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Aula 06 - Fundações Rasas

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Execução de Fundações
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Guarapuava
Rodrigo Scoczynski Ribeiro
Engº Civil, M.Sc.
Fundações
• Fundações são elementos estruturais cuja função é a transferência de 
cargas da estrutura para a camada resistente de solo;
• Compõe de 5 a 20% do orçamento;
• Pode tornar o empreendimento inviável
• Classificam em:
• Fundações de superfície (também chamada de rasa, direta ou 
superficial;
• Fundação profunda.
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Fundações
• Fundações em superfície: Fundação em que a carga é transmitida ao 
terreno, predominantemente pela pressão distribuída sob a base da 
fundação e em que a profundidade de assentamento em relação ao 
terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da 
fundação; compreende as sapatas, os blocos, as sapatas associadas, os 
radiers e as vigas de fundação.
• A transmissão das cargas é feita através da base do elemento estrutural 
da fundação, considerando apenas o apoio da peça sobre a camada do 
solo, sendo desprezada qualquer outra forma de transferência de 
cargas.
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Fundações
• Fundação profunda (ou indireta): Aquela em que o elemento de 
fundação transmite a carga ao terreno pela base (resistência de ponta), 
por sua superfície lateral (resistência de atrito do fuste) ou por 
combinação das duas, e esta assentada em profundidade, em relação 
ao terreno adjacente, superior ao dobro de sua menor dimensão em 
planta;
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Fundações
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• Sapatas isoladas
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• Sapatas corridas (ou associadas)
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• Sapata associada (ou corrida)
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• Sapata de divisa
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• Blocos e alicerces
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• Radiers
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• Bloco: Elemento de fundação superficial de concreto, geralmente 
dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas 
possam ser resistidas pelo concreto, sem a necessidade de armadura. 
Pode ter as faces verticais, inclinadas ou escalonadas e apresentar 
planta de seção quadrada, retangular, triangular ou mesmo poligonal.
• Alicerce: São também denominados blocos corridos. Utilizados em 
construções de pequenas cargas provenientes de paredes estruturais.
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• Blocos:
• Eventuais esforços de tração (pequenos) são absorvidos pelo 
próprio material do bloco. Geralmente, usa-se blocos quando a 
profundidade da camada resistente do solo está entre 0,50 e 1,00m;
• Podem ser em: Concreto simples; Alvenaria de tijolos comuns; 
Pedra de mão (argamassada ou não).
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• Alicerces: Podem ser em concreto, alvenaria e pedra:
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• Blocos e alicerces: sequência executiva
• Escavação: Verificar se há formigueiros e raízes de árvores no 
momento desta atividade.
• Compactação da camada do solo resistente (apiloamento do fundo)
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• Blocos e alicerces: sequência executiva
• Colocação de um lastro de concreto magro, de 5 a 10cm, com 
resistência superior a 9MPa
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• Blocos e alicerces: sequência executiva
• Execução do embasamento;
• Construção de cinta de amarração em concreto armado, com a 
finalidade de absorver os esforços não previstos, suportar pequenos 
recalques, distribuir o carregamento e combater esforços 
horizontais.
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• Blocos e alicerces: sequência executiva
• Camada de impermeabilização para evitar a subida de umidade por 
capilaridade para a alvenaria de elevação. Deve-se evitar 
descontinuidades que poderão comprometer seu funcionamento.
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• Sapatas: Elemento de fundação superficial de concreto armado, 
dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas não 
podem ser resistidas apenas pelo concreto, de que resulta o emprego 
de armadura. Pode ter espessura constante ou variável e sua base em 
planta é normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal
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• Sapatas isoladas: Transmitem ao solo, por meio de sua base, a carga de 
um pilar
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• Sapata corrida: São elementos contínuos que acompanham a linha das 
paredes, as quais lhes transmitem a carga por metro linear. Usada 
também quando a proximidade de dois ou mais pilares é tanta que a as 
suas sapadas isoladas se superpõem.
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• Sapata alavacada (de divisa): Caso de pilares de divisa ou próximos a 
obstáculos onde não é possível fazer com que o centro de gravidade da 
sapata coincida com o do pilar. Nestes casos usa-se uma viga alavanca 
ligada entre duas sapatas de modo que um pilar absorva o momento 
resultante da excentricidade da posição do outro pilar
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• Sapatas: Sequência executiva:
• Escavação da vala: Pelo menos 10,0cm de folga para permitir o 
trabalho de operários dentro dela;
• Fôrma para o rodapé, com folga de 5,00cm para o concreto magro;
• Posicionamento das formas;
• Preparo da superfície de apoio: limpeza do fundo da vala (materiais 
soltos e lama), apiloamento com soquete ou sapo mecânico e 
execução do concreto magro ou lastro de brita (cuja função é 
regularizar a superfície de apoio e isolar a armadura do solo);
• Posicionamento da armação
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• Sapatas: Sequência executiva
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• Sapatas: Sequência executiva:
• Posicionamento do pilar em relação à caixa com armações;
• Concretagem: a base pode ser vibrada normalmente mas para a 
parte inclinada é necessário compactar manualmente.
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• Sapatas: Sequência executiva:
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• Sapatas: Controle de execução
• Locação do centro da sapata e do eixo do pilar;
• Cota do fundo da vala;
• Limpeza do fundo da vala;
• Nivelamento do fundo da vala;
• Dimensões da forma da sapata;
• Armadura da sapata e do arranque do pilar.
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• Radiers: A utilização de sapatas corridas é adequada economicamente 
enquanto sua área em relação à da edificação não ultrapassa 50%. Caso 
contrário,é mais vantajoso reunir todas as sapatas num só elemento de 
fundação, denominado radier, que não deixa de ser uma sapata 
associada que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos 
distribuídos (tanques, depósitos, silos, etc). 
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• Radiers
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• Radiers: Executado em concreto armado (devido a atuação de esforços 
de tração e compressão). O radier é uma peça inteiriça, o que pode lhe 
conferir uma alta rigidez (muitas vezes evita grandes recalques). 
Desvantagem: impões a necessidade de execução antecipada dos 
serviços enterrados (instalações hidrossanitárias, elétricas, etc.)
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• Radiers: Sequência de execução
• Após locação, são montadas as instalações hidráulicas, de esgoto e 
as caixas e passagens das instalações elétricas.
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• Radiers: Sequência de execução
• Preparo da base com lastro de brita (aproximadamente 7,00cm com 
brita 1. Sobre ela coloca-se uma lona plástica, que ajuda na 
impermeabilização e naõ deixa que a nata de concreto fresco desça 
para a brita
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• Radiers: Sequência de execução
• Formas: As fôrmas metálicas são vantajosas em projetos maiores, 
com repetição de concretagens.
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• Radiers: Sequência de execução
• Armadura: No caso do radier de concreto armado, pode ser 
empregada tela metálica - simples ou dupla, com ou sem reforço 
sob as paredes, de acordo com a necessidade verificada pelo 
engenheiro projetista. Na amarração, deve-se atentar para o 
cobrimento mínimo das telas e o posicionamento das armaduras de 
arranque e dos ferros de para-raios.
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• Radiers: Sequência de execução
• Armadura
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• Radiers: Sequência de execução
• Cabos de protensão: para executar os radiers protendidos, são 
usadas cordoalhas plastificadas e engraxadas, dispostas em feixes 
com largura de 80 cm a 1 m - quanto maior a carga, mais estreita a 
malha. Nos encontros das cordoalhas, deve-se posicionar 
espaçadores para garantir sua elevação e fixação.
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• Radiers: Sequência de execução
• Verificação: Antes da concretagem, verifica-se o nivelamento com 
nível laser, nos quatro cantos da fôrma, juntamente com os pontos 
de elétrica e hidráulica
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• Radiers: Sequência de execução
• Concretagem do radier armado: O lançamento do concreto pode ser 
feito com bomba ou jerica. O nivelamento é garantido por meio de 
mestras metálicas. O acabamento superficial é obtido por 
sarrafeamento, desempenamento e acabadora mecânica de 
superfície
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• Radiers: Sequência de execução
• Concretagem do radier armado
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• Radiers: Sequência de execução
• Concretagem do radier protendido: Na concretagem do radier que 
será protendido, a equipe deve evitar pisar nas cordoalhas de 
protensão ou encostar nelas a ponta do vibrador, para não deslocá-
la.
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• Radiers: Sequência de execução
• Cura: Nos radiers protendidos, a cura é feita com aplicação contínua 
de água durante o intervalo de mais ou menos sete dias entre a 
concretagem e a protensão. Nesse período, pode-se subir parte da 
alvenaria, sem prejuízo para a fundação. A cura dos radiers de 
concreto armado pode durar mais de 72 horas
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• Radiers: Sequência de execução
• Protensão: Para realizar a protensão, a resistência mínima à 
compressão do concreto deve ser de 21 MPa. O macaco, encostado 
na lateral do radier, prende o cabo e o estica. Depois do 
tensionamento, é realizado o corte da cordoalha, que fica ancorada 
na placa.
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