastada de atividades e operações consideradas insalubres em qualquer grau quando apresentar atestado de saúde emitido por médico de sua confiança, do sistema privado ou público de saúde, que recomende o afastamento durante a lactação. Reconhece como licença maternidade desde o primeiro dia do afastamento 🗣 Professora Eliane: “Durante a gravidez, na hipótese da atividade insalubre, tendo recebido o adicional no grau máximo, a mulher será afastada das suas funções e transferida para outro local de trabalho ou atividade salubre, sem prejuízo da sua remuneração. O recebimento do adicional no grau médio ou mínimo, para o afastamento da função a mulher deverá apresentar atestado médico, emitido por médico da sua confiança que entenda pelo afastamento necessário, a mesma hipótese quando a mulher estiver amamentando, independentemente do grau do adicional de insalubridade, conforme o art. 394-A da CLT” 📌Aborto não criminoso – Art. 395 da CLT Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. 🗣 Professora Eliane: “Na hipótese de aborto não criminoso, a mulher tem direito a duas semanas de descanso, sem prejuízo da sua remuneração, art. 395 da CLT.” 📌Período de amamentação – Art. 396 da CLT Art. 396 - Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora cada um. § 2º - Os horários dos descansos previstosno caput deste artigo deverão ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador. 🗣 Professora Eliane: “Durante o período da amamentação até que o filho complete 6 meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos de 30 min cada um, definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador, nos termos do art. 396 e §2º da CLT” Aula 12 – 27MAI2019 Plano de Aula 12 🆘Segurança e Medicina do Trabalho Art. 7º, XXII e XXIII da CRFB XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 45 XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 📌Atividades insalubres e perigosas – Art. 189 da CLT Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 🚫Condições Insalubres – risco de doença 🚫Condições Perigosas – risco a integridade física 📌Adicional de insalubridade – Art. 192 da CLT Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. GRAU MÁXIMO 40% SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO DA REGIÃO.* GRAU MÉDIO 20% GRAU MÍNIMO 10% *Art. 611, XII da CLT XII - enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; 🗣 Professora Eliane: “O trabalhador receberá o adicional de insalubridade na forma do artigo 192 da CLT, visto que tem contato com agentes nocivos a sua saúde (químico, físico ou biológico) regulamentados pela Portaria 3.214/ 78- NR15. ✳O simples fato de o empregador fornecer o EPI não o exime de pagar o adicional, conforme as Súmulas 289 e 80 do TST. ✳Observar também as Súmulas 47 e 448 do STS.” 📌Aparelhos de proteção – Súmula 289 do TST Súmula nº 289 do TST INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. ✳Súmula 80 do TST Súmula nº 80 do TST INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. 📌Substâncias perigosas – Súmula 448 do TST Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 46 Súmula nº 448 do TST ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. A relação de substâncias perigosas é encontrada no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78, conforme supracitado. ✳Súmula 47 do TST Súmula nº 47 do TST INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. 🖐🏻Histórico dos alterações acerca do adicional de insalubridade: ❇A Súmula 17 do TST foi cancelada – editada a Súmula Vinculante 4 em 2008: Súmula nº 17 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (cancelada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008 O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este calculado. Súmula Vinculante 4 Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. ❇Súmula 228 do TST foi modificada – ainda em 2008 esta súmula foi suspensa. Súmula nº 228 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno em 26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008. SÚMULA CUJA EFICÁCIA ESTÁ SUSPENSA POR DECISÃO LIMINAR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. Histórico: Súmula alterada - (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 88 e 196 da SBDI- 1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. (ex-OJ nº 196 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) Nova redação - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Nº 228 Adicional de insalubridade. Base de cálculo O percentual do adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo de que cogita o art. 76 da CLT, salvo as hipóteses previstas na Súmula nº 17. Redação original - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 e 24, 25 e 26.09.1985 Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 47 Nº 228 Adicional de Insalubridade. Base de cálculo O percentual do adicional de insalubridade incide sobre o salário-mínimo de que cogita o art. 76 da Consolidação das Leis do Trabalho. 📌Classificação da insalubridade e periculosidade – Art. 195 da CLT Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. 📌Início do recebimento do adicional – Art. 196 da CLT Art. 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serãodevidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11. 📌Diminuição de carga horária – Art. 611-A, §3º e XII da CLT § 3º - Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. XII - enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; 🗣 Professora Eliane: “A partir da nova legislação trabalhista, Lei 13.467/2017, conforme o Art. 611-A da CLT, a convenção coletiva e a acordo coletivo de trabalho tem prevalência sobre a lei, conforme o inciso XII, em relação ao enquadramento do grau do adicional de insalubridade, mas desde que seja mais benéfico do que o previsto no artigo 192 da CLT.” Para empregados que tem jornada ininterrupta, deve trabalhar 6 horas por dia. No caso de jornada de 8 horas, o empregado deverá receber a mais por isso. 📌Equipamento de Proteção Individual – Art. 191 da CLT Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. 📌Adicional de periculosidade – Art. 193 da CLT Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 4º - São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. 🗣 Professora Eliane: “O adicional de periculosidade é 30% calculado sobre o salário, sem os acréscimos resultantes das gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa, art. 193, §1º da CLT. Será devido quando o empregado trabalhar com inflamáveis, explosivos, segurança, eletricidade e em motocicleta, conforme o art. 193, I, II e §4º da CLT.” Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 48 ✳Periculosidade sobre tempo de sobreaviso – Art. 244, §§2º 3º da CLT Art. 244 - As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada. § 2º - Considera-se de “sobreaviso” o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de “sobreaviso” será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de “sobreaviso”, para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal. § 3º - Considera-se de “prontidão” o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário- hora normal. No tempo em que o funcionário está de sobreaviso não lhe é devido o adicional, uma vez que ele não está exposto ao perigo. ✳Art. 193, §2º da CLT § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. 🗣 Professora Eliane: “Se a atividade for insalubre e perigosa o empregado poderá optar pelo adicional mais vantajoso, visto que, não se acumulam.” ✳Observar as Súmulas 39, 364, 447 e 132, II do TST. 👆🏻 Súmula 39 do TST Súmula nº 39 do TST PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). 👆🏻 Súmula 364 do TST Súmula nº 364 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). 👆🏻 Súmula 447 do TST Súmula nº 447 do TST SÚMULA Nº 447 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Res. 193/2013, DEJT divulgado em 13, 16 e 17.12.2013 Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. 👆🏻 Súmula 132, II do TST Súmula nº 132 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 49 II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (ex-OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 11 1-Cristina Maria foi dispensada por justa causa, sob a alegação de prática de ato de indisciplina e insubordinação, por ter se recusado a despir-se diante de sua superiora hierárquica. Tal fato ocorreu porque a empresa resolver submeter todos os empregados, inclusive mulheres, à revista íntima. A empresa alegou que os empregados estariam desviando mercadorias e por isso a adoção da revista íntima seria medida eficaz para a preservação e continuidade de suas atividades. Cristina Maria nada recebeu na extinção do contrato de trabalho e pretende propor ação trabalhista para defender seus interesses. Diante da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado contratado por Cristina Maria indique a fundamentação jurídica que deverá ser adotada para a defesa dos interessesde sua cliente, discriminando as verbas rescisórias que devem ser postuladas. R: A revista íntima é proibida, conforme o art. 373-A, VI da CLT que não pode ser realizada nas empregadas e empregados, pois visa proteger o trabalhador os abusos do empregador. Assim, Cristina poderá requerer que a dispensa motivada seja imotivada na ação judicial ou na ação trabalhista, com o pagamento de todos os direitos. Questão Objetiva 1-Sobre o contrato de aprendizagem, assinale a alternativa INCORRETA: 📌 A) não necessita ser escrito, podendo ser tácito. 📚📝Correção – Caso Concreto Semana 12 1-Se um empregado de um condomínio residencial, utilizando luvas, coloca diariamente o saco de lixo, já lacrado, na calçada, no horário predeterminado para coleta, passa a ter direito ao adicional de insalubridade? Justifique a resposta. R: Não, pois conforme o entendimento do TST, Sumula 448, II, o empregado não tem direito ao adicional, já que utilizava luvas e diariamente colocava o saco de lixo já lacrado na calçada, tratando-se de lixo residencial. Questão objetiva 1-No que se refere ao adicional de periculosidade e ao adicional de insalubridade, assinale a opção correta: 📌 D) O caráter intermitente do trabalho executado em condições insalubres não afasta o direito de recebimento do respectivo adicional. (Súmula 47 do TST) Plano de Aula 13 ��� � � Direito Coletivo do Trabalho Segmento do Direito do Trabalho que não cuida das pessoas nominadas e sim da categoria, classe, a saber: ▶ Órgão que compõe sindicatos ▶ Sistema do custeio dos Sindicatos 🗣 Professora Eliane: “O direito coletivo é o segmento do direito do trabalho que cuida da organização sindical, das normas coletivas (ACT e CCT), da negociação coletiva e do direito de greve.” 📌Princípios do direito coletivo 📍Princípio da liberdade sindical – Art. 8º, I e II da CRFB I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 50 A partir da CRFB/1988, Art.8º, I, o Estado não pode mais interferir na criação e administração dos sindicatos, bastando apenas que o registro da criação seja feito no Ministério do Trabalho e Emprego, para que seja observada a base territorial de atuação do sindicato e a unicidade sindical, que estão previstos no inciso II do Art. 8º da CRFB. 📍Princípio da unicidade sindical Informa que dentro de uma base territorial não pode existir, em qualquer grau representativo de categoria profissional ou econômica mais de um sindicato. 📌Sistema confederativo ✅Confederação – mínimo de 3 estados - Art. 535 da CLT Art. 535 - As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Capital da República. ✅Federação – mínimo 5 municípios (Base estadual) Art. 534 da CLT Art. 534 - É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em federação. ✅Sindicato – base territorial 1 por município 📍Princípio do paralelismo sindical – previsto também no art. 8º, II da CRFB 🗣 Professora Eliane: “Já que nosso sistema confederativo é formado de categoria profissional e categoria econômica, respectivamente trabalhadores e empregadores.” 🗣 Professora Eliane: “As categorias estão previstas no art. 511, §1º da CLT, §2º (categoria profissional) e §3º categoria diferenciada que é formada por pessoas que exercem a mesma profissão. Exemplo de categoria diferenciada: vigilante. Mesmo que este vigilante preste serviço dentro de uma agência bancária, não será considerado bancário, por ser categoria diferenciada, portanto, não tem direito a jornada de trabalho de 6 horas prevista no artigo 224 da CLT. (Súmula 257 do TST)” ✳Sumula 369 - III do TST Súmula nº 369 do TST DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. TRABALHADORES EMPREGADORES Profissional Econômica Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 51 Aula 13 - 03JUN2019 Continuação. Plano de Aula 13 ��� � � Direito Coletivo do Trabalho 📍Princípio da prevalência do negociado sobre o legislado – Art. 611-A da CLT Art. 611-A - A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do art. 8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: § 1º - No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho observará o disposto no § 3º do art. 8º desta Consolidação. A partir da Lei 13.467/2017, o Art. 611-A estabelece que o negociado através da criação de acordos coletivos e convenções coletivas de trabalho prevalecerão sobre a lei nas hipóteses estabelecidas nos incisos do referido artigo, mas sempre de maneira mais benéfica. 📌Receitas dos Sindicatos 💰Contribuição Confederativa – Art. 8º, IV da CRFB IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; A finalidade é manter o sistema confederativo, mas só é obrigatória para os associados, segundo o entendimento do STF na Súmula 666. Súmula 666 A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. 💰Taxa assistencial – Art. 545 da CLT Art. 545 - Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificados. A taxa assistencial é prevista quando são criados os instrumentos normativos (ACT e CCT) estando prevista no Art. 545 da CLT, que teve sua redação alterada pela MP 873 de 1ª de Março de 2019, devendo ser autorizado o desconto de forma expressa – OJ-17 da SDC. “Art. 545 . As contribuições facultativas ou as mensalidadesdevidas ao sindicato, previstas no estatuto da entidade ou em norma coletiva, independentemente de sua nomenclatura, serão recolhidas, cobradas e pagas na forma do disposto nos art. 578 e art. 579.” (NR) OJ-17 da Seção de Dissídios Coletivos 17. CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS. INCONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS. (mantida) - DEJT divulgado em 25.08.2014 As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a qualquer título, obrigando trabalhadores não sindicalizados, são ofensivas ao direito de livre associação e sindicalização, constitucionalmente assegurado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os respectivos valores eventualmente descontados. 💰Mensalidade – Art. 513, e da CLT Art. 513 - São prerrogativas dos sindicatos : e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas. Prevista no Estatuto do Sindicato e só obriga ao pagamento aqueles que são filiados. 💰Imposto Sindical – Art. 582 da CLT Art. 582 - Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dos Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 52 empregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aos respectivos sindicatos. Com a nova legislação passou a ser facultativo, previsto no Art. 582 da CLT, corresponde a 1 dia de salário do trabalhador no mês de março, sendo o desconto autorizado previa e expressamente, devendo o pagamento ser feito com boleto bancário para aqueles que autorizarem conforme o texto novo do Art. 582 dado pela MP 873 de Março de 2019. “Art. 582 . A contribuição dos empregados que autorizarem, prévia e expressamente, o recolhimento da contribuição sindical será feita exclusivamente por meio de boleto bancário ou equivalente eletrônico, que será encaminhado obrigatoriamente à residência do empregado ou, na hipótese de impossibilidade de recebimento, à sede da empresa. 📌Definição de ACT e CCT – Art. 611 e §1º da CLT Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. § 1º - É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho. A definição da CCT e do ACT estão no Art. 611 e §1º da CLT. A CCT é firmada entre os sindicatos da categoria profissional e econômica, já o ACT tem como sujeitos uma ou mais empresas e o sindicato da categoria profissional. O prazo máximo de vigência destes instrumentos normativos é de 2 ano, senso vedada a ultratividade da norma, conforme o Art. 614, §3º da CLT, ficando prejudicada a Súmula 277 do TST. ✳ Art. 614, §3º da CLT § 3º - Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade. ✳ Súmula 277 do TST Súmula nº 277 do TST CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - SÚMULA CUJA APLICAÇÃO ESTÁ SUSPENSA NOS TERMOS DA MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA NOS AUTOS DO PROCESSO STF- ADPF Nº 323/DF, REL. MIN. GILMAR MENDES - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho. 👉🏻Ultratividade da norma 🗣 Professora Eliane: “Refere-se à aplicação da norma mesmo após ter perdido vigência. Na hipótese da vigência de acordo e convenção coletiva sempre prevalecerão as condições estabelecidas no ACT sobre as estipuladas em CCT – Art. 620 da CLT. Art. 620 - As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. ✳Art. 7º, XXVI da CRFB XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; ✳Art. 8º, VI da CRFB VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; Plano de Aula 15 🚫A Greve 📌Greve – Art. 9º da CRFB Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 53 Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. É uma forma de solução de conflito pela autodefesa. É um movimento legal que tem como finalidade pressionar os empregadores a aceitar a reivindicação dos trabalhadores de um determinado setor da atividade econômica. A paralização pode ser total ou parcial dos serviços da categoria e deve observar o previsto em na Lei 7.783/79 que trata da legalidade da ilegalidade do movimento. 📌Lockout – Art. 722 da CLT Art. 722 - Os empregadores que, individual ou coletivamente, suspenderem os trabalhos dos seus estabelecimentos, sem prévia autorização do Tribunal competente, ou que violarem, ou se recusarem a cumprir decisão proferida em dissídio coletivo, incorrerão nas seguintes penalidades: a) multa de cinco mil cruzeiros a cinquenta mil cruzeiros; b) perda do cargo de representação profissional em cujo desempenho estiverem; c) suspensão, pelo prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, do direito de serem eleitos para cargos de representação profissional. ✳ Art. 17 da Lei 7.783/89 Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (lockout). 🛑 Prova – AV2 DIREITO DO TRABALHO II – PROF. ELIANE CONDE (10/JUN/2019)🛑 💣Tópicos da prova 1 ⃣ Férias ➡ Art. 129 a 145 da CLT 2 ⃣ Aviso Prévio 3 ⃣ Garantia de emprego 4 ⃣ Homologação do contrato ➡ Art. 477 da CLT 5 ⃣ Adicional de insalubridade e periculosidade 6 ⃣ Receitas dos Sindicatos 7 ⃣ Prescrição e Decadência 8 ⃣ Casos Concretos (Não vai cair o caso 1) 9 ⃣ Extinção do Contrato ➡ Art. 482, 483, 484-A e 484 da CLT 1 ⃣ 0⃣ Culpa recíproca ✅A prova vai até o Plano de Aula 13 📚 Bom estudo e um excelente desempenho na sua prova! Espero que meu caderno tenha te ajudado e que Deus te abençoe! Abraços, Fernanda Barcellos❣ Fernanda Barcellos – UNESA (Direito do Trabalho II – 2019.1 - Prof. Eliane Conde) 54