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Aula - Estrias É uma atrofia tegumentar adquirida, de aspecto linear de um ou mais milímetros de largura, a princípio avermelhadas, depois esbranquiçadas e abrilhantadas (nacaradas). São formadas pelo rompimento das fibras da pele (colágeno e elastina); logo após ocorre a cicatrização Raras ou numerosas, dispõem-se paralelamente umas à outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando um desequilíbrio elástico localizado, caracterizando, portanto, uma lesão de pele Frequentemente as estrias são descritas como “cicatrizes”, sendo que esta classificação foi totalmente derrubada no estudo histológico feito que compara diferentes lesões dérmicas: estria, lesão senil e cicatriz Os dados apresentados mostram que a pele estriada apresenta modificações nas fibras colágenas e nos fibroblastos A forma do fibroblasto também varia nas diferentes lesões, sendo a forma globular predominante na estria e a forma estrelada na lesão senil e na cicatriz Após este estudo, não se pode mais aceitar a analogia entre estrias e cicatriz, já que se tratam de entidade histologicamente diferentes Apresentam um caráter de bilateralidade, isto é, existe uma tendência da estria distribuir-se simetricamente em ambos os lados São ditas atróficas pelas características que apresentam, já que atrofia é a diminuição de espessura de pele, decorrente da redução do número e volume dos seus elementos e é representada por adelgaçamento, pregueamento, secura e menor elasticidade Tipos de Estrias: Hipertróficas: Quando estão em relevo, como um quelóide Hipotróficas: Quando estão mais baixas que a superfície da pele, formando uma depressão Sintomas: Os surgimentos dos sintomas iniciais são variáveis, sendo que os primeiros sinais clínicos podem ser caracterizados por: Prurido Dor( em alguns casos) Erupção papular plana e levemente eritematosa (rosada) Além de ser desagradável aos olhos, do ponto de vista estético, acarreta grandes problemas emocionais Fases das Estrias: Na fase inicial são denominadas de estrias rubra(vermelhas) striae rubrae Na fase seguinte, onde o processo de formação já está praticamente estabelecido, as lesões tornam-se esbranquiçadas, quase nacaradas, sendo denominadas nessa fase de estria alba(estria branca) striae albae. São frequentemente observadas em indivíduos obesos, durante a gravidez (principalmente no último trimestre), uso tópico ou sistêmico de esteróides, infecções agudas (tuberculose, AIDS, Lúpus), atividade física vigorosa, estresse. Há fortes evidências de que o aparecimento de estrias na pele seja multifatorial e, além de fatores endocrinológicos e mecânicos, existe uma predisposição genética e familiar Os fatores genéticos estão envolvidos na etiologia da estria, sugerindo que a expressão dos genes determinantes para a formação de colágeno e elastina estejam diminuídos em pacientes portadores de estrias, e, em decorrência deste fato, existe uma alteração marcante do metabolismo do fibroblasto. Incidência: São encontradas em ambos os sexos, com predominância no feminino, principalmente a partir da adolescência Quanto à localização das estrias pode-se observar uma incidência maior nas regiões que apresentam alterações teciduais como glúteos, seios, abdômem, coxas, região lombossacral (comum em homens), podendo ocorrer também em regiões pouco comuns como fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço, porção anterior do cotovelo. Etiologia: A Etiologia da Estria é bastante controversa, existem portanto três teorias que tentam justificá-la: Teoria Mecânica Teoria Endocrinológica Teoria Infecciosa Teoria Mecânica: Tem sido comumente aceita, e, acredita-se que a excessiva deposição de gordura no tecido adiposo, especialmente a que ocorre repentinamente, com subsequente dano às fibras elásticas e colágenas da pele, seja o principal mecanismo do aparecimento das estrias O estiramento da pele, com consequente ruptura ou perda das fibras elásticas dérmicas, é tido como fator básico da origem das estrias. É deste modo que os adeptos desta teoria explicam o seu aparecimento Com base nestes fatos, eles afirmam que a distensão abdominal promovida pelo crescimento do feto causa estria na gestante, assim como o “estirão do crescimento” na puberdade causaria estrias nos adolescentes, bem como a deposição de gordura no obeso Teoria Endocrinológica: Com a hipótese do “estiramento da pele” desgastada, e, com o advento do uso terapêutico de hormônios adrenais corticais (corticóides), associados à percepção do aparecimento das estrias como um efeito local, é que começou a surgir a teoria endocrinológica Pode-se explicar que o aparecimento das estrias nas diversas patologias não tem como efeito casual a afecção em si, mas sim as drogas utilizadas na sua terapêutica Teoria Infecciosa: Sugere que processos infecciosos provocam danos às fibras elásticas, provocando estrias. Notou-se a presença de estrias após Febre Tifóide (uma doença infectocontagiosa causada pela ingestão da bactéria Salmonella typhi em alimentos ou água contaminada), Febre Reumática (doença reumática, inflamatória, de origem autoimune, em resposta do organismo a infecções pelo estreptococo (Streptococcus pyogenes), Hanseníase(doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo-de-hansen) que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos e outras infecções. Outros tratamentos:
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