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Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro (2)

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Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro
(Teresina, 23 de março de 1927) é um dos principais geógrafos e climatologistas brasileiros. Sua tese de livre-docência Teoria e Clima Urbano (1975) é um marco nos estudos da climatologia geográfica. Doutor (1967) e Livre-Docente (1975) em Geografia pela USP (Universidade de São Paulo) em 1967 e Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas dessa mesma universidade, ele é considerado o pai da análise rítmica, método de análise amplamente utilizado nos estudos de climatologia geográfica, como clima urbano.
Carreira
Formou-se em Geografia e História em 1950, na Faculdade Nacional de Filosofia, da antiga Universidade do Brasil, a atual UFRJ. Desde então tem sido incansável educador e pesquisador, autor de numerosas obras que lhe consagraram personalidade de renome na Geografia brasileira e internacional. De 1951 a 1953, na França, foi estagiário do Laboratório de Geomorfologia da École Pratique de Hautes Études e do Laboratório de Sedimentologia da École Nationale d'Agronomie.
De volta ao Brasil, foi professor de Geografia Física de 1955 a 1959 na Faculdade Catarinense de Filosofia, que hoje integra a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em Florianópolis. De 1960 a 1964, lecionou a mesma disciplina na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, que deu origem aos atuais Instituto de Biociências e Instituto de Geociências e Ciências Exatas, ambos do campus de Rio Claro da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
De 1966 a 1967 foi professor de Geomorfologia do Instituto de Ciências da UnB (Universidade de Brasília). Em 1968, transferiu-se para o Departamento de Geografia da USP, onde lecionou diversas disciplinas de Geografia Física até sua aposentadoria em 1987 (Introdução à Geografia Física, Fundamentos de Climatologia, Climatologia Sistemática e Regional, Fisiologia da Paisagem, Geomorfologia Climática e Litorânea, Climatologia Agrária, Climatologia Urbana, Conservação dos Recursos Naturais, Biogeografia e Geomorfologia Estrutural).
Entre os anos 1982 a 1983, Carlos Augusto foi professor visitante no Japão, na Universidade de Tsukuba.
Entre 1987 e 1990, depois de aposentado da USP, ele foi professor dos cursos de Pós-Graduação em Geografia das Universidades Federais de Santa Catarina (UFSC) e de Minas Gerais (UFMG). Desde a aposentadoria "se entregou a outras duas paixões, a literatura e a filosofia".[1]
Em 2000 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Também recebeu em 26/06/2003 o título de professor-emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo[2].
Atualmente o professor Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro vive na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
Livros publicados
MONTEIRO, CARLOS A. F. O Cristal e a Chama. Dourados: Editora UFGD, 2013. 287 p.
MONTEIRO, CARLOS A. F. Depoimento Reflexivo sobre a produção de um geógrafo brasileiro da segunda metade do século XX. Alagoas: EdUneal, 2013. 133 p.
MONTEIRO, CARLOS A. F. Introdução à história da Amazônia brasileira. Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, 2012. 144p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. Geografia Sempre - O homem e seus mundos. Edições Territorial, 2008.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. A questão ambiental na Geografia do Brasil. Florianópolis: Editora da UFSC, 2003. 49 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . O mapa e a trama - ensaios sobre o conteúdo geográfico em criações romanescas. Florianópolis: Editora da UFSC, 2002. 242 p.  MONTEIRO, CARLOS. A. F. ; MENDONCA, F. . Clima Urbano. São Paulo: Contexto, 2002. 192 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . Geossistemas - História de uma procura. São Paulo: Editora Contexto, 2001. v. 01. 154 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . O Estudo Geográfico do Clima. Florianópolis: Editora da UFSC, 1999.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . Tempo de Balaio - uma sinopse da evolução histórica do Piauí a partir da situação vigente no meado do século XIX, após a consumação da Guerra dos Balaios, quando da mudança do capital. Edição Piloto do Autor, 1993. 339 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . Rua da Glória. Edição Piloto do Autor, 1993. 1520 p.
MONTEIRO, CARLOS. A. F. . Clima e Excepcionalismo - conjecturas sobre o desempenho da atmosfera como fenômeno geográfico. Florianópolis: Editora da UFSC, 1991. v. 01. 239 p.
A análise rítmica é um método de análise diária dos elementos do clima de um determinado local.
Esse método consiste em analisar diariamente variáveis meteorológicas, como os montantes de precipitação, umidade relativa do ar, temperaturas máxima média e mínima e os sistemas atmosféricos atuantes.
A partir da obtenção e filtragem dos dados, constrói-se um gráfico com escala diária, onde barras representam os montantes precipitados e linhas as temperaturas mínimas e máxima. Acima desse gráfico há uma linha representando a umidade em percentagem e abaixo uma barra colorida que indica os sistemas atmosféricos atuantes em cada período analisado.
Essa análise é muito útil para os estudos de climatologia geográfica, pois através da comparação entre diferentes períodos é possível identificar-se as anomalias climáticas, através da definição de qual situação pode ser considerada a habitual para a área estudada.
Exercício de Análise Rítmica em Climatologia
É em um método de análise diária dos elementos do clima de um determinado local criado pelo geógrafo brasileiro Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro. Essa análise é muito útil para os estudos de climatologia geográfica, pois através da comparação entre diferentes períodos é possível identificar-se as anomalias climáticas, através da definição de qual situação pode ser considerada a habitual para a área estudada.
A partir da obtenção e filtragem dos dados, constrói-se um gráfico com escala diária, onde barras representam os montantes precipitados e linhas, a pressão atmosférica, as temperaturas mínima, média e máxima, e a umidade em percentagem e abaixo uma barra que indica a direção predominante do vento e outra os sistemas atmosféricos atuantes em cada período analisado. Para a elaboração do gráfico de análise rítmica foram utilizados como referência os dados da Estação Agroclimatológica de Pelotas (UFPel/EMBRAPA/INMET) e para a identificação dos sistemas atmosféricos foram utilizadas cartas sinóticas da Marinha do Brasil - disponíveis no site: www.dhn.mar.mil.br - bem como as cartas sinóticas e imagens do satélite GOES 12 para a América do Sul, projeção cilíndrica, no canal visível e infravermelho - disponíveis no site: www.cptec.inpe.br. Consideramos como sistemas atmosféricos ou correntes perturbadas atuantes: mPa – massa polar atlântica; SF – sistema frontal; mTa – massa tropical atlântica e LI – Linha de Instabilidade.
Os dados de distribuição temporal destes elementos foram organizados em planilhas, conforme automatizado por Borsato et al. (2004). O procedimento permitiu reconstituir, em escala diária, os tipos de tempo ocorridos na área de interesse e classificá-los de acordo com sua gênese e dinâmica. O mesmo sistema automatizado também permitiu representação destes dados em gráficos de análise rítmica.
(Gráfico de Análise Rítmica – (A) 20 a 31/01; (B) 01 a 28/02.)
De 20 de janeiro a 28 de março distinguimos três períodos diferenciados, o primeiro, do dia 20 de janeiro a 9 de fevereiro, se enquadra na sucessão habitual dos tipos de tempo do sul do Brasil (SF, mPa, mTa, SF); o segundo, do dia 10 a 21 de fevereiro,  no qual ocorreu uma descaracterização dos sistemas atmosféricos de origem extratropical, que definiu índices de precipitação significativos em algumas áreas; o terceiro de 22 a 28 de fevereiro, período no qual volta a ocorrer a sucessão habitual dos tipos de tempo do sul do Brasil.
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Referências:
BORSATO, V. A. BORSATO F. H e SOUSA E. E. Análise Rítmica e a Variabilidade Têmpora – Espacial. In: VI Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica. Teoria e Metodologia em Climatologia. Universidade Federal de Sergipe, Núcleo de pós GraduaçãoGeográfica. Anais. Aracajú – SE, 2004. Comunicações Eixo 3, tema 3 – CD-ROM.
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia CPTEC/INPE– Tempo – Análise sinótica. Disponível em: <http://tempo.cptec.inpe.br/>. Acesso em: 03 mar. 2013.
BRASIL. Ministério da Marinha. Serviço Meteorológico da Marinha - Cartas sinóticas. Disponível em: <http://www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/prev/cartas/cartas.htm>. Acesso em: 03 fev. 2013.
MONTEIRO, C A F. Análise Rítmica em Climatologia. Problemas da atualidade climática em São Paulo e achegas para um programa de trabalho. In:Climatologia, São Paulo, Instituto de Geografia/USP, nº 1, 1971.
UFPEL/ EMBRAPA. Boletim Agroclimatológico – Fevereiro 2013. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/agromet/estacao/boletim.html>. Acesso em: 10 mar. 2013.
UFPEL/ EMBRAPA. Boletim Agroclimatológico – Janeiro 2013. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/agromet/estacao/boletim.html>. Acesso em: 10 fev. 2013.

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