Trabalho de colóides - Cinética Química

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM QUÍMICA 
DISCIPLINA DE CINÉTICA QUÍMICA 
 
 
 
IRINEU BATISTA DOS SANTOS JÚNIOR 
 
 
 
REVISÃO: COLOIDES E APLICAÇÃO DE SISTEMA COLOIDAL EM 
NANOCOMPÓSITO DE POLPA DE MAMÃO 
 
 
 
 
 
 
 
ITUIUTABA 
2017 
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IRINEU BATISTA DOS SANTOS JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO: COLOIDES E APLICAÇÃO DE SISTEMA COLOIDAL EM 
NANOCOMPÓSITO DE POLPA DE MAMÃO 
 
 
 
Trabalho científico apresentado a disciplina de Cinética 
Química como um dos componentes avaliativos para 
aprovação na disciplina. 
Orientadora: Profa. Dra. Elaine Kikuti 
 
 
 
 
 
ITUIUTABA 
2017 
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SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4 
1.1 DEFINIÇÕES ....................................................................................................................... 4 
1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS COLOIDAIS ........................................................... 4 
1.3 MICROEMULSÕES E ESTABILIDADE ........................................................................... 6 
2 APLICAÇÃO DE SISTEMAS COLOIDAIS EM NANOCOMPÓSITO DE POLPA DE 
MAMÃO .................................................................................................................................... 6 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 8 
4 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 DEFINIÇÕES 
 
A ciência dos coloides descreve sistemas nos quais um ou mais dos componentes 
tenham suas dimensões dentro de 1 nm a 1 µm, portanto, refere-se, fundamentalmente, a 
sistemasµ contendo tanto moléculas grandes como pequenas partículas.1 Coloide por definição 
vem do grego kólla = cola + eîdos = forma, (que se aparenta com cola), e trata-se basicamente 
de uma “(...) mistura de uma substância dividida em finas partículas insolúveis”.2 Um termo 
que estabelece uma descrição adequada para grande parte dos sistemas coloidais é 
“microeterogêneo”.1 
Entretanto, não existe, uma separação bem clara, entre sistemas coloidais e sistemas 
não-coloidais, especialmente próximo ao limite superior das dimensões do estado coloidal, um 
exemplo é o caso das emulsões que suas dimensões são normalmente superiores 1 µm, mas em 
convenciona-se tratar as mesmas como sistemas coloidais.1 
 
1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS COLOIDAIS 
 
Os sistemas coloidais são classificados de forma geral, em três grupos1: 
1.2.1 Dispersões coloidais — são termodinamicamente instáveis, devido sua elevada 
energia livre de superfície, e irreversíveis, que não podem ser reconstituídos com facilidade 
após a separação das fases; 
1.2.2 Soluções verdadeiras de substâncias macromoleculares (naturais ou 
sintéticas) — são termodinamicamente estáveis, e também reversíveis, pois podem ser 
reconstituídas prontamente depois de separar o soluto do solvente; 
1.2.3 Colóides de associação (frequentemente chamados de eletrólitos coloidais), 
termodinamicamente estáveis. 
Os tipos mais comuns, presentes e importantes, no cotidiano são as dispersões 
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coloidais que consistem em partículas satisfatoriamente grandes para permitirem a existência 
de superfícies de separação dentre as partículas e o meio no qual estão dispersas essas partículas, 
assim, apresentam sistemas de duas fases, uma dispersa (constituída pelas partículas) e meio de 
dispersão (que se distribuem as partículas), — como descrito na Tabela 1, abaixo1: 
Tabela 1. Tipos de dispersões coloidais1: 
Fase dispersa Meio de dispersão Nome Exemplos 
Líquido Gás Aerossol líquido Névoas, sprays líquidos 
Sólido Gás Aerossol sólido Fumaça, poeira 
Gás Líquido Espuma Espumas em soluções de 
sabões, espumas de 
extintores de incêndio 
Líquido Líquido Emulsão Leite, maionese 
Sólido Líquido Sol, suspensão 
coloidal; Pasta 
(concentração 
elevada de sólido) 
Pasta (concentração 
elevada de sólido) 
Au coloidal (sol de Au), 
Sol de AgI; pasta de dente 
Gás Sólido Espuma sólida Poliestireno expandido 
Líquido Sólido Emulsão sólida Opala, pérola 
Sólido Sólido Suspensão sólida Plásticos pigmentados 
 
Existe uma classificação muito usada que se refere, ao comportamento do próprio 
coloide ao meio dispersante onde se em encontra, onde são: 
• Coloide liófilos (reversíveis) (lios = amigo; filos = amigo) – onde a substância se 
dispersa espontaneamente no dispersante. Exemplos: sabão na água e gelatina. Quando a água 
é o dispersante o coloide é denominado hidrófilo2; 
• Coloide liófobos (irreversíveis) (lios = amigo; fobos = aversão) – onde a substância 
não se dispersa facilmente no dispersante. Exemplos: Ouro coloidal, prata coloidal, enxofre 
coloidal2. 
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Na agregação de um liófilo a um sol liófobo, o mesmo se volta com sensibilidade 
menor ao efeito precipitante de eletrólitos, que exemplifica a ação protetora, sendo a substância 
liófila um exemplo de coloide de caráter protetor, portanto um colóide protetor confere aos sóis 
liófobos estabilidade em presença de eletrólitos, a efeitos de dupla camada elétrica, se o agente 
de proteção possuir grupos ionizáveis, a repulsão entre duplas camadas elétricas das partículas 
pode sofrer aumento.1 
 
1.3 MICROEMULSÕES E ESTABILIDADE 
 
Uma emulsão muito fina por homogeneização suave em fase aquosa, de dimensões 
das gotículas da fase interna é na ordem de nanômetros, trata-se de uma microeemulsão3. 
3As microemulsões proporcionam algumas vantagens como “(...) transparência, alta 
estabilidade, fácil preparação e capacidade de incorporar diferentes classes de fármacos com 
diferentes propriedades físico-químicas”. 
3Esse sistema a estabilidade termodinâmica oferece vantagens sobre as dispersões 
instáveis, tais como as suspensões e emulsões, possuindo tempo de vida útil muito mais amplo. 
 
2 APLICAÇÃO DE SISTEMAS COLOIDAIS EM NANOCOMPÓSITO DE POLPA DE 
MAMÃO 
 
Polpas de frutas e legumes, tem sido objeto de estudos atuais apontando acrescentar 
características nutricionais e sensoriais a filmes comestíveis4. Na pesquisa realizada foi 
utilizado uma solução coloidal, a partir de 3,0 g de HPMC e polpa de mamão liofilizada 
(características liófilas, como o nome sugere), em 100 mL de água destilada, isso descreve uma 
aplicação muito útil de um sistema coloidal para fabricação de estruturas nanométricas como o 
caso do nanonocompósito. Os filmes de nanocompósitos produzidos foram caracterizados a 
partir de medidas de espessura, propriedades mecânicas, permeabilidade ao vapor de água 
(WVP), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e análises térmicas (DSC e TG)4, onde 
depois de todas essas análise apresentaram “continuidade, homogeneidade e manuseabilidade 
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satisfatórias, além do aroma e coloração adquiridos pela adição de polpa da fruta” 4. 
Foi concluído pelos autores do artigo, que o material produzido uma alternativa na 
aplicação de novas embalagens por apresentarem, a característica de ser biodegradável e 
oriundo de fonte renovável4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A revisão apresentada foi útil e relevante, para uma reflexão e aprendizado, das 
principais características teóricas e propriedades dos coloides,e de aplicação de um sistema 
coloidal na produção de novos materiais. 
Coloides constituem um importante conteúdo de formação acadêmica para o 
licenciado em química, pois possibilita uma abordagem cotidiana importante para posterior 
prática escolar, durante sua carreira em diversas áreas, magistério e também na pós-graduação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 REFERÊNCIAS 
 
1. SHAW, D. J. Indrodução a Química de Coloides e Superficies. Tradução de Juergen 
Heinrich Maar. São Paulo: Edgard Blücher, Ed. da Universidade de São Paulo, 1975. p. 1-2. 
2. Disponível em: < https://www2.dti.ufv.br/noticia/files/anexos/phpDuHtGx_2966.pdf> 
Acesso em: outubro de 2017. 
3. FORMARIZ, T. P. et. al. Microemulsões e Fases Líquidas Cristalinas como Sistemas de 
Liberação de Fármacos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 41, n. 03, p. 302, 
jul./set. 2005. 
4. LOREVICE, M. V.; MOURA, M. R.; MATTOSO, L. H. C. Nanocompósito de Polpa de 
Mamão e Nanopartículas de Quitosana para Aplicação em Embalagens. Quim. Nova, v. 37, 
n. 6, p. 931-936, 2014.