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Transmissão de impulsos em banda-base 2 Transmissão de impulsos através de um canal com ruído aditivo 2.3 O filtro adaptado e o correlacionador Transmissão de sinais em canais banda-base Introdução Consideremos a transmissão de sinais digitais através de um canal em banda-base. • Como o canal é dispersivo vai haver interferência intersimbólica (ISI), que provoca erros na recepção dos sinais transmitidos. • Uma das maneiras de combater a ISI é actuar na forma dos impulsos ao longo do sistema. • Uma outra maneira é recorrer a igualização adaptativa. • Outra fonte de erros em sistemas de transmissão em banda-base: ruído no receptor (também chamado ruído do canal). • ISI e ruído ocorrem simultaneamente mas é mais fácil estudar os seus efeitos separadamente. • Em primeiro lugar vamos ver a situação sem ISI, transmitindo-se um impulso único através de um canal não dispersivo que apenas introduz ruído branco aditivo. Mais tarde analisaremos o que se passa quando existe ISI; trataremos então da questão da formatação dos impulsos. O filtro adaptado e o correlacionador 2 Transmissão de um impulso através de um canal com ruído Sistema em estudo: Canal 1/T Ruído AWGN n(t) r(t) z(t) = g0(t) + n0(t) z(T) = g0(T) + n0(T) Emissor Filtro receptor h(t) g(t) • g(t) é um impulso (que pode representar um dígito binário 0 ou 1) • T é um intervalo de observação arbitrário • n(t) é uma função-amostra de um processo aleatório (ruído branco) de média nula e densidade espectral de potência . 2/0N O filtro receptor é um filtro linear e invariante no tempo (LTI). A sua função é detectar o sinal de impulso g(t) de maneira óptima, dado se ter recebido r(t). Quais devem ser as suas características de modo que na sua saída a relação sinal-ruído seja máxima? Vamos ver… • Entrada do filtro: ( ) ( ) ( )r t g t n t= + • Saída do filtro: 0 0( ) ( ) ( )z t g t n t= + O objectivo do filtro óptimo é tornar a potência instantânea do sinal de saída , medida no instante t=T, tão grande quanto possível relativamente à potência média do ruído de saída , maximizando a relação sinal-ruído )(0 tg 0( )n t ( ) 2 0 2 0 ( ) ( )T g T S N E n t = O filtro adaptado e o correlacionador 3 Transmissão de um impulso através de um canal com ruído • Sinal à saída do filtro receptor )()()(0 fGfHfG = ∫∫ ∞ ∞− ∞ ∞− == dfefGfHdfefGtg ftjftj ππ 2200 )()()()( Amostrando a saída do filtro no instante t=T teremos (sem ruído): 2 22 0 )()()( ∫ ∞ ∞− = dfefGfHTg fTj π (*) • Ruído à saída do filtro receptor Sendo 2 0N a densidade espectral de potência do ruído na entrada do filtro, a densidade espectral de potência na saída é 20 )( 2 )( fHNfSN = A potência média do ruído de saída é: [ ]2 200( ) ( ) ( )2N NE n t S f df H f df ∞ ∞ −∞ −∞ = =∫ ∫ (**) Substituindo (*) e (**) na relação de (S/N)T temos ( ) 2 2 20 ( ) ( ) ( ) 2 j fT T H f G f e df S N N H f df π ∞ −∞ ∞ −∞ = ∫ ∫ O filtro adaptado e o correlacionador 4 Transmissão de um impulso através de um canal com ruído A desigualdade de Schwarz Se tivermos duas funções )(1 xφ e )(2 xφ para as quais se verifique ∞<∫ ∞ ∞− dxx 21 )(φ ∞<∫ ∞ ∞− dxx 22 )(φ então ∫∫∫ ∞ ∞− ∞ ∞− ∞ ∞− ≤ dxxdxxdxxx 22 2 1 2 21 )()()()( φφφφ Esta é a desigualdade de Schwarz. A igualdade só se verifica se e só se uma das funções for proporcional ao complexo conjugado da outra: )()( 21 xkx ∗ = φφ . O filtro adaptado e o correlacionador 5 Transmissão de um impulso através de um canal com ruído Viu-se que 2 22 0 )()()( ∫ ∞ ∞− = dfefGfHTg fTj π . Usando a desigualdade de Schwarz substituindo )()(1 fHx =φ fTjefGx πφ 22 )()( = , obtemos ∫∫∫ ∞ ∞− ∞ ∞− ∞ ∞− ≤ dffGdffHdfefGfH fTj 22 2 2 )()()()( π Portanto: ( ) 2 0 2 ( )TS N G f dfN ∞ −∞ ≤ ∫ Ora o teorema da energia, de Rayleigh, estabelece que 2 2( ) ( )g t dt G f df E ∞ ∞ −∞ −∞ =∫ ∫ = (E - energia do sinal) Logo, o valor máximo da relação sinal-ruído é ( ) 2 0 0 2 2max ( )T ES N G f df N N ∞ −∞ = = ∫ A função de transferência do filtro é, neste caso, óptima, . )( fHopt O filtro adaptado e o correlacionador 6 Transmissão de um impulso através de um canal com ruído O filtro adaptado A relação sinal-ruído máxima obtém-se se , isto é, se )()( 21 xkx ∗ = φφ fTj opt efkGfH π2)()( −∗= (nas frequências) No domínio dos tempos a resposta impulsional é a transformada de Fourier inversa: ∫∫ ∞ ∞− −−∗ ∞ ∞− == dfefGkdfefHth tTfjftjoptopt )(22 )()()( ππ Sendo g(t) real então G e )()( fGf −=∗ )()()( )( )(2 tTkgdfefGkth tTg tTfj opt −=−= − ∞ ∞− −−∫ ���� ���� � π Conclusão importante: a menos do factor de proporcionalidade k, a resposta impulsional do filtro óptimo é uma versão atrasada e temporalmente invertida do sinal de entrada g(t). Significa que a resposta impulsional está adaptada ao sinal. Diz-se que o filtro receptor óptimo é um filtro adaptado. O filtro adaptado e o correlacionador 7 Transmissão de um impulso através de um canal com ruído O filtro adaptado O sinal de saída de um filtro adaptado, no instante t = T, vale ∫∫ ∞ ∞− ∞ ∞− == dffGkdfefGTg fTj 2200 )()()( π Vimos que 2( )E G f df ∞ −∞ = ∫ , logo kETg =)(0 . Isto quer dizer que a amostra do sinal após o amostrador, g0(T), é proporcional à sua energia. A potência média do ruído na saída do filtro é [ ] 2 2 2 2 20 0 0( ) ( ) ( )2 2 N k NE n t H f df G f df ∞ ∞ −∞ −∞ = = =∫ ∫ 02k N E Sendo assim, confirmamos que a relação sinal-ruído ( com um filtro adaptado vale )TS N ( ) ( ) 2 2 00 2max / 2T kE ES N Nk N E = = Como se vê, a relação sinal-ruído máxima não depende da forma do sinal g(t): impulsos que tenham a mesma energia são igualmente eficazes. O filtro adaptado e o correlacionador 8 O filtro adaptado numa página só • Relação sinal-ruído à saída do amostrador: ( ) 2 0 2 0 ( ) ( )T g T S N E n t = • ∫∫ ∞ ∞− ∞ ∞− == dfefGfHdfefGtg ftjftj ππ 2200 )()()()( • [ ]2 200( ) ( )2 NE n t H f df ∞ −∞ = ∫ • ( ) 2 2 20 ( ) ( ) ( ) 2 j fT T H f G f e df S N N H f df π ∞ −∞ ∞ −∞ = ∫ ∫ (filtro Hopt(f) maximiza ( )TS N ) • Desigualdade de Schwarz: ∫∫∫ ∞ ∞− ∞ ∞− ∞ ∞− ≤ dxxdxxdxxx 22 2 1 2 21 )()()()( φφφφ Substituindo 1( ) ( )x H fφ = e : 22( ) ( ) j fTx G f e πφ = ( ) 2 0 0 2 2( )T ES N G f df N N ∞ −∞ ≤ =∫ ( )max TS N atinge-se com o filtro 2 ( ) ( ) 0 ( ) ( ) opt j fT opt h t kg T t t T H f kG f e π∗ − = − ≤ ≤ = ⇒ e kETg =)(0 [ ] 2 2 0 0( ) 2 k N EE n t = O filtro adaptado e o correlacionador 9 Transmissão de um impulso através de um canal com ruído Filtro adaptado: um exemplo Um impulso é aplicado a um filtro. Se este estiver adaptado ao sinal de entrada obtém-se a saída da figura. O seu valor máximo é atingigo para t=1 s. ( ) ( 0,5)cos(2 .8 )g t rect t tπ= − -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 Sinal de entrada Tempo (s) -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 -1 -0.5 0 0.5 1 Sinal de saída Tempo (s) O filtro adaptado e o correlacionador 10 Transmissão de um impulso através de um canal com ruído Detecçãocom filtro adaptado x(t) + n(t) z(t) Filtro adaptadoCanal r(t) z(T) Receptor Decisor • Diagrama de olho à entrada do receptor: 0 0.5 1 1.5 2 x 10 -3 -4 -2 0 2 4 Tempo (s) • Diagrama de olho à saída do filtro adaptado: 0 0.5 1 1.5 2 x 10 -3 -2 -1 0 1 2 x 10 -3 Tempo (s) O filtro adaptado “abre” o diagrama de olho, logo, o decisor toma mais decisões correctas com filtro adaptado do que sem ele. O filtro adaptado e o correlacionador 11 Exemplo de filtro adaptado realizado como filtro FIR Filtro adaptado a g(t) r(t) = g(t) + n(t) z(T) h(t) 1/T g(t) T t h(t) = g(T-t) T t hn n 0 5 Neste exemplo o filtro adaptado é realizado como um filtro transversal FIR (“Finite Impulse Response”) com nove coeficientes. O sinal recebido r(t) é amostrado e apresentado à entrada do filtro. Nos filtros FIR os seus coeficientes têm os valores da sua resposta impulsional amostrada: Σ h0 h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 n h0 h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 O filtro adaptado e o correlacionador 12 Outro exemplo de filtro adaptado realizado como filtro FIR g(t) T t Símbolo transmitido hn n 0 5 Resposta impulsional amostrada do filtro FIR Σ h0 h1 h2 h3 h4 h5 n h0 h1 h2 h3 h4 h5 0 1 2 3 4 5 Filtro adaptado Saída do filtro FIR zn n0 5 10 Instante de amostragem mais apropriado O filtro adaptado e o correlacionador 13 Transmissão de impulsos em banda-base Filtro adaptado: um exemplo com impulsos triangulares • Impulso triangular de valor máximo 10mV e duração 1 ms • Densidade espectral de potência do ruído branco na entrada do filtro adaptado: 2 . N0 = 5nV2 / Hz P.: Quanto vale a relação sinal-ruído à saída do filtro adaptado no instante de amostragem? R.: O intervalo de amostragem vale T = 1 ms. Energia do impulso triangular de entrada: E = g2 (t)dt 0 T ∫ = g2(t)dt 0 0,5×10−3 ∫ + g2(t)dt 0,5×10−3 10−3 ∫ = = 20t( )2 dt 0 0,5×10−3 ∫ + (2 ×10−2 − 20t)2 dt 0,5×10−3 10−3 ∫ = = 0,33 ×10−7(V2s) No instante de amostragem (t=1ms) a relação S/N pedida vale: S N = 2E N0 = 0,33×10−7 5× 10−9 = 6,67 ⇒ 8,2dB O filtro adaptado e o correlacionador 14 Probabilidade de erro na detecção com filtro adaptado • Expressão geral: Pe = Q ∆V 2σ • Valor do sinal no instante de amostragem (t=T): g0 (T ) = kEb • Potência do ruído: 22 2 0 0 2 22 220 0 2 0 ( ) ( ) 2 ( ) ( ) 2 2 2 j fT b NE n t H f df k N k NG f e df G f df k N E σ ∞ −∞ ∞ ∞ ∗ − π −∞ −∞ = = = = = = ∫ ∫ ∫ = • Probabilidade de erro com impulsos polares (±g(t)): • ∆ V = 2kEb 〈Eb 〉 = Eb + Eb2 = Eb (energia média) • σ = k N0Eb 2 • P =e Q ∆V 2σ = Q 2 Eb N0 = Q 2〈Eb 〉 N0 • Probabilidade de erro com impulsos unipolares (g(t) e 0): • ∆ V = kEb 〈Eb 〉 = Eb + 02 = Eb 2 • σ = k N0Eb 2 • P =e Q Eb 2N0 = Q 〈Eb 〉 N0 O filtro adaptado e o correlacionador 15 Probabilidades de erro na detecção com filtro adaptado • Com impulsos polares: Pe = Q 2Eb N0 = Q 2〈Eb 〉 N0 • Com impulsos unipolares: Pe = Q Eb 2N0 = Q 〈Eb 〉 N0 0,1 1 10 10-10 10-8 10-6 10-4 10-2 100 <Eb>/No (dB) Pe Impulsos unipolares Impulsos polares Detecção com filtro adaptado Se a relação 〈Eb 〉 N0 for igual, com impulsos unipolares a probabilidade de erro é mais elevada que com impulsos polares. O filtro adaptado e o correlacionador 16 Filtro adaptado e correlacionador Filtro adaptado a g(t) r(t) = g(t) + n(t) z(T) h(t) 1/T g(t) T t g(-t) -T t h(t) = g(T-t) T t Saída do filtro adaptado: 0 0 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) t t z t r t h t r h t d k r g T t d τ τ τ τ τ τ = ∗ = − = − + ∫ ∫ = No instante t = T: [correlação de r(t) com g(t)] 0 ( ) ( ) ( ) T z T k r g dτ τ= ∫ τ O valor z(T) também pode ser obtido com um correlacionador: r(t) = si(t) + n(t) z(T) 0 T∫ g(t) Mas… só no instante t = T é que a saída do correlacionador é igual à saída do filtro adaptado: Comparação das saídas do filtro adaptado e do correlacionador T t z(t) Saída do correlacionador Saída do filtro adaptado mesmo valor em t = T O filtro adaptado e o correlacionador 17 Equivalência entre filtros adaptados e correlacionadores Caso geral binário com impulsos so(t) e s1(t) • Detector com dois filtros adaptados Filtro adaptado a s1(t) r(t) + - z(T)1/T Filtro adaptado a s0(t) z0(t) z1(t) • Detector equivalente com dois correlacionadores r(t) + - z(T) z0(t) z1(t) 0 T∫ 0 T∫ s0(t) s1(t) • Detector equivalente com um só correlacionador r(t) z(T) 0 T∫ s1(t) – s0(t) A referência deste correlacionador é a diferença s1(t) − s0(t ) . O filtro adaptado e o correlacionador 18 Probabilidade de erro no caso geral binário com impulsos so(t) e s1(t) • so(t) enviado: [ ] 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) — energia de s ( ) T T T s s z T s t s t s t dt s t s t dt s t dt 0 T s t s t dt E E t = − = − = − ∫ ∫ ∫ =∫ • s1(t) enviado: z T 1 10 1 1 0 ( ) ( ) ( ) — energia de s ( ) T s sE s t s t dt E t= − ∫ • Definição do coeficiente de correlação entre os símbolos: ρ = 1 Es0 Es1 s0(t )s1(t )dt 0 T ∫ Logo, a saída do correlacionador vale: 1 0 1 0 0 1 para o bit 1 ( ) para o bit 0 s s s s s s E E E E E E ρ ρ − = − + z T O filtro adaptado e o correlacionador 19 Probabilidade de erro no caso geral binário com impulsos so(t) e s1(t) • Diferença de amplitudes no instante de amostragem (t = T) ∆V = Es1 − ρ Es0 Es1 + Es0 − ρ Es0 Es1 = = Es1 + Es0 − 2ρ Es0 Es1 Mas isto é a energia da diferença s1(t) − s0(t ): [ ]21 0 0 ( ) ( ) T dE s t s t dt= −∫ ⇒ dV E∆ = • Desvio padrão do ruído na saída: σ = N0Ed 2 (com um único impulso de energia Eb era σ = N0Eb 2 ) • Relação ∆V 2σ : ∆V 2σ = Es1 + Es0 − 2ρ Es0 Es1 2N0 • Se os símbolos tiverem a mesma energia, Es0 = Es1 = Eb : ∆V 2σ = 2Eb − 2ρEb 2 N0 = Eb N0 (1−ρ) • Portanto, com filtro adaptado ou correlacionador ideal a probabilidade de erro vale Pe = Q ∆V 2σ = Q Eb N0 (1− ρ) O filtro adaptado e o correlacionador 20 Probabilidade de erro no caso geral binário com impulsos so(t) e s1(t) Resumo de expressões • Detecção de símbolos com energias Es0 e Es1 : 1 0 0 1 0 2 2 s s s e E E E E P Q N ρ + − = s • Detecção de símbolos com energias iguais, Eb : Pe = Q Eb N0 (1− ρ) • Saída do filtro: (1 ) para o bit 1 ( ) (1 ) para o bit 0 b b E z T E ρ ρ − = − − • Detecção de símbolos equienergéticos ortogonais (ρ = 0): Pe = Q Eb N0 Saída do filtro: para o bit 1 ( ) para o bit 0 b b Ez T E = − • Detecção de símbolos equienergéticos antipodais (s0( t) = −s1(t )): ρ = − 1 ⇒ Pe = Q 2Eb N0 • Saída do filtro: 2 para o bit 1 ( ) 2 para o bit 0 b b E z T E = − • Detecção de símbolos unipolares (s0( t) = 0 ): Pe = Q Es1 2N0 O filtro adaptado e o correlacionador 21 Probabilidades de erro com impulsos binários ortogonais e antipodais 0,1 1 10 10-10 10-8 10-6 10-4 10-2 100 Eb/No (dB) Pe Impulsos ortogonais Impulsos antipodais ρ = -1 Detecção com filtro adaptado ρ = 0 3 dB Os impulsos ortogonais necessitam de mais 3dB para se obter a mesma probabilidade de bit errado: Pe = Q Eb N0 ortog = Q 2 Eb N0 antip ⇓ Eb N0 ortog (dB)= 10 log 2 3 � � � +10 log Eb N0 antip = = 3 + Eb N0 antip (dB) O filtro adaptado e o correlacionador 22 Probabilidades de erro com filtro adaptado: um exemplo Num sistema de comunicações binário tem-se o seguinte: • Receptor correlacionador ideal. • Cada bit “1” é representado por um impulso rectangular positivo e cada bit “0” é representado por um impulso triangular negativo. • Duração de cada impulso: 1 ms. • Valor absoluto máximo à entrada do receptor: 10 mV. • Ruído à entrada do receptor: 20 5 2 N nV Hz= P.: Determine a probabilidade de erro na saída do correlacionador. R.: • Energia do impulso triangular (calculada noutro exemplo): E s0 = 0,33× 10 −7V2s • Energia do impulso rectangular: E s1 = 10 × 10 −3( )2 × 10−3 = 10−7V2s • Coeficiente de correlação entre os impulsos: ρ = 1 Es0 Es1 s0(t )s1(t )dt 0 T ∫ = −0,87 • Relação ∆V 2σ na saída do correlacionador: ∆ σ V 2 = Es1 + Es0 − 2ρ Es0 Es1 2 N0 = 3,42 • Probabilidade de erro: Pe = Q 3,42( )= 3,2 ×10−4 O filtro adaptado e o correlacionador 23 Comparação entre detecção no ponto central e detecção com filtro adaptado • Impulsos unipolares ( ) 0)(0 =ts Es0 = 0 Es1 = ∆V 2T σ2 = N0B ρ = 0 ⇓ ∆V σ Adapt = 2Es1 N0 = 2∆V2T σ2 / B = 2BT ∆V σ DPC ∆V σ( )Adapt ∆V σ( )DPC dB( ) = 3+ 10 log BT • Impulsos polares (± ∆V 2 ) Es0 = Es1 = ∆V 2 2 T = Eb σ 2 = N0B ρ = −1 ⇓ ∆V σ Adapt = 2 2Eb N0 = 2 2 ∆V 2( ) 2T σ2 / B = 2 BT ∆V σ DPC ∆V σ( )Adapt ∆V σ( )DPC dB( ) = 3+ 10 log BT • A situação é idêntica nos dois casos. • A relação sinal-ruído é mais elevada com filtro adaptado. • B ≥ 1 2T para que ISI seja nula (critérios de Nyquist). O filtro adaptado e o correlacionador 24
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