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LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES CARLOS MASCARENHAS CARDOZO FILHO PROJETO INTEGRADOR: TEMAS TRANSVERSAIS - FASE DE EXECUÇÃO – N2 Salvador 2019 CARLOS MASCARENHAS CARDOZO FILHO PROJETO INTEGRADOR: TEMAS TRANSVERSAIS - FASE DE EXECUÇÃO – N2 Projeto organizado como exigência parcial para a avaliação da Fase de Execução, do Projeto Integrador: Temas Transversais, da UNIFACS - LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES. Salvador 2019 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6 1 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 7 1.1 GERAIS ......................................................................................................................................................... 7 1.2 ESPECÍFICOS ............................................................................................................................................... 7 2 ANÁLISE DE AMBIENTE ........................................................................................................ 8 2.1 MACROAMBIENTE .............................................................................................................. 8 2.2 MICROAMBIENTE ................................................................................................................ 9 2.3 ANÁLISE COM BASE NA FERRAMENTA ANÁLISE DE SWOT .....................................11 3 PROBLEMA ........................................................................................................................... 12 4 EXECUÇÃO DO PROJETO................................................................................................... 14 5 PARECER FINAL DO PROJETO: RESULTADOS ESPERADOS ....................................... 15 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 16 Tabela 1- Análise de Ambiente ....................................................................... 11 6 INTRODUÇÃO Buscou-se caracterizar os gestores e a empresa; descrever e comparar os modelos de gestão adotados pelo estabelecimento, rever práticas, políticas e ações que visem melhorias no seu modelo de gestão e propor melhorias no seu processo explorando táticas para prospectar clientes e manter seus funcionários motivados. Constatou-se que a empresa apresentada possuía um sistema de gestão familiar, caracterizado pela padronização de procedimentos, ou seja, todos os membros seguem regras, regimentos e regulamentos excessivamente administrativos e rígidos, sendo fortemente centrado na figura do fundador e com nível de competência técnica maior que a interpessoal. Constatou-se o uso de discursos empresariais com o intuito de criar uma nova visão da empresa e buscar espaço junto ao mercado e aos clientes na qual a gestão da diversidade passa a ser uma ferramenta muito utilizada para alcançar o objetivo. Trazer a responsabilidade social para dentro da empresa, além de ser interessante no quesito sociológico, pode gerar um aumento no desempenho organizacional tornando o caminho propício para a inovação (já que sua premissa é trazer múltiplas visões acerca de um assunto), capaz de produzir bens úteis e tornar os seus trabalhadores incluídos, realizados e motivados. Palavras-chave: Diversidade, gestão da diversidade, ação afirmativa, discriminação. 7 1 OBJETIVOS 1.1 Gerais Atualmente, com a Era das Mídias Sociais, as opiniões dos consumidores se tornaram cada vez mais dinâmicas e o contato possui velocidade superior ao que existia anteriormente pelos canais tradicionais. Portanto, ter um posicionamento que possa representar as concepções desses consumidores é um fator que traz vantagem competitiva para o negócio. Surge então a necessidade de as empresas atuarem em direção da responsabilidade social através da inclusão social. 1.2 Específicos Para um bom entendimento por trás das políticas de diversidade, trataremos de alguns tópicos acerca do assunto; como o paradoxo entre discurso e prática, a maneira como as empresas utilizam de um discurso empresarial para passar aos seus stakeholders uma nova visão e de como poderíamos usar os conceitos de diversidades como uma ideologia ao invés de uma estratégia. 8 2 ANÁLISE DE AMBIENTE 2.1 Macroambiente Atualmente um dos temas citados é a responsabilidade social na qual as organizações, sejam elas públicas ou privadas, tornaram-se uma espécie de ferramenta para a inclusão. No que diz respeito à gestão empresarial, a responsabilidade social se tornou uma variável de grande importância para o alcance da vantagem competitiva. Segundo Porter (2002), as organizações estão tendo que competir em um ambiente onde não é mais suficiente oferecer preços justos e qualidade de serviço/produto, agora elas se veem obrigadas a calcular e pensar sobre os impactos de suas ações e operações nos seus stakeholders. Muitas empresas ainda praticam a cultura da heterogeneidade dentro e fora de suas paredes tendo a estratégia competitiva junto ao mercado (LOUNSBURY; CRUMLEY, 2007) e aos clientes (WAILES; MICHELSON, 2008) como sua principal justificativa, e não o ideal de usar disto como uma ferramenta de inclusão social. O fim lucrativo é ainda posto como razão de muitas dessas práticas de valorização, porém devemos nos lembrar de que antes de colaboradores ou clientes, as empresas lidam com pessoas, e devem, por esse motivo, cumprir com suas obrigações legais e morais (OLIVEIRA; RODRIGUEZ, 2004), que fazem parte, inclusive, dos pilares do conceito de responsabilidade social elaborado por Caroll (1979 apud LYRA et al, 2017). Sempre implica também em conhecimento” (BERGER; LUCKMANN, 1973), e esse conhecimento é repassado pelas organizações através das regras estabelecidas, dos documentos existentes, dos produtos e serviços, da experiência de consumo e das campanhas propostas para representá-las. 9 2.2 Microambiente A empresa escolhida, Rare House Restaurante, que atua no ramo alimentício de restaurantes, mesmo recebendo um público mais familiar e pessoas com uma certa idade, tem detectado a frequência de um público diferenciado no que se referem a pessoas mais jovens, onde encaixam pessoas com deficiência, homossexuais e pessoas transexuais. No modelo burocrático no qual a empresa Rare House está inserida caracteriza-se pela incompleta regulamentação e padronização de procedimentos, comunicação deficitária e agrupamentos de acordo com a função que cada um exercer dentro do estabelecimento. Os membros seguem as regras, regimentos e regulamentos excessivamente administrativos e rígidos, ocorrendo com esses excessos atrasos em ações que normalmente, deveriam ser rápidas. Algumas características que são fortes no modelo burocrático é o formalismo excessivo, resistências as mudanças, regras absolutas e limitação na criatividade, uso de autoridade e centralização do poder, dificuldade no atendimento à clientes e conflitos com o público, ou seja, ignora as necessidades do cliente e todo atendimento é padronizado. A burocracia foi definida por Weber como um agrupamento social em que vigora o princípio da competência definida mediante regras, estatutos, regulamentos, documentação, hierarquia funcional, especialização profissional, permanência obrigatória do servidor na repartiçãodurante um determinado período, e subordinação do exercício de cargos a normas abstratas (RAMOS, 1983, p.192) Ocorrem muitos efeitos negativos no modelo burocrático nas empresas e o fato dela comprometer a inovação já que os processos inovadores, se desenvolvem em ambientes com maior liberdade de experimentar, onde é possível validar novo processos produtivos e novas formas de organização do trabalho. A necessidade das empresas se adaptarem as transformações, sobretudo nas últimas décadas do século passado, levou ao surgimento de uma alternativa ao modelo de gestão burocrática que tem como finalidade orientar as empresas para a estratégias e consequentemente para os resultados, ou seja, orientar as empresas para os fins e não os meios como preconizado pelo modelo de gestão burocrático. Esse novo modelo foi denominado por Ansoff de Administração Estratégica ou Gestão Estratégica. A proposta desse modelo de gestão é o desenvolvimento de aptidões para 10 que as empresas tenham condições de antecipar as mudanças, internalizá-las, compreendê-las bem como prepará-las para uma rápida adequação a essas transformações de preferência mais rapidamente do que os concorrentes. Neste modelo o que vale mesmo é o compartilhamento, a colaboração, a confiança, a atuação em equipes é privilegiada e a autonomia dos colaboradores é muito maior. Como a base da pirâmide, que é o pessoal operacional, tem muito mais autonomia para trabalharem, as empresas com isso ganham em agilidade nos processos, maior comprometimento, refletindo na produtividade e nos resultados de uma forma geral. A análise dos ambientes, das forças e fraquezas, das ameaças e oportunidades a partir da visão de futuro, considerando todas as partes interessadas, outras empresas, clientes, fornecedores, funcionários, credores e comunidades, faz da adoção da gestão estratégica uma tarefa ainda mais desafiadora, pois os ambientes com suas mudanças demandam agilidade e assertividade para antecipar as mudanças e essa agilidade em aceitar e operar as transformações determinará o sucesso ou fracasso de uma empresa. O ambiente comprometido com os resultados torna-se mais produtivo, mais amistoso, mais sociável e não menos responsável e além disso, esse ambiente contemporâneo é propício a inovação. Sabemos que muitos fatores inibidores à inovação ainda existem tais como chefias contrárias às mudanças, cultura da empresa, recursos escassos, falta de visão da empresa, missão conflitante, etc, porém a inovação apenas ocorrerá em ambientes favoráveis que, é o ambiente contemporâneo, onde todos estão comprometidos com os objetivos da empresa e esse comprometimento traduz-se em atitude de aprendizado, liderança, trabalho em equipe, comunicação participativa e principalmente na satisfação ao realizar o trabalho. Tudo isto favorece a um ambiente inovador, desde que o intra-empreendedor saiba identificar o que é permitido e o que é proibido. 11 2.3 Análise com base na Ferramenta Analise de SWOT Abaixo segue análise da ferramenta Análise Swot. Tabela 1- Análise de Ambiente (Exemplo) Forças Positivas Forças Negativas In te rn o Potencialidades - Mão de obra qualificada; - Produtos comercializados de qualidade; - Marca tradicional; - Experiência de 38 anos no mercado. Fragilidades - Capital de Giro; - Atrasos nos pagamentos de funcionários e fornecedores; - Comunicação deficitária entre gestores e colaboradores; - Ambiente degradado; - Maquinário defasado. - Ex te rn o Oportunidades - Localização; - Delivery; - Atendimento qualificado; - Divulgação em Mídias Sociais. Ameaças - Concorrências; - Preço dos produtos; - Atendimento terceirizado. 12 3 PROBLEMA As empresas investem tempo e recursos em inovações em virtude de inúmeras razões. Seus objetivos podem envolver produtos, mercados, eficiência, qualidade ou capacidade de aprendizado e de implementação de mudanças. Identificar os motivos que levam as empresas a inovar e sua importância auxilia o exame das forças que conduzem as atividades de inovação, tais como a competição e as oportunidades de ingresso em novos mercados. As empresas devem saber que inovar pressupõe assumir riscos e, muitas vezes, a pessoa por trás da ideia não saberá como a empresa conseguirá lucrar com aquele projeto. Podemos identificar algumas ameaças como: Falta de continuidade à ideia: Uma das maiores ameaças para a inovação dentro de uma empresa é a falta de esforço para fazer com que essas ideias saiam do papel. Através das práticas que promovam conhecimento e reflexões sobre a diversidade no contexto empresarial podemos diminuir o racismo, a homofobia e outras mazelas sociais. Essa é uma ferramenta poderosa para utilizar nas organizações como palco de mudanças. Financiamento e recursos limitados: A inovação não acontece apenas porque as pessoas querem. A empresa precisa aplicar fundos e recursos para ser efetiva. A falta de recursos suficientes é um tópico central na agenda de quem lidera iniciativas de inovação. Processos burocráticos: Para minimizar os impactos trazidos pelos processos burocráticos é importante a adoção de um modelo que imprima nas grandes corporações o processo de inovação visto em um startup. Para isso, é fundamental uma grande reformulação de departamentos. Visar somente retorno financeiro: a maneira mais fácil de implementar uma ideia é mostrando o quanto aquilo trará de retorno sobre o investimento. Porém, quando se trata de inovação, o ROI (Return on Investment, que em português significa “Retorno sobre Investimento”) pode não ser a métrica mais adequada. 13 O processo de inovação envolve um conjunto de atividades deliberadas e com propósito de promover o desenvolvimento de ideias e projetos de impacto em processos, produtos ou mercados da organização (SCHERER; CARLOMAGNO, 2009; ANTHONY, 2012). Para a OCDE (1996). 14 4 EXECUÇÃO DO PROJETO As práticas empresariais adquirem características que permitem transformar diversidade em estratégias competitivas, além da perspectiva que o associa a ações de comunicação (SARAIVA et al, 2004). Tal movimento não é novidade, porém, na atualidade mostra tendências que evidenciam divergências entre a modernidade do discurso e a prática conservadora. Basicamente os discursos empresariais tendem a mostrar uma nova visão de organização, tratando de aspectos diferentes e, ao mesmo tempo, complementar, na visão de cidadão (mais do que de empregado), e da comunidade (mais do que da empresa), buscando a legitimidade. Nas organizações se propagam discursos que buscam elaborar uma realidade nova, de uma empresa que vai além dos limites capitalistas do dia a dia, e torna-se um espaço a ser “estimado” por seus funcionários. Aos empregados restaria apenas a dedicação, com cada vez mais empenho, na procura pelo reconhecimento profissional, já que a organização está “abrigando” e abrindo espaço para que possam conquistar o sucesso apesar das diferenças. O implícito é que, apesar de ser estimulado o envolvimento afetivo dos colaboradores, a prática de impessoalidade é predominante e o empregado mais dedicado pode ser desligado caso não apresente os resultados estimados (AKTOUF, 2004). 15 5 PARECER FINAL DO PROJETO: RESULTADOS ESPERADOS As políticas de diversidade na organização apenas como estratégias dedicadas exclusivamente a estas metas financeiras não surtem o efeito esperado, pois elas devem ser um compromisso moral que a empresa assume com a sociedade. Portanto deve ser lembrado que o colaborador é um cidadão e deve ter sempre seus direitos sociais garantidos, incluindo o de ser respeitado nas suas diversas características pessoais.Diante dos aspectos vistos, conclui-se que mesmo sendo o lucro embora seja um dos principais objetivos das organizações, é necessário valorizar as necessidades dos indivíduos, inclusive os aspectos em torno das minorias, que historicamente e socialmente são privadas de gozar direitos que devem ser garantidos para todos, o que contribui para a desconstrução da resistência às mudanças oriunda de uma sociedade tradicionalista e patriarcal. 16 REFERÊNCIAS MAZZOTTI, A. Judith. O método nas Ciências naturais e sociais. São Paulo: Pioneira, 1998. SEVERINO, Joaquim Antônio. Metodologia do trabalho científico. 21ª. Edição revista e ampliada. São Paulo: Cortez, 2000. Instituto Ethos. Como as empresas podem (e devem) valorizar a diversidade. São Paulo: Instituto Ethos, 2000. Recuperado em 14 de dezembro de 2017 de https://www3.ethos.org.br/wpcontent/uploads/2012/12/30.pdf CHIAVENATO I. Introdução a Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier 2003 DRUCKER, Peter F. I. Administrando em Tempo de Grandes Mudanças. São Paulo: Pioneira, 1999 https://endeavor.org.br/a-cultura-de-inovacao-nas-empresas/ - Acessado em 14 de Maio de 2018. https://guiaempreendedor.com/cultura-de-inovacao-entenda-o-que-e/ - Acessado em 14 de Maio de 2018. Queiroz, A. C. S.; Álvares, I. M.; Moreira, D. A. Gestão da Diversidade Cultural, Estratégia e Vantagem Competitiva: Um Estudo de Caso no Brasil. ANPAD, 2015. Recuperado em 20 de dezembro de 2017 de http://www.anpad.org.br/admin/pdf/3es2005-409.pdf/ Ribeiro, Renato J. O conceito de minoria. Revista Filosofia Ciência & Vida Ed. 91. Recuperado em 01 de dezembro de 2017 de http://filosofia.uol.com.br/o-conceito-de- minoria/ Saji, Genilda Sandra Madeira. Gestão da diversidade no Brasil: Apresentação de um modelo brasileiro, 2005. Tese de Mestrado em Administração, apresentada à Escola de Administração de Empresas de São Paulo, São Paulo, 2005.
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