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Teorias Criminológicas

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SOCIOLOGIA
 
Escola Penal Clássica – (ideais iluministas)
- Acreditavam na autonomia racional do ser humano, para atingir a maioridade intelectual; visavam se libertar do absolutismo; acreditavam que os seres humanos são iguais em essência; eram a favor do “darwinismo”, ou seja, sobrevivência do mais apto.
- Se as pessoas são iguais em essência, porque nos comportamos de forma diferente? Livre-arbítrio.
Por que alguém comete um crime? Porque isso É FRUTO DE SUAS ESCOLHAS, DO LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO,
Frenologia – Criada por Gall (fisiognomonia).
- É um tipo de inteligência/personalidade traçada a partir da conformação craniana (esta criava classificações para as pessoas em virtude do formato de suas cabeças). 
- Existe uma espécie de determinismo moral das pessoas, ou seja, não existe o livre-arbítrio, as pessoas são do jeito que o formato do crânio delas determina. Afinal, pra que estudar o dolo se existe o determinismo biológico?
Gobineau – descendente de reis.
Era. Na época em que ele vivia, a nobreza não era mais uma grande força social e, em decorrência disso, ele alegava decadência da Europa e do mundo. 
Por Que gobineau alegava a decadência do mundo? Porque temos um problema de proliferação das culturas inferiores; a Europa está em decadência devido ao contato com a sub-cultura (o europeu original só existe no norte da Europa).
Imperialismo
Por que os europeus achavam que podiam dominar o mundo?
a-) Darwinismo social (seleção natural): os europeus venceram na seleção natural contra o restante do mundo.
b-) Os demais povos não sabem cuidar de si, precisam dos europeus para cuidar deles.
Criminologia Positivista (características):
Estuda o criminoso enquanto pessoa e não o ato criminoso.
a-) Se opor à Escola Penal Clássica, ao livre-arbítrio e aplicar o determinismo biológico (darwinismo social);
b-) Anormalidade do criminoso (ele é anormal porque vai contra a evolução social).
a
-) 
Ferri
 
–
 abordou outros tipos de determinismos.
b-) 
Garófalo
 
–
 
elaborou teoria do crime refinada.
c-) 
LombrosoEscola Penal Italiana
Lombroso formou uma teoria criminal com base no darwinismo social, decadência da sociedade (Gobineau) e frenologia (Gall). “O mundo está decadente como Gobineau dizia? Sim! Está cheio de ladrões, alcoólatras, drogados,.. O homem primitivo está ressurgindo! Ele é responsável pela decadência da sociedade. O criminoso é o homem primitivo!”
A decadência da sociedade é fruto do atavismo genético, ou seja, sobrevivência do homem primitivo nos dias de hoje. 
Eugenia – Criada por Galton.
Consiste na reprodução de novos seres humanos, bem produzidos, saudáveis, sem influências do atavismo. É uma força de extinção da espécie humana decadente. 
EUGENIA POSITIVA – incentiva o aumento da população eugênica.
EUGENIA NEGATIVA – elimina quem não serve. Serviu como pretexto para a eliminação dos judeus na época do nazismo.
Criminologia no Brasil
PAULO EGYDIO criou uma teoria baseada em Durkheim e Garófalo, com ideais amplamente racistas.
Cândido motta elaborou um projeto de criação de casas para menores infratores (negros e índios). “Precisamos prender o criminoso antes que ele cometa o crime, com base na análise de sua fisionomia”. Precisamos eliminar os elementos indesejados (higienização social).
RENATO KEHL fundou a sociedade eugênica de São Paulo. 
A Constituição de 1934 aplicava a eugenia, proibindo a entrada de japoneses no Brasil.
SOCIOLOGIA
 
Crime e Desvio 
“Toda a sociedade possui uma expectativa de comportamento/comportamento padrão”. Existe um comportamento padrão nas famílias, nas escolas,.. Exemplo: naturalista que vai viver na mata -> possui um comportamento desviante com relação ao padrão social.
Para obter uma análise do comportamento padrão da sociedade, precisamos fazer uma análise quantitativa.
Sociologia do Desvio 
Estuda os comportamentos desviantes, incluindo o crime, visto que este demonstra um desvio do comportamento padrão da sociedade.
NEM TODO DESVIO É CRIME, PORÉM, TODO CRIME É UM DESVIO.
Sociologia do Crime 
Realiza um estudo sociológico do crime.
Criminologia
Estuda o crime sob uma perspectiva interdisciplinar, sob o ponto de vista jurídico, político, econômico,..
Funcionalismo
Analisa como determinado fato/grupo social se comporta dentro do corpo social.
DURKHEIM dizia que a sociedade é como um corpo social, nós temos as sociedades mais simples (solidariedade mecânica) e as mais complexas (solidariedade orgânica).
○ Anomia: descompasso entre normas e valores de uma nova realidade social.
○ Anomia jurídica: inexistência de norma jurídica para regulamentar fato social novo. 
“Crime é um fato social, é normal. Não que seja algo corriqueiro, mas é algo que a sociedade possui; temos a possibilidade de termos nossos valores feridos.”
Merton dizia que todo desvio representa uma anomia. Ele estuda como as pessoas não se encaixam na sociedade; como cada indivíduo lida com os comportamentos padrões.
Em sociedade, todo mundo tem metas (culturas, capitalistas,..). Além de metas, precisamos de meios para alcançar nossas metas.
- Existe a pessoa que está no conformismo, ou seja, que está dentro dos conformes, tem suas metas e meios, conforme o que esperamos dela.
- Na inovação, a pessoa tem metas, mas não tem meios, Já no retraimento, a pessoa está totalmente na margem, possui comportamento desviante.
A. Cohen – teórico da anomia.
Estuda prisioneiros e sua relação entre eles, sob os pontos comuns (mesmos valores, mesmas tatuagens,..). Para ele, existe algo maior ligado ao grupo, e não ao comportamento individual.
Subcultura: estatisticamente, quem comete crime tem determinadas características. A maior parte dos criminosos é homem, jovem e tem uma baixa faixa de renda (mora na periferia). Ex: guangue (tem visão própria, visual próprio,..naquele contexto a pessoa é valorizada).
Escola Ecológica de Chicago
Temos harmonia entre as espécies, o mesmo deve valer para o ser humano. Este equilíbrio de relações deveria existir na economia e no urbanismo. 
Ex: Chicago, onde temos uma fonte de degradação/desequilíbrio urbano no centro da cidade (onde ocorrem os crimes, prostituição,.., visto que o crime é fruto do desequilíbrio). Deixam de existir os comércios e as áreas residenciais para dar lugar à fonte de degradação.
Crítica de E. Sutherland
“Dizer que quem está fora da classe média é desvio, não é correto, é preconceituoso”. A sociologia do desvio foi feita para criminalizar a pobreza.
 
- Ele vai analisar os crimes da elite (crimes de colarinho branco), diferenciando estes dos crimes dos pobres.
SOCIOLOGIA
 
Teoria da Rotulação/Etiquetamento
É uma crítica, elaborada por Labelling Aproach, à sociologia do desvio: “quem não se encaixa no comportamento padrão, acabava por adotar um comportamento desviante”. Temos a criminalização da pobreza pois algumas características entram como desvio e outras não (subjetividade na escolha).
- Howard Bucker estudou fumantes de maconha, o que representava uma expectativa de normalidade diferente da mídia social.
- Lemmert divide o desvio em primário (apenas a rotulação) e secundário (quando a pessoa interioriza a ideia). A partir disso, podemos nos questionar, por que as pessoas tornam-se desviantes? Porque elas são rotuladas; os rótulos são geradores do crime!
Interacionismo
Tipo de interação da pessoa com o grupo social. 
Paradigma Eteológico
Busca a origem do crime numa sociedade; abrange a escola positivista, os desvios e as escolas ecológicas.
Novas Criminologias
Surgem novas formas de pensar a criminalidade, como o Estado-Previdência. Ele é responsável pela saúde, educação, trabalho, é um estado que cuida de tudo!
Porém, o Estado-Previdência não conseguiu se manter, visto que ainda tínhamos muita criminalidade e pessoas sem estudo (opinião neoliberalista). Com isso, temos o fim de tal auxílio.
Realismo de “Esquerda”
Ele sofreu uma critica do próprio grupo
de Esquerda, dizendo que a defesa da propriedade e a segurança deviam ser as únicas preocupações do Estado e não intervir em tudo, como eles defendiam anteriormente.
- Temos o surgimento dos estudos sobre a “realidade do crime”: quem comete o crime, por que, onde, quem são as vítimas? 
- Na Inglaterra, a maior parte dos crimes eram cometidos contra os próprios pobres (sofriam duplamente, em virtude do perigo e de sua condição econômica).
“Depois que um crime acontece, é uma situação ruim para todo mundo. O ideal seria prevenir o crime. O criminoso não vê uma pessoa na vítima e o Estado não vê uma pessoa no criminoso (desumanização geral).”
Exemplo 01: Polícia Comunitária
Não teriam a aparência de um braço repressor, mas sim de alguém da sociedade (é mais difícil matar alguém que você conhece).
Exemplo 02: Quadras Noturnas de Basquete
Existindo opções de lazer, temos uma melhora na criminalidade, é uma política preventiva não repreensiva). 
Realismo de “Direita”
Wilson e Kelling elaboraram um experimento de psicologia social chamado de “Teoria das Janelas Quebradas”, que diz que a degradação induz a desordem, ou seja, a desordem se prolifera. Para combater o crime não podemos deixar a primeira janela quebrar. Ex: carro abandonado.
LEITURA TEXTO: DRAUZIO VARELA (JANELAS QUEBRADAS)
Aborda a questão da ordem e da desordem. “Desordem e sujeira nas ruas mais do que duplicam o número de pessoas que jogam lixo na sarjeta e roubam”. 
Política de Tolerância Zero
É a teoria das janelas quebradas, onde temos o combate de crimes menores a fim de impedir os crimes maiores. Evitamos a multiplicação da desordem, visto que o Estado que controla o comportamento das pessoas. 
Políticas de “Lei e Ordem”
Consiste em manter a ordem sob a vigilância constante do Estado, evitando que a “janela se quebre”. 
CRÍTICA: somente funcionou porque o ambiente era favorável! De acordo com Loic Wacquant, nós temos as prisões de miséria, ou seja, a aplicação da lei e da ordem tem caráter seletivo, só retiram das ruas determinadas pessoas (negros, latinos,..). 
- Nas penitenciárias privadas, quanto mais gente presa, mais ricos os donos desta ficam. Ou seja, a tolerância zero aumenta a lucratividade das prisões! 
- Não faz sentido falar em esquerda/direita!
SOCIOLOGIA
 
Modernidade
A modernidade é um modelo de sociedade que se forma à partir do século 18, sob o contexto das revoluções políticas e da revolução industrial.
Antigamente, nós tínhamos papéis bem definidos em nossa sociedade (você permanecia na mesma vida profissional, o pai é o chefe da família, a mãe cuida da cuida e dos filhos, os filhos estudam,..). Porém, nos dias de hoje, com o impacto das novas tecnologias, a sociedade se transformou rapidamente em todos os setores (familiar, escolar, empregatício,..), a sociedade exige que você esteja em um aprendizado constante. 
Nossa vida é muito mais flúida, rápida, temos múltiplos caminhos, diferente de antigamente, em que era tudo muito sólido, definido. 
Existe uma grande preocupação com as totalidades, com a razão universal, com o progresso da humanidade. 
Pós-Modernidade
Temos a morte dos grandes narrativas (“ismos”), não nos importamos mais com a justiça, nem com a igualdade e muito menos com a verdade.
O QUE IMPORTA NÃO É A RAZÃO UNIVERSAL, É A MINHA RAZÃO.
Temos a aniquilação da moral. Antigamente era algo universal, nos dias de hoje é um relativismo quase total: temos a moral individual, moral do grupo,..
Autores: Nietzsche, Foucault, Derrida, Lyotard e Baudrillard.
Lyotard e baudrillard analisaram como se formaram os grupos sociais, à partir da sociedade televisiva, cuja qual tem a inexistência de referências atreladas ao mundo real, apenas à ficção.
Modernidade Líquida
A palavra “modernidade líquida”, foi inventada por Bauman, mas tinha o mesmo significado de sociedade pós-moderna.
Para ele, existiu uma modernidade sólida, onde tínhamos os papéis muito bem definidos, e hoje, neste mundo acelerado/rápido, tudo se transformou e se derreteu/liquifez. Tudo que parecia firme, foi se transformando. 
LEITURA TEXTO: “O medo na era da liquidez”
A pressão social/individual gera o medo. “A vida na sociedade líquida pós-moderna é uma versão perniciosa da dança das cadeiras,..”. 
LEITURA TEXTO: “amor sem riscos”
Atualmente não temos uma relação profunda com outra pessoa, as relações se tornaram horizontais.
LEITURA TEXTO: “tranquilidade em pílulas”
As pessoas querem garantir sua segurança física e patrimonial, e se submetem ao isolamento e ao uso de remédios para conseguirem lidar com suas vidas.
O que virou a vida pós-moderna? Um indivíduo em sua bolha.
Os meios de comunicação criam os padrões de comportamento do homem líquido. Temos o individualismo, a satisfação do prazer imediato, o medo, o consumismo, a produtividade, as relações horizontais,..
Direito e Pós-Modernidade
O Direito também está se liquifazendo junto com a modernidade líquida. Temos o envelhecimento de princípios, a descrença na justiça do sistema jurídico, descrença nas utopias. 
Hans Kelsen e Weber foram os pilares do Direito, mas seus modelos não funcionam mais! 
Não existe um pensamento jurídico capaz de cuidar da complexidade de nossas vidas! Precisamos decidir tudo caso a caso, mediante o sistema jurisprudencial. Os tribunais normatizam nossas normas (casos particulares); temos uma adequação do direito.

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