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CASOS CONCRETO DE DIREITO EMPRESARIAL APLICADO CASO CONCRETO 1: Fernando (sacador) emitiu um título de crédito em favor de Renata (sacado), o qual circulou através de diversos endossos até o atual portador. Após o prazo de vencimento, o portador decidiu executar um dos endossantes, tendo em vista que o título não foi pago pelo devedor original. Todavia, ao ser executado, o endossante alegou em sua defesa que não poderia ser executado, haja vista que recebeu o título de um menor, o qual não teria capacidade civil, e o que tornaria nula a cadeia de endossos. Diante dessa situação hipotética, pergunta-se: Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante? Não. O fato de um menor ter recebido o título não invalida os demais atos por se tratar de direito cambiário, conforme previsão legal do art. 7 da LUG. Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela? Princípio da autonomia. Um eventual vício não contamina os demais atos. QUESTÃO OBJETIVA 1: São princípios gerais dos títulos de crédito: a) literalidade, forma e causa. b) forma, causa e abstração. c) negociabilidade, anterioridade e literalidade. d) modelo, cártula e autonomia e) cartularidade, literalidade e autonomia QUESTÃO OBJETIVA 2: Quanto à classificação dos títulos de crédito, é incorreto afirmar: a) Quanto ao modelo, os títulos podem ser classificados como livres (letra de câmbio e nota promissória) e vinculados (cheque e duplicata). b) quanto à estrutura, os títulos se classificam como ordem de pagamento ou promessa de pagamento. c) como exemplo de ordem de pagamento, temos a letra de câmbio, e como promessa de pagamento a nota promissória. d) quanto às hipóteses de emissão, os títulos de créditos podem ser classificados em causa is e não causais. e) todos os títulos de crédito existentes no Brasil podem ser considerados não causais, visto que não dependem de causa específica para serem emitidos. CASO CONCRETO 2: Fernando Lopes (sacador) emite uma letra de câmbio em face de Luan (sacado) e a favor de Eduarda (beneficária), que a endossa em branco para Rebeca, a qual endossa em preto para Maria que, por sua vez, também endossa em preto para João. Este endossa em branco e repassa o título para Dora, que repassa o título por tradição para Eunice, e assim vai por Emerson e Vitor. Por fim, Vitor transmite o título para Miro, através de endosso em preto. Diante disso: Determine quais os obrigados pelo pagamento do referido título. Fernando, Luan, Rebeca, Maria, João e Vitor. No caso em tela, os coobrigados ao pagamento do título são Luan (devedor principal) Eduarda, Maria, Rebeca, João e Vitor (endossante) e Fernando Lopes (sacador). (RESPOSTA DO VICTORINO) Especifique o principal efeito do endosso realizado por Vitor. Tornar o título novamente nominativo. O endosso dado por Vitor, qual seja o endosso em preto, além de transferir o crédito e vincular o endossante ao pagamento do título, obriga o endossatário (Miro) a transferir também o endosso. Observação: A Lei Uniforme permite-o também no anverso, admitindo a obrigatoriedade de ser escrito no verso apenas quando se tratar de endosso em branco. Não haverá endosso se a assinatura do endossante não constar no título. Num mesmo título podem existir endossos em preto e em branco, desde que, em seguida a um endosso em preto, o endossatário, que receber o título com o seu nome nele especificado, lance a sua assinatura nas costas sem determinar a pessoa a quem faz a transferência. Em relação à responsabilidade do endossante ao transferir a letra de câmbio (art. 14, LUG), quem lançar a assinatura na cambial ficará à mesma vinculada e passa a responder, solidariamente, com os outros que também o fazerem, pelo pagamento da letra. O proprietário da letra, que a transfere mediante endosso, se perde a titularidade dos direitos incorporados no título não se desvincula do cumprimento das obrigações contidas na letra, pelo princípio legal da garantia de aceitação e de pagamento assumida no lugar da assinatura no título. Daí resulta que, se a letra não for paga no vencimento, o endossante fica com a obrigação de pagá-la. Essa obrigação é solidária com as daqueles que lançaram suas assinaturas no título. Mas, em se tratando de solidariedade passiva o atual titular dos direitos da letra pode escolher qualquer dos endossantes para que ele cumpra sozinho a obrigação. Desse modo, o endossante garante, como todos quantos assinaram o título, o pagamento deste. Isso, sem dúvida, representa uma maior segurança para o credor, pois quanto maior for o número de endossantes, mais cresce a garantia do cumprimento da obrigação do título. → a solidariedade cambiária difere da solidariedade passiva comum ou civil. Enquanto nesta a dívida paga por um deverá ser repartida por todos, na solidariedade cambiária QUALQUER COOBRIGADO ESCOLHIDO TEM A OBRIGAÇÃO DE PAGAR mas poderá reaver a TOTALIDADE da importância paga dos obrigados anteriores, não ocorrendo, assim, a divisão da dívida por todos, como na solidariedade civil. Essa cadeia em endossos é importante para o último proprietário da letra (o último endossatário), pois se desejar reclamar seus direitos de algum endossante ele o fará exercendo o direito de regresso. Quer dizer que ele tem direito de agir em sentido contrário ao da cadeia formada, contra um, alguns ou todos os coobrigados, no caso de endossantes e seus avalistas, o tomador e o sacador. → Ex: ‘X’ é sacador do título e ‘A’ o tomador, que endossa a ‘B’, que endossa para ‘C’, que endossa para ‘D’ e, finalmente, este para ‘E’. Vencendo o título e o sacado não tendo efetuado o pagamento. ‘E’ pode exigir de todos os anteriores o pagamento deste. Não é preciso seguir uma ordem, tanto poderá exigir de ‘D’, que foi o anterior proprietário da letra, como de ‘C’, ‘B’, ‘A’ ou ‘X’. → Sendo o pagamento feito pelo sacador, endossantes ou respectivos avalistas, ficam desonerados de responsabilidade os coobrigados POSTERIORES. Ex: tendo a letra passado por ‘B’, ‘C’, ‘D’ e o portador, ‘E’, escolhendo ‘B’ para pagar os obrigados posteriores a esse – ‘C’ e ‘D’ – ficam eximidos da responsabilidade do pagamento. ‘B’ só pode ter ação contra ‘A’, ou contra ‘X’, que é o sacador. Obs. Se não houver mais espaço físico no título, se utilizará de uma folha de alongamento para a expressão do endosso. Obs2. É possível a conversão de endosso em branco para o endosso em preto (preenchendo com o nome), mas o contrário não é possível. Obs3. O endosso que é feito com quebra de continuidade (A – B – C - D) é inválido O endosso parcial é nulo! Isto porque a obrigação cartular é unitária. - Títulos ao portador: títulos que não expressam o nome da pessoa beneficiada. Sua característica principal é a facilidade de circulação, sendo transferidos pela simples tradição (simples repasse de mão em mão). - Títulos nominativos: são os títulos que possuem o nome do beneficiário. Seu diferencial é o endosso em preto. - Títulos à ordem: são títulos emitidos em favor de uma determinada pessoa, podendo ser transferidos através do endosso. QUESTÃO OBJETIVA 1: No que se refere ao instituto do aval, assinale a alternativa correta: a) o aval tem exatamente os mesmos efeitos do endosso. b) em qualquer título de crédito, é vedado o aval parcial, conforme determina o artigo 897, parágrafo único do Código Civil. c) no caso das letras de câmbio, é permitido o aval parcial, por força de previsão em legislação especial. d) o aval corresponde a um tipo de fiança, tendo em vista que possui as mesmas características. e) assim como a fiança, o aval admite benefício de ordem, ou seja, primeiramente a cobrança deve recair sobre o avalizado, e depois sobre o avalista. OBSERVAÇÃO: Aval parcial: O artigo 897, par único do CC diz que é vedado o aval parcial. No entanto, A LEI DO CHEQUE admite o aval parcial no cheque (o pagamento do cheque pode ser garantido no todo ou em parte garantido pelo aval). A LETRA DE CÂMBIO também pode ser objeto de aval parcial, a partir do artigo 30 da LUG. Oartigo 77 da LUG também autoriza o aval parcial pra NOTA PROMISSÓRIA. Portanto, não precisa avalizar o valor inteiro do titulo, admite-se o aval parcial pela legislação especial. Se o titulo vale 50 mil, pode avalizar somente 30 mil. No entanto, a aplicação subsidiária do CC NÃO ADMITE O AVAL PARCIAL para as DUPLICATAS. CASO CONCRETO 3 (VIII Exame Unificado da OAB – 2ª Fase – Empresarial – Prático-Profissional – 2012) Pedro emite nota promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes indagações: A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido? Sim. As obrigações cambiais são autônomas e independente uma das outras. Em tese, assinatura de Pedro ser falsa nula a obrigação de Bianca é válida e está não pode recusar a pagar. Art. 7º da LUG - Se a letra contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas. B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória? Responda, justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e indicando os dispositivos legais pertinentes. Tendo em vista que as obrigações são autônomas (princípio da autonomia), Caio pode fazer a cobrança de João e de Bianca. Art. 47. Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são todos solidariamente responsáveis para com o portador. O portador tem o direito de acionar todas estas pessoas individualmente, sem estar adstrito a observar a ordem por que elas se obrigaram. O mesmo direito possui qualquer dos signatários de uma letra quando a tenha pago. A ação intentada contra um dos coobrigados não impede acionar os outros, mesmo os posteriores àquele que foi acionado em primeiro lugar. QUESTÃO OBJETIVA : (MAGISTRATURA/MG – VUNESP – 2012) É correto afirmar que o cancelamento do protesto, após quitação do débito: a) é ônus do credor b) é ônus do devedor c) é ônus do tabelião de protestos, que deverá proceder de ofício. d) dependerá sempre de intervenção do Poder Judiciário, mediante alvará ou mandado, conforme seja jurisdição voluntária ou contenciosa CASO CONCRETO 4 (OAB – XIV Exme – Prático-Profissional – 2ª Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi sacada por Celso Ramos (Sacador) com cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto (endossante), transferiu a cambial por endosso para Pedro Afonso (endossatário) no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos antes do vencimento, sendo dois em branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário apresentou o título para pagamento ao aceitante no dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo dia, apresentou o título a protesto por falta de pagamento, que foi lavrado no dia 18.09.2013. Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos seguintes itens. Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São avais simultâneos ou sucessivos? Justifique. O avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio é o sacador, Celso Ramos. De acordo com o Art. 31, última alínea, do Decreto n. 57.663/66 (LUG), na falta de indicação do avalizado, entender-se-á ser pelo sacador. Os avais em branco e superpostos são considerados simultâneos (Súmula 189 do STF), ou seja, cada coavalista é responsável por uma quota-parte da dívida e todos respondem pela integralidade perante o portador Pedro Afonso. Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser demandado em eventual ação cambial proposta pelo endossatário? Quando há cláusula sem despesas, terá que ser apresentado no dia do vencimento, sob pena de perder a ação de regresso contra os coobrigados. Art. 53 da LUG. O endossatário poderá demandar apenas o aceitante em eventual ação cambial, porque o título foi apresentado a pagamento no dia 12/09, ou seja, após o prazo de vencimento. Assim, houve perda do direito de ação em face dos coobrigados. Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados: - para a apresentação de uma letra à vista ou a certo termo de vista; - para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento; - para a apresentação a pagamento no caso da cláusula "sem despesas". O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes, contra o sacador e contra os outros coobrigados, à exceção do aceitante. Na falta de apresentação ao aceite no prazo estipulado pelo sacador, o portador perdeu os seus direitos de ação, tanto por falta de pagamento como por falta de aceite, a não ser que dos termos da estipulação se conclua que o sacador apenas teve em vista exonerar-se da garantia do aceite. Se a estipulação de um prazo para a apresentação constar de um endosso, somente aproveita ao respectivo endossante. QUESTÃO OBJETIVA: (TJMG – Juiz – 2014) Com relação à nota promissória, analise as afirmativas, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas. ( V ) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. ( F ) A ação cambial contra o endossador e o avalista da nota promissória prescreve em trinta e seis meses contados do dia em que ação pode ser proposta. ( V ) O devedor somente poderá opor ao portador da nota promissória exceção fundada em direito pessoal, na nulidade de sua obrigação e na falta de requisito necessário ao exercício da ação cambial. ( V ) Sendo a nota promissória rural, emitida por uma cooperativa em favor de seus cooperados, um título de crédito de natureza causal, a respectiva execução se encontra vinculada à eficácia do negócio jurídico subjacente. Assinale a alternativa que apresenta sequência CORRETA. a) FVVF b) VFVV c) VVFF d) FFFV CASO CONCRETO 5 Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro S.A. Para efetuar o pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo assim, o dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque por falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo em vista que foi a usuária do tratamento dentário. Analisando caso concreto, responda as seguintes questões: Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a execução em face de Maria? Não. Ainda que a conta seja conjunta é impossível a cobrança em face de Maria, haja vista que fere o princípio da literalidade, pois o cheque foi emitido por Bernardo. Quais os requisitos legais que devem conter num cheque? Nos termos do artigo 1° Lei n° 7357/1985, são: a denominação “cheque” no título; a ordem incondicional de pagar quantia determinada, o nome do banco ou a instituição que deve pagar (sacado), indicação de lugar de pagamento, a indicação da data e lugar de pagamento e assinatura do emitente (sacador). QUESTÃO OBJETIVA: (TJCE – Juiz – 2014) Antônio emitiu um cheque nominativo a José contra o Banco Brasileiro S.A. No mesmo dia, José endossou o cheque a Ricardo, fazendo constar do título que não garantiria o seu pagamento e que a eficácia do endosso estava subordinada à condição de que Maria, irmã de Ricardo, lhe pagasse uma dívida que venceria dali a dez (10) dias. Vinte (20) dias depois daemissão do título e sem que Maria tivesse honrado a dívida para com José, Ricardo apresentou o cheque para pagamento, mas o título lhe foi devolvido porque João não mantinha fundos disponíveis em poder do sacado. Nesse caso, Ricardo não poderá endossar o cheque a terceiro, pois o cheque só admite um único endosso. Errada; nos termos do art. 17, § 2º, da Lei 7.357/85: § 2º O endosso pode ser feito ao emitente, ou a outro obrigado, que podem novamente endossar o cheque. o endosso em preto de cheque nominativo exonera o emitente do título de responsabilidade pelo seu pagamento. Errada; o 'Endosso em Preto' se traduz por Endossatário Identificado pelo Endossante; não exonerando o Emitente. por força de lei, o emitente do cheque deve ter fundos disponíveis em poder do sacado, e a infração desse preceito prejudica a validade do título como cheque. Errada; art. 4º, in fine, da Lei 7.357/85: Art . 4º O emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacado e estar autorizado a sobre eles emitir cheque, em virtude de contrato expresso ou tácito. A infração desses preceitos não prejudica a validade do título como cheque. José responderá perante Ricardo pelo pagamento do cheque, porque se reputa não escrita cláusula que isente o endossante de responsabilidade pelo pagamento do título. Errada; admite-se a 'Cláusula Proibitiva de Novo Endosso' - isentando o Endossante por endossos posteriores. Neste sentido, art. 21, parágrafo único, da da Lei 7.357/85: Parágrafo único - Pode o endossante proibir novo endosso; neste caso, não garante o pagamento a quem seja o cheque posteriormente endossado. e) a despeito do inadimplemento de Maria, Ricardo ostenta legitimidade para cobrar o pagamento do título porque se reputa não escrita qualquer condição a que o endosso seja subordinado. OBS: Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o endossante. CASO CONCRETO 06 (TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada "duplicata virtual '', "duplicata escritural" ou "duplicata eletrônica", esclareça como se dá o seu saque e quais são os requisitos necessários para que tenha eficácia executiva, bem como forneça dois argumentos, retirados exclusivamente da Lei 5.474168 que, em tese, não permitiriam a constituição do crédito cambial na forma esclarecida. A duplicata é um título causal, razão pela qual só pode ser emitida havendo causa específica, ou seja, nos casos de compra e venda mercantil ou prestação de serviços. Na duplicata virtual há uma mitigação do princípio da cartularidade, justo que, de acordo com tal princípio, os títulos de crédito devem se consubstanciar no documento físico. QUESTÃO OBJETIVA: (Magistratura PE – FCC/2011) No que tange à duplicata: a) o comprador poderá deixar de aceitá-la por vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, exclusivamente. b) é lícito ao comprador resgatá-la antes do aceite, mas não antes do vencimento. c) trata-se de título causal, que por isso não admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento. d) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. CASO CONCRETO 7 : A Representações de Papéis Ltda, com sede nesta cidade, é notificada por B Celulose S/A, dando conta da extinção do contrato firmado entre as partes, em maio de 2017, que vigorava por prazo indeterminado. Na oportunidade, foi esclarecido que a partir do recebimento da referida notificação, novos negócios em nome da notificante, não poderiam ser realizados, pois esta passaria a operar diretamente com os clientes os respectivos pedidos. Inconformada, A propõe ação em face de B, onde sustenta que fez grandes investimentos no interesse desta última, não deu causa à extinção do contrato, cujos negócios dele oriundos representavam 80% do seu faturamento, não tendo sido observado o prazo legal para que a notificação pudesse surtir o efeito pretendido. Além disso, a cessação abrupta da atividade desenvolvida acarretara danos materiais e morais que pretendia ver indenizados. Esclareça qual a disciplina legal a ser adotada, bem como explique as peculiaridades do contrato e o alegado direito à indenização. No caso em tela, deve -se ser aplicado o princípio da continuidade contratual, o qual aduz sobre a obrigatoriedade do cumprimento dos contratos (pacta survservanda ) . Além disso, nos termos do código civil vigente, não há como se conceber a extinção do contrato d e forma unilateral na espécie, visto a grandeza do s investimentos aplicado s pela empresa notificada e que ainda, pelo curto espaço de tempo entre a aplicação do s valores e a extinção contratual, não restou possibilidade d e a mesma ter retorno do s recursos aplicados , devendo sim, caso não haja a prorrogação do contrato até o que s e d ê o tempo razoável a fim de mitigar o s prejuízos , a parte prejudicada ser indenizada pelos danos materiais decorrentes do s investimentos que fez ainda na vigência da avença e que serão certa mente perdidos , e m razão da forma repentina e m que se d era a quebra contratual. QUESTÃO OBJETIVA: (ADVOGADO PETROBRÁS – CESGRANRIO/2011) Quando um empresário licencia o uso de sua marca a outro, prestando-lhe serviços de organização empresarial, com ou sem venda de produtos, mediante remuneração direta ou indireta, sem que fique caracterizado vínculo empregatício, tem-se um contrato de: a) compra e venda mercantil. b) comodato. c) franquia. d) corretagem. e) comissão mercantil. CASO CONCRETO 08 (XIII Exame OAB - 2014.1 (FGV – MAR/14) Direito Empresarial Banco Colares S/A, com fundamento no inadimplemento de contrato de alienação fiduciária em garantia celebrado nos termos do artigo 66-B, da Lei nº 4.728/65, requereu a busca e apreensão do bem, com pedido de liminar. Previamente ao pedido, o fiduciário comprovou o não pagamento por Augusto Corrêa, fiduciante, das quatro últimas parcelas do financiamento. O pedido foi deferido e a liminar executada. O fiduciante não apresentou resposta no prazo legal, porém, dois dias após executada a liminar, pagou a integralidade da dívida pendente, em conformidade com os valores apresentados pelo fiduciário na inicial. Diante do pagamento comprovado nos autos, o Juiz determinou a entrega do bem livre de ônus, mas este já havia sido alienado pelo fiduciário durante o prazo legal para o pagamento da dívida. O fiduciário justificou sua conduta pela ausência de resposta do fiduciante ao pedido de busca e apreensão. a) Poderá ser aplicada alguma penalidade ao fiduciário pela alienação do bem, ou este agiu em exercício regular do direito? Justifique Sim. É possível aplicação de penalidade de multa em favor do fiduciante, uma vez que o fiduciário realizou a alienação antes da consolidação da propriedade e posse plena do bem no seu patrimônio. Com o pagamento integral da dívida dois dias após a execução da liminar, o fiduciante tem direito à restituição do bem, com base no § 2º no §6º do artigo 3º do Decreto-Lei nº 911/69. Comprovado pelo fiduciante que a alienação do bem lhe causou danos emergentes e lucros cessantes, que medida poderá propor seu advogado em face do fiduciário? O advogado poderá pleitear em juízo através de ação própria, o pagamento de indenização pelo fiduciário, diante da ilicitude de sua conduta, pois a imposição de multa pelo juiz não exclui a responsabilidade por perdas e danos, com base no artigo 3º, § 7º, do Decreto-Lei nº 911/69. QUESTÃO OBJETIVA: (MAGISTRATURA/DF – 2011) Espécie de leasing em que o bem arrendado já pertence à empresa arrendadora é: A) leasing financeiro; B) leasing de retorno; C) leasing operacional; D) nenhuma das alternativas anteriores é correta. CASO CONCRETOAULA 09: Na recuperação judicial de Têxtil Sonora S/A, o Banco Japurá S/A, titular de 58% dos créditos com garantia real, indicou ao juiz os representantes e suplentes de sua classe no Comitê de Credores. Xinguara Participações S/A, credora da mesma classe, impugnou a referida indicação, alegando descumprimento do Art. 35, inciso I, alínea b, da Lei nº 11.101/2005, porque a assembleia-geral de credores tem por atribuições deliberar sobre a constituição do Comitê de Credores, assim como escolher seus membros e sua substituição, não tendo havido deliberação nesse sentido. Ademais, aduz a impugnante que não houve manifestação do Comitê de Credores, já constituído apenas com representantes dos credores trabalhistas e quirografários, sobre a proposta do devedor de alienação de unidade produtiva isolada não prevista no plano de recuperação. Ouvido o administrador judicial, este não se manifestou sobre a primeira impugnação e, em relação à segunda, opinou pela sua improcedência em razão de não constar do rol de atribuições legais do Comitê manifestar-se sobre a proposta do devedor. Com base na hipótese apresentada, responda aos itens a seguir. Deveria ter sido convocada assembleia de credores para eleição dos representantes da classe dos credores com garantia real, como sustenta a credora Xinguara Participações S/A? Não, inobstante o artigo 35, I, b, como também o Caput do artigo 26 determine a necessidade da deliberação por assembleia, o §2º do artigo 26, todos da Lei 11.101/2005, dispensa a deliberação por assembleia quando o credor tiver a maioria dos créditos de determinada classe. Deve ser acatada a opinião do administrador judicial sobre a dispensa de oitiva do Comitê de Credores por falta de previsão legal? . Não, pois o artigo 66 expressamente determina que haja a oitiva do comitê. QUESTÃO OBJETIVA: (Ministério Público/SP – 2011) A atual Lei de Falências, que regula a Recuperação Judicial, a Extrajudicial e a Falência do empresário e da sociedade empresária, instituída por meio da Lei n.º 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, trouxe uma profunda reforma no direito falimentar brasileiro. Das alternativas a seguir, a única correta é: a) a suspensão das ações de execução contra o devedor, na Recuperação Judicial, não excederá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados do deferimento do processamento da Recuperação, prorrogáveis uma única vez por 60 (sessenta) dias, a critério do Juiz. b) a remuneração do administrador judicial não pode exceder a 10% (dez por cento) do valor devido aos credores submetidos à Recuperação Judicial. c) a constituição do Comitê de Credores é obrigatória, na Falência e na Recuperação Judicial, e, dentre suas responsabilidades, estão a fiscalização e o exame das contas do administrador judicial. d) havendo objeção ao Plano de Recuperação Judicial, o Juiz deverá deliberar sobre o assunto, após parecer do Comitê de Credores, administrador judicial e Ministério Público. e) a intimação do Ministério Público será realizada, no processo de Recuperação Judicial, após o deferimento do processamento da Recuperação Judicial. CASO CONCRETO AULA 10: Em 29/01/2010, ABC Barraca de Areia Ltda. ajuizou sua recuperação judicial, distribuída à 1ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Em 03/02/2010, quarta-feira, foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico do Rio de Janeiro (“DJE-RJ”) a decisão do juiz que deferiu o processamento da recuperação judicial e, dentre outras providências, nomeou o economista João como administrador judicial da sociedade. Decorridos 15 (quinze) dias, alguns credores apresentaram a João as informações que entenderam corretas acerca da classificação e do valor de seus créditos. Quarenta e cinco dias depois, foi publicado, no DJE-RJ e num jornal de grande circulação, novo edital, contendo a relação dos credores elaborada por João. No dia 20/04/2010, você é procurado pelos representantes de XYZ Cadeiras Ltda., os quais lhe apresentam um contrato de compra e venda firmado com ABC Barraca de Areia Ltda., datado de 04/12/2009, pelo qual aquela forneceu a esta 1.000 (mil) cadeiras, pelo preço de R$ 100.000,00 (cem mil reais), que deveria ter sido pago em 28/01/2010, mas não o foi. Diligente, você verifica no edital mais recente que, da relação de credores, não consta o credor XYZ Cadeiras Ltda. E, examinando os autos em cartório, constata que o quadrogeral de credores ainda não foi homologado pelo juiz. Diante da situação narrada no enunciado da questão, qual seria a medida processual cabível e o respectivo fundamento legal para que a sociedade XYZ Cadeiras Ltda. possa ser incluída no quadro de credores da referida recuperação judicial? Resposta: Em razão de não ter se habilitado extrajudicialmente na forma do artigo 7º §1º, será considerado credor retardatário conforme Caput do artigo 10, em razão disso, deverá se habilitar por PEDIDO DE HABILITAÇÃO DE CREDITOS RETARDATÁRIOS/IMPUGNAÇÃO na forma do §5º do artigo 10 em razão de ainda não ter sido homologado o Quadro Geral de Credores. QUESTÕES OBJETIVAS: 1. (CESPE – OAB/SP – 2007) No tocante à habilitação de crédito e impugnação previstas na Lei n.º 11.101/05, é correto afirmar que: a) na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, com exceção daqueles derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembleia geral de credores, ressalvada a hipótese de homologação do quadro geral de credores contendo tais créditos. b) na falência, os credores retardatários farão jus aos rateios extras eventualmente realizados, mas ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de habilitação. c) após a homologação do quadro geral de credores, é vedado qualquer pedido de retificação para inclusão de créditos retardatários. d) da decisão judicial sobre a impugnação caberá recurso de apelação. 2. (EJEF – Juiz Estadual/MG – 2008) Quanto à falência e à recuperação judicial, é INCORRETO afirmar que: a) Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de habilitação. b) Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação do quadrogeral para inclusão do respectivo crédito. c) Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários têm direito a voto nas deliberações da assembleia-geral de credores. d) As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação do quadro-geral de credores, serão recebidas como impugnação. CASO CONCRETO AULA 11: Uma empresa propôs aos seus credores recuperação extrajudicial em 15 de janeiro de 2014, solicitando a homologação judicial 2 (dois) meses depois, com a assinatura de 2/3 (dois terços) das dívidas com credores trabalhistas e 3/5 (três quintos) das dívidas com credores quirografários. Esse pedido foi acompanhado do respectivo plano de recuperação, nos mesmos moldes do que havia sido concedido em dezembro de 2012 pelo mesmo Juízo. O procedimento adotado pela empresa teve como principal finalidade afastar qualquer possibilidade de pedido de falência, bem como priorizar o recebimento dos créditos que estavam vencidos em detrimento dos vincendos, caso a falência fosse decretada. Considerando esses dados, emita sua opinião legal, de maneira fundamentada, com base no pedido formulado pela empresa, à luz do ordenamento jurídico em vigor. Resposta: Primeiramente, credores trabalhistas não são contemplados pela recuperação extrajudicial na forma do artigo 161, §1º. Outro ponto a ser destacado diz respeito a este pedido ter sido feito antes de 02 anos de outro pedido que já concedido, impossibilitandonovo requerimento por força do §3º do artigo 161. QUESTÃO OBJETIVA: (MPT – Procurador do Trabalho – 2008) A respeito da recuperação extrajudicial assinale a alternativa CORRETA: a) os credores trabalhistas, tributários, titulares de posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóveis cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, e de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio e o credor decorrente de adiantamento de contrato de câmbio para exportação, não serão atingidos pelo plano de recuperação extrajudicial; b) para simplesmente procurar seus credores e tentar encontrar, junto com eles, uma saída negociada para a crise, o empresário ou sociedade empresária precisará atender aos requisitos da Lei para a recuperação extrajudicial; c) não haverá qualquer requisito a ser preenchido pelo empresário e a sociedade empresária para requerer a homologação do acordo de recuperação extrajudicial; d) a desistência da adesão ao plano por parte do credor poderá ocorrer a qualquer momento, independentemente da distribuição do pedido de homologação; CASO CONCRETO AULA 12: Determinada empresa ingressa com pedido de recuperação judicial perante uma das Varas Empresarias do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo o juiz deferido seu processamento. Discorra sobre a possibilidade, ou não, da prorrogação do prazo de 180 dias previsto no art. 6º, parágrafo 4º da Lei nº 11.101/2005. Inobstante o §4º do artigo 6º afirme que o prazo é improrrogável, o CJF na I Jornada de Direito Comercial, instituiu o Enunciado 42 permite que "pode excepcionalmente ser prorrogado, se o retardamento do feito não puder ser imputado ao devedor". (Lei 11.101/2005) Responda, de forma fundamentada, se o crédito decorrente de adiantamento de contrato de câmbio se sujeita à recuperação judicial. Respostas: Não se sujeita a recuperação judicial por determinação expressa do §4º do artigo 49, que remete ao inciso II do artigo 86, ambos da 11.101/05 QUESTÕES OBJETIVAS: 1. (TJDFT – Juiz Substituto/2005) Assinale a alternativa incorreta. Nos termos da Lei nº 11.101/2005, na hipótese de recuperação judicial, pode-se afirmar que: a) não tem legitimidade para obter o benefício quem já o obteve há menos de 5 anos; b) se o sócio controlador tiver sido condenado por crime falimentar. c) pode ser requerida pelos herdeiros do devedor. d) que são legitimados para o pedido apenas as sociedades empresárias e não o empresário individual. 2. (FCC – TRT 6ª Região/PE – Juiz do Trabalho – 2013) O plano de recuperação judicial poderá prever observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros meios de recuperação, a) a ineficácia dos contratos de alienação fiduciária. b) a alienação de bem objeto de garantia real, com a supressão da garantia, independente de aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia. c) nos créditos em moeda estrangeira, o afastamento da variação cambial, independentemente de aprovação expressa do credor titular do respectivo crédito. d) a redução salarial e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva. e) o parcelamento dos créditos tributários no prazo máximo de quinze anos. CASO CONCRETO AULA 13: José, empresário individual que teve sua falência decretada em 20.10.2011, vendeu um sítio de sua propriedade para Antônio, em agosto de 2011. Antônio prenotou a escritura de compra e venda do sítio em 18.10.2011, mas o registro da transferência imobiliária só foi efetuado em 05.11.2011, 15 (quinze) dias após a decretação da falência. Isto posto, responda aos itens a seguir. A) É válida e eficaz a compra e venda acima referida? Em razão de ter ocorrido prenotação antes da decretação da falência, a venda é valida e eficaz em conformidade ao inciso VII do artigo 129 da 11.101/05. B) A referida compra e venda poderia eventualmente vir a ser revogada? . Poderá ingressar com Ação Revocatória se ficar demonstrado a intenção de fraudar credores na forma do artigo 130 da LRF. QUESTÃO OBJETIVA: 1. (TJDFT – Juiz Substituto/DF – 2007) Assinale a assertiva correta: a) A falência cessa os efeitos do mandato, cabendo ao mandatário, de imediato, prestar contas de sua gestão ao juízo falimentar. b) Os juros bancários posteriores à decretação da falência, debitados da conta do falido, devem ser creditados de novo, a não ser que o banco depositário desconhecesse a falência de seu cliente quando apurou o lançamento. c) O credor de coobrigados solidários cujas falências sejam decretadas tem o direito de concorrer em apenas uma delas, pela totalidade de seu crédito. d) A decretação da falência não suspende o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação. 2. (VUNESP – Procurador do Município/Ribeirão Preto-SP – 2007) O prazo de contestação na ação de falência será de: a) 24 horas b) 48 horas c) 5 dias d) 10 dias e) 15 dias CASO CONCRETO AULA 14: João Lima Artigos Esportivos Ltda. celebrou contrato de locação de imóvel comercial, localizado na Galeria Madureira, para a instalação do estabelecimento comercial da sociedade. Atingida por forte crise setorial, a sociedade acumulou dívidas vultosas e não conseguiu honrá-las. Com a decretação da falência, como ficaria a situação do contrato de locação comercial celebrado pelo locatário? Resposta: O contrato de locação poderá ser mantido, podendo ser denunciado, a qualquer tempo, pelo administrador judicial da massa falida. Observe o que determina o art. 119, VII: Art. 119. Nas relações contratuais a seguir mencionadas prevalecerão as seguintes regras: (…) VII – a falência do locador não resolve o contrato de locação e, na falência do locatário, o administrador judicial pode, a qualquer tempo, denunciar o contrato; QUESTÃO OBJETIVA: (OAB/MG – 2007) São efeitos da sentença declaratória da falência, exceto: a) a perda da administração dos bens do falido, que passam a ser guardados e conservados pelo administrador judicial nomeado pelo juiz. b) a sujeição dos credores ao concurso universal da falência. c) o encerramento dos contratos bilaterais do falido. d) o encerramento das contas correntes do falido CASO CONCRETO AULA 15: A assembleia geral de credores da sociedade falida “Concessionária de Veículos Pereira Ltda.” aprovou, com o voto favorável de credores que representam 3/4 (três quartos) dos créditos presentes à assembleia, a constituição de sociedade formada pelos empregados do próprio devedor. Sobre esta modalidade de realização do ativo, determinado credor que votou contrariamente, questiona sobre a legalidade desse procedimento. Responda ao questionamento do credor, fundamentando sua resposta. Resposta: Sim é cabível essa modalidade de constituição conforme prevê o Art. 145. O juiz homologará qualquer outra modalidade de realização do ativo, desde que aprovada pela assembleia-geral de credores, inclusive com a constituição de sociedade de credores ou dos empregados do próprio devedor, com a participação, se necessária, dos atuais sócios ou de terceiros. § 1o Aplica-se à sociedade mencionada neste artigo o disposto no art. 141 desta Lei. § 2o No caso de constituição de sociedade formada por empregados do próprio devedor, estes poderão utilizar créditos derivados da legislação do trabalho para a aquisição ou arrendamento da empresa. § 3o Não sendo aprovada pela assembléia-geral a proposta alternativa para a realização do ativo, caberá ao juiz decidir a forma que será adotada, levando em conta a manifestação do administrador judicial e do Comitê.A constituição da sociedade formada pelos empregados do devedor depende da apresentação, pela massa falida, das certidões negativas de débitos tributários. QUESTÃO OBJETIVA: 1. (OAB/MG – 2008) Na falência, o crédito trabalhista habilitado conta com posição de destaque na hierarquia da classificação dos credores até o valor de 150 salários mínimos. Em relação aocredor trabalhista cujo crédito superar esse limite, é verdade afirmar: a) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos quirografários. b) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos subordinados. c) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos com privilégio especial. d) os saldos excedentes do seu crédito não poderão ser reclamados na falência. 2. (OAB/MG – 2008) A preferência do crédito com garantia real na falência: a) é limitada a 150 (cento e cinquenta) salários mínimos. b) é limitada a ao valor do bem gravado. c) é limitada a 50% da avaliação dos bens arrecadados. d) é ilimitada. CASO CONCRETO AULA 16: Passa Sete Serviços Médicos S/A apresentou a seus credores plano de recuperação extrajudicial, que obteve a aprovação de mais de quatro quintos dos créditos de todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu a produção de efeitos anteriores à homologação judicial, exclusivamente, em relação à forma de pagamento dos credores signatários que a ele aderiram, alterando o valor dos créditos com deságio de 30% (trinta por cento). Diante do caso em tela, a companhia questiona sobre a possibilidade e a licitude do plano de recuperação judicial apresentado. Responda ao questionamento da companhia, fundamentando sua resposta. Gabarito: A possibilidade do plano ser homologado é total, uma vez que o devedor conseguiu 4/5 dos créditos e só precisava de 3/5, logo, atendeu ao requisito do artigo 163 da 11.101/05. Quanto a licitude, inobstante o artigo 165 informe que os efeitos do plano só valer após a homologação judicial, o devedor pode produzir efeitos anteriores a sua homologação por expressa previsão do §1º do artigo 165, todos da 11.101/05, logo, é lícito. QUESTÃO OBJETIVA: 1. (TJGO – Juiz - 2007) Assinale a alternativa que especifica um dos requisitos objetivos para a homologação do plano de recuperação extrajudicial: a) Existência de plano de reestruturação do capital, propiciando o ingresso de recursos. b) Não pode ser previsto no plano o pagamento antecipado de nenhuma dívida. c) Previsão de realização parcial do ativo para obtenção de recursos necessários ao plano de recuperação da empresa. d) Previsão de equalização de encargos financeiros, com redução de direitos creditórios dos credores da empresa. 2. (VUNESP – TJ/SP – 2013) Submetem-se aos efeitos da recuperação os seguintes créditos: a) Garantidos por propriedade fiduciária de bens móveis ou imóveis e de arrendamento mercantil,. b) Fiscais e parafiscais. c) Debêntures com garantia real. d) Importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação (ACC).