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Professor – Marco Aurélio “São essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem que arcar a fim de atingir seus objetivos.” Adriano Leal Bruni – Gestão de Custos e Formação de Preços Consumo de recursos para fabricar produtos ou serviços. “Gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços.” Eliseu Martins – Contabilidade de Custos • Atender necessidades gerenciais de três tipos : – informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas atividades da entidade – auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das operações – informações para a tomada de decisões • Após Revolução Industrial : necessidade de maiores e mais precisas informações, que permitissem uma tomada de decisão correta • Antes : praticamente não existia, já que as operações se resumiam basicamente em comercialização de mercadorias, os estoques eram registrados e avaliados pelo seu custo real de aquisição. • Revolução Industrial : registrar os custos que capacitavam o administrador a avaliar estoques, determinar mais corretamente resultados e levantar balanços • I Guerra e crise de 29 : necessidades de melhorias nos controles • II Guerra : maior necessidade de eficiência/eficácia; aumento da competição Contabilidade de Custos Tradicional: ◦ Mensuração Monetária dos Estoque e do Resultado. Contabilidade Gerencial: ◦ Auxílio nos Controles ◦ Ferramenta de Apoio no Processo Decisório “O conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável; ou, se não é rentável, se é possível reduzi-los (os custos).” Eliseu Martins – Contabilidade de Custos. SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS CONTABILIDADE FINANCEIRA SISTEMA ORÇAMENTÁRIO CONTABILIDADE GERENCIAL CONTABILIDADE DE CUSTOS Contabilidade Geral x Gerencial Itens de Diferenciação Contabilidade Geral Contabilidade Gerencial 1. Imposições legais Vincula-se Não se vincula necessariamente 2. Lucro Da empresa Do produto ou serviço 3. Princípios contábeis Acompanha necessariamente Não acompanha necessariamente 4. Custo Utiliza custo histórico Nem sempre utiliza custo histórico 5. Informações Convencionais: Balanço, Demonstrativo de Resultados Nem sempre convencionais 6. Campo de Atuação Trata das relações externas da empresa Trata das relações internas da empresa 7. Visão Temporal Tem mais ligações com o que passou Tem mais ligações com o presente e com o futuro • Algumas das terminologias mais usuais : – gastos : compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade. – investimento : gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. – custos : gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços – despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas – desembolso : pagamento do bem ou serviço – perda : bem ou serviços consumidos de forma anormal • Terminologias mais usuais - exemplos: – gastos : compra de matéria-prima, Gastos com mão-de- obra, Gastos com Honorários da Diretoria, Gastos na compra de imobilizado... – investimento : matéria-prima, máquinas e equipamentos, ações/participações societárias. – custos : matéria-prima, energia elétrica, depreciação quando utilizadas no processo produtivo. – despesas: Comissão de vendas, despesas administrativas, depreciação. – desembolso : Pagamento de boleto bancário referente fornecedores. – perda : sinistros em bens e estoques (incêndios/roubos). Custos Despesas Produtos ou Serviços Elaborados Consumo associado à elaboração do produto ou serviço Consumo associado ao período Investimentos Gastos Balanço Patrimonial Custos Diretos Indiretos Estoques Materiais Diretos Produtos em Elaboração Produtos Acabados Balanço Patrimonial (+) Receitas (=) Resultado (-) Despesas (-) Custos do DRE CMV CPV CSP Demonstrativo de Resultado do Exercício Fluxo Genérico dos Custos MD Materiais Diretos Matéria-Prima Embalagem MOD Mão-de-Obra Direta Mensurada e identifi- cada de forma direta CIF Custos Indiretos Custos que não são MD nem MOD Despesas Gastos não associados à produção Custo total, contábil ou fabril Custo de transformação Custo primário ou direto Gastos totais ou custo integral Princípio da Realização da Receita Princípio da Competência Princípio do Custo Histórico com Base de Valor Princípio da Consistência Princípio da Prudência ou Conservadorismo Princípio da Materialidade ou Relevância Classifique os eventos descritos em Investimentos (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P): ◦ Compra de matéria-prima ◦ Consumo de energia elétrica ◦ Utilização de mão-de-obra ◦ Consumo de combustível ◦ Gastos com pessoal do faturamento ◦ Aquisição de máquinas ◦ Depreciação de máquinas ◦ Remuneração do tempo do pessoal em greve ◦ Utilização de matéria-prima (transformação) ◦ Aquisição de embalagens ◦ Deterioração do estoque de MP por enchente ◦ Geração de sucatas no processo produtivo CUSTOS FIXOS São aqueles cujo montante independe do volume, dentro de determinado período. CUSTOS FIXOS CF Custo $ Volume de Atividade CUSTOS FIXOS CF Custo $ Volume de Atividade CUSTOS VARIÁVEIS São aqueles cujo montante acompanha o volume de atividade, dentro de certo período. CUSTOS VARIÁVEIS CV Custo $ Volume de Atividade CUSTOS VARIÁVEIS CV Custo $ Volume de Atividade Quanto à formação CUSTOS FIXOS (CF) Custos de estrutura, que não guardam qualquer relação com o volume de atividade. Variação no volume de atividade não altera o custo. Exemplos: • Aluguel mensal • Supervisão • Depreciação em linha reta • Energia elétrica para iluminação • Salários de vendedores (despesa) • Impostos periódicos etc. CUSTOS VARIÁVEIS (CV) Custos diretamente relacionados com o volume de atividade. Variação do volume de atividade, o custo varia no mesmo sentido Exemplos: • Matéria-prima • Mão-de-obra direta • Combustíveis de máquinas • Energia elétrica (força) • Mercadorias • Comissão de vendedores (despesa) • Impostos proporcionais etc. CT = CF+CV Fórmula: Comportamento dos custos: Varia inversamente Total por unidade Varia proporcionalmente Total global Não varia Variável unitário constante Varia proporcionalmente Variável total constante Varia inversamente Fixo unitário Não varia Fixo total COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO À VARIAÇÃO DO VOLUME DA PRODUÇÃO ESPÉCIE DE CUSTO Outras classificações de custos Quando podem ser controlados por uma pessoa, dentro de uma escala hierárquica predefinida Custos controláveis Custos não controláveis Quando fogem ao controle do responsável pelo departamento. Por exemplo: rateio do aluguel. Também denominados diferenciais ou marginais. Custos incorridos adicionalmente em função de uma decisão tomada Custos incrementais Custos que serão eliminados se a empresa deixar de executar alguma atividade Custos evitáveis Benefício relegado em decorrência da escolha de outra alternativa Custos de oportunidade Independentementeda decisão a ser tomada, os custos continuarão a existir Custos inevitáveis Também denominados sunk costs ou custos afundados ou custos enterrados. São custos irrecuperáveis. Custos empatados Custos em valores originais da época em que ocorreu o dispêndio, de acordo com a Nota Fiscal de aquisição Custos históricos Custos históricos acrescidos de correção monetária, trazidos para o valor monetário atual Custos históricos corrigidos Também denominados custos de reposição. Representam o custo necessário para repor um item no total Custos correntes Custos previstos para o futuro Custos estimados Também denominado target cost. Representam metas de valores a serem obtidos em negociações ou no futuro. Custo objetivo ou meta Custo estimado presumindo-se maior eficiência técnica e financeira. Custo padrão CUSTOS DIRETOS São aqueles identificáveis com cada produto de maneira clara, direta e objetiva; a associação e a apropriação se processa através de mensuração direta. CUSTOS INDIRETOS São aqueles alocados a cada produto através de estimativas e aproximações; a associação pode conter subjetividades e o grau de precisão da mensuração é baixo. Quanto à apuração CUSTOS DIRETOS (CD) Apropriáveis imediatamente a um só tipo de produto, ou serviço, ou função de custos. (Ex.: matéria-prima direta; mão-de-obra direta etc.) CUSTOS INDIRETOS (CI) Ocorrem genericamente, sem possibilidade de apropriação direta a cada função de acumulação de custos diferente. (Ex.: aluguel; supervisão; energia elétrica; combus- tíveis; depreciações; água; material de limpeza etc.) PRODUTO “A” OU FUNÇÃO “A” PRODUTO “B” OU FUNÇÃO “B” PRODUTO “C” OU FUNÇÃO “C” PRODUTO “A” OU FUNÇÃO “A” PRODUTO “B” OU FUNÇÃO “B” PRODUTO “C” OU FUNÇÃO “C” CT = CD+CI Fórmula: MATÉRIA-PRIMA DIRETA (=) ESTOQUE INICIAL (+) COMPRAS (-) ESTOQUE FINAL CUSTOS INDIRETOS RATEADOS MÃO-DE-OBRA DIRETA ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO (EIPE) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO (EFPE) CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS (CPF) ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS ACABADOS (EIPA) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS ACABADOS (EFPA) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) (+) (-) (+) (-) CUSTO INDIRETO CUSTO BÁSICO CUSTO FABRIL (CFA) CUSTO DIRETO CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO Estágio da ocorrência em que se apuram os custos MATÉRIA-PRIMA DIRETA (=) ESTOQUE INICIAL (+) COMPRAS (-) ESTOQUE FINAL CUSTOS INDIRETOS RATEADOS MÃO-DE-OBRA DIRETA ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO (EIPE) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO (EFPE) CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS (CPF) ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS ACABADOS (EIPA) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS ACABADOS (EFPA) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) (+) (-) (+) (-) CUSTO INDIRETO CUSTO BÁSICO CUSTO FABRIL (CFA) CUSTO DIRETO CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO Para apuração de resultados globais, deve-se seguir o fluxograma: PESSOAL FOLHA DE PAGAMENTO (+) ENCARGOS SOCIAIS (=) MÃO-DE-OBRA DISPONÍVEL MATERIAL (=) ESTOQUE INICIAL (+) AQUISIÇÕES (=) MATERIAL DISPONÍVEL (-) ESTOQUE FINAL (=) MATERIAL APLICADO GERAIS SERVIÇOS DIVERSOS (+) INSUMOS DIVERSOS (=) GERAIS DISPONÍVEIS (-) CUSTOS NÃO APROPRIADOS (INDIRETOS) (=) CUSTOS APROPRIADOS (DIRETOS) (+) CUSTOS RATEADOS (=) CUSTOS DO PERÍODO APLICADOS (+) ESTOQUE INICIAL EM ELABORAÇÃO (=) ELABORAÇÃO NO PERÍODO (-) ESTOQUE FINAL EM ELABORAÇÃO (=) CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA (+) ESTOQUE INICIAL ACABADO (=) PRODUÇÃO DISPONÍVEL (-) ESTOQUE FINAL ACABADO (=) CUSTO DA PRODUÇÃO VENDIDA CUSTOS INDIRETOS DIRETOS PRODUTO B PRODUTO A ESTOQUE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RECEITA CPV LUCRO BRUTO DESPESAS LUCRO OPERACIONAL RATEIO ESQUEMA BÁSICO ESQUEMA BÁSICO CUSTOS DIRETOS DEPARTAMENTO Serviço B DEPARTAMENTO Serviço A Alocáveis Diretamente aos Departamentos INDIRETOS COMUNS PRODUTO X DEPARTAMENTO Produção D DEPARTAMENTO Produção C ESTOQUE R R R R R Demonstração de Resultados RECEITA CPV LUCRO BRUTO DESPESAS LUCRO OPERACIONAL PRODUTO Y BIBLIOGRAFIA • Martins, Eliseu. Contabilidade de Custos. Caps. 1, 2, 3, e 4 • Leone, George S.G. Custos – Planejamento, Implantação e Controle. Cap. 2
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