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Resenha WEBER, Max Ciência e Política duas vocações

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Thais Campanati Povoleri
Sociologia II
Resenha - WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações
1.	Ciência como vocação.
	No primeiro capítulo do livro, Weber afirma que a vocação de um professor encontra-se na maneira em que este exerce suas tarefas. A mais difícil entre elas, por exemplo, consiste em expor problemas científicos de maneira que uma pessoa não preparada possa compreendê-los e a partir disso formar sua própria opinião. Portanto, um professor é avaliado pela maneira na qual seus alunos se dispõem a honrá-lo. A vocação científica, no entanto, refere-se também à especialização. Tal afirmação não diz respeito apenas às condições exteriores do trabalho científico, mas também em relação às disposições interiores do cientista. 							Para o autor, outro fato importante que define a vocação científica é a paixão com que o cientista se dedica ao seu trabalho, pois sem ela nada tem valor. Porém, essa paixão serve apenas como forma de inspiração, que é fator decisivo para a vocação científica. Ademais, um cientista não pode executar um trabalho de forma mecânica, ele deve partir de uma ideia precisa que oriente a formulação de hipóteses. Por fim, Weber afirma que é a partir do trabalho e da paixão, quando estes atuam ao mesmo tempo, que surge a intuição. Embora a intuição não manifeste novas ideias no momento em que o cientista quer, e sim quando não se espera, é fato que elas não ocorrem se não houver uma longa reflexão atrás de uma resposta.										Weber conclui o capítulo ao afirmar que o mundo possui um sentido, e as diversas religiões existentes sustentam essa teoria. Porém, o problema real que se coloca é como deve ser interpretado tal sentido para que se possa pensá-lo. Tal fato iguala-se à teoria de Kant, que parte do pressuposto de que "a verdade científica existe e é válida", indagando quais são os pressupostos que a tornam possível. A teologia, por sua vez, faz a seguinte indagação: "como compreender, em função de nossa representação total do mundo, esses pressupostos que não podemos senão aceitar?". Ela conclui, no entanto, que tais pressupostos pertencem a uma esfera que se situam para além dos limites da ciência.

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