Buscar

Segurança no Laboratório de Química de Alimentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 47 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS 
CENTRO DE CIÊNCIAS QUÍMICAS, FARMACÊUTICAS E DE ALIMENTOS 
CURSO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 
DISCIPLINA DE QUÍMICA GERAL APLICADA A ALIMENTOS 
PROFA. DRA. FRANCINE NOVACK VICTORIA 
 
 
 
 
 
Roteiros Práticos de Química Geral Aplicada a Alimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelotas, 2016. 
 
 
1. A disciplina de Química Geral Aplicada a Alimentos no laboratório 
Um experimento químico envolve a utilização de uma variedade de equipamentos de 
laboratório bastante simples, porém, com finalidades específicas. O emprego de um dado 
material ou equipamento depende de objetos específicos e das condições em que serão 
realizados os experimentos. 
Esta disciplina tem por objetivo ensinar conceitos químicos, terminologia e métodos 
laboratoriais, bem como proporcionar o conhecimento de materiais e equipamentos básicos de 
um laboratório de química e suas aplicações específicas, relacionando com a área de 
alimentos. 
 
1.1 Objetivos 
Os objetivos das aulas práticas de Química Geral Aplicada a Alimentos são 
1.1.1 Geral 
Iniciar os alunos em trabalhos gerais de laboratório e prepará-los para executar 
experiências nas diversas áreas da Química e de Alimentos. 
1.1.2 Específicos 
Transmitir aos alunos noções de segurança, de técnicas básicas de laboratório e de 
conceitos fundamentais em Química. 
 
1.2. Métodos utilizados 
 
Execução de trabalhos práticos em laboratório, coleta de dados experimentais, 
exercícios e discussões. 
 
1.3. Atividades discentes 
Realização de pesquisa bibliográfica; 
Execução de experimentos no laboratório; 
Discussão de resultados; 
Elaboração de relatórios. 
 
 
 
2. Procedimentos de trabalho no laboratório 
 
2.1 Postura do aluno 
O trabalho em um laboratório químico só é efetivo quando realizado conscientemente e 
com compreensão da sua teoria. Além disso, toda atividade experimental requer que o 
experimentador SEJA CUIDADOSO E ESTEJA ATENTO. Mesmo um experimento 
aparentemente inofensivo, pode resultar em consequências sérias quando planejado de 
maneira imprópria. 
Todo aluno ou grupo terá um LUGAR NO LABORATÓRIO (BANCADA), QUE DEVERÁ 
SER MANTIDO LIMPO E ARRUMADO. Somente os materiais necessários ao experimento 
deverão permanecer sobre a bancada. 
O estudante, antes de iniciar o trabalho de laboratório deve: 
 Conhecer todos os detalhes do experimento que irá realizar; 
 Ter conhecimento sobre as propriedades das substâncias a serem utilizadas; 
 Familiarizar-se com a teoria relativa ao tópico em estudo; 
 Possuir um protocolo experimental escrito envolvendo todas as atividades a serem 
realizadas; 
 Vestir avental e óculos de segurança sempre que trabalhar no laboratório 
(itens de uso pessoal que devem ser providenciados pelo aluno); 
 Nunca realize experimentos que não sejam indicados no roteiro sem antes 
consultar o professor responsável. 
 
2.2 Anotações de Laboratório 
 É indicado que o aluno possua um caderno de uso exclusivo para as atividades 
realizadas no laboratório; 
 Após estudar a atividade experimental a ser realizada, faça um protocolo do que 
será feito, equipamentos, reagentes e materiais a serem utilizados, cálculos necessários e 
uma lista sintética das etapas a realizar ; 
 Anote todas as suas observações do trabalho experimental e suas conclusões. 
Todos os detalhes são importantes para a compreensão e a elaboração do relatório; 
 O relatório sobre a prática deverá ser elaborado em grupo (máximo 4 pessoas) e 
entregue, de forma impressa, no prazo máximo de 7 dias a partir da data de realização do 
experimento. 
 
3. REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA 
 Só será permitido a participação do aluno nas aulas práticas de QGAA mediante a 
utilização de jalecos de manga longa, calças, sapatos fechados e óculos de segurança; 
 Sempre que o trabalho envolver a utilização de substâncias voláteis, este deve ser 
realizado na capela, utilizando os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários; 
 Sempre que a prática envolver a manipulação de substâncias inflamáveis deve-se 
tomar cuidado para trabalhar longe de chamas e equipamentos de gás; 
 Durante o aquecimento de soluções em tubo de ensaio segure-o sempre com a 
abertura voltada para um local onde não existam pessoas, evitando um acidente; 
 Os resíduos da prática possuem um destino adequado, informe-se com o professor 
responsável sobre como este procedimento deve ser realizado; 
 É proibido manipular alimentos e bebidas no laboratório; 
 Nunca jogue no lixo restos de reações; 
 Em caso de acidentes, onde um produto atingir os olhos, abrir bem as pálpebras e 
lavar com bastante água. Atingindo outras partes do corpo, retirar a roupa impregnada e lavar a 
pele com bastante água. 
 Não trabalhar com material imperfeito, principalmente o de vidro que contenha 
pontas ou arestas cortantes; 
 Quando a prática envolver a utilização de aquecimento, verifique com cuidado as 
torneiras de gás, evitando o seu escapamento; 
 Não deixar vidro quente em lugares onde possam pegá-los indevidamente; 
 Não aquecer tubos de ensaio com a boca virada para si ou para outra pessoa; 
 Não provar ou ingerir reagentes de laboratório; 
 Não aspirar gases ou vapores; 
 Comunicar imediatamente ao professor qualquer acidente ocorrido. 
 
 
4. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 
 O relatório científico das aulas práticas será utilizado para avaliação da parte 
prática da disciplina (peso 2,0). 
 O relatório deverá ser feito em grupo (máximo de 4 pessoas) e entregue de 
forma impressa no prazo máximo de sete dias após a realização da prática. 
 O relatório deve ser escrito de forma impessoal, utilizando a voz passiva no 
tempo passado. Por exemplo: "...O volume de ácido foi medido em uma pipeta ...". 
 Formatação do relatório: 
 Fonte: Arial ou Times New Roman tamanho 12; 
 Espaçamento entre linhas: 1,5; 
 Alinhamento: justificado no texto; 
 Numeração de páginas. 
 O relatório deverá conter: 
 Capa: Identificação da instituição (UFPel), centro (CCQFA), curso, 
disciplina, professor, título da prática, nome e número de matrícula dos integrantes do grupo e 
data. 
 Introdução: um texto, apresentando a relevância do experimento, um 
resumo da teoria em que ele se baseia e os objetivos da prática. 
 Materiais e Métodos: Descrição da metodologia empregada para a 
realização do experimento. Geralmente é subdividido em duas partes: 
Materiais e Reagentes: apresentação da lista de materiais e reagentes 
utilizados no experimento, especificando o fabricante e o modelo de cada 
equipamento, assim como a procedência e o grau de pureza dos reagentes 
utilizados; 
Procedimentos: Descrição de forma detalhada e ordenada as etapas 
necessárias à realização do experimento. 
 Resultados e Discussão: Apresentação dos resultados obtidos durante a 
prática, na forma de tabelas, gráficos, diagramas, imagens fotográficas, figuras, esquemas ou 
escrita. Na sequência, estes dados devem ser discutidos, com base nos resultados esperados 
e comparando com a teoria. 
 Conclusão: Síntese dos resultados obtidos. A conclusão deve ser sempre 
baseada nos objetivos do experimento. 
 Referências: Livros, artigos científicos e documentos citados no relatório 
devem ser indicados a cada vez que forem utilizados. No item referências, estas devem ser 
citadas em ordem alfabética, de acordo com as normas da UFPel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática 1: Equipamentos básicos de laboratório de química e utilização 
correta da balança analítica1.1 Conhecendo os equipamentos de um laboratório de química 
 
A execução de tarefas em um laboratório de Química envolve geralmente uma 
variedade de equipamentos que, devem ser empregados de modo adequado, para evitar 
danos pessoais e materiais. A escolha de um determinado aparelho ou material de laboratório 
depende dos objetivos e das condições em que o experimento será executado. 
 
Objetivos: 
 Associar o nome de cada material/ equipamento com seu uso específico; 
 Reconhecer os diversos materiais de um laboratório; 
 Aplicar corretamente a técnica de utilização de cada material. 
 
 
Bastão de vidro: 
Utilizado na agitação e na transferência de líquidos - facilita o 
escoamento de um líquido de um frasco para outro; 
 
Pipeta graduada: 
Instrumento calibrado para medida precisa e transferência de 
determinados volumes de líquidos, a dada temperatura. 
As pipetas graduadas são utilizadas para escoar volumes variáveis 
de líquidos. 
Exemplo: Pipeta de 5 mL com graduação de 0,1 mL. 
Obs.: Não deve ser aquecida - perda da precisão. 
 
Pipeta volumétrica: 
Utilizada na medição precisa de volumes de líquidos; 
Possui na parte superior uma marcação que indica o volume exato; 
É utilizada para escoar um volume específico de líquido. 
Obs.: Não deve ser aquecida. 
 
Proveta ou cilindro graduado: 
Cilindro de vidro ou plástico destinado a medidas aproximadas de 
volume; 
Auxilia na transferência de volumes entre frascos; 
Obs.: Quando se mede um determinado volume, é importante que os 
olhos do observador estejam no mesmo nível que a base inferior do 
menisco, como pode ser observado na Figura abaixo. 
 
 
Béquer: 
Material de uso geral em laboratórios, com ou sem graduação, de 
volume variável; 
Utilizado no preparo de soluções, na pesagem de sólidos e no 
aquecimento de líquidos, bem como em reações de precipitação e 
recristalização. 
É frequentemente confeccionado em vidro pirex, resistente a 
temperaturas elevadas. Apesar disso, não resiste a choques nem a 
variações bruscas de temperatura. 
Pode ser aquecido sobre a tela de amianto. 
 
Frasco de Erlenmeyer: 
Frasco utilizado para aquecer líquido, efetuar titulações ou filtrações; 
Pode ser confeccionado em diferentes volumes, com junta 
esmerilhada ou não e de boca larga ou estreita; 
Pela sua forma cônica, é muitas vezes utilizado para conter soluções 
durante reações conduzidas sob agitação. 
 
Frasco de Kitasato: 
Frasco cônico de vidro paredes espessas e resistentes à pressão; 
Possui uma saída lateral, na qual conecta-se um tubo de borracha 
ligado à trompa de vácuo; 
Usado em filtrações sob vácuo (ou pressão reduzida). 
 
Frasco para reativos: 
São encontrados em vários tamanhos e diferem, quanto à cor, em 
frascos incolores ou de cor âmbar. Estes últimos são utilizados para 
conter reativos e substâncias fotossensíveis. 
 
Tubo de ensaio: 
Utilizado em reações tipo teste e em ensaios de precipitação, 
cristalização e solubilidade. 
Pode ser aquecido, com cuidado, diretamente sobre a chama do bico 
de gás. 
 
Placa de Petri 
Placa de vidro ou material plástico descartável utilizada, 
principalmente, para crescimento de micro-organismos. 
 
Balão volumétrico: 
Balão de fundo chato e gargalo comprido; 
Possui calibração específica para conter determinado volume - 
vidraria de precisão; 
Possui um traço no gargalo que indica um volume específico; 
Utilizado no preparo de soluções de concentração conhecida. 
Obs.: Como o volume nominal dos balões volumétricos é geralmente 
calibrado a 20ºC, não é recomendado colocar soluções aquecidas no 
seu interior, nem submetê-los a temperaturas elevadas. 
 
Balão comum: 
Balão de vidro que pode ser de fundo chato ou redondo; 
Balão de fundo chato - usado para recolher filtrados; 
Balão de fundo redondo - utilizado em destilações. 
 
Bureta: 
Equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos; 
Permite o escoamento de líquido e é muito utilizada em titulações; 
Possui uma torneira controlada de vazão na sua parte inferior. 
São encontradas no comércio buretas com capacidades que variam 
de cinco a cem mililitros microburetas com capacidade mínima de 
cem microlitros. 
As buretas automáticas possuem dispositivos capazes de abastecê-
las automaticamente, evitando a contaminação do titulante com, CO2 
do ar. 
 
A B C 
Condensador: 
Equipamento destinado a condensação de vapores, utilizado em 
destilações ou aquecimentos sob refluxo. Os mais comuns são: 
a) condensador reto: apresenta uma superfície de condensação 
pequena e por isso não é apropriado para o resfriamento de líquidos 
de baixo ponto de ebulição. 
b) condensador de bolas: empregado em refluxos. Contribui para que 
os vapores condensados retornem ao balão de origem. 
c) condensador de serpentina: proporciona maior superfície de 
condensação e é usado principalmente no resfriamento de vapores 
de líquidos de baixo ponto de ebulição 
 
Dessecador: 
Ambiente de baixa umidade; 
Utilizado no armazenamento de substâncias que devem ser mantidas 
sob pressão reduzida ou em condições de umidade baixa. 
 
Funil simples: 
Empregado na transferência de líquidos e em filtrações simples, 
utilizando papel de filtro adequado; 
Possui forma cônica - deve apresentar um ângulo interno de 60°; 
Durante o processo de filtração adapta-se o papel filtro na parte 
cônica, para fazer a contenção de matéria sólida. 
 
Papel filtro 
Papel poroso utilizado para reter partículas sólidas em uma filtração e 
drenar pequenos excessos de líquido em uma superfície; 
Em caso de líquidos corrosivos, pode ser substituído por lã de vidro, 
algodão comum ou amianto; 
Obs.: Após colocado no funil, o papel filtro deve ser umedecido, de 
forma que fique aderido às paredes do funil. 
 
Forma pregueada Forma em quadrantes 
 filtração mais rápida retêm o sólido de maneira mais 
eficiente 
 
 
Funil de separação: 
Utilizado para separar líquidos imiscíveis; 
Vidraria largamente utilizada em processos de extração, decantação, 
separação de líquidos imiscíveis e adição gradativa de líquidos 
reagentes durante uma reação química; 
É provido de uma torneira na parte inferior - a qual permite o 
escoamento das diferentes fases; 
Na parte superior possui uma tampa - a qual permite a agitação do 
meio. 
 
Funil de Büchner: 
Funil de porcelana espessa, dotado de diversos furos internamente; 
Utilizado para processos de filtração rápida sob pressão reduzida; 
Utilizado em conjunto com o Kitasato, como pode ser observado na 
Figura abaixo. 
 
 
Pesa-filtro: 
Recipiente destinado à pesagem de sólidos e de líquidos. 
 
 
Termômetro: 
Instrumento apropriado para medida de temperatura. 
 
 
Vidro de relógio: 
Utilizado no recolhimento de sublimados, na pesagem de substâncias 
sólidas, em evaporações e na secagem de sólidas não higroscópicos. 
 
 
Grau e pistilo: 
Destinados à pulverização e homogeneização de sólidos, bem como 
na maceração de amostras que devem ser preparadas para posterior 
extração. Podem ser feitos de porcelana, ágata, vidro ou metal. 
 
 
Cadinho: 
São pequenos copos resistentes a altas temperaturas (1000 - 1100 
°C); 
Utilizados na secagem, no aquecimento e na calcinação de 
substâncias. 
Pode ser feito de porcelana, metal ou teflon. 
 
Cápsula: 
Utilizada na evaporação de soluções, na sublimação, secagem de 
sólidos e na preparação de misturas. 
Pode ser feita de porcelana,vidro ou metal. 
 
Espátula: 
Usada para transferir substâncias sólidas, especialmente em 
pesagens. 
Pode ser fabricada em aço inoxidável, porcelana e plástico. 
 
 
Triângulo de porcelana: 
Usado como suporte no aquecimento de cadinhos. 
 
 
Bico de gás: 
Fonte de calor destinada ao aquecimento de materiais não 
inflamáveis. A chama de um bico de gás pode atingir temperatura de 
até 1500ºC. Existem vários tipos de bicos de gás, as todos obedecem 
a um mesmo princípio básico de funcionamento: o gás combustível é 
introduzido numa haste vertical, em cuja parte inferior há uma entrada 
de ar para suprimento de oxigênio, o gás é queimado no extremo 
superior da haste. Tanto a vazão do gás quanto a entrada de ar 
podem ser controladas de forma conveniente. 
Os tipos mais comuns de bicos de gás são: (A) bico de Bunsen; (B) 
bico de Tirril; e (C) bico de Mecker. 
 
Pinça comum: 
São empregadas para segurar objetos aquecidos, especialmente 
cadinhos e cápsulas 
 
Tela de amianto: 
Tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir 
uniformemente o calor durante o aquecimento de recipientes de vidro 
ou metal expostos à chama do bico de gás. 
 
 
Tripé: 
Usado como suporte, principalmente de telas de amianto e triângulos 
de porcelana. 
 
 
 
Argola: 
Usada como suporte para funis e telas de amianto. 
 
Garras: 
São feitas de alumínio ou ferro, podendo ou não ser dotadas de 
mufas. 
Ligam-se ao suporte universal por meio de parafusos e 
destinam-se à sustentação de utensílios com buretas, 
condensadores, Kitasato e balões de fundo redondo. 
 
 
Mufa: 
Adaptador de ferro ou alumínio com parafusos nas duas 
extremidades, utilizada para a fixação de garras metálicas ao 
suporte universal. 
 
 
Suporte universal: 
Serve para sustentar equipamentos em geral. 
 
 
Banho-maria: 
Equipamento utilizado para aquecimento e incubação de 
líquidos a temperaturas inferiores a 100ºC. 
 
Centrífuga: 
Instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos 
suspensos em líquidos. É empregado, também, na separação de 
emulsões. 
 
 
Estante para tubos de ensaio: 
Pode ser feita de metal, acrílico ou madeira. 
 
 
Estufa: 
Equipamento empregado na secagem de materiais por 
aquecimento. Atinge, em geral, temperaturas de até 200ºC. 
 
 
Manta elétrica: 
Utilizada no aquecimento de líquidos contidos em balões de 
fundo redondo. 
 
 
Mufla ou forno: 
Utilizada na calcinação de substâncias. Atinge em geral, 
temperaturas na faixa de 1000 a 1500ºC. 
 
 
Tenaz: 
Utilizada para segurar tubos de ensaio, geralmente durante 
aquecimento. 
 
 
Pisseta ou frasco lavador: 
Frasco próprio para armazenamento de pequenas quantidades 
de água destilada, álcool ou outros solventes. É usado para 
efetuar a lavagem de recipientes ou precipitados com jatos do 
líquido nele contido. 
 
 
Trompa de água: 
Dispositivo para aspirar o ar e reduzir a pressão no interior de 
um frasco. É muito utilizado em filtrações por sucção, geralmente 
adaptado a um frasco kitasato. 
 
 
 
Anexo - Exercícios de fixação 
1- Não mede ,e, nem transporta volumes. 
a) pipeta volumétrica. 
b) pipeta graduada. 
c) bureta volumétrica. 
d) proveta 
e) nenhuma resposta acima. 
 
2 - Operações que liberam vapores tóxicos devem ser realizadas preferencialmente; 
a) Ao ar livre. 
b) No tubo de ensaio. 
c) Na capela. 
d) Na bureta. 
e) Na placa de Petri. 
 
3 - Não podemos usar materiais do cotidiano, tais como: faca, colher, copos etc. no laboratório. 
Para isso, temos uma vasta lista de materiais específicos para cada operação. Com base nos 
seus conhecimentos, julgue as sentenças: 
 
( ) O almofariz e o pistilo são empregados para triturar e pulverizar (tornar pó os sólidos). 
( ) A bureta serve para medir volumes e é extremamente exata. 
( ) A pipeta volumétrica mede e transfere volumes fixos com grande precisão. 
( ) A proveta é usada para fecundar óvulos com espermatozóides na formação dos bebês de 
proveta. 
( )O condensador de serpentina é mais indicada para condensar líquidos voláteis em 
comparação ao condensador de cano reto (liebig). 
 
4 - Dada a aparelhagem de laboratório, indique a que não está esquematizada. 
 
 
a) Béquer 
b) Pipeta 
c) Erlenmeyer 
d) Condensador 
e) Proveta 
 
5- Em uma residência, é possível encontrar vários objetos cujas utilidades variam de acordo 
com a forma, por exemplo: copo, xícara e cálice. Em um laboratório químico, não é diferente, 
existindo vidrarias com formas distintas que são utilizadas em procedimentos laboratoriais 
específicos. Analise as imagens a seguir. 
 
 
 
 
Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre vidrarias de laboratório, considere as 
afirmativas a seguir. 
I. A vidraria (A) é utilizada para separar os componentes de uma mistura constituída por dois 
líquidos miscíveis. 
II. Para separar a água dos demais componentes da água do mar, sem a areia, é utilizada a 
vidraria (B). 
III. Ao passar uma solução aquosa de sulfato de cobre (azul) e sem corpo de fundo pelo 
aparato (C), m papel de filtro, o filtrado resultante será incolor. 
IV. A vidraria (D) é utilizada na determinação da concentração de uma solução ácida. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II 
b) I e III 
c) II e IV 
d) I, III e IV 
e) II, III e IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 Utilização da balança analítica 
 
I - Introdução: 
 
A balança analítica é um dos instrumentos de medida mais utilizados no laboratório, da 
correta utilização deste equipamento dependem basicamente todos os resultados analíticos. 
As balanças analíticas modernas, que podem cobrir faixas de precisão de leitura da ordem de 
0,1 µg a 0,1 mg, já estão bastante aperfeiçoadas a ponto de dispensarem o uso de salas 
especiais para a pesagem. Mesmo assim, o simples emprego de circuitos eletrônicos não 
elimina as interações do sistema com o ambiente. Destes, os efeitos físicos são os mais 
importantes, pois não podem ser suprimidos. 
As informações contidas neste texto visam indicar os pontos mais importantes a serem 
considerados nas operações de pesagem. 
 
Localização da balança: 
A precisão e a confiabilidade das pesagens estão diretamente relacionadas com a 
localização da balança analítica. Os principais itens a serem considerados para o seu correto 
posicionamento são: 
 
 Características da sala de pesagem: 
- Possuir apenas uma entrada; 
- Possuir o mínimo de janelas possível, para evitar a luz direta do sol e correntes de ar; 
- Baixa susceptibilidade a choques e vibrações. 
 
 Condições da bancada: 
- Estar firmemente apoiada no solo ou fixada na parede, de modo a transmitir o mínimo 
de vibrações possível; 
- Ser rígida, não podendo ceder ou vergar durante a operação de pesagem. Pode-se 
usar uma bancada de laboratório bem estável ou uma bancada de pedra; 
- Ficar localizada nas posições mais rígidas da construção, geralmente nos cantos da 
sala; 
-Ser antimagnética (não usar metais ou aço) e protegida das cargas eletrostáticas (não 
usar plásticos ou vidros). 
 
 Condições ambientais: 
- Temperatura da sala constante; 
- Umidade entre 45% e 60% (deve ser monitorada sempre que possível); 
- Ausência de luz solar direta; 
- Não pesar próximo a irradiadores de calor. 
- Lumináriasdevem estar dispostas distantes da bancada, para evitar distúrbios devido 
à radiação térmica. O uso de lâmpadas fluorescentes é menos crítico. 
- Evitar pesar perto de equipamentos que usam ventiladores (ex.: ar condicionado, 
computadores, etc.) ou perto da porta. 
 
Cuidados operacionais: 
 
 Cuidados básicos 
- Verificar sempre o nivelamento da balança. 
- Deixar sempre a balança conectada à tomada e ligada para manter o equilíbrio 
térmico dos circuitos eletrônicos. 
- Deixar sempre a balança no modo stand by, evitando a necessidade de novo tempo 
de aquecimento (warm up). 
 
 Frasco de pesagem 
- Usar sempre o menor frasco de pesagem possível; 
- Não usar frascos plásticos, quando a umidade estiver abaixo de 30-40%; 
- A temperatura do frasco de pesagem e seu conteúdo devem estar à mesma 
temperatura que a do ambiente da câmara de pesagem; 
- Nunca tocar os frascos diretamente com os dedos ao colocá-los ou retirá-los da 
câmara de pesagem. 
 
 Prato de pesagem 
- O frasco de pesagem deve ser disposto sempre no centro do prato de pesagem. 
 
 Leitura 
- Verificar se o mostrador indica exatamente zero ao iniciar a operação, caso contrário 
tare a balança; 
- O resultado da operação deve ser lido, tão logo o detector automático de estabilidade 
desaparecer do mostrador. 
 
 Calibração 
- A balança deve ser calibrada regularmente, principalmente se ela estiver sendo 
operada pela primeira vez, se tiver sido mudada de local, após qualquer nivelamento e após 
grandes variações de temperatura ou de pressão atmosférica. 
 Manutenção 
- A câmara de pesagem e o prato de pesagem devem ser mantidos sempre limpos; 
- Os frascos de pesagem devem estar sempre limpos e secos. 
 
Influências físicas sobre as pesagens: 
 
Quando o mostrador da balança ficar instável, seja por variação contínua da leitura 
para mais ou para menos ou simplesmente se a leitura estiver errada você estará observando 
influências físicas indesejáveis sobre a operação. 
As mais comuns são: 
 
 Temperatura 
Efeito Observado: O mostrador varia constantemente em uma direção. 
Motivo: A existência de uma diferença de temperatura entre a amostra e o ambiente da 
câmara de pesagem provoca correntes de ar. Estas correntes de ar geram forças sobre o prato 
de pesagem fazendo a amostra parecer mais leve (chamada flutuação dinâmica). Este efeito 
só desaparece quando o equilíbrio térmico for estabelecido. Além disso, o filme de umidade 
que cobre qualquer amostra, e que varia com a temperatura, é encoberto pela flutuação 
dinâmica. Isto faz com que um objeto frio pareça mais pesado ou um objeto mais quente, mais 
leve. 
Medidas corretivas: 
- Nunca pesar amostras retiradas diretamente de estufas, muflas ou refrigeradores; 
- Deixar sempre a amostra atingir a temperatura do laboratório ou da câmara de 
pesagem; 
- Procurar sempre manusear os frascos de pesagens ou as amostras com pinças. Se 
não for possível, usar uma tira de papel; 
- Não tocar a câmara de pesagem com as mãos; 
- Usar frascos de pesagem com a menor área possível. 
 
 Variação de massa 
Efeito Observado: O mostrador indica leituras que aumentam ou diminuem, continua e 
lentamente. 
Motivo: Ganho de massa devido a uma amostra higroscópica (ganho de umidade 
atmosférica) ou perda de massa por evaporação de água ou de substâncias voláteis. 
 
Medidas corretivas: 
- Usar frascos de pesagem limpos e secos e manter o prato de pesagem sempre livre 
de poeira, contaminantes ou gotas de líquidos; 
- Usar frascos de pesagem com gargalo estreito; 
- Usar tampas ou rolhas nos frascos de pesagem. 
 
II - Objetivos: 
Aprender a utilizar corretamente a balança analítica, considerar os algarismos 
significativos durante a operação de pesagem. 
Algarismos significativos: algarismos que representam a precisão com que a medida foi 
feita, ou seja, todos os algarismos devem ter um significado. A partir deste conceito pode-se 
concluir que nem todos os algarismos que aparecem na representação de uma medida ou no 
resultado de uma operação matemática tem significado científico. 
 
III. Materiais e Reagentes 
 
Balança analítica, amido, açúcar granulado, sal refinado, frascos de pesagem, 
espátulas. 
 
IV. Procedimento Experimental 
 
Cada grupo deverá realizar três pesagens de cada amostra, conforme indicado pelo 
professor, tomando todos os cuidados necessários à operação e anotando os dados obtidos 
usando o número correto de algarismos significativos. 
 
V. Anexos 
1. Qual foi o número de casas decimais observados na balança utilizada durante as 
pesagens? 
2. Discuta sobre a importância da correta utilização da balança e sua relação com os o 
grau de confiança nos resultados experimentais obtidos. 
3. Quais foram as principais fontes de erros observadas durante a operação de 
pesagem das amostras? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática 2: Medidas de volume aproximadas e precisas 
 
I. Introdução: 
Em trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas na 
quase totalidade dos casos com provetas graduadas, cálices graduados e de modo muito 
grosseiro, com béqueres com escala e, as medidas volumétricas chamadas precisas, com 
aparelhos volumétricos, que são: balões volumétricos, pipetas e buretas. 
Aparelhos volumétricos: 
A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com alta 
precisão. Para efetuar tais medidas são empregados vários tipos de aparelhos, que podem ser 
classificados em duas categorias: 
a) Aparelhos calibrados para dar escoamento a determinados volumes. 
b) Aparelhos calibrados para conter determinados volumes de líquidos. 
 
Na primeira classe estão contidas as pipetas e as buretas e, na segunda, estão 
incluídos os balões volumétricos. A medida de volumes de líquidos com qualquer dos referidos 
aparelhos está sujeita a uma série de erros devido às seguintes causas: 
 Medir volumes de soluções quentes; 
 Uso de material inadequado para medir volumes; 
 Uso de material molhado ou sujo; 
 Formação de bolhas nos recipientes; 
 Controle indevido na velocidade de escoamento; 
 Ação da tensão superficial sobre superfícies líquidas; 
 Dilatações e contrações provocadas pelas variações de temperatura; 
 Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos; 
 Erros de paralaxe. 
 
Aparelhos volumétricos são calibrados pelo fabricante e a temperatura padrão de 
calibração é 20°C. Logo, qualquer leitura realizada fora dessa temperatura acarreta erro 
(utilizam-se tabelas para fazer as correções). A leitura de volumes de líquidos claros deve ser 
feita pela parte inferior e a de líquidos escuros pela parte superior, como pode ser observado 
na Figura 1. 
 
Figura 1: Leitura de volumes em vidrarias volumétricas 
Quando tratamos de medidas em laboratório, os termos de precisão e exatidão devem 
ser considerados com atenção, pois é necessário para qualquer cientista levar em 
consideração as limitações e confiabilidade dos dados a partir dos quais são tiradas as 
conclusões. 
A precisão de uma medida se refere à concordância entre diferentes determinações de 
uma mesma medida. Você pode encontrar que uma mesa tenha 1,0 m, 1,2 m ou 0,9 m para 
cada uma das operações de medida que realizar. Como erros aleatórios não podem nunca ser 
completamente eliminados a perfeita precisão ou reprodutibilidade nunca é esperada. 
Exatidão é a concordância entre o valor medido e o real. Para calcular o erro em uma 
medida deve-se saber o valor real. Isto raramente é possível, pois normalmente não se sabe o 
valor real.O melhor a fazer é projetar instrumentos de medida e realizar medidas de forma a 
tornar o desvio tão pequeno quanto possível. Uma medida altamente precisa pode ser inexata 
devido ao instrumento utilizado que pode não estar calibrado corretamente. A precisão 
depende mais do operador e a exatidão depende tanto do operador quanto do instrumento de 
medida. 
 
II. Objetivos: 
Conhecer equipamentos e técnicas de medidas de volume em laboratório. 
 
III. Materiais e reagentes 
 
 Béquer de 250 mL; 
 Erlenmeyer de 250 mL; 
 Proveta de 100 mL; 
 Pipeta volumétrica de 25 mL; 
 Pipetas graduadas; 
 Bureta de 50 mL; 
 Relógio com ponteiro de segundos; 
 Funil comum. 
 
IV. Procedimento Experimental 
 
1) Medir 50 mL de água em um béquer e transferir para o erlenmeyer. 
Verificar o erro na escala. 
Transferir para a proveta graduada e fazer a leitura do volume. 
Verificar a precisão. 
 
2) Medir 50 mL de água na proveta graduada e transferir para o béquer. 
Verificar o erro na escala. 
Transferir para o erlenmeyer. 
Verificar a precisão. 
Colocar estes três aparelhos em ordem crescente de precisão. 
 
3) Pipetar 25 mL de água usando a pipeta volumétrica. 
Transferir para a proveta. 
Comparar a precisão das escalas. 
 
4) Pipetar com a pipeta graduada (transferindo para diferentes tubos de ensaio): 1 mL; 
2 mL; 5 mL; 1,5 mL; 2,7 mL; 3,8 mL e 4,5 mL de água. 
 
5) Encher uma bureta de água (acertando o menisco verificando se não há ar em parte 
alguma perto da torneira). 
Transferir o volume para o erlenmeyer e comparar a precisão das escalas. 
 
6) Encher novamente a bureta, acertar o menisco e escoar para o erlenmeyer, gota a 
gota, marcando o tempo de escoamento dos primeiros 25 mL. 
Aguardar 30 segundos e ler novamente o volume escoado. 
Continuar o escoamento da água para um erlenmeyer, gota a gota, até completar 50 
mL e ler novamente na bureta o volume escoado. 
 
7) Pesar 1g de sulfato de cobre penta-hidratado (CuSO4. 5H2O); 
Preparar 100 mL de solução de CuSO4. 5H2O - concentração = 0,01g/mL. 
 
 
 
 
V. Bibliografia 
 
- BRADY, J. & HUMISTON, G.E., Química Geral Vol. 1, Capítulos 8 e 10. Rio de 
Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1986. 
- RUSSEL, J. B. Química geral. 6. ed. Rio de Janeiro, LTC, 1996. 
- TRINDADE, D.F.; OLIVEIRA, F.P.; BANUTH, G.S.L.; BISPO, J.G. Química básica 
experimental. 2ª Ed. São Paulo: Ícone, 1998. 
 
VI. Anexos 
1. Classifique as vidrarias utilizadas para medição de volume de acordo com a 
precisão. 
2. Discorra sobre o conceito de precisão e exatidão e sua relação com as práticas de 
um analista no laboratório. 
3. Discuta quais foram as fontes de erro observadas na prática realizada. 
4. Baseado numa inspeção visual da vidraria de laboratório situe-as em um dos dois 
grupos: “mais exatas” e “menos exatas”. 
5. Por que é aconselhável fazer mais de uma determinação de cada medida? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática 3: Técnicas de aquecimento em laboratório e curvas de 
aquecimento e resfriamento de substâncias 
 
I. Introdução: 
Algumas operações em laboratório envolvem processos de aquecimento. A escolha da 
fonte de calor depende do material a ser aquecido e o porquê de ser aquecido. 
As fontes de aquecimento mais utilizadas são: gás e energia elétrica 
 
 - Bicos de gás: 
Os bicos de gás são utilizados em aquecimento de substâncias não inflamáveis e o 
aquecimento pode ser: 
 Direto: a chama fica em contato direto com o recipiente; é o caso do 
aquecimento de cadinhos, que ficam apoiados sobre o tripé em triângulos de 
porcelana e de tubos de ensaio, que são seguros através de uma pinça de 
madeira. 
 Indireto: os recipientes ficam apoiados sobre uma tela, denominada tela de 
amianto, que distribui uniformemente o calor da chama; é o caso do 
aquecimento de béqueres, balões de fundo chato, caçarolas, balões de fundo 
redondo e de destilação, etc. 
 - Energia elétrica: 
Para aquecimento de substâncias inflamáveis são utilizados os seguintes aparelhos: 
 Manta elétrica – serve para aquecimento de balão de fundo redondo. 
 Chapa elétrica – serve para aquecimento de balão de fundo chato, béquer, 
erlenmeyer, etc. 
 
Bico de Bunsen 
 As partes fundamentais do bico de Bunsen são: a base (onde se encontra a entrada 
de gás), o tubo ou haste (onde se encontram as janelas de ar que fornecem o oxigênio 
necessário para alimentar a combustão, e por onde passa o fluxo de gás) e o anel (parte que 
envolve a haste e contém as janelas de entrada de ar). 
Para utilizar adequadamente o bico de Bunsen, uma vez que ele esteja conectado à 
rede de distribuição de gás através de um tubo de látex, deve ser observada a seguinte 
sequencia: 
 Verificar se a entrada de gás geral da bancada está aberta; 
 Verificar se as entradas de gás e ar do bico de Bunsen estão fechadas; 
 Acender o fósforo; 
 Abrir a torneira de gás do bico; 
 Aproximar o palito aceso da extremidade do bico (a chama obtida é amarela e 
luminosa); 
 Regular a entrada de ar, até que se obtenha uma chama azul; 
 Para apagar o bico, fechar sempre a entrada de ar (janela) antes da torneira. 
 
Na chama obtida distinguem-se três zonas distintas: zona oxidante (região externa 
mais quente, onde se obtêm as maiores temperaturas e localizada acima do cone interno), 
zona redutora (região interna mais fria, onde se conseguem as temperaturas mais baixas e 
onde ocorre o início da combustão) e zona neutra (de baixas temperaturas, pois ainda não se 
dá a combustão do gás), como pode ser observado na Figura 1. 
 
Figura 1: Representação das diferentes zonas do Bico de Bunsen 
Técnicas 
 
 Aquecimento de tubos de ensaio (aquecimento direto): 
O aquecimento é feito com auxílio de uma pinça de madeira, localizada perto da 
extremidade aberta do tubo. O tubo deverá ficar inclinado durante o aquecimento (cerca de 45º 
em relação ao bico) e NUNCA direcionado para alguém que se encontre nas proximidades 
(Fig. 2A). 
No caso de aquecimento de líquidos ou soluções, o aquecimento é feito em chama 
branda (a janela do bico encontra-se fechada), que evita projeções, com movimentos 
ascendentes e descendentes. 
No caso de aquecimento de sólidos pode ser usada uma chama intensa (também 
chamada de oxidante, onde a janela do bico encontra-se aberta), caso seja necessário. 
 
 Aquecimento de béquer (aquecimento indireto): 
Utiliza-se um sistema constituído de tripé, tela de amianto e bico de gás. Uma vez 
terminado o aquecimento, o béquer é retirado com auxílio de uma pinça adequada e colocado 
sobre outra tela de amianto, enquanto esfria, para alertar aos demais do perigo de 
queimaduras (Fig. 2B). 
No caso de aquecimento onde haja a evaporação total do solvente, deve-se desligar o 
gás antes da secura completa, para evitar que o béquer se quebre. 
 
 Aquecimento de cadinho (aquecimento direto): 
Usado quando há necessidade de aquecimento intenso, o cadinho é colocado sobre 
um triângulo de porcelana, devidamente apoiado em um tripé, e a chama do bico de gás incide 
diretamente sobre o mesmo. O aquecimento é feito em chama forte (Fig. 2C) 
 
Figura 2: Técnicas de aquecimento (A) Tubos de ensaio; (B) Béquer e (C) Cadinho. 
 
II. Objetivos: 
Aprender a utilizar o bico de Bunsen. 
Executar diferentes técnicas de aquecimento em laboratório. 
 
III. Materiais e Reagentes 
 Bico de Bunsen; 
 Tripé de ferro; 
 Tela de amianto; Suporte universal; 
 Anel de ferro; 
 Mufa; 
 Triângulo de porcelana; 
 Pinça metálica; 
 Proveta de 5 mL; 
 Béquer de 300 mL; 
 Tubo de ensaio; 
 Sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5H2O); 
 Cadinho de porcelana com tampa; 
 Termômetro; 
 Palito de fósforo. 
IV. Procedimento experimental 
a) Uso do Bico de Bunsen 
 Abrir a torneira de gás e acender o bico - Observar a combustão incompleta do gás 
(chama amarelada); 
 Abrir gradativamente as janelas do bico. Observar as modificações correspondentes 
sofridas pela chama; 
 Fechar as janelas e diminuir a chama pela torneira de gás; 
 Colocar a ponta de um palito de fósforo na zona oxidante e observar a sua rápida 
inflamação; 
 Colocar e retirar rapidamente, na chama do bico, um palito de fósforo, de maneira 
que este atravesse a zona oxidante e a zona redutora. Observar que somente é queimada a 
parte do palito que esteve na zona oxidante; 
 Fechar a entrada de ar primário; 
 Fechar a torneira de gás. 
b) Aquecimento de líquidos no copo de béquer 
 Colocar cerca de 100 mL de água no copo de béquer; 
 Colocar o béquer na tela de amianto, suportada pelo anel de ferro ou tripé de ferro; 
 Aquecer o béquer com a chama forte do bico de Bunsen (janelas abertas e torneira 
de gás totalmente aberta). Observar e anotar a temperatura de ebulição da água; 
 Aquecer a mistura desconhecida 7 e 8 e anotar a temperatura de ebulição; 
 Apagar o bico de Bunsen. 
c) Aquecimento de líquidos no tubo de ensaio 
 Colocar cerca de 4 mL de água em um tubo de ensaio; 
 Segurar o tubo, próximo à boca, com pinça de madeira; 
 Aquecer a água, na chama média do bico de Bunsen (torneira de gás aberta pela 
metade e janelas abertas pela metade), com o tubo voltado para a parede, com inclinação de 
cerca de 45° e com pequena agitação até a ebulição da água; 
 Retirar o tubo do fogo. 
 
d) Calcinação 
1) Colocar uma pequena porção de sulfato cúprico penta hidratado (pulverizado) em 
um cadinho de porcelana, adaptado em um triângulo de porcelana. 
2) Aquecer com a chama forte o bico Tirril ou Mecker. 
3) Observar depois de alguns minutos o óxido de cobre formado. 
V. Bibliografia 
- BRADY, J. & HUMISTON, G.E., Química Geral Vol. 1, Capítulos 8 e 10. Rio de 
Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1986. 
- RUSSEL, J. B. Química geral. 6. ed. Rio de Janeiro, LTC, 1996. 
- TRINDADE, D.F.; OLIVEIRA, F.P.; BANUTH, G.S.L.; BISPO, J.G. Química básica 
experimental. 2ª Ed. São Paulo: Ícone, 1998. 
VI - Anexos 
a) Por que apenas a parte do palito que esteve na zona oxidante queimou? 
b) Pesquisar a respeito da composição do G.L.P. 
c) Qual a função da tela de amianto? 
d) Qual a cor do sulfato cúprico penta-hidratado? 
e) Qual a cor do óxido de cobre formado? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática 4: Análise Pirognóstica 
 
I. Introdução: 
Em um átomo, os elétrons podem ser excitados para um níveis de energia superiores, 
por exemplo, no teste de chama. Este teste consiste em levar uma amostra de um sal à chama 
do bico de Bunsen. 
Nessa situação, o elétron externo é excitado para um nível de energia mais alto pelo 
calor da chama. Quando esse elétron ao nível energético inicial, ele libera a energia absorvida, 
que pode ser emitida na forma de luz visível, provocando o aparecimento de cores 
características na chama. 
 
 
II. Objetivos: 
Detectar os elementos formadores de um determinado composto, através do ensaio 
por via seca (ensaio de coloração de chama). 
 
III. Materiais e Reagentes 
 Soluções de íons de Li, Ba, K, Cu, Ca, Sr e Na; 
 Ácido clorídrico; 
 Fio níquel-cromo; 
 Bico de Bunsen; 
 Vidro colorido. 
 
IV. Procedimento Experimental 
 Acender o Bico de Bunsen e ajustar a chama; 
 Mergulhar o fio de níquel-cromo na solução de HCl e colocar na chama - promove a 
limpeza do fio; 
 Mergulhar o fio de níquel-cromo na solução do íon em questão e colocar na chama; 
 Observar a coloração formada na chama após a queima da solução dos íons. 
Obs.: 
1 - Sempre limpar o fio de níquel-cromo com HCl entre as análises dos íons. 
2 - O íon sódio deve ser o último a ser analisado. 
 
 
 
V. Referências Bibliográficas: 
- BRADY, J. & HUMISTON, G. E. Química Geral. Vol I, Rio de Janeiro, Livros Técnicos 
e Científicos Editora S.A., 1986. 
- RUSSEL, J. B. Química geral. 6. ed. Rio de Janeiro, LTC, 1996. 
- MAHAN, B. M.; MYERS, R. J. Química um curso universitário. 4. ed. São Paulo, 
Edgard Blucher, 1995. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática 5: Semelhanças e diferenças nas propriedades químicas de 
elementos de uma mesma família periódica 
 
I. Introdução 
Elementos de uma mesma família na tabela periódica apresentam propriedades 
químicas semelhantes. Isto ocorre porque as estruturas eletrônicas periféricas (última camada 
de valência) são iguais, pelo menos entre os elementos representativos. Como as propriedades 
químicas dos elementos dependem, em grande parte, da estrutura eletrônica da camada de 
valência, compreendem-se as semelhanças entre os elementos químicos da mesma família. 
Por outro lado, as propriedades são apenas semelhantes e não iguais, existindo, de uma 
maneira geral, também diferenças importantes. 
Nesta prática, serão estudadas experimentalmente semelhanças e diferenças entre os 
elementos químicos, na forma elementar ou iônica, das seguintes famílias: 
a) 1 - Família dos metais alcalinos - Li, Na, K, Rb, Cs, Fr. 
Estes elementos caracterizam-se por apresentar apenas um elétron na camada de 
valência, elétron este facilmente doável, transformando-se os átomos em íons positivos de 
carga +1. 
Uma vez que perdem elétron com facilidade são muito eletropositivos. 
Exemplo: Sódio (Z = 11) 
 
 
 
b) 2 - Família dos metais alcalinos terrosos: Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra. 
Estes elementos caracterizam-se por apresentarem dois elétrons na camada de 
valência, que são facilmente doáveis, transformando-se em íons de carga positiva +2. Uma vez 
que perdem elétron com facilidade são muito eletropositivos. 
Exemplo: Magnésio (Z = 12) 
 
 
 
c) 17 - Família dos ametais halogênios: F, Cl, Br,I, At. 
Estes elementos possuem sete elétrons na sua camada de valência e, ao contrário dos 
metais, tendem a receber elétrons, em vez de doá-los, transformando-se em íons de carga -1. 
Exemplo: Bromo (Z = 35) 
 
 
Assim, estes elementos são muito eletronegativos, pela facilidade que ganham 
elétrons. A facilidade de ceder elétrons varia dentro das famílias dos metais alcalinos e 
alcalinos terrosos, bem como a facilidade de receber elétrons dentro da família dos halogênios. 
 
II. Objetivos: 
Verificar que elementos de uma mesma família possuem propriedades químicas 
semelhantes; 
Verificar a diferença de eletropositividade (no caso dos metais) e eletronegatividades 
(no caso dos ametais) entre os elementos de uma mesma família. 
 
III. Materiais e Reagentes: 
 Bastão de vidro; 
 Béqueres de 100 mL; 
 Bico de gás; 
 Espátula; 
 Pipeta de 10 mL; 
 Proveta de 50 mL; 
 Tela de amianto; 
 Tubo de ensaio; 
 Tenaz; 
 Sódio; 
 Magnésio; 
 Cálcio; 
 HNO3 1M; 
 HCl 1M; 
 Fenolftaleína; 
 KI 0,1 M; 
 KCl ou NaCl 0,1 M; 
 KBr 0,1 M; 
 Pb(NO3) 0,05 M; 
 Amido 1%; 
 Cl2; 
 Água de bromo. 
 
IV. Parte experimental 
1. Observe as características físicas do sódio (cor, brilho, consistência). Adicione um 
pedaço de sódio a um béquer contendo cerca de 50 mL de H2O. O que você observa? Escreva 
a reaçãoquímica da reação. 
Adicione ao béquer algumas gotas de solução alcoólica do indicador fenolftaleína. O 
que você observa? 
Adicione à solução alguns mL de HNO3 ou HCl 1M, sob agitação até o 
desaparecimento da cor resultante da operação anterior. Que tipo de reação ocorreu? Escreva 
a equação da reação. 
 2. Repita agora a mesma experiência partindo de um pedaço de potássio. Descreva as 
diferenças observadas. 
Pelas diferenças feitas, qual dos dois elementos é o mais eletropositivo? Por quê? 
Como deve, então, variar a eletropositividade dentro da família dos metais alcalinos? Sugira 
uma explicação teórica para isso. 
3. Adicione a dois béqueres de 100 mL contendo água destilada até 2/3 de sua 
capacidade, pedaços dos metais cálcio e magnésio, respectivamente. A seguir adicione gotas 
de solução de fenolftaleína e aguarde alguns minutos. O que você observa? Escreva as 
reações químicas. 
Pelas observações feitas, qual dos dois elementos é mais eletropositivo? Por quê? 
Como deve então variar a eletropositividade dentro da família dos metais alcalinos terrosos? 
4. Coloque em um tubo de ensaio cerca de 2 mL de solução de Cl
-
 e adicione igual 
volume de solução 0,05 M de Pb
+2
 (na forma de nitrato de chumbo). O que você observa? 
Escreva a equação da reação. 
Repita o procedimento para uma solução de Br
-1
 (na forma de brometo de potássio). O 
que você observa? Escreva a equação da reação. 
Repita o procedimento para uma solução de I
-1
 (na forma de iodeto de potássio). O que 
você observa? Escreva a equação da reação. 
Estas experiências mostram alguma semelhança em termos de propriedades químicas 
para os elementos da mesma família? Explique. 
5. As reações que seguem tem o objetivo de ordenar os elementos cloro, bromo e iodo, 
de acordo com a sua eletronegatividade. 
Coloque em um tubo de ensaio cerca de 2 mL de solução 0,1 M de KI e, em outro 
tubo, igual volume de solução de 0,1M de KBr. Adicione, respectivamente, aos tubos contendo 
KBr e KI o mesmo volume de água de cloro. O que você observa? 
Em termos de eletronegatividade, o que se pode concluir? Escreva as equações 
químicas das reações. A presença de I2 pode ser comprovada pela adição de gotas da solução 
de amido ao tubo de ensaio. Amido na presença de iodo molecular promove a formação de 
uma cor azul. 
Nas duas reações anteriores, a água de cloro foi testada e pelos resultados concluiu-se 
que o cloro é o elemento mais eletronegativo entre estes três elementos, restando saber a 
ordem de eletronegatividade entre os dois últimos. Para isso, proceda da seguinte maneira: 
Tome um tubo de ensaio e transfira cerca de 2 mL de solução 0,1 M de KI. Adicione 
igual volume de água de bromo (não pipete essa solução). O que você observa? 
Adicione 1 mL de solução de amido. Pelo observado, o que pode-se concluir?Escreva 
a equação da reação. 
Analisando estes resultados a que conclusão pode-se chegar quanto à 
eletronegatividade destes elementos?Quais os elementos mais e menos eletronegativo?Como 
deve variar a eletronegatividade dentro do grupo ou família dos halogênios? 
 
Prática 6: Materiais e substâncias: Critérios de pureza e fracionamento de 
materiais 
 
I. Introdução: 
Diz-se que a matéria é tudo que tem existência concreta, tudo que ocupa lugar no 
espaço, tudo que tem massa. Seria desnecessário dizer que a matéria se apresenta sob 
formas muito variadas: água, rocha, carvão, ferro, petróleo, oxigênio etc. Os diferentes tipos de 
matéria são denominados substâncias. Por outro lado, na natureza, as substâncias 
normalmente encontram-se misturadas umas com as outras e, assim, são denominadas 
materiais. 
Deve-se, portanto, fazer distinção entre substâncias e materiais. Às vezes, é fácil 
distinguir substancia de material, uma vez que as substâncias são sempre homogêneas (um só 
aspecto, uma só fase), ao passo que os materiais podem ser heterogêneos (mais de um 
aspecto, mais de uma fase). No entanto, certos materiais são facilmente confundidos com 
substâncias, porque são também homogêneos (água salgada, por exemplo, constituída da 
substância água coma substância sal). Distinguem-se, assim, dois tipos de materiais: 
 Material heterogêneo (facilmente identificado) 
 Material homogêneo (pode ser confundido com substância). 
Distinguir uma substância de um material homogêneo, embora mais difícil que 
distinguir de um material heterogêneo, é perfeitamente viável, uma vez que as substâncias 
caracterizam-se por possuírem um conjunto de propriedades físicas e químicas especificas 
(um conjunto diferente para cada substância), fixas e constantes o que não acontece com os 
materiais. Dentre estas possibilidades, são muito importantes o ponto de fusão (a temperatura 
em que um sólido se funde), o ponto de ebulição (a temperatura em que o liquido ferve) e a 
densidade (razão entre a massa do corpo e o volume que ocupa geralmente dada em g/cm
3
). 
Por exemplo: a água (H2O) tem ponto de fusão (PF) igual a 0 ºC e ponto de ebulição 
(PE) igual a 100 ºC, ambos a 1 atm de pressão, e densidade (ρ) igual a 1 g/cm
3
 a 4 ºC. Por 
outro lado, a água salgada, que é um material homogêneo, apresenta variação de temperatura 
durante a fusão e a ebulição. Os valores de densidade e temperatura de inicio da fusão e 
ebulição varia conforme as quantidades relativas de água e sal. Os materiais, portanto, não 
têm ponto de fusão e de ebulição. As substancias, ao contrário, possuem ponto de fusão e 
ponto de ebulição, uma vez que a temperatura permanece constante durante suas mudanças 
de fase. As diferenças nas curvas de aquecimento de uma substância e um material são 
mostradas na Figura 1. 
Além disso, os materiais (homogêneos e heterogêneos) são, de modo geral, fáceis de 
fracionar em seus respectivos componentes (substâncias) por processos físicos, tais como: 
filtração, centrifugação e destilação. 
 
Figura 1: Curvas de aquecimento 
 
O material homogêneo pode-se classificar em soluções e misturas. 
 Mistura: material homogêneo, cujas as substâncias constituintes formam um 
material homogêneo de aspecto uniforme em qualquer proporção. 
Exemplo:água e etanol - formam material uniforme em qualquer proporção. 
 Solução: material homogêneo, cujas as substâncias não formam um material 
de aspecto uniforme em qualquer proporção. Exemplo: água e cloreto de sódio 
- quando excedido o coeficiente de solubilidade (35,7g/100g) não constitui uma 
material homogêneo. 
 
Deve-se salientar que existem dois tipos de substâncias: 
 Substâncias simples: presença de um único elemento químico. Exemplo: ferro, 
ouro, prata; 
 Substância composta: presença de mais de um elemento químico. Exemplo: 
água (H2O), etanol (C2H5OH), cloreto de sódio (NaCl). 
Substância composta é frequentemente confundida com material, embora existam 
diferenças fundamentais entre eles, como no caso do sulfeto de ferro (FeS) e o material ferro 
(Fe) e enxofre (S). No primeiro caso, o ferro e o enxofre estão intimamente ligados (ligação 
química), sendo assim nenhum dos átomos mantém as suas propriedades originais, nem 
mesmo sendo facilmente separados. No material Ferro e Enxofre, cada substância 
componente mantém suas propriedades individuais e é facilmente separada uma da outra. 
 
II. Objetivos: 
Distinguir substâncias e materiais. 
Aprender técnicas de fracionamento. 
 
III. Materiais e Reagentes: 
 Balão de destilação; 
 Bastão de vidro; 
 Béqueres de 100 mL; 
 Bico de gás ou chapa elétrica; 
 Condensador; 
 Funil analítico; 
 Garras; 
 Haste universal; 
 Papel filtro; 
 Tela de amianto; 
 Termômetro; 
 Tripé; 
 Enxofre; 
 KI 0,1 M; 
 Pb(NO3) 0,05 M; Vinho. 
 
IV. Procedimento Experimental: 
 
Distinção entre materiais e substâncias 
1 - Observe atentamente as amostras contidas nos tubos de ensaio tampados e 
classifique-as como substâncias (simples ou composta), material homogêneo ou heterogêneo, 
de acordo com as informações fornecidas e suas observações. 
Número Amostra Conteúdo 
1 Enxofre S 
2 Vinho CH3CH2OH + H2O + resíduos 
3 Álcool CH3CH2OH 
4 PbI2 em excesso PbI2 + H2O 
5 Solução de CaCl2 0,1 M KI + H2O 
6 Solução de Na2CO3 0,05 M Pb(NO3)2 + H2O 
7 Desconhecida 
8 Desconhecida 
 
Caso não soubesse que a amostra 3 é álcool, o que poderia fazer para identificá-la? 
 
Critérios de pureza 
2- Analise a amostra 7, procedendo como se segue: 
Coloque cerca de 50 mL de amostra em um béquer e inicie o aquecimento sobre uma 
chapa aquecedora (ou tela de amianto e bico de Bunsen). Anote a temperatura da amostra, 
com o auxílio de um termômetro, de minuto a minuto, até a ebulição. Continue o aquecimento 
por mais 15 min e verifique durante a ebulição, se a temperatura continua a subir ou não. Com 
os dados obtidos esboce um gráfico de temperatura X tempo. 
Durante a ebulição, a temperatura da amostra variou? A amostra é uma substância ou 
um material? 
 
3 - Repita o procedimento anterior para a amostra 8. Durante a ebulição, a temperatura 
da amostra variou? A amostra é uma substância ou um material? Com os dados obtidos 
esboce um gráfico de temperatura X tempo. 
 
Fracionamento de materiais 
4 - Em um béquer, junte volumes iguais das amostras 5 e 6. O que você observa? 
Classifique o sistema formado. Qual procedimento poderia ser realizado para separar seus 
constituintes? Justifique. 
Em se tratando de materiais heterogêneos sólidos e líquidos, a técnica de 
fracionamento mais utilizada é a filtração. A Figura 2, ilustra a maneira correta de se realizar 
uma filtração em laboratório. Monte a aparelhagem e execute a técnica. 
 
Figura 2: Esquema de aparato para uma filtração simples 
Que substância ficou contida (resíduo) no papel filtro? Qual substância passou pelo 
papel filtro (filtrado)? 
Com o auxílio de uma pisseta, lave o precipitado com água três vezes. Justifique a 
realização desta operação. 
Com o auxílio de uma espátula recolha o resíduo em um frasco adequado. 
Coloque cerca de 10 mL da amostra número 7 em um béquer e leve ao aquecimento 
até a secura. Ficou resíduo no béquer? 
 
 
 
 
 
 
Prática 7: Identificação de reações químicas 
 
I. Objetivos 
Observar a ocorrência de reações químicas com formação de precipitado, formação de 
gás, neutralização entre ácidos e bases e transferência de elétrons (oxirredução). 
 
II. Importante 
Uma das propriedades mais importantes da água é a capacidade de dissolução de uma 
grande variedade de substâncias. As soluções nas quais a água é o solvente são chamadas de 
soluções aquosas. 
Três tipos principais de processos ocorrem em solução aquosa: reações de 
precipitação, ácido-base e oxirredução, as quais serão verificadas a seguir. 
 
III. Materiais e Reagentes 
 
Estantes para tubos de ensaio Solução de KI 
04 Tubos de ensaio Solução de Pb(NO3)2 
Fitas indicadoras de pH Solução de HCl 
Béqueres de 150 mL Solução de AgNO3 
Pipeta graduada de 5 mL Leite de magnésia (Mg(OH)2) 
Água destilada Sólido NaHCO3 
Bastão de vidro Fio de cobre 
 
 
IV. Procedimento Experimental 
 
Parte I – Reação de precipitação. 
Transferir a solução de Pb(NO3)2 para o tubo de ensaio até atingir uma altura de 
aproximadamente 3 cm. Em seguida adicionar, aos poucos, a solução de KI até a formação de 
um precipitado. Deixe em repouso para que o mesmo se deposite no fundo do béquer. Anotar 
as observações. 
 
Parte II – Reação ácido-base. 
Medir o pH da solução de HCl e da suspensão de Mg(OH)2, separadamente, usando a 
fita indicadora. 
Transferir a suspensão de Mg(OH)2 para o tubo de ensaio até atingir uma altura de 
aproximadamente 3 cm. Em seguida adicionar, aos poucos, a solução de HCl até perceber a 
alteração de cor. Prosseguir com a adição até que a reação se processe completamente. 
Medir o pH da solução ao final da reação. Anotar as observações. 
 
Parte III – Reação ácido-base com formação de gás. 
Transferir a solução de HCl para o tubo de ensaio até atingir uma altura de 
aproximadamente 3 cm. Em seguida adicionar, aos poucos, o sólido NaHCO3. Anotar as 
observações. 
 
Parte IV – Reação de oxirredução. 
Transferir a solução de AgNO3 para o tubo de ensaio até atingir uma altura de 
aproximadamente 3 cm. Em seguida adicionar o fio de cobre no interior do tubo. Anotar as 
observações. 
 
 
V. Bibliografia 
BROWN, T.L.; LEMAY JR, H.E.; BURSTEN, B.E.; BURDGE, J.R. Química, a ciência 
central. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2005. 
LEE, J. D. Química Inorgânica não tão concissa. 4ª ed. São Paulo: Edgar Blücher Ltda, 
1996. 
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. Porto Alegre, Bookman, 2001. 
 
VI. Anexos 
1)Quais são os indícios de ocorrência de reações químicas nos tubos de ensaio 
observados? 
2)Pesquise sobre a ação dos antiácidos e o processo de corrosão do ferro, ou 
ferrugem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática 8: Reações químicas e energia 
 
I. Introdução 
Reação química é o fenômeno no qual os elementos ou substâncias envolvidas sofrem 
transformações tais que, ao final do processo, são convertidos em substâncias de diferente 
identidade. Nesse fenômeno há o envolvimento de energia, que é diferenciada nos reagentes e 
nos produtos da reação química. 
Essa diferença gera um aquecimento (reação exotérmica) ou uma perda de calor ( 
reação endotérmica). Chamamos de calor de reação a energia recebida ou liberada em uma 
reação química. 
A energia em forma de calor liberada ou absorvida durante uma reação é denominada 
CALOR DE REAÇÃO. 
O calor de reação é definida como a diferença de entalpias da reação: 
∆H = Hprodutos - Hreagentes 
Em uma reação exotérmica o ∆H é negativo, em uma reação endotérmica o valor da 
variação de entalpia é positivo. 
Para a ocorrência de algumas reações químicas é necessário o fornecimento de uma 
certa quantidade de energia, denominada energia de ativação. 
Algumas reações processam-se espontaneamente, enquanto outras necessitam de 
fornecimento de energia para serem iniciadas ( energia de ativação). 
Os fenômenos químicos, descritos acima, devem ser distinguidos dos físicos, onde a 
substância envolvida continua inalterada. 
 
Figura 1: Representação de uma reação exotérmica: a) Sem energia de ativação; b) 
Com energia de ativação. 
 
 
Figura 2: Representação de uma reação endotérmica 
 
II. Objetivos 
- Distinguir fenômenos físicos e químicos; 
- Compreender o que vem a ser uma reação química e a relação desta com a energia. 
 
III. Materiais e Reagentes 
 
 Bastão de vidro 
 Béqueres de 100 mL 
 Bico de Bunsen 
Cápsula de porcelana 
 Erlenmeyer de 125 mL 
Conta gotas 
 Espátula 
 Pedaço de tábua 
 Pinça 
 Rolhas 
 Tubos de ensaio 
 NH4SCN sólido 
 Ba(OH)2 . 8H2O 
 NaOH 
 HNO3 ou HCl 
 Magnésio ou alumínio 
 Magnésio ou esponja de aço 
 FeSO4 0,1 M 
 KMnO4 0,02 M 
 KMnO4 sólido 
 H2SO4 
 Algodão, pano ou papel 
 HCl 1:1 
 KI 0,1M 
Pb(NO3)2 0,05M 
 Fe2(SO4)3 0,1M 
 NH4OH 0,1M + ácido acetilsalicílico 1% 
 
IV. Procedimento experimental 
1. Coloque em um béquer uma a três pastilhas de hidróxido de sódio e adicione, gota a 
gota, ácido nítrico ou ácido clorídricoconcentrado. CUIDADO! 
O que você observa?Houve uma reação química?Toque o fundo do béquer, o que você 
sente? A reação é exotérmica ou endotérmica? Escreva a equação da reação. 
2. Pegue um pedaço de magnésio (fita, raspa ou folha) ou esponja de aço e segure-o 
no ar. Ocorre alguma reação química perceptível?Aqueça o material na chama do bico 
de Bunsen, segure-o com o auxílio de uma pinça. Deixe o produto cair em uma cápsula 
de porcelana. 
Houve um fenômeno físico ou químico? Descreva o produto da reação, destacando as 
diferenças entre este e a substância original. A reação necessita de energia de 
ativação?Esta reação, mesmo necessitando de energia de ativação, uma vez iniciada, 
libera ou absorve energia? Escreva a equação da reação? 
3. Coloque em um tubo de ensaio cerca de 2 mL de uma solução aquosa de sulfato 
ferroso 0,1M previamente acidulada com ácido sulfúrico. Acrescente, gota a gota, uma 
solução de permanganato de potássio 0,02M. Ocorre alguma reação química? Por 
quê?Como você sabe que esta reação chegou ao fim?Escreva a equação da reação. 
4. Coloque um pedaço de magnésio ou alumínio em um tubo de ensaio contendo cerca 
de 2 mL de ácido clorídrico 1:1. O que você observa? Escreva a equação da reação. 
5. Coloque em um tubo de ensaio cerca de 2 mL de uma solução de nitrato de chumbo 
II 0,05 M e acrescente em seguida o mesmo volume de uma solução aquosa de iodeto 
de potássio 0,1 M. O que você observa? A reação é espontânea? Como separar o 
sólido formado do resto do sistema? Escreva a equação da reação. 
6. Coloque em um tubo de ensaio cerca de 2 mL de uma solução aquosa de sulfato 
férrico 0,1M ou outro sal solúvel de ferro III e acrescente em seguida igual volume de 
solução amoniacal de ácido acetilsalicílico. O que acontece? Escreva a equação da 
reação. 
7. Coloque em uma cápsula de porcelana um pouco de permanganato de potássio e 
acrescente gotas de ácido sulfúrico concentrado. CUIDADO!!!!! Toque a mistura com 
um chumaço de algodão enrolado em um bastão de vidro. CUIDADO!!! Mantenha o 
rosto afastado da cápsula. O que você observa? Escreva a equação da reação. 
8. Coloque 16g de tiocianato de amônio sólido em um erlenmeyer. Acrescente o dobro 
de hidróxido de bário octahidratado sólido. Em seguida, coloque o erlenmeyer em cima 
de uma pequena tábua de madeira, previamente umedecida com água. Espere cinco 
minutos e levante o erlenmeyer. O que acontece? Qual a explicação para o fenômeno 
observado? Escreva a equação da reação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática 9: Identificação de reações químicas 
 
I. Introdução 
Uma das propriedades mais importantes da água é a capacidade de dissolução de uma 
grande variedade de substâncias. As soluções nas quais a água é o solvente são chamadas de 
soluções aquosas. 
Três tipos principais de processos ocorrem em solução aquosa: reações de 
precipitação, ácido-base e oxirredução, as quais serão verificadas a seguir. 
 
II. Objetivos 
Observar a ocorrência de reações químicas com formação de precipitado, formação de 
gás, neutralização entre ácidos e bases e transferência de elétrons (oxirredução). 
 
III. Materiais e Reagentes 
 
Estantes para tubos de ensaio 
04 Tubos de ensaio 
Fitas indicadoras de pH 
Béqueres de 150 mL 
Pipeta graduada de 5 mL 
Bastão de vidro 
Fio de cobre 
Solução de Pb(NO3)2 
Solução de HCl 
Solução de AgNO3 
Solução de KI 
Leite de magnésia (Mg(OH)2) 
Água destilada 
NaHCO3 
 
IV. Procedimento experimental 
Parte I – Reação de precipitação. 
Transferir a solução de Pb(NO3)2 para o tubo de ensaio até atingir uma altura de 
aproximadamente 3 cm. Em seguida adicionar, aos poucos, a solução de KI até a formação de 
um precipitado. Deixe em repouso para que o mesmo se deposite no fundo do béquer. Anotar 
as observações. 
 
Parte II – Reação ácido-base. 
Medir o pH da solução de HCl e da suspensão de Mg(OH)2, separadamente, usando a 
fita indicadora. 
Transferir a suspensão de Mg(OH)2 para o tubo de ensaio até atingir uma altura de 
aproximadamente 3 cm. Em seguida adicionar, aos poucos, a solução de HCl até perceber a 
alteração de cor. Prosseguir com a adição até que a reação se processe completamente. 
Medir o pH da solução ao final da reação. Anotar as observações. 
 
Parte III – Reação ácido-base com formação de gás. 
Transferir a solução de HCl para o tubo de ensaio até atingir uma altura de 
aproximadamente 3 cm. Em seguida adicionar, aos poucos, o sólido NaHCO3. Anotar as 
observações. 
 
Parte IV – Reação de oxirredução. 
Transferir a solução de AgNO3 para o tubo de ensaio até atingir uma altura de 
aproximadamente 3 cm. Em seguida adicionar o fio de cobre no interior do tubo. Anotar as 
observações. 
 
V. Bibliografia 
- BROWN, T.L.; LEMAY JR, H.E.; BURSTEN, B.E.; BURDGE, J.R. Química, a ciência 
central. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2005. 
- LEE, J. D. Química Inorgânica não tão concissa. 4ª ed. São Paulo: Edgar Blücher 
Ltda, 1996. 
- ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química questionando a vida moderna e o meio 
ambiente. Porto Alegre, Bookman, 2001. 
 
VI. Anexos 
1) Quais são os indícios de ocorrência de reações químicas nos tubos de ensaio 
observados? 
2) Pesquise sobre a ação dos antiácidos e o processo de corrosão do ferro, ou 
ferrugem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática 10: Ácidos e Bases 
 
I. Introdução 
O químico sueco Svante Arrhenius estudou a dissociação de eletrólitos. Em 1884, ele 
definiu ácido como um eletrólito que fornece íons H+, que é simplesmente um próton. Pelo fato 
de todas as soluções de ácidos em água conterem este íon em excesso, elas possuem certas 
propriedades em comum, tais como o sabor azedo, a capacidade de mudar a cor de certos 
corantes. 
Arrhenius definiu base como um eletrólito que fornece íons OH-. Assim, um composto 
iônico hidrossolúvel cujo ânion é OH- é uma base, tais como NaOH, Ca(OH)2, Mg(OH)2, entre 
outros. As bases apresentam sabor adstringente ou amargo e os hidróxidos dos metais dos 
grupos 1 e 2 quando em solução aquosa ou fundidos, podem conduzir eletricidade. 
 
II. Objetivos 
Detectar o caráter ácido e básico de diferentes soluções. Compreender a escala de pH 
e testar o uso de indicadores no procedimento. 
 
III. Materiais e Reagentes 
 Estantes para tubos de ensaio contendo 12 tubos; 
 09 Vidro conta-gotas (para cada um dos reagentes e indicadores testados); 
 Indicadores: fenolftaleína e azul de timol; 
 Solução de ácido clorídrico 0,1 mol L-1 
 Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol L-1 
 Vinagre branco puro 
 Sabão em pó em água 
 Suco de limão 
 Solução de leite de magnésia em água (1:20). 
 
IV. Procedimento Experimental 
 
1) Numere os tubos de ensaio de 1 a 6. Faça isso para os tubos das estantes A e B; 
2) Transfira, com o auxílio do conta-gotas, as substâncias a serem testadas para os 
respectivos tubos de ensaio, de forma que o líquido preencha aproximadamente 3 cm do tubo; 
3) Estante A: adicione 3 gotas de azul de timol em cada um dos tubos. Anote a cor e 
relacione com o caráter ácido-básico. Atenção: vermelho = ácido forte, amarelo = ácido fraco, 
azul = base. 
D) Estante B: adicione 3 gotas de fenolftaleína em cada um dos tubos. Anote a 
cor e relacione com o caráter ácido-básico. Atenção: vermelho = base, incolor = outras 
funções. 
 
V. Bibliografia 
- UCKO, D.A. Química para as ciências da saúde. Uma introdução à química geral, 
orgânica e biológica. 2ªEd. São Paulo: Manole, 1992. 
- RUSSEL, J. B. Química geral. 6. ed. Rio de Janeiro, LTC, 1996. 
- MAHAN, B. M.; MYERS, R. J. Química um curso universitário. 4. ed. São Paulo, 
Edgard Blucher, 1995. 
 
VI. Anexos 
1) Defina as funções químicas ácido e base. 
2) Discorra sobre a escala de pH. 
3) O que são indicadores? Dê exemplos.

Continue navegando