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CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 04 - SIMULADO 1. INTRODUÇÃO Olá! Tudo bem contigo?! Espero que sim! Muito bem! Chegamos à AULA 04 de nosso curso! E hoje apresentar 40 questões comentadas, para aprimorar o seu treinamento! Como se trata de um simulado, eu prefiro que você comece a fazer as questões, sem tentar olhar os comentários! Isso ajuda a avaliar os seus conhecimentos! Como diria PÚBILO SIRO: “Ninguém conhece as suas próprias capacidades enquanto não as colocar à prova.” Pela minha experiência, sempre procurava estudar um pouco mais aquilo que errava em simulados! Isso me rendeu MUITO APRENDIZADO! Vamos lá?! AULA 08 - EXERCÍCIOS COMENTADOS DO SIMULADO QUESTÃO 1: CESPE - 2011 - TRF 2ª REGIÃO - JUIZ Segundo a doutrina, o direito comercial não se formou em uma única época nem no meio de um só povo. A cooperação de todos os povos em tempos sucessivos, firmada fundamentalmente nas bases econômicas, é que o constituíram e lhe imprimiram o caráter autônomo. Com relação ao direito comercial e ao empresário, assinale a opção correta. a) Os funcionários públicos estão proibidos de exercer atividade empresarial, de acordo com a CF e normas específicas; contudo, a proibição diz respeito ao efetivo exercício da atividade empresarial, não existindo restrição quanto ao fato de o funcionário público ser simplesmente acionista ou quotista de sociedade empresária. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 2 b) Nos termos do Código Civil, somente podem exercer a atividade empresarial os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos, não havendo possibilidade de menor de dezoito anos exercer a atividade empresarial. c) Empresário é definido na lei como o profissional que exerce atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. Para a doutrina, também será empresário aquele que organizar episodicamente a produção de certa mercadoria, mesmo destinando-a à venda no mercado. d) Somente será considerado empresário o exercente profissional de atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços, inscrito no registro de empresas do órgão próprio. Comentários: Alternativa “A”: correta! Relembrando as VEDAÇÕES para os funcionários (servidores) públicos, veremos que é possível ser simplesmente acionista ou quotista de sociedade empresária, notadamente na área federal, de acordo com a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990! Lei no 8.112: “Art. 117. Ao servidor é proibido: .................................. X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;” Alternativa “B”: errada. Veja bem que o menor de 18 anos e maior de 16 anos pode explorar atividade empresarial quando: ⇒ estiver DEVIDAMENTE EMANCIPADO, nos casos do art. 5o, parágrafo único, do CC; ou ⇒ MESMO QUE NÃO FOR EMANCIPADO, mas contar com autorização judicial e for devidamente representado ou assistido, nas hipóteses do art. 974, do cc! CC: CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 3 “Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.” CC: “Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.” ............................. Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. § 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. § 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 4 constar do alvará que conceder a autorização.” Alternativa “C”: errada. Vamos relembrar, no quadro abaixo, as características do EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, descritas no art. 966, caput, do CC! Veja bem que a proposição é falha na questão de ser episódica e não habitual! Por isso, NÃO PODE ser considerada atividade de empresário a que é praticada “de vez em quando”, ainda que seja para a venda no mercado! ATENÇÃO: para ser EMPRESÁRIO, ele exercer atividade com as seguintes características destacadas do art. 966, caput, do Código Civil: a. “PROFISSIONALMENTE”: exercício da atividade com habitualidade; pessoalidade; e monopólio das informações sobre o produto ou serviço; b. “ATIVIDADE ECONÔMICA”: intuito lucrativo; c. “ORGANIZADA”: deve haver aplicação dos fatores de produção (capital; mão de obra; insumos; e tecnologia) na execução do negócio empresarial; d. “PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU DE SERVIÇOS”: não exercida para o mero uso próprio. CC: “Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.” Alternativa “D”: errada. MUITO CUIDADO: ainda que não esteja inscrito na Junta Comercial (registro mercantil), SERÁ EMPRESÁRIO o que praticar as atividades sujeitas a registro, descritas no art. 966, do CC, mas será considerado um EMPRESÁRIO IRREGULAR! CC: “Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 5 atividade.” Resposta: alternativa “A”. QUESTÃO 2: CESPE - 2010 - TCE-BA - PROCURADOR ( ) O profissional liberal que apenas exercer atividade intelectual, embora com o intuitode lucro e mediante a contratação de alguns auxiliares, não será considerado empresário para os efeitos legais. Comentários: Correta! Lembre-se que o exercente de ATIVIDADE INTELECTUAL (profissão de natureza científica, literária ou artística), não será empresário, mesmo que trabalhar com AUXILIARES OU COLABORADORES! Ele só SERÁ EMPRESÁRIO se contratar outro profissional da mesma área intelectual! Nesse caso, o intelectual perderá a pessoalidade no atendimento e passará a ser “MERO” ELEMENTO DE EMPRESA! CC: “Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.” Resposta: Verdadeira. QUESTÃO 3: CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA - ÁREA DE DIREITO ( ) Aos militares, integrantes das Forças Armadas, inclusive aos reformados, é proibido o exercício do comércio. Comentários: Errada. Os MILITARES DA ATIVA são proibidos de comerciar! A legislação que rege o Estatuto dos Militares não inclui os da reserva! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 6 Veja bem que a expressão “exercício do comércio” é equivalente a “exercício de atividade empresarial”! Lei no 6.880, de 9 de dezembro de 1980: “Art. 4o São considerados reserva das Forças Armadas: I - individualmente: a) os militares da reserva remunerada; e b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa. II - no seu conjunto: a) as Polícias Militares; e b) os Corpos de Bombeiros Militares. .............................. Art. 29. Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. § 1o Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações militares e nas repartições públicas civis, de interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza. § 2o Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o disposto no presente artigo. § 3o No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos oficiais titulares dos Quadros ou Serviços de Saúde e de Veterinária o exercício de atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal prática não prejudique o serviço e não infrinja o disposto neste artigo.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 4: CESPE - 2009 - TRF 5a REGIÃO - JUIZ De acordo com o sistema jurídico brasileiro, a) é permitido ao magistrado exercer atividade empresária. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 7 b) é facultativa a inscrição de empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de suas atividades empresárias. c) em regra, quem exerce profissão intelectual é considerado empresário. d) quem é impedido de exercer a atividade empresária, caso a exerça, não responderá pelas obrigações que contrair. e) marido e mulher podem contratar, entre si, sociedade empresária desde que não sejam casados sob o regime de comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória de bens. Comentários: Alternativa “A”: errada. Existe vedação para o MAGISTRADO exercer o comércio, de acordo com a Lei Orgânica da Magistratura Nacional! Lembre-se que as expressões legais sobre “exercício do comércio” são equivalentes a “exercício de atividade empresarial”! Lei Complementar no 35, de 14 de março de 1979: “Art. 36 - É vedado ao magistrado: I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista;” Alternativa “B”: errada. A inscrição na Junta Comercial é OBRIGATÓRIA e não facultativa, e deve ser feita ANTES do início da atividade! CC: “Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.” Alternativa “C”: errada. A REGRA GERAL É QUE O PROFISSIONAL INTELECTUAL NÃO PRATICA ATIVIDADE EMPRESARIAL, salvo se contratar terceiro para executar a mesma atividade, cujo fato acarretará a formação do elemento de empresa! CC: “Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 8 bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.” Alternativa “D”: errada. O LEGALMENTE IMPEDIDO de exercer atividade empresarial DEVE RESPONDER PELAS OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS, caso a exerça! CC: “Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.” Alternativa “E”: correta! CC: “Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.” Resposta: alternativa “E”. QUESTÃO 5: CESPE - 2008 - OAB-SP - EXAME DE ORDEM - 2 - PRIMEIRA FASE Com relação aos empresários, às sociedades e às relações de família, assinale a opção correta. a) Os casados sob o regime da comunhão universal podem contratar sociedade entre si. b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los com ônus real. c) Diferentemente do que sucede com a fiança, qualquer dos cônjuges, sem autorização do outro, pode prestar aval. Comentários: CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 9 Alternativa “A”: errada, pois a proposição contrariou uma das vedações legais! Veja bem que: os cônjuges não podem ter se casado no regime da COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS nem no da SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA, para poderem contratar sociedade entre si! CC: “Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. Alternativa “B”: correta! CC: “Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.” Alternativa “C”: errada. Guarde bem essa informação: o regime de AVAL e de FIANÇA, quantoà necessidade de outorga conjugal, É IGUAL! É necessário para ambos os casos de garantia! CC: “Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiança ou aval; Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.” Resposta: alternativa “B”. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 10 QUESTÃO 6: CESPE - 2008 - MPE-RO - PROMOTOR DE JUSTIÇA João exercia, profissionalmente, atividade rural organizada para a produção de bens, tendo conseguido, por meio dessa atividade, comprar três fazendas, que destinam ao mercado, anualmente, 100.000 unidades de diferentes animais. João, divorciado e pai de Francisco, de 15 anos de idade, nunca se inscreveu no Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM). Recentemente, uma doença o incapacitou para o exercício pessoal dos atos da vida civil. Com base nessa situação hipotética, as sinale a opção correta. a) Como não houve inscrição no RPEM, as referidas fazendas não integram estabelecimento empresarial, compondo tão somente patrimônio civil de João, na qualidade de pessoa natural. b) Se provada a insolvência de João quanto a débitos de natureza mercantil, os credores estarão autorizados a pedir em juízo sua falência, já que ele atuava como empresário irregular. c) Francisco, se judicialmente autorizado, poderá continuar a atividade empresarial em questão, exercendo-a em nome de João, mas com a necessária participação de seu representante legal. d) Caso seja judicialmente permitido a Francisco continuar a referida atividade empresarial, ele deverá inscrever tanto a autorização judicial como nova firma no RPEM. e) A autorização judicial para Francisco prosseguir a atividade de João implica necessariamente emancipá-lo, cessando sua incapacidade, em decorrência de estabelecimento civil ou comercial em nome próprio. Comentários: A resposta correta é a alternativa “D”! Veja bem que o fato de o exercício da empresa rural, por parte de João, NÃO O OBRIGAVA A SER INSCRITO NA JUNTA COMERCIAL COMO EMPRESÁRIO RURAL INDIVIDUAL. CC: “Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 11 Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.” Outro elemento importante é que AO AUTORIZAR O INCAPAZ (MENOR DE IDADE) A CONTINUAR A ATIVIDADE RURAL, o JUIZ deverá determinar a INSCRIÇÃO NA JUNTA COMERCIAL. E, ao fazer a inscrição de empresário rural individual, inclusive com a necessidade de utilização de uma FIRMA PRÓPRIA COM O NOME DO INCAPAZ, na forma do parágrafo único do art. 976, do CC! CC: “Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. § 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. § 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. ................................. Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis. Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser autorizado.” Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 7: CESPE - 2008 - INSS - ANALISTA DO SEGURO SOCIAL - DIREITO CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 12 ( ) Marido e mulher casados sob o regime da comunhão universal não podem contratar a formação de sociedade empresária. Comentários: Correta! CC: “Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. Resposta: Verdadeira. QUESTÃO 8: CESPE - 2012 - TJ-BA - JUIZ Não se concebe a existência de empresário, seja ele pessoa física ou moral, sem o estabelecimento empresarial. Com relação ao estabelecimento empresarial, avalie: ( ) Os contratos de trespasse, usufruto ou arrendamento do estabelecimento empresarial produzem efeitos perante terceiros, independentemente de publicação na imprensa oficial e de averbação no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. Comentários: Errada, visto que para valer perante terceiros, o contrato de trespasse precisa ser AVERBADO À MARGEM DE INSCRIÇÃO, bem como precisa ser PUBLICADO na imprensa oficial! CC: “Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 9: CESPE - 2009 - AGU - ADVOGADO CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 13 ( ) O estabelecimento empresarial, definido como todo complexo de bens materiais ou imateriais organizado por empresário ou por sociedade empresária, para o exercício da empresa, classifica-se como uma universalidade de direito. Comentários: Errada. O estabelecimento constitui uma UNIVERSALIDADE DE FATO! CC: “Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 10: CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA - NACIONAL ( ) Em uma situação em que João, empresário, tenha decidido casar-se e tenha celebrado, com sua futura mulher, pacto pré-nupcial,este deverá ser arquivado e averbado no Registro Público de Empresas Mercantis. Comentários: Correta! CC: “Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.” Resposta: Verdadeira. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 14 QUESTÃO 11*: ( ) No silêncio do contrato, no caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, o dono do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. Comentários: Errada. No silêncio do contrato, nos casos indicados na proposição (ARRENDAMENTO OU USUFRUTO) o dono do estabelecimento não pode fazer concorrência DURANTE O PRAZO DE DURAÇÃO DO CONTRATO de arrendamento ou de usufruto! Por exemplo, se o contrato for de 3 anos, por esse período não poderá fazer concorrência com o arrendatário ou usufrutuário! CC: “Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 12: CESPE - 2011 - TJ-ES - JUIZ A respeito do estabelecimento empresarial, assinale a opção correta. a) Ainda que o empresário tenha, em seu patrimônio, bens suficientes para solver o passivo, a anuência dos credores é pressuposto de eficácia da alienação do estabelecimento. b) Será garantido o direito de inerência no ponto se o locatário for empresário, e o contrato, superior a cinco anos. c) Não havendo pactuação de cláusula de não restabelecimento, o alienante do estabelecimento poderá, três anos após a transferência, restabelecer-se em idêntico ramo de atividade empresarial. d) As mercadorias que se encontrem estocadas constituem um dos elementos materiais do estabelecimento. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 15 Comentários: Alternativa “A”: errada. Veja bem que a concordância dos credores do alienante de estabelecimento, como condição de eficácia, somente É NECESSÁRIA QUANDO NÃO RESTAREM BENS SUFICIENTES PARA SOLVER O SEU PASSIVO! CC: “Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.” Alternativa “B”: errada. Não basta ser empresário e ter contrato por cinco anos! Para se ter o DIREITO DE INERÊNCIA (proteção do ponto empresarial), devem ser preenchidos os requisitos dos TRÊS INCISOS DO ART. 51, DA LEI DO INQUILINATO! Lei no 8.245: “Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.” Alternativa “C”: errada. No silêncio, o alienante do estabelecimento NÃO PODE fazer concorrência com o adquirente, nos CINCO ANOS SUBSEQUENTES À TRANSFERÊNCIA! CC: “Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 16 anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.” Alternativa “D”: correta! As mercadorias estocadas entram no conceito de COMPLEXO DE BENS ORGANIZADOS para o desenvolvimento da atividade empresarial! CC: “Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.” Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 13: CESPE - 2008 - OAB-SP - EXAME DE ORDEM - 3 - PRIMEIRA FASE No Brasil, o estabelecimento empresarial regulado pelo Código Civil é tratado como a) pessoa jurídica. b) patrimônio de afetação ou separado. c) sociedade não-personificada. d) universalidade. Comentários: A resposta correta é a alternativa “D”! Veja bem que o ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL É CONSIDERADO UMA UNIVERSALIDADE DE FATO! Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 14: CESPE - 2011 - TRF 2a REGIÃO - JUIZ Se a atividade empresarial é exercida pelo empresário, sua representação patrimonial denomina-se estabelecimento, que é a reunião de todos os bens necessários para a realização da atividade empresarial, também chamada, sob a influência dos franceses, fundo de comércio, ou, sob a dos italianos, CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 17 azienda. Com relação ao estabelecimento empresarial, assinale a opção correta. a) Com a edição do atual Código Civil, consagrou-se o entendimento de que o estabelecimento é uma universalidade de bens que passa a ser uma universalidade de fato, e não, de direito, como era considerado anteriormente. b) O aviamento, por ser considerado bem, está sujeito a proteção direta, assim como o patrimônio material ou imaterial da empresa. c) Tratando-se de ação renovatória, para que o empresário possa pleitear a renovação compulsória da locação, independentemente da vontade do locador, exige-se que o contrato a renovar seja celebrado por escrito e por prazo indeterminado. d) Com o trespasse, presume-se sub-rogado o adquirente nos contratos que, até então firmados pelo alienante, sejam de tratos sucessivos estipulados para a exploração do estabelecimento e tenham caráter pessoal, não se transferindo automaticamente nesse caso. e) Com a venda do estabelecimento, altera-se a figura de seu titular, que passa a ser o comprador; com a venda da sociedade empresária, entretanto, não existe alteração do titular do estabelecimento, que permanece o mesmo. Comentários: Alternativa “A”: errada. Guarde que o conceito de estabelecimento sempre foi de UNIVERSALIDADE DE FATO, desde o Direito Comercial Brasileiro, já nos tempos do Código Comercial de 1850! Alternativa “B”: errada, pois AVIAMENTO NÃO É UM BEM, mas uma qualidade de o estabelecimento ser lucrativo ($$$) para seu titular! Alternativa “C”: errada. Para o exercício da AÇÃO RENOVATÓRIA (ação apropriada para exercer o direito de inerência, ou seja, a busca da proteção do ponto empresarial, com base na Lei do Inquilinato), pois um dos requisitos para a ação é que o contrato devesim ser por escrito, mas por PRAZO DETERMINADO! Lei no 8.245: “Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 18 cumulativamente: I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.” Alternativa “D”: errada. No trespasse não há sub-rogação automática dos CONTRATOS PESSOAIS (“intuito personae”)! Exemplo clássico de contrato pessoal é o contrato de locação. A venda do estabelecimento não caracteriza, automaticamente, a substituição no contrato de locação! Nesse caso, deve haver concordância expressa do locador! Essa condição é prevista no art. 13, da Lei do Inquilinato! CC: “Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.” Lei no 8.245: “Art. 13. A cessão da locação, a sublocação e o empréstimo do imóvel, total ou parcialmente, dependem do consentimento prévio e escrito do locador. § 1o Não se presume o consentimento pela simples demora do locador em manifestar formalmente a sua oposição. § 2o Desde que notificado por escrito pelo locatário, de ocorrência de uma das hipóteses deste artigo, o locador terá o prazo de trinta dias para manifestar formalmente a sua oposição.” Alternativa “E”: correta! Vejamos as duas situações: CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 19 a. Venda do estabelecimento (CONTRATO DE TRESPASSE): altera-se o titular do estabelecimento; b. Venda da sociedade empresária: na verdade, altera-se a composição dos sócios da sociedade, mas a personalidade jurídica da sociedade empresária CONTINUARÁ A MESMA (apesar de ter novos sócios). Por consequência, o estabelecimento continuará sendo da mesma sociedade empresária! Resposta: alternativa “E”. QUESTÃO 15: CESPE - 2011 - EBC - ANALISTA - ADVOCACIA ( ) O instrumento contratual que tenha por objeto a alienação de estabelecimento empresarial produz efeitos em relação a terceiros imediatamente após sua assinatura pelas partes interessadas. Comentários: Errada. São duas providências a serem tomadas, no caso de trespasse, para que ele possa produzir efeitos em relação a terceiros: 1a) AVERBAÇÃO à margem da inscrição do empresário ou da sociedade empresária, na Junta Comercial (que é o Registro Público de Empresas Mercantis); 2a) PUBLICAÇÃO NA IMPRENSA OFICIAL! Então, não basta a assinatura contratual! CC: “Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 16*: ( ) A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 20 publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente. Comentários: Correta! CC: “Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.” Resposta: Verdadeira. QUESTÃO 17: CESPE - 2011 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ Assinale a opção correta com relação a estabelecimento comercial. a) Não havendo previsão contratual, o adquirente de estabelecimento pode usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com qualificação de sucessor, por ato entre vivos. b) A cessão de créditos referentes a estabelecimento transferido não produz efeitos em relação aos devedores. c) O estabelecimento comercial compõe o patrimônio do empresário, que possui livre disponibilidade para aliená-lo, sem a necessidade de concordância dos credores. d) N.d.a. Comentários: Alternativa “A”: errada. O CONTRATO SOCIAL deve permitir tal utilização do nome do alienante do estabelecimento + nome próprio do novo titular + qualificação de SUCESSOR! CC: “Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.” CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 21 Alternativa “B”: errada. A CESSÃO DOS CRÉDITOS relacionados com o estabelecimento PRODUZ EFEITOS EM RELAÇÃO AOS RESPECTIVOS DEVEDORES, e desde o momento da publicação da transferência! CC: “Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.” Alternativa “C”: errada. Cuidado com essas proposições absolutas, como essa do CESPE! Lembre-se que NÃO É EM TODO O CASO QUE O ALIENANTE PRECISARÁ da concordância de todos os credores, ou do pagamento de todas as dívidas, mas, SOMENTE NOS CASOS EM QUE NÃO RESTAREM BENS SUFICIENTES PARA SOLVER O PASSIVO! No caso, a proposição está equivocada porque afirmou categoricamente a ampla liberdade da transferência do estabelecimento. Lembre-se que O CC PROTEGE OS CREDORES NOS CASOS DE CONTRATO DE TREPASSE, na situação de insolvência (mais dívidas do que bens)! CC: “Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.” Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 18: CESPE - 2008 - PGE-ES - PROCURADOR DE ESTADO ( ) Se um estabelecimento for alienado, o adquirente assumirá a responsabilidade, perante os credores da empresa, pelas dívidas devidamente contabilizadas na data da alienação, e o alienante ficará solidariamente responsável com o adquirente pelas dívidas vencidas e vincendas contabilizadas na data da alienação, pelo prazo de um ano. Comentários: Correta, pelo gabarito oficial do CESPE! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIAAULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 22 Para acertar essa questão, deve-se perceber que o examinador tão somente não especificou a data de início de contagem do prazo de um ano! Lembre-se que, pelo trespasse, surge a RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA do vendedor do estabelecimento com o adquirente pelas dívidas empresariais contraídas antes da transferência, e que tenham sido DEVIDAMENTE CONTABILIZADAS, em prazo a ser contado sob duas formas (art. 1.146, do CC): a. CRÉDITOS JÁ VENCIDOS: até UM ANO a partir da PUBLICAÇÃO do contrato de trespasse; e b. CRÉDITOS VINCENDOS (ainda não vencidos): até UM ANO contado A PARTIR DO VENCIMENTO. CUIDADO: note bem as diferenças! A respeito dos créditos vencidos, a contagem de prazo não começa da contratação, mas da PUBLICAÇÃO DO CONTRATO DE TRESPASSE! Para os vincendos, a contagem inicia-se da data do vencimento! CC: “Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.” Resposta: Verdadeira. QUESTÃO 19: CESPE - 2011 - IFB - PROFESSOR - DIREITO ( ) Estabelecimento comercial é o lugar onde o empresário ou a sociedade empresária exerce a sua atividade empresarial. Comentários: Errada. A proposição não coincide com a definição legal de estabelecimento. Em verdade, estabelecimento É MAIS DO QUE O LUGAR onde se executam as atividades empresariais! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 23 CC: “Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 20: CESPE - 2009 - SEFAZ-AC - FISCAL DA RECEITA ESTADUAL Pedro vendeu a Bruno uma fábrica de sorvetes que era líder de mercado na cidade. A empresa alienada ainda possuía um ponto de venda, uma sorveteria muito frequentada pelos moradores da cidade. Meses depois, Pedro resolveu montar uma nova fábrica, exatamente igual, na mesma cidade, próxima ao local da fábrica alienada e da sorveteria. Bruno ficou indignado, alegando que o estabelecimento de Pedro, no mesmo ramo de atividade e nas proximidades, prejudicaria os seus investimentos. Pedro alegou que as reclamações de Bruno não procediam, pois o contrato entre as partes não vedava tal possibilidade. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Se o contrato não vedava essa possibilidade, Pedro poderia, a qualquer tempo, montar outra fábrica. b) Pedro não poderia montar outra fábrica; isso é considerado abuso de poder econômico. c) Pedro poderia montar outra fábrica exatamente igual à alienada em face da omissão do contrato; a proibição é apenas de ordem moral, embora, na prática, ele consiga grande vantagem em relação aos clientes, não configurando concorrência desleal. d) O restabelecimento da atividade empresarial de Pedro em tão pouco tempo, na mesma praça e no mesmo ramo de atividade, como configurado na situação em tela, somente seria possível se houvesse cláusula expressa em contrato. Comentários: A resposta correta é a alternativa “D”! CC: CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 24 “Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.” Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 21: CESPE - 2007 - TJ-PI - JUIZ Acerca da disciplina jurídica do estabelecimento empresarial, julgue os itens que se seguem. I Constitui o aviamento, ou goodwill of a trade, a mais valia do conjunto de bens do empresário em relação à soma dos valores individuais, relacionado à expectativa de lucros futuros. II O trespasse implica a transferência dos bens que compõem o estabelecimento empresarial e, por conseguinte, a transferência do aviamento. III A clientela, produto da melhor organização da atividade empresarial, não se inclui entre os elementos que compõem o estabelecimento. IV No caso de alienação de estabelecimento empresarial, o alienante não pode, sem expressa autorização, fazer concorrência ao adquirente nos cinco anos subseqüentes à transferência. A quantidade de itens certos é igual a a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4. Comentários: Item “I”: correto! Lembre-se que AVIAMENTO NÃO É UM BEM DO ESTABELECIMENTO, mas uma qualidade do estabelecimento em ser lucrativo ($$$) para seu titular! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 25 Item “II”: correto! Se o estabelecimento for transferido, pelo contrato de trespasse, presume-se que o aviamento acompanha o estabelecimento, por sua uma qualidade que lhe é própria! Item “III”: correto! A CLIENTELA (ou freguesia) NÃO CONSTITUI ELEMENTO DO ESTABELECIMENTO! Item “IV”: correto! CC: “Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.” Resposta: alternativa “E”. QUESTÃO 22: CESPE - 2008 - DPE-CE - DEFENSOR PÚBLICO ( ) Integram o estabelecimento empresarial os débitos da sociedade empresária. Comentários: Errada. Débito não é um bem. Lembre-se disto: SOMENTE BENS (CORPÓREOS OU INCORPÓREOS) PODEM ENTRAR NO CONCEITO DE ESTABELECIMENTO! Os DÉBITOS fazem parte do passivo do empresário. Os BENS fazem parte do estabelecimento empresarial! Guarde assim: para pagar dívidas, vendem-se bens! Para se adquirir bens, dívidas são feitas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! CC: “Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.” Resposta: Falsa. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 26 QUESTÃO 23: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ À luz do Código Civil, assinale a opção correta acerca do estabelecimento empresarial. a) Estabelecimento empresarial não se confunde com fundo de comércio, tendo em vista que este é apenas o local onde a atividade comercial é desenvolvida, ao passo que o estabelecimento envolve todo o conjunto de bens que um empresário ou uma sociedade empresária organizam para o exercício de uma empresa. b) É pacífico o entendimento de que um ponto comercial nãose restringe ao lugar onde se localiza uma empresa, abrangendo todos os bens tangíveis e intangíveis que incorporam a empresa, dos quais se excluem o aviamento e a clientela. c) Um estabelecimento comercial é composto de bens materiais (corpóreos), que correspondem aos equipamentos necessários ao exercício de uma atividade, como cadeiras, mesas e computadores, e de bens imateriais (incorpóreos), que correspondem a marcas, criações intelectuais, direito à titularidade dos sinais distintivos e ponto comercial. d) Um estabelecimento comercial não pode ser objeto de negócio jurídico em separado, porque este é incompatível com a natureza daquele. e) O adquirente de um estabelecimento comercial jamais responderá pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência desse estabelecimento, tendo em vista que essa obrigação compete ao devedor primitivo. Comentários: Alternativa “A”: errada. De acordo com a doutrina, ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL é sinônimo de FUNDO DE COMÉRCIO ou FUNDO DE EMPRESA! Alternativa “B”: errada. Esse conceito é de ESTABELECIMENTO e não de ponto empresarial! Veja que o PONTO EMPRESARIAL se confunde com o LOCAL ONDE É EXERCIDA A EMPRESA. Esse ponto pode ser PROTEGIDO PELA AÇÃO RENOVATÓRIA, em caso de contrato de locação escrito, com prazo determinado, e demais requisitos previstos na Lei do Inquilinato! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 27 Lei no 8.245: “Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.” Alternativa “C”: correta! Estabelecimento é o complexo de bens, materiais (corpóreos) ou imateriais (incorpóreos), organizado para ser utilizado na empresa (art. 1.142, do CC). Também é conhecido na doutrina por “fundo de comércio” ou “fundo de empresa”. CC: “Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.” Alternativa “D”: errada. Estabelecimento pode ser alienado por intermédio de CONTRATO DE TRESPASSE! CC: “Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.” Alternativa “E”: errada. De acordo com a legislação, a solidariedade entre o alienante e o adquirente do estabelecimento pelas dívidas contabilizadas, vencidas e vincendas, EXISTENTES À ÉPOCA DO CONTRATO, pode subsistir por UM ANO, contado de duas formas diferentes do art. 1.146, do CC! CC: CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 28 “Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.” Resposta: alternativa “C”. QUESTÃO 24: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ Marta adquiriu de Ana um salão de beleza com determinado nome de fantasia. Quatro meses após alienação desse estabelecimento empresarial, Ana inaugurou, na mesma rua, a 200 metros do estabelecimento alienado, um novo salão de beleza com nome de fantasia semelhante ao anterior. Questionada por Marta, Ana alegou não haver, no documento da transação, cláusula contratual proibindo o estabelecimento de novo salão de beleza no local. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) A adquirente do estabelecimento não pode impedir o restabelecimento da alienante, tendo em vista a ausência de cláusula expressa a esse respeito no contrato realizado entre elas. b) Não há que se falar em concorrência desleal, pois o estabelecimento adquirido por Marta e o aberto por Ana são salões de beleza diferentes, ainda que possuam nomes semelhantes. c) A clientela dos estabelecimentos não é o objeto do negócio jurídico, especialmente porque se trata de atividade de prestação de serviço, que, em regra, é pessoal e não se transfere em razão de suas características. Assim, não há problemas de concorrência. d) Assiste razão a Marta, pois, ainda que na transação realizada por elas não haja cláusula contratual expressa proibindo o restabelecimento, não pode a alienante concorrer com o estabelecimento alienado. e) Não se pode falar em concorrência; o que se observa é que Ana empregou meio fraudulento para desviar, em proveito próprio, clientela que já era sua. Comentários: A resposta correta é a alternativa “D”! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 29 Trata-se de uma questão bem extensa do CESPE, mas sua resposta encontra fundamento exato no art. 1.147, caput, do CC! DESCONFIE QUANDO A BANCA FALAR SOBRE A POSSIBILIDADE DE CONCORRÊNCIA APÓS O TREPASSE DE ESTABELECIMENTO e se lembre da regra do SILÊNCIO IMPORTA EM VEDAÇÃO DE CONCORRÊNCIA! CC: “Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.” Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 25: CESPE - 2008 - TJ-AL - JUIZ O massagista Rogério colocou nos fundos de sua casa equipamentos voltados para a prática de exercícios físicos, que utilizou para prestar serviços onerosos ao público em geral por meio de uma academia de ginástica, identificada pela designação de Aleatória Work- Out, conforme cartaz afixado sobre a porta do imóvel. Após dois anos, a atividade alcançou substancial desempenho, o que levou Rogério a alugar um imóvel para reinstalar a academia, bem como a contratar uma secretária e dois fisioterapeutas para auxiliá-lo com os clientes. Esse sucesso chamou a atenção de Serviços do Corpo Ltda., academia concorrente, que propôs a Rogério o trespasse de seu estabelecimento empresarial para a sociedade limitada, celebrando-se esse negócio. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) A alienação só valerá se Rogério estiver inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis como empresário ou como sociedade empresária, sem o que faltará requisito essencial ao negócio de trespasse. b) No preço do trespasse, poderá ser contabilizado o valor do aviamento, que corresponderá à soma das quantias concernentes aos aspectos subjetivo e CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 30 objetivo desse bem imaterial,a serem transferidas, com a alienação, ao comprador. c) A designação Aleatória Work-Out constitui o título do estabelecimento alienado, e a negociação desse bem pelo trespasse ocorrerá sob as mesmas regras aplicáveis ao nome empresarial. d) Publicado o negócio de trespasse, os clientes da academia de Rogério deverão adimplir suas mensalidades perante o adquirente do estabelecimento, mas qualquer pagamento dessa natureza feito de boa-fé ao alienante valerá contra a sociedade limitada. e) Os débitos vincendos referentes às atividades da academia serão assumidos por Serviços do Corpo Ltda., mas Rogério continuará por eles solidariamente responsável pelo prazo de um ano, contado da data da publicação do negócio de trespasse. Comentários: Alternativa “A”: errada. A publicação do contrato de trespasse, bem como a averbação na Junta Comercial, constituem REQUISITOS DE EFICÁCIA EM RELAÇÃO A TERCEIROS, mas não de validade do negócio jurídico! CC: “Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.” Alternativa “B”: errada, pois AVIAMENTO NÃO É UM BEM DO ESTABELECIMENTO, mas uma de suas qualidades, ligadas à capacidade de ser lucrativo ($$$)! Alternativa “C”: errada. Veja bem que não é possível alienação de nome empresarial! Em verdade, o TÍTULO DE ESTABELECIMENTO (ou NOME FANTASIA) não se confunde com o nome empresarial (que é o nome da pessoa física ou jurídica que exerce a atividade empresarial). A propósito, não existe uma regra específica para a venda do titulo de estabelecimento! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 31 E, no caso de venda estabelecimento, a legislação prevê a possibilidade contratual de admitir a utilização do nome do alienante (e não do título de estabelecimento) + nome do novo titular do estabelecimento + qualificação de SUCESSOR! CC: “Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.” Alternativa “D”: correta! CC: “Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.” Alternativa “E”: errada. Pelos débitos VINCENDOS (ainda não vencidos) o prazo de solidariedade do alienante do estabelecimento com o adquirente expira UM ANO APÓS O VENCIMENTO DO DÉBITO! CC: “Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.” Resposta: alternativa “D”. QUESTÃO 26*: ( ) O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 32 Comentários: Correta! CC: “Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.” Resposta: Verdadeira. QUESTÃO 27: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ ( ) Os títulos de crédito são atos jurídicos unilaterais que contêm direito autônomo, o qual se revela mais fortemente no momento em que o título circula. Comentários: Errada, pois os títulos de crédito são documentos representativos de uma soma a ser paga pelo devedor ao respectivo credor! Logo, os títulos NÃO SÃO UNILATERAIS! Resposta: Verdadeira. QUESTÃO 28: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ ( ) Tendo em vista a simplicidade que caracteriza os títulos de crédito e as regras gerais introduzidas pelo Código Civil a esse respeito, a cartularidade deixou de ser pressuposto para a eficácia legal desses títulos. Comentários: Errada. A CARTULARIDADE continua sendo princípio aplicável aos títulos de crédito! Pelo PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE, significa que o título de crédito é o documento físico necessário para o exercício nele mencionado. “Cártula” vem de “papel”, “documento”. Isso mesmo, o CREDOR deve estar com o título “em mãos”, para ser apto para cobrar do devedor o valor nele inscrito! Então, ao ser paga a dívida, o devedor deve receber o título em suas mãos! Por isso é que, se por acaso o DEVEDOR já estiver na posse do título, CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 33 presume-se que a dívida nele representada já está devidamente PAGA (QUITADA)! CC: “Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.” Mas, veja bem que é possível a DESMATERIALIZAÇÃO DO TÍTULO, casos em que “O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente|”, observados os requisitos mínimos previstos no art. 889, do CC! CC: “Art. 889. ..................................................................................... ...................................... § 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 29: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ ( ) Entende-se por independência ou autonomia do título de crédito - termos sinônimos - que ele não guarda relação com o contrato que lhe deu origem. Comentários: Errada. Veja bem que a banca CESPE costuma tentar confundir o candidato com essa afirmação! No caso, a questão está equivocada porque a autonomia não desvincula totalmente a relação com o negócio jurídico que lhe deu causa! Observe bem, pois o título teve uma causa, que é uma determinada relação jurídica entre devedor e credor de uma determinada obrigação! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 34 O que ocorre, pelo PRINCÍPIO DA AUTONOMIA, é que ele gera algumas consequências práticas e limitações dele derivadas: ⇒ pelo PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO, gera a possibilidade de livre circulação, ou seja, o crédito nele representado não fica restrito à relação jurídica que o originou; e ⇒ pelo PRINCÍPIO DA INOPOBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS, acarretam-se limitações ao devedor em juízo em relação ao portador do título (art. 915, do CC)! CC: “Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somenteproduz efeito quando preencha os requisitos da lei. ...................... Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação. ................... Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da ação.”” Resposta: Falsa. QUESTÃO 30: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ ( ) A abstração - princípio absoluto dos títulos de crédito - é característica que serve à autonomia desses títulos e que é fundamental para a sua circulação. Comentários: Errada, pois nem todos os títulos de crédito são abstratos! ATENÇÃO: NEM TODOS OS TÍTULOS DE CRÉDITO SÃO CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 35 ABSTRATOS, MAS SOMENTE OS TÍTULOS NÃO CAUSAIS! � Conceitos: a. Títulos causais (imperfeitos ou impróprios): sua emissão somente pode ser feita nas hipóteses estritamente previstas em lei, como é o caso da DUPLICATA utilizável na compra e venda mercantil, devendo ser comprovada a existência da fatura e a respectiva entrega da mercadoria! b. Títulos de créditos não causais (abstratos ou perfeitos): sua emissão não está vinculada a nenhuma causa preestabelecida em lei, como é o caso do CHEQUE e da NOTA PROMISSÓRIA! Resposta: Falsa. QUESTÃO 31: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ ( ) Os princípios aplicáveis aos títulos de crédito são absolutos, assim entendidos na doutrina e na jurisprudência como forma de dar credibilidade ao título que circula. Comentários: Errada. Os princípios previstos no CC podem ser tratados de maneira diferente em LEIS ESPECIAIS! Desta forma, não são absolutos! CC: “Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 32: CESPE - 2009 - AGU - ADVOGADO ( ) Para a validade do endosso dado no anverso do título de crédito, é suficiente a assinatura do endossante, imediatamente após a qual ocorre a transferência do referido título. Comentários: Errada. Apenas se for ASSINADO NO VERSO, é que o ENDOSSO do título será válido! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 36 Para o aval, a regra é ao contrário! CC: “Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título. § 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante. § 2o A transferência por endosso completa-se com a tradição do título. § 3o Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 33: CESPE - 2009 - SECONT-ES - AUDITOR DO ESTADO – DIREITO ( ) A cartularidade, a literalidade, a autonomia e a possibilidade de abatimento de juros remuneratórios mediante resgate do título à vista, são princípios gerais que incidem em todas as espécies de títulos de crédito. Comentários: Errada. Apenas a CARTULARIDADE, a LITERALIDADE e a AUTONOMIA são princípios gerais dos títulos de crédito! A propósito da questão, a CLÁUSULA DE JUROS NÃO É PERMITIDA NOS TÍTULOS DE CRÉDITO! CC: “CC: “Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.” Resposta: Falsa. QUESTÃO 34: CESPE - 2011 - TJ-ES - JUIZ CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 37 A respeito dos títulos de crédito, assinale a opção correta. a) Por expressa disposição legal, os devedores de um título de crédito são solidários, sendo cada um deles obrigado pelo montante integral da dívida. b) Os títulos nominativos não à ordem identificam o titular do crédito e se transferem por endosso. c) Às matérias relativas aos títulos de crédito aplica-se o Código Civil, mesmo quando este contiver comando diverso do que dispõe a lei especial. d) Quanto ao conteúdo da obrigação que representa, o título de crédito não se distingue dos demais documentos representativos de direitos e obrigações, sendo possível, portanto, documentar, em um título de crédito, obrigações de dar, fazer ou não fazer. e) De acordo com a doutrina, o princípio da literalidade tem consequências favoráveis e contrárias tanto para o credor quanto para o devedor, o qual não será obrigado a mais do que estiver mencionado no documento. Comentários: Alternativa “A”: errada. No CC, não há disposição legal que determine a responsabilidade solidária dos devedores do título! A propósito, DE ACORDO COM O CC, ELA NÃO SE PRESUME PARA O ENDOSSANTE, deve ser expressa! CC: “Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. § 1o Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidário. § 2o Pagando o título, tem o endossante ação de regresso contra os coobrigados anteriores.” Alternativa “B”: errada. Lembre-se que TÍTULO NÃO À ORDEM NÃO ADMITE ENDOSSO, somente o título à ordem! E veja bem que o título nominativo pode ser transferido por TERMO ou, também, por ENDOSSO! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 38 CC: “Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatário. § 1o A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a autenticidade da assinatura do endossante. § 2o O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes. § 3o Caso o título original contenha o nome do primitivo proprietário, tem direito o adquirente a obter do emitente novo título, em seu nome, devendo a emissão do novo título constar no registro do emitente. Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa.” Alternativa “C”: errada. Havendo disposição em LEI ESPECIAL diversa do CC, aplica-se a primeira! CC: “Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelodisposto neste Código.” Alternativa “D”: errada, pois títulos de crédito devem representar OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO! Alternativa “E”: correta! Vejamos, então, quais são os REQUISITOS DO TÍTULO DE CRÉDITO! Para ser emitido, o título deve conter os seguintes elementos: ⇒ data da emissão; ⇒ indicação precisa dos direitos que confere; e ⇒ assinatura do emitente. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 39 CC: “Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. § 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. § 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente.” Mas, veja bem que, por exemplo, o título de crédito não admite cláusula de juros! CC: “Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.” Resposta: alternativa “E”. QUESTÃO 35: CESPE - 2012 - TJ-PI - JUIZ De acordo com o Código Civil, o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preenchidos os requisitos legais. Com base nessa informação e na teoria geral dos títulos de crédito, avalie a seguinte proposição. ( ) Enquanto estiver em circulação, só o título de crédito poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não separadamente os direitos ou mercadorias que ele represente. Comentários: Correta! CC: “Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 40 judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa.” Resposta: Verdadeira. QUESTÃO 36: CESPE - 2012 - TJ-PI - JUIZ De acordo com o Código Civil, o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preenchidos os requisitos legais. Com base nessa informação e na teoria geral dos títulos de crédito, avalie a seguinte proposição. ( ) Reputam-se abstratos ou perfeitos os chamados títulos representativos, cuja circulação importa a transferência da mercadoria a que se referem, como o conhecimento de transporte ferroviário ou marítimo e a duplicata. Comentários: Errada. Essa proposição refere-se ao TÍTULO DE CRÉDITO CAUSAL! Vejamos os conceitos sobre esse assunto: a. Títulos causais (abstratos, imperfeitos ou impróprios): sua emissão somente pode ser feita nas hipóteses estritamente previstas em lei, como é o caso da DUPLICATA utilizável na compra e venda mercantil, devendo ser comprovada a existência da fatura e a respectiva entrega da mercadoria! b. Títulos de créditos não causais (abstratos ou perfeitos): sua emissão não está vinculada a nenhuma causa preestabelecida em lei, como é o caso do CHEQUE e da NOTA PROMISSÓRIA! Resposta: Falsa. QUESTÃO 37: CESPE - 2007 - MPE-AM - PROMOTOR DE JUSTIÇA Quanto aos títulos de crédito, assinale a opção correta. a) As relações cambiais são regidas pelos princípios da autonomia e da inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé, entre outros. Assim, quando o devedor for demandado pelo legítimo portador do título, não poderá alegar possíveis exceções pessoais que possui contra o credor originário. CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 41 b) O título de crédito causal representa obrigações desvinculadas do negócio jurídico que deu origem à cártula, permitindo-se considerar, quando o título é posto em circulação, apenas a existência da obrigação cambial, representada por uma cártula e seu conteúdo. Por isso, para que seu titular exerça o direito de crédito dele emergente, basta a apresentação do título. c) Em decorrência do princípio da literalidade, o título de crédito em branco ou incompleto é ineficaz cambialmente; por isso, o seu posterior preenchimento, mesmo quando houver acordo prévio, poderá constituir motivo para que sejam opostas ao portador as exceções que caberiam contra o primitivo credor. Assim, ainda que tenha havido a circulação desse título, será negado pagamento e o negócio jurídico que lhe deu origem será anulável. d) O meio próprio de transferência do título de crédito à ordem é o endosso seguido de sua tradição. O endosso não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificado; o endossante é responsável não só pelo aceite, mas também pelo pagamento do crédito nele mencionado, isto é, ele se responsabiliza pela solvência do crédito. e) O aval é autônomo em relação à obrigação do devedor principal e se constitui no vencimento do título de crédito. Assim, a morte do avalista ocorrida antes do vencimento do título extingue a obrigação, não se transmitindo aos herdeiros, por não possuir caráter personalíssimo. Comentários: Alternativa “A”: correta! Pelo PRINCÍPIO DA AUTONOMIA, o título de crédito é desvinculado da relação jurídica que lhe deu origem! Por esse princípio, quem receber um título de crédito em sua mão, não está autorizado a questionar as relações jurídicas anteriores. Vamos exemplificar: “A” vende um determinado bem a “B”. Por essa compra, “B” fica devendo o valor de R$ 1.000,00, e emite uma nota promissória (promessa de pagamento) com esse valor, para vencer em um ano. A nota promissória que ficou em poder de “A”, que a endossou (transferiu seu crédito) em favor de “C”. E vamos supor que a venda seja anulável, por algum defeito apresentado no bem! CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA ____________________________________________________________ Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 42 Resultado: Ao ser cobrado pelo valor da nota promissória “B” não poderá alegar contra “C” a existência do defeito do bem que comprou de “A”, pelo princípio da autonomia das relações cambiárias (autonomia dos títulos de crédito). Por isso, “B” deverá pagar a nota promissória ao novo credor: “C”. Mas, “B” poderá exigir o seu direito, por outras formas, diretamente contra “A”. Por outro lado, mesmo que o título de crédito venha a ser anulado, por qualquer motivo, a relação entre “A” e “B” permanece válida (art. 888, do CC)! ATENÇÃO: PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO! � A doutrina também associa essa característica ao princípio da abstração, que significa a completa desvinculação do título em relação ao negócio jurídico que o deu causa! A INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS constitui um desdobramento desse princípio da autonomia, como verdadeira limitação para o devedor do título em juízo! De acordo com esse princípio, o devedor NÃO PODE DISCUTIR COM O TERCEIRO, que estiver portando o título: ⇒ questões relacionadas
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