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Técnicas Artísticas e Mecenato na Renascença

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Sfumato é o nome da técnica artística usada para gerar gradientes perfeitos na criação de luz e sombra de um desenho ou de uma pintura.
Leonardo da Vinci é tido como pai do Sfumato, mas isso é errado, pois a técnica sempre existiu em materiais/mídias de fricção, como grafite, pastel seco ou carvão.
Leonardo da Vinci contribuiu para a arte do sfumato quando ele percebeu que o verniz de madeira reagia com a tinta a óleo. Após uma primeira mão de tinta, ainda com o quadro apresentando marcas de pinceis, Leonardo da Vinci passava uma mão de verniz de madeira sobre a pintura, fazendo com que o verniz borrasse a tinta a óleo, gerando um gradiente perfeito e mascarando a sensação de pincelada. O processo de passar o verniz por sobre a pintura era repetido várias vezes durante o processo de criação da obra.
Na pintura da Monalisa é praticamente impossível perceber pinceladas e variações bruscas de tons devido ao uso do Sfumato em tela.
Como a técnica do Sfumato em pintura foi inovadora na Renascença Italiana, atribuiu-se a criação dessa técnica (de forma geral) a Leonardo da Vinci.
Em materiais de fricção como grafite, pastel seco ou carvão, o sfumato é realizado esfregando-se o dedo por cima da área com impressões de risco, para que esses riscos sumam e fique apenas o resultado limpo do degradê.
Ainda em materiais de fricção, existe também a técnica do Esfuminho. Um lápis feito de algodão que substitui a fricção do dedo. A oleosidade da pele muitas vezes atrapalha o sfumato, por isso o Esfuminho é usado.
	
O chiaroscuro é uma palavra de origem italiana, cujo significado é claro-escuro ou, também, luz e sombra.
Essa palavra denomina a técnica de pintura desenvolvida durante o período da Renascença, no século XV.
Entre seus maiores expoentes, temos grandes nomes como Leonardo da Vinci, Caravaggio e Rembrandt.
As pinturas feitas com essa técnica são caracterizadas pelo impactante contraste tonal de luz e sombra responsável por determinar as formas tridimensionais e imprimir um efeito dramático nas representações.
O chiaroscuro dos renascentistas tem a forte presença de dramaticidade e tensão nas cenas, com o uso, em geral, de apenas uma fonte de luz. A presença de tons quentes provenientes da luz de velas ou de uma janela, também dita a atmosfera da pintura em chiaroscuro.
	Os mecenas eram ricos e poderosos comerciantes, príncipes, condes, bispos e banqueiros que financiavam e investiam na produção de arte como maneira de obter reconhecimento e prestígio na sociedade.
Eles foram de extrema importância para o desenvolvimento das artes plásticas (escultura e pintura), literatura e arquitetura durante o período do Renascimento Cultural (séculos XV e XVI).
A burguesia, classe social que enriqueceu muito com o renascimento comercial, viu na prática do mecenato uma forma rápida de alcançar o status de nobreza. Isso era obtido também com a compra dos títulos de nobreza.
 
O ato de patrocinar e investir em arte e cultura é conhecido como mecenato.
Vários artistas foram beneficiados pelo mecenato, entre eles destacam-se Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Michelangelo Buonarroti, François Rabelais, Michael de Montaigne, entre outros. Os mais importantes mecenas do período do Renascimento Cultural foram Lourenço de Médici, banqueiro de origem italiana, Come de Médici, político e banqueiro italiano, Galeazzo Maria Sforza, duque de Milão; e Francisco I, rei da França.
Entre outras características, o mecenato é considerado um mecanismo importante que impulsionou a produção renascentista nas cidades de Veneza e Florença (Itália), sendo um pilar para uma mudança de conceitos culturais no pensamento da humanidade que ocorreu nesta época.
- A palavra "mecenas" tem sua origem na Roma Antiga. No século I a.C., Caio Mecenas foi um conselheiro do imperador romano Otávio Augusto. Caio Mecenas patrocinou a produção de vários artistas e poetas nesta época.
	Renascença
Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.
As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.
 
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu, neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

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