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Web aula 1 - Ciências Contábeis - Gestão Financeira e Orçamento Empresarial

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CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
WEB AULA 1 
Unidade 1 – Administração Financeira seu Ambiente e Área de 
Atuação 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, tudo bem? Seja bem-vindo à disciplina de Administração e Orçamento 
Empresarial. Sou o professor Fábio Rogério Proença e saibam de antemão que estou 
muito feliz em poder estar aqui com vocês apresentando esta disciplina, que traz um 
tema tão pertinente a todo administrador de empresas e que, com certeza, será de 
grande utilidade para você no seu futuro profissional. 
Neste início, iremos ficar mais sintonizados sobre os conceitos da administração 
financeira e depois, em nossa segunda unidade de estudo, veremos com a professora 
Vânia a abordagem com foco na administração orçamentária. Combinado?! 
Legal, então, vamos lá... Um ótimo estudo a todos!! 
 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
 
Esta temática trata dos assuntos relacionados à administração das finanças das 
organizações, estando diretamente ligada à administração, à economia e à 
contabilidade. 
Pode ser vista como uma forma de economia aplicada que se baseia amplamente em 
conceitos econômicos. Aproveita certos dados da contabilidade, outra área da 
economia aplicada. No decorrer do tema, você constatará a relação entre a 
administração financeira e Economia, bem como entre a primeira e Contabilidade. 
Embora estes temas estejam relacionados, há diferenças marcantes entre eles. 
 
 
 
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=pt9f0mkcL2g 
 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E SEU SIGNIFICADO 
 
O que é Finanças, para você? 
Para iniciarmos, primeiramente devemos compreender e entender o sentido e o 
significado de finanças, que corresponde ao: 
 
Temos o envolvimento das finanças nas mais distintas áreas, desde o simples fato de 
consumir bens e serviços até aos grandes investimentos empresariais. Por sua 
grandeza e grau de importância, se faz necessário que toda e qualquer empresa 
mantenha um rigoroso controle de seus recursos, sendo este de fundamental 
importância para a sobrevivência e sucesso da mesma. 
Constantemente os profissionais da área da administração financeira e orçamentária 
estão obrigados a decidir sobre as melhores formas de administrar a empresa rumo 
ao sucesso de todas as suas ações. Frente a um mercado instável e propenso a 
oscilações que podem afetar toda a estrutura financeira destas entidades, é 
indispensável uma melhor alocação e distribuição dos recursos monetários 
disponíveis. 
As empresas, muitas vezes, são forçadas pelo mercado financeiro a tomar decisões 
de forma rápida, por isto, o bom gerenciamento e acompanhamento das finanças da 
empresa se faz extremamente necessário, a fim de possibilitar ou não a viabilidade 
de qualquer decisão. 
Seja qual for o ramo de atividade que uma empresa explore, ela irá utilizar seus 
recursos financeiros de forma que lhe permita maximizar os resultados da empresa, a 
fim de obter lucro, pois os donos do capital, que são os empresários desde a 
constituição da empresa, possuem em comum, além de outros aspectos pertinentes, 
o propósito de aumentarem a sua riqueza. 
 
Link 
Consulte o site: 
 
http://www.eurocontabil.com.br/detalhe-dos-artigos-interessantes-euro-contabil-
londrina/116/4-dicas-r%C3%A1pidas-para-gerenciar-as-finan%C3%A7as-da-sua-
empresa 
 
O resultado obtido, seja lucros ou prejuízos, é oriundo, portanto, do êxito ou fracasso 
de uma série de atitudes da empresa, durante o desenvolvimento de suas operações 
ao longo do tempo. 
A principal função da administração financeira é praticar o gerenciamento dos 
recursos financeiros da empresa, criando instrumentos capazes de auxiliar a tomada 
de decisões sobre a melhor fonte de captação e aplicação desses recursos financeiros, 
cujo resultado possa ser avaliado e medido em unidades monetárias. 
Desta forma, conclui-se que com a boa prática dessa função as empresas podem 
evitar perdas geradas pela má aplicação dos recursos financeiros e maximizar os 
resultados em um processo contínuo de garantia da liquidez do negócio. 
A administração financeira da empresa busca uma série de objetivos, mas a sua 
atividade procura principalmente: 
1) Obter recursos necessários à operação da empresa: Muitas vezes as empresas 
necessitam de recursos financeiros para a sua manutenção ou expansão, estes 
recursos podem ser recursos próprios ou de terceiros. Cabe à administração 
financeira apurar, através de suas técnicas e análises, a melhor forma para tal 
captação. 
2) Manter e desenvolver os recursos disponíveis: É extremante necessária a 
manutenção de um bom capital de giro, pois através dele a empresa pode obter uma 
série de vantagens competitivas, principalmente nos momentos em que o custo do 
capital esteja elevado. 
3) Distribuir esses recursos de forma adequada para obter o máximo de lucro: 
Contribuir não só para o aumento do lucro financeiro da empresa, mas sim de todo o 
patrimônio da mesma. 
4) Obter produtividade crescente dos recursos: Buscar insaciavelmente a 
maximização dos resultados, mediante a boa aplicação dos recursos financeiros 
disponíveis ou obtidos. 
Segundo Braga (2011), cabem à função financeira duas tarefas básicas: a obtenção 
de recursos buscando os menores custos e maiores prazos, e a alocação eficiente 
desses recursos na empresa. 
Segundo Gitman (2010, p. 105): 
Princípios de Administração Financeira: o planejamento financeiro é um aspecto importante das 
operações das empresas, porque fornece um mapa para a orientação, a coordenação e o controle dos 
passos que a empresa dará para atingir seus objetivos. 
De acordo com o Sebrae, a falta de gerenciamento, controles internos e de um bom 
planejamento e controle financeiro faz com que muitas empresa fechem suas portas 
nos primeiros anos de sua existência. Sendo que as mesmas apresentaram um 
retrospecto de insuficiência ou até inexistência de suporte financeiro para suas 
operações, o que ocasiona, consequentemente, dificuldades para a continuidade do 
negócio. Ainda de acordo com o Sebrae, as empresas necessitam de informações 
contábeis úteis para auxiliá-las nas tomadas de decisões, e muitas vezes o Balanço 
Patrimonial da empresa não é levado tão a sério. 
 
Questão para reflexão 
 
Qual a sua opinião sobre os dados do Sebrae? Você concorda que um planejamento 
financeiro realmente seja importante para as empresas? 
 
 
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=ON0uDIfcrLg 
 
Resumidamente, a extensão da administração financeira depende, em grande parte, 
do tamanho do porte da empresa. Em se tratando de empresas consideradas 
pequenas, a administração financeira é igualmente realizada de forma simplificada. À 
medida que a empresa cresce e, consequentemente, começa a possuir uma maior 
movimentação, isto leva à criação de um departamento financeiro autônomo, porém 
interligado às demais áreas da empresa. 
O profissional que assume os trabalhos financeiros de uma empresa é conhecido 
como administrador financeiro ou gestor financeiro. Este profissional deve pautar 
seus trabalhos na responsabilidade de administrar da melhor forma possível os 
recursos dos donos do capital, que são os proprietários ou acionistas da empresa. 
Para tal, no desenvolvimento de seus trabalhos deve gerir de forma eficiente todos os 
recursos monetários disponíveis na empresa, zelando pela liquidez da mesma. 
Depois de estudarmos sobre a administração financeira e seu significado, iremos 
agora abordar sua diferença com a economia. 
É notória a importância da economia para a administração financeira, uma vez que 
ela está presente em praticamente todas as operações financeiras ocorridas na 
empresa. 
A economia possui duas grandes áreas, Macroeconomia e Microeconomia, e esta 
intimamente ligada ao campo das finanças empresariais.Portanto, o gestor financeiro 
precisa aprender as diretrizes econômicas e estar antenado para as consequências 
causadas pela variação dos níveis de atividade econômica e também das possíveis 
alterações das políticas econômicas do país. Não muito distante encontra-se a 
preocupação de estarem preparados para utilizarem as teorias econômicas com visão 
sistêmica a fim de possibilitar o funcionamento eficiente da empresa. Como exemplo 
podemos citar a análise de oferta e demanda, estratégias de maximização de lucros, 
e também a forma em que se apresenta a teoria da formação de preços. 
O princípio econômico principal de que a administração financeira faz uso é a análise 
marginal, através dela podemos concluir que a decisão financeira deve ser tomada 
apenas quando os benefícios “a mais” superarem os custos, comparando os custos 
marginais com os benefícios marginais. 
 
Tranquilo até aqui? Muito bem! Vamos continuar os estudos sobre a 
administração financeira, mas com o enfoque na diferença entre ela e a 
contabilidade – ok?! 
 
Não podemos confundir a função financeira com a função contábil. Ambas têm sua 
importância dentro da organização, mas guardam entre si características e funções 
completamente diferentes. 
Talvez pela riqueza de informações geradas pelos relatórios contábeis, a 
administração da empresa, em suas tomadas de decisões, fundamenta-se às vezes 
na opinião de um leigo responsável pelo gerenciamento financeiro, o que não se 
concretiza em verdade, uma vez que a contabilidade meramente escritura em seus 
livros próprios, conhecidos como Livro Diário e Livro Razão, todas as operações 
ocorridas na empresa. Operações estas muitas vezes ligadas à área financeira da 
empresa. 
 
Questão para reflexão 
 
O que você acha dessa diferença? Contador e administrador financeiro podem ser 
considerados a mesma coisa? 
 
Para compreender melhor essa diferença existente entre contador e administrador 
financeiro, devemos entender que o contador é o profissional responsável por colocar 
em prática a escrituração contábil dos fatos administrativos e financeiros ocorridos na 
empresa, dados estes que serão demonstrados nos relatórios contábeis. A 
contabilidade mensura e registra todas as movimentações que alteram o patrimônio 
da empresa, ou seja, bens, direitos e obrigações da mesma. 
O contador, durante a elaboração das demonstrações contábeis, realiza seguindo o 
regime de competência, que nada mais é do que registrar o fato assim que realizada 
a operação, por exemplo, uma venda de mercadoria a prazo: para a contabilidade, o 
registro da receita (faturamento) se dá no exato dia da emissão da nota fiscal de 
venda de mercadorias, não importando a data de vencimento da duplicata gerada por 
esta venda a prazo. 
Já o administrador financeiro se utiliza, durante as suas atividades, do regime de 
caixa onde considera-se o fluxo de caixa, ou seja, entrada e saída de recursos 
financeiros da empresa no ato de sua ocorrência. 
Ambos, contador e administrador, se utilizam do regime de caixa e de competência, 
respectivamente, durante seus trabalhos, principalmente sobre a ótica gerencial, e 
não se deve menosprezar quaisquer um destes profissionais e nem de suas 
características e especificidades, uma vez que são de extrema importância para 
descrever, através de suas técnicas, a situação empresarial. 
 
Link 
Consulte o site: 
 
http://www.eurocontabil.com.br/detalhe-dos-artigos-interessantes-euro-contabil-
londrina/108/4-erros-imperdo%C3%A1veis-no-fluxo-de-caixa-do-seu-
neg%C3%B3cio 
Agora iremos conhecer as principais áreas de atuação da administração 
financeira – ok?! 
 
A administração financeira pode ser classificada em quatro áreas distintas, são elas: 
Finanças Corporativas – É também conhecida como finança societária (sociedades 
anônimas), geralmente ligada à maximização dos resultados da empresa e à 
administração dos riscos financeiros da mesma. 
Investimentos - Essa área lida com ativos financeiros (títulos de renda fixa e renda 
variável). As decisões que envolvem estes ativos são basicamente sobre o que 
determina o preço de um ativo financeiro, quais os riscos e retornos associados a um 
investimento e qual a melhor composição de um conjunto de ativos. 
Instituições Financeiras – São empresas que estão inseridas nas finanças 
empresariais, visam analisar as diversas atividades e movimentações financeiras dos 
mercados de capitais (seguros, empréstimos, investimentos entre outros), utilizando-
se da avaliação do grau de risco e o retorno do empreendimento para certificar a 
viabilidade do negócio. 
Finanças Internacionais - Elas correspondem não a uma área específica, mas a 
uma especialização na qual os fundamentos de finanças são aplicados em relações 
financeiras internacionais, tanto no que se refere aos ativos financeiros quanto à 
administração financeira empresarial. 
 
Passaremos agora a estudar a área de atuação do administrador financeiro 
 
A função do gestor financeiro é ter ações voltadas ao gerenciamento dos recursos em 
todas as unidades de negócio, de forma a obter os retornos planejados pela empresa, 
sendo responsável pela busca desses recursos, seja entre os sócios ou com terceiros. 
 
Questão para reflexão 
 
Avaliando tudo o que foi estudado até aqui, você se considera com perfil para se tornar um 
administrador financeiro? Reflita sobre esta questão e troque ideias com seus colegas. 
Para discutir 
 
Vamos ver na prática a importância da administração financeira e orçamentária para a gestão 
empresarial? 
 
Leia o artigo no site do Sebrae: 
 
http://www.sebrae.com.br/customizado/namedida/areas-de-atuacao/gestao-
financeira/bia-111-4-a-importancia-da-administracao-financeira-da-
emp/BIA_1114 
 
Conforme a sua opinião, qual dos problemas ocasionados pela falta da administração 
financeira que você considera mais grave, e o porquê desta escolha. 
 
 
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=N2LsjYVDskU&list=PL9F647878F1471673 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WEB AULA 2 
Unidade 1 – Metas da Administração Financeira e o Fluxo de Caixa 
 
 
Olá, tudo bem? 
Vamos dar sequência aos estudos de nossa disciplina. A partir deste momento iremos 
conhecer as Metas da Administração Financeira. Acompanhe: 
As principais metas da Administração Financeira são: 
 Maximização dos lucros 
Quando falamos em maximizar os lucros, este procedimento, se assim podemos falar, 
parte dos objetivos previamente traçados que o decisor deseja atingir. Além de 
atingir a meta apropriada para realizar a maximização, devemos pontuar a sua 
periodicidade, ou seja, lucros deste ano, semestre, etc. 
 A meta da administração financeira de uma corporação 
Os administradores financeiros devem sempre buscar a decisão que enfatize um 
melhor resultado financeiro, proporcionando aos acionistas (proprietários das ações 
ordinárias) melhores resultados que, consequentemente, aumentam o valor da ação. 
De forma sucinta, busca a todo momento aumentar o valor do preço atual das ações 
existentes. 
 Meta mais geral da administração financeira 
De forma geral, a meta da administração financeira é maximizar o valor do 
patrimônio da empresa como um todo, uma vez que, realizando isto, 
automaticamente estará aumentando o patrimônio líquido de seu proprietário 
(acionista). 
 
 
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=aQ-hAkV-oBw 
 
EMPRESA E O MERCADO FINANCEIRO 
Se você sempre achou os termos financeiros complicados, não desanime: você não 
está sozinho. Apesar da ampla divulgação de cálculos, taxas e formas de 
investimento, muitas vezes eles não são acompanhados de maiores detalhes sobre 
sua significação oufuncionamento. Agora você vai ter uma ideia de finanças no 
mercado. 
Mercado financeiro é o ambiente onde é feita a negociação entre as empresas ou 
pessoas que possuem disponibilidade de recursos financeiros e as pessoas ou 
empresas que precisam deste recurso, sendo que como elo de ligações entre estas 
partes estão os intermediários, conhecidos como bancos. 
O mercado financeiro faz todas as transações envolvendo dinheiro, possibilitando o 
encaminhamento do recurso financeiro para a pessoa ou empresas que necessitam, 
cobrando um valor para desempenhar esse papel, conhecido como taxa de juros. 
O mercado financeiro é dividido em: 
 Mercado de crédito, que trata de todas as operações entre pessoas jurídicas e 
físicas que envolvem empréstimos bancários; 
 Mercado de câmbio, responsável pela troca de moeda entre os mais diversos 
países; 
 Mercado aberto, que abrange todas as pessoas jurídicas que mantêm capital 
aberto e ações na bolsa de valores. Estas empresas são conhecidas como 
Sociedades Anônimas. 
Neste último, tramitam todas as negociações para a compra de partes das empresas 
de capital aberto, onde qualquer pessoa física pode ser acionista, bastando para isto 
que adquirira ações da empresa. Todas as operações que envolvam compra e venda 
de ações são realizadas na bolsa de valores, onde o preço é público. 
Ainda dentro do mercado financeiro estão outras formas de investimentos. Você já 
deve ter se deparado ou investido em uma delas, por exemplo, a caderneta de 
poupança, o CDB, os fundos de investimentos, entre outros. 
Vamos aprofundar nossos conhecimentos em algumas destas formas que, de maneira 
em geral, se apresenta em dois grandes grupos: Renda Fixa e Renda Variável: 
 Os Fundos de Renda Fixa: Podemos conceituar renda fixa como sendo o lucro 
que a empresa obtém a partir de um investimento, como, por exemplo, 
aplicações financeiras em instituições bancárias por prazo determinado com 
uma taxa de retorno do investimento no final do prazo de aplicação. 
 
São exemplos de aplicação de renda fixa: Notas do Tesouro Nacional (NTN); 
Bônus do Banco Central (BBC); Títulos da Dívida Agrária (TDA); Letras de 
Câmbio (LC); Certificados de Depósito Bancário (CDB); Recibos de Depósito 
Bancário (RDB); Debêntures. 
 Os Fundos de Renda Variável: Quando falamos em renda variável, devemos 
correlacionar aos títulos que não permitem que sua remuneração ou retorno de 
capital seja conhecido no momento da aplicação, ou seja, para esses 
investimentos não é possível que a remuneração seja mensurada 
antecipadamente. Como não conhecemos antecipadamente o valor da 
antecipação da remuneração ou do retorno do capital, este fato torna este tipo 
de operação totalmente dependente das condições do mercado de capitais no 
que se refere à oferta e à procura. 
 
Entre os títulos ou aplicações de renda variável podemos citar as operações 
realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, 
também aquelas operações realizadas fora de bolsa, tais como, de alienação de 
ouro, ou em mercado de liquidação futura, com qualquer ativo e de alienação 
de participações societárias, entre outras. 
Questão para reflexão 
 
Qual o seu perfil de investidor: conservador ou arrojado? Quando administramos 
recursos de terceiros, você saberia administrar os riscos que envolvem os 
investimentos. Reflita sobre esta questão e troque ideias com seus colegas. 
 
Dentro do mercado financeiro temos outros meios, como Private Equity e Capital 
Venture. Com o crescente aumento de investidores em empresas brasileiras como 
agentes financiadores das mesmas, veio a surgir a utilização de alguns instrumentos 
financeiros, que resumidamente tratam de um fundo de investimento de um grupo de 
investidores que, além do aporte financeiro, auxiliam as empresas e 
consequentemente seus diretores na profissionalização da gestão do negócio. 
O fundo de Private Equity possibilita ao investidor, no ato da sua comercialização 
(venda), a participação na obtenção dos retornos financeiros previamente projetados 
por eles no ato de seu investimento na empresa. No Brasil, o desenvolvimento dos 
fundos de Private Equity poderá representar o surgimento de uma interessante fonte 
de financiamento a longo prazo para pequenas e médias empresas, além de uma 
nova opção em termos de fundos de investimento. A expansão do Grupo Lasa (Lojas 
Americanas) é um exemplo de empresa com injeção de investimento de uma private 
equity. 
Uma alternativa são as Assets, conhecidas também como gestoras de recursos. São 
instituições que administram a carteira de investimentos para terceiros. Elas podem 
ser contratadas por pessoas físicas ou jurídicas e atuam como 
“conselheiras” financeiras dos seus clientes. Uma taxa administrativa é cobrada e 
algumas ainda negociam a participação nos lucros obtidos na compra e venda de 
ações. As gestoras, independentes de recursos, despontam como uma boa alternativa 
para quem ainda não se sente confiante em aventurar-se sozinho no mercado 
financeiro. 
 
 
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=UhqVJXaPTZs 
 
FLUXO DE CAIXA 
 
A partir deste momento, você poderá conhecer um pouco mais sobre as 
características e contribuições permitidas com o chamado Fluxo de Caixa. 
O que vem a ser esta demonstração, ou mesmo relatório, tão importante para a 
administração financeira? Como elaborar um fluxo de caixa? Ainda, quais as 
contribuições desta ferramenta nas organizações que a utilizam? Pois é, meus 
amigos, estas e outras informações são de extrema importância para que vocês 
possam compreender melhor o Fluxo de Caixa e, acima de tudo, possam aplicá-lo na 
gestão de todos os recursos monetários das empresas em que atuam. 
O fluxo de caixa deve ser considerado uma grande ferramenta empresarial, 
permitindo às empresas demonstrarem todas as operações financeiras realizadas, 
bem como possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação dos recursos 
financeiros disponíveis. É utilizado quando se deseja um melhor controle de todos os 
recursos que foram originados e aplicados durante o ciclo operacional da entidade. 
 
Saiba mais 
 
Entende-se por Ciclo Operacional o período no qual a empresa executa todas as suas 
atividades, encerrando com a apuração e levantamento de suas Demonstrações 
Contábeis. 
 
Com a adoção do fluxo de caixa vocês poderão gerir com precisão todas as atividades 
que envolvem as finanças da organização, como também poderão ainda saber a 
procedência e a projeção das entradas e saídas futuras de valores monetários. Se 
buscarmos os autores que abordam sobre esse assunto, veremos que a grande 
maioria define o fluxo de caixa como um grande aliado na ascensão profissional dos 
responsáveis pelas finanças de qualquer empresa. 
 
Saiba mais 
 
Acesse: 
http://www.eurocontabil.com.br/detalhe-dos-artigos-interessantes-euro-
contabil-londrina/88/Sete-dicas-para-tirar-sua-empresa-do-buraco 
 
Segundo Gitman (2003), o fluxo de caixa também pode ser encarado como 
instrumento fundamental na previsão e realização das entradas (que são 
recebimentos) e saídas (que são os gastos) de recursos financeiros, durante um 
determinado período de tempo, sendo que: 
 Previsão é o conjunto de valores que a empresa espera receber ou pagar; 
significa uma expectativa que ainda não se realizou; 
 Realização é o conjunto de valores que a empresa efetivamente recebeu ou 
pagou; deixa de ser uma expectativa e passa a ser um fato realizado. 
Através do fluxo de caixa, o gestor financeiro poderá saber, mediante o confronto do 
que foi previsto com o realizado, quais as decisões corretas a serem tomadas quando 
da falta ou sobra de recursos que a entidade apresentará num determinado período. 
Segue abaixo, representadopelo Quadro 1, um modelo simplificado de fluxo de caixa, 
o qual possibilita o confronto pelo administrador financeiro das principais variações. 
 
 
 
 
Quadro - Modelo de fluxo de caixa 
 
Fonte: O autor. 
 
Observa-se, no modelo apresentado, que enquanto a empresa previu um saldo final 
de caixa no valor de R$ 910,00 (obedecidas todas as entradas e saídas projetadas), 
houve, na realidade, no período proposto, um saldo final negativo de R$ 210,00, o 
que provavelmente teve que ser suprido com a busca de capital de terceiros (recursos 
obtidos fora da empresa). 
Com a apresentação do fluxo de caixa, o administrador financeiro poderá elaborar o 
seu planejamento financeiro e os orçamentos empresariais pertinentes a cada 
empresa. Como vocês podem observar, esta simples demonstração será de grande 
importância, não apenas para os profissionais que buscam a melhor captação e 
distribuição dos recursos, mas também para garantir a liquidez das entidades. 
 
 
 
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=WKRcUSDCKsQ 
 
Gitman (2010) também divide os fluxos de caixa das empresas em: 
 
Figura - Fluxos de caixa 
 
Fonte: Adaptado de Gitman (2010) 
 
Os fluxos operacionais constituem as principais atividades geradoras de receita da 
entidade, tais como o faturamento, que na grande maioria das empresas abrange a 
maior parte da receita empresarial, bem com as outras atividades diferentes das de 
investimento e de financiamento, que veremos logo abaixo. 
São exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais: 
a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; 
b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas; 
c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; 
d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; 
e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros 
benefícios da apólice; 
f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser 
especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e 
g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou 
disponíveis para venda futura (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2008, p. 5-6). 
Os fluxos de investimento abrangem principalmente as operações que envolvem a 
aquisição e a venda de ativos de longo prazo, assim entendidos aqueles com prazo de 
pagamento superior ao término do exercício seguinte e também de outros 
investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa, tais como se a empresa 
comprar parte de uma outra empresa, ou seja, se tornar acionista de outra 
companhia. 
São exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento: 
(a) pagamentos de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo. 
Esses desembolsos incluem os custos de desenvolvimento ativados e ativos imobilizados de construção 
própria; 
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de 
longo prazo; 
(c) pagamentos para aquisição de ações ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações 
societárias em joint ventures (exceto desembolsos referentes a títulos considerados como equivalentes 
de caixa ou mantidos para negociação imediata ou venda futura); 
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de ações ou instrumentos de dívida de outras 
entidades e participações societárias em joint ventures (exceto recebimentos referentes aos títulos 
considerados como equivalentes de caixa e os mantidos para negociação); 
(e) adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos 
feitos por instituição financeira); 
(f) recebimentos de caixa por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos 
a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos de uma instituição financeira); 
(g) pagamentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais 
contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os pagamentos forem 
classificados como atividades de financiamento; e 
(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais 
contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem 
classificados como atividades de financiamento (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2008, 
p. 6-7). 
Os fluxos de financiamento compreendem todas as movimentações financeiras de 
entrada e saída de recursos ligados a aquelas que resultam em mudanças no 
tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da empresa, desde 
que não classificadas como atividade operacional. São exemplos a contratação de 
empréstimos de curto prazo, entre outras. 
São exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento: 
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; 
(b) pagamentos de caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade; 
(c) caixa recebido proveniente da emissão de debêntures, empréstimos, títulos e valores, hipotecas e 
outros empréstimos de curto e longo prazos; 
(d) amortização de empréstimos e financiamentos, incluindo debêntures emitidas, hipotecas, mútuos e 
outros empréstimos de curto e longo prazos; e 
(e) pagamentos de caixa por arrendatário, para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil 
financeiro (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2008, p. 7-8). 
 
O FLUXO DE CAIXA NA CONTABILIDADE 
 
Para a área empresarial denominada de Contabilidade, o Fluxo de Caixa, além da 
sua extrema relevância, é considerado uma das demonstrações obrigatórias para a 
execução do processo contábil. O modelo definido pela Lei 6.404/76 (legislação que 
define as principais características e premissas da aplicação contábil), embora 
diferente do modelo usado na gestão financeira, apresenta como ponto fundamental: 
o controle dos recursos monetários da organização. 
 
Saiba mais 
 
Processo contábil entende-se como sendo todas as etapas desenvolvidas pela 
Contabilidade, iniciando com a coleta de documentos e encerrando com a elaboração 
das Demonstrações Contábeis que serão utilizadas para tomada de decisão. 
 
Vocês sabiam que, para a Contabilidade, o Fluxo de Caixa é conhecido como DFC – 
Demonstração do Fluxo de Caixa e, de acordo o Internacional Accounting Standards 
Committee – IASC, órgão normatizador mundial da contabilidade, através da NIC 7 - 
Norma Internacional de Contabilidade, que foi revisada em 1992. 
Já Iudícibus e Marion (2002, p. 220) afirmam que a DFC “[...] demonstra a origem e 
a aplicação de todo o dinheiro que transitou pelo caixa em um determinado período e 
o resultado desse fluxo”, sendo que o termo caixa engloba todo o disponível da 
entidade. 
Sobre esta DFC, é importante dizer que esta demonstração é um instrumento muito 
utilizado pela contabilidade, no sentido de expor a situação de todos os recursos 
monetários presentes e futuros da entidade, e que foi a partir de 28 de dezembro de 
2007, com a publicação da Lei 11.638, que passou a ser considerado relatório 
contábil obrigatório. 
A estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa, segundo as exigências contábeis, 
divide-se basicamente no conjunto de entradas e saídas de caixa ou equivalente de 
caixa (bancos, investimentos de altíssima liquidez, etc.). 
Entre as entradas, podemos relacionar: 
- Recebimento de clientes 
- Recebimento de juros 
- Desconto de duplicatas 
- Empréstimos 
- Vendas de imobilizados 
- Etc. 
Entre as saídas, podemos relacionar: 
- Pagamentos a fornecedores- Pagamentos de impostos 
- Pagamentos de salários 
- Pagamentos de juros 
- Pagamentos de despesas 
- Pagamento de dividendos 
- Etc. 
Saiba mais 
 
http://www.endeavor.org.br/artigos/financas/contabilidade-gerencial-e-
auditoria/6-dicas-para-um-fluxo-de-caixa-sauda-vel 
 
Veja abaixo um modelo de Demonstração de Fluxo de Caixa: 
Quadro - Modelo de demonstração do fluxo de caixa
 
Fonte: O autor. 
 
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=68BowJlLDKQ 
 
 
 
 
Para discutir 
 
Meus amigos, peço que, através do material apresentado, bem como da utilização de sites de 
pesquisa, periódicos on-line, revistas on-line, entre outros, busquem novas informações a 
respeito do Fluxo de Caixa e sua importância não apenas para a administração financeira, 
mas para todo o ambiente empresarial. 
 
Gostaria que, após a pesquisa, levassem para o nosso Fórum de Discussão os principais 
comentários acerca deste controle. Troquem informações e conhecimentos mediante a 
utilização deste Ambiente Virtual de Aprendizagem. Desejo uma proveitosa discussão a todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São 
Paulo: Atlas, 2011. 
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 03, de 14 
de agosto de 2008. Demonstração dos fluxos de caixa. Disponível em: 
<http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_03n.pdf>. Acesso em: 16 fev. 2014. 
 
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2010. 
 
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: 
Pearson, 2003. 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio; MARION, J. C. Contabilidade comercial. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2002

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