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UNIVERDIDADE DE UBERABA MARCEL MERLO MENDES PRÁTICA PEDAGÓGICA III BOA ESPERANÇA – ES 2014 Introdução Esse trabalho apresenta uma investigação detalhada e resumida no que se refere à questão do estudo, debate e discussão da LBD – 9394/96, o CNE, e as DCNEM que são muito importantes, pois dão diretrizes, garante direito e prioriza não só a construção do conhecimento, mas a formação do ser humano como um cidadão pleno com moral e constituído de valores. O site http://www.crmariocovas.sp.gov.br/enm_a.php?t=001, traz uma reflexão interessante sobre o NOVO Ensino Médio: desafios e possibilidades. "Afinal, por que se fala tanto do novo Ensino Médio? Teria ele mudado tão radicalmente, a ponto de ser chamado de novo? Se o analisarmos, por exemplo, sob o prisma da organização do tempo na escola, ou das possibilidades de organização curricular, que mantêm a alternativa disciplinar, vamos constatar que mudou muito pouco. As mudanças mais profundas e verdadeiras transitam num espaço interno, exigindo de nós, profissionais da educação, alterações no nosso modo de nos relacionarmos com o conhecimento, com o trabalho e com nosso próprio desenvolvimento. Mudar, no contexto do que se propõe hoje para o Ensino Médio, significa abandonar alguns paradigmas sobre o que é ensinar e aprender, revendo e revitalizando nossos compromissos com a escola e o aluno. Isto não é pouco, nem é fácil. Mas é o desafio do nosso tempo: trabalhar de modo interdisciplinar e contextualizado, a fim de atender a um projeto que não é mais individual, mas coletivo, impõe mudanças cuja operacionalização exige esforço pessoal de cada um dos agentes envolvidos no processo educacional. Em nossa resposta a esse desafio reside a grande mudança que se pode dar na qualidade da educação oferecida no Ensino Médio." Princípios, fundamentos e procedimentos da Educação Básica. Atividade 1 A educação básica no Brasil está organizada em educação infantil, ensino fundamental e médio, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96. A proposta da não terminalidade para essa etapa da escolaridade justificasse pelo fato da formação dos discentes para o exercício da cidadania, para o trabalho e o prosseguimento dos estudos, nessa concepção a Educação Básica tornasse inovadora quando propõe a conjugação de etapas como um só todo, promovendo assim uma formação contínua. O ensino fundamental é uma das etapas da Educação Básica e foi ampliado para nove anos de duração, sendo que a matrícula tornasse obrigatória a partir dos seis anos de idade, para isso foi instituída a seguinte lei: Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005 – torna obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental. A constituição Federal garante a participação de todos os brasileiros nessa etapa quando afirma em seu artigo 205 – a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da família e sua qualificação para o trabalho. Na prática a LDB e a Constituição Federal em seus artigos 205 e 206 complementam-se, pois quando o professor aproveita o conhecimento extraescolar do aluno adquirido fora da sala de aula e vincula isso a sua prática pedagógica, juntamente com o trabalho e as práticas sociais ele promove o pleno desenvolvimento dos discentes preparando-os para vida cidadã e qualificando-os para o trabalho. Segundo o site educador.brasilescola.com a LDBEN 9394/96, assinala como diretrizes: a inclusão, a valorização da diversidade, a flexibilidade, a qualidade e a autonomia, assim como, a competência para o trabalho e a cidadania. A flexibilidade que a LDBEN oferece é garantida à escola, ao professor e ao aluno através de: recuperação paralela. Art.24; progressão parcial. Art.24; avanços em cursos e séries. Art.24; aproveitamento de estudos. Art.24; organização da escola: séries, semestres, ciclos, módulos. Art.23; organização das turmas: idade, série. Art.24; currículo: 25% parte diversificada totalmente organizada pela escola. Art.26, Art.27. Dessa forma a flexibilização na organização da educação do país se da através de séries, semestres, ciclos, módulos. Tudo isso é garantido pela LDB. O significado prático da elaboração das diretrizes e não de programas prontos e fechados só é possível graças a uma peculiaridade da Lei de Diretrizes e Bases, ela não é muito detalhista, isso da certa liberdade para as escolas e sistemas de ensino possam se articular da melhor forma tomando como base as diretrizes gerais fixadas pela LDB. A descentralização de ações e a flexibilidade só são possíveis se todas as esferas do sistema educacional desempenharem bem o seu papel, usufruindo dessa “liberdade” permitida pela lei para a construção das suas propostas pedagógicas, PPP, JPP, projetos interdisciplinares, entre tantos outros, sustentado essa nova forma de legislação, onde todos os níveis da educação fazem a sua parte, para complementar as diretrizes fixadas pela LDB. A relação entre as DCNEF, o PCN e as propostas pedagógicas das escolas é a seguinte: Segundo o site pedagogia em foco “as Diretrizes Curriculares Nacionais são um conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica que orientam as escolas na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas”. Esse vínculo do DCNEF com as propostas pedagógicas das escolas possuem marcos, diretrizes orientadoras de currículo de modo a fazer valer a promover a qualidade das ações pedagógicas em sua diversidade nacional, a partir das áreas do conhecimento, que são definidas pelos PCNs. Dessa forma fica claro que as três estão interligadas e complementando - se. A LDB possui três grandes eixos no que se referem à questão da autonomia que as escolas têm para elaborarem os seus projetos pedagógicos, são eles: 1º - Flexibilidade: relacionada à autonomia que as escolas têm para organizarem o seu próprio trabalho pedagógico. 2º - Avaliação: os aspectos mais importantes a serem observado nos vários níveis do poder público. 3º - Liberdade: referente ao pluralismo de ideias e concepções pedagógicas diversas. Dessa forma as escolas tem “carta branca”, e com o seu trabalho complementa e valida as Lei e diretrizes propostas pela LDB, esse conceito de uma lei ampla, simplificada e flexível é novo e pode até gerar questionamentos, sobre a sua confiabilidade, isso porque para que ela se cumpra cada escola tem que fazer o seu papel na concretização dessa nova forma de legislar. Com relação ao MEC ele pode exercer sua função de regulação e controle sobre a Lei de Diretrizes e Bases através das escolas. Organograma – O MEC através das escolas atua também de certa forma sobre a LDB. Segundo o site educação.salvador.ba.gov.br “As escolas deverão estabelecer, como norteadores de suas ações pedagógicas: a) os Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum; b) os Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do exercício da Criticidade e do respeito à Ordem Democrática; c) os Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais. Estes princípios deverão fundamentar as práticas pedagógicas das escolas, pois será por meio da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum que a Ética fará parte da vida cidadã dos alunos. Segundo o mesmo“os Direitos e Deveres de Cidadania e o Respeito à Ordem Democrática, ao orientarem as práticas pedagógicas, introduzirão cada aluno na vida em sociedade, que busca a justiça, a igualdade, a equidade e a felicidade para o indivíduo e para todos. O MEC ESCOLAS LDB exercício da Criticidade estimulará a dúvida construtiva, a análise de padrões em que direitos e deveres devam ser considerados, na formulação de julgamentos”. Ainda afirma que “viver na sociedade brasileira é fundamentar as práticas pedagógicas, a partir dos Princípios Estéticos da Sensibilidade, que reconhece nuances e variações no comportamento humano. Assim como da Criatividade, que estimula à curiosidade, o espírito inventivo, a disciplina para a pesquisa e o registro de experiências e descobertas. E, também, da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais, reconhecendo a imensa riqueza da nação brasileira em seus modos próprios de ser, agir e expressar-se”. Atividade 2 Segundo a Resolução CEB Nº 3, de 26 de junho de 1998, disponível no site http://portal.mec.gov.br “As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio – DCNEM, estabelecidas, se constituem num conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos a serem observados na organização pedagógico e curricular de cada unidade escolar integrante dos diversos sistemas de ensino, em atendimento ao que manda a lei, tendo em vista vincular a educação com o mundo do trabalho e a prática social, consolidando a preparação para o exercício da cidadania e propiciando preparação básica para o trabalho”. Dessa forma a elaboração das DCNEM visava compreender e realizar a educação, que é entendida como um direito individual humano em um coletivo implica considerar o seu poder de habilitar para o exercício de outros direitos, isto é, para potencializar o ser humano como cidadão pleno, de tal modo que este se torne apto para viver e conviver em determinado ambiente, em sua dimensão atual. Já a educação é, pois, processo e prática que se concretizam nas relações sociais que transcendem o espaço e tempo escolares, tendo em vista os diferentes sujeitos que a demandam. A tarefa da CNE, em relação às DCNEM é sistematizar os princípios e diretrizes gerais do seu conteúdo, explicar os desdobramentos desses princípios nos planos pedagógicos e traduzi-los em diretrizes que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, dispor sobre a organização curricular da formação básica nacional e suas relações com a parte diversificada, e a formação para o trabalho. Num sistema educacional em que poucos conseguem vencer a barreira da escola obrigatória, os que chegam ao ensino médio destinam – se em sua maioria aos estudos superiores para concluir sua formação pessoal e profissional, mas esta situação pode mudar de acordo com a demanda dos alunos. Podemos citar como bases legais do Ensino Médio, elaboradas pela CNE: Explicitar os desdobramentos desses princípios no plano pedagógico e traduzi- lo em diretrizes que contribuam para assegurar a formação básica nacional comum. Dispor sobre a organização curricular da formação básica nacional e suas relações com a parte diversificada e a formação para o trabalho. Com o fim da ditadura houve um reformulação, com a instrumentalização da cidadania democrática, o currículo deve contemplar conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser humano para a realização de atividades práticas: Na vida em sociedade Com atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando à integração de homens e mulheres neste intrínseco universo das relações políticas e no trabalho. A resposta a uma convocação exige o diálogo e a busca de consensos sobre os valores, atitudes, padrão de conduta e diretrizes pedagógicas, pois, será uma caminhada longa e cheia de obstáculos. Segundo a Resolução CEB Nº 3, de 26 de junho de 1998. Os três pilares que sustentam a DCNEM são: Sensibilidade – que deverá substituir a da repetição e padronização, estimulando a criatividade, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto o imprevisível e o diferente. Igualdade – é o reconhecimentos dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da cidadania, visando à constituição de identidades que busquem e pratiquem e a igualdade no acesso aos bens sociais e culturais, o respeito ao bem comum e a responsabilidade, como fundamento da preparação do educando para a vida. Identidade – busca superar dicotomias entre o mundo da moral e o mundo material, o público e o privado, promovendo o reconhecimento da própria identidade e a do outro aprendendo a ser e a conviver. Os elementos que constituem uma pedagogia de qualidade precisam ser princípios, fundamentados e procedimentos a serem observados na organização pedagógica e curricular de cada unidade escolar integrante dos diversos sistemas de ensino, em atendimento ao que manda a lei, tendo em vista vincular a educação com o mundo do trabalho e a prática social, consolidando a preparação para o exercício da cidadania e propiciando preparação básica para o trabalho. Segundo Vânia Maria de Oliveira Vieira “ A prática de avaliação, num sentido amplo, refere – se a uma atividade constante no nosso dia a dia. Faz parte da nossa vida cotidiana. Sobre isso, Franco (1998, p. 119), destaca que “avaliar é uma atividade tão antiga quanto o surgimento da consciência humana”. Segundo a autora, à medida que os homens começaram a se comunicar, para produzir e garantir a sobrevivência, começaram, simultaneamente, a se avaliar, a se analisar e a se julgar. E, nos dias atuais, frequentemente, deparamo-nos analisando e julgando nossos comportamentos e dos nossos semelhantes, os acontecimentos do nosso ambiente, assim como as situações das quais participamos.” Segundo Vânia Maria de Oliveira Vieira “ A avaliação é um processo que deve levar ao aperfeiçoamento do ensino, para que o educando encontre sua melhor forma de aprendizagem. Deve ser um processo aberto a mudanças, segundo o ritmo de aprendizagem do aluno, seu desempenho e sua forma de aprendizagem.” Segundo a Resolução CEB Nº 3, de 26 de junho de 1998, priorizando – as sobre as informações. I. Ter presente que as linguagens são indispensáveis para a constituição de conhecimentos e competências. II. Adotar metodologias de ensino diversificadas, que estimulem a reconstrução do conhecimento e mobilizem o raciocínio, a experimentação, a solução de problemas e outras competências cognitivas superiores. III. Reconhecer que as situações de aprendizagem provocam também sentimentos e requerem trabalhar a afetividade do aluno. Segundo a Resolução CEB Nº 3, de 26 de junho de 1998 p.2, os princípios pedagógicos da Identidade, Diversidade e Autonomia, da Interdisciplinaridade da Contextualização, serão adotados como estruturadores dos currículos do ensino médio. Na observância da Identidade, Diversidade e Autonomia, os sistemas de ensino e as escolas, na busca da melhor adequação possível às necessidades dos alunos e do meio social: I. – desenvolverão, mediante a institucionalização de mecanismos de participação da comunidade, alternativas de organização institucional que possibilitem: a. Identidade própria enquanto instituições de ensino de adolescentes, jovens e adultos, respeitadas as suas condições e necessidades de espaço e tempo de aprendizagem; b. Uso das várias possibilidades pedagógicas de organização, inclusive espaciais e temporais; c. Articulações e parcerias entre instituições públicas e privadas, contemplando a preparaçãogeral para o trabalho, admitida a organização integrada dos anos finais do ensino fundamental com o ensino médio. Segundo o site: www.anacrisarantes.pro.br A função da escola Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de 1996, apoiados em diversas publicações mundiais, recomendam que o ensino formal deve desenvolver os estudantes de forma plena considerando para tanto, aspectos da cidadania, a dignidade, o direito à informação, o acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade, a socialização e o atendimento dos alunos visando a sobrevivência e desenvolvimento da sua identidade. Se por um lado a escola pública tenha autonomia e deva ser "viva e atuante", por outro lado, figura como uma célula de um imenso organismo - que até hoje, muitas vezes, trouxe obstáculos para o atendimento da sua clientela e da realização Projeto Escolar. Organizada por séries ou por ciclos, a Educação Básica (LDB 9394/96) oferecida pela escola brasileira, tem buscado oferecer um ensino formal adequado as diferenças regionais, procurando evitar a repetência e a evasão atendendo, teoricamente falando, um maior número de estudantes. Partindo de uma situação de heteronomia, o aluno deve alcançar a autonomia pessoal, tornando-se um cidadão consciente, crítico que, entendendo a sua história pessoal, a do seu país, possa trabalhar em prol de melhor condição e qualidade de vida para todos. Para tanto, através da implementação intencional, sistemática, planejada e contínua para crianças adolescentes e jovens, (PCNs, Introdução 1998; 42), os temas transversais, - ética, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo - presentes em todos os componentes curriculares e em todos os ciclos de escolarização, ao final do processo, terão desenvolvido um cidadão integral. Isto significa que através das áreas e dos diversos componentes curriculares, anteriormente denominados Disciplinas e Atividades (PAR.CFE 853/71), objetiva-se a transmissão, a disseminação, a apropriação de ideias (TYLER, 1986 e LA TAYLE, 1990), fatos e habilidades de ordem afetiva, cognitiva e motora. Temos que reorganizar nosso ensino médio, sem prejudicar a formação dos jovens, mas também não desestimular seu desempenho nessa etapa. O aluno poderia ter a carga de disciplinas tradicionais, mas poderia escolher outras formações que diriam respeito mais a opções individuais e (ajudariam a) direcionar para o ensino superior. Conforme consta no site: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pceb14_00.pdf Como se vê, a base nacional comum interage com a parte diversificada, no âmago do processo de constituição de conhecimentos e valores das crianças, jovens e adultos, evidenciando a importância da participação de todos os segmentos da escola no processo de elaboração da proposta pedagógica da instituição que deve, nos termos da lei, utilizar a parte diversificada para enriquecer e complementar a base nacional comum. Ainda na mesma linha, a Resolução nº 3 / 98, estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio no Brasil, remetendo aos objetivos de natureza ético/social ( agora ampliados em termos de princípios éticos/estéticos/ políticos ) que segundo o Parecer n° 05/97 - CEB, abrangem todos os componentes curriculares. A preparação básica para o trabalho deverá estar presente tanto na base nacional comum, como na parte diversificada o ensino médio, incluindo a preparação básica para o trabalho, poderá preparar para o exercício de profissões técnicas, por articulação com a educação profissional, mantida a independência entre os cursos. O ensino médio dissociou – se do ensino profissionalizante, realizado agora ao mesmo tempo ou depois desse nível de ensino. Assim o ensino médio não é mais profissionalizante, não preparar o exercício desta ou daquela profissão específica, mas estar atrelado à formação geral do aluno. A proposta das DCNEM para os cursos profissionalizantes tem em vista vincular a educação com o mundo do trabalho e a prática social, consolidando a preparação para o exercício da cidadania e propiciando preparação básica para o trabalho. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394 / 96, a educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio, tendo por finalidades “desenvolver o educando, assegurar – lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer – lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. A reorganização curricular do Ensino Médio está baseada na definição de três grandes áreas: a área de linguagens, códigos e suas tecnologias, a de Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias e Ciências Humanas e suas tecnologias. Ao invés de uma lista de disciplinas e de conteúdos obrigatórios, cada área é composta por um conjunto de competências e habilidades a serem construídas pelos educandos ao longo de três anos de ensino médio, sendo que muitas vezes essas competências e habilidades pressupõem a consolidação e aprofundamento de aprendizagens anteriores. Segundo a Resolução CEB Nº 3, de 26 de junho de 1998. Os saberes específicos de cada área do conhecimento o Ensino Médio são: I - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, objetivando a constituição de competências e habilidades que permitam ao educando: a) Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. b) Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas. c) Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção. d) Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. e) Conhecer e usar língua (s) estrangeira (s) moderna (s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. f) Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem solucionar. g) Entender a natureza das tecnologias da informação como integração de diferentes meios de comunicação, linguagens e códigos, bem como a função integradora que elas exercem na sua relação com as demais tecnologias. h) Entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. i) Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. II - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, objetivando a constituição de habilidades e competências que permitam ao educando: a) Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o desenvolvimento científico com a transformação da sociedade. b) Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das ciências naturais. c) Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a produção, análise e interpretação de resultados de processos ou experimentos científicos e tecnológicos. d) Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculode probabilidades. e) Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre valores de variáveis, representados em gráficos, diagramas ou expressões algébricas, realizando previsão de tendências, extrapolações e interpolações e interpretações. f) Analisar qualitativamente dados quantitativos representados gráfica ou algebricamente relacionados a contextos socioeconômicos, científicos ou cotidianos. g) Apropriar-se dos conhecimentos da física, da química e da biologia e aplicar esses conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade natural. h) Identificar, representar e utilizar o conhecimento geométrico para o aperfeiçoamento da leitura, da compreensão e da ação sobre a realidade. i) Entender a relação entre o desenvolvimento das ciências naturais e o desenvolvimento tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos problemas que se propuseram e propõem solucionar. j) Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências naturais na sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. k) Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. l) Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas e aplicá-las a situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas. III - Ciências Humanas e suas Tecnologias, objetivando a constituição de competências e habilidades que permitam ao educando: a) Compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que constituem a identidade própria e dos outros. b) Compreender a sociedade, sua gênese e transformação e os múltiplos fatores que nelas intervêm, como produtos da ação humana; a si mesmo como agente social; e os processos sociais como orientadores da dinâmica dos diferentes grupos de indivíduos. c) Compreender o desenvolvimento da sociedade como processo de ocupação de espaços físicos e as relações da vida humana com a paisagem, em seus desdobramentos político- sociais, culturais, econômicos e humanos. d) Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as às práticas dos diferentes grupos e atores sociais, aos princípios que regulam a convivência em sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, à justiça e à distribuição dos benefícios econômicos. e) Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a economia, as práticas sociais e culturais em condutas de indagação, análise, problematização e protagonismo diante de situações novas, problemas ou questões da vida pessoal, social, política, econômica e cultural. f) Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento do indivíduo, da sociedade e da cultura, entre as quais as de planejamento, organização, gestão, trabalho de equipe, e associá-las aos problemas que se propõem resolver. g) Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências humanas sobre sua vida pessoal, os processos de produção, o desenvolvimento do conhecimento e a vida social. h) Entender a importância das tecnologias contemporâneas de comunicação e informação para o planejamento, gestão, organização, fortalecimento do trabalho de equipe. i) Aplicar as tecnologias das ciências humanas e sociais na escola, no trabalho e outros contextos relevantes para sua vida. § 1º A base nacional comum dos currículos do ensino médio deverá contemplar as três áreas do conhecimento, com tratamento metodológico que evidencie a interdisciplinaridade e a contextualização. § 2º As propostas pedagógicas das escolas deverão assegurar tratamento interdisciplinar e contextualizado para: a) Educação Física e Arte, como componentes curriculares obrigatórios; b) Conhecimentos de filosofia e sociologia necessários ao exercício da cidadania. Conforme consta no site: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/encarte.pdf Ao aprovar as novas Diretrizes, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação alerta para o fato de que a sua implementação será, ao mesmo tempo, um processo de ruptura e de transição. Ruptura porque sinaliza para um ensino médio significativamente diferente do atual, e cuja construção vai requerer mudanças de concepções, valores e práticas. E transição porque as novas Diretrizes não constituem uma negação da experiência acumulada, suas qualidades e limitações. O MEC e a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação entendem que o processo que agora se inicia não tem data marcada para terminar. E advertem que, por mais que as burocracias e os meios de comunicação esperem a tradução das Diretrizes Curriculares com racionalidade cartesiana, essa expectativa não será preenchida, pois o resultado de uma reforma educacional tem componentes imprevisíveis que não permitem dizer com exatidão como ficará o ensino médio no momento em que as Diretrizes estiverem totalmente implementadas. O papel do Ensino Superior é examinar sua missão e seus procedimentos de seleção, com a perspectiva de um ensino médio que deverá ser mais unificado quanto as competências dos alunos e mais diversificado quanto aos conhecimentos específicos qu darão suporte à constituição dessas competências e deverão faze-lo coma a ética de quem reconhece o poder das exigências para ingresso no Ensino Superior exercem e continuaram exercendo, sobre a prática curricular e pedagógica das escolas do ensino médio. Conclusão Com isso podemos concluir que a LDB/96, o CNE, e as DCNEM são ferramentas fundamentais para garatir uma efetiva promoção e transmissão não só de conhecimento, mas principalmente de moral, ética e valores, na sociedade conteporânea há uma inversão de valores, e muitas vezes isso traz consequências negativas, não beneficia a prática da cidadania, da solidariedade, da democracia. Apenas as ações práticas e concretas desses documentos serão capazes de promover uma mudança para melhor na sociedade atual. Esse conjunto de leis, regras e normas é de fundamental importância para que conheçamos nossos deveres e direitos, e mais ainda fundamenta a prática pedagógica, pois ações sem planejamento ou um base legais estão fadadas ao fracasso. Dessa forma, conhecer, aplicar e utilizar as DCNEMs é inpresidível para o sucesso de todo o processo educativo, em busca da construção do conhecimento. Referências NOVO Ensino Médio: desafios e possibilidades – Disponível: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/enm_a.php?t=001. Diretrizes assinaladas pela LDBEN 9394/96 – Disponível: http://educador.brasilescola.com/politica-educacional/o-direito-educacional-direito- educacao.htm A relação entre as DCNEF, o PCN e as propostas pedagógicas das escolas é – Disponível: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/lres2_98.htm As escolas deverão estabelecer, como norteadores de suas ações pedagógicas – Disponível: http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-jornada- pedagogica/documentos/diretrizes-curriculares-nacionais-do-ensino-fundamental.pdf As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio – DCNEM; Os três pilares que sustentam a DCNEM são; priorizando – as sobre as informações; os princípios pedagógicos da Identidade, Diversidade e Autonomia, da Interdisciplinaridade da Contextualização, serão adotados como estruturadores dos currículos do ensino médio; Os saberes específicos de cada área do conhecimento o Ensino Médio são – Disponível: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb03_98.pdf VIEIRA, Vânia Maria de Oliveira, aluno ensinante e professoraprendente. In: Avaliação como elemento mediador do processo de ensino – aprendizagem. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. cap. III, p. 81. VIEIRA, Vânia Maria de Oliveira, aluno ensinante e professor aprendente. In: Avaliação como elemento mediador do processo de ensino – aprendizagem. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. cap. III, p. 94. A função da escola Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de 1996 – Disponível: http://www.anacrisarantes.pro.br/trabalhos/A%20funcao%20da%20escola%20segundo%20as %20recomendacoes%20dos%20parametros%20curriculares.pdf Como se vê, a base nacional comum interage com a parte diversificada – Disponível: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pceb14_00.pdf Ao aprovar as novas Diretrizes, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação – Disponível: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/encarte.pdf Anexos Anexo A
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