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Um material cristalino é aquele em que os átomos estão posicionados em arranjos repetitivos ou periódico ao longo de grandes distancias atômicas Alguns outros exemplos da importância da cristalografia para os engenheiros. - Tratamentos térmicos de aços - Processos de fabricação por deformação (forjamento, laminação, trefila) - Fundição - Soldagem - Cerâmicas eletrônicas (sensores, varistores, condutores transparentes) - Cerâmicas piezoelétricas - Polímeros semi-cristalinos ESTRUTURA CRISTALINA ♦ Estrutura cristalina dos sólidos ajuda a explicar fenômenos tais como, por exemplo: ♦ Formação de ligas metálicas ♦ Diferenças de ductilidade entre diferentes metais ♦ Mecanismos de tenacificação (melhora de propriedades mecânicas) em metais ♦ Comportamento mecânico em baixas e altas temperaturas ♦ Difusividade atômica ♦ Mecanismos de degradação (transição dúctil/frágil, fragilização por H2) ♦ Reatividade química ♦ Alotropia ♦ Morfologia dos cristais ♦ Pode ser utilizada como ferramenta de identificação de materiais ♦ Propriedades elétricas de materiais cerâmicos INTRODUÇÃO ORDENAÇÃO DE ÁTOMOS Cristal Vidro Gás Ordem a longo alcance Ordem a curto alcance Sem ordenamento Os materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade na qual os átomos ou íons se dispõem em relação à seus vizinhos. ORDENAÇÃO DE ÁTOMOS Sem ordem Em gases, como o Ar e outros gases nobres. Se confinados, os gases não apresentarão nenhuma ordem entre seus átomos constituintes. Argônio Hélio ORDENAÇÃO DE ÁTOMOS Ordenamento a curto alcance Ângulos, distâncias e simetria com ordenação a curto alcance. Ocorre na H2O, que apresenta uma orientação preferencial, no vidro e no polietileno. em materiais não-cristalinos ou amorfos H O O H2O Vidro Polietileno ORDENAÇÃO DE ÁTOMOS Ordem a longo alcance Material cristalino Átomos ordenados em longas distâncias atômicas formam uma estrutura tridimensional rede cristalina Metais, muitas cerâmicos e alguns polímeros formam estruturas cristalinas sob condições normais de solidificação ORDENAÇÃO DE ÁTOMOS Ordem a longo alcance A rede é formada por átomos se repete regularmente REDE: conjunto de pontos espaciais que possuem vizinhança idêntica. Na rede a relação com vizinhos é constante: - simetria com os vizinhos; - distâncias define o parâmetro de rede; - ângulos entre arestas PARÂMETROS PELOS QUAIS SE DEFINE UM CRISTAL Exemplo esquemático de rede ORDENAÇÃO DE ÁTOMOS Ordem a longo alcance Na solidificação ou por saturação de uma solução. SOLIDIFICAÇÃO Cristais se formam no sentido contrário da retirada de calor Mais baixa energia livre Maior empacotamento SATURAÇÃO de uma solução. Como os cristais se formam? Formação de uma estrutura policristalina em um material a partir do estado líquido a) Formação dos clusters (pequenos aglomerados de átomos) b) Crescimentos dos clusters e formação de cristais c) O crescimento dos cristais é impedido pelos cristais vizinhos d) Estrutura policristalina Metal policristalino visto ao microscópio ótico (100X) ORDENAÇÃO DE ÁTOMOS Ordem a longo alcance CÉLULA UNITÁRIA As estruturas ideais apresentam baixa energia e maior empacotamento, já as reais compreendem os defeitos possíveis nas ideais. As estruturas ideais compreendem: - diferentes sistemas cristalinos ângulos a, b, g tamanho das arestas a, b, c - sistemas cristalinos: 7 diferentes - redes de Bravais 14 diferentes CÉLULA UNITÁRIA CÉLULA UNITÁRIA menor subdivisão da rede cristalina que retém as características de toda a rede. CÉLULA UNITÁRIA CÉLULA UNITÁRIA existem diferentes tipos de células unitárias, que dependem da relação entre seus ângulos e arestas. Existem 14 tipos diferentes: redes de Bravais, agrupadas em sete tipos de estruturas cristalinas (sistemas cristalinos). Três diferentes tipos de estruturas cristalinas CÉLULA UNITÁRIA Metais cristalizam preferencialmente: - hexagonal - CCC - CFC - CS → muito raro 7 sistemas cristalinos e 14 redes de BravaisMETAIS Ligação metálica → não-direcional: não há restrições quanto ao número e posições dos vizinhos mais próximos. Estrutura cristalina dos metais têm geralmente um número de vizinhos grandes e alto empacotamento atômico. Romboédrico Hexagonal CÉLULA UNITÁRIA METAIS - 90% dos metais cristalizam-se em estruturas de grande densidade - CFC (cúbico de face centrada) - CCC (cúbico de corpo centrado) - HC (hexagonal compacto) CÉLULA UNITÁRIA Número de átomos por célula unitária É o número específico de pontos da rede que define cada célula unitária. - Átomo no vértice da célula unitária cúbica: partilhado por oito células unitárias em contato somente 1/8 de cada vértice pertence a uma célula particular. - Átomo da face centrada: partilhado por duas células unitárias ESTRUTURA CRISTALINA É o número específico de pontos da rede cristalina que definem cada célula unitária. i) Átomos no vértice de uma célula unitária cúbica: compartilhada por 8 células unitárias vizinhas. Somente 1/8 de cada átomo contribui para cada célula; ii) Átomos centrados na face de um cubo de face centrada: compartilhado por duas células unitárias (1/2 átomo por célula unitária); iii) Átomo no centro de um cubo de corpo centrado: não é compartilhado com nenhuma outra célula vizinha; CÉLULA UNITÁRIA Número de átomos por célula unitária ESTRUTURA CRISTALINA 1/8 para cada célula 1/2 para cada célula 1/8 para cada célula 1para cada célula Estrutura cúbica de face centrada Estrutura cúbica de corpo centrado CÉLULA UNITÁRIA Número de átomos por célula unitária ESTRUTURA CRISTALINA Exercício: determine o número de átomos por célula unitária para as estruturas cúbica (simples, de corpo centrado e de face centrada) CÉLULA UNITÁRIA Número de átomos por célula unitária CS CCC CFC CÉLULA UNITÁRIA Número de átomos por célula unitária Exemplo 1: Determine o número de átomos da rede cristalina por célula no sistema cristalino cúbico. Resposta: CS n° pontos da rede = 8(cantos) *1 = 1 átomo célula unitária 8 CÉLULA UNITÁRIA Número de átomos por célula unitária Exemplo 1: Determine o número de átomos da rede cristalina por célula no sistema cristalino cúbico. Resposta: CCC n° pontos da rede = 8(cantos)*1 + 1 (centro)= 2 átomos célula unitária 8 CÉLULA UNITÁRIA Número de átomos por célula unitária Exemplo 1: Determine o número de átomos da rede cristalina por célula no sistema cristalino cúbico. Resposta: CFC n° pontos da rede = 8(cantos)*1 + 6 (faces)*1= 4 átomos célula unitária 8 2 CÉLULA UNITÁRIA Número de átomos por célula unitária CS 1 átomo CCC 2 átomos CFC 4 átomos CÉLULA UNITÁRIA Relação entre raio atômico e parâmetro de rede Determina-se primeiramente como os átomos estão em contato (direção de empacotamento fechado, ou de maior empacotamento) Geometricamente determina-se a relação entre o raio atômico (r) e o parâmetro de rede (ao). CÉLULA UNITÁRIA Relação entre raio atômico e parâmetro de rede Exemplo 2: Determine a relação entre o raio atômico e o parâmetro da rede cristalina para as células unitárias do sistema cristalino cúbico (CS, CFC, CCC). CÚBICO SIMPLES ao = 2r Contato entre os átomos ocorre através da aresta da célula unitária ao = r + r CÉLULA UNITÁRIA Relação entre raio atômico e parâmetro de rede ao = 4r 21/2 Contato entre os átomos ocorre através da diagonalda face da célula unitária dface 2 = ao 2 + ao 2 (4r)2 = 2ao 2 Exemplo 2: Determine a relação entre o raio atômico e o parâmetro da rede cristalina para as células unitárias do sistema cristalino cúbico (CS, CFC, CCC). CÚBICO DE FACE CENTRADA CÉLULA UNITÁRIA Relação entre raio atômico e parâmetro de rede CÚBICO DE CORPO CENTRADO ao = 4r 31/2 Contato entre os átomos ocorre através da diagonal do cubo da célula unitária dcubo 2 = ao 2 + dface 2 (4r)2 = 3ao 2 Exemplo 2: Determine a relação entre o raio atômico e o parâmetro da rede cristalina para as células unitárias do sistema cristalino cúbico (CS, CFC, CCC). CÉLULA UNITÁRIA Relação entre raio atômico e parâmetro de rede CS CCC CFC CÉLULA UNITÁRIA Relação entre raio atômico e parâmetro de rede Fe CCC Exemplo3: O raio atômico do ferro é 1,24 A Calcule o parâmetro de rede do Fe CCC e CFC. Fe CFC ao = 4r 31/2 ao = 4 x 1,24 = 2,86 A 31/2 ao = 4r 21/2 ao = 4 x 1,24 = 3,51 A 21/2 CÉLULA UNITÁRIA Número de coordenação O número de coordenação é o número de vizinhos mais próximos, depende de: - covalência: o número de ligações covalentes que um átomo pode compartilhar; - fator de empacotamento cristalino. CÚBICO SIMPLES NC = 6 CÉLULA UNITÁRIA Número de coordenação CÚBICO DE CORPO CENTRADO NC = 8 CÉLULA UNITÁRIA Número de coordenação CÚBICO DE FACE CENTRADA NC = 12 CÉLULA UNITÁRIA Fator de empacotamento Fator de empacotamento é a fração de volume da célula unitária efetivamente ocupada por átomos, assumindo que os átomos são esferas rígidas. FE = (n° átomos / célula) * volume cada átomo volume da célula unitária Exemplo 4: Calcule o fator de empacotamento do sistema cúbico (CS, CFC e CCC). CÉLULA UNITÁRIA Fator de empacotamento CS FE = (1 átomo / célula) * (4r3/3) ao 3 FE = (1 átomo / célula) * (4r3/3) = 0,52 (2r)3 CCC FE = (2 átomo / célula) * (4r3/3) ao 3 FE = (2 átomo / célula) * (4r3/3) = 0,68 (4r/31/2)3 CFC FE = (4 átomo / célula) * (4r3/3) ao 3 FE = (4 átomo / célula) * (4r3/3) = 0,74 (4r/21/2)3 Exemplo 4: Calcule o fator de empacotamento do sistema cúbico. CÉLULA UNITÁRIA Densidade A densidade teórica de um cristal pode ser calculada usando-se as propriedades da estrutura cristalina. = (n° átomos / célula)*(massa atômica de cada átomo) (volume da célula unitária) * (n° de Avogadro) Exemplo 5: Determine a densidade do Fe CCC, que tem um a0 de 2,866 A. CÉLULA UNITÁRIA Densidade A densidade medida é 7,870 Mg/m3. Por que a diferença da densidade teórica e a medida? = (2 átomos / célula)*(55,85 g/g.mol) (23,55 10-24 cm3/célula) * (6,02 1023 átomos/g.mol) = 7,879 Mg/m3 Átomos/célula = 2 átomos Massa atômica = 55,85 g/g.mol Volume da célula unitária = a0 3 = 23,55 10-24 cm3/célula Número de Avogadro = 6,02 1023 átomos/g.mol Exemplo 5: Determine a densidade do Fe CCC, que tem um a0 de 2,866 A. CÉLULA UNITÁRIA Alotropia ou transformações polimórficas Alguns metais e não-metais podem ter mais de uma estrutura cristalina dependendo da temperatura e pressão. Materiais de mesma composição química, mas que podem apresentar estruturas cristalinas diferentes, são denominados de alotrópicos ou polimórficos. Geralmente as transformações polimórficas são acompanhadas de mudanças na densidade e mudanças de outras propriedades físicas. CÉLULA UNITÁRIA Alotropia ou transformações polimórficas Carbono grafite hexagonal diamante cúbico Nitreto de boro cúbico grafite Fe CCC CFC Titânio a b SiC (chega ter 20 modificações cristalinas) Exemplos Diamante Grafite Alótropos de carbono: diferentes estruturas cristalinas cuja composição química é carbono puro. a) Diamante b) Grafite c) Fulereno d) Nanotubo e) Grafeno CÉLULA UNITÁRIA Alotropia ou transformações polimórficas Transformação de fases β → α no estanho puro CÉLULA UNITÁRIA Alotropia ou transformações polimórficas Ligas de efeito memória baseados em mudanças de estrutura cristalina Tipicamente: amorfos (ordem a curto alcance) Sob condições especiais: estrutura cristalina. Ex.: polietileno estrutura ortorrômbica POLÍMEROS Flexibilidade da cadeia devido a rotação da ligação C-C Estrutura típica de um polímero amorfo Célula unitária ortorrômbica do PE Esferulitos em polímeros semi-cristalinos POLÍMEROS Cristalito em materiais poliméricos (equivalente a um cristal) Esferulitos em polímeros semi-cristalinos POLÍMEROS Aspecto visual dos esferulitos, observado em microscópio de luz polarisada IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Rede sem defeitos, ideal, T= 0K Propriedades:EL, E, diagrama de fases, equilíbrio termodinâmico ESTRUTURA CRISTALINA PERTURBAÇÕES NA ESTRUTURA CRISTALINA Estágio 1: vibração da rede, T>0 Propriedades: k, a, C Estágio 2: defeitos pontuais (vacâncias, átomos intersticiais, substitucionais, Frenkel e Schottky) na rede Propriedades: difusão, processos de transporte condução iônica, reações de estado sólido, transformações de fase, evolução da microestrutura, deformação em Televadas Estágio 3: defeitos lineares, discordâncias Propriedades: mecânicas (deformação plástica), fragilidade, dureza Estágio 4: defeitos planares, falhas, contornos de grãos, de fases. Propriedades: magnéticas e dielétricas Não apresenta rede cristalina, defeito volumétrico. ESTRUTURA AMORFA • Todos os materiais apresentam imperfeições no arranjo de seus átomos, que reflete no comportamento do mesmo. • Controlar as imperfeições, significa obter materiais com diferentes propriedades e para novas aplicações. • Podem existir diferentes tipos de imperfeições na rede: i) vibrações da rede: quantizadas por fônons ii) defeitos pontuais: vacâncias, átomos intersticiais, átomos substitucionais, defeito Frenkel e Schottky; iii) defeitos lineares: discordâncias; iv) defeitos planares: superfícies interna e externa e interfaces (falhas de empilhamento, contorno de fases, superfícies livres); v) defeitos volumétricos: estruturas amorfas ou não-cristalinas IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Vibrações na rede As vibrações da rede são quantizadas por fônons. Configuração cristalina ideal só ocorre hipoteticamente temperatura do zero absoluto p/ as demais temperaturas, vibração dos átomos na rede provoca distorções no cristal perfeito; IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Defeitos pontuais Podem ser classificados segundo: FORMA ORIGEM DO DEFEITO ESTEQUIOMETRIA - vacância - átomo intruso - schottky - frenkel - intrínseco - extrínseco - sub rede de cátions não estequiométrico - sub rede de ânions IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO VACÂNCIAS: Também denominado de lacuna É a falta de um átomo na rede cristalina Pode resultar do empacotamento imperfeito na solidificação inicial, ou decorrer de vibrações térmicas dos átomos em temperaturas elevadas Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Vacâncias observadas através de AFM em amostra de Si monocristalino IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO VACÂNCIAS: O número de vacâncias varia com a temperatura nv = n exp (-Q/RT) onde: nv: n° de vacâncias/cm 3 n: n° de átomos/cm3 Q: energia necessária para produzir a vacância (J/mol) R: cte dos gases (8,31 J/molK) T: temperatura em K Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO VACÂNCIAS:Exemplo : Calcule o n° de vacâncias por centímetro cúbico e o n° de vacâncias por átomo de cobre (CFC), quando o cobre está (a) a temperatura ambiente, (b) 1084°C. Aproximadamente 83600 J/mol são requeridos para produzir uma vacância no cobre. Dados: a0 = 3,6151 x 10 -8 cm Q = 83600 J/mol R = 8,31J/mol K Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO VACÂNCIAS: nv = n exp (-Q/RT) Exemplo - Solução O número de átomos de cobre por parâmetro da rede por cm3 é: n = n° átomos/célula volume da célula unitária n = 4 átomos/célula = 8,47 x 1022 átomos Cu/cm3 (3,6151 x 10-8)3 O que se quer saber? nv a Tamb e a 1084°C Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO VACÂNCIAS: nv = n exp (-Q/RT) Exemplo - Solução (a) Tambiente: T = 25 + 273 = 298 K nv = (8,47 x 10 22) exp [-83600/(8,31 x 298)] nv = 1,847 x 10 8 vacâncias/cm3 nv = 1,847 x 10 8 vacâncias/cm3 n 8,47 x 1022 átomos de Cu/cm3 nv = 2,18 x 10 -15 vacâncias/ átomos de Cu n Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO VACÂNCIAS: Exemplo - Solução nv = n exp (-Q/RT) (b) T = 1084°C: T = 1084 + 273 = 1357 K nv = (8,47 x 10 22) exp [-83600/(8,31 x 1357)] nv = 5,11 x 10 19 vacâncias/cm3 nv = 5,11 x 10 19 vacâncias/cm3 n 8,47 x 1022 átomos de Cu/cm3 nv = 6,03 x 10 -4 vacâncias/ átomos de Cu n Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO DEFEITO INTERSTICIAL: Quando um átomo é abrigado por uma estrutura cristalina, principalmente se esta tiver um baixo fator de empacotamento Conseqüência, distorção da rede Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Condições para solução solida substitucional Fator de tamanho atômico: quantidade apreciável de soluto só podem ser acomodadas nesta solução sólida, se o raio atômico foi menor que +/- 15%. De outra forma os átomos criaram distorções. Estrutura cristalina: a estrutura cristalina de ambos metais devem ser as mesmas. Eletronegatividade: Quanto mais eletronegativo for um elemento e mais eletronegativo for o outro elemento, maior será a possibilidade que eles formem um composto intermetálicos, em vez de uma solução solida substitucional. Valencia: uma metal apresentara maior tendência a se dissolver quando apresente maior valência. Condições para solução solida substitucional Exemplo Cu-Ni: são completamente solúvel um no outro; raios atômicos de cobre e níquel são 0,128 e 0,125 nm, respectivamente; ambos possuem estrutura CFC e suas eletronegatividades são 1,9 e 1,8; finalmente suas valências são +1 para o cobre e +2 do níquel. Carbono forma uma solução solida intersticial quando é adicionado ao ferro, a concentração máxima 2%; átomo de carbono (0,072 nm) é muito menor ao de ferro (0,124 nm). DEFEITO SUBSTITUCIONAL: Quando um átomo é deslocado de sua posição original por outro, e conforme o tamanho, pode (a) aproximar os átomos da rede (b) separar os átomos da rede Conseqüência, distorção da rede (a) (b) Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO DEFEITO FRENKEL: Quando um íon desloca-se de sua posição no reticulado (formando uma lacuna) para uma posição intersticial Ocorre em compostos iônicos Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO DEFEITO SCHOTTKY: Quando ocorre lacuna de um par de íons Ocorre para compostos que devem manter o equilíbrio de cargas opostas Somente para compostos iônicos Defeitos pontuais Quanto à forma IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO INTRÍNSECO: Surge no material apenas pelo efeito da TEMPERATURA Vacâncias, defeitos tipo Schottky e tipo Frenkel são intrínsecos → estão presentes em materiais puros Termodinamicamente → defeitos devem estar presentes em uma estrutura cristalina Defeitos pontuais Quanto à origem do defeito IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Defeitos vêm de fora do cristal → não são gerados pela temperatura Criados por diferentes mecanismos: (i) presença de impurezas (ii) adições intencionais (dopantes) (iii) mudança de valência (iv) mudança na pressão de oxigênio externa (não- estequiometria) EXTRÍNSECO: Defeitos pontuais Quanto à origem do defeito IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO EXTRÍNSECO: Principal interesse deste tipo de defeito Consequências da substituição de íons da matriz da rede cristalina por íons de impureza ou adicionados intencionalmente que possuem valência diferente. Idéia fundamental do conceito de desordem extrínseca cargas em falta ou em excesso são compensadas Defeitos pontuais Quanto à origem do defeito IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO EXTRÍNSECO: Através de uma mudança: i) no número de lacunas ou de defeitos intersticiais intrínsecos ii) na valência dos íons da matriz da rede Conseqüência: concentração dos defeitos intrínsecos é alterada Defeitos pontuais Quanto à origem do defeito IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO - As discordâncias são os defeitos responsáveis pela deformação plástica de materiais metálicos, a tensões muito inferiores àquelas calculadas teoricamente (2 a 3 ordem de grandeza inferiores aos valores teóricos). - Todas as propriedades mecânicas dos materiais metálicos estão relacionadas com o modo como as discordâncias são criadas e propagadas através da rede cristalina do material. Defeitos lineares IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO - Mecanicamente, as discordâncias são criadas e propagadas mediante a aplicação de uma certa quantidade mínima de energia mecânica (tensão de escoamento), onde inicia-se a deformação plástica do material. - Qualquer restrição a criação e propagação destes defeitos acarreta em um aumento na tensão de escoamento do material, com uma redução em sua capacidade de deformar- se plasticamente (já que são as discordâncias os defeitos responsáveis por esta deformação). Defeitos lineares As discordâncias podem ser: - Cunha - Hélice - Mista As discordâncias geram um vetor de Burgers: - Fornece a magnitude e a direção de distorção da rede - Corresponde à distância de deslocamento dos átomos ao redor da discordância Defeitos lineares IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Calculo de resistência teórica de um cristal Calculo de resistência teórica de um cristal Calculo de resistência teórica de um cristal Discordância em cunha Ilustrada pelo corte parcial de um cristal perfeito, deslocando a rede de um espaçamento atômico Defeitos lineares Discordância em espiral IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Plano cristalino extra Direção do deslizamento Núcleo da discordância Modelo de uma discordância do tipo cunha Ilustrada pelo talhamento de um cristal perfeito, deslocando a rede de um espaçamento atômico O vetor de Burgers é perpendicular à discordância em cunha Defeitos lineares Discordância em cunha IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Vista superior da discordância Defeitos lineares Discordância em cunha Plano extra IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Defeitos lineares Discordância mista Discordância em cunhaDiscordância em espiral Em um cristal pode ocorrer os dois tipos de discordância Visualização de discordâncias na microestrutura de um material IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Defeitos planares Superfície externa Mais evidente dos defeitosde superfície devido a descontinuidade Coordenação atômica na superfície não é comparável a dos átomos no interior do cristal Átomos superficiais tem seus vizinhos em apenas um lado, logo possuem mais energia e estão menos firmemente ligados aos átomos externos IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Contorno de grão Microestrutura de metais e outros materiais sólidos consistem de muitos grãos Grão: porção de material onde o arranjo cristalino é idêntico, variando sua orientação Contorno de grão: fronteira entre os grãos Defeitos planares IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Formação de uma estrutura policristalina em um material a partir do estado líquido a) Formação dos clusters (pequenos aglomerados de átomos) b) Crescimentos dos clusters e formação de cristais c) O crescimento dos cristais é impedido pelos cristais vizinhos d) Estrutura policristalina Metal policristalino visto ao microscópio ótico (100X) Contorno de grão Defeitos planares IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO Estruturas amorfas Defeitos volumétricos Vidros Polímeros Algumas estruturas sem ordenamento a longo alcance são consideradas como defeitos volumétricos, como é o caso do vidro e dos polímeros IMPERFEIÇÕES NO ARRANJO CRISTALINO
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