Buscar

Tecido Conjuntivo Adiposo. Junqueira e Carneiro (Resumido)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
Tecido Conjuntivo Adiposo 
 O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo no qual predominam células 
adiposas, conhecidas como adipócitos. Essas células podem ser encontradas isoladas ou em 
pequenos grupos no tecido conjuntivo frouxo; porém, a maioria forma grandes agregados, 
constituindo o tecido adiposo distribuído pelo corpo. 
 No tecido adiposo estão depositadas moléculas de triglicerídios, ou triacilgliceróis 
(TAG), que são constituídas pela ligação de uma molécula de glicerol e três moléculas de ácidos 
graxos. Os triglicerídeos são mais eficientes como reserva energética, pois fornecem mais 
energia por grama de suas moléculas do que o glicogênio (9,3 kcal/g contra 4,1 kcal/g). Os 
triglicerídeos do tecido adiposo não são depósitos estáveis, mas se renovam continuamente, e 
o tecido é muito influenciado por estímulos nervosos e hormonais. 
 Há duas variedades de tecido adiposo, que apresentam distribuição, estrutura, 
fisiologia e patologia diferentes. Uma delas é o tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular, 
cujas células, quando completamente desenvolvidas, contêm apenas uma grande gotícula de 
gordura que ocupa quase todo o citoplasma. A outra variedade é o tecido adiposo pardo ou 
multilocular, formado por células que contêm numerosas pequenas gotículas lipídicas e muitas 
mitocôndrias. 
 
 
2 
 
 
Tecido adiposo unilocular 
 A cor do tecido unilocular varia entre o branco e o amarelo-escuro, dependendo da 
dieta ingerida. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de carotenos dissolvidos nas 
gotículas de gordura. Praticamente todo o tecido adiposo encontrado em humanos adultos é do 
tipo unilocular; é distribuído pelo corpo, e seu acúmulo em determinados locais é influenciado 
pelo sexo, pela constituição genética e pela idade do indivíduo. 
 Além do papel como reserva energética, o tecido adiposo unilocular tem outras 
importantes funções. Localizado sob a pele, forma o panículo adiposo, camada que modela a 
superfície corporal. Tem espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido. Com a idade, 
o panículo adiposo tende a desaparecer de certas áreas, desenvolvendo-se em outras. 
 O tecido adiposo unilocular forma também coxins absorventes de choques 
mecânicos, principalmente na planta dos pés e na palma das mãos. Como as gorduras são más 
condutoras de calor, ele é um importante fator para o isolamento térmico do organismo. Além 
disso, preenche espaços entre outros tecidos e ajuda a manter determinados órgãos em suas 
posições normais. O tecido adiposo tem também atividade secretora, sintetizando e secretando 
diversos tipos de fatores e hormônios. 
 Células adiposas uniloculares: As células adiposas uniloculares são grandes, 
em geral com 50 a 150 μm de diâmetro. Quando isoladas, são esféricas; porém, quando se 
reúnem para formar o tecido adiposo, se tornam poliédricas devido à compressão recíproca. Sua 
gotícula lipídica única é removida pelos solventes orgânicos utilizados na técnica histológica; 
por isso, nos cortes histológicos rotineiros, cada célula mostra apenas uma delgada camada de 
citoplasma na periferia da célula, como se fosse um anel em torno do espaço deixado pela 
gotícula lipídica removida. Seu núcleo, geralmente alongado, situa-se em alguma região do anel 
citoplasmático. 
 
 
3 
 
 
 Histogênese do tecido adiposo unilocular: As células adiposas uniloculares 
originam-se no embrião a partir de células derivadas do mesênquima, os lipoblastos. Essas 
células são morfologicamente semelhantes a fibroblastos, porém precocemente acumulam 
gordura neutra no seu citoplasma. As gotículas 
lipídicas são inicialmente isoladas, mas muitas se 
fundem, formando a gotícula única característica 
da célula adiposa unilocular. 
 
Tecido adiposo multilocular 
 O tecido adiposo multilocular é 
também chamado de tecido adiposo pardo, por 
sua cor característica que se deve à 
vascularização abundante e às numerosas 
mitocôndrias encontradas em suas células. 
 Ao contrário do tecido unilocular, que é encontrado por quase todo o corpo, o tecido 
pardo é de distribuição limitada, localizando-se em áreas determinadas – na região das cinturas 
escapular e pélvica. 
 Esse tecido é abundante em animais que hibernam. No feto humano e no recém-
nascido, o tecido adiposo multilocular apresenta localização bem definida. Como esse tecido 
não cresce, sua quantidade no adulto é extremamente reduzida. 
 As células do tecido adiposo 
multilocular são menores do que as do tecido 
adiposo unilocular e têm forma poligonal. O 
citoplasma é carregado de inúmeras gotículas 
lipídicas de vários tamanhos e contém 
numerosas mitocôndrias, cujas cristas são 
particularmente longas, podendo ocupar toda a 
espessura da mitocôndria. 
 O tecido adiposo multilocular é especializado na produção de calor, tendo papel 
importante nos mamíferos que hibernam. Na espécie humana, a quantidade desse tecido só é 
significativa no recém-nascido, tendo função auxiliar na termorregulação. Na época da saída da 
hibernação, ao ser estimulado pela liberação de norepinefrina nas terminações nervosas 
 
 
4 
 
 
 
abundantes em torno das suas células, o tecido adiposo multilocular acelera a lipólise e a 
oxidação dos ácidos graxos presentes em suas células. 
Neste tecido, ao contrário do que ocorre em outros, a oxidação dos ácidos graxos 
produz principalmente calor e pouco trifosfato de adenosina (ATP). 
 Isso se deve ao fato de suas mitocôndrias terem, nas suas membranas internas, uma 
proteína transmembrana chamada 
termogenina, ou UCP 1 (uncoupling 
protein1). Ela possibilita que os prótons 
transportados para o espaço 
intermembranoso voltem para a matriz 
mitocondrial sem que passem pelo sistema de 
ATP sintetase existente nos corpúsculos 
elementares das mitocôndrias. 
 
 Em consequência, a energia 
gerada pelo fluxo de prótons não é usada 
para sintetizar ATP, sendo dissipada como calor. O calor aquece o sangue contido na extensa 
rede capilar do tecido multilocular e é distribuído por todo o corpo, aquecendo diversos órgãos. 
 
 Histogênese do tecido adiposo multilocular: Sua formação é diferente da 
observada no tecido unilocular. As células mesenquimais que formam o tecido multilocular 
tornam-se epitelioides, adquirindo um aspecto de glândula endócrina cordonal, antes de 
acumularem gordura. Não há neoformação de tecido adiposo multilocular após o nascimento, 
nem ocorre transformação de um tipo de tecido adiposo em outro. 
 
Livro: 
CARNEIRO, J. JUNQUEIRA, L. C. U. Histologia Básica: Texto e Atlas. Editora Guanabara 
Koogan. 13ª Edição.

Outros materiais