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Aula 04 - Direito Empresarial

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CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT 
CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA 
____________________________________________________________ 
 
Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
1 
 
AULA 04 - SIMULADO 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Olá! Tudo bem contigo?! Espero que sim! 
Muito bem! Chegamos à AULA 04 de nosso curso! E hoje apresentar 40 
questões comentadas, para aprimorar o seu treinamento! 
Como se trata de um simulado, eu prefiro que você comece a fazer as 
questões, sem tentar olhar os comentários! Isso ajuda a avaliar os seus 
conhecimentos! 
Como diria PÚBILO SIRO: “Ninguém conhece as suas próprias 
capacidades enquanto não as colocar à prova.” 
Pela minha experiência, sempre procurava estudar um pouco mais aquilo 
que errava em simulados! Isso me rendeu MUITO APRENDIZADO! 
Vamos lá?! 
 
AULA 08 - EXERCÍCIOS COMENTADOS DO SIMULADO 
 
 
QUESTÃO 1: CESPE - 2011 - TRF 2ª REGIÃO - JUIZ 
Segundo a doutrina, o direito comercial não se formou em uma única época 
nem no meio de um só povo. A cooperação de todos os povos em tempos 
sucessivos, firmada fundamentalmente nas bases econômicas, é que o 
constituíram e lhe imprimiram o caráter autônomo. Com relação ao direito 
comercial e ao empresário, assinale a opção correta. 
a) Os funcionários públicos estão proibidos de exercer atividade empresarial, 
de acordo com a CF e normas específicas; contudo, a proibição diz respeito ao 
efetivo exercício da atividade empresarial, não existindo restrição quanto ao 
fato de o funcionário público ser simplesmente acionista ou quotista de 
sociedade empresária. 
CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT 
CARGOS: ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 04 - PROFESSOR CARLOS BANDEIRA 
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2 
 
b) Nos termos do Código Civil, somente podem exercer a atividade 
empresarial os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem 
legalmente impedidos, não havendo possibilidade de menor de dezoito anos 
exercer a atividade empresarial. 
c) Empresário é definido na lei como o profissional que exerce atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. 
Para a doutrina, também será empresário aquele que organizar 
episodicamente a produção de certa mercadoria, mesmo destinando-a à 
venda no mercado. 
d) Somente será considerado empresário o exercente profissional de 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou 
serviços, inscrito no registro de empresas do órgão próprio. 
Comentários: 
Alternativa “A”: correta! 
Relembrando as VEDAÇÕES para os funcionários (servidores) públicos, 
veremos que é possível ser simplesmente acionista ou quotista de sociedade 
empresária, notadamente na área federal, de acordo com a Lei no 8.112, de 
11 de dezembro de 1990! 
Lei no 8.112: 
“Art. 117. Ao servidor é proibido: 
.................................. 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário;” 
Alternativa “B”: errada. Veja bem que o menor de 18 anos e maior de 16 
anos pode explorar atividade empresarial quando: 
⇒ estiver DEVIDAMENTE EMANCIPADO, nos casos do art. 5o, 
parágrafo único, do CC; ou 
⇒ MESMO QUE NÃO FOR EMANCIPADO, mas contar com 
autorização judicial e for devidamente representado ou assistido, 
nas hipóteses do art. 974, do cc! 
CC: 
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3 
 
“Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, 
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da 
vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do 
outro, mediante instrumento público, independentemente de 
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, 
se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela 
existência de relação de emprego, desde que, em função deles, 
o menor com dezesseis anos completos tenha economia 
própria.” 
 
CC: 
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem 
legalmente impedidos.” 
............................. 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou 
devidamente assistido, continuar a empresa antes 
exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo 
autor de herança. 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, 
após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem 
como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização 
ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou 
representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo 
dos direitos adquiridos por terceiros. 
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o 
incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, 
desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos 
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constar do alvará que conceder a autorização.” 
Alternativa “C”: errada. Vamos relembrar, no quadro abaixo, as 
características do EMPRESÁRIO INDIVIDUAL, descritas no art. 966, 
caput, do CC! 
Veja bem que a proposição é falha na questão de ser episódica e não 
habitual! Por isso, NÃO PODE ser considerada atividade de empresário a que 
é praticada “de vez em quando”, ainda que seja para a venda no mercado! 
ATENÇÃO: para ser EMPRESÁRIO, ele exercer atividade com as 
seguintes características destacadas do art. 966, caput, do Código 
Civil: 
a. “PROFISSIONALMENTE”: exercício da atividade com 
habitualidade; pessoalidade; e monopólio das informações 
sobre o produto ou serviço; 
b. “ATIVIDADE ECONÔMICA”: intuito lucrativo; 
c. “ORGANIZADA”: deve haver aplicação dos fatores de 
produção (capital; mão de obra; insumos; e tecnologia) na 
execução do negócio empresarial; 
d. “PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU DE SERVIÇOS”: 
não exercida para o mero uso próprio. 
 
CC: 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação 
de bens ou de serviços.” 
Alternativa “D”: errada. 
MUITO CUIDADO: ainda que não esteja inscrito na Junta 
Comercial (registro mercantil), SERÁ EMPRESÁRIO o que praticar as 
atividades sujeitas a registro, descritas no art. 966, do CC, mas será 
considerado um EMPRESÁRIO IRREGULAR! 
 
CC: 
“Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
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atividade.” 
Resposta: alternativa “A”. 
QUESTÃO 2: CESPE - 2010 - TCE-BA - PROCURADOR 
( ) O profissional liberal que apenas exercer atividade intelectual, embora 
com o intuitode lucro e mediante a contratação de alguns auxiliares, não 
será considerado empresário para os efeitos legais. 
Comentários: 
Correta! 
Lembre-se que o exercente de ATIVIDADE INTELECTUAL (profissão de 
natureza científica, literária ou artística), não será empresário, mesmo que 
trabalhar com AUXILIARES OU COLABORADORES! 
Ele só SERÁ EMPRESÁRIO se contratar outro profissional da mesma 
área intelectual! Nesse caso, o intelectual perderá a pessoalidade no 
atendimento e passará a ser “MERO” ELEMENTO DE EMPRESA! 
CC: 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa.” 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 3: CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA 
- ÁREA DE DIREITO 
( ) Aos militares, integrantes das Forças Armadas, inclusive aos 
reformados, é proibido o exercício do comércio. 
Comentários: 
Errada. Os MILITARES DA ATIVA são proibidos de comerciar! A 
legislação que rege o Estatuto dos Militares não inclui os da reserva! 
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Veja bem que a expressão “exercício do comércio” é equivalente a 
“exercício de atividade empresarial”! 
Lei no 6.880, de 9 de dezembro de 1980: 
“Art. 4o São considerados reserva das Forças Armadas: 
I - individualmente: 
a) os militares da reserva remunerada; e 
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização 
para a ativa. 
II - no seu conjunto: 
a) as Polícias Militares; e 
b) os Corpos de Bombeiros Militares. 
.............................. 
Art. 29. Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na 
administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, 
exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por 
quotas de responsabilidade limitada. 
§ 1o Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam proibidos de 
tratar, nas organizações militares e nas repartições públicas civis, de 
interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza. 
§ 2o Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de 
seus bens, desde que não infrinjam o disposto no presente artigo. 
§ 3o No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos 
oficiais titulares dos Quadros ou Serviços de Saúde e de Veterinária o 
exercício de atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal 
prática não prejudique o serviço e não infrinja o disposto neste artigo.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 4: CESPE - 2009 - TRF 5a REGIÃO - JUIZ 
De acordo com o sistema jurídico brasileiro, 
a) é permitido ao magistrado exercer atividade empresária. 
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b) é facultativa a inscrição de empresário no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede, antes do início de suas atividades empresárias. 
c) em regra, quem exerce profissão intelectual é considerado empresário. 
d) quem é impedido de exercer a atividade empresária, caso a exerça, não 
responderá pelas obrigações que contrair. 
e) marido e mulher podem contratar, entre si, sociedade empresária desde 
que não sejam casados sob o regime de comunhão universal de bens ou no 
da separação obrigatória de bens. 
Comentários: 
Alternativa “A”: errada. Existe vedação para o MAGISTRADO exercer 
o comércio, de acordo com a Lei Orgânica da Magistratura Nacional! 
Lembre-se que as expressões legais sobre “exercício do comércio” são 
equivalentes a “exercício de atividade empresarial”! 
Lei Complementar no 35, de 14 de março de 1979: 
“Art. 36 - É vedado ao magistrado: 
I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive 
de economia mista, exceto como acionista ou quotista;” 
Alternativa “B”: errada. A inscrição na Junta Comercial é OBRIGATÓRIA 
e não facultativa, e deve ser feita ANTES do início da atividade! 
CC: 
“Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro 
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de 
sua atividade.” 
Alternativa “C”: errada. A REGRA GERAL É QUE O PROFISSIONAL 
INTELECTUAL NÃO PRATICA ATIVIDADE EMPRESARIAL, salvo se 
contratar terceiro para executar a mesma atividade, cujo fato acarretará a 
formação do elemento de empresa! 
CC: 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
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bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa.” 
Alternativa “D”: errada. O LEGALMENTE IMPEDIDO de exercer 
atividade empresarial DEVE RESPONDER PELAS OBRIGAÇÕES 
CONTRAÍDAS, caso a exerça! 
CC: 
“Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade 
própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações 
contraídas.” 
Alternativa “E”: correta! 
CC: 
“Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou 
com terceiros, desde que não tenham casado no regime da 
comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.” 
Resposta: alternativa “E”. 
QUESTÃO 5: CESPE - 2008 - OAB-SP - EXAME DE ORDEM - 2 - PRIMEIRA FASE 
Com relação aos empresários, às sociedades e às relações de família, assinale 
a opção correta. 
a) Os casados sob o regime da comunhão universal podem contratar 
sociedade entre si. 
b) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, 
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o 
patrimônio da empresa ou gravá-los com ônus real. 
c) Diferentemente do que sucede com a fiança, qualquer dos cônjuges, sem 
autorização do outro, pode prestar aval. 
Comentários: 
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Alternativa “A”: errada, pois a proposição contrariou uma das vedações 
legais! Veja bem que: os cônjuges não podem ter se casado no regime da 
COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS nem no da SEPARAÇÃO 
OBRIGATÓRIA, para poderem contratar sociedade entre si! 
CC: 
“Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou 
com terceiros, desde que não tenham casado no regime da 
comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. 
Alternativa “B”: correta! 
CC: 
“Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga 
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis 
que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus 
real.” 
Alternativa “C”: errada. Guarde bem essa informação: o regime de AVAL 
e de FIANÇA, quantoà necessidade de outorga conjugal, É IGUAL! É 
necessário para ambos os casos de garantia! 
CC: 
“Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos 
cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da 
separação absoluta: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval; 
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos 
quando casarem ou estabelecerem economia separada. 
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a 
outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe 
seja impossível concedê-la.” 
Resposta: alternativa “B”. 
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QUESTÃO 6: CESPE - 2008 - MPE-RO - PROMOTOR DE JUSTIÇA 
João exercia, profissionalmente, atividade rural organizada para a produção 
de bens, tendo conseguido, por meio dessa atividade, comprar três fazendas, 
que destinam ao mercado, anualmente, 100.000 unidades de diferentes 
animais. João, divorciado e pai de Francisco, de 15 anos de idade, nunca se 
inscreveu no Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM). Recentemente, 
uma doença o incapacitou para o exercício pessoal dos atos da vida civil. 
Com base nessa situação hipotética, as sinale a opção correta. 
a) Como não houve inscrição no RPEM, as referidas fazendas não integram 
estabelecimento empresarial, compondo tão somente patrimônio civil de 
João, na qualidade de pessoa natural. 
b) Se provada a insolvência de João quanto a débitos de natureza mercantil, 
os credores estarão autorizados a pedir em juízo sua falência, já que ele 
atuava como empresário irregular. 
c) Francisco, se judicialmente autorizado, poderá continuar a atividade 
empresarial em questão, exercendo-a em nome de João, mas com a 
necessária participação de seu representante legal. 
d) Caso seja judicialmente permitido a Francisco continuar a referida 
atividade empresarial, ele deverá inscrever tanto a autorização judicial como 
nova firma no RPEM. 
e) A autorização judicial para Francisco prosseguir a atividade de João implica 
necessariamente emancipá-lo, cessando sua incapacidade, em decorrência de 
estabelecimento civil ou comercial em nome próprio. 
Comentários: 
A resposta correta é a alternativa “D”! 
Veja bem que o fato de o exercício da empresa rural, por parte de João, 
NÃO O OBRIGAVA A SER INSCRITO NA JUNTA COMERCIAL COMO 
EMPRESÁRIO RURAL INDIVIDUAL. 
CC: 
“Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal 
profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 
e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de 
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11 
 
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de 
inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito 
a registro.” 
Outro elemento importante é que AO AUTORIZAR O INCAPAZ 
(MENOR DE IDADE) A CONTINUAR A ATIVIDADE RURAL, o JUIZ deverá 
determinar a INSCRIÇÃO NA JUNTA COMERCIAL. E, ao fazer a inscrição 
de empresário rural individual, inclusive com a necessidade de utilização 
de uma FIRMA PRÓPRIA COM O NOME DO INCAPAZ, na forma do 
parágrafo único do art. 976, do CC! 
CC: 
“Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou 
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por 
ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após 
exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da 
conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo 
juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do 
interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. 
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz 
já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que 
estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que 
conceder a autorização. 
................................. 
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos 
casos do art. 974, e a de eventual revogação desta, serão inscritas 
ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis. 
Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao 
gerente; ou ao representante do incapaz; ou a este, quando puder ser 
autorizado.” 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 7: CESPE - 2008 - INSS - ANALISTA DO SEGURO SOCIAL - DIREITO 
CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT 
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12 
 
( ) Marido e mulher casados sob o regime da comunhão universal não 
podem contratar a formação de sociedade empresária. 
Comentários: 
Correta! 
CC: 
“Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou 
com terceiros, desde que não tenham casado no regime da 
comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 8: CESPE - 2012 - TJ-BA - JUIZ 
Não se concebe a existência de empresário, seja ele pessoa física ou moral, 
sem o estabelecimento empresarial. Com relação ao estabelecimento 
empresarial, avalie: 
( ) Os contratos de trespasse, usufruto ou arrendamento do 
estabelecimento empresarial produzem efeitos perante terceiros, 
independentemente de publicação na imprensa oficial e de averbação no 
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. 
Comentários: 
Errada, visto que para valer perante terceiros, o contrato de trespasse 
precisa ser AVERBADO À MARGEM DE INSCRIÇÃO, bem como precisa ser 
PUBLICADO na imprensa oficial! 
CC: 
“Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto 
ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos 
quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição 
do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de 
Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 9: CESPE - 2009 - AGU - ADVOGADO 
CURSO DE D. EMPRESARIAL EM TEORIA E EXERCÍCIOS P/TJDFT 
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13 
 
( ) O estabelecimento empresarial, definido como todo complexo de bens 
materiais ou imateriais organizado por empresário ou por sociedade 
empresária, para o exercício da empresa, classifica-se como uma 
universalidade de direito. 
Comentários: 
Errada. O estabelecimento constitui uma UNIVERSALIDADE DE FATO! 
CC: 
“Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens 
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação 
unitária. 
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser 
objeto de relações jurídicas próprias. 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações 
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 10: CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA - 
NACIONAL 
( ) Em uma situação em que João, empresário, tenha decidido casar-se e 
tenha celebrado, com sua futura mulher, pacto pré-nupcial,este deverá ser 
arquivado e averbado no Registro Público de Empresas Mercantis. 
Comentários: 
Correta! 
CC: 
“Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e 
averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os 
pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de 
doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade 
ou inalienabilidade.” 
Resposta: Verdadeira. 
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14 
 
QUESTÃO 11*: 
( ) No silêncio do contrato, no caso de arrendamento ou usufruto do 
estabelecimento, o dono do estabelecimento não pode fazer concorrência ao 
adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. 
Comentários: 
Errada. No silêncio do contrato, nos casos indicados na proposição 
(ARRENDAMENTO OU USUFRUTO) o dono do estabelecimento não pode 
fazer concorrência DURANTE O PRAZO DE DURAÇÃO DO CONTRATO de 
arrendamento ou de usufruto! Por exemplo, se o contrato for de 3 anos, por 
esse período não poderá fazer concorrência com o arrendatário ou 
usufrutuário! 
CC: 
“Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos 
cinco anos subseqüentes à transferência. 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do 
estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o 
prazo do contrato.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 12: CESPE - 2011 - TJ-ES - JUIZ 
A respeito do estabelecimento empresarial, assinale a opção correta. 
a) Ainda que o empresário tenha, em seu patrimônio, bens suficientes para 
solver o passivo, a anuência dos credores é pressuposto de eficácia da 
alienação do estabelecimento. 
b) Será garantido o direito de inerência no ponto se o locatário for 
empresário, e o contrato, superior a cinco anos. 
c) Não havendo pactuação de cláusula de não restabelecimento, o alienante 
do estabelecimento poderá, três anos após a transferência, restabelecer-se 
em idêntico ramo de atividade empresarial. 
d) As mercadorias que se encontrem estocadas constituem um dos elementos 
materiais do estabelecimento. 
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Comentários: 
Alternativa “A”: errada. Veja bem que a concordância dos credores do 
alienante de estabelecimento, como condição de eficácia, somente É 
NECESSÁRIA QUANDO NÃO RESTAREM BENS SUFICIENTES PARA 
SOLVER O SEU PASSIVO! 
CC: 
“Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para 
solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento 
depende do pagamento de todos os credores, ou do 
consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a 
partir de sua notificação.” 
Alternativa “B”: errada. Não basta ser empresário e ter contrato por 
cinco anos! Para se ter o DIREITO DE INERÊNCIA (proteção do ponto 
empresarial), devem ser preenchidos os requisitos dos TRÊS INCISOS DO 
ART. 51, DA LEI DO INQUILINATO! 
Lei no 8.245: 
“Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário 
terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, 
cumulativamente: 
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo 
determinado; 
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos 
ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; 
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo 
prazo mínimo e ininterrupto de três anos.” 
Alternativa “C”: errada. No silêncio, o alienante do estabelecimento 
NÃO PODE fazer concorrência com o adquirente, nos CINCO ANOS 
SUBSEQUENTES À TRANSFERÊNCIA! 
CC: 
“Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco 
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anos subseqüentes à transferência. 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do 
estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o 
prazo do contrato.” 
Alternativa “D”: correta! As mercadorias estocadas entram no 
conceito de COMPLEXO DE BENS ORGANIZADOS para o desenvolvimento 
da atividade empresarial! 
CC: 
“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens 
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária.” 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 13: CESPE - 2008 - OAB-SP - EXAME DE ORDEM - 3 - PRIMEIRA FASE 
No Brasil, o estabelecimento empresarial regulado pelo Código Civil é tratado 
como 
a) pessoa jurídica. 
b) patrimônio de afetação ou separado. 
c) sociedade não-personificada. 
d) universalidade. 
Comentários: 
A resposta correta é a alternativa “D”! Veja bem que o 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL É CONSIDERADO UMA 
UNIVERSALIDADE DE FATO! 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 14: CESPE - 2011 - TRF 2a REGIÃO - JUIZ 
Se a atividade empresarial é exercida pelo empresário, sua representação 
patrimonial denomina-se estabelecimento, que é a reunião de todos os bens 
necessários para a realização da atividade empresarial, também chamada, 
sob a influência dos franceses, fundo de comércio, ou, sob a dos italianos, 
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azienda. Com relação ao estabelecimento empresarial, assinale a opção 
correta. 
a) Com a edição do atual Código Civil, consagrou-se o entendimento de que o 
estabelecimento é uma universalidade de bens que passa a ser uma 
universalidade de fato, e não, de direito, como era considerado 
anteriormente. 
b) O aviamento, por ser considerado bem, está sujeito a proteção direta, 
assim como o patrimônio material ou imaterial da empresa. 
c) Tratando-se de ação renovatória, para que o empresário possa pleitear a 
renovação compulsória da locação, independentemente da vontade do 
locador, exige-se que o contrato a renovar seja celebrado por escrito e por 
prazo indeterminado. 
d) Com o trespasse, presume-se sub-rogado o adquirente nos contratos que, 
até então firmados pelo alienante, sejam de tratos sucessivos estipulados 
para a exploração do estabelecimento e tenham caráter pessoal, não se 
transferindo automaticamente nesse caso. 
e) Com a venda do estabelecimento, altera-se a figura de seu titular, que 
passa a ser o comprador; com a venda da sociedade empresária, entretanto, 
não existe alteração do titular do estabelecimento, que permanece o mesmo. 
Comentários: 
Alternativa “A”: errada. Guarde que o conceito de estabelecimento 
sempre foi de UNIVERSALIDADE DE FATO, desde o Direito Comercial 
Brasileiro, já nos tempos do Código Comercial de 1850! 
Alternativa “B”: errada, pois AVIAMENTO NÃO É UM BEM, mas uma 
qualidade de o estabelecimento ser lucrativo ($$$) para seu titular! 
Alternativa “C”: errada. Para o exercício da AÇÃO RENOVATÓRIA (ação 
apropriada para exercer o direito de inerência, ou seja, a busca da 
proteção do ponto empresarial, com base na Lei do Inquilinato), pois 
um dos requisitos para a ação é que o contrato devesim ser por escrito, 
mas por PRAZO DETERMINADO! 
Lei no 8.245: 
“Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário 
terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, 
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cumulativamente: 
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo 
determinado; 
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos 
ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; 
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo 
prazo mínimo e ininterrupto de três anos.” 
Alternativa “D”: errada. No trespasse não há sub-rogação automática 
dos CONTRATOS PESSOAIS (“intuito personae”)! 
Exemplo clássico de contrato pessoal é o contrato de locação. A venda 
do estabelecimento não caracteriza, automaticamente, a substituição no 
contrato de locação! Nesse caso, deve haver concordância expressa do 
locador! Essa condição é prevista no art. 13, da Lei do Inquilinato! 
CC: 
“Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a 
sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração 
do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os 
terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da 
transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a 
responsabilidade do alienante.” 
 
Lei no 8.245: 
“Art. 13. A cessão da locação, a sublocação e o empréstimo do 
imóvel, total ou parcialmente, dependem do consentimento prévio 
e escrito do locador. 
§ 1o Não se presume o consentimento pela simples demora do locador 
em manifestar formalmente a sua oposição. 
§ 2o Desde que notificado por escrito pelo locatário, de ocorrência de 
uma das hipóteses deste artigo, o locador terá o prazo de trinta dias 
para manifestar formalmente a sua oposição.” 
Alternativa “E”: correta! Vejamos as duas situações: 
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a. Venda do estabelecimento (CONTRATO DE TRESPASSE): 
altera-se o titular do estabelecimento; 
b. Venda da sociedade empresária: na verdade, altera-se a 
composição dos sócios da sociedade, mas a personalidade jurídica 
da sociedade empresária CONTINUARÁ A MESMA (apesar de ter 
novos sócios). Por consequência, o estabelecimento continuará 
sendo da mesma sociedade empresária! 
Resposta: alternativa “E”. 
QUESTÃO 15: CESPE - 2011 - EBC - ANALISTA - ADVOCACIA 
( ) O instrumento contratual que tenha por objeto a alienação de 
estabelecimento empresarial produz efeitos em relação a terceiros 
imediatamente após sua assinatura pelas partes interessadas. 
Comentários: 
Errada. São duas providências a serem tomadas, no caso de trespasse, 
para que ele possa produzir efeitos em relação a terceiros: 
1a) AVERBAÇÃO à margem da inscrição do empresário ou da sociedade 
empresária, na Junta Comercial (que é o Registro Público de Empresas 
Mercantis); 
2a) PUBLICAÇÃO NA IMPRENSA OFICIAL! 
Então, não basta a assinatura contratual! 
CC: 
“Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou 
arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a 
terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, 
ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas 
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 16*: 
( ) A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido 
produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da 
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publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé 
pagar ao cedente. 
Comentários: 
Correta! 
CC: 
“Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento 
transferido produzirá efeito em relação aos respectivos 
devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o 
devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.” 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 17: CESPE - 2011 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ 
Assinale a opção correta com relação a estabelecimento comercial. 
a) Não havendo previsão contratual, o adquirente de estabelecimento pode 
usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com qualificação de 
sucessor, por ato entre vivos. 
b) A cessão de créditos referentes a estabelecimento transferido não produz 
efeitos em relação aos devedores. 
c) O estabelecimento comercial compõe o patrimônio do empresário, que 
possui livre disponibilidade para aliená-lo, sem a necessidade de concordância 
dos credores. 
d) N.d.a. 
Comentários: 
Alternativa “A”: errada. O CONTRATO SOCIAL deve permitir tal 
utilização do nome do alienante do estabelecimento + nome próprio do 
novo titular + qualificação de SUCESSOR! 
CC: 
“Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, 
pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, 
precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.” 
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Alternativa “B”: errada. A CESSÃO DOS CRÉDITOS relacionados com o 
estabelecimento PRODUZ EFEITOS EM RELAÇÃO AOS RESPECTIVOS 
DEVEDORES, e desde o momento da publicação da transferência! 
CC: 
“Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento 
transferido produzirá efeito em relação aos respectivos 
devedores, desde o momento da publicação da transferência, 
mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.” 
Alternativa “C”: errada. Cuidado com essas proposições absolutas, como 
essa do CESPE! Lembre-se que NÃO É EM TODO O CASO QUE O 
ALIENANTE PRECISARÁ da concordância de todos os credores, ou do 
pagamento de todas as dívidas, mas, SOMENTE NOS CASOS EM QUE NÃO 
RESTAREM BENS SUFICIENTES PARA SOLVER O PASSIVO! 
No caso, a proposição está equivocada porque afirmou categoricamente 
a ampla liberdade da transferência do estabelecimento. Lembre-se que O CC 
PROTEGE OS CREDORES NOS CASOS DE CONTRATO DE TREPASSE, na 
situação de insolvência (mais dívidas do que bens)! 
CC: 
“Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para 
solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento 
depende do pagamento de todos os credores, ou do 
consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a 
partir de sua notificação.” 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 18: CESPE - 2008 - PGE-ES - PROCURADOR DE ESTADO 
( ) Se um estabelecimento for alienado, o adquirente assumirá a 
responsabilidade, perante os credores da empresa, pelas dívidas devidamente 
contabilizadas na data da alienação, e o alienante ficará solidariamente 
responsável com o adquirente pelas dívidas vencidas e vincendas 
contabilizadas na data da alienação, pelo prazo de um ano. 
Comentários: 
Correta, pelo gabarito oficial do CESPE! 
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22 
 
Para acertar essa questão, deve-se perceber que o examinador tão 
somente não especificou a data de início de contagem do prazo de um 
ano! 
Lembre-se que, pelo trespasse, surge a RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA do vendedor do estabelecimento com o adquirente pelas 
dívidas empresariais contraídas antes da transferência, e que tenham 
sido DEVIDAMENTE CONTABILIZADAS, em prazo a ser contado sob duas 
formas (art. 1.146, do CC): 
a. CRÉDITOS JÁ VENCIDOS: até UM ANO a partir da 
PUBLICAÇÃO do contrato de trespasse; e 
b. CRÉDITOS VINCENDOS (ainda não vencidos): até UM ANO 
contado A PARTIR DO VENCIMENTO. 
CUIDADO: note bem as diferenças! A respeito dos créditos vencidos, 
a contagem de prazo não começa da contratação, mas da 
PUBLICAÇÃO DO CONTRATO DE TRESPASSE! Para os vincendos, a 
contagem inicia-se da data do vencimento! 
 
CC: 
“Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo 
pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que 
regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo 
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos 
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do 
vencimento.” 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 19: CESPE - 2011 - IFB - PROFESSOR - DIREITO 
( ) Estabelecimento comercial é o lugar onde o empresário ou a 
sociedade empresária exerce a sua atividade empresarial. 
Comentários: 
Errada. A proposição não coincide com a definição legal de 
estabelecimento. Em verdade, estabelecimento É MAIS DO QUE O LUGAR 
onde se executam as atividades empresariais! 
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23 
 
CC: 
“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens 
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 20: CESPE - 2009 - SEFAZ-AC - FISCAL DA RECEITA ESTADUAL 
Pedro vendeu a Bruno uma fábrica de sorvetes que era líder de mercado na 
cidade. A empresa alienada ainda possuía um ponto de venda, uma sorveteria 
muito frequentada pelos moradores da cidade. Meses depois, Pedro resolveu 
montar uma nova fábrica, exatamente igual, na mesma cidade, próxima ao 
local da fábrica alienada e da sorveteria. Bruno ficou indignado, alegando que 
o estabelecimento de Pedro, no mesmo ramo de atividade e nas 
proximidades, prejudicaria os seus investimentos. Pedro alegou que as 
reclamações de Bruno não procediam, pois o contrato entre as partes não 
vedava tal possibilidade. 
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) Se o contrato não vedava essa possibilidade, Pedro poderia, a qualquer 
tempo, montar outra fábrica. 
b) Pedro não poderia montar outra fábrica; isso é considerado abuso de poder 
econômico. 
c) Pedro poderia montar outra fábrica exatamente igual à alienada em face da 
omissão do contrato; a proibição é apenas de ordem moral, embora, na 
prática, ele consiga grande vantagem em relação aos clientes, não 
configurando concorrência desleal. 
d) O restabelecimento da atividade empresarial de Pedro em tão pouco 
tempo, na mesma praça e no mesmo ramo de atividade, como configurado na 
situação em tela, somente seria possível se houvesse cláusula expressa em 
contrato. 
Comentários: 
A resposta correta é a alternativa “D”! 
CC: 
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“Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco 
anos subseqüentes à transferência. 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do 
estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o 
prazo do contrato.” 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 21: CESPE - 2007 - TJ-PI - JUIZ 
Acerca da disciplina jurídica do estabelecimento empresarial, julgue os itens 
que se seguem. 
I Constitui o aviamento, ou goodwill of a trade, a mais valia do conjunto de 
bens do empresário em relação à soma dos valores individuais, relacionado à 
expectativa de lucros futuros. 
II O trespasse implica a transferência dos bens que compõem o 
estabelecimento empresarial e, por conseguinte, a transferência do 
aviamento. 
III A clientela, produto da melhor organização da atividade empresarial, não 
se inclui entre os elementos que compõem o estabelecimento. 
IV No caso de alienação de estabelecimento empresarial, o alienante não 
pode, sem expressa autorização, fazer concorrência ao adquirente nos cinco 
anos subseqüentes à transferência. 
 
A quantidade de itens certos é igual a 
a) 0. 
b) 1. 
c) 2. 
d) 3. 
e) 4. 
Comentários: 
Item “I”: correto! Lembre-se que AVIAMENTO NÃO É UM BEM DO 
ESTABELECIMENTO, mas uma qualidade do estabelecimento em ser 
lucrativo ($$$) para seu titular! 
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Item “II”: correto! Se o estabelecimento for transferido, pelo contrato 
de trespasse, presume-se que o aviamento acompanha o 
estabelecimento, por sua uma qualidade que lhe é própria! 
Item “III”: correto! A CLIENTELA (ou freguesia) NÃO CONSTITUI 
ELEMENTO DO ESTABELECIMENTO! 
Item “IV”: correto! 
CC: 
“Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos 
cinco anos subseqüentes à transferência. 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do 
estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o 
prazo do contrato.” 
Resposta: alternativa “E”. 
QUESTÃO 22: CESPE - 2008 - DPE-CE - DEFENSOR PÚBLICO 
( ) Integram o estabelecimento empresarial os débitos da sociedade 
empresária. 
Comentários: 
Errada. Débito não é um bem. Lembre-se disto: SOMENTE BENS 
(CORPÓREOS OU INCORPÓREOS) PODEM ENTRAR NO CONCEITO DE 
ESTABELECIMENTO! 
Os DÉBITOS fazem parte do passivo do empresário. Os BENS fazem 
parte do estabelecimento empresarial! 
Guarde assim: para pagar dívidas, vendem-se bens! Para se adquirir 
bens, dívidas são feitas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! 
CC: 
“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens 
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária.” 
Resposta: Falsa. 
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QUESTÃO 23: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ 
À luz do Código Civil, assinale a opção correta acerca do estabelecimento 
empresarial. 
a) Estabelecimento empresarial não se confunde com fundo de comércio, 
tendo em vista que este é apenas o local onde a atividade comercial é 
desenvolvida, ao passo que o estabelecimento envolve todo o conjunto de 
bens que um empresário ou uma sociedade empresária organizam para o 
exercício de uma empresa. 
b) É pacífico o entendimento de que um ponto comercial nãose restringe ao 
lugar onde se localiza uma empresa, abrangendo todos os bens tangíveis e 
intangíveis que incorporam a empresa, dos quais se excluem o aviamento e a 
clientela. 
c) Um estabelecimento comercial é composto de bens materiais (corpóreos), 
que correspondem aos equipamentos necessários ao exercício de uma 
atividade, como cadeiras, mesas e computadores, e de bens imateriais 
(incorpóreos), que correspondem a marcas, criações intelectuais, direito à 
titularidade dos sinais distintivos e ponto comercial. 
d) Um estabelecimento comercial não pode ser objeto de negócio jurídico em 
separado, porque este é incompatível com a natureza daquele. 
e) O adquirente de um estabelecimento comercial jamais responderá pelo 
pagamento dos débitos anteriores à transferência desse estabelecimento, 
tendo em vista que essa obrigação compete ao devedor primitivo. 
Comentários: 
Alternativa “A”: errada. De acordo com a doutrina, ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL é sinônimo de FUNDO DE COMÉRCIO ou FUNDO DE 
EMPRESA! 
Alternativa “B”: errada. Esse conceito é de ESTABELECIMENTO e não 
de ponto empresarial! 
Veja que o PONTO EMPRESARIAL se confunde com o LOCAL ONDE É 
EXERCIDA A EMPRESA. Esse ponto pode ser PROTEGIDO PELA AÇÃO 
RENOVATÓRIA, em caso de contrato de locação escrito, com prazo 
determinado, e demais requisitos previstos na Lei do Inquilinato! 
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Lei no 8.245: 
“Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o 
locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, 
desde que, cumulativamente: 
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo 
determinado; 
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos 
ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; 
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo 
prazo mínimo e ininterrupto de três anos.” 
Alternativa “C”: correta! Estabelecimento é o complexo de bens, 
materiais (corpóreos) ou imateriais (incorpóreos), organizado para 
ser utilizado na empresa (art. 1.142, do CC). Também é conhecido na 
doutrina por “fundo de comércio” ou “fundo de empresa”. 
CC: 
“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens 
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária.” 
Alternativa “D”: errada. Estabelecimento pode ser alienado por 
intermédio de CONTRATO DE TRESPASSE! 
CC: 
“Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de 
direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, 
que sejam compatíveis com a sua natureza.” 
Alternativa “E”: errada. De acordo com a legislação, a solidariedade 
entre o alienante e o adquirente do estabelecimento pelas dívidas 
contabilizadas, vencidas e vincendas, EXISTENTES À ÉPOCA DO 
CONTRATO, pode subsistir por UM ANO, contado de duas formas 
diferentes do art. 1.146, do CC! 
CC: 
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“Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo 
pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que 
regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo 
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos 
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data 
do vencimento.” 
Resposta: alternativa “C”. 
QUESTÃO 24: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ 
Marta adquiriu de Ana um salão de beleza com determinado nome de 
fantasia. Quatro meses após alienação desse estabelecimento empresarial, 
Ana inaugurou, na mesma rua, a 200 metros do estabelecimento alienado, 
um novo salão de beleza com nome de fantasia semelhante ao anterior. 
Questionada por Marta, Ana alegou não haver, no documento da transação, 
cláusula contratual proibindo o estabelecimento de novo salão de beleza no 
local. 
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) A adquirente do estabelecimento não pode impedir o restabelecimento da 
alienante, tendo em vista a ausência de cláusula expressa a esse respeito no 
contrato realizado entre elas. 
b) Não há que se falar em concorrência desleal, pois o estabelecimento 
adquirido por Marta e o aberto por Ana são salões de beleza diferentes, ainda 
que possuam nomes semelhantes. 
c) A clientela dos estabelecimentos não é o objeto do negócio jurídico, 
especialmente porque se trata de atividade de prestação de serviço, que, em 
regra, é pessoal e não se transfere em razão de suas características. Assim, 
não há problemas de concorrência. 
d) Assiste razão a Marta, pois, ainda que na transação realizada por elas não 
haja cláusula contratual expressa proibindo o restabelecimento, não pode a 
alienante concorrer com o estabelecimento alienado. 
e) Não se pode falar em concorrência; o que se observa é que Ana empregou 
meio fraudulento para desviar, em proveito próprio, clientela que já era sua. 
Comentários: 
A resposta correta é a alternativa “D”! 
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Trata-se de uma questão bem extensa do CESPE, mas sua resposta 
encontra fundamento exato no art. 1.147, caput, do CC! 
DESCONFIE QUANDO A BANCA FALAR SOBRE A POSSIBILIDADE 
DE CONCORRÊNCIA APÓS O TREPASSE DE ESTABELECIMENTO e se 
lembre da regra do SILÊNCIO IMPORTA EM VEDAÇÃO DE 
CONCORRÊNCIA! 
CC: 
“Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos 
cinco anos subseqüentes à transferência. 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do 
estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o 
prazo do contrato.” 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 25: CESPE - 2008 - TJ-AL - JUIZ 
O massagista Rogério colocou nos fundos de sua casa equipamentos voltados 
para a prática de exercícios físicos, que utilizou para prestar serviços 
onerosos ao público em geral por meio de uma academia de ginástica, 
identificada pela designação de Aleatória Work- Out, conforme cartaz afixado 
sobre a porta do imóvel. Após dois anos, a atividade alcançou substancial 
desempenho, o que levou Rogério a alugar um imóvel para reinstalar a 
academia, bem como a contratar uma secretária e dois fisioterapeutas para 
auxiliá-lo com os clientes. Esse sucesso chamou a atenção de Serviços do 
Corpo Ltda., academia concorrente, que propôs a Rogério o trespasse de seu 
estabelecimento empresarial para a sociedade limitada, celebrando-se esse 
negócio. 
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) A alienação só valerá se Rogério estiver inscrito no Registro Público de 
Empresas Mercantis como empresário ou como sociedade empresária, sem o 
que faltará requisito essencial ao negócio de trespasse. 
b) No preço do trespasse, poderá ser contabilizado o valor do aviamento, que 
corresponderá à soma das quantias concernentes aos aspectos subjetivo e 
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objetivo desse bem imaterial,a serem transferidas, com a alienação, ao 
comprador. 
c) A designação Aleatória Work-Out constitui o título do estabelecimento 
alienado, e a negociação desse bem pelo trespasse ocorrerá sob as mesmas 
regras aplicáveis ao nome empresarial. 
d) Publicado o negócio de trespasse, os clientes da academia de Rogério 
deverão adimplir suas mensalidades perante o adquirente do 
estabelecimento, mas qualquer pagamento dessa natureza feito de boa-fé ao 
alienante valerá contra a sociedade limitada. 
e) Os débitos vincendos referentes às atividades da academia serão 
assumidos por Serviços do Corpo Ltda., mas Rogério continuará por eles 
solidariamente responsável pelo prazo de um ano, contado da data da 
publicação do negócio de trespasse. 
Comentários: 
Alternativa “A”: errada. A publicação do contrato de trespasse, bem 
como a averbação na Junta Comercial, constituem REQUISITOS DE 
EFICÁCIA EM RELAÇÃO A TERCEIROS, mas não de validade do negócio 
jurídico! 
CC: 
“Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou 
arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a 
terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, 
ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas 
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.” 
Alternativa “B”: errada, pois AVIAMENTO NÃO É UM BEM DO 
ESTABELECIMENTO, mas uma de suas qualidades, ligadas à capacidade 
de ser lucrativo ($$$)! 
Alternativa “C”: errada. Veja bem que não é possível alienação de 
nome empresarial! 
Em verdade, o TÍTULO DE ESTABELECIMENTO (ou NOME 
FANTASIA) não se confunde com o nome empresarial (que é o nome da 
pessoa física ou jurídica que exerce a atividade empresarial). 
A propósito, não existe uma regra específica para a venda do titulo de 
estabelecimento! 
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31 
 
E, no caso de venda estabelecimento, a legislação prevê a possibilidade 
contratual de admitir a utilização do nome do alienante (e não do título de 
estabelecimento) + nome do novo titular do estabelecimento + 
qualificação de SUCESSOR! 
CC: 
“Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de 
alienação. 
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, 
pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido 
do seu próprio, com a qualificação de sucessor.” 
Alternativa “D”: correta! 
CC: 
“Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento 
transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, 
desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor 
ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.” 
Alternativa “E”: errada. Pelos débitos VINCENDOS (ainda não 
vencidos) o prazo de solidariedade do alienante do estabelecimento com o 
adquirente expira UM ANO APÓS O VENCIMENTO DO DÉBITO! 
CC: 
“Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo 
pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que 
regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo 
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto 
aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do 
vencimento.” 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 26*: 
( ) O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do 
anteriormente dado. 
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Comentários: 
Correta! 
CC: 
“Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do 
anteriormente dado.” 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 27: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ 
( ) Os títulos de crédito são atos jurídicos unilaterais que contêm direito 
autônomo, o qual se revela mais fortemente no momento em que o título 
circula. 
Comentários: 
Errada, pois os títulos de crédito são documentos representativos de uma 
soma a ser paga pelo devedor ao respectivo credor! Logo, os títulos NÃO 
SÃO UNILATERAIS! 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 28: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ 
( ) Tendo em vista a simplicidade que caracteriza os títulos de crédito e 
as regras gerais introduzidas pelo Código Civil a esse respeito, a cartularidade 
deixou de ser pressuposto para a eficácia legal desses títulos. 
Comentários: 
Errada. A CARTULARIDADE continua sendo princípio aplicável aos 
títulos de crédito! 
Pelo PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE, significa que o título de crédito 
é o documento físico necessário para o exercício nele mencionado. 
“Cártula” vem de “papel”, “documento”. 
Isso mesmo, o CREDOR deve estar com o título “em mãos”, para ser 
apto para cobrar do devedor o valor nele inscrito! 
Então, ao ser paga a dívida, o devedor deve receber o título em suas 
mãos! Por isso é que, se por acaso o DEVEDOR já estiver na posse do título, 
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presume-se que a dívida nele representada já está devidamente PAGA 
(QUITADA)! 
CC: 
“Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício 
do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito 
quando preencha os requisitos da lei.” 
Mas, veja bem que é possível a DESMATERIALIZAÇÃO DO TÍTULO, 
casos em que “O título poderá ser emitido a partir dos caracteres 
criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem 
da escrituração do emitente|”, observados os requisitos mínimos previstos 
no art. 889, do CC! 
CC: 
“Art. 889. ..................................................................................... 
...................................... 
§ 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em 
computador ou meio técnico equivalente e que constem da 
escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos 
neste artigo.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 29: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ 
( ) Entende-se por independência ou autonomia do título de crédito - 
termos sinônimos - que ele não guarda relação com o contrato que lhe deu 
origem. 
Comentários: 
Errada. Veja bem que a banca CESPE costuma tentar confundir o 
candidato com essa afirmação! 
No caso, a questão está equivocada porque a autonomia não 
desvincula totalmente a relação com o negócio jurídico que lhe deu causa! 
Observe bem, pois o título teve uma causa, que é uma determinada 
relação jurídica entre devedor e credor de uma determinada obrigação! 
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O que ocorre, pelo PRINCÍPIO DA AUTONOMIA, é que ele gera 
algumas consequências práticas e limitações dele derivadas: 
⇒ pelo PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO, gera a possibilidade de livre 
circulação, ou seja, o crédito nele representado não fica restrito à 
relação jurídica que o originou; e 
⇒ pelo PRINCÍPIO DA INOPOBILIDADE DAS EXCEÇÕES 
PESSOAIS, acarretam-se limitações ao devedor em juízo em 
relação ao portador do título (art. 915, do CC)! 
CC: 
“Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício 
do direito literal e autônomo nele contido, somenteproduz 
efeito quando preencha os requisitos da lei. 
...................... 
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do 
portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das 
normas que disciplinam a sua circulação. 
................... 
Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações 
pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as 
exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à 
falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de 
representação no momento da subscrição, e à falta de requisito 
necessário ao exercício da ação.”” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 30: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ 
( ) A abstração - princípio absoluto dos títulos de crédito - é característica 
que serve à autonomia desses títulos e que é fundamental para a sua 
circulação. 
Comentários: 
Errada, pois nem todos os títulos de crédito são abstratos! 
ATENÇÃO: NEM TODOS OS TÍTULOS DE CRÉDITO SÃO 
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ABSTRATOS, MAS SOMENTE OS TÍTULOS NÃO CAUSAIS! 
� Conceitos: 
a. Títulos causais (imperfeitos ou impróprios): sua emissão 
somente pode ser feita nas hipóteses estritamente previstas em 
lei, como é o caso da DUPLICATA utilizável na compra e venda 
mercantil, devendo ser comprovada a existência da fatura e a 
respectiva entrega da mercadoria! 
b. Títulos de créditos não causais (abstratos ou perfeitos): 
sua emissão não está vinculada a nenhuma causa 
preestabelecida em lei, como é o caso do CHEQUE e da NOTA 
PROMISSÓRIA! 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 31: CESPE - 2009 - TRF 1a REGIÃO - JUIZ 
( ) Os princípios aplicáveis aos títulos de crédito são absolutos, assim 
entendidos na doutrina e na jurisprudência como forma de dar credibilidade 
ao título que circula. 
Comentários: 
Errada. Os princípios previstos no CC podem ser tratados de maneira 
diferente em LEIS ESPECIAIS! Desta forma, não são absolutos! 
CC: 
“Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os 
títulos de crédito pelo disposto neste Código.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 32: CESPE - 2009 - AGU - ADVOGADO 
( ) Para a validade do endosso dado no anverso do título de crédito, é 
suficiente a assinatura do endossante, imediatamente após a qual ocorre a 
transferência do referido título. 
Comentários: 
Errada. Apenas se for ASSINADO NO VERSO, é que o ENDOSSO do 
título será válido! 
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36 
 
Para o aval, a regra é ao contrário! 
CC: 
“Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou 
anverso do próprio título. 
§ 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do 
endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples 
assinatura do endossante. 
§ 2o A transferência por endosso completa-se com a tradição do título. 
§ 3o Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou 
parcialmente.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 33: CESPE - 2009 - SECONT-ES - AUDITOR DO ESTADO – DIREITO 
( ) A cartularidade, a literalidade, a autonomia e a possibilidade de 
abatimento de juros remuneratórios mediante resgate do título à vista, são 
princípios gerais que incidem em todas as espécies de títulos de crédito. 
Comentários: 
Errada. Apenas a CARTULARIDADE, a LITERALIDADE e a 
AUTONOMIA são princípios gerais dos títulos de crédito! 
A propósito da questão, a CLÁUSULA DE JUROS NÃO É PERMITIDA 
NOS TÍTULOS DE CRÉDITO! 
CC: 
“CC: 
“Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, 
a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo 
pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e 
formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua 
ou restrinja direitos e obrigações.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 34: CESPE - 2011 - TJ-ES - JUIZ 
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A respeito dos títulos de crédito, assinale a opção correta. 
a) Por expressa disposição legal, os devedores de um título de crédito são 
solidários, sendo cada um deles obrigado pelo montante integral da dívida. 
b) Os títulos nominativos não à ordem identificam o titular do crédito e se 
transferem por endosso. 
c) Às matérias relativas aos títulos de crédito aplica-se o Código Civil, mesmo 
quando este contiver comando diverso do que dispõe a lei especial. 
d) Quanto ao conteúdo da obrigação que representa, o título de crédito não 
se distingue dos demais documentos representativos de direitos e obrigações, 
sendo possível, portanto, documentar, em um título de crédito, obrigações de 
dar, fazer ou não fazer. 
e) De acordo com a doutrina, o princípio da literalidade tem consequências 
favoráveis e contrárias tanto para o credor quanto para o devedor, o qual não 
será obrigado a mais do que estiver mencionado no documento. 
Comentários: 
Alternativa “A”: errada. No CC, não há disposição legal que determine a 
responsabilidade solidária dos devedores do título! A propósito, DE ACORDO 
COM O CC, ELA NÃO SE PRESUME PARA O ENDOSSANTE, deve ser 
expressa! 
CC: 
“Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante 
do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da 
prestação constante do título. 
§ 1o Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se 
torna devedor solidário. 
§ 2o Pagando o título, tem o endossante ação de regresso contra os 
coobrigados anteriores.” 
Alternativa “B”: errada. Lembre-se que TÍTULO NÃO À ORDEM NÃO 
ADMITE ENDOSSO, somente o título à ordem! 
E veja bem que o título nominativo pode ser transferido por TERMO 
ou, também, por ENDOSSO! 
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CC: 
“Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em 
registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. 
Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por 
endosso que contenha o nome do endossatário. 
§ 1o A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o 
emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, 
podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a 
autenticidade da assinatura do endossante. 
§ 2o O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de 
endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, 
comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes. 
§ 3o Caso o título original contenha o nome do primitivo proprietário, 
tem direito o adquirente a obter do emitente novo título, em seu nome, 
devendo a emissão do novo título constar no registro do emitente. 
Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser 
transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à 
sua custa.” 
Alternativa “C”: errada. Havendo disposição em LEI ESPECIAL diversa 
do CC, aplica-se a primeira! 
CC: 
“Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os 
títulos de crédito pelodisposto neste Código.” 
Alternativa “D”: errada, pois títulos de crédito devem representar 
OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO! 
Alternativa “E”: correta! Vejamos, então, quais são os REQUISITOS 
DO TÍTULO DE CRÉDITO! Para ser emitido, o título deve conter os 
seguintes elementos: 
⇒ data da emissão; 
⇒ indicação precisa dos direitos que confere; e 
⇒ assinatura do emitente. 
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CC: 
“Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a 
indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura 
do emitente. 
§ 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de 
vencimento. 
§ 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando 
não indicado no título, o domicílio do emitente.” 
Mas, veja bem que, por exemplo, o título de crédito não admite 
cláusula de juros! 
CC: 
“Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a 
proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo 
pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e 
formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua 
ou restrinja direitos e obrigações.” 
Resposta: alternativa “E”. 
QUESTÃO 35: CESPE - 2012 - TJ-PI - JUIZ 
De acordo com o Código Civil, o título de crédito, documento necessário ao 
exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito 
quando preenchidos os requisitos legais. Com base nessa informação e na 
teoria geral dos títulos de crédito, avalie a seguinte proposição. 
( ) Enquanto estiver em circulação, só o título de crédito poderá ser dado 
em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não separadamente os 
direitos ou mercadorias que ele represente. 
Comentários: 
Correta! 
CC: 
“Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só 
ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas 
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judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que 
representa.” 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 36: CESPE - 2012 - TJ-PI - JUIZ 
De acordo com o Código Civil, o título de crédito, documento necessário ao 
exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito 
quando preenchidos os requisitos legais. Com base nessa informação e na 
teoria geral dos títulos de crédito, avalie a seguinte proposição. 
( ) Reputam-se abstratos ou perfeitos os chamados títulos 
representativos, cuja circulação importa a transferência da mercadoria a que 
se referem, como o conhecimento de transporte ferroviário ou marítimo e a 
duplicata. 
Comentários: 
Errada. Essa proposição refere-se ao TÍTULO DE CRÉDITO CAUSAL! 
Vejamos os conceitos sobre esse assunto: 
a. Títulos causais (abstratos, imperfeitos ou impróprios): sua 
emissão somente pode ser feita nas hipóteses estritamente 
previstas em lei, como é o caso da DUPLICATA utilizável na 
compra e venda mercantil, devendo ser comprovada a existência 
da fatura e a respectiva entrega da mercadoria! 
b. Títulos de créditos não causais (abstratos ou perfeitos): sua 
emissão não está vinculada a nenhuma causa preestabelecida em 
lei, como é o caso do CHEQUE e da NOTA PROMISSÓRIA! 
 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 37: CESPE - 2007 - MPE-AM - PROMOTOR DE JUSTIÇA 
Quanto aos títulos de crédito, assinale a opção correta. 
a) As relações cambiais são regidas pelos princípios da autonomia e da 
inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé, entre outros. 
Assim, quando o devedor for demandado pelo legítimo portador do título, não 
poderá alegar possíveis exceções pessoais que possui contra o credor 
originário. 
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b) O título de crédito causal representa obrigações desvinculadas do negócio 
jurídico que deu origem à cártula, permitindo-se considerar, quando o título é 
posto em circulação, apenas a existência da obrigação cambial, representada 
por uma cártula e seu conteúdo. Por isso, para que seu titular exerça o direito 
de crédito dele emergente, basta a apresentação do título. 
c) Em decorrência do princípio da literalidade, o título de crédito em branco 
ou incompleto é ineficaz cambialmente; por isso, o seu posterior 
preenchimento, mesmo quando houver acordo prévio, poderá constituir 
motivo para que sejam opostas ao portador as exceções que caberiam contra 
o primitivo credor. Assim, ainda que tenha havido a circulação desse título, 
será negado pagamento e o negócio jurídico que lhe deu origem será 
anulável. 
d) O meio próprio de transferência do título de crédito à ordem é o endosso 
seguido de sua tradição. O endosso não tem eficácia em relação ao devedor, 
senão quando a este notificado; o endossante é responsável não só pelo 
aceite, mas também pelo pagamento do crédito nele mencionado, isto é, ele 
se responsabiliza pela solvência do crédito. 
e) O aval é autônomo em relação à obrigação do devedor principal e se 
constitui no vencimento do título de crédito. Assim, a morte do avalista 
ocorrida antes do vencimento do título extingue a obrigação, não se 
transmitindo aos herdeiros, por não possuir caráter personalíssimo. 
Comentários: 
Alternativa “A”: correta! Pelo PRINCÍPIO DA AUTONOMIA, o título de 
crédito é desvinculado da relação jurídica que lhe deu origem! Por esse 
princípio, quem receber um título de crédito em sua mão, não está autorizado 
a questionar as relações jurídicas anteriores. Vamos exemplificar: 
“A” vende um determinado bem a “B”. Por essa compra, “B” fica 
devendo o valor de R$ 1.000,00, e emite uma nota promissória 
(promessa de pagamento) com esse valor, para vencer em um 
ano. 
A nota promissória que ficou em poder de “A”, que a endossou 
(transferiu seu crédito) em favor de “C”. 
E vamos supor que a venda seja anulável, por algum defeito 
apresentado no bem! 
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Resultado: Ao ser cobrado pelo valor da nota promissória “B” não 
poderá alegar contra “C” a existência do defeito do bem que 
comprou de “A”, pelo princípio da autonomia das relações 
cambiárias (autonomia dos títulos de crédito). 
 Por isso, “B” deverá pagar a nota promissória ao novo credor: 
“C”. 
Mas, “B” poderá exigir o seu direito, por outras formas, 
diretamente contra “A”. 
Por outro lado, mesmo que o título de crédito venha a ser 
anulado, por qualquer motivo, a relação entre “A” e “B” 
permanece válida (art. 888, do CC)! 
ATENÇÃO: PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO! 
� A doutrina também associa essa característica ao 
princípio da abstração, que significa a completa 
desvinculação do título em relação ao negócio jurídico que 
o deu causa! 
A INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS constitui um 
desdobramento desse princípio da autonomia, como verdadeira 
limitação para o devedor do título em juízo! De acordo com esse princípio, 
o devedor NÃO PODE DISCUTIR COM O TERCEIRO, que estiver portando o 
título: 
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